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Nº 47 :: AGOSTO 2009 Wagner Victer, o executivo à frente dos programas de MELHORIA AMBIENTAL do rio NOVA CEDAE: empresa SANEADA opera no azul e melhora QUALIDADE dos serviços prestados Baixada Fluminense com ÁGUA LIMPA e ESGOTO tratado até o ano que vem Wagner Victer, o executivo à frente dos programas de MELHORIA AMBIENTAL do rio NOVA CEDAE: empresa SANEADA opera no azul e melhora QUALIDADE dos serviços prestados Baixada Fluminense com ÁGUA LIMPA e ESGOTO tratado até o ano que vem

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Page 1: A Dimensional se orgulha em prestar serviços de alta qualidade e ... · Evangelho, (Vile Romi); Gustavo Souza (Queiroz Galvão); Jefferson Paes de Figueiredo Filho (Darwin); Marcelo

N º 47 : : A G O S T O 2 0 0 9

Wagner Victer, o executivo à frente dos

programas de MELHORIA AMBIENTAL do rio

NOVA CEDAE: empresa SANEADA opera no azul e

melhora QUALIDADE dos serviços prestados

Baixada Fluminense com ÁGUA LIMPA e ESGOTO

tratado até o ano que vem

Wagner Victer, o executivo à frente dos

programas de MELHORIA AMBIENTAL do rio

NOVA CEDAE: empresa SANEADA opera no azul e

melhora QUALIDADE dos serviços prestados

Baixada Fluminense com ÁGUA LIMPA e ESGOTO

tratado até o ano que vem

Page 2: A Dimensional se orgulha em prestar serviços de alta qualidade e ... · Evangelho, (Vile Romi); Gustavo Souza (Queiroz Galvão); Jefferson Paes de Figueiredo Filho (Darwin); Marcelo

www.dimensionalengenharia.com

A Dimensional se orgulha em prestar serviços de alta qualidade e reconhecida competência para a Nova CEDAE, atuando nas mais diversas áreas da Companhia. Desde a implantação de sistemas completos de água e esgoto, passando pelo apoio à operação e manutenção das redes, até a leitura, hidrometração e recuperação de créditos vencidos, colaborando assim de forma signifi cativa para a melhoria constante dos serviços prestados por essa empresa que cada vez mais se destaca pela excelência em seu setor.

Page 3: A Dimensional se orgulha em prestar serviços de alta qualidade e ... · Evangelho, (Vile Romi); Gustavo Souza (Queiroz Galvão); Jefferson Paes de Figueiredo Filho (Darwin); Marcelo

editorial

EXEMPLO A SER SEGUIDOIdealizar, projetar, é simples. Difícil é executar,

principalmente no setor público. Ideias e projetos se

arrastam por anos e nada acontece. Mas, de repente, entra

na equipe do governo do estado um executivo de primeira

grandeza, engenheiro de carreira da Petrobras que faz

acontecer e gosta de desafios porque sabe superá-los.

Esse executivo é Wagner Victer, atual presidente da

Nova CEDAE, que assumiu a empresa com o sonho de

poder voltar a mergulhar nas águas da Baía de Guanabara.

Tratando-se de Victer, os cariocas podem ter certeza de

que esse sonho vai se tornar realidade.

Quando assumiu a Secretaria de Estado de Energia, da

Indústria Naval e Petróleo – SEINP, lançou a campanha “A

Refinaria é Nossa” com o objetivo de dar ao Rio uma opção

de arrecadação quando as reservas de petróleo de Campos

se extinguissem. As pressões foram enormes, de todos

os lados, mas Victer não esmoreceu e conseguiu garantir

para Itaboraí, no estado, a implantação do Complexo

Petroquímico do Rio de Janeiro.

Ao assumir a Cedae, imediatamente trocou o nome da

companhia por Nova CEDAE, em uma demonstração de

que a população poderia apostar na mudança. E começou

a trabalhar. Profissional competente, Victer conseguiu

transformar em lucrativa uma empresa deficitária,

num curto espaço de tempo e com a mesma equipe. Ele

cuida, simultaneamente, da reestruturação interna da

companhia e da execução de projetos de saneamento que

as equipes técnicas tinham feito adormecer nas gavetas.

Como a empresa não tinha condições de buscar

financiamentos, Victer viu no Programa de Aceleração do

Crescimento (PAC) a saída para investir. A Nova CEDAE foi

a primeira a apresentar projetos e obter recursos do PAC.

Obras paralisadas foram retomadas e hoje mais de R$ 3

bilhões estão sendo investidos em saneamento no estado.

Em julho último, a Nova CEDAE assinou um contrato

de financiamento com a Caixa Econômica Federal no

valor de R$ 587 milhões. Quase 70% desses recursos

serão destinados a obras de saneamento na Região

Metropolitana, o que certamente ajudará, em muito,

a campanha do Rio de Janeiro para sediar os Jogos

Olímpicos de 2016. E, com certeza, as cidades de São

Gonçalo, Duque de Caxias e São João de Meriti sairão

da lista das dez piores em serviços de saneamento

básico.

As intervenções desenvolvidas no entorno da Baía de

Guanabara e nos bairros da Barra da Tijuca, Recreio dos

Bandeirantes, Jacarepaguá e Zona Oeste do Rio garantem

que, ao final deste primeiro governo de Sérgio Cabral, a

população carioca poderá comemorar a balneabilidade

da Baía de Guanabara e das lagoas da Barra da Tijuca e

Jacarepaguá, como já está comemorando a qualidade das

águas da Lagoa Rodrigo de Freitas.

Francis Bogossian,

presidente

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01 Construir | Agosto 2009

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índice

expedienteDiretoria 2008-2011: Presidente Francis Bogossian (Geomecânica); Vice-Presidente Eduardo Backheuser (Carioca); Diretor Administrativo-Financeiro Carlos Brizzi (Dimensional); Diretores Alberto Quintaes, (Andrade Gutierrez S.A.); Antonio Machado Evangelho, (Vile Romi); Gustavo Souza (Queiroz Galvão); Jefferson Paes de Figueiredo Filho (Darwin); Marcelo Sengés Carneiro (Tecnosolo); Moysés Spilberg, (Spil); Reginaldo Assunção Silva (OAS); Ricardo Araujo Farah, (Sanedraga); Conselho Consultivo-Fiscal Hécio Luiz da Silveira Gomes, (HG Engenharia); João Borba Filho, (Norberto Odebrecht); João de Deus Vaz da Silva Neto (Arkhe); Luiz Carlos de Carvalho, (Medeiros); Luiz Batista Girardi (RL2); Diretor Executivo João Américo Gentile de Carvalho Mello Gerente de Comunicação e Marketing Ana Maria Leite Barbosa

AEERJ - Associação das Empresas de Engenharia do Rio de Janeiro | Av. Rio Branco, 124 - 7º andar | Rio de Janeiro - RJCEP 20040-001 | Tel.: 55 21 3970.3339 Fax: 55 21 3970.3375 | [email protected] | www.aeerj.com.br

A Revista Construir é uma publicação da AEERJ - Associação das Empresas de Engenharia do Rio de Janeiro, produzida pela Banjo Editora e Cria Caso Publicações Customizadas. Os artigos, fotografias e matérias assinadas são de responsabilidade dos respectivos autores e não refletem necessariamente a opinião da AEERJ.

Editora Antonia Leite Barbosa | Diretora de Criação Mariana Nahoum | Repórter Verônica Coutinho | Copidesque Kathia Ferreira Foto da capa Alex Santana | Fotos dos eventos Fernando Alvim

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Eventos da AEERJ

Investimentos na Nova CEDAE se refletem na melhoria dos serviços

Perfil: quem é o executivo que lidera as mudanças na Nova CEDAE

Wagner Victer e os desafiospara sanear o Rio

Governador, vice e executivos falam sobre o novo gestor da Companhia Estadual de Águas e Esgotos

Técnico: Carlos Brizzi

Governo Cabral investe US$ 327 milhões na despoluição da Baía

PAC da Baixada atenderá sete municípios do Rio com água limpa e esgoto tratado

Obras na Barra, Recreio e Jacarepaguá beneficiam milhares de moradores

Lagoa Rodrigo de Freitas de águas limpas

Artigo: Paulo Roberto Vilela Dias

Eleições no Clube de Engenharia

Crônica

02 Construir | Agosto 2009

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04 Construir | Agosto 2009

eventos da aeerj

VILELA DIASPETROBRAS

* Inclui Investimentos no Brasil e no Exterior | ** US$ 17,0 bi em Exploração

43,4

11,8

5,6

3,0 2,8 3,2

104,6**

PN 2009-13 | Período 2009-2013 *

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CONFRATERNIZAçÃODE FIM DE ANO

A confraternização de final de ano reuniu autoridades e associados para um almoço na AEERJ. Entre eles estavam Marilene Ramos, secretária do Ambiente, e Angela Fonti, presidente da Comlurb, na foto com Francis e Carlos Brizzi (Dimensional)

Paulo Roberto Vilela Dias, presidente do IBEC, esteve na AEERJ para explicar o novo conceito de BDI, em palestra para os associados seguida de almoço. Durante o encontro, trocou idéias com Jefferson (Darwin) e Nelson Castelo Branco (SMO)

Diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa apresentou aos associados da AEERJ o plano de negócios da empresa, descrevendo, em detalhes, como serão aplicados os US$ 174,4 bilhões (gráfico). Na foto, Paulo Roberto conversa com Luciana Reis (Carioca) e Adauto (Studio G)

E&P

RTC

G&E

PETROQUÍMICA

DISTRIBUIÇÃO

BIOCOMBUSTÍVEIS

CORPORATIVO

US$ 174,4 BILHÕES

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gestão

Contas de luz e telefone vencidas, celulares desligados

por falta de pagamento, sede com ordem de despejo

e fluxo de caixa negativo de R$ 30 milhões. Esse foi o

cenário encontrado por Wagner Victer quando assumiu,

em janeiro de 2007, a presidência da Nova CEDAE,

empresa que administra uma rede de abastecimento

de água para cerca de 9 milhões de pessoas e efetua

esgotamento sanitário para aproximadamente 5 milhões

de moradores do Estado do Rio de Janeiro.

Dois anos e meio depois, a estatal, que acrescentou o

nome “Nova” e mudou a logomarca, vive outra realidade.

A arrecadação mensal aumentou 65%, o fluxo de caixa

está positivo em cerca de R$ 40 milhões e a empresa

está gerenciando um ambicioso conjunto de obras

financiadas pelo governo federal que mudará a realidade

de milhões de moradores da capital e do interior do

estado. Internamente, entre outros investimentos

nos recursos humanos, os funcionários da empresa

R E D U Ç Ã O D E C U S T O S , C O M B AT E A O S “ G AT O S ” E À S L I G A Ç Õ E S C L A N D E S T I N A S

A C A B A R A M C O M D É F I C I T N A C E DA E

06 Construir | Agosto 2009

Victer e funcionários da Nova CEDAE realizando serviço de rotina em logradouro público do Rio

EMPRESA RECEBE PRÊMIOS E INAUGUR A UNIV ERSIDADE CORPOR ATIVA

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passaram a contar, a partir de junho de 2009, com uma

Universidade Corporativa, a UniverCedae.

Presidente da Nova CEDAE, Wagner Victer conta

que a reestruturação só deu certo porque envolveu toda

a sociedade. “Precisávamos ampliar receitas, reduzir

custos, modernizar processos e melhorar a comunicação

com a sociedade”, afirma. Victer lembra que a mudança

da marca foi parte do plano estratégico realizado em

parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV) e com

a participação da Associação Comercial do Rio de

Janeiro, da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro

e da Associação das Empresas de Engenharia do Rio de

Janeiro (AEERJ), entre outras entidades.

Entre as medidas que a nova direção da empresa

tomou para voltar a operar no azul estão as operações

de combate às ligações clandestinas, conhecidas

como “gatos”, iniciadas em 2007. Os números são

expressivos. Em dois anos, foram mais de 4.500

operações, resultado do trabalho dos técnicos da

Assessoria de Segurança Empresarial da companhia

em conjunto com a Delegacia de Defesa dos Serviços

Delegados (DDSD). “Desde que assumi a Nova CEDAE,

uma das minhas prioridades é caçar e combater todos

os ‘gatos’ feitos na rede da companhia. Além de causar

grande prejuízo aos cofres da empresa, essas ligações

contribuem para desabastecer algumas localidades.

Não toleraremos esse tipo de ação”, afirma Victer.

Outras medidas mais recentes, como a cobrança

pelos serviços de tratamento do lodo (resíduo tratado

quimicamente), despejado por caminhões limpa-fossas

na ETE Alegria, e do chorume (líquido poluente resultante

do apodrecimento de matérias orgânicas) produzido em

lixões e aterros sanitários e entregue à ETE Pavuna,

fazem parte da nova fase da empresa, que voltou a ter

características empresariais. Os serviços têm rendido

cerca de R$ 2 milhões anuais e garantem maior proteção

ao meio ambiente.

Wagner Victer ressalta os investimentos em pessoal

que a empresa está fazendo, além dos previstos para

qualificação, através da Universidade Corportiva. “O plano

de saúde era deficitário, não atendia bem aos servidores.

Zeramos o déficit em dois anos, estamos modernizando

a frota de veículos, realizando as correções salariais e,

em breve, anunciaremos um novo Plano de Cargos e

Salários”, enumera.

A Nova CEDAE fatura aproximadamente R$ 125

milhões por mês, atende a 65 dos 92 municípios do

estado com abastecimento de água e 17 com rede de

esgoto, através do gerenciamento de seis estações de

Tratamento de Esgotos: Penha, Ilha do Governador,

07 Construir | Agosto 2009

PRECISÁVAMOS AMPLIAR RECEITAS, REDUZIR CUSTOS,

MODERNIZAR PROCESSOS E MELHORAR A COMUNICAÇÃO

COM A SOCIEDADE

Servidores da Nova CEDAE realizam obras do programa de saneamento da Barra da Tijuca

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08 Construir | Agosto 2009

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ação

A sede da Universidade Corporativa da Nova CEDAE

Alunos da UniverCedaeAlegria, Pavuna, São Gonçalo e Sarapuí.

O abastecimento de água dos municípios integrantes

da bacia da Baía de Guanabara é realizado através de

seis sistemas. Um integra o Rio de Janeiro e a Baixada

Fluminense; outro engloba Niterói e São Gonçalo e atende

ao distrito de Itambí e Porto das Caixas, em Itaboraí.

Mais quatro sistemas isolados atendem aos municípios

de Itaboraí, Magé, Cachoeiras de Macacu e Rio Bonito.

De acordo com Victer, pela primeira vez nos objetivos

da Nova CEDAE foram incluídas questões relativas à

rentabilidade e à satisfação de clientes e acionistas. “A

Nova CEDAE não é uma empresa qualquer e a situação

em que ela se encontrava quando assumi é decorrência

de 30 anos de desmandos, de sua utilização para fins

políticos. O que ocorreu foi uma completa desestruturação

da companhia e, como não poderia deixar de ser, a perda

de foco naquilo que é seu objetivo final: a satisfação dos

seus clientes e acionistas.”

O novo modelo de gestão, elaborado com assessoria e

metodologia da FGV, contou com três pontos que compõem

a visão da Nova CEDAE: imagem, autossustentação

e universalização dos serviços. Com o primeiro item

pretende-se que ela seja reconhecida pela excelência na

prestação de serviços e pelo pleno atendimento às normas

junto aos órgãos ambientais. O segundo visa autonomia

orçamentária e financeira, capacidade de investimento e

acesso da companhia ao mercado de capitais. O terceiro

ressalta a ideia de que a Nova CEDAE possa prover

abastecimento de água e coleta, tratamento e disposição

final dos esgotos das áreas de concessão.

Dentre os pontos críticos levantados pelo plano de

reconstrução da companhia estavam o baixo índice de

hidrometação (que mede a instalação de hidrômetros),

o alto índice de perdas e de evasão de receitas e

inadimplência, a falta de capacidade de investimento e o

crescimento exponencial de causas judiciais.

Outra ação importante para tornar a empresa

rentável era conseguir aumentar a sua fonte de renda.

“Era fundamental revertermos o alto índice de evasão de

receitas e inadimplência. Quando assumi, arrecadávamos

somente 30% do abastecimento de água. Assim, apesar

de um faturamento de R$ 1,8 bilhão, tínhamos um

resultado líquido negativo de R$ 245 milhões”, relata o

presidente da Nova CEDAE.

As causas judiciais também têm um peso expressivo

na situação da companhia. Em 2007, foram gastos

R$ 100 milhões com ações trabalhistas e de

consumidores na Justiça. “E esses eram apenas alguns

pontos críticos. Tivemos e ainda temos muito trabalho

pela frente”, diz Victer.

Pelos reconhecidos investimentos da empresa no

ser humano e pela divulgação de balanços sociais de

forma transparente, inclusive no tocante às práticas

contábeis, o Conselho Regional de Contabilidade

(CRC-RJ) distinguiu a Nova CEDAE com o Certificado

de Empresa Cidadã. No mês de junho, a companhia

recebeu o 1˚ Prêmio de Sustentabilidade da Associação

Comercial do Rio de Janeiro. “Concorremos competindo

com empresas privadas”, orgulha-se o presidente. Outro

título que alegra Victer é o de Empresa Amiga da Criança,

concedido pela Fundação Abrinq.

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EMPRESA PREVÊ MAIS DE MIL ADESÕES À UNIVERCEDAE

Um dos maiores orgulhos da presidência da Nova

CEDAE, a Universidade Corporativa tem como meta

capacitar novos e antigos servidores, na busca pela

eficiência da gestão de seus recursos humanos. O

foco principal dos cursos de aperfeiçoamento está na

excelência da prestação de serviços de abastecimento

de água e de coleta, transporte, tratamento e destinação

final dos esgotos sanitários.

A unidade será um polo cultural dinâmico, com

seminários, palestras e cursos de qualificação e

de treinamento básico e de pós-graduação. Grande

parte dos cursos terá como instrutores os próprios

funcionários da Nova CEDAE – inclusive os inativos,

que poderão repassar seus conhecimentos a todos os

empregados.

Instalada em São Cristóvão, na Zona Norte, num

prédio de quatro andares construído em 1935 e

totalmente restaurado por funcionários da Nova CEDAE,

a Universidade Corporativa concentrará as gerências

da empresa voltadas para treinamento, recrutamento,

seleção e inovação tecnológica.

Com capacidade para treinar até 500 funcionários

por dia, o centro tem cerca de mil metros quadrados,

oito espaços multifuncionais – um específico para

treinamento em informática – e um auditório com

capacidade para receber cem pessoas, com equipamento

de última geração. No hall, será construído um espaço

cultural que abrigará um acervo histórico de peças e

materiais utilizados ao longo da existência dos serviços

de saneamento no Estado do Rio de Janeiro.

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Wagner Victer e Sergio Cabral brindam à Nova CEDAE

WA G N E R V I C T E R , U M H O M E M O B C E C A D O P O R R E A L I Z A R

perfil

ENGENHEIRO ESTEV E À FRENTE DOS M A IS IMPORTA NTES PROJETOS DE DESEN VOLVIMENTO DO ESTADO DO RIO

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Wagner Granja Victer é carioca, nascido na Ilha do

Governador. Formado em Engenharia pela Universidade

Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e em Administração de

Empresas pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro

(UERJ), é pós-graduado em Finanças pela Fundação

Getulio Vargas (FGV-RJ) e em Análise e Gerência de

Projetos pela Universidade de Harvard (EUA). Suas

habilidades para implantar e gerenciar empreendimentos,

aliadas à obsessão pela realização e pela qualidade,

levaram esse fanático torcedor do Fluminense – hoje

presidente da Nova CEADE – à gênese de alguns dos

principais projetos voltados para o desenvolvimento do

Estado do Rio de Janeiro.

Funcionário de carreira da Petrobras, empresa da qual

foi gerente de Contratação e Planejamento no Serviço de

Engenharia – implementando projetos de produção de

petróleo off-shore e na área de dutos –, Victer também

trabalhou na LIGHT e no Grupo GERDAU. No setor público,

antes de assumir a presidência da Nova CEDAE, foi secretário

de Energia, da Indústria Naval e do Petróleo do governo do

Estado do Rio de Janeiro (SEINP), de janeiro de 1999 a abril

de 2002 e de janeiro de 2003 a dezembro de 2006.

Atualmente, Victer é, além de presidente da Nova CEDAE,

diretor da Região Sudeste e vice-presidente do Fórum

Nacional de Secretários de Energia e membro do Conselho

Nacional de Política Energética (CNPE), representando todos

os estados junto à Federação.

Entre os projetos do qual participou, destaca a

viabilização da primeira planta de petroquímica do Brasil

à base de gás natural, o Pologásquímico, em Duque de

Caxias, empreendimento de US$ 1,2 bilhão que entrou em

operação em 2005, além da revitalização e retomada de

um segmento industrial sucateado no passado: a indústria

naval fluminense. Os principais estaleiros do estado

(Verolme, Mauá, Militar, Caneco, Mac Laren, Caximbau,

EBIN e Cruzeiro do Sul) foram reabertos. Novos estaleiros

foram abertos e revitalizados (EISA, Promar, Transnave,

Ultratec), com a criação, até 2006, de mais de 30 mil

empregos diretos e 120 mil indiretos.

Victer coordenou a mobilização e as discussões técnicas

para a criação, em 2001, através de projeto de lei federal, da

Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ). Ele

se orgulha de ter participado também da gestação do projeto

de implantação do Porto do Açu – em São João da Barra, no

norte fluminense, próximo aos campos de petróleo offshore

– realizada pela LLX, operadora portuária, braço de logística

das empresas do grupo EBX. E da negociação de atração da

Siderúrgica do Atlântico (CSA), da alemã ThyssenKroupp, em

fase final de construção em Santa Cruz, Zona Oeste do Rio.

Wagner Victer coordenou e integrou dezenas de outros

projetos. Entre eles, sobressai a elaboração do processo de

viabilização de uma nova refinaria no estado, o Complexo

Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), em Itaboraí. Na

sua gestão na SEINP, mais de 40 operadoras (produtoras)

de petróleo instalaram sedes no estado e foram projetados

e abertos importantes Centros de Tecnologia para o

setor petroquímico, como o Laboratório de Engenharia

e Exploração de Petróleo (LENEP), em Macaé, o Tanque

Oceânico da Ilha do Fundão e o Centro de Tecnologia em

Dutos (CTDUT), em Caxias.

Victer concebeu e iniciou a implantação, em Paracambi,

do Centro Tecnológico Universitário da Baixada, para

a FAETEC, e da Universidade Estadual da Zona Oeste

(UEZO), na capital fluminense. Foi ainda responsável pela

interiorização da oferta de gás natural para 32 municípios

do estado, além de coordenar a elaboração e a implantação

do Plano Estadual de Gás Natural.

O então secretário coordenou a implementação do Gás

Natural Veicular (GNV) no estado. De 1999 a 2006, aumentou

de 19 para 450 a quantidade de postos no Rio, cerca de 40% do

total existente em todo o país na ocasião, tornando o projeto

referência nacional, com 500 mil veículos convertidos.

Foi de Victer a coordenação do projeto de reversão do

quadro de fragilidade na geração elétrica pelo estado. Em

janeiro de 1999, o Rio importava 60% de energia de outros

estados. Em 2006, após a implantação de termoelétricas,

tornou-se autossuficiente e desenvolveu projetos que

levaram o estado a ser um potencial exportador. Implantou

também o Programa de Eletrificação Rural no interior

fluminense, quando mais de 50 mil propriedades rurais

foram conectadas em 90 municípios.

À frente da secretaria estadual, participou da retomada

do setor mineral; da coordenação do Programa Estudante

na Energia, do Prêmio Qualidade Rio e do Prêmio de

Qualidade para Microempresas – Top Empresarial, em

conjunto com o Grupo Gerdau, a FIRJAN e o SEBRAE;

da concepção da Delegacia Especializada de Combate

a Fraudes nos Serviços Concedidos; da Delegacia

Antipirataria; de Programas Sociais e Culturais na Energia,

como a nova iluminação do palco do Teatro Municipal, a

iluminação cênica de mais de 10 igrejas e a eletrificação

de 300 escolas.

Também contaram com a participação de Victer a

revitalização dos portos do Rio de Janeiro; o Programa

de Energias Alternativas (eletrificação, via energia solar,

em 60 escolas de comunidades); o Centro Tecnológico

de Energia; o Polo Náutico da Baía de Ilha Grande; e

a atração do Congresso Mundial de Petróleo – World

Petroleum Congress, em 2002, considerado o mais

expressivo do setor.

11 Construir | Agosto 2009

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entrevista

12 Construir | Agosto 2009

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WAGNER VICTER: UM EXECUTIVO QUE TEM O DESAFIO COMO COMBUSTÍVEL

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Construir: Em que circunstâncias o senhor foi escolhido

para presidir a Nova CEDAE e quais os maiores

obstáculos enfrentados para modificar a situação de

penúria em que a empresa se encontrava?

Victer: Fui coordenador do programa do governador

Sérgio Cabral. Na época da transição, ele me convidou

para assumir um cargo na sua administração. Eu tinha

recebido uma excelente proposta da iniciativa privada

e, num primeiro momento, declinei. Mas o apelo do

governador e de sua família e o enorme desafio de

devolver à Nova CEDAE sua característica empresarial

me fizeram aceitar o convite. Quando assumi, a empresa

estava completamente desestruturada, era preciso

realizar um planejamento estratégico, o que não era feito

há 20 anos.

Construir: Que medida o senhor considerou prioritária para

o início do processo de reestruturação da Nova CEDAE?

Victer: Comparo a Nova CEDAE, em 2007, a um navio

com dezenas de furos. De nada adiantava taparmos

alguns buracos e deixar outros abertos, comprometendo

a flutuabilidade. Identificamos a necessidade de

implementar mais de 80 projetos, com a ajuda da

Fundação Getulio Vargas, e tivemos que conduzi-

los simultaneamente. Trabalhamos 24 horas por dia

para dar início aos processos, todos, atualmente, em

andamento e funcionando bem.

Construir: A sua administração está dando atenção

especial aos programas de combate à inadimplência,

ao furto de água e às ligações clandestinas, além da

redução de custos operacionais. Qual a importância

desses programas no desenvolvimento da companhia?

Victer: Fundamental. Essas ações lastrearam o processo

de saúde financeira e possibilitaram que a empresa

começasse a pagar os enormes passivos. A situação

WAGNER VICTER DEFINE COMO PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DE SUA PERSONALIDADE A IMPACIÊNCIA, A PERSEVERANÇA, “CONFUNDIDA COM CHATICE”, E A OBSESSÃO EM REALIZAR. O DESAFIO, ADMITE, É UM DE SEUS PRINCIPAIS COMBUSTÍVEIS PARA AGIR. E, PARA ATINGIR METAS, NA MAIORIA DAS VEZES DE DIFÍCIL EXECUÇÃO, TEM UM MODO PECULIAR DE TRABALHAR, CONSEQUÊNCIA DO ALTO NÍVEL DE ENGAJAMENTO NOS PROJETOS DOS QUAIS PARTICIPA. TODOS OS DIAS ELE, LITERALMENTE, VESTE A CAMISA DA EMPRESA, E NÃO SÓ A CAMISA: A CALÇA E AS BOTAS NEGRAS TAMBÉM, OU SEJA, O UNIFORME COMPLETO USADO PELOS OPERÁRIOS DA NOVA CEDAE.

NA PORTA DE SEU GABINETE, VICTER AFIXOU UM BANNER ONDE SE LEEM OS 15 “MANDAMENTOS DO PRESIDENTE DA NOVA CEDAE”, UM MANUAL QUE TRADUZ O ESTILO E O LEMA DE SUA GESTÃO: “DIFÍCIL É O QUE NÃO QUEREMOS FAZER”. SUA ROTINA INCLUI RESPONDER AOS DIVERSOS E-MAILS QUE RECEBE DA POPULAÇÃO, ATENDER, EVENTUALMENTE, AOS TELEFONEMAS DO CALL CENTER E VISTORIAR AS ESTAÇÕES DA EMPRESA NOS FINAIS DE SEMANA.

O HOMEM QUE TRANSFORMOU A NOVA CEDAE FALA, EM ENTREVISTA À CONSTRUIR, SOBRE O PROCESSO QUE COLOCOU A EMPRESA NO RUMO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E TORNOU-A CAPACITADA PARA SER O BRAÇO EXECUTOR DO ARROJADO PROGRAMA DE OBRAS DO GOVERNO FEDERAL PREVISTO NO PAC, MUITAS DELAS EXECUTADAS POR EMPRESAS ASSOCIADAS À AEERJ.

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econômica ainda não é boa, mas a financeira está

equacionada. Hoje trabalhamos melhor, somos mais

ágeis e podemos investir em melhorias. Os serviços

solicitados pela população, antes solucionados em

prazo não inferior a 16 dias, atualmente são executados

no máximo em 48 horas. Tudo isso possibilitou à Nova

CEDAE estar com 200 frentes de obras – grandes, como

as do PAC, e pequenas, como as de modernização de

redes em logradouros públicos.

Construir: Que outras mudanças o senhor considera

representativas da nova fase da empresa?

Victer: É importante ressaltar a liberdade irrestrita

que tive para escolher minha equipe e o apoio total do

governador Sérgio Cabral e do secretário de Obras, Pezão,

que me possibilitaram trabalhar. Na área de planejamento e

projetos destaco o fato de termos sido a primeira empresa

a aprovar projetos e se qualificar para a obtenção de

recursos para realizar obras do PAC. A Nova CEDAE nunca

havia conseguido financiamentos federais antes, muito

menos com a maior parte dos projetos elaborados in

house (por equipes da empresa). Na área administrativa,

ressalto o fato de ter a PricewaterhouseCoopers, uma

das Big Four do mercado de auditoria, como auditora

independente da Nova CEDAE. Companhias como esta

se recusavam a participar de licitações na empresa. Em

relação à governança, orgulho-me de ter um Conselho

de Administração independente, integrado por dois

profissionais de renome da iniciativa privada: Aristides

Corbellini, diretor de Siderurgia da Vale e ex-presidente

da Companhia Siderúrgica do Atlântico (TKCSA), e Sidney

Levy, presidente da American Banknote.

Construir: As grandes obras gerenciadas pela Nova

CEDAE serão um diferencial para a aprovação da

candidatura do Rio à sede das Olimpíadas de 2016?

Victer: Certamente. Na apresentação da candidatura

do Rio, realizada pelo governador Sérgio Cabral e

pelo prefeito Eduardo Paes, estavam presentes quatro

técnicos. Eu era um deles. Ao final, os membros

do Comitê Olímpico quebraram o protocolo e nos

aplaudiram de pé. A água da Nova CEDAE foi distribuída

para todos os atletas dos Jogos Pan-Americanos. Fatos

como este, e a percepção de que as esferas de poder

envolvidas estão unidas em torno de objetivos comuns,

são um trunfo. A Lagoa Rodrigo de Freitas estava suja

na época do Pan, o que atrapalhou as competições

de remo. A despoluição da Lagoa é uma de minhas

obsessões, tanto quanto o saneamento da Barra e da

Baía de Guanabara. Chamaram-me de louco quando eu

disse que limparia as suas águas, mas o resultado do

nosso trabalho já é visível.

Construir: Que impactos as obras de saneamento

da Baixada terão para os habitantes dos municípios

beneficiados?

Victer: Os moradores desses municípios estavam

bastante desiludidos com os resultados das obras que

vinham sendo realizadas. Nossa gestão tem muita

preocupação com o resultado. Não basta terminar

as obras, é preciso que elas atendam às expectativas

dos beneficiados. Um dos exemplos era a Estação

Alegria, um monumento às obras paralisadas no Rio.

Muitos duvidavam de que ela funcionaria. Provamos

que é possível.

Construir: Em função da histórica falta de investimentos

no estado e apesar das várias intervenções em

andamento e previstas na inédita parceria entre os

governos federal, estadual e municipal, há muito ainda

por fazer para promover o desenvolvimento sustentável

do estado. Que intervenções são necessárias?

Victer: É fundamental envolver a sociedade nesse

processo. Não devemos perguntar apenas o que

os governos devem fazer, mas o que nós, como

população, podemos fazer pelo meio ambiente. Muitos

cobram dos governos a despoluição, mas continuam

jogando cotonetes, preservativos e fio dental no vaso

NÃO BASTA TERMINAR AS OBRAS, É PRECISO QUE ELAS ATENDAM

ÀS EXPECTATIVAS DOS BENEFICIADOS

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entrevista

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AF ANUN CONSTRUIR.pdf 07/07/2009 15:52:34

sanitário, óleo de fritura na pia e não limpando as

caixas de gordura ou jogando os resíduos nos rios e

lagoas, além de realizarem ligações clandestinas na

rede de águas pluviais. Sou favorável a uma legislação

mais firme para combater esses delitos. Estou

convencido de que a parte do cérebro mais ligada à

sustentabilidade é o bolso.

Construir: Que marca o senhor acredita que deixará

como gestor da Nova CEDAE?

Victer: Estou realizando mais do que sonhei, mas muito menos do que gostaria. Quero que a Nova CEDAE seja uma empresa cada vez mais preocupada com a melhoria contínua e comprometida com os resultados empresariais e com o seu cliente principal, a população do Estado do Rio de Janeiro.

Equipe da Nova CEDAE realiza reparo em tubulação: atendimentos hoje são feitos em até 48h

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depoimentos

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O QUE ELES

DIZEM SOBRE

WAGNER V ICTER

JOSÉ DOMINGOS VARGAS, SUPERINTENDENTE REGIONAL,

SUPERINTENDÊNCIA RIO DE JANEIRO SUL DA CAIXA ECONÔMICA

FEDERAL“Quem conhece Wagner Victer sabe do profissional que

ele é, reconhecido no mercado como gestor técnico competente,

de alta capacidade e com uma qualidade ímpar: a obstinação.

À frente da Nova CEDAE desde 2007, vem desenvolvendo um

excelente trabalho de gestão, contribuindo para a modernização da

companhia e a valorização do seu corpo técnico. Como presidente

da Nova CEDAE, programou ações e estratégias visando à

implementação de um novo perfil administrativo e comercial da

empresa. Victer deu um passo importante quando promoveu o

plano de reestruturação e modernização da companhia. Parabéns

ao Victer e a todo o seu corpo

funcional.”

LUIZ FERNANDO PEZÃO,

VICE-GOVERNADOR E

SECRETÁRIO ESTADUAL

DE OBRAS “O Victer é

um competente gestor, e

a Nova CEDAE tem dado

show de eficiência, avan-

çando na consolidação

de uma empresa mo-

derna e competitiva. Os

resultados comprovam

minhas palavras. Ele e

sua também competente

equipe conseguiram co-

locar a casa em ordem,

priorizando investimen-

tos em meio ambiente e

em saneamento básico,

na capital e no interior.

ARISTIDES CORBELLINI, DIRETOR DE SIDERURGIA DA VALE

E MEMBRO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DA NOVA

CEDAE “Não vou me alongar sobre as intensas atividades

e as inúmeras obras concluídas. O que talvez não seja tão

evidente é que o Conselho de Administração da empresa,

do qual me orgulho de ser membro, mudou radicalmente

sua atuação e foi o Wagner que assim o quis. Quando fui

convidado para ser conselheiro, muita gente achava que eu

estava maluco em aceitar. Quando tenho a oportunidade

de estar presente em eventos como a inauguração da ETE

da Barra, sinto que valeu o desafio, valeu o meu tempo e,

mais que tudo, valeu o sentimento de que a Nova CEDAE se

tornou uma empresa

eficiente e respeitada,

que presta um serviço

digno ao cidadão.

Parabéns, Wagner!”

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EIKE BATISTA, EMPRESÁRIO,

PRESIDENTE DO GRUPO EBX

“Wagner Victer é um fantástico

CEO, tocador de obras, ele faz

acontecer. Tenho um enorme

respeito e admiração por ele.”

SÉRGIO CABRAL, GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO

DE JANEIRO “Victer é um dos maiores executivos do

setor público de toda a história do Rio de Janeiro. Alia

capacidade técnica,

ética e sensibilidade

social. É uma honra

tê-lo em nosso

governo.”

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No Brasil, a maioria das licitações de obras públicas é de empreitada por preço unitário, e os orçamentos dessas obras, que deveriam ser peças técnicas de engenharia, não são, pois não atendem completamente à legislação, induzindo assim os futuros contratados a ficarem à margem das exigências legais. A administração pública tem a obrigação e o dever de orçar as obras no menor custo possível, porém antes desse custo, da escolha da tecnologia e de procedimentos executivos viáveis, é fundamental seguir projetos e especificações e, na falta de alguma informação, adotar critério coerente, pensar na futura execução dentro das Normas Técnicas e da legalidade, contemplando a totalidade e a especificidade dos serviços e subserviços necessários à total e completa execução da obra. A seguir, a lista de algumas importantes omissões:

1 – EDITAIS COM ORÇAMENTO SEM REGISTRO DA RESPONSABILIDADE DO PROFISSIONAL – CONFEA/CREA – Habilitação profissional. Os orçamentos contidos nos editais não são assinados por profissionais habilitados com seus respectivos números do CREA e tampouco constam as Anotação de Responsabilidade Técnica (Arts) de cargo e função perante o CREA. Registre-se que a LDO de 2009 já está exigindo a ART.

2 – ORÇAMENTOS NÃO CONTEMPLAM TODOS OS CUSTOS NECESSÁRIOS – Lei 8.666 e suas alterações, art. 7º, parágrafo 2º, item II e parágrafo 4º. Os orçamentos, na sua maioria, não contêm planilhas que expressem e componham TODOS os seus custos unitários, e, muitas vezes, os quantitativos dos serviços principais não correspondem às previsões reais do projeto básico (plantas) e, principalmente, os quantitativos dos subserviços necessários à execução dos serviços principais são subdimensionados ou não existem. Somando-se a isso, muitas das composições escolhidas não condizem com as especificações dos serviços e nem com a peculiaridade de cada local onde serão realizados os trabalhos, que, muitas vezes, implica produtividades mais baixas e/ou necessidades especiais de trabalhos e/ou serviços em horários extraordinários.

3 – ORÇAMENTOS NÃO CONTEMPLAM AS DETERMINAÇÕES DOS ACORDOS SINDICAIS – Lei 7.418/85, acordo sindical, artigo 166 da CLT, NR-6, e Lei 8.666, art. 12, item VI. Os orçamentos não contemplam vale-

transporte, vale-refeição, café da manhã, seguro de vida e Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), tais como capacetes, botas, máscaras etc., itens fundamentais para a melhoria de vida e segurança do trabalhador.

4 – ORÇAMENTOS COM EPCs EM QUANTIDADES INSUFICIENTES – Lei 8.666 e suas alterações, art. 12, item VI. Os orçamentos não contêm – ou contêm em quantidade insuficiente – os Equipamentos de Proteção Coletiva (EPCs), fundamentais para a segurança do trabalhador e do público que transita nos locais das obras, tais como cercas, passarelas etc.

5 – PROJETOS BÁSICOS COM ELEMENTOS INSUFICIENTES PARA ORÇAMENTAÇÃO – Lei 8.666 e suas alterações, art. 6º, item IX. Os orçamentos são baseados em projetos básicos que não contêm um conjunto de elementos necessários e suficientes, com nível de precisão, para a caracterização da obra objeto da licitação e que possibilite a avaliação do seu custo com a definição dos métodos construtivos e dos prazos de execução.

6 – ORÇAMENTOS NÃO CONTEMPLAM AS EXIGÊNCIAS DO MINISTÉRIO DO TRABALHO – IN 0003/05 Ministério do Trabalho.Os orçamentos não contemplam a implantação dos canteiros de obras e suas instalações de acordo com as exigências legais, tipo escritórios insuficientes, número de chuveiros, vasos, locais e quantidade de armários, área de refeitório etc., que são vitais para a saúde, vivência e conforto dos trabalhadores.

7 – ORÇAMENTOS COM ADMINISTRAÇÃO LOCAL INSUFICIENTE – CONFEA/CREA e Acórdão TCU nº 325/07. Os orçamentos não contêm – ou contêm em quantidades insuficientes – a administração local em planilhas abertas e transparentes, com engenheiros nas modalidades exigidas pelo CREA, técnicos de construção civil e de segurança, médicos, quando for necessário, mestres de obras, encarregados, vigias, pessoal de limpeza para a perfeita higiene dos locais, compatível com as necessidades de ordem técnica e da gestão responsável.

8 – FALTA COMPATIBILIZAÇÃO ENTRE AS DIVERSAS PEÇAS DO EDITAL – Lei 8.666 e suas alterações. Não existe uma compatibilização entre o que é projetado, o que consta no memorial descritivo e o que é orçado. O projeto básico e o orçamento são simples, enquanto as

TÉCNICODiretor Administrativo-financeiro da AEERJ e Presidente da

Comissão de Obras Públicas do Sinduscon-Rio

ORÇAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS, UMA PEÇA DE FICÇÃO

por carlos brizzi

O QUE FOI POSSÍVEL EXECUTAR COM O VALOR

DO ORÇAMENTO O QUE O CLIENTE PENSOU O QUE FOI PROJETADO

A EXIGÊNCIA DO MEMORIAL DESCRITIVO O QUE FOI ORÇADO

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especificações e o memorial descritivo são complexos, o que, somado ao contrato, gera obrigações contratuais de um rigor desproporcional à sua contrapartida no orçamento.

9 – ORÇAMENTOS NÃO CONTEMPLAM AS EXIGÊNCIAS LEGAIS – ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) – E AS EXIGÊNCIAS AMBIENTAIS. Os serviços orçados não contemplam – ou contemplam em quantidades insuficientes – as exigências contidas nas Normas Técnicas e as exigências ambientais. Por exemplo, valas escavadas com profundidades acima de 1,25m devem ser 100% escoradas para segurança do trabalhador, e o bota-fora só deve ser feito em locais licenciados.

10 – ORÇAMENTOS COM PREÇOS COM DATA-BASE DEFASADA – Lei 8.666 e suas alterações, art. 40, item XI, e Lei 10.192/01. Os orçamentos das obras devem ser atualizados o mais próximo possível da data da divulgação do edital, e o contrato deve contemplar reajustes após 12 meses da data-base do orçamento. Isto é o correto; redigir editais e contratos de adesão de forma diferente é auferir vantagens indevidas para a administração pública, diminuindo preços justos do contratado, aviltando e desequilibrando-os, pois reajuste não é aumento, e sim recuperação do valor real da moeda.

E quais são as consequências de todas essas omissões? Este sistema gera um jogo em que todos perdem. A administração pública perde com obras paradas e, às vezes, de qualidade questionável. As empresas do setor perdem pelo seu sucateamento, muitas vezes seguido de falência. A maioria das empresas sucumbe antes de completar cinco anos, algumas chegam a 10 ou 15 anos e são raras as que ultrapassam 20 anos, enfraquecendo um segmento que constrói este país e é importante indutor de crescimento e de distribuição de renda para os menos favorecidos.

E como transformar essa peça de ficção em realidade? Nestes novos tempos, o interesse das empresas está inexoravelmente ligado ao interesse da administração pública e, consequentemente, ao da população. As empresas, representadas por suas entidades de classe, devem interagir de forma absolutamente transparente com os governos, CREA e Tribunais de Contas, no sentido de estabelecerem procedimentos para a elaboração de orçamentos de obras públicas que seriam precursores de uma Norma Técnica para “Confecção de Orçamento de Obras Públicas”. Na prática, poderíamos iniciar com uma listagem completa, contendo todos os possíveis centros geradores de custos, como o terreno em que se localiza a obra, a logística de apoio, as instalações e a implantação do canteiro, a administração mensal, os equipamentos de proteção individual e coletivo, a manutenção do canteiro e da obra, as necessidades extra canteiro, tais como: licenças, ARTs, seguros, cauções etc., todos os serviços e subserviços necessários à execução completa da obra, serviços especiais, manutenção pelo prazo exigido no contrato e toda a demanda criada por exigência do edital e do contrato. Esses centros geradores de custo, contendo cada um uma listagem de serviços possíveis, devem ser cuidadosamente analisados pelo profissional, que irá decidir quais deles estarão presentes no orçamento em elaboração e quantificá-los.

Para se obter bons projetos e orçamentos corretos, é necessário tempo para executá-los, exatamente o que hoje não existe, pois, quando o recurso aparece, o projeto e o orçamento são feitos do dia para a noite, sem que haja tempo suficiente para que os profissionais desenvolvam um trabalho de bom nível técnico. Para mudar isto, é necessário que os governos pensem no futuro das cidades, dos estados e do país. Como?

COM UM PLANO DIRETOR DE OBRAS COM VISÃO DE FUTURO. Os governos federal, estadual e municipal, separadamente, devem desenvolver ações em conjunto com os setores interessados, de forma absolutamente transparente e amplamente discutidas com a sociedade civil, tendo em vista um “Plano Geral de Obras” com prioridades de curto, médio e longo prazo, de acordo com as necessidades sob suas responsabilidades.

TER ESTOQUES DE PROJETOS APROVADOS E ORÇÁ-LOS.Desenvolver com a própria equipe ou contratar escritórios especializados para fazer os

projetos do plano, aprová-los em todos os órgãos competentes e orçá-los em tempo adequado, ficando com vários projetos aprovados e orçados na prateleira e mudando, assim, o fluxo prejudicial hoje estabelecido:

Fluxo hojeVERBA > ENCONTRAR NECESSIDADE > DESENVOLVER PROJETO >

ORÇAMENTO / ADEQUAÇÃO À VERBA DISPONÍVEL > LICITAÇÃO > CONTRATO

ParaPLANO DIRETOR DE OBRAS > DESENVOLVER PROJETO > ORÇAMENTO >

DISPONIBILIZAR VERBAS > LICITAÇÃO > CONTRATO

A ESCOLHA DO PROFISSIONAL DE ORÇAMENTO. A escolha do orçamentista é de fundamental importância, devendo o mesmo estar profissionalmente habilitado, registrar a ART perante o CREA, seu nome e identidade profissional devem estar claramente registrados no orçamento do edital. Esse profissional deve ter tido vivência em canteiro de obras, ter experiência acerca do tipo de obra que está orçando ou estar devidamente assessorado, ter conhecimento das Normas Técnicas, das leis federais, estaduais e municipais referentes às atividades de construção.

APOIO AO SETOR DE ORÇAMENTO. Para que esses profissionais desenvolvam um bom serviço, devem ter tempo para orçar compatível com a complexidade do projeto. Cada obra é única e o seu valor só poderá ser o resultado de um trabalho técnico específico, sendo necessário que eles tenham condições de trabalho mínimas, tais como:A - Arquivo com todas as Normas Técnicas e leis federais, estaduais e municipais que afetam o setor;B - Computadores com configurações adequadas;C - Programas de computador para levantamentos, calcular o HH (hora homem), orçamento etc.;E - Banco de dados/catálogos de composições e preços fornecidos por empresa que tenha legitimidade e transparência no mercado; F - Projeto executivo ou projeto básico orçável;G - Ter como visitar o local das obras com um check-list para levantamentos das necessidades locais; H - Ensaios necessários para cumprir as Normas e o perfeito dimensionamento dos quantitativos dos serviços.

SETOR DE LICITAÇÃO E JURÍDICO. O edital e o contrato nele contido devem ser redigidos de forma a resguardar os direitos da Administração Pública, porém, há que se ter correção entre o direito e os deveres do contratante e do contratado, já que se trata de um contrato de adesão. Redações do tipo: “No preço estão contidos todos os custos obrigatórios ou necessários à composição do objeto deste contrato” ou “A empresa executora é responsável por qualquer custo necessário ao fiel e integral cumprimento do objeto deste contrato” traduzem-se em: “Tudo o que não foi orçado, foi orçado a menor ou foi orçado errado são de responsabilidade do contratado”.

Essas frases são incoerentes, configuram uma tentativa de colocar obrigações de uma obra por preço global em uma licitação sob o regime de empreitada por preço unitário. A Lei 8.666 – e suas alterações – proíbe alterar as planilhas de quantidades da licitação ou ofertar preço global acima do orçado pela Administração Pública, não sendo possível incluir esses custos, pois a transgressão a esses itens sujeita a empresa à desclassificação. Em obras do tipo empreitada por preços unitários, “TODO SERVIÇO EXECUTADO DEVE SER REMUNERADO”, previsto ou não em planilhas, porém necessário à perfeita e completa execução da obra.

Esse arsenal de problemas e suas soluções geram muitas histórias contadas sobre empreiteiros de obras públicas, algumas até transformadas em “Lenda Urbana”. Entretanto, o que a maioria das empresas mais deseja é um ambiente propício ao empreendedorismo, ou seja, trabalhar segundo as Normas Técnicas e respeitando as exigências legais. Auferir lucros? SIM, com produtividade e gestão competente para investir em pessoal, sistemas e equipamentos e distribuir lucros, garantindo com isso não só a sua sobrevivência como o seu crescimento e perpetuação.

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obras // despoluição

O Programa de Despoluição da Baía de Guanabara

(PDBG) foi criado na década de 90 com a finalidade de

planejar e coordenar um conjunto de ações visando

à despoluição das águas da Baía de Guanabara. As

intervenções ficaram paralisadas por muitos anos e, nos

primeiros meses da gestão de Sérgio Cabral, em 2007,

a Nova CEDAE retomou as obras em quatro estações de

tratamento: Alegria, Pavuna, Sarapuí e São Gonçalo.

Desde o início do projeto já foram investidos nas

intervenções, financiadas pelo Banco Interamericano

de Desenvolvimento (BID), Japan Bank of Internacional

Cooperation (BIC) e governo estadual, mais de

US$ 800 milhões. Desse total, cerca de US$ 327 milhões

na gestão Sérgio Cabral, com recursos do Fundo

Estadual de Conservação Ambiental e Desenvolvimento

Urbano (FECAM-FES). Os benefícios atingirão, até 2012,

2,9 milhões de habitantes de sete municípios do Estado do

Rio de Janeiro.

Dentre as obras do PDBG destacam-se a da Estação

de Tratamento (ETE) de Alegria, inaugurada este ano e

que atende a um contingente de 1,5 milhão de habitantes

de 19 bairros do Rio, do Centro à Zona Norte. A empresa

Odebrecht foi a responsável pela implantação da rede de

captação de esgoto, com 23 quilômetros de coletores, que

leva os dejetos até a Estação de Tratamento de Alegria,

localizada na Zona Norte.

Luiz Cesar Costa, diretor de contrato da Odebrecht

e representante do consórcio que executou a obra, conta

N O VA C E DA E R E T O M A E F I N A L I Z A I M P O R T A N T E S O B R A S D O P R O G R A M A D E D E S P O L U I Ç Ã O DA B A Í A D E G U A N A B A R A

ESTAÇÕES DE TR ATA MENTO BENEFICI A R ÃO 2,9 MILHÕES DE PESSOAS

Estação de Tratamento de Alegria: Camargo Correa e Engeform

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que as intervenções começaram em 1998, empregaram

mais de 2.500 pessoas, direta e indiretamente, e que a

conexão com a ETE Alegria foi inaugurada em 2008. Ele

aponta, entre outros desafios à execução dos serviços,

a logística. “Trabalhamos numa extensão de 16km, sem

canteiros de obras fixos. As áreas, principalmente nas

proximidades de comunidades carentes, eram de difícil

acesso e as galerias tinham alto grau de insalubridade

(ruídos e agentes biológicos)”, avalia Costa, acrescentando

que a variabilidade das condições geológicas ao longo da

obra motivou diversas soluções técnicas.

Com a inauguração da primeira fase do tratamento

secundário e dos trechos dos troncos-coletores que

faltavam para a atual vazão instalada, a ETE Alegria atinge

o patamar de 216 milhões de litros de esgotos tratados

por dia, o equivalente ao volume de um estádio como o

Maracanãzinho. A vazão em operação é de 2.500 l/s, mas

a estação foi projetada para o dobro desse valor, ou seja,

5.000 l/s.

O número médio de coliformes fecais nas águas do

Canal do Cunha, que, entre 2000 e 2007, era da ordem

de 160 mil por 100ml, passou a 5 mil por 100ml após a

inauguração da ETE Alegria. As empresas Camargo

Correa, Sergen e Engeform, sob a liderança da primeira,

compõem o consórcio responsável pelas obras na ETE

Alegria tanto na fase de tratamento primário quanto na

de tratamento secundário. Atualmente, estão sendo

executadas operações assistidas para monitoramento do

funcionamento das estações, com previsão de conclusão

em seis meses.

Waldner Paschoal, diretor da Sergen e presidente

do conselho de representantes do consórcio, afirma

que as maiores dificuldades para a execução das obras

foram relativas às fundações. “A estação foi erguida

onde, no passado, funcionou o depósito de lixo do Caju”,

explica. Paschoal destaca que, com o término das obras

de implantação do tratamento secundário, o líquido

remanescente do primário, antes descartado na baía,

agora é secado termicamente e pode ser usado como

adubo e na indústria de cerâmica.

Nas estações Sarapuí e Pavuna, as obras – iniciadas,

respectivamente, em outubro de 2002 e outubro de 2003

– estão sendo realizadas pela Queiroz Galvão, que está

implantando unidades e infraestrutura para o tratamento

secundário, previstas para estarem concluídas em 2012.

As intervenções incluem construção de redes de água

para o processo de tratamento; redes subterrâneas de

energia, comando e controle dos diversos equipamentos e

instrumentos; redes de circulação do esgoto; construção

da urbanização das áreas de intervenção, com arruamento,

drenagem de águas pluviais e paisagismo, integrando a

área do tratamento primário à do secundário.

A ETE Pavuna beneficiará diretamente uma população

de 623,5 mil habitantes no Rio de Janeiro, em Duque de

Caxias e São João de Meriti. E a de Sarapuí, um contingente

de 580 mil moradores em Belford Roxo, Nova Iguaçu e

Mesquita, além de áreas de São João de Meriti.

Superintendente de Contratos da Queiroz Galvão,

Alfredo Hollanda revela que os grandes desafios na

execução das obras foram os solos moles nas áreas das

intervenções e a integração da implantação da obra à planta

existente. Também foi difícil administrar o cronograma,

em função dos prazos de liberação de fabricação dos

equipamentos, importados de vários países.

As obras de conclusão da ETE São Gonçalo – que

opera em nível de tratamento primário e beneficia 200 mil

pessoas – devem estar finalizadas em 2010. Estão sendo

executadas pela empresa Delta Construção, responsável

também por obras de abastecimento de água tratada e

execução de ligações prediais no município.

Construída há mais de 10 anos, a estação fará o

tratamento secundário em mil litros de esgotos por

segundo, retirando cerca de 96% da carga orgânica

do efluente lançado na Baía de Guanabara. As obras

de reforma na Estação de São Gonçalo consistem na

recuperação da elevatória de esgoto bruto, da caixa de

areia, dos decantadores primários e secundários e do

sistema de desidratação de lodo. No local será instalada

uma central de produção de mudas da Mata Atlântica com

capacidade para 100 mil mudas/ano.

Outras estações de tratamento de esgoto, como a

da Penha, na Av. Brasil, e a da Ilha do Governador, no

Tauá, foram ampliadas através da instalação de novos

equipamentos.

Estação deTratamento da Pavuna: obras da Queiroz Galvão

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Estação de Tratamento de Água do Guandu, realizada pela Metropolitana

obras // pac da baixada

Um dos mais ambiciosos e importantes programas

de obras para o Rio de Janeiro, previsto no Plano de

Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal,

é o do saneamento da Baixada Fluminense, que está

sendo gerenciado pela Nova CEDAE. São 18 grandes

intervenções, a maior parte iniciadas em março de 2008,

que abrangem oito municípios do estado e beneficiarão

uma população de 9 milhões de habitantes.

Nas intervenções serão investidos R$ 287,4 milhões

financiados pelo governo federal, através do Ministério

das Cidades, com contrapartidas do governo do Estado

do Rio e dos municípios envolvidos. Ao término das

obras – a maior parte prevista para estar concluída

em 2010 – os moradores de Duque de Caxias, Belford

Roxo, Japeri, Macaé, Magé, Mesquita, Nilópolis, Nova

Iguaçu, Queimados e São João de Meriti contarão

com redes de abastecimento de água tratada e de

tratamento de esgoto.

Modernização do Guandu

As obras incluem a ampliação e a modernização do

sistema de produção de tratamento de água do Guandu

(ETA Guandu), que abastece a capital fluminense e todos

os municípios da Baixada. A maior estação do mundo,

que teve seu nome incluído no livro dos recordes (Guiness

Book), será ampliada em cerca de 30% da sua capacidade

AMBICIOSO PROGRAMA DE SANEAMENTO NA BAIXADA FLUMINENSE ABRANGERÁ 10 MUNICÍPIOS

M A IOR PA RTE DAS OBR AS FIC A PRONTA EM 2010

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atual, que é de 43m3 de líquido por segundo.

Luiz Roberto Sant’ Anna, diretor presidente da

Construtura Metropolitana, que, em consórcio com

a Collet Engenharia, é responsável pelas obras de

ampliação da ETA, iniciadas em 26 de junho de 2008,

conta que o tratamento da água é realizado em fases

que incluem captação, floculação, decantação, filtragem,

cloração, fluoretação, correções do ph e distribuição.

“Nossos serviços estão na fase de decantação. Estamos

substituindo as colmeias existentes por outras mais

eficientes e toda a sua estrutura de suporte, que era em

madeira, será trocada por nova, em aço carbono.”

Sant’ Anna relata ainda que a empresa optou por

usar os materiais mais eficientes para os decantadores,

que são os fabricados nos Estados Unidos. “Conciliar a

logística de importação com os cronogramas de fabricação

e instalação das colmeias era o nosso maior desafio.

Antecipamos prazos de importação e, por isso, prevemos

finalizar as obras em 30 de julho, seis meses antes do

prazo contratual (janeiro de 2010)”, exalta o presidente da

Metropolitana.

Sant’ Anna revela o orgulho em trabalhar na maior

estação de tratamento de água do mundo, mas destaca

que os aspectos mais importantes da participação da

Metropolitana nas obras são a geração de postos de

trabalho, em torno de 120, e a possibilidade de empregar

as mais modernas técnicas do mundo em benefício da

população do Rio de Janeiro, estado onde a construtora

foi fundada há 64 anos.

Outra importante obra prevista no PAC é a de

complementação da duplicação da adutora da Baixada

Fluminense, com melhorias operacionais no booster

(bomba que amplia a pressão da água) da região, em

Nova Iguaçu. Iniciadas em junho, as intervenções, que

beneficiarão mais de 375 mil moradores, estão sendo

realizadas pelo consórcio das empresas Delta Construção

e Oriente e previstas para serem entregues em 2010.

As obras para reativar o reservatório do Colubandê,

que tem capacidade para armazenar 10 milhões de litros

de água, foram iniciadas em junho pela Delta Construção.

Trezentos mil moradores de São Gonçalo serão

beneficiados. Para pôr em funcionamento o reservatório,

construído há cerca de 10 anos, será assentada uma nova

tubulação adutora de água tratada de ferro dúctil, de

900mm de diâmetro e com 2.600m de extensão, interligada

à adutora existente, que transportará água ao reservatório

de Amendoeira.

Em Magé, as empresas Sanerio e Emissão,

consorciadas, respondem pelas obras que levarão

aumento de oferta de água a cerca de 95 mil habitantes

de Mauá, Suruí e Guia de Pacobaíba. As intervenções

tiveram início também em junho e permitirão que essas

localidades tenham fornecimento de água contínuo e de

boa qualidade durante todo o ano, inclusive nos períodos

de estiagem. Serão investidos R$ 50 milhões nesse

projeto, previsto para ser inaugurado em 2011.

O escopo das obras inclui a construção de uma estação

de tratamento de água com capacidade para produzir 26

milhões de litros por dia, o assentamento de uma adutora

de água bruta de 3.720m de extensão e de outra adutora

de água tratada de 20.212,23m de extensão. Serão

construídos também três reservatórios e um booster para

recalque e a instalação de 9.640 ligações domiciliares.

As obras de abastecimento de água em Magé e do

reservatório do Colubandê, em São Gonçalo, beneficiarão

a área de influência do futuro Complexo Petroquímico do

Rio de Janeiro (Comperj), que está sendo implantado

pela Petrobras.

ETA Guandu

Montagem das estruturas de carbono da ETA GuanduFo

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Estação de tratamento de esgoto da Barra construída pela OAS, em consórcio com a Delta

obras // saneamento

No dia 5 de junho de 2009, Dia Mundial do Meio Ambiente,

o governo do Estado do Rio de Janeiro inaugurou, por

intermédio da Nova CEDAE, a Estação de Tratamento de

Esgoto (ETE) da Barra da Tijuca. A intervenção faz parte do

Programa de Saneamento da Barra da Tijuca, Recreio dos

Bandeirantes e Jacarepaguá (PSBJ), um conjunto de obras

reivindicado há 30 anos pelos moradores dessas regiões

com previsão de conclusão até novembro de 2010.

Executado pela Nova CEDAE com recursos próprios e

do Fundo Estadual de Conservação Ambiental (Fecam), o

PSBJ visa implantar sistemas completos de esgotamento

sanitário nos três bairros da Zona Oeste do Rio através

de captação, tratamento e descarte do esgoto domiciliar

no oceano a uma distância que não comprometa a

balneabilidade das praias da região.

O tratamento do esgoto integrado dos três bairros, que

envolve a construção de coletores-tronco, redes coletoras,

linhas de recalque, travessias especiais e estações

elevatórias, além de ligações domiciliares, consiste no

envio dos dejetos domiciliares captados via redes coletoras

das sub-bacias dos bairros da Barra da Tijuca, Recreio e

Jacarepaguá, através de estações elevatórias, até a ETE. No

OBRAS REIVINDICADAS HÁ 30 ANOS POR MORADORES DA BARRA, RECREIO E JACAREPAGUÁ SAEM DO PAPEL

RESULTA DOS DAS INTERV ENÇÕES SER ÃO M A IS A PA RENTES EM UM A NO

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local, os rejeitos domésticos recebem tratamento primário

e são enviados ao emissário submarino que os descarta no

mar, a cinco quilômetros da costa.

A partir da inauguração do emissário submarino, em

2007, primeira etapa do programa, o sistema lagunar da

região, composto pelas lagoas de Jacarepaguá, da Tijuca,

de Camorim e de Marapendi, deixou de receber mais de 70

bilhões de litros de rejeitos domésticos. A obra, iniciada em

2001, foi realizada por consórcio das empresas Odebrecht

e Carioca Engenharia.

O engenheiro Eduardo Fontenelle, da Carioca

Engenharia, responsável junto à empresa pela obra do

emissário, explica que a construção de tubo em PEAD

de 1.400mm de diâmetro, exigida pela Nova CEDAE, era

inédita no Brasil e demandou alto grau de gerenciamento

das atividades de engenharia, suprimento, planejamento e

logística. “Não havia empresa nacional capaz de fabricar

os tubos e, por isso, encomendamos 10 tramos de mais de

518m de comprimento de uma companhia finlandesa, que

os fabricou em sua unidade em Portugal, de onde os enviou

ao Brasil por transporte oceânico numa viagem que durou

45 dias”, conta.

Luiz Cesar Costa, diretor de contrato da Odebrecht,

aponta outros fatores que desafiaram os técnicos das

empresas executoras das obras: montagem dos grandes

módulos na Baía de Guanabara, transporte ao local de

instalação, afundamento dos tubos no fundo do mar e

execução dos serviços na região de arrebentação (praia),

onde a presença de rocha dificultou a dragagem para

assentamento da tubulação na profundidade desejada.

A ETE Barra, cujas obras tiveram início em 2001, foi

criada para reduzir os poluentes que chegam ao emissário

submarino. Projetada para tratar 2,8 mil litros por segundo

do esgoto recebido, de forma preliminar e primária,

atualmente está tratando 1,2 mil litros por segundo, mas

tem capacidade de ampliação para tratamento de até 5,3

mil l/s, ou 90% do total de esgoto produzido na região, o

que está previsto para ocorrer até 2011.

Até o final deste ano, a Nova CEDAE espera entregar as

obras de esgotamento das sub-bacias Marapendi Norte e

Sul, na Barra. No Recreio, até essa data, a empresa prevê

que estejam finalizadas as obras de instalação da parte

final da linha de recalque e a de construção da estação

elevatória. Até novembro de 2010, a construção das

estações elevatórias Curicica I e Curicica II e Taquara, em

Jacarepaguá, deve estar concluída.

Marcelo Ribeiro, engenheiro e líder operacional da

área do governo do estado da Construtora OAS, que,

em conjunto com a Delta Construção, realizou as obras

de implantação da Estação de Tratamento da Barra da

Tijuca, conta que a obra gerou mais de 500 empregos

diretos e indiretos.

As empresas Dimensional Engenharia e Passareli,

consorciadas, são responsáveis pelas obras de

implantação das redes de esgoto do Recreio dos

Bandeirantes, iniciadas em dezembro de 2003. Vinicius

Benevides, diretor Operacional da Dimensional, diz que a

empresa atua fortemente na área de saneamento pesado

e que a Nova CEDAE sempre foi um importante cliente. “É

fundamental a nossa presença nos grandes programas de

obra da companhia. Estamos em incessante busca pelo

aperfeiçoamento contínuo e por novas tecnologias. Além

disso, a população é beneficiada com uma obra limpa,

segura, rápida e que vai colaborar de maneira significativa

para a despoluição dos rios, lagoas e praias da região.”

A Delta Construção também está executando obras de

saneamento no Recreio dos Bandeirantes e de esgotamento

sanitário em Jacarepaguá que fazem parte do PSBJ. Esses

dois contratos foram iniciados em 2004 e têm conclusão

prevista para o início de 2010. Paulo M. Duarte, diretor

regional da empresa, diz que, além das intervenções na

Zona Oeste, a Delta está realizando para a Nova CEDAE

obras do Programa de Saneamento da Baixada Fluminense

(PSB), previstas no PAC, em São Gonçalo e Nova Iguaçu,

entre outras. São serviços que geram cerca de 1.800

empregos diretos e indiretos.

Implantação das redes de esgoto do PSBJ, feita pela Dimensional

Decantador construído pelo Consórcio SANEBARRA

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28 Construir | Agosto 2008

obras // lagoa limpa

Uma antiga reivindicação de cariocas e turistas, a

despoluição da Lagoa Rodrigo de Freitas finalmente

tornou-se realidade, através de obras planejadas e

executadas pela Nova CEDAE. A limpeza das águas de

um dos mais belos e famosos cartões-postais da cidade é

uma obsessão do presidente da empresa, Wagner Victer,

que já inaugurou as obras de reforma e modernização de

seis das oito elevatórias da região.

Victer fala com orgulho do resultado das intervenções:

“As últimas medições feitas pelo Ibama indicam que a

quantidade de coliformes fecais nas águas da Lagoa caiu

de 16 mil por mililitro para 1.300, apenas 300ml a mais do

que o padrão do Ibama, que é o da Côte d’Azur (litoral sul

da França)”. Ele explica que esses números comprovam

que a balneabilidade atual da Lagoa é semelhante ou

até melhor do que a de muitas praias da cidade. “E as

intervenções financiadas pelo grupo privado EBX começam

em agosto”, observa.

O projeto da Nova CEDAE beneficiará uma população

de 370 mil pessoas e já possibilitou a expressiva melhoria

das condições da Lagoa, antes mesmo de estar concluído.

O planejamento definiu três metas: implantação de novas

linhas de recalque; reforma e melhorias operacionais nas

elevatórias de esgoto sanitário; implantação do Centro de

Controle Operacional de Esgotos (CCOE).

A Nova CEDAE investiu cerca de R$ 6.2 milhões na

implantação de 900m de linha de recalque de 400mm

de diâmetro em Polietileno de Alta Densidade (PEAD),

que interliga as elevatórias José Mariano e Hípica,

transportando vazão de 70 l/s.

Da elevatória Hípica até a elevatória Saturnino de Brito,

foi assentada uma nova linha de recalque de 1.500m. Ela

recebe, além do recalque da elevatória José Mariano, as

águas servidas da bacia afluente à própria elevatória,

totalizando a vazão de 190 l/s para a Saturnino de Brito.

Em 2005, foi concluída a substituição da linha entre

a elevatória do Leblon e a caixa de confluência no canal

do Jardim de Alah, extensão de 1.340m, em PEAD,

transportando a vazão de 1.680 l/s de esgotos.

Orçada em quase R$ 11.4 milhões, a segunda meta

da Nova CEDAE contempla o Programa de Otimização

Operacional das Elevatórias de Esgotos Sanitários,

que engloba oito elevatórias. Dentre essas, seis foram

inauguradas entre fevereiro de 2008 e março de 2009:

Saturnino de Brito, Jardim Botânico, Cantagalo, Farme de

Amoedo, Leblon e Caiçaras.

A previsão é de que as elevatórias José Mariano e

Hípica sejam inauguradas até o final deste ano, finalizando

a segunda meta do programa, que contempla obras civis,

serviços eletromecânicos, implantação de novas tecnologias

e modernização do sistema operacional, visando preservar

e manter o equilíbrio do ecossistema da Lagoa, bem como

as perfeitas condições sanitárias da cidade.

A implantação do Centro de Controle Operacional de

Esgotos complementa o atendimento às premissas do Termo

de Ajustamento de Conduta. Esse projeto encontra-se na fase

de elaboração de orçamento e visa à otimização da operação

e monitoramento do macrossistema de esgotamento

sanitário da Zona Sul, incluindo captações em tempo seco e

as elevatórias do Cinturão da Lagoa, entre outras.

Segundo Victer, os parâmetros de controle e

monitoramento serão observados em tempo real, o que

permitirá o pronto atendimento a todas as demandas

necessárias ao equilíbrio do sistema.

INTERVENÇÕES DA NOVA CEDAE PROMOVEM LIMPEZA DAS ÁGUAS DE UM DOS MAIS BELOS CARTÕES-POSTAIS DO RIO

DESPOLUIÇ ÃO DA L AGOA RODRIGO DE FREITAS É RE A LIDA DE

O catamarã patrocinado pela EBX limpa a Lagoa

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Com quase meio século de existência, a Delta Construção desenvolve soluções de engenharia em 22 estados do território nacional.

Reconhecida e premiada pela qualidade de seus serviços, a empresa conquistou uma posição de destaque entre as maiores empresas do país, atuando em diversos segmentos como edificações, incorporações, obras especiais, engenharia ambiental, saneamento, infra-estrutura urbana, implantação e restauração de rodovias.

O Grupo EBX se aliou aos órgãos públicos

responsáveis pela área e iniciou, no ano passado, um

projeto de recuperação ambiental para a despoluição

da Lagoa Rodrigo de Freitas dentro de 30 meses, a ser

concluída até o segundo semestre de 2010. Batizado de

Lagoa Limpa, prevê investimentos em torno de R$ 28

milhões que serão suportados pelo grupo do empresário

Eike Batista.

Estão previstas ainda obras de infraestrutura e ações

em toda a região em parceria com os órgãos públicos. As

primeiras intervenções, iniciadas em setembro de 2008,

contemplaram a operação de um barco de apoio e de

um catamarã para retirada de algas e resíduos sólidos

da Lagoa, como resultado da assinatura de um termo

de cooperação técnica com a Comlurb (Companhia

Municipal de Limpeza Urbana). Em paralelo, estão

sendo realizados mutirões de coleta com as equipes da

EBX, Comlurb e Rio-Águas (Subsecretaria de Gestão de

Bacias Hidrográficas).

Uma das principais ações estruturais envolveu,

em abril , a assinatura de um termo de cooperação

técnica com a Nova CEDAE para viabil izar a revisão

completa do sistema de esgotamento sanitário.

Serão mais de 10 obras, com investimentos

estimados em R$ 5 milhões. As empresas

contratadas executarão projetos desenvolvidos

pelos engenheiros da Nova CEDAE.

Parceira no projeto, a COPPE/UFRJ (Coordenação

dos Programas de Pós-Graduação de Engenharia

da Universidade Federal do Rio de Janeiro) presta

consultoria técnica na avaliação das obras. A solução

para a oxigenação da Lagoa, por meio de ligação com

o mar, está programada para a fase final do projeto e

será discutida com a sociedade.

RECUPERAÇÃO AMBIENTAL DA LAGOA TEM PARTICIPAÇÃO DA EBX

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30 Construir | Agosto 2008

artigo

BDI NÃO TEM MÉDIA NEM MÁXIMO

por Paulo Roberto Vilela DiasFo

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e di

vulg

ação

O BDI (Benefícios e Despesas Indiretas) é uma parcela

do orçamento da obra que corresponde à soma do lucro das

empresas executoras e dos custos indiretos para a realização

do empreendimento. Lancei este ano o movimento “BDI não

tem média nem máximo” para mostrar aos profissionais das

empresas públicas que o BDI precisa ser justificado.

É importante ressaltar que o percentual do BDI só

pode ser calculado especificamente para uma obra, e

de acordo com o escopo do serviço, exatamente porque

cada empreendimento conta com projeto, localização

e logística próprios. É inconcebível que o Tribunal de

Contas da União (TCU) considere como iguais obras

completamente diferentes, como a de construção de

uma usina e a de uma ponte.

Os graus de dificuldade de algumas obras são muito

superiores aos de outras, e aspectos como produtividade

da mão de obra local, clima, solo e topografia, entre outros,

devem ser levados em conta na composição das tabelas de

custos das obras praticadas pelas empresas públicas.

Para estimarmos os custos de um empreendimento de

engenharia precisamos considerar o seguinte:

Custo Direto

+ Custo Indireto (DI)

Custo Total

+ Lucro Bruto (B)

Preço de Venda

Na equação anterior, o BDI corresponde à divisão

da soma do Custo Indireto mais o Lucro aplicado ao

Custo Direto.

BDI = Lucro + Custos Indiretos

Para calcularmos os Custos Indiretos precisamos somar

os percentuais empregados na administração central, o

custo financeiro, o custo com seguros, as garantias, os

custos eventuais e os tributos sobre a receita.

Essas parcelas não podem ser previamente fixadas

porque dependem de diferentes fatores. A administração

central, por exemplo, é específica em cada empresa. O

Imposto Sobre Serviços (ISS) é um tributo municipal cujo

valor percentual varia de uma cidade para outra e é cobrado

no município onde a obra é executada.

O Lucro existe para garantir à empresa, entre outros

importantes fatores, a remuneração do capital investido no

contrato e o seu desenvolvimento tecnológico, logístico e de

pessoal. Por isso, o BDI utilizado pela empresa prestadora

de serviços depende de cada projeto.

Os órgãos contratantes, ao elaborarem seus preços de

referência, de acordo com a Lei das Licitações nº 8.666/1993,

podem e devem, assim como fazem com os Custos Diretos

em suas tabelas, fixar o BDI. Mas é necessário que o façam

de maneira adequada, lógica e de acordo com a metodologia

proposta pela ciência da engenharia de custos.

Mestre em Engenharia Civil e presidente do Instituto Brasileiro de Engenharia de Custos (IBEC). Autor de

quatro livros sobre Engenharia de Custos

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eleições no clube de engenharia

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> Renovação do Clube de Engenharia;> Fortalecimento da Engenharia Nacional;> Valorização do Profissional de Engenharia;> Participação Nacional;> Defesa do Estado do Rio do Rio de Janeiro.

01 | Francis entre Manoel Lapa (1º vice-presidente) e Fernando Siqueira, (2º vice-presidente) 02 | Agostinho Guerreiro, pre-sidente do CREA-RJ e ex-presidente do Clube de Engenharia, é um dos incentivadores da candidatura de Francis 03 | Empresários e autoridades estaduais e municipais vêm se reunindo em apoio à candidatura de Francis

01

31 Construir | Agosto 2009

Nos dias 26, 27 e 28 de agosto haverá eleições para a Diretoria e o Conselho do Clube de Engenharia. Francis Bogossian, presidente da AEERJ, é candidato à presidência do Clube pela chapa Clube de Engenharia Unido. A escolha de seu nome para liderar a chapa deve-se, principalmente, à percepção de seus apoiadores de que é a pessoa indicada para reunir todas as correntes de opinião do Clube, transformando-o numa tribuna de discussão de temas de interesse da Engenharia. São cinco os pontos básicos do programa da chapa:

Sugestões e o programa completo no endereço http://clubedeengenhariaunido.blogspot.com

COMPOSIÇÃO DA CHAPACANDIDATOS A DIRETORIA: Presidente: Francis Bogossian | 1º Vice-Presidente: Manoel Lapa | 2º Vice-Presidente: Fernando Siqueira | Diretores: Abilio Borges | Jaques Sherique | Jorge Antonio | Julio Niskier | Luiz Carneiro de Oliveira | Luiz Edmundo Costa Leite | Paulo Metri | Ricardo Rauen | José Stelberto | Virgínia Salerno | Conselho Fiscal: Efetivos: Carlos Prestes | Danton Voltaire | José Carlos Magalhães Castro | Suplentes: Arnaldo Cardoso Pires Jorge Nisenbaum | Elisimar Aguiar | CANDIDATOS AO CONSELHO DIRETOR: Efetivos: Alexandre Leal | Aloísio Araujo | Antonio Eulálio Araujo | Ayrton Xerez | Camilo Sequeira | Clovis Nery | Edson Monteiro | Eduardo Dantas Fátima Sobral Fernandes | Guilherme Pereira | Jorge Rios | José Luiz Salgueiro | José Ortigao | Luiz Oswaldo Aranha | Mario Borges | Paulo Poggi | Ricardo Maranhão | Rivamar Muniz | Vagner da Silva | Wilson FrotaSuplentes: Alcebiades Fonseca | Antonio Bittencourt Argolo | Benedicto Humberto | Ibá dos Santos SilvaManuel Martins

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fim

Minha alma cantou, neste início de inverno, ao decolar

do Santos Dumont sob um céu azul de brigadeiro. E

solfejou novamente quando nele pousei de volta, em

êxtase com a visão das nossas praias sem fim. Morador

do Leme, foram só 15 minutos até o aeroporto e vice-

versa, apreciando esta irretocável ação do homem sobre

o belo, o Aterro do Flamengo. Dei graças a Deus por não

ter que cruzar a Av. Brasil ou a Linha Vermelha. Abstive-

me de racionalizar sobre a polêmica decisão que voltou a

permitir mais voos do reformado e ampliado terminal que

se deita sobre a Guanabara. Foi nesse clima de emoção

que rezei pelas doces almas cariocas de Tom e Vinicius

e cantarolei o Samba do avião. Nosso poeta pode até ter

chegado ou partido do Galeão, que hoje tem o nome do

maestro, mas devia estar sobrevoando os lados da Glória

ao inspirar-se, já longe dos manguezais e do lixo do Caju.

Do alto, do centro ao sul, o Rio merece o adjetivo.

De perto, entretanto, vemos o resultado das últimas

administrações municipais. Em um semestre não dá

para consertar os resultados da pouca misericórdia

dos prefeitos, que, sob o pretexto de falta de verbas

federais ou desavenças políticas com o poder central,

sucatearam a nossa urbe. Todos hão de queimar no fogo

dos infernos, fica aqui minha praga maligna. Quase todas

as pretensas ações de melhorias que foram tentadas

no Rio, nas últimas gestões, deram por água abaixo. A

cidade está mal tratada, calçadas quebradas, ruas com

asfalto cheio de crateras, não há mais remendo que dê

jeito. Concordo que é melhor tapar os buracos a cada

mês, como se tem feito, que nos deixar ao léu, mas as

ruas estão “carroçáveis”.

Pela primeira vez, em muitos anos, o prefeito

da cidade do Rio de Janeiro trabalha alinhado com

o governador e com o Planalto. Muito já se tem

realizado, o projeto de revitalização do porto do Rio de

Janeiro é um exemplo palpável dessa parceria, mas

o vácuo deixado pelas administrações anteriores é

portentoso. De todos os lados que se olhe, há grandes

problemas para resolver. A começar pela própria sede

administrativa do município. Depois de quase 30 anos,

o entorno do Centro Administrativo São Sebastião, na

Cidade Nova, é um exemplo da caótica urbanização da

cidade. Afinal, é o centro do poder, onde se concentram

os comandos dos serviços da municipalidade. Tudo

deveria ser exemplar. O rol das mazelas é muito

extenso e meu espaço é curto. Se o povo carioca fosse

educado, tudo seria mais fácil. Voto, portanto, em que,

paralelamente à recuperação urbanística, invista-se na

educação. E que vingue o novo modelo de gestão nas

escolas municipais do Rio, onde o bom desempenho dos

alunos é valorizado e se busca a redução do custeio.

As próximas gerações agradecem, penhoradas!

RIO, CIDADE (QUASE) MARAVILHOSA...

paulo cesar corrêa lopes,

engenheiro

32 Construir | Agosto 2009

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www.cariocaengenharia.com.br

Com a inauguração da ETE da Barra da Tijuca em junho, a CEDAE deu um

importante passo na implantação do Programa de Saneamento da Barra da

Tijuca - PSBJ. A Carioca Christiani-Nielsen Engenharia se sente honrada

em fazer parte deste programa, com a construção do Emissário Submarino

da Barra, que tem relevante impacto social e ambiental para a Zona Oeste.