a educação de jovens e adultos no município de curitiba sob a ótica de gênero e tecnologia

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UNIVERSIDADE FEDERAL TECNOLÓGICA DO PARANÁ UNIVERSIDADE FEDERAL TECNOLÓGICA DO PARANÁ A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NO MUNICÍPIO DE CURITIBA NO MUNICÍPIO DE CURITIBA SOB A ÓTICA DE SOB A ÓTICA DE GÊNERO E TECNOLOGIA GÊNERO E TECNOLOGIA Sivonei Karpinski Hidalgo Sivonei Karpinski Hidalgo Orientação: Profª. Drª. Marília Gomes de Carvalho Orientação: Profª. Drª. Marília Gomes de Carvalho

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Page 1: A educação de Jovens e adultos no município de Curitiba sob a ótica de Gênero e Tecnologia

UNIVERSIDADE FEDERAL TECNOLÓGICA DO PARANÁUNIVERSIDADE FEDERAL TECNOLÓGICA DO PARANÁ

A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NO MUNICÍPIO DE CURITIBA NO MUNICÍPIO DE CURITIBA

SOB A ÓTICA DE SOB A ÓTICA DE

GÊNERO E TECNOLOGIAGÊNERO E TECNOLOGIA

Sivonei Karpinski HidalgoSivonei Karpinski Hidalgo

Orientação: Profª. Drª. Marília Gomes de CarvalhoOrientação: Profª. Drª. Marília Gomes de Carvalho

Page 2: A educação de Jovens e adultos no município de Curitiba sob a ótica de Gênero e Tecnologia

MOTIVOS DA PESQUISAMOTIVOS DA PESQUISA

Significativo número de mulheres no 1º Significativo número de mulheres no 1º segmento do Ensino Fundamental Supletivo segmento do Ensino Fundamental Supletivo (1ª a 4ª série)(1ª a 4ª série)

Por que essas mulheres não teriam estudado Por que essas mulheres não teriam estudado antes? antes?

Que fato estaria impulsionando esse retorno Que fato estaria impulsionando esse retorno feminino à escola?feminino à escola?

Page 3: A educação de Jovens e adultos no município de Curitiba sob a ótica de Gênero e Tecnologia

– Existiria diferença entre os motivos que Existiria diferença entre os motivos que levaram os homens e as mulheres a levaram os homens e as mulheres a retomarem os estudos?retomarem os estudos?

– As exigências do mercado de trabalho As exigências do mercado de trabalho provocariam esse retorno aos bancos provocariam esse retorno aos bancos escolares? escolares?

– Estariam relacionados à falta de Estariam relacionados à falta de conhecimento tecnológico?conhecimento tecnológico?

Page 4: A educação de Jovens e adultos no município de Curitiba sob a ótica de Gênero e Tecnologia

OBJETIVOS OBJETIVOS

Objetivo Geral Objetivo Geral – Caracterizar a Educação – Caracterizar a Educação de Jovens e Adultos nas escolas municipais de Jovens e Adultos nas escolas municipais de Curitiba, sob a perspectiva dos de Curitiba, sob a perspectiva dos protagonistas do processo educacional, protagonistas do processo educacional, frente às questões de gênero e tecnologia.frente às questões de gênero e tecnologia.

Objetivos específicos:Objetivos específicos:a) Traçar o perfil dos protagonistas da EJA a) Traçar o perfil dos protagonistas da EJA

atendidos pela Secretaria Municipal de atendidos pela Secretaria Municipal de Curitiba em uma abordagem de gênero;Curitiba em uma abordagem de gênero;

Page 5: A educação de Jovens e adultos no município de Curitiba sob a ótica de Gênero e Tecnologia

b) b) Identificar quais são os motivos que Identificar quais são os motivos que

levaram homens e mulheres a se levaram homens e mulheres a se matricularem na EJA da Rede Municipal matricularem na EJA da Rede Municipal de Educação de Curitiba;de Educação de Curitiba;

c) Conhecer, a partir das vozes dos c) Conhecer, a partir das vozes dos protagonistas, as formas de relação protagonistas, as formas de relação existentes no espaço escolar quanto às existentes no espaço escolar quanto às questões de gênero;questões de gênero;

Page 6: A educação de Jovens e adultos no município de Curitiba sob a ótica de Gênero e Tecnologia

d) Destacar, a partir das vozes dos d) Destacar, a partir das vozes dos alunos e alunas, a influência da escola alunos e alunas, a influência da escola na sua vida cotidiana e no trabalho;na sua vida cotidiana e no trabalho;

e) e) Conhecer as percepções que os Conhecer as percepções que os protagonistas da EJA em Curitiba, têm protagonistas da EJA em Curitiba, têm sobre tecnologia presente em seu sobre tecnologia presente em seu cotidiano.cotidiano.

Page 7: A educação de Jovens e adultos no município de Curitiba sob a ótica de Gênero e Tecnologia

METODOLOGIAMETODOLOGIA

QUANTITATIVA E QUALITATIVA

- análise interpretativa, priorizando o método - análise interpretativa, priorizando o método qualitativo. qualitativo.

TÉCNICAS DE PESQUISATÉCNICAS DE PESQUISA

– coleta de dados quantitativoscoleta de dados quantitativos– análise documentalanálise documental– entrevistas semi-estruturadas entrevistas semi-estruturadas

Page 8: A educação de Jovens e adultos no município de Curitiba sob a ótica de Gênero e Tecnologia

BASES TEÓRICASBASES TEÓRICAS

A contextualização da EJA dentro do A contextualização da EJA dentro do fenômeno globalizaçãofenômeno globalização

– transformações no mundo do trabalhotransformações no mundo do trabalho– transformações que sofreram as questões transformações que sofreram as questões

de gênero e tecnologia no mercado de de gênero e tecnologia no mercado de trabalho e no âmbito da educação;trabalho e no âmbito da educação;

– Autores/as: LIMA FILHO, HARVEY, Autores/as: LIMA FILHO, HARVEY, ANTUNES, CANCLINI, BASTOS, HIRATA, ANTUNES, CANCLINI, BASTOS, HIRATA, BLAY, LOURO, SCOTT e CARVALHO.BLAY, LOURO, SCOTT e CARVALHO.

Page 9: A educação de Jovens e adultos no município de Curitiba sob a ótica de Gênero e Tecnologia

CONCEITUAÇÃO BÁSICACONCEITUAÇÃO BÁSICA Gênero e tecnologia estão concebidos como Gênero e tecnologia estão concebidos como

processo social. Estão inseridos na vida processo social. Estão inseridos na vida

cotidiana, interagindo com: dimensões cotidiana, interagindo com: dimensões

culturais, políticas, econômicas, ideológicas, culturais, políticas, econômicas, ideológicas,

dentre outras. Portanto, perpassam toda a dentre outras. Portanto, perpassam toda a

vida social.vida social.

BASTOS, CARVALHO, GAMA, SCOTT, BASTOS, CARVALHO, GAMA, SCOTT,

LOURO.LOURO.

Page 10: A educação de Jovens e adultos no município de Curitiba sob a ótica de Gênero e Tecnologia

BREVE HISTÓRICOBREVE HISTÓRICO

História da EJA no Brasil História da EJA no Brasil História da EJA em CuritibaHistória da EJA em Curitiba As Políticas Públicas de EJA e uma As Políticas Públicas de EJA e uma

análise da presença das questões de análise da presença das questões de gênerogênero

BEISIEGEL, PAIVA, TORRES, DI BEISIEGEL, PAIVA, TORRES, DI PIERRO, SAVIANI, LIMA FILHO, PIERRO, SAVIANI, LIMA FILHO, HARACEMIV, SOARES, HADDAD, HARACEMIV, SOARES, HADDAD, MURARO, ROSEMBERG. MURARO, ROSEMBERG.

Page 11: A educação de Jovens e adultos no município de Curitiba sob a ótica de Gênero e Tecnologia

UNIVERSO PESQUISADOUNIVERSO PESQUISADO

3 Gerentes de EJA3 Gerentes de EJA 8 Núcleos Regionais – coleta de dados e 8 Núcleos Regionais – coleta de dados e

entrevistas com as coordenadoras de EJA;entrevistas com as coordenadoras de EJA; 118 escolas (dados quantitativos)118 escolas (dados quantitativos) 6 Escolas em diferentes regionais 6 Escolas em diferentes regionais 1 Professor e 5 professoras;1 Professor e 5 professoras; 24 alunos/as (no total)24 alunos/as (no total) 08 homens (19 a 57 anos)08 homens (19 a 57 anos) 16 mulheres (28 a 68 anos)16 mulheres (28 a 68 anos) Total 41 entrevistas semi-estruturadasTotal 41 entrevistas semi-estruturadas

Page 12: A educação de Jovens e adultos no município de Curitiba sob a ótica de Gênero e Tecnologia
Page 13: A educação de Jovens e adultos no município de Curitiba sob a ótica de Gênero e Tecnologia

REGIONAIS PESQUISADASREGIONAIS PESQUISADAS

Regional Bairro NovoRegional Bairro Novo

Page 14: A educação de Jovens e adultos no município de Curitiba sob a ótica de Gênero e Tecnologia

Regional PinheirinhoRegional Pinheirinho

Page 15: A educação de Jovens e adultos no município de Curitiba sob a ótica de Gênero e Tecnologia

Regional Portão/FazendinhaRegional Portão/Fazendinha

Page 16: A educação de Jovens e adultos no município de Curitiba sob a ótica de Gênero e Tecnologia

Regional Carmo/BoqueirãoRegional Carmo/Boqueirão

Page 17: A educação de Jovens e adultos no município de Curitiba sob a ótica de Gênero e Tecnologia

Regional Santa FelicidadeRegional Santa Felicidade

Page 18: A educação de Jovens e adultos no município de Curitiba sob a ótica de Gênero e Tecnologia

Regional Boa VistaRegional Boa Vista

Page 19: A educação de Jovens e adultos no município de Curitiba sob a ótica de Gênero e Tecnologia

Regional CICRegional CIC

Page 20: A educação de Jovens e adultos no município de Curitiba sob a ótica de Gênero e Tecnologia

Regional CajuruRegional Cajuru

Page 21: A educação de Jovens e adultos no município de Curitiba sob a ótica de Gênero e Tecnologia

Regional MatrizRegional Matriz

Page 22: A educação de Jovens e adultos no município de Curitiba sob a ótica de Gênero e Tecnologia

REGIONAIS SELECIONADAS REGIONAIS SELECIONADAS PARA A PESQUISAPARA A PESQUISA

Regional Bairro Novo (maior nº alunos/as)Regional Bairro Novo (maior nº alunos/as) Regional Boqueirão (nº de escolas com EJA)Regional Boqueirão (nº de escolas com EJA) Regional CIC (considerada região de subúrbio Regional CIC (considerada região de subúrbio

com maior índice de violência)com maior índice de violência) Regional Santa Felicidade (menor nº de Regional Santa Felicidade (menor nº de

alunos/as, considerada região nobre)alunos/as, considerada região nobre) Regional Cajuru (região que mais cresceu em Regional Cajuru (região que mais cresceu em

nº de escolas nos últimos anos)nº de escolas nos últimos anos) Regional Pinheirinho (maior nº de mulheres)Regional Pinheirinho (maior nº de mulheres)

Page 23: A educação de Jovens e adultos no município de Curitiba sob a ótica de Gênero e Tecnologia

RESULTADOS QUANTITATIVOS RESULTADOS QUANTITATIVOS

Público Feminino 67%Público Feminino 67%

Público Masculino 33% Público Masculino 33%

Em cada 10 matrículas na Fase I Em cada 10 matrículas na Fase I

7 é de mulheres 7 é de mulheres

3 é de homens3 é de homens

Page 24: A educação de Jovens e adultos no município de Curitiba sob a ótica de Gênero e Tecnologia

RESULTADOS DAS ENTREVISTASRESULTADOS DAS ENTREVISTAS

1- Motivos para matricular-se na EJA1- Motivos para matricular-se na EJA

HOMENS:HOMENS:

-Incentivados pelas mulheres;-Incentivados pelas mulheres;-Exigência do trabalho;-Exigência do trabalho;-Necessidade de leitura para entender a -Necessidade de leitura para entender a tecnologia; tecnologia;

““a minha mulher inventô de estudá... e daí eu a minha mulher inventô de estudá... e daí eu tinha que vim trazê e vim buscá então resolvi tinha que vim trazê e vim buscá então resolvi ficá. É essa mulherada tá tomando conta”ficá. É essa mulherada tá tomando conta” (Varcir, 32 anos)(Varcir, 32 anos)

Page 25: A educação de Jovens e adultos no município de Curitiba sob a ótica de Gênero e Tecnologia

“preciso lê melhor pra entendê a tecnologia da

construção civil... Se quiser competi, tem que tê istudo... a tecnologia tem facilitado muita coisa, então pra quem qué continuá trabalhando e ganhando um poco melhor... e a gente que é home precisa trabalhá, porque a família precisa comê, ... No mínino..., no mínimo você tem que tê aí o 1º grau completo. Isso pra sê chamado de burro pelos outros. As coisas só tendem a evolui cada vez mais e, a gente sabe que tá aí num mundo tomado pela tecnologia” (Valcir, 32).

Page 26: A educação de Jovens e adultos no município de Curitiba sob a ótica de Gênero e Tecnologia

RESULTADOS DAS ENTREVISTASRESULTADOS DAS ENTREVISTAS1- Motivos para se matricular na EJA1- Motivos para se matricular na EJA

MULHERESMULHERES--Tem pouco ou nenhum incentivo dos homens para estudar;Tem pouco ou nenhum incentivo dos homens para estudar;-Necessidade de leitura para entender a tecnologia do -Necessidade de leitura para entender a tecnologia do espaço privado; espaço privado;

-Fazer cursos técnicos;-Fazer cursos técnicos;

-Ter ou mudar de profissão;-Ter ou mudar de profissão;

““tô cansada de trabalhá que nem uma loca e num tê ganho tô cansada de trabalhá que nem uma loca e num tê ganho com isso...Quero continuá estudando e fazê o curso de com isso...Quero continuá estudando e fazê o curso de radiologista, e pra isso tem que ter o 1º grau, porque é um radiologista, e pra isso tem que ter o 1º grau, porque é um curso técnico”. curso técnico”. (Aparecida, 34 anos)(Aparecida, 34 anos)

● A minha família é contra o estudo. Ele, diz que quem é A minha família é contra o estudo. Ele, diz que quem é burro tem que morrê burro.” burro tem que morrê burro.” (Iza, 58 anos)(Iza, 58 anos)

Page 27: A educação de Jovens e adultos no município de Curitiba sob a ótica de Gênero e Tecnologia

RESULTADOS DAS ENTREVISTASRESULTADOS DAS ENTREVISTAS1- Motivos para matricular-se na EJA1- Motivos para matricular-se na EJA

● ““[...] por eles, eu ficava em casa pra fazê a janta. Tem dia que [...] por eles, eu ficava em casa pra fazê a janta. Tem dia que ele num qué dexá eu vim. Má daí ... Eu me imburro... e pego, ele num qué dexá eu vim. Má daí ... Eu me imburro... e pego, e venho e pronto.” e venho e pronto.” (Érica, 35 anos)(Érica, 35 anos)

““tem que aprendê, né... pra gente saber das coisas. Eu já tem que aprendê, né... pra gente saber das coisas. Eu já perdi trabalho porque não sei lidar com o computador” perdi trabalho porque não sei lidar com o computador” (Zeigela, 29 anos).(Zeigela, 29 anos).

●““[...] a tecnologia também faz a gente voltar a estudar porque [...] a tecnologia também faz a gente voltar a estudar porque hoje em dia tá tudo mudado, né? Você tem computador... vai no hoje em dia tá tudo mudado, né? Você tem computador... vai no banco tem as máquinas, tudo elétrica... tudo coisa... (Silêncio). banco tem as máquinas, tudo elétrica... tudo coisa... (Silêncio). Então tem que aprende um poco mais pra acompanhar senão Então tem que aprende um poco mais pra acompanhar senão você fica muito lá atrás. Por que veja... antes você chegava no você fica muito lá atrás. Por que veja... antes você chegava no banco ia no caixa e recebia lá. Hoje... você tem que ir no caixa banco ia no caixa e recebia lá. Hoje... você tem que ir no caixa eletrônico que é tudo mais complicado” eletrônico que é tudo mais complicado” (Anadir, 60 anos).(Anadir, 60 anos).

Page 28: A educação de Jovens e adultos no município de Curitiba sob a ótica de Gênero e Tecnologia

RESULTADOS DAS ENTREVISTASRESULTADOS DAS ENTREVISTAS 2.2.Pertinência Pertinência dada EJA para a vida de homens e EJA para a vida de homens e

mulheresmulheres Domínio da tecnologia da leitura e da escrita.Domínio da tecnologia da leitura e da escrita.

● ““Eu tô muito feliz porque eu já posso descobrir as coisas Eu tô muito feliz porque eu já posso descobrir as coisas com a leitura e é muito legal. Quando eu não sabia lê, você com a leitura e é muito legal. Quando eu não sabia lê, você não faiz idéia do desespero que era quando a minha filha não faiz idéia do desespero que era quando a minha filha precisava tomá um remédio. Eu chegava a ficá com dor de precisava tomá um remédio. Eu chegava a ficá com dor de cabeça. Às vezes o meu marido tava trabalhando e não cabeça. Às vezes o meu marido tava trabalhando e não tinha quem lesse o remédio, ou a receita. Então, eu sempre tinha quem lesse o remédio, ou a receita. Então, eu sempre corria na casa da vizinha. O pior é que, às vezes, ela num corria na casa da vizinha. O pior é que, às vezes, ela num tava. Então... Que a primeira coisa importante mesmo é a tava. Então... Que a primeira coisa importante mesmo é a gente sabê lê. gente sabê lê. (Rita, 32 anos) (Rita, 32 anos)

Page 29: A educação de Jovens e adultos no município de Curitiba sob a ótica de Gênero e Tecnologia

RESULTADOS DAS ENTREVISTAS RESULTADOS DAS ENTREVISTAS 2.2.Pertinência Pertinência dada EJA para a vida de homens e EJA para a vida de homens e

mulheresmulheres● ““Eu tinha idéia assim que precisava istudá. [...] Má daí Eu tinha idéia assim que precisava istudá. [...] Má daí

quando eu cheguei em Curitiba foi pior num pudia nem quando eu cheguei em Curitiba foi pior num pudia nem saí pra cidade...sofria que tá loco... agora eu já leio um saí pra cidade...sofria que tá loco... agora eu já leio um poco, já me viro sozinho, pra lê já dá”. (Ailton, 51 anos)poco, já me viro sozinho, pra lê já dá”. (Ailton, 51 anos)

● ““Agora que eu sei lê é bem melhor, mais quando eu Agora que eu sei lê é bem melhor, mais quando eu

comecei lá no meu serviço a patroa explico né... a comecei lá no meu serviço a patroa explico né... a máquina é assim que mexe, o microondas é assim.... As máquina é assim que mexe, o microondas é assim.... As cortinas você abre no controle remoto e eu... sofria pra cortinas você abre no controle remoto e eu... sofria pra

decorá tudo... eu olhava as cor ou contava primero, decorá tudo... eu olhava as cor ou contava primero, segundo botão.... que tinha que apertá... Agora a gente segundo botão.... que tinha que apertá... Agora a gente

sabendo lê é otra coisa. Eu tive que me virá na marra pra sabendo lê é otra coisa. Eu tive que me virá na marra pra não perdê o emprego”. não perdê o emprego”. (Marilda, 30 anos)(Marilda, 30 anos)

Page 30: A educação de Jovens e adultos no município de Curitiba sob a ótica de Gênero e Tecnologia

RESULTADOS DAS ENTREVISTASRESULTADOS DAS ENTREVISTAS3- 3- Perspectiva do trabalhoPerspectiva do trabalho

●““Eu acho que quando eu terminá a EJA eu consigo um emprego Eu acho que quando eu terminá a EJA eu consigo um emprego melhor... Eu tava entrando numa firma aí, mais eles pediram melhor... Eu tava entrando numa firma aí, mais eles pediram estudo e eu não tinha. Perdi a vaga! estudo e eu não tinha. Perdi a vaga! (Elias, 31 anos)(Elias, 31 anos)

●““... Antigamente, quando a gente era novo num pegava porque ... Antigamente, quando a gente era novo num pegava porque num tinha experiência, depois, a gente fica véio eles também num num tinha experiência, depois, a gente fica véio eles também num pega porque é véio i agora inventaro otra: num pega quem num pega porque é véio i agora inventaro otra: num pega quem num istudô”. istudô”. (Noel, 41 anos)(Noel, 41 anos)

●““Tudo o serviço que a gente vai eles pedem:Tudo o serviço que a gente vai eles pedem: Qual é a sua Qual é a sua escolaridade? Até aqui nos restaurantes... que antes pra fazê escolaridade? Até aqui nos restaurantes... que antes pra fazê salada eles não pediam issosalada eles não pediam isso.” (Rita, 32).” (Rita, 32)

Page 31: A educação de Jovens e adultos no município de Curitiba sob a ótica de Gênero e Tecnologia

RESULTADO DAS ENTREVISTAS RESULTADO DAS ENTREVISTAS 4- Gênero na Escola – 4- Gênero na Escola – AS MULHERESAS MULHERES

SE VÊEM COMO:SE VÊEM COMO:

InteressadasInteressadas Persistentes Persistentes Com vontade de evoluirCom vontade de evoluir Melhor desempenhoMelhor desempenho Pequena revoluçãoPequena revolução Mudanças nos papéis Mudanças nos papéis

sociaissociais Divisão sexual das Divisão sexual das

tarefas domésticastarefas domésticas

VÊEM OS HOMENS COMO:VÊEM OS HOMENS COMO:

DesorganizadosDesorganizados TímidosTímidos Tiveram mais chances de Tiveram mais chances de

estudarestudar Tem desempenho menorTem desempenho menor Preferidos pelo mercado de Preferidos pelo mercado de

trabalhotrabalho Melhores trabalhos e com Melhores trabalhos e com

registroregistro

Page 32: A educação de Jovens e adultos no município de Curitiba sob a ótica de Gênero e Tecnologia

RESULTADO DAS ENTREVISTAS RESULTADO DAS ENTREVISTAS 4- Gênero na Escola – 4- Gênero na Escola – OS HOMENSOS HOMENS

SE VÊEM COMO:SE VÊEM COMO:

DesorganizadosDesorganizados TímidosTímidos Raramente fazem Raramente fazem

tarefas de casatarefas de casa Não há diferença Não há diferença

entre os gênerosentre os gêneros

VÊEM AS MULHERES:VÊEM AS MULHERES:

DedicadasDedicadas EmpenhadasEmpenhadas CaprichosasCaprichosas Atribuem a elas o Atribuem a elas o

melhor desempenhomelhor desempenho Atribuem a elas Atribuem a elas

melhores saláriosmelhores salários

Page 33: A educação de Jovens e adultos no município de Curitiba sob a ótica de Gênero e Tecnologia

4- Gênero4- Gênero na Escola na Escola COMO OS ALUNOS E ALUNAS VÊEM O/AS COMO OS ALUNOS E ALUNAS VÊEM O/AS

PROFESSOR/ASPROFESSOR/AS Disseram que: Disseram que: “trata todo mundo igual, tanto faiz homem ou mulher”“trata todo mundo igual, tanto faiz homem ou mulher”

e que e que “ela sempre acha alguma coisa pra elogiá” “ela sempre acha alguma coisa pra elogiá” e que “e que “a maioria é a maioria é mulher na escola toda”.mulher na escola toda”.

““No geral mesmo ela elogia mais as mulheres, porque são elas No geral mesmo ela elogia mais as mulheres, porque são elas que mais vêm pra a aula e acompanham melhor” (Luiza, 28)que mais vêm pra a aula e acompanham melhor” (Luiza, 28)

““A professora trata todo mundo igual. Má tem um menino ali A professora trata todo mundo igual. Má tem um menino ali que ela reclama muito da letra dele” (Zelita, 50 anos).que ela reclama muito da letra dele” (Zelita, 50 anos).

Ele é um cara muito bão de lidá. Ele passa lá, se num subé ele até dá Ele é um cara muito bão de lidá. Ele passa lá, se num subé ele até dá uma mão”. (Ailton,51 anos)uma mão”. (Ailton,51 anos)

Page 34: A educação de Jovens e adultos no município de Curitiba sob a ótica de Gênero e Tecnologia

4- Gênero4- Gênero na Escola na Escola COMO O/AS PROFESSOR/AS VÊEM OS COMO O/AS PROFESSOR/AS VÊEM OS

ALUNOS E ALUNAS DA EJAALUNOS E ALUNAS DA EJA

““Todos vêm em busca de melhorar suas condições de Todos vêm em busca de melhorar suas condições de vida, mas o homem busca o imediato, melhorá onde já vida, mas o homem busca o imediato, melhorá onde já está e a mulher busca algo mais lá pra frente. Mudar de está e a mulher busca algo mais lá pra frente. Mudar de emprego, fazer cursos.”emprego, fazer cursos.”

““De 2000 pra cá eu tô percebendo muita mulher... E o De 2000 pra cá eu tô percebendo muita mulher... E o que eu percebi, também é que o perfil tá mudando tão que eu percebi, também é que o perfil tá mudando tão vindo mais senhoras, né... a grande maioria auxiliar de vindo mais senhoras, né... a grande maioria auxiliar de serviços gerais, empregadas domésticas, diaristas e quase serviços gerais, empregadas domésticas, diaristas e quase todas separadas, né”.todas separadas, né”.

Page 35: A educação de Jovens e adultos no município de Curitiba sob a ótica de Gênero e Tecnologia

5- O que se aprende na EJA faz diferença 5- O que se aprende na EJA faz diferença no Trabalho?no Trabalho?

Eu antigamente só pensava em limpeza e agora eu já penso em fazê Eu antigamente só pensava em limpeza e agora eu já penso em fazê cursos, né? cursos, né? Essa diferença apareceu primeiro no meu Essa diferença apareceu primeiro no meu pensamento que começou a mudá.pensamento que começou a mudá. Depois nas coisa do dia-a-dia Depois nas coisa do dia-a-dia porque a gente fica mais segura quando vai fazer alguma coisa porque a gente fica mais segura quando vai fazer alguma coisa como preencher uma ficha... já penso em fazê um curso técnico ... como preencher uma ficha... já penso em fazê um curso técnico ... a gente não pode fica só nesse mundinho de faxina, faxina. ”(Maria a gente não pode fica só nesse mundinho de faxina, faxina. ”(Maria Ap. 38 anos)Ap. 38 anos)

““já deu uma enorme diferença ... não preciso decorá as coisa pela já deu uma enorme diferença ... não preciso decorá as coisa pela

cor, nem fica inventando jeitos de sabê como que liga ou desliga as cor, nem fica inventando jeitos de sabê como que liga ou desliga as coisa... Agora eu intendo aquele ditado que diz que saber é poder” coisa... Agora eu intendo aquele ditado que diz que saber é poder” (Marilda, 30 anos).(Marilda, 30 anos).

Page 36: A educação de Jovens e adultos no município de Curitiba sob a ótica de Gênero e Tecnologia

RESULTADOS DAS ENTREVISTASRESULTADOS DAS ENTREVISTAS5- O que se aprende na EJA faz diferença 5- O que se aprende na EJA faz diferença

no Trabalho?no Trabalho?•““...a gente que nunca eistudo, a gente parece que fica um tipo tímido ...a gente que nunca eistudo, a gente parece que fica um tipo tímido num tem assim saída pra muita conversa e agora eu já tenho até mais num tem assim saída pra muita conversa e agora eu já tenho até mais amigo lá no serviço, já converso mais”(Elias, 31 anos).amigo lá no serviço, já converso mais”(Elias, 31 anos).

““Lá no meu serviço é cheio de alarme essas coisa... que a dona de lá Lá no meu serviço é cheio de alarme essas coisa... que a dona de lá fala que é de alta tecnologia. Daí a professora começo fazê umas fala que é de alta tecnologia. Daí a professora começo fazê umas atividade com calculadora.... ela começo a leva a gente também lá na atividade com calculadora.... ela começo a leva a gente também lá na informática... ela sempre falava que era prestá atenção nos teclado informática... ela sempre falava que era prestá atenção nos teclado das coisa... tipo do celular, da calculadora, do computador que eles das coisa... tipo do celular, da calculadora, do computador que eles eram tudo meio parecido... eu comecei a prestá mais atenção lá no eram tudo meio parecido... eu comecei a prestá mais atenção lá no alarme do serviço e vi que a professora tinha razão num é difícil, só alarme do serviço e vi que a professora tinha razão num é difícil, só que tem que tê atenção que daí agente vai acostumando e perdendo o que tem que tê atenção que daí agente vai acostumando e perdendo o medo, né”. (Aliete, 45 anos)medo, né”. (Aliete, 45 anos)

Page 37: A educação de Jovens e adultos no município de Curitiba sob a ótica de Gênero e Tecnologia

RESULTADOS DAS ENTREVISTAASRESULTADOS DAS ENTREVISTAAS6- Os protagonistas e a tecnologia6- Os protagonistas e a tecnologia

““tão pedindo informática pra tudo... pra caixa de tudo que é coisa... tão pedindo informática pra tudo... pra caixa de tudo que é coisa... você num trabalha numa lotérica, nem num mercadinho se não você num trabalha numa lotérica, nem num mercadinho se não conhece pelo menos um poco disso”.(Maria, 34 anos)conhece pelo menos um poco disso”.(Maria, 34 anos)

““Dessa tecnologia de hoje eu não sei... (Longo Silêncio). Eu sempre Dessa tecnologia de hoje eu não sei... (Longo Silêncio). Eu sempre lidei com as tecnologia da terra, né... da lidei com as tecnologia da terra, né... da artearte de prantá e mudá as de prantá e mudá as coisa, regá e cuidá da colheta... Hoje, se ocê não subé lê... ocê num coisa, regá e cuidá da colheta... Hoje, se ocê não subé lê... ocê num faiz tecnologia nenhuma i nem consegue fazê essas coisa de faiz tecnologia nenhuma i nem consegue fazê essas coisa de tecnologia nova (Ailton, 51 anos)tecnologia nova (Ailton, 51 anos)

...eu penso que uma unha decorada como tem hoje né? Deve ser uma ...eu penso que uma unha decorada como tem hoje né? Deve ser uma

tecnologia. Porque não é qualquer um que sabe fazê. Tem toda uma tecnologia. Porque não é qualquer um que sabe fazê. Tem toda uma arte nisso também.(Zelita, 50 anos)arte nisso também.(Zelita, 50 anos)

Page 38: A educação de Jovens e adultos no município de Curitiba sob a ótica de Gênero e Tecnologia

Como o/as professor/as vêem a Tecnologia Como o/as professor/as vêem a Tecnologia

[...] aqui entra a dificuldade do/a professor/a [...] eu sou bastante franco/a [...] aqui entra a dificuldade do/a professor/a [...] eu sou bastante franco/a com eles eu não levo pro laboratório de informática porque eu não vou com eles eu não levo pro laboratório de informática porque eu não vou poder dar uma boa aula, porque o primeiro probleminha que der lá eu poder dar uma boa aula, porque o primeiro probleminha que der lá eu não vou saber resolver. [...] já fiz 4 cursos, de não sei quantas horas, e não vou saber resolver. [...] já fiz 4 cursos, de não sei quantas horas, e não consigo entender direito esse negócio não consigo entender direito esse negócio (P1).(P1).

[...] eu gostaria de ter uma boa base pra passar pra eles, assim... bem [...] eu gostaria de ter uma boa base pra passar pra eles, assim... bem legal. Mas, eu não tenho formação, nem essa habilidade o que eu sei é o legal. Mas, eu não tenho formação, nem essa habilidade o que eu sei é o que eu uso, sabe? É uso meu mesmo” que eu uso, sabe? É uso meu mesmo” (P4).(P4).

““pra mim tinha... que ter assim... um curso que desse uma boa base, pra mim tinha... que ter assim... um curso que desse uma boa base, mas que indicasse ao mesmo tempo como trabalhar os conteúdos mas que indicasse ao mesmo tempo como trabalhar os conteúdos pertinentes à EJA, porque não adianta um curso de informática básica, pertinentes à EJA, porque não adianta um curso de informática básica, isso até a gente sabe um pouco. O que seria legal de saber é como usar isso até a gente sabe um pouco. O que seria legal de saber é como usar de forma pertinente pra EJA, e que pudesse ser útil no dia-a-dia do meu de forma pertinente pra EJA, e que pudesse ser útil no dia-a-dia do meu aluno... acho que... o que eu preciso é de idéias de como trabalhar com aluno... acho que... o que eu preciso é de idéias de como trabalhar com o computador” o computador” (P6) (P6)

Page 39: A educação de Jovens e adultos no município de Curitiba sob a ótica de Gênero e Tecnologia

Como o/as professor/as vêem a TecnologiaComo o/as professor/as vêem a Tecnologia

Essa turma que eu tô é mais velha e tá aberta pra isso eles querem... Esse Essa turma que eu tô é mais velha e tá aberta pra isso eles querem... Esse ano eles já me cobraram, essa aula de informática, quando que vai ter? E ano eles já me cobraram, essa aula de informática, quando que vai ter? E como que se méxe? Como é que faz pra usá a internet. Então, são conceitos como que se méxe? Como é que faz pra usá a internet. Então, são conceitos que eles observam né na mídia, entre os filhos, nos Faróisque eles observam né na mídia, entre os filhos, nos Faróis , essas coisas. E , essas coisas. E quando chegam na escola eles querem saber, eles querem ter esse contato quando chegam na escola eles querem saber, eles querem ter esse contato com a máquina com a máquina (P4).(P4).

Mas, eu acho. Eu acho não, eu tenho certeza que isso é porque a visão Mas, eu acho. Eu acho não, eu tenho certeza que isso é porque a visão dos anos que a gente vem passando, que não é de agora que as escolas dos anos que a gente vem passando, que não é de agora que as escolas tem informática. [...] A visão está diferente em função de que se tem o tem informática. [...] A visão está diferente em função de que se tem o Farol que você pode acessar, que se tem Lan House e tudo isso eles Farol que você pode acessar, que se tem Lan House e tudo isso eles ouvem. Têm filhos, têm netos, têm eles próprios que agora não vão no ouvem. Têm filhos, têm netos, têm eles próprios que agora não vão no Farol só pra pegá livro e sim pra pesquisar na internet, né? Então, isso Farol só pra pegá livro e sim pra pesquisar na internet, né? Então, isso e mais as outras coisas ligadas ao computador que tem no dia-a-dia e mais as outras coisas ligadas ao computador que tem no dia-a-dia deles só faz aguçar a vontade de conhecer esta máquina. Então, eles tão deles só faz aguçar a vontade de conhecer esta máquina. Então, eles tão pe-din-do pe-din-do (falou pausando as sílabas)(falou pausando as sílabas), pra ir conhecer e é uma turma , pra ir conhecer e é uma turma que eu não tenho nenhum com menos de 30 anos que eu não tenho nenhum com menos de 30 anos (P4).(P4).

Page 40: A educação de Jovens e adultos no município de Curitiba sob a ótica de Gênero e Tecnologia

CONSIDERAÇÕES FINAISCONSIDERAÇÕES FINAIS

EJA:EJA: As desigualdades de gênero se manifestam;As desigualdades de gênero se manifestam; Há indicativos de pré-disposição à mudanças;Há indicativos de pré-disposição à mudanças; CumpreCumpre algumas das exigências sociais; algumas das exigências sociais;

fundamentais ao empoderar alunos e alunas com a fundamentais ao empoderar alunos e alunas com a tecnologia da leitura e da escrita para decifrar os tecnologia da leitura e da escrita para decifrar os códigos da tecnologia moderna;códigos da tecnologia moderna;

Para os homens é a busca do imediato;Para os homens é a busca do imediato; Para as mulheres é o futuro, a mudança de profissão;Para as mulheres é o futuro, a mudança de profissão;

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CONSIDERAÇÕES FINAISCONSIDERAÇÕES FINAIS

Enquanto homens e mulheres não assumirem novos Enquanto homens e mulheres não assumirem novos modelos de relações de gênero, não estiverem modelos de relações de gênero, não estiverem

conscientes da importância de não terem previamente conscientes da importância de não terem previamente definido o papel que cada um deve desempenhar, seja definido o papel que cada um deve desempenhar, seja

no âmbito da esfera pública ou da esfera privada, no âmbito da esfera pública ou da esfera privada, dificilmente haverá consenso para enfrentar as dificilmente haverá consenso para enfrentar as

mudanças que estão acontecendo nas relações sociais mudanças que estão acontecendo nas relações sociais do mundo. Para que esse enfrentamento seja mais fácil do mundo. Para que esse enfrentamento seja mais fácil o papel de cada um deve ser definido de acordo com as o papel de cada um deve ser definido de acordo com as

possibilidades e disponibilidades do momento possibilidades e disponibilidades do momento (CARVALHO, 2002).(CARVALHO, 2002).

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IINDICAÇÕES PARA FUTURAS NDICAÇÕES PARA FUTURAS PESQUISASPESQUISAS

Como estão representados os gêneros no material Como estão representados os gêneros no material didático, UT’S (Unidades Temáticas), utilizados para a didático, UT’S (Unidades Temáticas), utilizados para a EJA, no município de Curitiba;EJA, no município de Curitiba;

Uma análise de questões de gênero presentes nas Uma análise de questões de gênero presentes nas Políticas Públicas de Educação do Estado do Paraná Políticas Públicas de Educação do Estado do Paraná poderia contribuir para implementação do debate no poderia contribuir para implementação do debate no interior das escolas;interior das escolas;

Acompanhar os egressos da EJA e verificar se suas Acompanhar os egressos da EJA e verificar se suas

expectativas com a escolarização em relação ao expectativas com a escolarização em relação ao

trabalho foram atendidas;trabalho foram atendidas;

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INDICAÇÕES PARA FUTURAS INDICAÇÕES PARA FUTURAS PESQUISASPESQUISAS

As possibilidades do Ensino Fundamental Supletivo As possibilidades do Ensino Fundamental Supletivo atendido pelo município de Curitiba ser também atendido pelo município de Curitiba ser também profissionalizante;profissionalizante;

A possibilidade de incorporar um projeto de A possibilidade de incorporar um projeto de

geração de renda para aquelas pessoas que estão geração de renda para aquelas pessoas que estão

na EJA na EJA

Quais as políticas que o município tem direcionado Quais as políticas que o município tem direcionado

à EJA no sentido de incorporar as relações de à EJA no sentido de incorporar as relações de

gênero; gênero;