a embriogênese nos mamíferos: implantação e formação do

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A embriogênese nos mamíferos: Implantação e formação do disco germinativo didérmico Profa. M.Sc. Marina Trevizan Guerra Depto. Morfologia – IBB/ Unesp

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A embriogênese nos mamíferos: Implantação

e formação do disco germinativo didérmico

Profa. M.Sc. Marina Trevizan Guerra Depto. Morfologia – IBB/ Unesp

Formação do blastocisto Logo após a mórula alcançar o útero:

Espaço interno é preenchido por líquido cavidade blastocística (blastocele)

Formação do blastocisto

Fluido da cavidade uterina

Blastômeros são então separados em duas partes:

Formação do blastocisto

BLASTOCELE

TROFOBLASTO → (Gr. Trophe, nutrição) - delgada camada celular externa

Parte embrionária da placenta

MASSA CELULAR INTERNA (MCI) → grupo de blastômeros localizados centralmente

Dará origem ao embrião

Embrioblasto (primórdio do embrião)

Eclosão do blastocisto

Blastocisto aumenta de tamanho (nutrição pelas secreções das glândulas uterinas)

Permite o contato com a parede do útero

Ações físicas e enzimáticas da vesícula

Primeiro contato celular entre o concepto e o epitélio

uterino materno

Essencial para troca de nutrientes e adesão

Adesão do blastocisto ao endométrio uterino

(o grau de união varia entre as espécies)

Ocorre sempre adjacente ao embrioblasto

endométrio

Embrioblasto

Início da implantação (nidação)

• Superficial (Animais domésticos) • Intersticial (Primatas, inclusive o homem)

Tipos de implantação

Superficial ou Central

Embrião permanece no lúmen (luz) uterino, enquanto as membranas fetais

estabelecem um contato superficial com a mucosa uterina.

Ex.: Animais domésticos (vaca, égua, ovelha, ovino, cabra)

Intersticial

Embrião se internaliza completamente na mucosa uterina, abaixo do

epitélio uterino. Contato íntimo entre tecidos maternos e fetais.

Ex.: Homem e demais Primatas

Tipos de implantação

Implantação

intersticial

Implantação Intersticial

Blastocisto adere ao epitélio endometrial

Pólo embrionário

Implantação Intersticial

Trofoblasto prolifera rapidamente

Diferencia-se em duas camadas

Citotrofoblasto: • camada interna de células mononucleadas • mitoticamente ativa • forma células que migram para o

sinciciotrofoblasto

Sinciciotrofoblasto: • massa protoplasmática multinucleada

externa • células se fundem e perdem suas

membranas • nenhum limite celular é observado

Implantação Intersticial

Prolongamento digitiformes do sinciciotrofoblasto (enzimas)

Epitélio endometrial

Invadem o tecido conjuntivo

Blastocisto superficialmente implantado na camada compacta do endométrio Nutrição: tecido materno erodido

Implantação Intersticial

Sincronização Blastocisto invasor Endométrio receptor

Moléculas de adesão Fatores de crescimento

Células acumulam glicogênio e lipídios

Sinciciotrofoblasto produz onadotrofina coriônica

Manutenção do corpo lúteo

Disco bilaminar

Embrioblasto Epiblasto

Hipoblasto DISCO GERMINATIVO BILAMINAR

Massa celular interna

Trofoblasto

Cavidade blastocística

Disco bilaminar

Epiblasto

Camada mais espessa Células colunares alta Relaciona-se com a cavidade amniótica

Hipoblasto

Pequenas células cubóides Adjacentes à blastocele

Disco bilaminar

Progressão da implantação do blastocisto

Surge pequeno espaço no embrioblásto

Cavidade amniótica

A partir do epiblasto surgem os amnioblastos

Revestem a cavidade recém-formada (âmnio)

Saco vitelínico primitivo

Disco bilaminar

Epiblasto Assoalho da cavidade amniótica Perifericamente em continuidade com o âmnio

Hipoblasto Teto da cavidade blastocística Em continuidade com a membrana blastocística (membrana de Heuser)

Membrana Heuser + hipoblasto

Saco vitelínico primitivo

Saco vitelínico primitivo

Membrana de Heuser

Disco bilaminar

Disco embrionário bilaminar

Entre a cavidade amniótica e o saco vitelínico primitivo

A partir das células do saco vitelino forma-se a Mesoderme extra-embrionária

Circunda o âmnio e o saco vitelínico

Circulação uteroplacentária

Assim que o âmnio, o saco vitelínico e o disco embrionário são formados

Surgem lacunas (cavidades isoladas) no sinciciotrofoblasto

Estas lacunas logo tornam-se preenchidas por uma mistura:

Sangue materno (capilares endometriais rompidos)

+ Restos celulares

(glândulas uterinas erodidas)

Saco vitelínico primitivo

Circulação uteroplacentária

Fluido nos espaços lacunares (embriótrofo):

• Passa por difusão ao disco embrionário

• Fornece material nutritivo ao embrião

Capilares endometriais rompidos

lacunas

Circulação uteroplacentária primitiva

Sangue oxigenado das artérias endometriais passa para a lacuna Sangue pobre em oxigênio é removido pelas veias endometriais

Implantação

Reação decidual

Células do endométrio acumulam glicogênio e lipídios em seu citoplasma Células deciduais

Formação de um sítio imunologicamente privilegiado

Celoma extraembrionário

No mesoderme extraembrionário

Aparecimento de lacunas

Celoma extraembrionário

Celoma extraembrionário

Com o aparecimento do celoma extraembrionário, o saco vitelino primitivo diminui de tamanho, formando o saco vitelino definitivo e o córion.

Córion

• Mesoderme somática

extra-embrionária;

• Sincíciotrofoblasto;

• Citotrofoblasto

Celoma extra-

embrionário

Saco vitelino

definitivo

Não contém vitelo Sítio de origem das células germinativas primordiais Pode ter papel na transferência seletiva de nutrientes para o embrião

Sinciciotrofoblasto

Citotrofoblasto

Epiblasto

Hipoblasto Blastocele

Epitélio uterino

Sinciciotrofoblasto Citotrofoblasto

Amnioblastos

Membrana de Heuser

Âmnio

Saco vitelínico primitivo

Epitélio uterino

Sinciciotrofoblasto Citotrofoblasto

Amnioblastos

Amnio

Saco vitelínico primitivo

Epitélio uterino

Mesoderme extra-embrionária

Sinciciotrofoblasto Citotrofoblasto

Amnioblastos

Amnio

Saco vitelínico primitivo

Epitélio uterino

Mesoderme extra-embrionária Celoma extra-embrionário

Pedículo embrionário

Celoma extra-embrionário

Somatopleura

Esplancnopleura

Córion

Saco primitivo definitivo

Vilosidades coriônicas

Modificações do citotrofoblasto:

Proliferação das células citotrofoblásticas produz extensões celulares que crescem para dentro do sinciciotrofoblasto

Induzida pelo mesoderma extraembrionário adjacente

Vilosidades coriônicas primárias

Vilosidades coriônicas

Cavidade coriônica

Implantação

superficial

Migração e espaçamento intrauterinos

O concepto deve cobrir fisicamente uma larga porção do endométrio materno

Regular a liberação de prostaglandinas F2α

Inibir a luteólise

Migração e espaçamento – EQUIDISTANTE

Permitir sobrevivência embrionária

Moduladas por contrações do miométrio, estimuladas pelo desenvolvimento do concepto

Migração e espaçamento intrauterinos

Forma esférica inicial Dia 10,5

Forma tubular Dia 11,5

Forma filamentosa Dia 12

Alongam-se para bloquear a liberação de PGF2α Aumento de área para desenvolver a placenta

Implantação superficial

É não-invasiva, ou seja, o blastocisto não penetra no tecido materno

(mucosa uterina)

Envolve fases de justaposição e adesão de células epiteliais uterinas com o

trofoblasto

Implantação superficial

Adesão

Interdigitações do epitélio uterino e microvilos presentes no trofoblasto

Recobrem a completa interface entre as duas lâminas

Auréolas

Ingestão de nutrientes para correto desenvolvimento

Implantação superficial Ruminantes

Células binucleadas (a partir das células mononucleadas do trofoblasto) Migram e fusionam-se com epitélio uterino

Proteção imunológica e transferência de nutrientes

Implantação superficial

Cintura coriônica

Invade o estroma uterino Formam cálices endometriais Produzem gonadotrofina coriônica equina Protege placenta contra ataque imune de origem materna

Aminiogênese

Em ruminantes

Amniogênese por pregueamento

Amniogênese

Trofoblasto

Mesoderme somática extra- embrionária

Amniogênese

Pregueamento (Animais Domésticos) Cavitação (Primatas)

Obrigada!

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