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A Economia da Cannabis
Uso de psicoativos ilícitos na população global, por grupo de droga, em número de usuários e em proporção da população entre 15-64 anos – 2012
N°de usuários* (em milhões)
Proporção pop. 15-64 anos (em %)
Cannabis ............. 177,63 3,80%
Anfetaminas ....... 34,40 0,70%
Opióides**........... 33,04 0,70%
Ecstasy ................ 18,75 0,40%
Cocaína ............... 17,24 0,37%
Opiáceos ............ 16,37 0,35% * Considerando o poliuso de psicoativos, de modo que um usuário pode ser contabilizado em mais de um grupo. **Conjunto de substâncias psicoativas sintéticas derivadas do ópio.
Fonte: UNODC (2014). Adaptado.
A Economia da Cannabis Demanda global e regional de Cannabis, por número de usuários (em milhões) e por prevalência anual de uso (em percentual) – 2000-2004 e 2010-2012 *Incidência do uso na população com idade entre 15 e 64 anos. Fonte: UNODC (2003, 2004, 2005, 2012, 2013, 2014). Elaboração própria.
2000
2001
2001
2003
2003
20042010 2011 2012
2000
2001
2001
2003
2003
20042010 2011 2012
Oceania ........ 3,93 3,40 3,30 2,63 2,63 2,65 16,89 16,40 15,80 10,90 10,90 10,80
América ....... 36,70 34,90 36,90 40,81 49,06 51,82 6,10 6,30 6,60 6,60 7,90 8,10
África ........... 33,21 34,60 37,00 44,96 43,93 44,56 8,60 7,70 8,00 7,80 7,50 7,50
Europa ......... 34,09 28,80 30,40 28,68 30,92 24,00 5,20 5,30 5,60 5,20 5,60 4,30
Ásia .............. 54,88 44,70 53,30 52,99 54,07 54,61 2,17 1,90 2,20 1,90 1,90 1,90
Total ............. 162,81 146,30 160,90 170,07 180,62 177,60 3,88 3,70 4,00 3,80 3,90 3,80
N° de usuários (em milhões) Prevalência do uso* (em %)
A Economia da Cannabis
Valor gerado no mercado global de psicoativos ilícitos, por grupo de droga, em bilhões de US$ − 2003
113
29
7165
44
0
20
40
60
80
100
120
Maconha Haxixe Cocaína Opiáceos Anfetaminas
Fonte: UNODC (2005). Elaboração própria.
A Economia da Cannabis
Participações percentuais, por grupo de droga, em 2003, por valor gerado no mercado global de psicoativos e número de usuários:
A Economia da Cannabis
Por que não é possível acabar com o narcotráfico? A culpa é da demanda? A culpa é da oferta?
“a inovação é a estratégia dominante no processo de acumulação de capital do mercado de drogas, não simbolizando
apenas uma opção à geração de lucros, mas sua própria condição de sobrevivência”.
(SOUZA, 2015, p. 175)
A Economia da Cannabis
A proibição das drogas e o processo de “destruição-criadora” de Schumpeter “O capitalismo, então, é, pela própria natureza, uma forma ou método de mudança econômica, e não apenas nunca está, mas nunca pode estar, estacionário. E tal caráter evolutivo do processo capitalista não se deve meramente ao fato de a vida econômica acontecer num ambiente social que muda e, por sua mudança, altera os dados da ação econômica; isso é importante e tais mudanças (guerras, revoluções e assim por diante) frequentemente condicionam a mudança industrial, mas não são seus motores principais. [...] O impulso fundamental que inicia e mantém o movimento da máquina capitalista decorre dos novos bens de consumo, dos novos métodos de produção ou transporte, dos novos mercados e das novas formas de organização industrial que a empresa capitalista cria” (SCHUMPETER, 1942, p. 112, grifo nosso)
A Economia da Cannabis
Mercado de Nicho ou de Diferenciação O Canabier e a Cultura Canábica “... vários cruzamentos e experiências são realizados no âmbito destas trocas, econômicas e de saberes, movidas em torno da chamada “cultura canábica”. Assim, vão ganhando o gosto e sofisticando o barato dos maconheiros. Ganham nomes próprios e personalidade, algumas, sabores frutados, como os vinhos apreciados em rodas de someliers. As sementes são patenteadas e seus criadores assinam suas criações através de pseudônimos” (VERÍSSIMO, 2012, p. 7).
A Economia da Cannabis
A proibição não acabou com o mercado... Então, legalizar é a solução?
Quais são os riscos? Regulação do Estado X Mercado privado
A Economia da Cannabis
A Cannabis como medicamento
Etapas da Cadeia de Produção da Indústria Farmacêutica:
1° - Pesquisa e Desenvolvimento 2° - Produção de Farmoquímicos 3° - Produção de Medicamentos 4° - Marketing e Comercialização
*cadeia apresentada pela CEPAL, em 1987.
Referências ARAÚJO, Tarso. Almanaque das Drogas. São Paulo: Leya, 2012. ESCOHOTADO, Antonio. La cuestión del cáñamo: una propuesta constructiva sobre hachís y marihuana. Barcelona: Editorial Anagrama S. A., 1997a. ______. O livro das drogas: usos e abusos, preconceitos e desafios. São Paulo: Dynamis Editorial, 1997b. MARLEY Natural. Página oficial. [S.d.] Disponível em: <http://www.marleynatural.com/products/> PALMEIRA FILHO, Pedro Lins; PAN, Simon Shi Koo. Cadeia Farmacêutica no Brasil: avaliação preliminar e perspectivas. BNDES Setorial. Rio de Janeiro, n. 18, p. 3-22, set. 2003. RICHARD, Denis; SENON, Jean-Louis. Le Cannabis. 3 ed. Paris: Presses Universitaires de France, 2000. ROBINSON, Rowan. O grande livro da Cannabis: guia completo de seu uso industrial, medicinal e ambiental. Rio de Janeiro: Ed. Jorge Zahar, 1999. SCHUMPETER, Joseph A. (1942) Capitalismo, Socialismo e Democracia. Rio de Janeiro: Zahar, 1984. SIC Notícias. Tráfico de Cannabis – Marrocos. [s.d.] Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=hKQ78PoFlpw> SOUZA, Taciana Santos de. A Economia das Drogas em uma abordagem heterodoxa. 2015. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento Econômico). Instituto de Economia. Unicamp. UNODC – UNITED NATIONS OFFICE ON DRUGS AND CRIME. World Drug Report 2005. Viena: United Nations Publication, 2005. ______. Estimating Illicit Financial Flows Resulting From Drug Trafficking and Other Transnational Organized Crimes. Viena: United Nations Publication, 2011a. ______. World Drug Report 2014. Viena: United Nations Publication, 2014. ______. Maconheiros, fumons e growers: um estudo comparativo do consumo e do cultivo caseiro de canábis no Rio de Janeiro e em Buenos Aires. Niteroi: Tese de doutorado defendida no Programa de Pós-Graduação em Antropologia da Universidade Federal Fluminense, 2013. VICE. Kings of Cannabis. Documentário. 2013. Disponível em: <http://www.vice.com/video/kings-of-Cannabis-full-length>