a dengue em sobral (ce): anÁlise epidemiolÓgica do perÍodo de 2008 a 2011
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INTA – INSTITUTO SUPERIOR DE TEOLOGIA APLICADA CURSO DE GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA
Ana Louise Ponte Moreira1 Antonio Ilário Nunes da Ponte
Débora Freire Madeira Evana Lima Nunes
Rafaelly Maria Pinheiro Siqueira2
A DENGUE EM SOBRAL (CE): ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DO
PERÍODO DE 2008 A 2011
RESUMO
A dengue é uma doença emergente no mundo e, devido a ausência de uma vacina preventiva eficaz, de tratamento etiológico e quimioprofilaxia efetivos, o único elo vulnerável para minimizar a sua transmissão é o controle do mosquito Aedes aegypti, seu principal vetor. Há facilidades para sua proliferação e limitações para reduzir seus índices de infestação, geradas pela complexidade da vida urbana atual. Em Sobral, este é um problema que tem se mostrado de difícil controle, pois ao se observar índices que minimizam em um período (2009-2010), logo a seguir eclode um índice bem mais alto (2011) de casos da doença. Optou-se por um estudo exploratório-descritivo com o objetivo de revelar os dados epidemiológicos dos últimos quatro anos no município de Sobral e o que a Secretaria de Saúde do município realizou para erradicar a epidemia. As técnicas adotadas foram a de levantamento de dados bibliográficos e coleta dos índices da doença, principalmente em Sobral (CE). Sendo um estudo descritivo, apresentam-se os resultados na forma descritiva a partir dos gráficos e tabelas. Concluiu-se que a participação social é de suma importância para a solução de problemas como o da dengue.
INTRODUÇÃO
A dengue é hoje a principal doença emergente no mundo. Na ausência de
uma vacina preventiva eficaz, de tratamento etiológico e quimioprofilaxia efetivos,
o único elo vulnerável para reduzir a sua transmissão é o mosquito Aedes aegypti,
1 Alunos da disciplina de Patologia do Curso de Farmácia do Instituto de Teologia Aplicada -
Faculdades INTA, Sobral (CE). 2 Professora da disciplina Patologia do Curso de Farmácia do Instituto de Teologia Aplicada -
Faculdades INTA, Sobral (CE)
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seu principal vetor. As dificuldades de combater este mosquito, em grandes e
médias cidades, são muitas. Há facilidades para sua proliferação e limitações
para reduzir seus índices de infestação, geradas pela complexidade da vida
urbana atual (BRASIL, 2001).
De acordo com Brasil (2007) os objetivos do controle do dengue devem ser
estabelecidos com base nos conhecimentos científicos e técnicos disponíveis.
Assim, não sendo possível evitar casos de dengue em áreas infestadas pelo
Aedes aegypti, é possível prevenir epidemias de grandes dimensões por meio do
aprimoramento da vigilância epidemiológica, e é possível e factível reduzir a
letalidade da doença, dos níveis atuais de 5 a 6% para cerca de 1% das formas
graves. A elaboração e execução de planos estratégicos de organização da
assistência aos casos suspeitos de dengue têm mostrado, tanto em outros
países, como em algumas cidades brasileiras, ser um instrumento muito útil na
redução da letalidade.
A epidemia de dengue mostrou que os investimentos públicos necessários
para a superação das condições de receptividade e de vulnerabilidade que
propiciam o aparecimento e a manutenção das doenças transmissíveis entre as
camadas populares da população é insuficiente se não houver a participação da
mesma.
A dengue é um dos principais problemas de saúde pública no mundo. A
Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que entre 50 a 100 milhões de
pessoas se infectem anualmente, em mais de 100 países, de todos os
continentes, exceto a Europa. Cerca de 550 mil doentes necessitam de
hospitalização e 20 mil morrem em conseqüência da dengue (BRASIL, 2007).
O único meio de evitar a expansão da dengue continua sendo com a
participação consciente da população, utilizando-se de estratégias de combate de
controle do vetor com mais rigor. É importante que a sociedade sinta-se
responsável por sua saúde e dos seus familiares e ou visinhos, pois o trabalho
coletivo nesses casos é de grande relevância para eliminar o vetor da dengue.
3
A magnitude do problema da dengue torna este estudo relevante, ao
buscar informação epidemiológica revelando o quadro de propagação da doença
e mostrando que a Secretaria de Saúde de Sobral através da Fundação Nacional
de Saúde e, mais especificamente o Centro de Zoonose conseguiu minimizar
durante o período de 2009-2010, voltando a eclodir em 2011.
Material e Métodos
Para elaboração do trabalho foi realizada a busca de material bibliográfico
e de projetos de pesquisa sobre a temática: monografias, dissertações, teses,
artigos e livros. As buscas foram efetivadas pela internet: publicação de artigos
em revistas eletrônicas e sites que fornecem dados sobre o assunto de interesse
procurado.
Levantamentos bibliográficos foram efetuados na biblioteca da
Universidade Federal do Ceará e Universidade Estadual Vale do Acaraú.
Para o estudo da manifestação de ocorrências da dengue e de sua
expansão no município e distritos de Sobral - CE foi utilizado o banco de dados
pertencente à Secretaria da Saúde de Sobral, com dados do SISFAD (Sistema de
Informações da Febre Amarela e Dengue) e do SINAN (Sistema de Informação de
Agravos de Notificação) no período de 2008 a 2011.
Aspectos gerais sobre a Dengue
Através de ampla divulgação pela mídia, sabe-se que a dengue é uma
doença infecciosa, que se apresenta de forma benigna ou grave, uma vez que
depende de vários fatores como o vírus e a cepa envolvidos, infecção anterior
pelo vírus da dengue e os fatores individuais como doenças crônicas, tais como o
diabetes, a asma brônquica, a anemia falciforme. A transmissão é pela picada da
fêmea do mosquito Aedes aegypti, e não há transmissão através do contato direto
com um doente ou através das suas secreções, nem por meio de fontes de água
ou alimento.
Os sintomas da Dengue já são amplamente divulgados pelos meios de
comunicação: febre, dor de cabeça, dores pelo corpo e náuseas, mas se sabe,
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porém que a doença pode também não apresentar nenhum sintoma. Quando
aparece as manchas vermelhas na pele, os sangramentos (nariz, gengivas), dor
abdominal intensa e contínua e vômitos persistentes podem indicar a evolução
para Dengue hemorrágica.
De acordo com Brasil (2006) quando esse quadro se apresenta é grave e
necessita de imediata atenção médica, pois pode ser fatal. É importante procurar
orientação médica ao surgirem os primeiros sintomas, pois as manifestações
iniciais podem ser confundidas com outras doenças, como febre amarela, malária
ou leptospirose e não servem para indicar o grau de gravidade da doença.
Para tratar a doença o paciente é orientado a ingestão de muito líquido,
como água, sucos, chás, soros caseiros, etc. Não devendo utiliza-se de
medicamentos à base de ácido acétil salicílico (AAS) e antiinflamatórios, que
podem maximizar o risco de hemorragias. Os sintomas podem ser tratados com
paracetamol.
A melhor forma das larvas dos mosquitos não se expandirem, ainda é o
combate dos focos de acúmulo de água, que são os locais propícios para a
criação do mosquito transmissor da doença. A regra geral é que a população não
deixe acumular água em latas, copos plásticos, embalagens, tampinhas de
refrigerantes, pneus velhos, vasinhos de plantas, jarros de flores, garrafas, caixas
d'água, tambores, latões, cisternas, sacos plásticos e lixeiras, entre outros
(BRASIL, 2006).
A Dengue é uma das principais doenças transmitidas por vírus no mundo e
é um problema, especialmente grave, em países tropicais como o caso do Brasil,
onde o clima quente e os hábitos, principalmente da população urbana oferecem
condições para o desenvolvimento e a proliferação de seu mosquito transmissor,
o Aedes aegypti.
O vírus da Dengue, pertence à família dos Flávios e o seu genoma é de
RNA simples de sentido positivo (pode ser usado diretamente como mRNA para a
síntese protéica). Produz cerca de 10 proteínas, sendo 7 constituintes do seu
capsídeo, e é envolvido por envelope bílipidico. Multiplica-se no citoplasma e os
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vírus descendentes invaginam para o retículo endoplasmático da célula-hóspede,
a partir do qual são depois exocitados. Têm cerca de 50 nanômetros de diâmetro.
São causados pelos complexos de anticorpos produzidos. O grande número de
vírus dos vasos, levando a hemorragias. Os vírus infectam principalmente os
macrófagos (WIKIPEDIA, 2011).
Transmissão e Epidemiologia da Dengue
A Dengue é a mais prevalente e grave doença causada por Flavivirus
transmitidos por insetos. Há 100 milhões de casos dos quais 250.000 graves por
ano incluindo alguns milhares de mortes. É transmitido por mosquitos dos
gêneros Aedes aegypti ou menos freqüentemente Stegomyia, em climas ou
estações quentes. Existe endemicamente em África, Ásia tropical, regiões
tropicais limítrofes do Pacífico, Caraíbas e América do Sul, incluindo Brasil
(WIKIPEDIA, 2011).
A Dengue é transmitido através da picada de uma fêmea contaminada do
Aedes aegypti. O mosquito só pode contaminar outra pessoa antes de passarem
12 dias depois de ter sugado o sangue de uma pessoa já contaminada. Não há
perigo de pegar Dengue através do contato com um doente ou através de água
ou comida. Um único mosquito desses em toda a sua vida (45 dias) pode
contaminar até 300 pessoas. O reservatório da infecção são os macacos, mas os
seres humanos também podem transmitir o vírus aos mosquitos que o passam a
outros seres humanos (BRASIL, 2002).
Progressão e Sintomas da doença
O período de incubação é de três a sete dias após a picada. Dissemina-se
pelo sangue (viremia). Os sintomas iniciais são inespecíficos como febre alta
(freqüentemente ultrapassa os 40ºC) de início abrupto, mal-estar, falta de apetite,
dores de cabeça e musculares e por vezes sangramento fácil das gengivas e
nariz. Mais tarde pode provocar hemorragias internas e coagulação intravascular
disseminada, com danos e enfartes em vários órgãos, que são potencialmente
mortais. Ocorre freqüentemente também hepatite e por vezes choque mortal
devido às hemorragias abundantes para cavidades internas do corpo. Há ainda
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exantemas cutâneos típicos (manchas vermelhas na pele), e dores agudas das
costas (origem do nome, doença “quebra-ossos”) (BRASIL, 2002).
A síndrome de choque hemorrágico da Dengue ocorre quando pessoas
imunes a um sorotipo devido a infecção passada já resolvida viajam e são
infectadas por outro sorotipo. Os anticorpos produzidos não são específicos
suficientemente para neutralizar o novo sorotipo, mas ligam-se aos vírus
formando complexos que causam danos endoteliais, produzindo hemorragias
mais perigosas que as da infecção inicial (WIKIPEDIA, 2011).
Diagnóstico e Tratamento
O diagnóstico é normalmente é feito por PCR, isolamento viral através de
inoculação de soro sanguíneo em culturas celulares; ou por sorologia. As pessoas
em áreas endêmicas que têm sintomas como febre alta devem consultar um
médico para fazer análises. É aconselhável ficar em repouso e beber líquidos. É
importante evitar a automedicação, porque pode ser perigosa, usando apenas a
prescrição médica. Não é aconselhável usar remédios à base de ácido
acetilsalicílico (AAS), como aspirina ou outros AINEs, porque eles facilitam a
hemorragia. Caso o nível de plaquetas desça abaixo do nível funcional mínimo
(trombocitopenia) justifica-se a transfusão desses elementos (BRASIL, 2002).
Prevenção da Dengue
O controle é feito basicamente através do combate ao mosquito vetor,
principalmente na fase imatura do inseto. Deve-se evitar o acúmulo de água em
possíveis locais de desova dos mosquitos. Quanto à prevenção individual da
doença, aconselha-se o uso de janelas teladas, além do uso de repelentes.
É importante tratar de todos os lugares em que ele pode se desenvolver.
Porém é mais fácil e eficiente o controle dos locais onde se encontram as fases
imaturas do inseto, neste caso a água. O mosquito da Dengue coloca seus ovos
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em lugares com água parada (mesmo limpa). A melhor atitude é observar em
casa, na escola e na rua, nas regiões endêmicas, se há algum local com essas
condições que possa oferecer perigo (SOBRAL, 2006).
Atitudes simples podem ajudar a diminuir a disseminação da doença como
por exemplo, a troca da água por areia molhada nos pratinhos das plantas;
limpeza das calhas e das lajes de casa; lavagem das vasilhas de água dos
animais e colocando as garrafas vazias de cabeça pra baixo. A lavagem dos
recipientes é fundamental, uma vez que embora na fase larvar os insetos estejam
na água, os ovos são depositados pela mãe na parede dos recipientes,
aguardando a subida do nível da água para eclodirem.
Participação Popular
No que se refere às discussões que há alguns anos vêm sendo
intensificadas sobre os destinos técnicos e políticos do sistema nacional de
saúde, tem sempre se destacado a questão da participação popular.
Especificamente, no caso da saúde, a participação popular teve papel
importante nas formulações da 8a Conferência Nacional de Saúde, que aconteceu
em 1988, no que se refere à construção e fortalecimento das propostas
progressivas de reorientação da política do setor. As discussões deste período
resultaram na saúde como “direito de todos e dever do Estado”, e, mais tarde,
firmou-se com a Lei Orgânica da Saúde, em 1990. Essa lei constituiu uma
importante ferramenta na configuração jurídico-política da apresentação de um
novo modelo assistencial, capaz de ter impacto sobre a saúde da população
(VALLA, 2003).
É a primeira garantia que o Estado concede ao cidadão na Constituição o
direito à saúde e, desta maneira a sociedade civil organizada viabiliza
concretamente a sua influência sobre as políticas de saúde. Dentro dos princípios
norteadores das políticas públicas de saúde, a participação popular tem caráter
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deliberativo, oferecendo condições para que a população determine qual é a
política de saúde que interessa para a população.
No Brasil, a participação social está garantida, em todos os níveis, através
dos conselhos federais, estaduais e municipais. Esses órgãos são permanentes e
estão em combinação com as conferências nacionais, estaduais e municipais de
saúde, que também compõem o conjunto de instituições do estado e está
normatizada em lei e é composto por representantes do governo, prestador de
serviço, profissionais de saúde e usuários, sendo que estes têm paridade com a
soma de outros setores (PUSTAI, 1991 apud SOUZA, 2004).
A Dengue no Mundo e no Brasil
Sabe-se que a Dengue é um dos principais problemas de saúde pública no
mundo, infectando aproximadamente 100 milhões de pessoas anualmente, em
mais de 100 países, de todos os continentes, exceto a Europa. De acordo com a
Organização Mundial da Saúde (OMS) a cada ano cerca de 550 mil doentes
necessitam de hospitalização e 20 mil morrem em conseqüência da Dengue.
Este número revela a gravidade e os impactos sociais da doença, no Brasil
em que as condições sócio-ambientais são favoráveis para a expansão do Aedes
aegypti possibilitando sua dispersão, desde sua re-introdução no ano de 1976, e
o, consequente, avanço da doença.
No mundo interio, conteceram várias e grandes epidemias de Dengue,
como em 1779, na ilha de Java, nas Américas; Cuba, em 1782, e no Brasil, a
epidemia de 1846, e outra em Boa Vista (Roraima), entre 1981 e 1982
(BARRADAS, 2009).
Em 1986, aconteceu a grande epidemia, que iniciou-se no Rio de Janeiro e
seguio para Ceará e Alagoas. No ano seguinte, em 1987, chegou à Bahia, Minas
Gerais, Pernambuco e São Paulo, o que a tornou endêmica nestes locais. No ano
de 1990, foi detectado um surto de Dengue no Rio de Janeiro, incidindo,
especialmente, nas pessoas que já haviam ficado doentes na epidemia de 1986
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(GUEDES, 2002). De acordo com documentos do Ministério da Saúde, a primeira
epidemia de Dengue do Brasil, ocorreu em Boa Vista em 1981 (BRASIL, 2001).
Teixeira et al (2009) comparando sobre a transmissão da febre amarela
ressalta que o índice larvário doméstico deve ser acima de 5% e para a
disseminação da Dengue o índice pode ser menor de 2%, o que norteia para um
trabalho de saúde pública para controle da Dengue ser mais difícil do que para a
febre amarela urbana, ainda que o mosquito seja o mesmo.
No dia 26 de março de 2007 (12ª semana epidemiológica) o boletim do
Ministério da Saúde informava a notificação de 134.909 casos suspeitos de
Dengue em todo o país, com 74,8% dos casos em seis estados: Mato Grosso do
Sul - 55.567 casos; São Paulo - 12.221 casos; Rio de Janeiro - 8.765 casos; Mato
Grosso - 8.493 casos; Minas Gerais - 8.115 casos; e, Paraná - 7.806 casos.
No Ceará o histórico de casos de Dengue apresenta-se desde 1986, sendo
que as três maiores incidências foram nos anos de 1994 (47.789 casos), 2001
(34.390 casos) e 2006 (25.569 casos), respectivamente. Em relação à vigilância
virológica, 04 sorotipos do vírus da Dengue já foram detectados e estes vírus
estão sendo isolados nos municípios do interior maximizando o risco da
ocorrência de casos graves da doença.
O primeiro sorotipo (DEN 1) foi isolado no ano 1986. Em 1994 foi detectado
o sorotipo 2 (DEN 2) e, em março de 2002 o sorotipo 3 (DEN 3). De acordo com o
Informe Semanal de Dengue da Secretaria da Saúde do Estado do Ceará, até o
dia 20 de abril de 2007 foram notificados 8.417 casos suspeitos de 163
municípios, sendo 3.412 positivos (confirmados laboratorialmente) e 5.005
negativos.
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Figura 1 – Número de casos confirmados de Dengue por mês, no Ceará, de 2004 a 2007.
Mas a realidade em 2007, já era outra, especialmente, no interior do
Estado do Ceará, como será observado posteriormente.
A Dengue em Sobral (CE)
Durante vários anos, a Prefeitura Municipal de Sobral, através da
Secretaria da Saúde e Ação Social, em parceria com a população sobralense
desenvolveu um intenso trabalho com o objetivo de eliminar o mosquito da
Dengue. Ao longo do ano os agentes sanitaristas realizaram mais de 350.000
visitas domiciliares, ultrapassando uma média mensal de 61.000 imóveis
visitados, totalizando seis ciclos completos em todo o município. Essa grande
mobilização obteve resultados expressivos no combate ao Dengue, um deles, em
especial, sobre o índice de infestação predial, que corresponde ao número de
imóveis onde foram encontradas larvas do mosquito da Dengue – Aedes aegypti
de acordo com a FUNASA (BRASIL, 2003).
O ano de 2006 foi iniciado com índice de infestação predial de 1,18%, ou
seja, para cada 100 imóveis, 1,18 possuíam larvas do mosquito da Dengue. No
período das chuvas, o índice de infestação foi de 3,37% dos imóveis, sendo
registrados 392 casos confirmados da doença no mês de julho. Contudo, em
dezembro, após o sexto ciclo de visitas, o ano foi finalizado com o resultado
histórico de 0,85% de índice de infestação predial, o menor dos últimos 7 anos.
Este índice estava abaixo do preconizado pelo Ministério da Saúde que é de 1%.
A minimização dos focos do mosquito da Dengue também significa minimização
do número de casos da doença e a conseqüente diminuição do risco de um surto
da doença em 2007. Todavia não se pode descuidar, principalmente, com a
chegada das chuvas o mosquito encontra outros locais para se reproduzir como
lagos, açudes, calhas, canos, recipientes plásticos atirados a céu aberto, dentre
outros que acumulam água (SOBRAL, 2006).
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Para a segurança da população, esta deve manter controlada, em níveis
aceitáveis, a população do mosquito. Este controle só será mantido se tomarmos
atitudes que nos garantam, de uma vez por todas, sanar este problema. Assim,
da mesma forma que a grande maioria das pessoas dedica pelo menos uma hora
por semana para suas atividades religiosas, a proposta da Secretaria Municipal
de Saúde do município de Sobral foi de que cada cidadão/cidadã sobralense
dedicasse pelo menos 15 minutos semanais à busca e a definitiva eliminação de
possíveis focos do mosquito da Dengue em sua residência ou local de trabalho
(SOBRAL, 2006).
A redução do índice de infestação predial em Sobral se deve, além do
trabalho de todos os profissionais da Secretaria da Saúde e Ação Social, a uma
participação decisiva e fundamental da população sobralense, que compreendeu
que combater a proliferação do mosquito da Dengue não é uma tarefa exclusiva
do poder público, mas de toda a sociedade. Todos foram conclamados para se
unir no combate incansável ao mosquito da Dengue, monitorando nas residências
e locais de trabalho, locais que possam servir como criadouros (SOBRAL, 2006).
Em Sobral são realizados seis ciclos de visita durante o ano (vigilância
vetorial), para a identificação e eliminação de focos do mosquito e orientação da
população quanto a medidas de controle da Dengue. A cada ciclo são
inspecionados 66.495 imóveis. Atualmente (durante o 2° ciclo de visitas 2007)
67,2% dos imóveis já foram inspecionados, apontando um índice infestação geral
de 2,22%, com 2,43% na sede e 1,30% nos distritos.
Segundo o Informe Epidemiológico da Secretaria de Saúde de Sobral, até
o dia 23 de abril de 2007, foram notificados 269 casos suspeitos de Dengue. Na
sorologia (exame que confirma a infecção por vírus da Dengue) realizada pelo
Laboratório Central do Ceará – LACEN em 229 amostras enviadas, 41 casos
foram confirmados, 120 casos foram descartados e 68 aguardam resultado. A
classificação dos casos confirmados de Dengue em Sobral, até 23 de abril de
2007, pelo LACEN corresponde a: Dengue Clássico - 38 casos Dengue clássico
com complicação - 2 casos, FHD - 1 caso.
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Comparando o número de casos confirmados observa-se, em 2006, o
registro de 80 casos até a 14ª semana, contra 41 casos em 2007, ou seja, em
relação ao mesmo período de 2007, o número de casos confirmados em 2006 foi
48,7% maior. O índice de infestação vetorial, que representa o percentual de
imóveis em que foram encontrados recipientes contendo larvas do mosquito
Aedes aegypti, em relação ao número total de prédios inspecionados pelos
agentes sanitaristas.
O Combate Estratégico da Dengue em Sobral-Ceará
A descoberta de um foco crescente do Aedes aegypti, transmissor da
Dengue, em uma unidade hospitalar de Sobral vem alarmando as autoridades. O
alerta foi dado pelo então coordenador de endemias e zoonoses de Sobral,
Raimundo Vieira Neto, que preferiu não revelar o nome da instituição uma vez
que o trabalho de combate ao mosquito vem sendo feito de forma sistemática.
Apesar do aumento de casos confirmados da doença no Município nas últimas
semanas, a maior preocupação do Centro de Zoonoses agora é com o aumento
dos focos do mosquito nas áreas residenciais.
De acordo com Vieira Neto apud Linhares (2004), os índices de infestação
são altos e continuam a crescer, principalmente, com a falta de adoção de
medidas preventivas pela população. A cada 40 dias, uma equipe de cerca de
120 agentes comunitários realizam um ciclo de visitas pedagógicas e técnicas em
domicílios de todo o Município, com o objetivo de conscientizar a população., no
ciclo que está em andamento, já foram encontrados 1.533 focos do mosquito em
37.237 domicílios visitados. No ciclo anterior, de 58.946 imóveis visitados, 2.079
estavam com foco do mosquito. Diz ainda que o caso mais alarmante foi de uma
unidade hospitalar de Sobral, onde foram encontrados quatro focos de infestação
na primeira visita, oito na segunda e 12 focos do mosquito transmissor na última
visita. Apesar de estar em contato com a direção do hospital, em busca de
providências urgentes diz ser preocupante a falta de conscientização das pessoas
em adotar as medidas de combate ao mosquito. Naquele ano, 90% dos focos do
mosquito em Sobral estavam nos domicílios. Para ele, mesmo com as visitas dos
agentes comunitários feitas constantemente, são em média seis visitas por ano
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em cada residência do município, há ainda um comportamento descuidado da
população.
No ano de 2007, o bairro com maior índice de infestação era o Sinhá
Sabóia, com 9% de seu território infestado com focos do mosquito. De cada dez
casas, uma apresenta o foco do Aedes aegypti. Já em relação aos distritos,
Taperuaba é o que lidera os casos de infestação. Nos últimos três anos em
Sobral, esse índice cresceu de 2,42%, no primeiro ciclo de visitas, para 4,48% no
último ciclo. Apesar disso, Vieira garante que ainda não está declarada a
epidemia de Dengue no município. Isso porque o número de casos confirmados
ainda não é tão preocupante. De 333 casos notificados ao Centro de Zoonoses
até o mês de junho, 31 foram confirmados, todos de Dengue clássica. Ainda
assim, o coordenador alerta que os casos confirmados vêm crescendo nas
últimas semanas. Foram quatro confirmações em abril, cinco em maio e nove em
junho.
Na tentativa de reverter o quadro, o Centro de Zoonose ainda vem nos dias
de hoje, trabalhando em campanhas preventivas. As inspeções são cíclicas e
cada domicílio recebe em media uma visita a cada dois meses, totalizando no ano
cinco a seis ciclos, ao final de cada ciclo é calculado os índices de infestação pelo
mosquito. Dois índices são os mais usados: o de infestação Predial (percentual de
prédios encontrados com recipientes contendo água e larvas em relação ao
número total de prédio inspecionado) e o de Bretal (percentual de recipientes
encontrados com larvas em relação ao número total de prédio).
O trabalho desenvolvido pelo Centro de Zoonose e, principalmente, a
conscientização da população em participar ativamente na eliminação dos locais
para a proliferação do mosquito, faz com que o número de casos de Dengue em
Sobral (CE) venha sendo minimizado nos últimos anos, como se observa nas
Tabelas a seguir. Esclarecendo-se que os dados destas Tabelas foram fornecidos
a estas pesquisadoras pelo Centro de Zoonose de Sobral (2011).
Para Gomes apud Linhares (2004) nenhum deles é suficientemente capaz
de medir a intensidade de infestação, pois no primeiro, é terminado o prédio pode
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ter vários recipientes positivos para larvas, mas é considerado como prédio
infestado no caso de índice de Bretal, não se diferencia o tipo de recipiente,
contabilizando da mesma forma um tonel de água com larvas e um prato de
xaxim, embora o número de larvas no tonel seja muito maior que no prato.
Figura 2. Índice de Infestação predial até a 15ª semana epidemiológica de 2007, dos bairros de Sobral
Figura 3. Índice de Infestação predial até a 15ª semana epidemiológica de 2007 dos distritos de Sobral.
De acordo com o Jornal Diário do Nordeste, na seção Ceará, do dia
23/6/2007, com a manchete “Dengue clássica aumenta 15%”, viu-se que as várias
campanhas preventivas realizadas em escolas, universidades, bairros e, nas
próprias residências, não vinha sendo suficientes para minimizar os elevados
números da Dengue no Estado. Em apenas uma semana, os casos de Dengue
clássica passaram de 11.091 para 12.818, representando um crescimento de
15%.
Na semana correspondente ao dia 16/02/2007, de acordo com o boletim
divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado do Ceará (SESA), foram
15
notificadas 23.986 ocorrências suspeitas da doença, dentre estas, 12.818 foram
confirmadas em 146 municípios. Em relação a Dengue hemorrágica, tipo mais
grave da doença, na mesma semana foram detectados 358 casos suspeitos,
destes, 115 foram confirmados, 157 descartados com outra classificação e 86
continuam sob processo de investigação epidemiológica. Conforme os últimos
dados, o número de ocorrências confirmadas passou de 109 para 115,
representando um aumento de 5%.
Tabela 1 – Freqüência por Classificação segundo Distr Resid 2008
Distr Resid Dengue Clássico
Dengue com complicações
Febre Hemorrágica do Dengue Descartado Total
198 ARACATIACU 1 0 0 76 77
202 JAIBARAS 1 0 0 26 27
208 PEDRINHAS 2 0 0 82 84
200 PATRIARCA 0 0 0 18 18
201 BONFIM 0 0 0 13 13 203 RAFAEL ARRUDA 1 1 0 13 15 209 ALTO BRASILIA 4 0 0 79 83 214 ALTO CRISTO 0 0 0 16 16
216 TAMARINDO 0 0 0 92 92
226 CAIOCA 3 0 0 20 23
211 COELCE 2 1 0 79 82
212 ALTO NOVO 5 0 0 28 33 215 PADRE PALHANO 8 1 0 161 170 217 DOM EXPEDITO 2 0 0 170 172 218 EXPECTATIVA 5 0 0 291 296
225 BILHEIRA 0 0 0 6 6
227 BARACHO 0 0 0 2 2
197 TAPERUABA 3 0 0 59 62
204 APRAZIVEL 0 0 0 56 56
205 JORDAO 1 0 0 81 82
199 CARACARA 0 0 0 57 57 207 SINHA SABOIA 6 0 0 619 625
16
210 JUNCO 4 1 0 231 236
219 CAIC 0 0 0 34 34
221 VILA UNIAO 1 0 0 146 147
223 CENTRO 4 0 1 77 82 213 TERRENOS NOVOS 6 1 0 199 206
220 SUMARE 5 0 0 154 159
222 SANTA CASA 2 0 0 49 51
224 TORTO 0 0 0 11 11
Total 66 5 1 2945 3017
FONTE: Centro de Zoonose de Sobral, 2011
Observa-se que no ano de 2008 aconteceram no município de Sobral, 66
casos de dengue clássico, 5 com complicações e um de febre hemorrágica. No
ano de 2009, verifica-se que o número de dengue clássico diminuiu para 28 e não
foi registrado nenhum caso com complicação ou com febre hemorrágica.
Freqüência por Classificacao segundo Distr Resid - 2009
Distr Resid Dengue Clássico Descartado Total
198 ARACATIACU 2 29 31
202 JAIBARAS 0 5 5
208 PEDRINHAS 0 14 14
200 PATRIARCA 0 18 18
201 BONFIM 2 18 20
203 RAFAEL ARRUDA 1 16 17
209 ALTO BRASILIA 1 35 36
214 ALTO CRISTO 0 1 1
216 TAMARINDO 1 11 12
226 CAIOCA 0 13 13
211 COELCE 1 39 40
215 PADRE PALHANO 1 40 41
217 DOM EXPEDITO 1 101 102
218 EXPECTATIVA 2 85 87
225 BILHEIRA 0 3 3
227 BARACHO 1 5 6
197 TAPERUABA 1 26 27
204 APRAZIVEL 3 43 46
205 JORDAO 0 4 4
199 CARACARA 1 45 46
207 SINHA SABOIA 0 249 249
210 JUNCO 2 84 86
206 PATOS 0 6 6
219 CAIC 1 13 14
221 VILA UNIAO 1 46 47
17
223 CENTRO 3 36 39 213 TERRENOS NOVOS 2 64 66
220 SUMARE 0 63 63
222 SANTA CASA 0 30 30
224 TORTO 1 7 8
Total 28 1149 1177 FONTE: Centro de Zoonose de Sobral, 2011
Vê-se que o ano de 2010, a seguir, os números diminuíram
assustadoramente, o que leva a concluir que o trabalho desenvolvido pela
Secretaria da Saúde de Sobral, de convocar os seus colaboradores e a população
em geral, para acabar com o mosquito da dengue vem obtendo resultados, um
vez que no ano de 2010 foi notificado o número total de dengue clássico de 16
casos, sendo o bairro do Junco o que mais foi atingido.
NOTIFICAÇÃO/INVESTIGAÇÃO DENGUE - Sinan NET / Sinan Online
Freqüência por Classificacao segundo Distr Resid 2010
Distr Resid Dengue Clássico Descartado Inconclusivo Total
198 ARACATIACU 0 5 1 6
202 JAIBARAS 0 1 3 4
208 PEDRINHAS 3 6 2 11
200 PATRIARCA 0 2 1 3
201 BONFIM 0 1 0 1
203 RAFAEL ARRUDA 0 4 3 7
209 ALTO BRASILIA 0 2 0 2
216 TAMARINDO 0 7 2 9
226 CAIOCA 0 1 3 4
211 COELCE 1 5 1 7
215 PADRE PALHANO 1 14 1 16
217 DOM EXPEDITO 0 4 1 5
218 EXPECTATIVA 0 12 1 13
227 BARACHO 0 0 1 1
197 TAPERUABA 0 3 2 5
204 APRAZIVEL 2 10 6 18
205 JORDAO 0 3 1 4
199 CARACARA 1 6 0 7
207 SINHA SABOIA 1 32 14 47
210 JUNCO 4 22 11 37
206 PATOS 1 7 1 9
219 CAIC 0 5 0 5
221 VILA UNIAO 0 3 1 4
223 CENTRO 1 2 3 6
18
213 TERRENOS NOVOS 1 25 2 28
220 SUMARE 0 19 4 23
222 SANTA CASA 0 3 0 3
224 TORTO 0 1 0 1
Total 16 205 65 286 FONTE: Centro de Zoonose de Sobral, 2011
No ano de 2011, de acordo com a Tabela abaixo, dos dados fornecidos
pelo Centro de Zoonose, mostram um aumento, o que pode ser explicado pela
troca de gestor, uma vez que o vice-prefeito assumiu a prefeitura, o que pode ter
contribuído para uma nova visão do trabalho que estava sendo desenvolvido e
que este não venha trazendo a eficácia do trabalho realizado pela gestão anterior.
NOTIFICAÇÃO/INVESTIGAÇÃO DENGUE - Sinan NET / Sinan Online 2011
Freqüência por Classificacao segundo Distr Resid
Distr Resid Ign/Branco Dengue Clássico Descartado Inconclusivo Total
198 ARACATIACU 0 2 25 0 27
202 JAIBARAS 1 1 13 0 15
208 PEDRINHAS 4 9 21 1 35
200 PATRIARCA 1 0 16 0 17
201 BONFIM 0 1 8 0 9
203 RAFAEL ARRUDA 0 1 15 1 17
209 ALTO BRASILIA 0 2 8 0 10
216 TAMARINDO 2 2 7 0 11
226 CAIOCA 2 0 2 1 5
211 COELCE 6 9 35 2 52
215 PADRE PALHANO 2 3 20 1 26
217 DOM EXPEDITO 6 3 46 1 56
218 EXPECTATIVA 7 5 43 1 56
225 BILHEIRA 0 1 4 0 5
197 TAPERUABA 3 1 8 0 12
204 APRAZIVEL 2 9 23 0 34
205 JORDAO 1 0 1 0 2
199 CARACARA 3 5 14 0 22
207 SINHA SABOIA 30 5 54 5 94
210 JUNCO 14 10 69 0 93
206 PATOS 1 0 8 0 9
219 CAIC 2 1 5 1 9
221 VILA UNIAO 0 2 25 0 27
223 CENTRO 7 4 18 0 29
19
213 TERRENOS NOVOS 10 1 50 0 61
220 SUMARE 0 5 35 0 40
222 SANTA CASA 1 1 25 0 27
224 TORTO 1 3 12 0 16
Total 106 86 610 14 816 FONTE: Centro de Zoonose de Sobral, 2011
CONSIDERAÇÕES FINAIS
No presente estudo, foi realizado um estudo descritivo, de casos de
Dengue começando pelo seu aspecto histórico onde procurou-se dar um enfoque
da presença do mosquito no Mundo, no Brasil, no Ceará e em Sobral (CE).
Os dados e análise do estudo constam de fontes secundárias, ou seja,
reportagens retiradas de jornais de circulação nacional e local; do próprio Centro
de Zoonose de Sobral, e, de livros e revistas especializados no assunto.
Não houve a possibilidade de trabalhar com um determinado número de
pessoas, uma vez que, este estudo não levou em conta pesquisa de campo.
Entretanto, foi dada maior ênfase aos aspectos sintomatológico e preventivo,
embora tenha sido necessária uma referência ao histórico do Dengue no tempo e
no espaço.
Considera-se que a Dengue pode ser enquadrada entre as chamadas
doenças tropicais, razão porque tem sua área específica, pois o agente
transmissor necessita de um habitat que lhe seja propício. A causa da incidência
está na falta de saneamento básico, todavia é mais um trabalho de educação
individual. Portanto, torna-se imprescindível um trabalho educativo junto à
população, pois sem o apoio e a boa vontade desta os órgãos governamentais
têm um poder bastante limitado no sentido de erradicar o agente transmissor.
Mediante ao exposto a conscientização da comunidade é tão importante
como o interesse da Fundação Nacional de Saúde. Foi verificada que a Dengue
existe, pois ficou documentada como epidemia em vários países do mundo, por
20
isso vem despertando o cuidado dos órgãos competentes em âmbitos local,
nacional e internacional.
Verificando-se, portanto, que o trabalho que vinha sendo desenvolvido pelo
poder local de Sobral (CE) estava dando certo, quando houve uma minimização
dos casos, o que, no entanto, não aconteceu no ano de 2011, pois um grande
número de casos foi detectado e notificado.
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______. Ministério da Saúde. Departamento de vigilância a Saúde. Disponível em: http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/boletim_dengue_dez2006.pdf.. Acesso em: 20 de julho de 2007.
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________ Fundação Nacional de Saúde. Dengue – Instruções para o Pessoal de combate ao vetor: Manual de Normas Técnicas. 3ª ed. Brasília: Ministério da Saúde/Fundação nacional de Saúde, 2002.
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21
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TEIXEIRA, M. da G et al. Epidemiologia e Medidas de Prevenção do Dengue. Informe epidemiológico do SUS. Centro Nacional de Epidemiologia – Brasília: Ministério da Saúde/Fundação Nacional da Saúde, v.8,n.4.nov./dez. 1999.
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SOBRAL. Secretaria de Saúde. Departamento de vigilância a Saúde. Disponível em: http://www.sobral.ce.gov.br/sec/saude/index.php?view=article&catid=71%3Amorbidade&id=209%3Adengue&format=pdf&option=com_content&Itemid=152. Acesso em: 15 de dezembro de 2011.