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EVANGELISMO Por Evaristo Filho SEMINÁRIO TEOLÓGICO EVANGÉLICO BÍBLICO SETEB Global http://seminarioevangelico.com.br [email protected]

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EVANGELISMO

Por Evaristo Filho

SEMINÁRIO TEOLÓGICO EVANGÉLICO BÍBLICO

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Apresentação da Disciplina

Informações Gerais

Pré-Tarefas Antes do estudo principal da disciplina, há uma série de questões e/ou exercícios e/ou tarefas que foram elaboradas para prepará-lo, tanto mental quanto espiritualmente, para o conteúdo central da disciplina. Você deverá completar estas pré-tarefas antes de iniciar o estudo principal e realizar as tarefas que exigirão mais de você. Siga todas as instruções e guarde todo o material escrito que você produzir. Mais tarde ele será examinado por seu tutor/professor.

Questões Para Revisão

Ao concluir o estudo principal, complete as questões para revisão. O propósito delas é ajudá-lo a focalizar nos principais pontos do estudo e prepará-lo para o projeto final. Você pode usar suas notas pessoais, sua Bíblia ou o conteúdo do estudo principal. Quando as respostas exigem que você use o estudo principal, procure respondê-las, primeiramente, sem consultar o manual. Se você não conseguir, ache as respostas no texto e estude estas partes mais uma vez antes de prosseguir.

Projeto Final

No final da disciplina existe um projeto final que foi elaborado para ajudá-lo a viver e ministrar este tema. As ideias e conceitos que você aprendeu são muito importantes para nós. Deste modo, o projeto final é importante para sabermos o que você aprendeu e como você está aplicando ou aplicará este material no seu ministério.

Procedimentos da Disciplina

O procedimento para essa disciplina é o seguinte: Unidade I: Passo 1 Faça as pré-tarefas Passo 2 Estude o conteúdo do estudo principal.

Complete todos os espaços em branco para completar. Unidade II: Passo 1 Leia todas as questões para revisão antes de começar a respondê-las. Passo 2 Complete as questões para revisão. Unidade III: Passo 1 Leia o projeto final. Passo 2 Realize o projeto final.

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Recursos Opcionais

Todos os nossos manuais são autodidáticos, dispensando a obrigatoriedade de obter qualquer outro recurso externo além de um exemplar da Bíblia. No entanto, para o seu próprio enriquecimento educacional, nós sugerimos o uso dos seguintes recursos opcionais para este disciplina:

Bíblia de Estudo NVI (Editora Vida)

Bíblia On-line 3.0 – Módulo Avançado (Sociedade Bíblica do Brasil)

Dicionário Vine (CPAD)

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EVANGELISMO & CRESCIMENTO DA IGREJA

INTRODUZINDO A DISCIPLINA

Esta disciplina aborda dois temas importantíssimos no cumprimento da Grande Comissão: evangelismo e crescimento da Igreja. O estudo é dividido em duas partes. Na primeira parte, nós estudamos sobre o evangelismo, apresentando princípios bíblicos que nos ajudarão a aperfeiçoar o nosso esforço para ganhar almas ao Senhor. Na segunda parte desta disciplina, nós estudaremos alguns princípios bíblicos que ajudarão a colaborar com o crescimento da Igreja. Evangelismo é o nome dado à tarefa bíblica de anunciar o Evangelho. Embora esta palavra jamais apareça na Bíblia, nós podemos ver nos Evangelhos e em Atos que os discípulos sempre estiveram envolvidos com esta atividade, pois a proclamação evangelística é o cumprimento da ordem de Cristo “Ide e pregai o Evangelho a toda criatura”. O Crescimento da Igreja deve ser um crescimento segundo Deus (Cl 2.19) e não segundo os homens. Na década de 80 surgiu um movimento conhecido como “Movimento de Crescimento da Igreja” que, realmente, trouxe coisas positivas e despertou os líderes cristãos para este aspecto até então pouco enfatizado nas igrejas ou que era tido como “tabu”. No entanto, aspectos estranhos ao evangelho e aos ensinamentos bíblicos também entraram no movimento e trouxeram alguns prejuízos para a missão da Igreja como um todo. Por isso, nesta disciplina especificamente, nós retomaremos a essência bíblica do crescimento natural e saudável da igreja.

OBJETIVOS DA DISCIPLINA

Ao concluir esta disciplina você será capaz de:

Resumir a ordem evangelística.

Resumir a mensagem do Evangelho.

Explicar os métodos de evangelismo na Igreja Primitiva.

Explicar os princípios da pregação do evangelho utilizados na Igreja Primitiva.

Entender a motivação evangelística.

Pregar a Palavra e ganhar almas para o Senhor.

Compreender quem é a peça fundamental do evangelismo pessoal.

Apresentar as sete razões para ganhar almas.

Preparar-se para realizar visitas evangelísticas.

Evangelizar as pessoas.

Distribuir folhetos com eficácia.

Explicar as 12 chaves para uma igreja saudável.

Explicar o significado de ser uma igreja orientada por propósitos.

Explicar as 8 características do desenvolvimento natural da igreja.

Explicar as 10 características de uma igreja saudável.

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Unidade I

PRÉ-TAREFAS

Leia Marcos 4.26-29. Elabore 5 perguntas tomando como base o texto acima. Concentre-se na questão de como este texto se relaciona com o crescimento da Igreja. Considere que estas perguntas poderiam ser usadas num grupo de discussão.

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Unidade I

ESTUDO PRINCIPAL

Parte I

EVANGELISMO I - EVANGELISMO

A responsabilidade de anunciar o Evangelho não está limitada aos evangelistas - aqueles que possuem o ministério específico de anunciar o Evangelho - mas está intimamente vinculada à vida de cada discípulo de Cristo. Todo crente é responsável por anunciar o Evangelho e o próprio Senhor Jesus é quem cobrará de cada um de nós o cumprimento ou não de Seu mandamento evangelístico. Nosso propósito neste estudo, portanto, é investigar e aprender os ensinamentos bíblicos acerca da tarefa evangelística e, aprendendo-os, traçar diretrizes claras para avançar com o evangelho, segundo o chamado geral e/ou específico do Senhor para cada um de nós.

A – A PREGAÇÃO DO EVANGELHO 1. A Ordem Estudando as palavras finais de cada Evangelho nós podemos observar que cada um deles apresenta a ordem final do Senhor Jesus sob um aspecto diferente. Isto não constitui um erro de registro, mas mostra a sabedoria de Deus em dirigir cada escritor dos Evangelhos para realçar um aspecto da missão que o Senhor Jesus nos legou. Após a Sua ressurreição, o Senhor Jesus passou quarenta dias ensinando aos discípulos a respeito do Reino de Deus (Atos 1.3) e, certamente, isto incluiu a proclamação do Evangelho do Reino a todas as nações. O Senhor, então, expôs quatro aspectos diferentes de uma mesma ordem, a ordem evangelística. Vejamos:

Mateus 28.18-20. Mateus apresenta a ordem final do Senhor sob o aspecto de “fazer discípulos”. Fazer discípulos não é registrar nomes no “rol de membros” da igreja. Fazer discípulos é mais do que ter “crentes” na igreja. Fazer discípulos é levar homens e mulheres a darem o “sim” absoluto de obediência ao Senhor Jesus. O aspecto que foi realçado aqui pelo escritor foi claramente o aspecto do DISCIPULADO.

Marcos 16.15-20. Marcos fala da última ordem do Senhor enfatizando a questão da proclamação do Evangelho com autoridade. Mostra que nós devemos pregar em cooperação com o Senhor e o Senhor conosco. Aqui se destaca a PREGAÇÃO PÚBLICA E AUTORIZADA do Evangelho.

Lucas 24.46-49. Esta passagem nos mostra a necessidade do revestimento do Espírito Santo para que possamos ser testemunhas de Cristo em todos os lugares. A Evangelização só é realizada com eficácia quando realizada no poder do Espírito Santo. Aqui a ênfase é o TESTEMUNHO PESSOAL.

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João 21.15 e ss. Todos nós fomos chamados para dar frutos e assim nos tornarmos discípulos de Cristo. Mas não podemos deixar o fruto por aí, de qualquer maneira. Temos que pastorear as ovelhas de Cristo. Aqui a ênfase é O CUIDADO PASTORAL com os novos discípulos.

Resumindo, podemos afirmar sem temor que a ordem de Cristo é: “Proclamai o Evangelho no poder do Espírito Santo, testemunhado a partir de sua experiência pessoal Comigo, fazendo discípulos e pastoreando as minhas ovelhas”! 2. A Mensagem Do Evangelho Qual é o conteúdo da mensagem evangelística? O que é proclamado? A mensagem do Evangelho...

É Cristocêntrica. O Evangelho trata das boas novas sobre Jesus - quem Ele é, o que fez, o que disse (Lc 2.10,11; Rm 1.1-6,16). Cristo é o conteúdo do Evangelho. Hoje em dia as pessoas estão pregando outras coisas e não Cristo, e ainda chamam isto de “Evangelho”. 2 Coríntios 11.4 nos adverte quanto a pregar ou receber um “Evangelho diferente”. Quando recebemos ou pregamos um Evangelho diferente? Quando o conteúdo da mensagem não é Cristo, quando o Cristo pregado é diferente do Cristo das Escrituras, quando a obra de Cristo apresentada não é a que realmente Ele realizou e realiza. Precisamos refletir seriamente nestas questões: O que devemos anunciar acerca de Jesus? O que a Escritura ensina a Seu respeito? A seguir, apresentamos um resumo básico sobre a pessoa e obra de Jesus: Ele é o Deus verbo (Jo 1.1,2), que se tornou homem (Jo 1.14; Fp 2.7), que viveu um viver humano perfeito (At 2.22; 2 Co 5.21; Hb 7.26), foi crucificado pelos nossos pecados segundo as Escrituras (1 Co 15.3), foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia segundo, segundo as Escrituras (1 Co 15.4), ascendeu aos céus para derramar o Espírito Santo (Lc 24.50,51; At 2.33), e voltará segunda vez para receber os Seus e julgar os perdidos (Jo 14.3; At 17.31).

Veja alguns pontos principais da pregação do Evangelho em Atos 2.22-24; 3.14,15; 4.10; 5.30,31; 7.52; 10.39,40; 13.28-30; 17.3. Se você prestou atenção nestes versículos, a morte e a ressurreição de Cristo é a mensagem chave dos apóstolos e discípulos em Atos. Estes dois fatos, estas duas realizações de Cristo são o cerne do Evangelho e não podem faltar à verdadeira pregação evangelística. Em 1 Coríntios 15.1-3 há uma séria advertência quanto ao conteúdo do Evangelho. Para muitos isto poderia ser apenas uma questão de conhecimento, mas para Paulo é uma questão de salvação. Aqueles que não permanecem no puro Evangelho da Bíblia não podem ser salvos, por mais que possuam todas as características externas de que sejam crentes. Se o Evangelho que anunciamos não fala da morte, sepultamento e ressurreição de Cristo e suas implicações na vida dos pecadores, então este não é o Evangelho da Bíblia. Assim, devemos considerar seriamente o que estamos anunciando!

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É Flexível na abordagem: Atos 3.16; 4.11,12; 5.42; 8.5,12; 9.20,22; 10.36,43; 17.18; 18.28. Embora a morte e a ressurreição de Cristo seja o tema principal, a abordagem evangelística deve ser flexível, permitindo que cheguemos às pessoas e anunciemos a mensagem do Evangelho de modo contextualizado. Às vezes podemos começar apresentando algum milagre que Cristo fez, exaltando o Seu poder, e depois passarmos ao ponto chave do Evangelho, ou seja, à morte e ressurreição de Cristo. Seja como for, uma coisa é certa: O Senhor Jesus Cristo era sempre o conteúdo do evangelho. Os apóstolos apresentavam-no como o cumprimento das profecias (O Cristo ou Messias), ou como o Salvador poderoso (Jesus); mostravam o Seu Reino e a Sua paz, e etc. O Senhor era sempre o conteúdo do Evangelho ou “boas novas”!

B – MÉTODOS DE PREGAÇÃO DO EVANGELHO

1. Princípios Gerais

O Princípio da explosão - Lc 24.47; At 1.8. Hoje em dia a pregação evangelística usa o princípio da “concentração”, mas os primeiros crentes usavam o princípio da explosão. Pelo princípio da concentração, os esforços evangelístico são concentrados num mesmo lugar, geralmente no templo da igreja ou mais amplamente num bairro. Porém, não passa deste ponto. Há uma forte estrutura para manter a igreja viva e funcionando, mas sem crescimento real ou explosivo. A igreja concentra-se em perpetuar a sua própria existência ao invés de gerar novas igrejas. Mas este não é o princípio ensinado na Palavra. O princípio da explosão, de expandir-se a partir de uma base e alcançar o mundo, foi dado pelo próprio Senhor quando Ele deu ordens para os apóstolos começarem a obra evangelística a partir de Jerusalém. A partir daquela cidade os discípulos deveriam se espalhar pelas cidades vizinhas, pelos estados vizinhos, por todo o país e daí para o mundo inteiro como uma onda explosiva!

Veja o quadro abaixo:

A onda começa em Jerusalém e alcança os confins da terra. Esta deve ser a visão de toda igreja neotestamentária!

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O Princípio da influência - Gl 2.2; At 22.2,25-28; 23.6-9. Paulo foi, certamente, o maior missionário de seu tempo. Ele não somente possuía unção, sabedoria e relacionamento com o Senhor; ele era também um estrategista de missões. Ela sabia a quem deveria chegar primeiro. Ele queria alcançar primeiramente aqueles que eram mais influentes. Note que eu uso a palavra “primeiramente” e não exclusivamente, porque o Senhor nos ordenou ir e pregar a todas as pessoas e não somente às mais influentes. Contudo, é um fato incontestável que quando uma pessoa de influência numa comunidade ou sociedade é alcançada pelo evangelho, o testemunho desta conversão é um ponto forte a favor da mensagem evangelística às pessoas ao redor. Por exemplo, se um líder comunitário se converte, as pessoas ao seu redor serão alcançadas mais facilmente pelo evangelho. Quando alcançamos primeiramente as pessoas mais influentes em nossa rua, bairro ou cidade, então o testemunho evangelístico ganha um grande aliado. No evangelismo, não somente devemos tentar alcançar primeiro as pessoas mais influentes como também devemos utilizar nossa própria influência para “abrir portas”. Quando pregamos, devemos confiar inteiramente no Espírito Santo e esquecer a nós mesmos. Porém, antes da pregação, podemos e devemos usar nossa influência pessoal para chegar até aqueles a quem desejamos anunciar o evangelho.

O Princípio do dinamismo - At 5.42. A igreja primitiva evangelizava todos os dias. Este é um dos segredos do crescimento explosivo da igreja em Atos dos Apóstolos. Eles não cessavam um dia sequer de falar de Cristo. Mas nós também percebemos aqui outra coisa. A igreja evangelizava todos os dias porque todos os crentes estavam empenhados em evangelizar, por isso a igreja evangelizava todos os dias. Não havia programas evangelísticos em ação na igreja de Atos. Todos os crentes sentiam a responsabilidade pessoal e evangelizavam. Este é o mesmo modelo para nós hoje! Cada um de nós deverá assumir a responsabilidade pessoal de evangelizar. Se fizermos uma programação evangelística hoje, com a igreja toda reunida, provavelmente não conseguiremos manter o mesmo ritmo amanhã; talvez nem consigamos fazer algo na mesma semana. Mas se cada um de nós fizer a sua parte, então a igreja sempre estará cumprindo a sua missão e conseguirá manter a dinâmica evangelística. O alvo evangelístico somente será alcançando se evangelizarmos continuamente.

O Princípio da supervisão - At 8.14; 9.27; 10.48; 11.22-26; 15.40,41. Não adianta pregar o evangelho e ver as pessoas convertidas se não acompanharmos o desenvolvimento espiritual delas. As pessoas que se convertem pela obra evangelística precisam ser discipuladas, edificadas e treinadas na vontade de Deus. Portanto, não é só pregar, mas é pregar e acompanhar, discipular. Não somente os indivíduos convertidos precisam de discipulado e supervisão como também precisam as novas igrejas. Os missionários e evangelistas, bem como outros ministérios de uma igreja local mais antiga precisam apoiar as igrejas mais novas e seus líderes. De tempos em tempos é importante que eles sejam visitados e apoiados. Sem supervisão é praticamente impossível uma pessoa continuar sadia na fé ou uma igreja local crescer solidamente.

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O Princípio da habilitação - At 18.24-26; 8.4. Todos podem e devem evangelizar, mas é certo que algumas pessoas possuem o dom específico de Evangelista. Aqueles que não possuem este dom geralmente acham difícil empreender uma atividade evangelística, especialmente se for um testemunho pessoal para um desconhecido. Este é um problema real enfrentado por muitos crentes: eles não sabem o que falar, como falar, como abordar uma pessoa ou como concluir um testemunho evangelístico. Porém, este não é um problema sem solução. Através do discipulado e de outras atividades de instrução, os crentes podem ser treinados pelos líderes e também por outros irmãos para desempenhar melhor a evangelização pessoal ou pública. Os irmãos mais experientes devem ensinar aos mais novos como abordar as pessoas, o que falar para elas, como conduzi-las a uma decisão por Cristo, como acompanhá-las depois que uma pessoa se converte e assim por diante. Daí a grande importância do discipulado, do acompanhamento.

2. Métodos Evangelísticos Da Igreja De Atos

Evangelização de Grupo. Como era desempenhada a evangelização pública na Igreja Primitiva? Quais eram os métodos utilizados?

o Pregação - 3.11; 17.1,2 (circunstancial). A pregação pública, em

massa, na Igreja Primitiva, sempre foi circunstancial e não programada. Sempre acontecia algum evento que conduzia à reunião de uma multidão para ouvir a Palavra de Deus. Não há nada de errado em programar uma reunião evangelística de massas, mas os resultados são maiores quando é Deus quem toma a iniciativa e reúne a audiência.

o Ensino - 5.42; 11.26; 15.35; 18.25; 20. 20,27; 28.31 (sistemático). O

ensino na Igreja primitiva era sistemático, tanto no que se refere ao método quanto ao conteúdo. Os apóstolos e mestres ensinavam de casa em casa, sistematicamente, e começavam ensinando as verdades básicas do evangelho até chegar às doutrinas mais profundas.

o Evangelização nos lares - 5.42; 10.22; 12.12; 20.7,20 e ss; 29.17. As

casas eram os principais lugares aonde a evangelização ocorria. Temos que nos lembrar de que o primeiro “templo” cristão só foi construído no 4º século, quando a Igreja já estava bastante desviada dos princípios bíblicos originais. O “templo” a que se refere o livro de Atos é o Templo Judaico, que logo foi abandonado pela igreja após a perseguição em Atos 8 e quando a Igreja recebeu maior ensinamento sobre a distinção que havia e a separação que deveria haver entre o que se relacionava à religião judaica e a Igreja. Os lares sempre foram o lugar mais comum utilizado pelos primeiros cristãos para o desenvolvimento da evangelização, do discipulado e da vida da igreja.

Evangelização Pessoal. Como era realizada a evangelização pessoal na Igreja Primitiva?

o Através de encontros pessoais ocasionais - 8.27-30,35. Um dos

principais meios de evangelização era a evangelização pessoal. Isto está totalmente de acordo com o propósito de Deus, pois cada crente é um ministro de Deus e cada um deverá evangelizar e fazer discípulos pessoalmente. Na Igreja Primitiva, sempre que um crente se deparava com alguém, ele anunciava o evangelho.

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o Visitação - 9.17. Visitar as casas das pessoas com a mensagem do evangelho também foi (é) um excelente método de evangelização.

Evangelização pela Literatura. Outro meio comum de evangelização na Igreja Primitiva foi através do uso da literatura.

o Ela usou as Escrituras Sagradas - 8.27 e ss; Lc 1.1-4. As Escrituras

sempre foram um excelente meio de evangelização. Distribuir ou vender porções das Escrituras ou mesmo a Bíblia inteira, proporcionará a muitos a oportunidade de conhecer a Deus através de Sua Palavra. A história do cristianismo tem testemunhado de inúmeras pessoas que se converteram através da leitura das Escrituras.

o Além da própria Escritura, a Igreja Primitiva usou cartas. Nós também

podemos usar cartas, folhetos, livretos e livros evangelísticos. Todos estes são meios válidos para levar a mensagem do evangelho aos perdidos, mas recordando que aquilo que pode ser eficaz numa situação poderá ser ineficaz em outra.

Evangelização em campos especiais - Atos 19.9; 17.19. Algumas vezes Paulo adentrou em campos especiais para dar testemunho do evangelho. Ele ensinou por dois anos na Escola de Tirano. Nós também podemos entrar com a mensagem do Evangelho nas Faculdades e Escolas, Hotéis, Repartições públicas e etc. Aqueles discípulos que trabalham nestes lugares deverão se tornar diretamente responsáveis por evangelizar ali.

C – A MOTIVAÇÃO EVANGELÍSTICA

O que nos motivava a Igreja Primitiva a pregar o Evangelho em situações difíceis, em meio a lutas e provas? Foram as mesmas coisas que devem nos motivar nos dias atuais, a saber: 1. O Exemplo De Deus Pai E De Cristo (João 3.16; Mc 1.14,15). O Pai amou tanto ao mundo que enviou Jesus para salvar os pecadores. Deus mesmo veio ao encontro dos homens pecadores, fazendo-se homem como eles e pregando-lhes o evangelho da salvação. O Pai deu o primeiro exemplo de evangelização quando enviou Jesus. Enquanto Cristo estava no mundo Ele também deu exemplo de ganhar vidas para o Pai. E nós temos a responsabilidade de seguir o exemplo do Pai e de Seu Filho Jesus. 2. O Amor De Cristo Que Nos Constrange (2 Coríntios 5.14). Cristo veio e morreu por todos, agora nós que somos de Cristo também devemos morrer pela causa Dele. Cristo nos resgatou da maldição da Lei e nos redimiu para pertencermos a Ele e não mais a nós mesmos. Ele nos amou quando ainda éramos pecadores e nos deu vida enquanto estávamos mortos em nossos delitos e pecados. Agora nós nos sentimos constrangidos a dar nossas vidas por aqueles que estão na mesma condição em que nós estávamos, para que eles também possam ser salvos pelo Senhor.

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3. A Responsabilidade (1 Coríntios 9.16). Não é somente o exemplo do Pai ou o amor do Filho que nos motiva a pregar o evangelho. Deus colocou um encargo sobre nós, de modo que nós temos uma tremenda responsabilidade pessoal de anunciar o evangelho a cada criatura. Em Ezequiel 33.1-20 nós temos uma amostra bem clara de nossa responsabilidade. Se Deus nos mandar avisar aos perdidos para que eles sejam salvos e eles não aceitarem a mensagem de salvação, então Deus cobrará deles mesmo a responsabilidade por sua morte eterna, mas se nós não avisarmos, então Deus cobrará a responsabilidade de nossas próprias mãos. O ponto forte aqui é que DEUS JÁ MANDOU QUE avisássemos aos perdidos que eles precisam ser salvos. Se formos negligentes em anunciar o evangelho, Deus vai cobrar o destino de muitas vidas de nossas próprias mãos. Ai de mim se não pregar o evangelho! 4. A Necessidade Dos Perdidos (Atos 3.5,6). Os perdidos são cegos esperando receber alguma coisa das mãos daqueles que conhecem a Deus. Eles precisam de salvação e restauração. Quem dará isto para eles? Deus tem tudo o que eles precisam. Mas o Senhor ordenou que NÓS fôssemos os instrumentos pelos quais Ele salvará, restaurará e libertará os perdidos. Os perdidos esperam de Deus a solução para os seus pecados. Nós não temos nada em nós mesmos, mas Cristo em nós é a fonte de salvação para todos os perdidos.

D – PROCLAMAÇÃO E TESTEMUNHO Leia Marcos 16.15; Atos 1.8 com Lucas 24.49. Embora nem todos tenham o dom de Evangelista, todos devem ser proclamadores e testemunhas. O testemunho faz parte de nosso serviço. Como é que Deus terá uma família de muitos filhos (Rm 8.29), sem que haja a proclamação do evangelho?! De forma nenhuma Ele a terá se não pregarmos o evangelho. Devemos, então, proclamar o evangelho e dar o nosso testemunho pessoal de como nos convertemos. PROCLAMAR é anunciar o evangelho do Reino e da Graça de Deus como um mensageiro enviado com esta finalidade. O proclamador não se envolve com questões ou fatos pessoais, mas simplesmente com os fatos que devem ser anunciados. Em certas ocasiões nós devemos pregar o evangelho apenas como proclamadores; outras vezes, porém, devemos integrar a proclamação com o testemunho pessoal. TESTEMUNHAR é contar a nossa experiência pessoal de como encontramos Jesus e como isto mudou a nossa vida. Ainda que nem todos saibam se expressar bem para proclamar o evangelho, mesmo assim todos podem e devem testemunhar, pois estarão falando de suas próprias experiências de conversão. 1. A Necessidade De Dar Fruto Tudo o que tem vida se reproduz. O fruto de uma mangueira é uma manga, de um coqueiro é um coco, e de um discípulo é outro discípulo. Se tivermos vida no Senhor, temos que reproduzir esta vida em outros, transmitindo o evangelho do Reino e ganhando vidas para o Senhor. Jesus levou muito a sério este assunto de frutificar (João 15.1-2; Mt 21.18-19). 2. Como Pregar A Palavra E Ganhar Outros Para O Senhor Não existe uma “regra” ou método fixo para isto, mas queremos dar algumas “dicas” que podem ajudar aos irmãos a proclamar o evangelho. Mais adiante nós veremos um pouco mais sobre isso na seção “Evangelismo Pessoal”.

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Por enquanto, basta-nos compreender que há dois fatores básicos envolvidos: o gancho e a proclamação propriamente dita.

O gancho. É o primeiro contato com a pessoa, quando estamos procurando quem tem interesse em ouvir. É como se jogássemos o anzol na água para ver se o peixe belisca. É como um radar. O radar vê o avião atrás das nuvens e manda uma onda; se não tem avião a onda se perde; mas quando tem, a onda vai e volta. O gancho funciona assim: lanço a Palavra e espero o retorno. Nada de forçar ou insistir. Quando damos o gancho, estamos harmonizando a Palavra com a pessoa que tem fome por Deus. Não devemos falar muito. Não é hora de pregar, mas sim de procurar. Devemos dar o gancho e OBSERVAR A REAÇÃO. Não devemos insistir com quem não tem interesse. Não devemos querer convencer alguém que o Espírito Santo não está convencendo. Nós não sabemos fazer um pintinho. Nós apenas colocamos o ovo debaixo da galinha; Deus faz nascer o pintinho.

A proclamação do Evangelho. Diante de alguém que está aberto para ouvir, depois de ter dado o seu testemunho pessoal, você deve pregar o evangelho a esta pessoa. Podemos resumir a mensagem do evangelho em 5 pontos, que podem ser apresentados com os dedos da mão:

o Dedo indicador: Aponta para Jesus. Devemos falar tudo o que

sabemos sobre Ele: sua pessoa, sua obra, seus milagres, sua vida santa, sua morte, ressurreição, ascensão, e etc.

o Dedo maior: O preço para seguir a Jesus (Lc 14.25-33). Qual é o preço? Minha vida. Aí entra o negar-se a si mesmo, perder a vida, o arrependimento e a fé.

o Dedo anelar: O dedo da aliança. Fala do Batismo em Cristo (Rm 6.3) e no Corpo (1 Co 12.13). Mostrar que é necessário ser batizado como um testemunho do compromisso de seguir a Cristo, e que este compromisso com Cristo traz compromisso também com o Corpo de Cristo, a Igreja.

o Dedo polegar: O Poder de vida (Rm 8.1-11) e de serviço do Espírito (At 1.8). A habitação e o enchimento do Espírito Santo.

o Dedo mínimo: Confissão de pecados, andar na luz, cavar (Lc 6.46-49). Jogar tudo fora para seguir a Jesus sem peso algum.1

II – EVANGELISMO PESSOAL: GANHAR ALMAS ONDE ELAS ESTÃO

Há dois tipos básicos de Evangelismo: Evangelismo em Massa e Evangelismo Pessoal. Existem bons teólogos e pregadores que defendem um ou outro como o mais importante. No entanto, nós precisamos estar convencidos de que os dois são importantes. A diferença está em que no Evangelismo em Massa, ou seja, para grandes multidões, somente alguns poucos crentes podem se envolver neste esforço, pois é uma tarefa para aqueles que possuem um chamado específico para este ministério. Para trabalhar com este tipo de evangelismo é necessário que se tenha um chamado do Senhor para este ministério. Mas, no que concerne ao Evangelismo Pessoal, todos os crentes são chamados para este serviço comum. A responsabilidade de pregar a Cristo, anunciando as boas novas da Salvação não é uma tarefa para os especialmente chamados e capacitados para isto, mas para todos os que professam é no Senhor Jesus Cristo.

1 Adaptado da apostilas para Líderes de Grupos Celulares da Igreja em Salvador-BA.

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A Igreja dos primeiros séculos cresceu mais devido ao evangelismo pessoal, embora tenha realizado também o evangelismo em massa. Cada crente era responsável por testemunhar de Cristo e fazê-lo conhecido a todos. Por muitas gerações os cristãos têm evangelizado dentro das Igrejas, nas classes de Escola Dominical e nas reuniões especiais – geralmente dentro da igreja. Mas o Evangelismo Pessoal nos coloca lá fora, lá onde os perdidos estão e aonde devem ser alcançados. A Igreja Cristã passou mais de 200 anos sem ter um local específico, um “templo” dedicado às suas atividades e, no entanto, naquele período ela sacudiu o mundo com o Evangelho. A Igreja ia até os perdidos e não esperava que os perdidos viessem até ela e entrasse em seus salões de adoração. A grande maioria dos perdidos jamais entrará numa Igreja Evangélica, de modo que não podemos ficar de braços cruzados, esperando que eles venham aos cultos de nossas igrejas. A nossa grande oportunidade para alcançá-los, então, é ir até os não cristãos aonde eles se encontram. Alguns poucos poderão fazer isto através do Evangelismo em massa, mas você também pode ganhá-los para Cristo através do Evangelismo Pessoal. Nós queremos encorajar você a se lançar nesta grandiosa tarefa de ganhar os perdidos para Cristo lá onde eles estão - nas ruas, praças, supermercados, lares e etc.

A – A PEÇA FUNDAMENTAL DO EVANGELISMO PESSOAL O Espírito é muito importante no Evangelismo Pessoal; a oração também é muito importante. A soberana ação de Deus chamando e conduzindo os perdidos ao arrependimento também é muito importante... Mas você é a peça fundamental deste tipo de Evangelismo. 1. Orar E Fazer Quando se fala em evangelizar os perdidos, talvez você já pensado várias vezes que o máximo que você poderia fazer seria “orar” para que os perdidos se convertam. Mas só a oração não é suficiente. Os perdidos irão para o inferno se tudo o que você fizer for orar. Você precisa ir até o perdido e falar para ele do amor de Deus e da salvação em Jesus Cristo. Você precisa orar, mas precisa mais ainda fazer alguma coisa para que os perdidos ouçam de Cristo e possam ter a oportunidade de aceitar a salvação em Jesus. 2. Você É O Representante De Deus Deus poderia usar qualquer outro meio para que as pessoas ouvissem o evangelho, mas Ele quis e quer usar você. A Igreja é chamada de “o corpo de Cristo” (Efésios 4.4; 1 Coríntios 12.13; Romanos 12.4-6; Efésios 1.21-22; Colossenses 1.18; 2.19). E nós, individualmente, somos membros deste corpo (1 Coríntios 12.27). O nosso corpo serve para expressar e representar nosso ser interior. O nosso corpo é o nosso representante no mundo dos sentidos. Da mesma forma, a Igreja é a representação de Cristo neste mundo e cada um dos membros deste corpo tem a responsabilidade de agir em nome do Senhor Jesus, expressando-o e representando-o plenamente. Você é chamado de embaixador de Cristo (2 Coríntios 5.20). Você é o sal da terra e a luz do mundo (Mateus 5.13-16). Aonde você vai, o Senhor vai dentro de você e deseja se manifestar através de sua vida. Cristo vive em você (Gálatas 2.20), e Ele quer alcançar os perdidos através de você.

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Deus poderia ter escolhido os anjos para pregarem o Evangelho, mas Ele não fez, não faz e não fará isto, porque a responsabilidade de anunciar o evangelho pertence àqueles que já foram alcançados por ele e que se tornaram embaixadores de Cristo no mundo. Talvez você pense que Deus irá enviar outra pessoa para que os perdidos ouçam o evangelho, mas a responsabilidade é sua, pessoal e individualmente. Paulo disse: “... ai de mim se não pregar o evangelho!” (1 Coríntios 9.16). Ele não transferiu a sua responsabilidade, pelo contrário, ele assumiu a sua obrigação pessoal de pregar o evangelho. Você é responsável pela pregação de Cristo e Deus irá cobrar de você esta responsabilidade. Deus não tem nenhum outro agente e o Espírito não tem nenhum outro canal para alcançar os perdidos se não você! 3. A Metodologia Não É Suficiente Você pode aprender vários métodos de evangelizar e pregar o evangelho, mas aprender a metodologia não é suficiente. É preciso se envolver pessoalmente na tarefa de ganhar almas. Não adianta você ter boas idéias sobre como ganhar almas para Cristo se você mesmo não está envolvido nesta grande tarefa. Talvez você não conheça nenhum método poderoso de evangelização, mas se você vai e testemunha de Cristo em simplicidade a sua parte está sendo feita e Deus poderá usar você.

B – SETE RAZÕES PARA VOCÊ GANHAR ALMAS 1. O Exemplo De Jesus O Senhor Jesus se envolveu pessoalmente na tarefa de ganhar almas para o Pai. Ele pregou o evangelho para multidões, mas ganhou muitas pessoas particularmente. Ele ganhou a Samaritana (João 4), Ele ganhou Zaqueu (Lucas 19) e muitos outros. Seu exemplo para nós é uma das principais razões porque nós também devemos ganhar almas. 2. O Desafio Da Colheita Em Mateus 9.37 o Senhor adverte que a Seara é realmente grande. Há uma enorme colheita para ser feita nesta Seara, que é o mundo. Existem muitas pessoas para serem salvas, e se você fizer a sua parte com responsabilidade, será possível obtermos uma boa colheita no fim desta era. Existem atualmente mais de 3 bilhões de pessoas que nunca ouviram falar de Jesus. Se cada crente se responsabilizar pessoalmente para ganhar almas, rapidamente este número seria reduzido. A colheita é muito grande nesta grande seara. Precisamos descruzar nossos braços e diligentemente anunciarmos as boas novas de que só há salvação em Cristo. 3. Os Trabalhadores São Poucos Na mesma passagem de Mateus o Senhor também declara que os trabalhadores são poucos. Nós temos uma grande seara com uma grande colheita para ser feita, mas onde estão os trabalhadores? Poucos estão realmente comprometidos com a tarefa de ganhar almas. Muitos estão comprometidos em cantar e ensinar nas igrejas, mas são bem poucos os que estão comprometidos com a tarefa pessoal de evangelização.

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Há uma tremenda diferença entre estar envolvido e estar comprometido com a evangelização do mundo. Se tomarmos o célebre exemplo da galinha e do porco nós poderemos ter uma idéia melhor desta diferença. Se você tem uma refeição com ovos e bacon, haverá um envolvimento da galinha. Ela providenciou o ovo para a sua refeição. Mas o porco se comprometeu com a sua refeição. Para você ter o bacon o porco teve que dar a sua própria vida. Ele não apenas se envolveu com sua refeição; ele se comprometeu com ela a ponto de perder a sua vida para que você comesse o bacon. O mesmo se aplica à tarefa da evangelização. Alguns se envolvem orando ou contribuindo financeiramente para que outros possam ir pregar o evangelho. No entanto, o Senhor deseja que estejamos comprometidos pessoalmente com a evangelização, até o ponto de darmos nossas vidas para que outros possam escutar de Jesus. Infelizmente, o esforço evangelístico da igreja contemporânea tem poucos resultados porque são os poucos os que estão comprometidos para que todos ouçam a Palavra de Deus e possam decidir por Cristo. 4. A Ordem De Cristo Em Marcos 16.15 nós temos uma ordem clara para nós: “Ide, portanto, e pregai o evangelho a toda criatura”. Não é mais uma questão apenas de Cristo apenas nos ter dado o exemplo. Ele deu também a ordem, de modo que não pregar o evangelho se constitui numa insubordinação contra Cristo. Se você não prega o evangelho testemunhando da salvação em Cristo você está em franca desobediência ao Senhor. 5. O Retorno De Cristo Cristo somente voltará no fim de todas as coisas. De acordo com Mateus 24.14, o fim virá quando o evangelho do reino for pregado em todas as nações para testemunho. Há duas coisas muito interessantes aqui:

O evangelho que devemos pregar para todas as nações é o evangelho do reino, este evangelho que fala do senhorio de Cristo e de nossa necessidade de submeter nossas vidas a Ele, vivendo como verdadeiros discípulos de Jesus, e

Todas as nações devem ter um testemunho do Senhor ali. “Nações” aqui não se referem aos países geopoliticamente definidos, mas aos povos culturalmente definidos, ou seja, que falam a mesma língua e mantêm os mesmos costumes.

O Senhor Jesus voltará somente quando você e eu testemunharmos Dele, levando a proclamação do Seu senhorio a todas as nações. Você e eu somos responsáveis por isso! 6. Nossa Responsabilidade Em Ezequiel 3.16-21, Deus cobra da sua testemunha o sangue das pessoas. Se você não falar para os perdidos sobre Jesus, Deus vai requerer de você o sangue deles, ou seja, a responsabilidade pela perdição eterna deles.

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A decisão de aceitar ou rejeitar a Cristo não nos pertence; o que nos pertence é a responsabilidade de fazer os perdidos ouvirem sobre Cristo. Se eles não ouvirem não poderão crer e assim perecerão eternamente, e a culpa será nossa. Se você não quer ser culpado perante Deus pela perdição eterna de muitos, então você deverá estar comprometido com o evangelismo Pessoal. 7. A Sua Experiência Pessoal De Salvação Você é salvo? Está satisfeito com Cristo e com os benefícios da Salvação? Então porque você não permite que outros tenham a mesma oportunidade? Muitos estão apenas esperando que alguém lhes fale do amor e da salvação em Deus. Você é o responsável para que elas ouçam de Cristo! Se a salvação em Cristo é boa para você, então deverá ser também para outros. Não seja egoísta ou ingrato nesta questão. Compartilhe com outros as bênçãos que você recebeu de Deus pela salvação. Há um mundo enorme esperando pelo seu testemunho. Deus não enviará um anjo para pregar o evangelho. Ele depende de você, que já recebeu a Sua salvação e já desfruta do Seu imenso amor.

C – GANHAR ALMAS: UM ESTILO DE VIDA

Ganhar almas não deve ser um evento especial da igreja feito uma vez por mês em mutirão. O evangelismo pessoal deve ser um estilo de vida para mim e para você. Note seu estilo de vida, as coisas que você faz costumeiramente. Você come e dorme todos os dias; você tem horários para isto, mesmo que não sejam rígidos. Isto faz parte de sua vida e você não passa sem estas coisas básicas. Mas o evangelismo pessoal para você talvez seja uma raridade inusitada. Isto não deve ser assim! O Senhor Jesus é o nosso exemplo maior. Ele estava sempre com as pessoas, falando do Pai para elas e testemunhando do Seu amor. Os primeiros crentes também são um exemplo para nós. Em Atos 2.47 nós lemos que o Senhor acrescentava à igreja, dia a dia, os que iam sendo salvos. Note que o Senhor apenas acrescentava; não era Ele quem falava para as pessoas sobre a salvação, pois quem fazia isso era cada um dos Seus filhos. Os apóstolos davam testemunho diário de Cristo, no templo e de casa em casa (Atos 5.42). Evangelismo Pessoal não era uma questão de ter um chamado especial para isto, mas um estilo de vida, uma prática diária. Quando Deus permitiu que viesse perseguição sobre a igreja, os cristãos que foram dispersos iam por toda parte pregando a Palavra (Atos 8.4). Foi um grupo de crentes “comuns” que fizeram do evangelismo o seu estilo de vida. Nós somos chamados para falar e testemunhar de Jesus todos os dias e em todos os lugares. Os historiadores da Igreja dizem que os primeiros cristãos eram considerados “importunos” porque eles falavam de Jesus todos os dias e em todos os lugares: na casa do vizinho, na lavanderia pública, nas escolas, nas praças, no mercado, na rua... Em todos os lugares aonde houvesse pelo menos um perdido que ainda não tinha ouvido falar da salvação em Jesus. Nós devemos ser assim também, hoje. Nós temos inúmeras oportunidades para falar de Jesus para os perdidos: na fila do banco, no correio, nas repartições públicas, nos parques, nas escolas e universidades, nas manifestações públicas... Não há limite para as oportunidades – se nós fazemos do evangelismo pessoal o nosso estilo de vida.

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D – A VISITAÇÃO DE CASA EM CASA 2 1. O Ministério De Testemunhar De Cristo “Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra” (Atos 1.8). Após o cativeiro Babilônico, os filhos de Israel retornaram para sua terra nativa mas não como um Reino independente. Por mais de 400 anos aquele orgulhoso povo permaneceu como uma nação “marionete”. No dia da ascensão de Cristo Seus discípulos perguntaram-lhe sobre esta questão: “Quando será o tempo da restauração de Israel?” Gentil, mas firmemente, Jesus respondeu: “Não compete a vocês conhecerem os tempos e épocas que o Pai determinou por Seu próprio poder, mas recebereis poder ao descer sobre vós o Espírito Santo e sereis minhas testemunhas...” (At 1.7-8). Em outras palavras, Ele estava dizendo que eles não precisam se prender aos detalhes proféticos do programa do Pai porque o trabalho deles seria testemunhar de Cristo. Eles não seriam testemunhas da vinda do Messias. Eles aceitaram-no como tal. Eles não seriam testemunhas dos tempos e épocas quando o Reino seria estabelecido na terra. Eles seriam testemunhas de Cristo. Eles seriam uma viva demonstração de vidas que haviam sido mudadas pelo poder de Deus. Eles seriam exemplos vivos da vida de ressurreição de Cristo e do que Ele fez em e através deles... Testemunhas de que Cristo morreu, mas está vivo! As Escrituras declaram que “sem visão (profecia) o povo se corrompe” (Pv 29.18). Como podemos admitir que multidões de pessoas pereçam sem Cristo por causa da falta de visão da igreja? É um fato conhecido que o diabo não pode fazer santos, e o gelo não pode produzir fogo! Pessoas sem visão não podem trazer avivamento e pessoas aos pés de Deus! Quando os crentes cessam de ter dores de parto para ganhar almas, a visão morre e as multidões clamam: “Passou a sega, findou o verão, e nós não estamos salvos” (Jr 8.20). A Bíblia diz: “E em nenhum outro há salvação; porque debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, em que devamos ser salvos” (Atos 4.12). As multidões, portanto, devem ser conduzidas a Cristo ou estarão perdidas por toda a eternidade. Uma amiga que ainda está envolvida com seitas nega que o inferno é real. Para ela, o inferno é apenas o túmulo. Esta é uma chocante declaração que veio de seus lábios: “Se eu honestamente acreditasse no que você crê, que se um homem morre sem Cristo ele vai imediatamente para o fogo do inferno sem esperança de sair dali, e tudo o que ele deve fazer para ser salvo é aceitar a Cristo como seu Salvador pessoal, você sabe o que eu faria? Eu deixaria minha casa e sairia pelo mundo afora. Eu pararia e advertiria a cada pessoa que eu encontrasse. Eu pararia em cada casa em que eu passasse. Eu contaria para eles que se continuassem em pecado eles receberiam a ira de Deus em um inferno fervente. Eu não descansaria e nunca pararia até que eu morresse. Se o que você diz é verdadeiro, eu teria que fazer isto. Minha consciência iria me compelir a isto.” Não é chocante vermos que ela tem um senso de urgência e convicção em sua declaração muito maior do que a maioria dos crentes?

2 Traduzido e adaptado de Personal Evangelism, fonte desconhecida.

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A responsabilidade cristã para com os perdidos é enfaticamente declarada no Antigo e no Novo Testamento. Ezequiel advertiu: “Se eu disser ao ímpio: Ó ímpio, certamente morrerás; e tu não falares para dissuadir o ímpio do seu caminho, morrerá esse ímpio na sua iniqüidade, mas o seu sangue eu o requererei da tua mão” (Ez 33.8). Como podem os crentes dormir pacificamente sabendo que tamanha advertência está sob suas cabeças: “Seu sangue requererei da tua mão”? Jesus desafia-nos no Novo Testamento com estas palavras, “E disse-lhes: Ide por todo o mundo, e pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado” (Marcos 16.15,16). A responsabilidade é nossa! 2. A Preparação Desordem e confusão são o resultado normal da falta de preparação. Aqui estão umas poucas sugestões em preparar-se para testemunhar.

Prepare seu coração. Para você pregar ou distribuir literatura, o Espírito Santo só poderá operar através de você se sua vida for pura, reta e cheia do Espírito Santo. Antes de Deus usar-nos, nós devemos estar preparados. São as coisas pequenas, as atitudes, a frieza, a falta de real preocupação pelos perdidos que impedem o poder convincente do Espírito de mover em e através de você.

Deus deu-lhe uma arma, Sua Palavra que é ”mais cortante do que qualquer espada de dois gumes”. Enquanto você for com a Palavra da Verdade, Ele falará aos corações dos ouvintes. Esta é a soberana obra do Espírito de Deus: “E quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo” (João 16.8). Mas para usar esta espada, você deverá preparar seu coração para estar cheio do Espírito. Falta de oração é falta de poder! A medida do poder de Deus em sua vida está em direta proporção à sua falta de intimidade com Ele. A Oração penetrará nas áreas ocultas de sua vida e revelará os cantos escuros. Peça a Deus para iluminar seu coração. Peça para enchê-lo do Seu Santo Espírito. Se fizer isto você estará preparado e terá poder na obra de Deus.

Preparando um plano definido. Freqüentemente, quando eu pergunto aos crentes porque eles não testemunham, eles respondem “eu não sei” ou “eu tenho medo”. Atualmente o temor é o resultado da falta de conhecimento. Nesta área, a igreja tem falhado miseravelmente e deve aceitar a plena vergonha. Os Crentes testemunharão se souberem como, mas a igreja tem negligenciado ensiná-los. Ninguém conseguirá testemunhar sem ter um plano definido em mente. Então você saberá o que está fazendo e o temor irá embora!

Eu quero ajudar você a ter um efetivo plano para ganhar almas que qualquer um poderá usar. Com ele você:

o Sempre estará pronto e o Apto para controlar qualquer situação, o Guiar a conversação, achar uma abertura, apresentar a Cristo e o Sempre manter sua confiança.

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Usando este plano em particular você terá um equilíbrio psicológico e um padrão Bíblico para apresentar a pessoa de Jesus Cristo. Além de seguir o padrão de memorizar passagens-chave da Escritura para refutar muitos argumentos, você verá como é simples, mas eficiente, falar de Jesus para o descrente. Desde que a salvação não é uma mera doutrina ou um conjunto de versículos da Bíblia, mas um encontro pessoal com Jesus, não há nenhum propósito real em aprender como vencer um argumento. É verdade que os Cristãos devem conhecer a verdade, mas eles não são debatedores; eles são testemunhas. Este plano para testemunhar de Cristo de casa em casa mostrará a você:

o Como iniciar assuntos de questões espirituais, o que geralmente é a razão para muitos crentes temerem testemunhar;

o Como se apresentar como um crente, sem criar uma situação ofensiva;

o Como lhes mostrar, pela Bíblia, o caminho da salvação; o Como lhes conduzir a uma decisão pessoal.

Prepare sua aparência. O homem é uma trindade - espírito, alma e corpo. Mesmo que você prepare seu espírito e suas faculdades mentais, ainda há o homem exterior. A primeira impressão que nós temos de um estranho é freqüentemente formada pelo que vemos. Esteja certo de que sua aparência causará uma boa impressão.

Prepare-se com a atitude certa. Um dos segredos do sucesso nas vendas é: você deve acreditar que pode e irá acertar uma venda, antes mesmo de você oferecer o produto para um comprador. Esta é a atitude de “Eu posso”. Este tipo de confiança é radiante. “Porque, como ele pensa consigo mesmo, assim é; ele te diz: Come e bebe; mas o seu coração não está contigo” (Provérbios 23.7). O evangelho não é negativo; ele é positivo. Ele nunca força, mas ele guia. Reconhecendo que é o Espírito Santo quem conduz os homens a Deus, você pode testemunhar sem temor. Jesus disse, “E eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos”. Se Ele está com você, e em você, quem poderá ser contra você?

Prepare o caminho para uma visita de retorno. A tarefa do acompanhamento será estudada na disciplina “Discipulado Pessoal”. Contudo, o caminho deverá ser preparado para uma visita posterior. Isto é comparativamente fácil. Após o encontro estar completo e uma literatura gratuita ter sido entregue, você deverá arranjar um retorno. Este é uma das mais importantes tarefas da visitação de casa em casa e da distribuição de literatura: preparar uma visita de retorno.

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Algumas sugestões para ajudar: o Evite questões tolas. Satanás fará qualquer coisa para interromper e

desvirtuar sua apresentação de Cristo. Quando a pessoa que você está evangelizando começar a apresentar questões como “Onde Caim conseguiu sua esposa?” ou “Qual é a igreja mais certa?”, Satanás freqüentemente estará por trás destes questionamentos. Quando eles vêm, geralmente são interrupções, completamente fora dos assuntos que estão sendo discutidos, então esteja pronto para eles. É perda de tempo tentar responder estas questões que são completamente irrelevantes e que muitas vezes tomam todo o tempo da visita. Nesta ocasião, uma simples declaração pode ser feita ou um apropriado texto bíblico pode ser dado, e então retornar ao assunto! Quanto à questão de qual é a igreja certa, por exemplo, você poderá dizer rapidamente que há apenas uma igreja verdadeira, que ela inclui todos os que são verdadeiramente salvos, e que estes salvos estão em muitas igrejas ou grupos cristãos diferentes para cumprir a Palavra de Deus conforme eles compreendem e aprendem dela. Após dizer isso, continue com o assunto principal, que diz respeito à salvação.

o Não brigue por causa das acusações de Satanás contra a Bíblia. É

comum que alguma pessoa levante questões que põem em dúvida a autoridade ou veracidade da Bíblia durante uma visita. Você não deverá discutir sobre estas questões, mas apenas afirmar simplesmente que você crê plenamente na Bíblia. Se a pessoa insistir em tais questões, em obter respostas específicas, seria aconselhável você estar preparado para responder. Há alguns bons livretos que ajudam a responder estas questões que as pessoas fazem, mas se não pode ter acesso a tais publicações, você poderá preparar uma lista em casa e pesquisar as respostas nas Escrituras. O homem tem uma inimizade natural contra Deus e na maioria das vezes quer fugir de sua responsabilidade de se converter através de negar ou desafiar a autoridade bíblica. Mas você não deve se envolver em contendas por causa desta questão. Deus defenderá Sua Palavra!

o Procure ficar a sós com a pessoa a quem você evangeliza. Talvez não

seja bom você estar sozinho, mas é bom quando a pessoa está sozinha. Há uma razão psicológica para isto. As pessoas freqüentemente riem e colocam uma falsa cobertura sobre seu embarço quando outras pessoas estão ao redor, e aí seu propósito será frustrado. Se você está em um lar com a família inteira presente, sempre trate com os pais primeiro. Os filhos, especialmente as crianças pequenas, distrairão seu testemunho. Dirija-se aos filhos de vez em quando, sempre mantendo em mente que ganhar almas é uma questão de apresentar alguém pessoalmente a Cristo.

o Controle sua apresentação. Controle o tom de sua voz durante seu

testemunho. É possível falar a verdade, ser sempre dogmaticamente correto, e perder o interesse da pessoa por causa da rapidez ou altura de sua voz. Não permita que a pessoa seja distraída por causa de sua roupa amarrotada ou o laço do sapato desfeito. Vigie a si mesmo e não dê motivos para ninguém ser distraído do que você diz por causa de algo em você que dispersa a atenção dos ouvintes.

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3. O Plano Em Ação Há diversas seqüências que podem ser usadas pelo crente ganhador de almas no testemunho pessoal. Muitos irmãos usam estas seqüências como um modelo para guiar suas apresentações do evangelho para os descrentes. Se elas forem apropriadamente usadas em um espírito de amor, você brevemente descobrirá seu próprio meio para se tornar uma real testemunha do Senhor Jesus Cristo. O modelo que eu uso consiste de uma série de pequenas questões que são facilmente memorizadas. Depois de um tempo usando este modelo, você poderá ir modificando-o, mas no começo é bom mantê-lo do jeito que está até que você tenha adquirido experiência e firmeza como testemunha de Cristo. Eis uma série de pequenas questões que são fáceis de decorar:

Você já pensou seriamente sobre as coisas espirituais, como o que virá depois da morte, a salvação e a vida eterna?

Você já pensou em se tornar um cristão verdadeiro? Ou: Você já ouviu sobre conhecer a Jesus Cristo de um modo pessoal?

Se alguém perguntasse para você “o que é um verdadeiro cristão?” O que você responderia? Como você acha que alguém se torna um cristão verdadeiro?

Você gostaria de ver cinco textos da Bíblia que falam sobre isto? Se você puder me escutar por dez minutos, eu gostaria de mostrar para você o que a Bíblia diz sobre o cristão e como se tornar um.

Note que as primeiras três questões não assuntam ninguém e nem são ofensivas, mas cada uma serve a um propósito vital. A quarta declaração não é uma questão como as outras, mas ela leva em consideração a curiosidade humana. Nenhuma destas declarações invadem a privacidade pessoal de quem está sendo abordado. Antes de tratarmos desta aproximação em detalhe, vamos usar o plano em ação. Nesta “sketch”, Pedro e João acabaram de sair de um culto na igreja. “A pregação foi muito boa, não foi?” Pedro pergunta casualmente. “Você está interessado nas coisas espirituais?” “Bem, sim, eu estou, mas eu nunca quis admitir. Eu penso muito sobre Deus”, responde João um pouco hesitante. “Você tem pensado em se tornar um verdadeiro cristão?” Pedro pergunta, enfatizando a palavra “verdadeiro”. “Ei, o que você quer dizer com isso? Não somos todos cristãos? Honestamente eu não sei, Pedro. Há muitas religiões e cada qual diz que é mais certa. Como é que eu posso saber?” “João, se alguém lhe perguntasse „O que é um verdadeiro cristão?‟ o que você diria?” “Bem, eu diria que é alguém que vai a igreja, vive o melhor que pode e que segue os Dez Mandamentos. Eu não penso que Deus é um monstro. Se um homem é sincero e faz o melhor que pode, tudo dará certo para ele no final.” “De fato, isto é o que muitas pessoas pensam. Eu mesmo já pensei assim.” João estudou Pedro por um momento e perguntou: “Você mudou de idéia? O que você pensa, agora, sobre o que é um cristão?” “Você poderia me ouvir por uns dez minutos agora, João? Se você puder me ouvir neste momento eu lhe darei cinco textos da Bíblia que mostrarão para nós o que é um verdadeiro cristão e como se tornar um”.

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Pedro podia agora guiar a conversação e mostrar a João que um cristão não o é por causa do que ele faz, mas por causa de quem ele é. Neste momento, os rapazes estão juntos na igreja. Mas nem todo contato termina assim. Você pode estar sentado próximo a alguém no ônibus, no trem, no avião ou em outro lugar qualquer. Em qualquer situação, o trabalho de preparação é importante. Esteja pronto! A cada dia nos encontramos com pessoas sem inibições, e em muitas ocasiões nós desenvolvemos rápidas amizades, tendo um genuíno interesse por elas, ouvindo suas questões e estabelecendo uma amizade. Lembre-se como Jesus sentou-se ao lado da mulher Samaritana e pediu para ela um pouco de água? Seu pedido o guiou para uma conversação até o ponto de testemunhar para ela de Si mesmo. Noutra ocasião ele caminhava entre as redes de pesca na Galiléia. Encontrou dois pescadores que desejou que trabalhassem para Ele. Aparentemente, Ele deve ter falado um pouco sobre o trabalho e então lhes disse: “Venham após mim e eu vos farei pescadores de homens”. Quantas vezes você já abordou alguém diretamente, perguntando “Você é salvo?” Ou então “você nasceu de novo?” e depois a pessoa nunca mais quis estar perto de você e fez tudo para evitar-lhe? Esta é uma forma errada de se aproximar! As três questões que mostramos evitam que as pessoas fujam ou batam a porta em sua cara. Haverá circunstâncias nas quais as primeiras duas questões poderão ser omitidas, e a experiência ensinará quando isto deverá acontecer, mas geralmente elas seguem em sucessão. As respostas não são tão importantes porque as questões têm sido designadas de modo que você possa guiar a pessoa às Escrituras. Elas se tornam um “gancho” para apresentar a Cristo. Você pode usar a mesma seqüência mais de uma vez com uma mesma pessoa. “Você está interessado...” A questão inicial é pessoal, mas não ofensiva. Você está perguntando-lhe sobre uma questão sem forçar a pessoa a comprometer-se a si mesma. “... Nas coisas espirituais?” Alguém poderia usar “... em religião”, “... no Cristianismo”, “... Na igreja”, “... Na Bíblia”, etc. Use qualquer coisa que a oportunidade exija. Muitas pessoas estão interessadas nas questões espirituais e prontamente falarão sobre elas. Tendo começado, talvez você seja daqueles que se atormentam com a possibilidade de alguém dizer “Não, eu não estou interessado!” Ou “Não, eu não tenho pensado sobre isto!” Talvez a pessoa que esteja testemunhando fique confusa diante destas respostas e se indague: “o que farei agora?”. Suponhamos que a pessoa contatada responda negativamente, o que fazer então? Simplesmente passe para a segunda questão. Você não está ali para discutir, mas para apresentar a Cristo como Salvador. Pergunte: “Você já ouviu falar sobre conhecer a Jesus de um modo pessoal?” Então, sem hesitação dirija a pessoa diretamente para a última questão, “Se tem dez minutos para que eu...” ou você pode usar, “Você já pensou o que significa ser um cristão verdadeiro?” Se a pessoa declarou que não está interessada nas coisas espirituais, não é sua função responder a esta declaração, mas guiá-la adiante para um encontro com Cristo. A segunda questão, como a primeira, é pessoal, mas não é ofensiva. Vigie o tom de sua voz! A inflexão errada pode levar um tom de acusação e fechar o coração da pessoa. A ilustração mostrou que a ênfase de Pedro sobre a palavra “verdadeiro” atraiu o interesse de João por implicar que havia cristãos e verdadeiros cristãos. Com a resposta negativa da pessoa, você deve apresentar um amigável desafio.

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A segunda questão implica que a pessoa não é salva; e ainda não está buscando a salvação. Geralmente a pessoa tem dúvida quanto a sua salvação, mas se perguntada se é um cristão, ela responderá que sim. A maioria das pessoas acredita que só há dois tipos de pessoas, os cristãos e os pagãos, e quem irá considerar a si mesmo como um pagão? Se a resposta da pessoa evangelizada para a segunda questão é “Sim, eu tenho pensado em me tornar um cristão”, então você deve proceder diretamente para a última declaração, mas se sua resposta é, “Eu vou à igreja...” ou “Não, não muito...” você pode apresentar-lhe a terceira questão, “O que é um verdadeiro cristão?” Até este ponto do seu testemunho você só tem apresentado questões e não uma pregação. Porém, você já obteve muitas informações para usar na pregação à pessoa evangelizada. Você deu-lhe uma oportunidade para expressar a si mesma, e por fazer isto ela expôs suas opiniões sobre as coisas espirituais e sobre sua própria condição. Você está gentilmente controlando a conversação e guiando-a até um ponto onde você pode apresentar-lhe a Cristo. Note também que sua aproximação não deixa nenhum lugar para argumentos que impeçam de você chegar até a pregação do seu testemunho. Não há nenhum argumento que impeça de você introduzir a pessoa até Cristo. Pressione! Você está ganhando terreno. Responda ao desafio da terceira questão, “Se alguém perguntar para você, „o que é um verdadeiro cristão?‟, o que você diria?” Este questão procura por ação. A resposta sempre revelará exatamente o que a pessoa evangelizada conhece sobre o caminho da salvação. Por perguntar “Se alguém perguntasse a você”, você tem tomado a pressão de sua pergunta e colocado sobre uma terceira pessoa imaginária. A resposta do seu contato não será para você, mas para esta terceira pessoa imaginária, mas ao fazer isto seu contato lhe dirá exatamente aquilo que você quer saber. Acontece de, às vezes, as pessoas responderem esta questão de forma correta porque ela já foi atingida pelas perguntas e por causa do seu testemunho ou de um conhecimento prévio do que ela escutou numa igreja ou culto evangelístico. Outras vezes, no entanto, a pessoa pode saber a resposta apenas porque já ouviu de alguém e quer se livrar de você. Ela pode responder que o verdadeiro cristão é “alguém que já aceitou a Cristo como salvador”. Faça o teste e pergunte se ela já tomou esta decisão. Se ela responder que “sim”, pergunte quando e como. Geralmente a resposta à questão três será alguma coisa como isto: “Um cristão é alguém que acredita em Deus, vivendo uma vida de bondade...”, e etc. A resposta será centrada nas boas obras, no que o Cristão faz, mas do que naquilo que ele é. Isto é porque a questão é dirigida para revelar a condição do coração da pessoa. Aceite o que a pessoa diz sem contradizê-la diretamente, pois se você fizer isto, possivelmente seu testemunho terminará sem uma decisão da pessoa. Pedro não argumentou ou corrigiu a resposta de João, mas ele despertou a curiosidade dele, dizendo “Eu já pensei a mesma coisa tempos atrás”. Você deverá falar como se estivesse refletindo, e incluir nesta sua “reflexão” outras coisas que “você” pensava sobre o cristão, desde o batismo nas águas até a membresia na igreja. Concorde com a pessoa que o cristão realmente faz todas estas coisas (boas obras, é batizado, pertence a uma igreja, e etc.), mas vá até o ponto de questionar sobre o que é um cristão e não o que ele faz.

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Depois de você dar diversas respostas, sempre acrescentado que você pensava que um cristão era isto e aquilo, mas que agora você vê que estava errado, a pessoa indubitavelmente perguntará para você, “Então, o que é que você diz que é um cristão?” Este é o ponto aonde você queria chegar. Este é o propósito em usar este método para ganhar almas para Jesus. “Você poderia me ouvir por uns dez minutos? Se você tiver este tempo eu gostaria de mostrar para você o que é um cristão e como se tornar um”. Aqui está a sua oportunidade, mas seja cuidadoso para não arruinar tudo fazendo um passeio panorâmico pela Bíblia, de Gênesis a Apocalipse. Você perguntou se a pessoa tinha dez minutos e você deverá usar estes dez minutos usando cinco textos bíblicos para mostrar o que é um cristão. 4. A Apresentação Este é o último passo em seu plano de ganhar almas: apresentar a pessoa de Cristo. Para fazer isto, use cinco textos - Romanos 3.23, Romanos 6.23, Atos 3.19, João 1.12 e 2 Coríntios 6.2. Até agora você manteve seu Novo Testamento (ou Bíblia) fechado. Se você apresentá-la antes deste momento, talvez o seu contato perca o interesse no começo. Se tiver estes textos já marcados em Sua Bíblia, você ganhará um bom tempo. Se possível, decore o número das páginas da sua Bíblia onde se encontram os versículos, na exata seqüência. Saber encontrar rapidamente os textos que você usará dará confiança àquele que está sendo evangelizado. Ele verá que você é organizado e que conhece sobre o que está falando. Use a primeira passagem: Romanos 3.23, “Porque todos pecaram e carecem da glória de Deus”. Esta primeira passagem revela o problema comum de todos nós. É por causa deste problema que nós todos necessitamos de Cristo. O homem deve saber que ele está perdido antes de poder ser salvo. Todos pecaram. Para mostrar à pessoa o que é o pecado, você pode usar Jesus como exemplo. Pergunte-lhe, “Nós temos sido justos e fiéis como Cristo?” Todos nós carecemos da glória de Deus! Pergunte também, “Quantos pecados fazem um pecador?” Você deve mostrar que todos nós somos pecadores e culpados perante Deus. Passe para Romanos 6.23: “O Salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor”. Faça a transição imediatamente. A pessoa tem visto e admitido que é um pecador. Dê Romanos 6.23 para ele ler. Aqui a Bíblia diz que nós receberemos um salário - alguma coisa que nós merecemos justamente. Qual é o salário? A pessoa responderá, “a morte”. Nós todos merecemos a morte. Conte-lhe que a morte é a separação espiritual e eterna de Deus. Depois você lê a segunda parte: “O Dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor”. Aqui Deus está falando sobre um dom, um presente, alguma coisa que nós não merecemos obter. Pergunte à pessoa, “Você merece este dom?” Tudo que nós podemos fazer é aceitar ou rejeitar este dom. “Qual é o dom? A vida eterna! Esta vida está numa pessoa, Jesus Cristo. Para ter este dom de Deus, você deverá ter Jesus, Seu filho”.

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Atos 3.19: “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para serem cancelados os vossos pecados, e da presença do Senhor venha tempos de refrigério”. Neste ponto, pergunte à pessoa, “O que este texto diz que devemos fazer para recebermos o perdão dos pecados e, então, a vida eterna?” Arrependimento significa sentir por seus pecados e abandona-los. João 1.12: “Mas a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber: os que crêem no seu nome”. Tantos quantos receberam a Jesus, Deus deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus. Aqui Deus diz que nós temos que receber a Jesus para nos tornarmos Seus filhos. Lembre que não é o que o cristão faz, mas a pessoa que ele recebe, Jesus, que o torna um filho de Deus. Mostre a sua Bíblia para a pessoa, como um exemplo. Ofereça-a como um presente. Mostre que ela deverá aceitar o presente ou nunca a possuirá. É o mesmo quanto a receber Jesus. O dom de Deus é oferecido, mas você deverá aceitá-lo. 2 Coríntios 6.2:”(porque diz: No tempo aceitável te escutei e no dia da salvação te socorri; eis aqui agora o tempo aceitável, eis aqui agora o dia da salvação)”. Neste ponto você relembra que o dom de Deus é gratuito e é a vida eterna, e que este dom está em Jesus Cristo. Para ter este dom, nós precisamos receber a Jesus. Quando nós fazemos isto? Mostre à pessoa que HOJE é o dia de tomar a decisão, pois é neste dia que Jesus está falando com ela. Insista que a pessoa deve tomar uma decisão e que Jesus não obriga ninguém a aceitar o dom da vida eterna, e que nós precisamos aceitá-lo como Salvador para receber a salvação, a vida eterna. Este é o momento crucial do seu testemunho. Pergunte à pessoa: “Você não gostaria de receber o dom de Deus, hoje?” Ore silenciosamente enquanto aguarda uma resposta. Se a pessoa disser, “Não, eu não quero” ou “Eu ainda não estou pronto”, mostre-lhe que você está feliz que ela está sendo honesta sobre isto. Contudo, esteja certo de que ela sabe o que está fazendo. Pergunte-lhe se ela reconhece que está recusando o dom da vida eterna que Deus lhe oferece por ela recusar aceitar a Jesus. Se ela compreende, não há nada que você possa fazer. Não fique desencorajado, mas termine sua apresentação sobre Jesus assim: “Você não precisa da minha presença nem de qualquer outra pessoa para receber a Jesus como Salvador e o seu dom de vida eterna. Sozinho, em qualquer lugar, você pode pedir-lhe para entrar em sua vida, e naquele instante ser salvo. Mas, não espere muito tempo para fazer isto!” Encoraje-o a fazer sua decisão pessoal rapidamente. Diga-lhe, “Curve sua cabeça comigo e eu vou orar”, e como os olhos abertos ou fechados, peça a Deus para fazer Jesus uma realidade na vida da pessoa. Se a pessoa decidir aceitar a Jesus naquele momento, ore com ela, pedindo-a para repetir suas palavras e assegure-lhe a respeito da salvação. Pergunte se ela crê naquilo que fez. Use João 5.24 para explicar o que acontece com aqueles que recebem a vida eterna. Pergunte-lhe: “Você creu nas palavras de Deus que mostramos na Bíblia? Você recebeu a vida eterna? O que aconteceu, então, com você, de acordo com este texto bíblico?” Termine animando-o a conseguir uma Bíblia e/ou dando-lhe alguma literatura para ler sobre como iniciar a vida cristã, marque outro encontro para começar um discipulado e convide a pessoa a freqüentar sua igreja.

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E – USANDO FOLHETOS Inclua a distribuição de folhetos em seu estilo de vida evangelístico. Talvez você não possa falar detidamente sobre Cristo todos os dias, mas certamente você pode distribuir folhetos todos os dias: no caminho para a escola ou trabalho, no supermercado, no meio da rua e etc. Mesmo que você não estude ou trabalhe fora de casa ou não tenha condições mesmo de sair de casa todos os dias é possível testemunhar de Jesus e/ou distribuir folhetos. Você pode falar com a vizinha, com os vendedores de porta em porta, com o rapaz que entrega o papel da luz e da água, com o carteiro, com o vendedor de gás de porta em porta, com os mendigos que passam pedindo comida, com os que pedem ajuda e etc. Há serviço para todos e todos os dias, desde que estejamos comprometidos em fazer do evangelismo pessoal um estilo de vida e não um evento especial. Uma coisa que todos nós podemos fazer é distribuir folhetos. Você pode ter sempre folhetos com você, no bolso ou na pasta de trabalho. Se você distribuir folhetos todos os dias a caminho do trabalho ou da escola (ou nestes lugares mesmo) você distribuirá dezenas ou centenas de folhetos a cada mês. Dar folhetos diretamente para as pessoas é apenas um caminho para usar folhetos, mas há alternativas tais como: colocar dentro das casas por baixo da porta ou pelas brechas das janelas; deixar nos pára-brisas dos carros; nos locais de espera dos consultórios e escritórios e etc. Muitos cristãos não gostam de usar folhetos e não sei por quê. É muito fácil e não custa nada, principalmente porque há muitas editoras que fornecem folhetos gratuitamente ou por um preço de custo. Precisamos lembrar que muitas pessoas já foram salvas pela simples leitura de um folheto. Não despreze este trabalho de distribuir folhetos porque Deus tem usado e poderá usá-lo ainda mais grandiosamente. Se você for fiel a Deus na distribuição de folhetos, regando cada um deles com orações e súplicas para que Deus use-os para salvar vidas pela fé em Jesus, certamente você vai saber de muitas pessoas que se encontraram com Cristo através de um folheto que você distribuiu. Use folhetos apropriados para cada situação. Todos os folhetos que você usar devem ser atrativos e bons para ler. Eles devem atrair o interesse das pessoas e “fisgá-las”. Uma coisa muito importante é que os folhetos devem ser de fácil compreensão, tanto na linguagem quanto no conteúdo. Você deverá se perguntar: pode um descrente vir a crer através da mensagem deste folheto? Infelizmente, muitos autores de folhetos não se colocam no lugar de seus leitores descrentes quando preparam seus folhetos. Eles deveriam fazer isto sempre, principalmente se considerar que a grande maioria deles não conhece nada da Bíblia. O resultado de muitos folhetos escritos sem levar isto em consideração é que eles são inúteis para a evangelização. Antes de você usar um folheto, leia-o como se você fosse um descrente que não conhece nada da Bíblia ou sobre a salvação, e veja se o folheto é adequado para levar a pessoa a um encontro com Cristo. Distribuir folhetos é muito simples e não requer qualquer habilidade especial a não ser a de andar e de esticar a mão. Muitas vezes você não precisa falar nada. No entanto, como já falamos, é imprescindível que cada folheto seja dado com muita oração, para que Deus possa usá-los para a conversão de seus leitores. A seguir, eis mais algumas idéias de lugares aonde você pode distribuir folhetos:

Dentro dos livros da escola e nos livros das livrarias.

Nos pára-brisas dos carros estacionados.

Nas calçadas das lojas e nas praças.

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Nos telefones públicos e nos catálogos telefônicos.

Nas carteiras das escolas.

Nas correspondências que você enviar, sejam pessoais ou comerciais.

Nos escritórios médicos e nos dentistas.

Nos elevadores.

De porta em porta numa rua ou bairro com um grupo de irmãos.

No Natal, nos aniversários de parentes e amigos, dentro dos cartões de felicitações.

Nos hospitais.

Dentro de jornais e revistas.

Dentro de lojas e supermercados, nos balcões e prateleiras.

No banheiro de sua casa ou quando você o banheiro em outros lugares.

Nos assentos de táxis, em trens, metrôs e outros meios de transporte.

Em postos de gasolina.

Em restaurantes e lanchonetes (dentro dos cardápios, junto com a gorjeta, etc.)

Em hotéis e outros lugares de hospedagem.

------ Fim do Texto ------ F – COMPARTILHANDO CRISTO NA VISÃO DE GRUPOS PEQUENOS

A seguir nós trataremos resumidamente sobre como compartilhar a Cristo no contexto do ministério com grupos pequenos. 1. Porque Compartilhamos Um importante conceito do ministério de grupos pequenos é que cada um é responsável por compartilhar Cristo com os outros. Nós fomos chamados e enviados para dar frutos, que tanto se referem a frutos morais quanto de ganhar pessoas para o Senhor (João 15.5,16; 20.21). O Senhor nos chamou para sermos Suas testemunhas (Lucas 24.47-49; Atos 1.8). A Igreja cresce quando cada um faz a sua parte (Efésios 4.16). Nós compartilhamos porque não podemos “deixar de falar das cousas que vimos e ouvimos” (Atos 4.20). É por isto que o Senhor nos chamou para sermos Suas testemunhas. Quando compartilhamos, nós cumprimos o propósito de Deus para nossas vidas. 2. Como Compartilhamos No modelo de grupos pequenos, o líder da célula é apenas um facilitador. Não é ele quem evangeliza os parentes e amigos sem Cristo dos demais membros da célula. O evangelismo “celular” não é feito somente nas reuniões e de um modo geral, mas principalmente na base de um a um. Portanto, é muito importante que cada um saiba como compartilhar de Cristo com os outros. 3. Cinco Passos Para Compartilhar Cristo

Primeiro, edifique um relacionamento de confiança. Gaste de seu próprio tempo com seus oikós3. Mostre genuíno interesse e cuidado por eles.

3 Grupo social com o qual você se relaciona durante mais tempo – família, colegas de trabalho, etc.

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Ore. A oração precede à conversão. Evangelizar é criar uma ponte entre as pessoas e o Espírito Santo. A obra de salvação é do Espírito, portanto devemos orar para que o Espírito convença os corações através das “pontes” que criamos.

Apresente o Evangelho. Depois que você conquistou a confiança de uma pessoa e orou por ela, mostre-lhe o Evangelho. Há diversos métodos e opções para se apresentar o Evangelho às pessoas e há pouco nós vimos como fazer o evangelismo pessoal usando um método simples. O importante agora é, porém, estarmos convencidos de que evangelizar exige alguma preparação, o que todos os crentes deverão receber nas grupos pequenos.

Depois de apresentar o Evangelho, conte seu testemunho pessoal. A ferramenta mais poderosa que você tem é contar a história de como Cristo mudou a sua vida. Depois de dar o seu testemunho, pergunte se a pessoa não quer receber a Jesus.

Nutra o novo convertido. A evangelização não termina com o apelo. O novo crente deve ser nutrido em sua fé. Você é responsável para fazer com ele o mesmo que fizeram com você.

Nota: Esperamos que estes estudos sobre evangelismo pessoal possam despertar você para a grande responsabilidade de testemunhar de Jesus em todos os lugares. Você deve se conscientizar da necessidade de fazer do evangelismo pessoal um estilo de vida, algo que você fará todos os dias e em todos os lugares. Pegue esta idéia e seja uma testemunha fiel de Cristo!

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Parte II CRESCIMENTO DA IGREJA

Esta parte da disciplina é somente uma introdução ao assunto de crescimento da igreja. Na disciplina “Plantar Igrejas II” nós estudaremos mais detalhadamente outros princípios envolvidos no crescimento da Igreja. Por enquanto, nós estudaremos alguns princípios propostos por estudiosos do crescimento da igreja. Nós veremos quatro expoentes do crescimento da igreja e os princípios que eles apresentam como sendo os fatores-chave para que tenhamos igrejas que crescem saudavelmente. Antes, porém, convém observar que nenhum grupo de fatores é mais “correto” do que outro. Alguns fatores podem ser aplicáveis numa igreja, mas não em outra. Assim, ao considerar tais fatores e princípios de crescimento da igreja, considere primordialmente a direção do Espírito para discernir o que pode ser mais bem aplicado em sua igreja.

I – DOZE CHAVES PARA UMA IGREJA EFETIVA

Kennon L. Callahan introduz seu livro com o título acima por enfatizar a noção de planejamento em larga escala para o sucesso. Sua premissa básica é que uma congregação pode tornar-se mais efetiva por aumentar o nível e satisfação enquanto diminui o nível de insatisfação. Para tanto, ele identificar seis características relacionais que contribuem para a satisfação da congregação. Da mesma forma, ele aponta para seis características funcionais que afetam o nível de insatisfação. Estas são doze chaves para que a igreja se torne uma efetiva congregação: 1. Objetivo Missional. Callahan advoga que a igreja precisa estar consciente de que ela não somente tem uma missão, mas que também está em constante missão. E que, como igreja, ela deve servir aos indivíduos e às comunidades para a cura de suas feridas. Para cumprir seu objetivo missional, a igreja deve ser estruturada em cima de cinco pilares: Missão, Administração, Membros, Dinheiro e Manutenção. Cada membro deve descobrir e usar seus dons e recursos para cumprir a missão da igreja. Pessoas com dons e ministérios similares devem se unir para cumprir a missão da igreja. 2. Visitação. Callahan sugere que uma efetiva igreja deve primeiro estender sua “destra de comunhão” e mostrar genuína preocupação por visitar as pessoas da comunidade na qual a igreja está inserida. Conseqüentemente, as pessoas visitadas virão à igreja quando elas estiverem prontas. Também é importante visitar imediatamente aqueles que visitam a igreja pela primeira vez. Isto é parte do cuidado essencial que uma igreja saudável proporciona não somente aos seus membros, mas também aos seus visitantes. 3. Adoração. Callahan enfatiza também que uma dinâmica adoração corporativa é central para uma congregação tornar-se efetivamente bem sucedida. Esta adoração dinâmica só acontece quando ela é cuidadosamente planejada por pessoas que têm um verdadeiro chamado ao ministério da adoração. 4. Grupos Relacionais. “Pessoas buscam por comunidade, não por comitês”, diz Callahan. Relacionamentos verdadeiros e um senso de comunidade é uma necessidade social que a sociedade secular não pode satisfazer; somente a igreja pode. Quando ela providencia relacionamentos de qualidade através de pequenos grupos, a igreja cresce efetivamente.

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5. Forte Liderança. Um líder é definido simplesmente como alguém que efetivamente lidera. Callahan diz que “o estilo de liderança orientado por processo presente na igreja atual contribui significativamente para que as congregações declinem ou morram”. Embora não defenda o autoritarismo pastoral, Callahan coloca o pastor como a peça-chave na equipe de liderança composta por pessoas com forças complementares. Ele também sugere que o ministério deve ser liderado por mais leigos, que deve haver um líder leigo para cada cinqüenta membros ativos na congregação. 6. Tomada de Decisões. Callahan defende que se a congregação participa ativamente no processo de tomar decisões, ela se tornará mais confiante em desenvolver-se como uma igreja saudável. Quanto mais aberto e inclusivo for o processo de tomar decisões tanto maior será o compromisso da congregação em participar dos sucessos e fracassos do grupo. 7. Programas. Callahan diz que programas não alcançam pessoas, pessoas alcançam pessoas. Contudo, os programa reúnem as pessoas. Daí, os programas da igreja devem ser suficientemente competentes para atrair, reunir e manter pessoas na igreja. Quando as pessoas de fora da igreja são tocadas pelos programas dela, aí sim podemos dizer que a igreja está sendo bem sucedida em seus programas e isto, conseqüentemente, resultará em crescimento para a igreja. 8. Acessibilidade. A Igreja deve estar num local de fácil acesso às pessoas. Se a igreja está localizada num local de fácil acesso, as pessoas se aproximarão da igreja. 9. Visibilidade. O local onde a igreja se reúne não somente deve ser de fácil acesso, mas também precisa ter boa visibilidade. O prédio da igreja precisa ser facilmente visto e identificado. Mas não é somente o local que deve ser bem visualizado pela comunidade; os pastores e membros também. As pessoas devem poder identificar quem é o pastor e quem é membro da igreja pela movimentação deles no meio da comunidade. 10. Boa aparência e condições prediais. Para muitos isso para insignificante, mas Callahan defende que muitas pessoas não se aproximam de edifícios de igrejas porque eles não oferecem nenhum atrativo, ou não possuem estacionamento seguro, boa iluminação, a pintura está gasta, e etc. Daí, quando a igreja se preocupa e investe nas suas dependências físicas, ela abre uma oportunidade a mais para as pessoas se aproximarem dela e, como conseqüência, serem apresentadas ao evangelho. 11. Condições interiores do prédio. Callahan diz que coisas simples como iluminação, pintura, a visibilidade do púlpito, a altura do som, o espaço entre as cadeiras ou bancos e etc., podem influenciar grandemente no retorno e permanência de um visitante à igreja. Uma igreja que se preocupa em oferecer melhores condições internas de seus prédios são igrejas que atraem e mantêm pessoas para ouvir o evangelho, proporcionando subseqüente crescimento na igreja. 12. Finanças. Sólidos recursos financeiros são a característica final de uma igreja efetiva. Callahan diz que não é quantidade de dinheiro em caixa que determina a efetividade de uma igreja, mas sim a administração e uso do mesmo. Uma congregação efetiva investe seu dinheiro em seus membros, programas e em planos de desenvolvimento. Ela planeja seu orçamento, não ultrapassa os gastos planejados e presta contas de seus gastos com muita transparência. Isto gera confiança nas pessoas e, conseqüentemente, o nível de contribuição não se torna oscilante, o que gera confiabilidade para a realização de projetos evangelísticos.

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II – A IGREJA ORIENTADA POR PROPÓSITOS

Rick Warren é o autor do modelo e do livro com o título acima. Ele começa seu livro perguntando não o que faz a igreja crescer, mas sim o que a impede de crescer. Ele inclusive apela para o conceito de Rolland Allen, um dos pais da ênfase atual em crescimento e plantação de igrejas, da expressão espontânea da igreja. Se nossa igreja não está crescendo, nós devemos perguntar “por que não?” Rick defende que quando uma igreja é saudável, ela cresce o crescimento que Deus tencionou para ela. Portanto, ele trabalha aquelas coisas que fazem a igreja ser saudável, pois quando a igreja é saudável, o crescimento fluirá espontaneamente. A saúde da igreja somente pode ocorrer quando a mensagem da igreja é bíblica e sua missão é equilibrada. Isto lidera para as cinco dimensões do crescimento da igreja, segundo Warren. Igrejas crescem através de comunhão, discipulado, adoração, ministério e evangelismo. Warren também defende que as igrejas não precisam escolher entre quantidade e qualidade. O propósito de Deus é que as igrejas tenham os dois, mas recorde que a qualidade sempre produz quantidade, enquanto que a quantidade nem sempre é sinal de qualidade. Portanto, para crescer saudável, a igreja deve investir no discipulado, na formação de membros de qualidade e, então, ela também crescerá em quantidade. Rick Warren procura corrigir um erro comum em muitos pastores e líderes, o erro de que se nós somente trabalharmos duro, Deus fará a igreja crescer. Ele lembra, contudo, que dedicação não é o suficiente. É preciso ter também habilidade (Ec 10.10). Nós não somos passivos observadores da obra de Deus, mas devemos ser ativos participantes! Ele diz; “Fidelidade é realizar tanto quanto é possível com os recursos e talentos que Deus nos tem dado”. Resumindo, ao focalizarmos sobre a saúde da igreja, nós teremos o caminho para o seu crescimento quantitativo. Segundo Rick, as igrejas são dirigidas ou impulsionadas por vários fatores: tradição, personalidades, programas, edifícios e outras coisas mais. No entanto, as igrejas precisam ser dirigidas ou impulsionadas por um propósito definido. É isto que produz real crescimento! Planos, programas e edifícios não duram para sempre, mas os propósitos de Deus sim! O primeiro passo para se tornar uma igreja com propósitos é definir seu propósito e então comunicar este propósito (ou propósitos) para todos na igreja. Definir o propósito de uma igreja deve ser marcado por sério estudo bíblico e autorreflexão. Ao definir seu propósito, a igreja deve escrever sua declaração de propósitos, que deve ser bíblico, específico, fácil de relembrar e mensurável. A igreja de Rick desenvolveu sua declaração de propósito em torno de cinco palavras: Magnificação (adoração), Missão, Membresia, Ministério e Maturidade. Parte da importância de definir o propósito da igreja jaz no fato de que nenhuma igreja pode alcançar todas as pessoas. Para que a igreja seja mais efetiva no evangelismo, ela deve decidir alcançar um alvo específico. O seu público alvo deve ser definido e, então, alcançado através de grupos de relacionamentos e por suprir suas necessidades através da pregação e da ajuda prática.

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III – O DESENVOLVIMENTO NATURAL DA IGREJA A obra de Christian Schwartz é um monumental esforço para oferecer um substituto ao tecnocrático pensamento inerente às teorias mercadológicas do movimento de crescimento da igreja. Ele se preocupa profundamente com o crescimento da igreja, mas constrói sua preocupação sobre o fundamento da saúde da igreja. Ele diz que quando os esforços de produzir crescimento na igreja falham é devido a ênfase exagerada nas habilidades humanas. Segundo ele, “Deus tem providenciado tudo que é necessário para o crescimento da igreja”. Schwartz defende que cada igreja tem em si mesma um princípio biótico de reprodução. Ela tem em si mesma todo o potencial, dado por Deus, para crescer e reproduzir-se. Baseado nesta compreensão, ele volta a sua preocupação para a qualidade da vida da igreja. Através de pesquisar centenas de igrejas, ele destilou o que ele considera ser as oito características de uma igreja saudável, características que ele identifica como as chaves universais para o crescimento saudável da igreja. As oito características são: 1. Liderança capacitadora. Ou seja, os líderes de uma igreja saudável não fazem tudo, mas capacitam cada membro da igreja para a obra do ministério. Igrejas saudáveis são igrejas lideradas por pastores que treinam outros, mas do que por pastores que fazem as “coisas acontecerem”. 2. Ministério orientado por dons. As pessoas primeiro descobrem seus dons e, então, passam a atuar no ministério que se encaixa com seu dom. Igrejas baseadas em cargos ou que oferecem funções de serviço na base do voto não são igrejas saudáveis. 3. Espiritualidade apaixonada. Isto significa que as pessoas vivem a fé cristã com alegria e entusiasmo. Há verdadeiro compromisso com Cristo, com a causa de Cristo e com o corpo de Cristo. 4. Estruturas Funcionais. Estruturas funcionais é o exato oposto do que é oferecido pelo tradicionalismo. O tradicionalismo é relativamente estático e não está comprometido com autorreflexão, mas o princípio de estruturas funcionais é dinâmico. Há e deve haver um constante processo de avaliação e autorenovação. Neste sentido, as estruturas de uma igreja saudável promovem uma contínua multiplicação do ministério. 5. Adoração inspiradora. Mais do que um culto orientado para não cristãos, o culto de adoração inspira as pessoas que participam por causa da presença do Espírito Santo. Quando a adoração é inspiradora, ela atrai as pessoas à igreja. 6. Pequenos grupos holísticos. Pequenos grupos holísticos são o lugar natural para os cristãos aprenderem a servir aos outros – tanto dentro quanto fora do grupo – com seus dons espirituais. Desenvolvimento de liderança, evangelismo e discipulado pessoal, tudo acontece dentro do pequeno grupo. Schwartz enfatiza que a exata essência da vida de uma igreja é trabalhada em seus pequenos grupos. 7. Evangelismo Orientado pelas necessidades. Esta característica é alimentada por todas as características anteriores. Contudo, Schwartz rejeita a noção de que cada cristão é um evangelista. Ele concorda com C. Peter Wagner que não mais do que 10% de todos os cristãos têm o dom de evangelismo. A despeito disto, ele insiste que cada cristão “use seus dons espirituais para servir aos não cristãos com quem ele tem um relacionamento pessoal, para que eles ouçam o evangelho, e encorajar o contato com a igreja local”. Todos os esforços que constituem evangelismo devem ser enfocados nas necessidades dos não cristãos.

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8. Relacionamentos amáveis. A última característica de uma igreja que cresce naturalmente não é menos importante que as demais. Desenvolver relacionamentos amáveis dentro da comunidade da fé assim como com os de fora da comunidade é um princípio bíblico. “A congregação edificada sobre um genuíno compromisso de amar uns aos outros como Jesus nos amou cooperará com os líderes-servos e se tornará uma comunidade de amor” - diz Schwartz. Esta dinâmica atingirá diretamente o desafio pós-moderno de uma comunidade significativa.

IV – DEZ CARACTERÍSTICAS DE UMA IGREJA SAUDÁVEL

Stephen Macchia, presidente de Vision New England, começou anos atrás um longo processo de auto-avaliação. Ele concluiu que “nós necessitamos determinar a saúde do veículo que transportará a mensagem do evangelho e as pessoas do evangelho”. A partir daí ele observou dez princípios ou características que fazem uma igreja saudável. 1. A presença capacitadora de Deus. “Uma igreja saudável procura ativamente a direção e capacitação do Espírito Santo para sua vida e ministério diário” – ele diz. Macchia afirma que experimentar a presença de Deus é da mais alta importância para a saúde da igreja inteira. Uma saudável vida espiritual pessoal assim como uma saudável igreja começa com dependência do Espírito Santo. Isto leva à liberação dos frutos do Espírito e ao crescimento espiritual. 2. Adoração. “A igreja saudável se reúne regularmente como a expressão local do corpo de Cristo para adorar a Deus de uma maneira que envolve o coração, a mente, a alma e as forças do povo”. Para Macchia o propósito central da adoração é levar as pessoas até Deus. “Nós cantamos a Deus mais do que nós cantamos sobre Deus, a despeito do estilo de música que serve de canal para Sua presença”. 3. Disciplinas Espirituais. “A igreja saudável providencia treinamento, modelos e recursos para os membros de todas as idades desenvolver suas disciplinas espirituais diária”. “Nosso relacionamento com Deus tem um impacto direto sobre nosso relacionamento com os outros, a nossa habilidade de tomar decisões, nossa compreensão de nossa missão e nossa visão para o serviço no ministério”. Segundo Macchia, uma das maiores necessidades dos membros de uma igreja saudável é cultivar as disciplinas do silêncio e da solicitude. Ele também enfatiza que para ministrar a um mundo ferido nossa alma deve estar centrada em Cristo. “Jesus não nos fala de uma mudança de atividades, uma mudança de contatos, ou mesmo uma mudança de lugar. Ele fala de uma mudança de coração”. Assim, tomar tempo para refletir é essencial para desenvolver uma vida espiritual saudável e uma igreja saudável. “Superficialidade é a maldição de nossa era. A doutrina de satisfação instantânea é um problema espiritual primário. A necessidade desesperadora de hoje não é por um grande número de pessoas inteligentes, ou pessoas dotadas, mas de pessoas profundas”. 4. Comunidade. “A igreja saudável é intencional em seus esforços de edificar amáveis, carinhosos relacionamentos dentro das famílias, entre os membros e dentro da comunidade aonde ela serve”. Deste modo, a igreja se torna uma bem-vinda comunidade alternativa dentro da comunidade secular. Macchia também lista sete questões específicas que uma igreja necessita considerar em seu desejo de desenvolver comunidade cristã: cuidado com as crianças, camaradagem, cada membro deve pertencer a um pequeno grupo em aliança, educação cristã, continuamente desenvolver mestres na igreja, boa comunicação entre a liderança e a igreja inteira, ser uma comunidade de impacto.

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5. Relacionamentos. “A igreja saudável é intencional em seus esforços de edificar amáveis, carinhosos relacionamentos dentro das famílias, entre os membros e dentro da comunidade aonde ela serve”. Ele sugere sete passos para construir relacionamentos amáveis e verdadeiros na igreja: (1) a igreja deve expressar incondicional amor e aceitação aos membros da comunidade, (2) a igreja necessita ser um lugar seguro para as pessoas serem reais uns com as outras e abertas para dar e receber amor, encorajamento e direção, (3) exibir graça, misericórdia e perdão, (4) boa comunicação e resolução de conflitos, (5) desenvolver um meio de levar as cargas uns dos outros, (6) dar as boas-vindas à diversidade em sua comunhão. 6. Liderança de Serviço. “A Igreja saudável identifica e desenvolve indivíduos a quem Deus tem chamado e dado o dom de liderança e desafiado para se tornar líderes-servos”. Macchia aponta para Jesus como o exemplo primário de um estilo de liderança de servo. Enquanto Ele investia a Si mesmo em Seus discípulos, Ele modelou humildade, serviço e pastoreamento, três princípios essenciais da liderança de serviço. Ele define liderança nas palavras de J. W. McLean, “uma pessoa envolvida num processo de influenciar e desenvolver um grupo de pessoas em ordem para realizar um propósito por meio de poder espiritual”. 7. Foco para fora. “Uma igreja saudável dá alta prioridade em comunicar a verdade de Jesus e demonstrar o amor de Jesus àqueles que estão fora da fé cristã”. A igreja saudável dá um alto valor ao evangelismo. Macchia enfatiza a importância de compreender o processo de evangelismo da perspectiva daquele que busca. Ouvir suas necessidades e construir sua confiança é o mais importante. 8. Administração. “A Igreja saudável utiliza prédios, equipamentos e sistemas apropriados para providenciar máximo suporte para o crescimento e desenvolvimento de seus ministérios”. Macchia sugere que a igreja saudável desenvolva sua agenda administrativa ao redor de seis componentes: planejamento estratégico, estabelecimento de objetivos, estruturas de prestação de contas, avaliação regular e responsabilidade administrativa. “Pensamento e planejamento estratégico ajuda a nos integrar à vontade do Espírito Santo, nossa própria singularidade como igreja, e nossa contínua responsabilidade como líderes para desenvolver uma igreja centrada em Cristo”. 9. Trabalhar em Rede. “A igreja saudável alcança a outros no corpo de Cristo para colaboração, compartilhar recursos, oportunidade de aprendizado e celebrações de louvor”. Macchia ressalta o testemunho do Novo Testamento de como as igrejas primitivas buscavam encorajamento e aprendizado uns dos outros. Baseado em exemplos bíblicos, ele apela para as congregações se estenderem além de seus próprios limites eclesiásticos ou denominacionais enquanto elas buscam ser igrejas saudáveis. “Ao invés de meramente focalizar no crescimento e desenvolvimento de sua igreja local, una-se com a família de Deus enquanto nós influenciamos nossas comunidades, nossa nação, e nosso mundo para Cristo – juntos! Para a saúde da igreja, não há nenhuma alternativa”. 10. Mordomia. “A Igreja saudável ensina a seus membros que eles são mordomos de seus recursos dados por Deus e desafia-os a sacrificar generosamente ao compartilhar com outros”. Macchia enfatiza a natureza da mordomia como mais do que simplesmente reunir para fazer o orçamento anual ou levantar fundos para projetos. Ele define a mordomia cristã como um estilo de vida. “A questão central é nosso amor por Deus com todo o nosso coração, alma, mente e força e nossa amor por nosso próximo como a nós mesmos”. Enquanto nos voltamos a Cristo para direção e liderança, nós devemos também nos voltar uns aos outros para parceria e suporte.

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Bibliografia

Michael Green, Evangelização Na Igreja Primitiva. Editora Vida Nova.

Charles Simpson, Evangelismo: Fruto Que Permanece. Worship Produções.

T. L. Osborn, Alcançar os Perdidos Onde Eles Estão, Revista Atos.

Rick Warren, Uma Igreja Com Propósitos. Editora Vida.

Christian Schwartz, O Desenvolvimento Natural da Igreja, Editora Esperança.

Diversos Autores, A Igreja Saudável, apostila distribuída na internet; fonte desconhecida.

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Unidade II

QUESTÕES PARA REVISÃO

Após completar a Unidade I, você deverá responder as questões abaixo. Por favor, use uma folha de papel separada para escrever as respostas. Não precisa transcrever as perguntas; apenas identifique a questão com o número da mesma. 1. Resuma a ordem evangelística registrada nos evangelhos. 2. Qual é a mensagem central do Evangelho? 3. Cite dois princípios evangelísticos utilizados pela Igreja Primitiva. 4. Quem é a peça fundamental no evangelismo pessoal? 5. Cite duas razões para ganharmos almas ao Senhor. 6. Cite 4 chaves para o crescimento de uma igreja efetiva. 7. Qual é o significado de ser uma igreja orientada por propósitos? 8. Cite 3 características do crescimento natural da igreja. 9. Cite 5 características de uma igreja saudável.

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Unidade III

PROJETO FINAL

Devido à natureza deste método, não existe um exame ou prova final no estilo de “perguntas e respostas”. Contudo, exige-se que você complete este projeto final abaixo. As informações que você recebeu durante a disciplina foram planejadas para providenciar um fundamento básico de compreensão sobre o tema estudado. Nós queremos que você interaja com o que você aprendeu, a partir de suas próprias experiências. Todo o material desta disciplina foi elaborado para ajudá-lo a viver e ministrar este tema. Portanto, as idéias e conceitos que você aprendeu são muito importantes para nós. Deste modo, o projeto final é importante para sabermos o que você aprendeu e como você está aplicando ou aplicará este material no seu ministério.

Projeto final: Escreva uma redação a respeito de um dos modelos ou grupo de princípios sobre o crescimento da igreja. Certifique-se de apresentar os pontos que você considera mais importantes e sua justificativa, bem como aqueles com os quais você não concorda e sua justificativa.

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SEMINÁRIO TEOLÓGICO EVANGÉLICO BÍBLICO O Programa SETEB Global é uma iniciativa do nosso ministério para capacitar as igrejas locais a treinarem seus próprios membros, por um custo mínimo, mas com máximo impacto. O SETEB é um ministério comprometido a ensinar e treinar os filhos de Deus para a obra do ministério (Efésios 4.11), disponibilizando uma força tarefa capacitada para segar nos campos da colheita mundial. Por meio de nossa metodologia de treinamento queremos cooperar para que cada igreja local possa crescer e se multiplicar através do treinamento de líderes e obreiros que aprendem enquanto fazem, em um efetivo método de discipulado bíblico. Para maiores informações, entre em contato com:

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