a educação na igreja primitiva

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A Educação na Igreja Primitiva Conforme a Igreja crescia e aumentava-se o número de gentios em relação ao de judeus, a educação foi ganhando ainda mais importância, a fim de preservar conhecimento. Os cristãos viviam de uma forma diferente das pessoas daquela época. Seu modo de vida consistia em certa simplicidade e separação dos costumes que os mesmos não incorporaram. Pouco se sabe sobre as primeiras reuniões cristãs. Reconstruindo as práticas primitivas com base em períodos posteriores, sabe-se que as cerimônias de culto e de fraternidade do período primitivo eram instrutivas, ou seja, transmitiam conhecimento. O batismo e a ceia do Senhor desde o princípio tinham importante relevância educacional que se intensificava com o tempo. A igreja aprendeu o conteúdo do Evangelho através da ceia e da pregação e o batismo foi o enfoque da instrução religiosa para os novos convertidos. O comportamento e o modo de viver dos primeiros cristãos era também um instrumento educativo, os novos convertidos aprendiam através de explicações que lhes eram dadas, nada chegava de modo automático. Durante todo o Novo Testamento, os conceitos de ensino e educação estão presentes, todavia não se considerava necessário definir as crenças no ensino, pois isso estava implícito no cotidiano das pessoas. Possivelmente, os mestres formavam um importante grupo social, visto que nem todos possuíam esse dom. Fica evidente também a importância dada ao batismo e a preparação para recebê-lo, durante o desenvolvimento da igreja, sendo essa uma das funções da educação durante tal período. Outra função, igualmente relevante, era ensinar e preservar a tradição cristã, transmitindo basicamente os ensinamentos de Jesus, como alguém que veio para cumprir o Antigo Testamento, dando ênfase à sua morte e ressurreição.

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A Educação na Igreja Primitiva

Conforme a Igreja crescia e aumentava-se o número de gentios em relação ao de judeus, a educação foi ganhando ainda mais importância, a fim de preservar conhecimento. Os cristãos viviam de uma forma diferente das pessoas daquela época. Seu modo de vida consistia em certa simplicidade e separação dos costumes que os mesmos não incorporaram.

Pouco se sabe sobre as primeiras reuniões cristãs. Reconstruindo as práticas primitivas com base em períodos posteriores, sabe-se que as cerimônias de culto e de fraternidade do período primitivo eram instrutivas, ou seja, transmitiam conhecimento. O batismo e a ceia do Senhor desde o princípio tinham importante relevância educacional que se intensificava com o tempo. A igreja aprendeu o conteúdo do Evangelho através da ceia e da pregação e o batismo foi o enfoque da instrução religiosa para os novos convertidos.

O comportamento e o modo de viver dos primeiros cristãos era também um instrumento educativo, os novos convertidos aprendiam através de explicações que lhes eram dadas, nada chegava de modo automático.

Durante todo o Novo Testamento, os conceitos de ensino e educação estão presentes, todavia não se considerava necessário definir as crenças no ensino, pois isso estava implícito no cotidiano das pessoas. Possivelmente, os mestres formavam um importante grupo social, visto que nem todos possuíam esse dom.

Fica evidente também a importância dada ao batismo e a preparação para recebê-lo, durante o desenvolvimento da igreja, sendo essa uma das funções da educação durante tal período. Outra função, igualmente relevante, era ensinar e preservar a tradição cristã, transmitindo basicamente os ensinamentos de Jesus, como alguém que veio para cumprir o Antigo Testamento, dando ênfase à sua morte e ressurreição.

Como fonte literária desse período, levamos em conta duas fontes. A primeira delas são as cartas de Paulo, cujo propósito principal era ensinar. As cartas dirigidas à cada igreja eram específicas, visando exortar os cristãos acerca de determinadas ideias equivocadas. Vale ressaltar que durante as epístolas pastorais (Timóteo e Tito), Paulo demonstrou interesse no ensino.

Outra fonte literária é a Didaché ou a “doutrina dos doze apóstolos”, que contém ensinamentos de Jesus, transmitidos pelos apóstolos aos pagãos que queriam seguir a Cristo. Divide-se em três partes principais: A moralidade cristã (escolher o caminho correto), os rituais litúrgicos praticados na igreja (batismo, jejum, oração, etc.) e a organização e vida da igreja (cada função desempenhada dentro da igreja).

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