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PATERNIDADE EM PAIS DA IGREJA ADVENTISTA DO SÉTIMO DIA1

Resumo

O presente estudo tem como objetivo principal refletir a cerca da paternidade em

pais da IASD. Além disso, o trabalho se propõe a conceituar a paternidade, elencar

fatores que determinam a ausência paterna, examinar os efeitos da ausência

paterna nos filhos, refletir sobre as vias que podem reforçar a presença do pai e

atenuar sua ausência na vida dos filhos; apresentar as dificuldades encontradas pelo

filho devido à ausência do pai e examinar, no campo de pesquisa o olhar de pais e

filhos sobre a temática. O interesse do grupo se deve ao fato de que, como futuros

pastores, ministraremos famílias nos seus mais diversos matizes de vínculo e

certamente encontraremos muitas defasagens no que diz respeito ao

relacionamento dos pais com seus filhos. Sem dúvidas o estudo é também benéfico

também para os mais diversos tipos de mentores. A investigação é qualitativa e se

utiliza da entrevista semiestruturada para coleta de dados. O resultado revela que

apesar dos pais estarem inseridos em um universo onde o tema, no seio da família,

ainda é tido como de pouca relevância, eles apresentaram uma inquietação quanto à

necessidade de se aperfeiçoarem como pais comprometidos; que na relação entre

pais e filhos existe risco da perda de referencial de autoridade e de segurança por

parte dos filhos; que sobre os pais recaem pesadas e novas responsabilidades,

sendo exigido deles, além de um conhecimento a cerca do desenvolvimento físico,

mental e moral, um compromisso de amor com seus filhos.

Palavras – chave: Paternidade. Relacionamento pai-filho. Pais dventistas.

1 XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

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Abstract

This study, paternity in father church Seventh Day Adventist (SDA), has as main

objective to reflect about fatherhood fathers in the SDA. Additionally, the study aims

to reflect on the concept of fatherhood, listing factors that determine the paternal

absence, examine the effects of father absence on children, reflect on ways they can

strengthen the presence of the father and mitigate its absence in the lives of children

and present the difficulties encountered by the child due to his father's absence. The

research is qualitative and uses the semistructured interview for data collection. The

result shows that despite parents being inserted in a universe where the theme is still

understood to be of little relevance, they had a concern about the need to break with

that culture.

Keywords: fatherhood, fathers, adventists.

1. INTRODUÇÃO

Este trabalho sob o título “paternidade em pais da igreja adventista do sétimo

dia” tenta responder em seu principal questionamento quais são os percursos da

paternidade em pais da igreja Adventista do Sétimo Dia (IASD). A ampla produção

teórica sobre as relações dos filhos com seus pais é reflexo da disfunção paterna

nos últimos dias, em ethos familiares cada vez mais inseridos nos novos vínculos e

nas novas configurações estruturais da família. Nesse sentido entendemos ser de

extrema importância uma reflexão sobre a paternidade adventista, categoria pouco

explorada no universo atual da produção acadêmica. O trabalho está estruturado da

seguinte forma: Conceito de paternidade; Fatores determinantes da ausência

paterna; Efeitos da ausência paterna nos filhos; possíveis atenuantes na relação

entre pais e filhos; o olhar de pais e filhos no campo de pesquisa.

2. O CONCEITO DE PATERNIDADE

Na família o homem assume primeiro o papel de marido e logo depois de pai.

Segundo Silva e Paccinini (2007), o pai seria um homem que exerce uma relação de

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afetividade, presença constante, envolvimento direto e responsabilidade na criação

do filho.

A ideia de paternidade remonta desde os tempos antigos com os escritos

bíblicos, onde os escritores atribuem ao Divino o fato de ter criado o homem a sua

“imagem e semelhança” capacitando-o desta forma a assumir o privilégio de ser pai.

Na sociedade hebraica a estrutura familiar girava em torno do patriarca e ao

contrário do pensamento feminista, o pai frequentemente promovia segurança e

confiança aos outros membros da família. Desta forma, o realce não estava, sobre o

poder e os privilégios associados à posição do pai, mas sim, sobre as

responsabilidades referentes a sua liderança.” (KÖSTENBERGER; JONES, 2011)

Essa ideia é reafirmada por White na seguinte afirmação:

Todos os membros da família se centralizam no pai. Ele é o legislador, ilustrando na própria varonilidade as importantes virtudes: energia, integridade, honestidade, paciência, coragem, diligência e prestatividade. [...] O pai representa o legislador divino em sua família. É colaborador de Deus, promovendo os graciosos desígnios de Deus e estabelecendo em seus filhos elevados princípios, os quais capacitam-nos a formar caráter puro e virtuoso, porque tem ocupado previamente a alma com aquilo que capacitará seus filhos a render obediência não somente a seus pais terrestres, mas também ao Pai celestial. O pai não deve trair seu sagrado depósito. Não deve ele em ponto algum ceder sua autoridade paterna. (WHITE2, 2007, p.212)

Para Beach ([19--]) os filhos enxergam na figura da mãe o consolo, o cuidado

e o carinho, enquanto que o pai é o sinônimo de força, coragem e justiça. O ser

masculino, na família, tende a receber títulos que evocam a razão, enquanto que o

ser feminino apropria-se de características afetivas. Nesse conjunto de

características contrastantes se dá a formação de um novo ser que será parte

integrante dessa família e um elemento formador de outras famílias.

Mezzena (1997) salienta ainda, que a figura paterna inspira no menino um

modelo de personalidade, enquanto que para a menina representa um exemplo de

virilidade que influenciará sua afinidade com o homem no plano social e até mesmo

sexual. Esse autor diz também que a presença de um pai num lar tem um significado

maior que uma proteção ou liderança, é uma referência, um padrão que deve ser

seguido, um interesse pelo desenvolvimento cognitivo e da personalidade do filho,

um comprometimento em passar para filho a visão de que existe o outro e esse

2 Cristã americana, profetisa e escritora cujo ministério foi fundamental para fundação do movimento sabatista, que mais tarde veio a formar a Igreja Adventista do Sétimo Dia.

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outro é ele mesmo com quem o filho terá de aprender a conviver e a respeitar.

Comprovando esse pensamento tanto Beach ([19--]), quanto White (1997) declaram

que sobre os pais recaem pesadas responsabilidades de ensino, sendo exigido

deles, além de um conhecimento a cerca das leis do desenvolvimento físico, mental

e do ensino moral, uma grande renúncia que em outras palavras pode-se traduzir

como amor.

O ensino da obediência demanda um caráter verdadeiro da parte dos pais. O pai que desejar ensinar o filho a ser constante, deve ser constante em suas exigências. E juntamente com a justiça precisa haver misericórdia. As crianças são apenas seres humanos. Os pais e as mães precisam distinguir entre desobediência deliberada e a fraqueza que precisa ser vencida por uma combinação de firmeza e carinho. E o que é ainda mais importante, os pais que desejam agir em lugar de Deus no lar, com uma autoridade que é extraordinária, precisam cuidar para nunca serem caprichosos, para sempre terem razões para suas exigências e para que o amor, o bom senso e a razão estejam por detrás de toda ordem dada (RICE, 1986, p. 96)

3. FATORES DETERMINANTES DA AUSÊNCIA PATERNA

A pós-modernidade é caracterizada por transformações aceleradas,

principalmente nos seguimentos da economia, tecnologia e ciência. A família como

estrutura fundamental da sociedade, não ficou imune a essa série de variações

sociais, e sem dúvidas, passou a sofrer com as mudanças negativas que interferem

na relação de seus participantes. Nesse contexto, uma das figuras discutidas é a

pessoa do pai, que é visto como provedor de recursos para o lar e, ao mesmo

tempo, coparticipante da educação dos filhos.

Para Gomes e Resende (2004) na contemporaneidade o homem encontra

dificuldade para harmonizar sua individualidade com sua função de ser pai. Isso por

conta da cultura, que sendo patriarcal, sempre lhe destacou como sendo o chefe da

família. No entanto, apesar de não acompanhar a transformação de valores,

percebe-se que esta situação esta mudando de forma lenta e progressiva.

A ausência paterna não tem sido um termo fácil de definir, mas para

Sganzerla e Levandowski (2010) esse termo assume duas vertentes: Uma está

vinculada a presença física do pai e a outra se evidência no fato do pai estar

presente fisicamente, porém, não apresenta interação ou afetividade filho. White

(2010) critica veementemente essa indiferença paterna disparando que muitos pais

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alegam ter tanto a fazer que não tem tempo para se aperfeiçoar na função de pai e

muito menos para educar os filhos na vida prática” (WHITE, 2010)

Sganzerla e Levandowski (2010) elencam alguns importantes fatores que

caracterizam as diversas formas de ausências paternas: o divórcio; a ausência

derivada da atividade laboral; o falecimento do pai; ausência afetiva dos pais mesmo

estando presente fisicamente. De acordo com White (2010) se o pai está realizando

atividades que interferem na sua inteira participação no convívio familiar, ele deveria

buscar outros meios de sustento priorizando separar algum tempo para os filhos.

Um lar sem um pai não está completo. A ele compete velar, pela sua maneira de ser no lar, mesmo nos casos em que é obrigado a ausentar-se, para que o ideal da família se mantenha. [...] a presença dele (pai) no circulo da família será nula se se enfronhar na leitura de um jornal ou de um livro, ou ainda se passar as horas de folga nas rodas dos seus amigos ou no bar, ou muito simplesmente a dormir. (BEACH, [19--])

Esse pensamento se harmoniza com Sganzerla e Levandowski (2010)

quando coloca não só a presença física do pai como sendo importante, mas a

presença afetiva do mesmo.

Cia e Barham (2005) através de um estudo realizado com pais e filhos na

idades de 11 e 12 anos (N=58), objetivando comparar a qualidade do

relacionamento pais-filhos bem como o autoconceito de filhos cujos pais

trabalhavam no turno diurno com aqueles cujos pais trabalhavam no turno noturno,

constatou que o turno de trabalho do pai influencia significativamente na qualidade

da relação pai-filho. Em média os pais que trabalhavam em turno diurno passavam

mais tempo (2h30min, por dia) com os filhos do que os pais que trabalhavam em

turno noturno (1h35min). Demostrando dessa forma, uma interferência direta no

processo de relação com a prole.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o

número de famílias chefiadas por mulheres está aumentando, o que em 2000

representava 22,2%, em 2010 passou para 37,3%. O IBGE apresenta, ainda, um

crescimento significativo de divórcios, desde 1984, quando iniciou a série histórica

das Estatísticas do Registro civil, esse problema partiu de um percentual de 0.5%

(para cada mil pessoas de 20 anos ou mais), para 1,8%. Esses altos índices

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evidenciam um aumento no número de filhos que crescem com uma presença

defasada dos pais, ou ainda, sem a presença total dos mesmos.

4. EFEITOS DA AUSÊNCIA PATERNA NOS FILHOS

Os efeitos dos pais sobre os filhos podem variar desde sentimentos

agressivos a comportamentos apáticos e distantes da sociedade. A falta de afeto, a

ausência de carinho por parte dos pais, pode deixar as crianças frias, inseguras e

incapazes de amar (BELTRAN, 2005).

Segundo Shinn (1978), em seus estudos sobre o desenvolvimento cognitivo

das crianças, as famílias que são constituídas sem a figura paterna ou, ainda que

esta figura se apresente de forma deficitária, se deparam com filhos que

demonstram um baixo desempenho cognitivo e fatores como dificuldade financeira e

ansiedade poderiam contribuir ainda mais para esse efeito.

Já nos trabalhos de Muza (1998) crianças que crescem na ausência dos pais

apresentam problemas no reconhecimento dos limites, na identificação sexual e nos

relacionamentos interpessoais. Isso demonstra os problemas em internalizar uma

figura paterna simbólica, capaz de representar um padrão de moral a ser seguido.

Além disso, Eizirik e Bergmann (2004) revelam que tal falta pode se manifestar de

diversas formas, dentre elas, uma maior propensão para o envolvimento com a

marginalidade infantil e delinquência.

Paschall et al (2003) nos estudos realizados a respeito dos efeitos da

paternidade, ausência paterna, e associação com pares delinquentes entre

adolescentes afro - americanos com comportamento delinquente, os autores não

identificaram uma relação entre a ausência do pai e a delinquência dos filhos, porém

ficou evidente que em famílias onde o pai esta ausente, o fator socioeconômico

influencia no comportamento delinquente dos jovens.

Nos estudos realizados por Pfiffner et al (2001) sobre as características

antissociais e a ausência paterna, ficou explicito que as famílias nucleares

apresentavam poucas características antissociais, no entanto as famílias onde não

se encontrava a figura paterna, as características antissociais eram mais evidentes.

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Os autores do estudo concluíram que o comportamento antissocial é mais comum

em famílias onde o pai não é participativo ou está ausente.

Para Ferrari (1999) os pais substitutos também oferecem riscos para a

criança, pois os mesmos podem se afastar e gerar no menino ou menina a ideia de

abandono. Isso se torna potencialmente grave quando a mãe tem relacionamentos

rápidos e instáveis. Paralelo a isso existe o dualismo de sentimentos da criança para

com o pai substituto. Nesse contexto ainda, na iminência de um termino de

relacionamento da mãe, a criança se vê como culpada por isso, o que faz aumentar

o sentimento de orfandade.

Qualquer tentativa de busca do filho pelo pai, pode parecer uma traição a sua

mãe e que nos momentos mais decisivos de sua vida (casamento, formatura ou

nascimento de um filho, por exemplo) o filho senti uma forte vontade de encontrar o

pai ausente como se isso fosse uma necessidade de fechar sua história, ou seja, por

mais que as crianças não digam nada, o vazio está presente e trabalha. O mesmo

autor comenta que este vazio se dá pela consciência da criança de entender que

não foram amadas pelos seus pais que estão ausentes. Além disso, se veem

envoltos num sentimento de culpa por ser uma criança má, por haver provocado a

separação, por ter nascido, essa concepção de ser má vem pelo fato de terem sido

deixados por seus genitores. Nesse conflito de sentimentos os tímidos e temerosos

do exterior se fecham em si mesmos, e os extrovertidos e temerosos do interior de

sua história se vingam no mundo com condutas antissociais (FERRARI, 1999)

Day (2003) salienta ainda que todas as ações que são lançadas sobre os

filhos é um reflexo daquilo que os genitores experimentaram quando criança, ou

seja, estão apenas reproduzindo atos que na maioria das vezes reprovaram quando

foram os agentes mais frágeis na relação pai-filho.

Em relação aos pais que estão presentes, mas que não estabelecem uma

relação afetiva com sua prole, Estrada (2003) revela que quando o filho demonstra

certa insegurança nas competições com outros homens, é pelo fato do

distanciamento do pai. O autor comenta ainda que, toda criança sente necessidade

de ser aceita pelas pessoas de seu próprio sexo, porém, uma vez que o pai rejeita

essa criança, ela se volta para os outros do mesmo sexo permitindo, numa idade

mais avançada, que esses usem seu corpo, a fim de o aceitarem no grupo.

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Diversas pesquisas têm demonstrado as dificuldades apresentadas pelos

filhos que crescem na ausência de seus pais. Essas mesmas dificuldades são

encontradas também em crianças, cujos pais não compartilham de nenhuma relação

afetiva, são autoritários ou ainda agressivos, demostrando assim que não basta a

presença física, mas um envolvimento de afeto e atenção.

Para Estrada (2003) os pais que não mantém um relacionamento afetivo com

o filho, preocupando-se apenas com as necessidades materiais, desenvolvem nas

crianças dificuldades quanto à confiança em si mesmo e nos outros. Esse mesmo

pensamento é compartilhado por Day (2003), admitindo que essas crianças buscam

em seus pais um símbolo de segurança. Fiorangela (1982) ainda reforça esse

pensamento, argumentando que quando não há um dialogo entre o pai e o filho do

sexo masculino sobre normas comportamentais, a criança apresenta dificuldades

quanto a entender como se comportar nos grupos do mesmo sexo na sociedade.

Se os filhos tivessem mais familiaridade com os pais, se neles confiassem, e

lhes desabafassem as alegrias e tristezas, se poupariam muita mágoa futura

(WHITE, 2004).

Segundo Barbosa (2005) e Proença e Neves (2001) o divórcio e a ausência

dos pais, atrelado a outros fatores são importantes fatores determinantes para as

dificuldades de aprendizado por parte das crianças. Essas dificuldades se acentuam

ainda mais quando a criança apresenta transtornos psíquicos.

Day (2003) salienta que a ausência do pai pode trazer diversos problemas

para a criança uma vez que a mesma não aprende o significado do amor nos livros,

mas no relacionamento entre seu pai e sua mãe. Logo, a relação conjugal dos pais

influência diretamente no processo de desenvolvimento afetivo da criança reduzindo

assim, dificuldades por parte da mesma com o futuro casamento. Montogmery

(1998) reforça essa tendência afirmando que crianças que crescem na ausência dos

pais têm duas vezes mais probabilidade de não alcançar o êxito nas atividades

escolares e até 11 vezes mais chance de apresentar um comportamento agressivo

na escola, do que crianças que convivem com seus pais. Essas crianças,

especialmente garotos, apresentam grandes dificuldades nas provas finais e uma

media mais inferior de leitura.

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Tais pensamentos são claramente evidentes numa pesquisa realizada nos

Estados Unidos por Marshall e cols. (2001) com famílias de baixa renda, onde as

crianças tinham risco de maltrato (N=261). A pesquisa tinha como objetivo avaliar se

a ausência ou presença paterna estavam relacionadas com problemas de

comportamento e sintomas depressivos quando filho tinha quatro anos e seis anos.

O resultado da pesquisa demonstrou que as crianças com quatro anos que não

conviviam com os pais, apresentaram maior índice de problemas de comportamento,

e quando essas crianças atingiram a idade de seis anos apresentaram maiores

índices de externalização de comportamentos agressivos e maior incidência de

depressão.

Outra pesquisa realizada por Dubowitz e cols. (2001) com 855 crianças de

etnias afro-americanas e brancas, juntamente com seus pais e mães, habitantes em

regiões pobres, onde o abuso, o maltrato e a negligência era evidente teve o objetivo

de verificar se a percepção da criança, quanto ao suporte que o pai lhe oferecia,

estava associada ao seu melhor funcionamento cognitivo e se a presença do pai

estava associada com problemas de comportamento e depressão na criança. O

resultado apresentado foi que quanto maior era o suporte dado pelo pai ao filho,

melhor era o desenvolvimento cognitivo e menor a probabilidade de problemas de

comportamento.

Todas essas abordagens evidenciam que a presença paterna, no

desenvolvimento do menor, é vista como fundamental para que o mesmo enfrente,

em boas condições, os problemas da vida em sociedade.

5. POSSÍVEIS ATENUANTES NA RELAÇÃO ENTRE PAIS E FILHOS

A sociedade vem evoluindo com relação ao conceito de boa paternidade.

Enquanto que, no século passado o bom pai era aquele que provia materialmente a

sua família, no século presente é aquele que se preocupa mais com as relações

afetivas em casa do que com os bens materiais.

Segundo Benczik (2011) o bom pai é aquele que apesar de suas dificuldades

proporciona um desenvolvimento saudável para a criança, orientando-a a viver no

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mundo real. O autor argumenta ainda que esse pai vai representar pela primeira vez

a imagem de um ser terceiro para a criança, passando assim a ideia para o filho que

ele é um ser integrado e autônomo. O convívio constante entre pai e filho mostra-se

importante no que tange a preparação do menor para a vida em sociedade. Esse

convívio nos casos de filhos homens se mostra relevante a partir do momento que o

menino vê no pai um ideal de comportamento. Também no convívio com filhas a

relação assume o mesmo patamar de importância, uma vez que a menina enxerga

no pai o ideal de um futuro marido.

A garota deve aprender as diferenças que há entre os traços masculinos e os femininos, e o pai deve ajuda-la a desenvolver a sua feminilidade. À medida que a menina cresce, precisa do seu pai para valorizá-la. Ela necessita se vestir para agradá-lo e agir como uma mocinha. Uma razão por que poucas mulheres experimentam verdadeira comunicação, comodidade e compreensão em seus relacionamentos com homens, se deve ao fato dos pais nunca ter dado oportunidade às filhas de desenvolverem esse sentimento nos primeiros anos da vida (VAN PELT, 2006, p. 139)

No olhar de White (2004) os pais devem combinar a afetividade com a

autoridade, de forma que encontrem tempo para destinar aos filhos horas de lazer,

cultivando dessa forma a amizade com eles. A autora argumenta ainda que muitos

pais, quando voltam do trabalho, não deveriam deixar que as preocupações com os

negócios assumissem lugar de destaque no lar, mas que aproveitassem as

oportunidades para atrair a atenção dos filhos para si. Esse pensamento se

harmoniza com a ideia de que Kemp (1995) de que é importante que haja encontro

preestabelecidos com os filhos, mas é preciso lembrar que a comunicação também

deve ocorrer de forma espontânea e natural, evitando ao máximo as formalidades.

(KEMP, 1995)

Na argumentação de Feijó (2011) uma boa forma de reforçar a presença

paterna é proporcionar atividades simples a criança como assistir a programas

infantis em conjunto, participar de suas brincadeiras e fazer as refeições juntos, uma

vez que esta ultima é um momento importante para ensinar regras aos filhos.

Kettler (1969) argumenta que é possível encontrar na Bíblia elementos

essenciais para atenuar os problemas envolvendo a paternidade. Dentre esses

elementos encontra-se a ideia de que todo pai deve ser amigo, cortes e amável com

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seu filho (Ef 6:4 e Mt 7:12), deve orar e estudar diariamente a Bíblia com os filhos

(Sm 2:26 e Dt 11:19).

O sacerdócio dos pais envolve o ato de apresentar Deus aos filhos,

especialmente através do exemplo, do ensino e da realização do culto doméstico em

suas várias formas. Como ministro do lar os pais também são chamados e

responsabilizados a apresentar seus filhos a Deus (CHRISTENSON, 1996).

6. Metodologia

Para dar conta do objetivo principal deste trabalho, qual seja de refletir a

cerca da paternidade em pais da IASD, foram selecionados 12 pais com seus

respectivos filhos com idade entre 7 e 12 anos. Foi utilizada a entrevista investigativa

apontando uma reflexão contextualizada e para moldurar um processo de

reconstrução da realidade a ser pesquisada o processo foi realizado em três etapas,

seguindo orientações de teóricos acerca da investigação científica em ciências

sociais. Dessa forma, esta pesquisa segue as seguintes etapas: a) fase aberta ou

exploratória; b) trabalho de campo (coleta de dados); e c) análise dos dados

(codificação e processamento dos dados).

Foram feitas perguntas através de uma entrevista gravada e semi-estruturada

com um roteiro previamente estabelecido, proporcionando aos entrevistados, a

informação necessária e a oportunidade de expressar-se livremente sem se prender

a indagação formulada. A entrevista foi seguida de um trabalho de transcrição das

falas e posterior análise do conteúdo, tendo como objetivo respaldar essa etapa da

pesquisa no que houve de regular no dito dos entrevistados.

7. O OLHAR DE PAIS E FILHOS NO CAMPO DE PESQUISA

Ao longo da história a figura do pai foi ganhando novos conceitos, passando

de provedor de recursos materiais para provedor de afeto e atenção. White (2004)

titula o pai como o “sacerdote da família” que deve apresentar valores religiosos a

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criança. Beach ([19--]) atribui a ele a responsabilidade de prover os filhos com os

recursos intelectuais e morais, não sendo ausente quanto á demonstração de amor.

Sendo assim, encontra-se como resposta ao que é paternidade, a afirmativa de que

é aquele responsável pelo ensino dos valores que regem a sociedade, bem como

provedor de uma relação afetiva substancial. Essa afirmativa fica clara na fala dos

pais:

É fundamental no desenvolvimento da criança. A criança precisa de uma voz firme e de um exemplo pra se espelhar. E se for menina e fundamental que ela tenha um referencial para a escolha de um homem pra casar

Bidú

Essa afirmativa de Bidú é abonada na fala de seu filho quando ele diz:

“meu pai é um protetor que cuida de mim”.

Tem o seu fundamento na origem patriarcal, é aquele que age como sacerdote do lar, e aquele que faz de tudo para que a família cresça e seja feliz.

Cascão

Para o filho de Cascão o pai “é um amigo que ensina as coisas da vida e

ensina a andar nos caminhos de Deus”.

Eu comparo a paternidade como um discipulado, trabalha todos os aspectos da educação, pautado nas escrituras, enquanto você educa a criança você passa valores cristãos.

Paçoca

Em maior ou menor compreensão a respeito do assunto, todos os pais

apresentaram um conceito semelhante ao dos teóricos, apesar da lenta e

progressiva mudança de definição do termo. Os filhos também demonstraram uma

ideia, ainda que infantil, daquilo que para eles é um pai. Para Cia e Barham (2005) o

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envolvimento entre o pai e o filho pode afetar o desenvolvimento infantil e

principalmente o conceito de pai e o autoconceito do filho. Sendo assim, a ausência

da figura paterna, seja ela parcial ou definitiva, na relação familiar promove o

surgimento de desequilíbrios entre os atores envolvidos. Na fala do filho de Paçoca

encontramos a seguinte afirmação a respeito do que é um pai: “não sei ao certo”.

O trabalho, o corre-corre do dia-dia e a organização do tempo.

Floquinho

Quando questionado sobre o porquê de seu pai não estar frequentemente

junto com ele o filho de Floquinho disse: “ele tem trabalhos, atividades, vai comprar

comida, e eu vou pra escola, então a gente se vê de vez em quando”.

Sobrecarga. É muito secular o mundo que vivemos, muita correria, busca por manter a casa. Passamos mais tempo no trabalho e deixamos o mais precioso que é família

Chico Bento

O sentido do dito de Chico Bento ecoa na fala do filho: “ele esta ocupado,

trabalha e estuda”.

A gente vive num mundo que ele é consumista e a logica do capitalismo é que você precisa ter pra ser, contrariando o plano divino que tem que ser e não ter. Existe um sistema e para você ter alguma coisa neste mundo você precisa se esforça muito e isso toma muito tempo. Então diante disto tudo a relação entre pai e filho fica penalizada pelo aspecto tempo.

Sansão

A fala do filho de Sansão se harmoniza com a afirmativa do pai: “ele tem

muitas coisas pra fazer, muitos trabalhos”.

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Apesar do reconhecimento de que a ausência paterna influência

significativamente no crescimento cognitivo da criança, os entrevistados parecem

permanecer na tendência de priorizar a atividade laboral, uma vez que os mesmos

entendem que são provedores dos recursos materiais da casa. Nessa perspectiva,

White (2004) contra argumenta afirmando que se os negócios estão privando o pai

de seu envolvimento na família, ele deveria procurar atividades que lhe ofertasse

uma maior participação nos cuidados da criança, tendo em vista a elevada

importância da presença paterna no desenvolvimento infantil.

Segundo Eizirik; Bergmann (2004) a ausência dos pais tem potencial para

gerar problemas no desenvolvimento psicológico da criança, bem como para

suscitar distúrbios do comportamento e influenciar no desenvolvimento cognitivo.

Os filhos se sentem rejeitados, estão na família mais não se sentem parte da mesma. Não vão saber se relacionar com os seus semelhantes. É difícil, mais não é impossível. Eu já ouvi uma frase assim: “Criar é fácil, educar que é difícil”. O tempo que eu tenho disponível eu estou com eles, quando é para orientar eu estou presente. Quando eu vejo que estou faltando eu concerto meu erro e tento melhorar.

Cebolinha

O filho de Cebolinha parece antagonizar em relação ao final do argumento do

pai referente a sua ausência: “Eu me sinto muito triste, mas não fico com raiva”.

A educação de maneira geral fica prejudicada, o jovem não tem mais limites, buscam as drogas e o sexo mais cedo, isso acredito que é devido à ausência dos pais. Tenho aprendido e vejo que é uma responsabilidade muito grande.

Teobardo

A filha de Teobardo quando interrogada em relação ao assunto, se expressa

da seguinte forma: “Triste, acho chato”.

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Filhos são menos amorosos, saem de casa mais cedo, revolta com o pai, reações psicológicas. Tenho sido um pai presente, tenho tido uma experiência maravilhosa, mesmo que ela tenha mais confiança na mãe.

Genesinho

A filha de Genesinho confirma a fala do pai. “Ele brinca comigo sempre que

pode”

Os pais demonstraram consciência em relação aos efeitos da sua ausência

para o desenvolvimento do filho. Para Fonseca (2012) existe, por parte do pai, uma

necessidade real de compensar a criança afetivamente, aproveitando esse momento

para dar atenção e amor, entretanto, isso deve ser feito de forma natural, não como

um fardo, pois a criança tende a perceber, quando seus pais só estão falando com

elas por obrigação. A psicóloga ressalta ainda que os pais não devem se culpar por

estarem trabalhando para dar conforto a seus filhos, mas devem sempre estar

atentos para o diálogo e qualquer manifestação de afeto.

Tirar um tempo para o filho, se interessar por assuntos da idade dele, mostrar preocupação por ele, carinho e amor para que ele se sinta importante, para que ele pense: “meu pai se interessa por mim”. E apresentar Jesus para os filhos, não só falar, mais apresentar na minha vida, Jesus, pra ele.

Cebolinha

Quando interrogado sobre o que ele espera de seu para que ela fique bem, o

filho de Cebolinha argumentou dizendo: “que ele nunca mude, sempre continue

brincando, conversando e dando apoio”.

Aproveitar as oportunidades, e ter um tempo de qualidade, maximizar o tempo não em quantidade mais em qualidade.

Jeremias

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Dentro do mesmo contexto, o filho de Jeremias apenas argumentou que

espera “que ele cuide de mim”.

Ser mais paciente, observar mais o comportamento delas, deixar mais as minhas coisas de lado e me preocupar mais com as delas, se envolver mais na vida delas, fazer o culto familiar e orar a Deus porque só ele na causa.

Bidú

O filho de Bidú reforçando a argumentação do pai, relata que o mesmo para

fazê-la feliz deve dar “carinho”

Durante as entrevistas, em alguns momentos, muitos pais se demonstraram

preocupados em amenizar os possíveis efeitos de sua ausência.

8. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Através desta breve pesquisa, chegamos às seguintes deduções: A ideia de

paternidade remonta desde os tempos antigos nos escritos bíblicos, como uma

missão divina; um dos principais fatores que determina a ausência paterna é o fato

do mesmo ser visto como provedor de recursos para o lar e, ao mesmo tempo,

coparticipante da educação dos filhos; os efeitos da ausência dos pais sobre os

filhos podem variar desde sentimentos agressivos a comportamentos apáticos e

dificuldades de convivência na sociedade; são inúmeras as dificuldades

apresentadas pelos filhos que crescem na ausência de seus pais, tais como frieza,

insegurança, incapacidade de amar, dificuldades na identificação sexual e nos

relacionamentos interpessoais. Essas mesmas dificuldades são encontradas

também em crianças, cujos pais não compartilham de nenhuma relação afetiva, são

autoritários ou ainda agressivos, demostrando assim que não basta a presença

física, mas um envolvimento de afeto e atenção; apesar de uma boa compreensão a

respeito da temática, os pais ainda não conseguem vencer os fatores que

influenciam em sua relação com os filhos, como é o caso da sua ausência no

processo de desenvolvimento do mesmo; sobre os pais recaem pesadas

responsabilidades de ensino, sendo exigido deles, além de um conhecimento a

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cerca das leis do desenvolvimento físico, mental e moral, uma grande renúncia que

em outras palavras pode-se traduzir como amor; os pais informantes apresentaram

argumentos que demonstram a preocupação em romper com essa cultura de que o

pai é menos responsável que a mãe pela educação dos filhos, contudo tentaram

amenizar os efeitos de sua ausência; os filhos entrevistados confirmaram as

argumentações teóricas quanto aos prejuízos ocasionados pela ausência física e

afetiva dos pais.

Finalizamos admitindo não ter encerrado tudo que se podia explorar em um

tema tão complexo, todavia acreditamos que se mostra necessário a realização de

novos estudos nessa perspectiva, um deles poderia ser a paternidade em pastores

adventistas.

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