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i A Declaração da Nossa Fé Artigos de Fé da Nossa Declaração de Fé Incluindo Comentário e Estudos Bíblicos Sobre os Vinte e Três Assuntos Apresentados Compilado pelo Pastor Calvin G Gardner 2007

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A Declaração da Nossa Fé

Artigos de Fé da Nossa Declaração de Fé

Incluindo

Comentário e Estudos Bíblicos

Sobre os Vinte e Três Assuntos Apresentados

Compilado pelo Pastor Calvin G Gardner

2007

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A Declaração da Nossa Fé

Artigos de Fé da Nossa Declaração de Fé

Incluindo

Comentário e Estudos Bíblicos

Sobre os Vinte e Três Assuntos Apresentados

Compilado pelo Pastor Calvin G Gardner

2007

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Imprensa

Palavra Prudente

A Verdade em texto, áudio e vídeo Rua José Tarifado Conde 1175

Jardim Estoril C. P. 4426

19020-970 Presidente Prudente, São Paulo

Revisão Gramatical Final: 02/14 Valdenira Nunes Menezes Silva

Primeira edição: 12/14

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Índice Página

I. As Escrituras 2

II. Do Deus Verdadeiro 10

III. A Queda do Homem 16

IV. O Caminho da Salvação 22

V. A Justificação 32

VI. O Caráter Gratuito da Graça 38

VII. A Graça na Regeneração 44

VIII. O Arrependimento e A Fé 49

IX. O Propósito Divino da Graça 54

X. A Santificação 69

XI. A Perseverança dos Santos 75

XII. Harmonia da Lei com O Evangelho 79

XIII. Uma Igreja Evangélica 82

XIV. As Duas Ordenanças 89

XV. A Independência da Igreja 96

XVI. O Dia do Senhor 104

XVII. O Governo Civil 109

XVIII. Os Justos e os Injustos 112

XIX. A Separação do Erro 116

XX. O Mundo Vindouro 119

XXI. Métodos Missionários 127

XXII. O Louvor 130

XXIII. O Batismo do Espírito Santo 134

Bibliografia 139

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I. AS ESCRITURAS

Cremos que a Bíblia Sagrada foi escrita por homens santos que falaram inspirados pelo

Espírito Santo, produzindo um tesouro perfeito de instrução celestial 1,

que tem Deus como

autor, a salvação a sua finalidade 2, e a verdade, sem qualquer mistura de erro, como sua

matéria 3; que revela os princípios pelos quais Deus nos julgará

4, e, portanto, é e

continuará sendo, até o fim do mundo, o verdadeiro centro da união cristã 5, e o padrão

supremo pelo qual toda conduta, credo e opinião humana devem ser julgados 6.

1.1 Cremos que a Bíblia Sagrada foi escrita por homens santos que falaram inspirados

pelo Espírito Santo, produzindo um tesouro perfeito de instrução celestial 1, que tem Deus

como autor, a salvação a sua finalidade 2, e a verdade, sem qualquer mistura de erro, como

sua matéria 3, que revela os princípios pelos quais Deus nos julgará

4, e, portanto, é e

continuará sendo, até o fim do mundo, o verdadeiro centro da união cristã 5, e o padrão

supremo pelo qual toda conduta, credo e opinião humana devem ser julgados 6.

II Timóteo 3.16,17, “Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para

ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça; Para que o homem

de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra”; II Pedro 1.21;

II Samuel 23.2; Atos 1.16; 3.21; João 10.35 (Salmos 82.6); Lucas 16.29-31; Salmos

119.11; Romanos 3.1,2; Isaías 8.20; I Pedro 1.10-12.

O Que é Inspiração?

Quando Paulo disse que toda a Escritura é dada por inspiração de Deus (II Timóteo 3.16),

ele empregou a palavra grega "theopneustos" com a ideia de inspiração. A palavra grega

compõe-se de "theos", que significa Deus, e "pneu", significando respirar. A palavra

composta é um adjetivo significando literalmente "inspirado de Deus". Desde que é o

fôlego que produz a fala, esta palavra proveu um modo muito apto e impressivo de dizer

que a Escritura é a palavra de Deus (T. P. Simmons, p. 53).

É a influência do Espírito Santo sobre um ser, pelo qual este é movido, infalivelmente, e

guiado em todas as suas afirmações enquanto tiver esta influência (Shedd, pg. 88)

Inspiração é a influência do Espírito de Deus sobre as mentes dos escritores da Bíblia que

fizeram dos escritos, o registro de uma revelação divina progressiva, suficiente, quando

tomada no seu conjunto e interpretada pelo mesmo Espírito que os inspirou a dirigir, cada

inquiridor a Cristo e à salvação (A.H. Strong, V. 1, pg. 293).

Como pode a Inspiração incluir um Elemento Humano?

Os homens que falaram e escreveram segundo eram impulsionados pelo Espírito do

Senhor, foram instrumentos usados por Deus, a fim de falarem e escreverem a Sua

Palavra. As peculiaridades do pensamento, do sentimento e do estilo deles não puderam

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impedir que aquilo que diziam e escreviam fosse a Palavra de Deus, apesar do seu tom de

voz ou da sua caligrafia – Mateus 10.20; Marcos 7.13; I Tessalonicenses 2.13 (Dagg, pg.

9).

“As garrafas não são o vinho, mas se elas se quebram, o vinho derramará” (Watts, New

Apologetic, 40, 111). Esta citação revela o relacionamento íntimo que o Espírito Santo

tem com os instrumentos (homens santos) que usou para produzir as Escrituras.

O sopro divino do Espírito Santo sobre o espírito do homem (II Timóteo 3.16) tem como

consequência um impulso e emprego interior da mente humana: “os homens santos de

Deus falaram inspirados (carregados) pelo Espírito Santo” (II Pedro 1.21 – Shedd, V. 1,

pg. 88).

Os pensamentos de um homem têm um relacionamento íntimo e uma conexão necessária

com a sua linguagem. O que promove o pensamento promove também a linguagem usada

para comunicar tais pensamentos (Mateus 15.18, “Mas, o que sai da boca, procede do

coração, e isso contamina o homem.”; Provérbios 23.7 “Porque, como imaginou no seu

coração, assim é ele ...” – Shedd)

1.2. Cremos que a Bíblia Sagrada foi escrita por homens santos que falaram inspirados

pelo Espírito Santo, produzindo um tesouro perfeito de instrução celestial 1, que têm Deus

como autor, a salvação a sua finalidade 2, e a verdade sem qualquer mistura de erro como

sua matéria 3; que revela os princípios pelos quais Deus nos julgará

4, e portanto é, e

continuará sendo até o fim do mundo, o verdadeiro centro da união cristã 5, e o padrão

supremo pelo qual toda conduta, credo e opinião humana devem ser julgados 6.

II Timóteo 3.15, “E que desde a tua meninice sabes as sagradas Escrituras, que

podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus.”; I Pedro 1.10-

12; Salmos 85.8; Hebreus 1.1; Atos 11.14; Romanos 1.16; Marcos 16.16; João 5.38,39;

20.31; Romanos 10.17.

As Escrituras sendo inspiradas divinamente atestam que Deus é o Autor (Is 40.8; II Tm

3.16). Essa coleção de 66 livros é chamada de a Palavra de Deus (Jo 10.36; I Co 14.36,37).

Provas que a Bíblia é a Revelação de Deus são as seguintes.

Quanto à profundidade do seu conteúdo. Depois de repetidas lidas pelos anos, a Bíblia

continua nova e atual para hoje (Hebreus 4.12). Os escritos de mero homem fatigam e se

tornam desatualizados.

Quanto à sua incomparável concisão. Moisés,em 50 capítulos breves no livro de Gênesis,

trata de acontecimentos tremendamente importantes em menos espaço do que o historiador

Joséfo usa para falar da sua própria vida no seu volume sobre a história dos judeus. Pensa

também nos quatro evangelhos do Novo Testamento. Depois de três anos de serem

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instruídos por Cristo, qual homem poderia se conter a não elaborar comentários extensos

sobre os primeiros 30 anos de Cristo, ou refletir verbosamente sobre o significado dos

milagres, ou enfatizar muito mais sobre os pensamentos e ensinos de Cristo? E mais, quem

entre nós podia ser sábio, suficientemente, para distinguir o que deve ser meramente

mencionado e o que devia ser explicado em minúcia? (Gaussen, citado por T. P. Simmons,

p. 41).

O relato da criação, o ensino da doutrina dos anjos, o descobrimento do atributo da

onipresença de Deus, as verdades que cercam a redenção humana, etc. somente podem ser

afirmados por Quem é superior aos anjos e aos homens e por Quem quis revelar tais

verdades ao homem.

A unidade maravilhosa contida na Bíblia atesta a verdade de que ela é uma revelação

divina. “A Bíblia contém quase toda a forma de literatura... história, biografia, contos,

dramas, argumentos, poesia, sátiras e cânticos. Ela foi escrita em três línguas (hebraico,

grego, aramaico) por uns quarenta autores diferentes que viveram em três continentes.

Esteve no processo de composição uns mil quinhentos ou seiscentos anos. ‘Entre esses

autores estiveram reis, agricultores, mecânicos, cientistas, advogados, generais,

pescadores, estadistas, sacerdotes, um coletor de impostos, um doutor, alguns ricos, alguns

pobres, alguns citadinos, outros camponeses, tocando, assim, todas as experiências dos

homens.’” (Peloubet, Bible Dictionary, citado por T. P. Simmons, p. 44).

Evidenciando que temos a revelação divina por escrito, todos os homens devem se

esforçar para conhecê-la! O homem sábio fará tudo que pode para estabelecer a sua vida

naquela revelação pela qual ele vai ser julgado no fim do mundo (Mateus 7.24-26).

Cristo é o Grande Tema da Bíblia

O espírito da profecia é Cristo – Ap 19.10, “E eu lancei-me a seus pés para o adorar; mas

ele disse-me: Olha não faças tal; sou teu conservo, e de teus irmãos, que têm o testemunho

de Jesus. Adora a Deus; porque o testemunho de Jesus é o espírito de profecia”.

As Escrituras testificam de Cristo - Jo 5.39, “Examinais as Escrituras, porque vós cuidais

ter nelas a vida eterna, e são elas que de Mim testificam”; Lc 24.44, “E disse-lhes: São

estas as palavras que vos disse estando ainda convosco: Que convinha que se cumprisse

tudo o que de Mim estava escrito na lei de Moisés, e nos profetas e nos Salmos”.

Não há salvação fora de Cristo – Jo 14.6, “Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade

e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por Mim”; At 4.12, “12 E em nenhum outro há

salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens,

pelo qual devamos ser salvos”; I Co 3.11, “Porque ninguém pode pôr outro fundamento

além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo”.

Sem ter a Palavra de Deus não há salvação – Rm 10.13-15, “Porque todo aquele que

invocar o nome do Senhor será salvo. Como, pois, invocarão Aquele em quem não

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creram? e como crerão nAquele de Quem não ouviram? e como ouvirão se não há quem

pregue? E como pregarão se não forem enviados? como está escrito: Quão formosos os

pés dos que anunciam o evangelho de paz; dos que trazem alegres novas de boas coisas”;

Rm 10.17, “De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus”.

1.3. Cremos que a Bíblia Sagrada foi escrita por homens santos que falaram inspirados

pelo Espírito Santo, produzindo um tesouro perfeito de instrução celestial 1, que têm Deus

como autor, a salvação como a sua finalidade 2, e a verdade, sem qualquer mistura de

erro, como sua matéria 3, que revela os princípios pelos quais Deus nos julgará

4, e,

portanto é, e continuará sendo até o fim do mundo, o verdadeiro centro da união cristã 5, e

o padrão supremo pelo qual toda conduta, credo e opinião humana devem ser julgados 6.

Provérbios 30.5, “Toda a Palavra de Deus é pura; escudo é para os que confiam

nele.”; João 6.63; 17.17; Apocalipse 22.18,19; Romanos 3.4; Salmos 19.8.

A inspiração verbal e a inspiração plenária atestam que as Escrituras têm Deus como

autor.

Inspiração Verbal

Por ter este relacionamento e esta necessidade entre o pensamento e a linguagem que o

comunica podemos afirmar que a Palavra de Deus é inspirada verbalmente, ou seja, as

próprias palavras usadas nas Escrituras são as palavras exatas que Deus quis que os

escritores usassem para comunicar a Sua Palavra.

A Bíblia não afirma que ela foi dada a nós por homens inspirados mas insiste que as

palavras escritas e faladas por homens santos são as palavras de Deus. Seus escritores

reconheceram que as suas afirmações eram de Deus (II Samuel 23.2; Jeremias 1.9). A

própria Escritura diz que ela, palavra por palavra, é de Deus (Sal 19.7, “perfeito”; 119.140,

“muito pura”; 160, “é a verdade desde o princípio”). O Novo Testamento afirma o mesmo

(Lucas 12.11,12, “na mesma hora vos ensinará o Espírito Santo o que vos convenha falar”

– foram os discípulos que falaram, mas foi o Espírito Santo que lhes ensinou- o que

convinha falar; Atos 3.18, “Deus ... cumpriu ... que pela boca de todos os Seus profetas

havia anunciado ...”). Por Cristo citar o Velho Testamento, dê crédito de que as palavras

foram cada uma de Deus (Mateus 4.1-11; 19.4,5; 22.29; Marcos 7.13). (A.W. Pink,

Inspiration of the Bible, capítulo 13).

As provas de que a Palavra de Deus é dada pela inspiração verbal, ou seja, de que as

próprias palavras usadas pelos escritores foram influenciadas pelo Espírito Santo são

muitas.

1. A Bíblia é Escritura divina. Portanto, necessariamente, é provada a inspiração verbal.

2. Paulo disse que as palavras empregadas por ele foram ensinadas a ele pelo Espírito

Santo (I Cor 2.13)

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3. Pedro afirmou a inspiração verbal dos seus próprios escritos como dos outros apóstolos.

Em II Pedro 3.1,2,15,16, Pedro põe os seus próprios escritos e os de outros apóstolos

em nível com as Escrituras do Velho Testamento. E desde que Pedro creu que as

Escrituras do Velho Testamento eram verbalmente inspiradas (Atos 1.16), segue-se,

portanto, que ele considerava os seus escritos e os de outros apóstolos como,

verbalmente, inspirados.

4. Citações no Novo Testamento tiradas do Velho provam a inspiração verbal pelos

escritores do Novo Testamento. Tinham os judeus pela letra da Escritura uma

consideração supersticiosa. Certamente, então, judeus devotos, se deixados a si

mesmos, seriam extremamente cuidadosos de citarem a Escritura como está escrita.

Todos os escritores do Novo Testamento, salvo Lucas, eram judeus, contudo não

escreveram como judeus. O que pode explicar isto, se eles não estavam cônscios da

sanção divina de cada palavra que escreveram? Alguns bons exemplos de citações do

Velho Testamento pelos escritores do Novo, onde novo sentido se põe nas citações, se

acham em Romanos 10.6-8, que é uma citação de Deuteronômio 30.11-14.

5. Marcos afirmou que o Senhor falou pelos profetas do Velho Testamento. Marcos 12.36

6. Lucas afirmou que o Senhor falou pela boca dos santos profetas. Lucas 1.70.

7. O escritor aos Hebreus afirmou o mesmo. Hebreus 1.1.

8. Pedro afirmou que o Espírito Santo falou pela boca de Davi. Atos 1.16.

9. O argumento de Paulo em Gálatas 3.16 implica inspiração verbal. Neste lugar, Paulo

baseia um argumento no número singular da palavra “semente” na promessa de Deus a

Abraão.

10. Os escritores do Velho Testamento implicaram e ensinaram constantemente a

autoridade divina de suas próprias palavras: “Disse o Senhor ...” (198 vezes).

11. A profecia cumprida é prova da inspiração verbal. Um estudo da profecia cumprida

convencerá qualquer pessoa esclarecida que os profetas foram, necessariamente,

inspirados nas próprias palavras que enunciaram; do contrário, não podiam ter predito

algo do que eles nada sabiam. As profecias foram detalhadas, assim como o seu

cumprimento.

12. Jesus afirmou a inspiração verbal das escrituras. Ele disse: “A Escritura não pode ser

quebrada” (João 10.35). Com isso, Ele quis dizer que o sentido da Escritura não pode

ser afrouxado nem sua verdade destruída. Sentido e verdade dependem de palavras

para sua expressão. Sentido infalível é impossível sem palavras infalíveis

(T.P.Simmons, pgs.59-62).

“Divino e humano, sejam ambos admitidos, reconhecidos e aceitos grata e jubilosamente,

contribuindo cada um para fazer a Bíblia mais completamente adaptada às necessidades

humanas como instrumento da graça divina e o guia para almas humanas, fracas e errantes.

A palavra não é do homem, quanto à sua fonte: nem depende do homem, quanto à sua

autoridade: é por meio do homem e pelo homem como seu meio; todavia, não,

simplesmente, como o canal ao longo da qual corre água por uma bica sem vida, mas pelo

homem e através do homem como o agente, voluntariamente, ativo e inteligente na sua

comunicação” (T.P. Simmons, pg. 55).

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Inspiração Plenária A Escritura é, toda ela, a Palavra de Deus; ainda assim, muitíssimo dela é também a

palavra do homem. Os escritores diferem em temperamento, linguagem e estilo, diferenças

que estão claramente manifestas nos seus escritos, ainda que suas produções são tão

verdadeiras e completamente a Palavra de Deus como qualquer expressão oral de Jesus

(T.P. Simmons, pg. 58). Pela Bíblia ser uma produção divina de capa a capa pela

inspiração, pode ser dita que a Bíblia é plenamente, ou seja, totalmente a Palavra de Deus,

portanto, verdadeira e sem mistura de erro.

Relembremos que o que Deus inspirou, certamente Ele preservou pelos séculos, na mais

pura forma possível, para que tivéssemos, hoje, na língua portuguesa, a Sua Palavra.

Tomamos a versão de João Ferreira de Almeida, edição Corrigida e Revisada, Fiel ao

Texto Original (da Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil), como a fiel tradução da

Palavra de Deus.

“A Bíblia fala no tom de voz do próprio Deus” (Charles H. Spurgeon)

1. 4. Cremos que a Bíblia Sagrada foi escrita por homens santos que falaram inspirados

pelo Espírito Santo, produzindo um tesouro perfeito de instrução celestial 1, que tem Deus

como autor, a salvação a sua finalidade 2, e a verdade sem qualquer mistura de erro como

sua matéria 3; que revela os princípios pelos quais Deus nos julgará

4, e portanto é, e

continuará sendo, até o fim do mundo, o verdadeiro centro da união cristã 5, e o padrão

supremo pelo qual toda conduta, credo e opinião humana devem ser julgados 6.

Romanos 2.12, “Porque todos os que sem lei pecaram, sem lei também perecerão; e

todos os que sob a lei pecaram, pela lei serão julgados”; João 12.47,48; I Coríntios

4.3,4; Lucas 10.10-16; 12.47,48; I Coríntios 3.13.

1.5. Cremos que a Bíblia Sagrada foi escrita por homens santos que falaram inspirados

pelo Espírito Santo, produzindo um tesouro perfeito de instrução celestial 1, que tem Deus

como autor, a salvação a sua finalidade 2, e a verdade sem qualquer mistura de erro como

sua matéria 3; que revela os princípios pelos quais Deus nos julgará

4, e portanto é, e

continuará sendo, até o fim do mundo, o verdadeiro centro da união cristã 5, e o padrão

supremo pelo qual toda conduta, credo e opinião humana devem ser julgados 6.

A Preservação da Bíblia

I Pe 1.23-25, “a palavra de Deus, ... que permanece para sempre.” (Is 40.8; Mt. 24.35)

O fato da Bíblia sobreviver pelos séculos já apoia o fato de que ela é indestrutível

tanto quanto o Seu Autor. Os livros dos homens são como os homens: mortais e falíveis.

A porcentagem dos livros que duram mais que vinte anos é pequena, os de mais de cem

anos, menor ainda e os que sobrevivem um milênio ainda mais rara. Mas, antes de todos

eles existirem, ainda reina, hoje, a Bíblia. Ela estará presente no fim de tudo e estará no

céu em toda a sua glória (Ap 19.15; Hb 4.12; Ap 20.12).

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A União Cristã

Filipenses 3.16, “Mas, naquilo a que já chegamos, andemos segundo a mesma regra, e

sintamos o mesmo.”; Efésios 4.3-6; Filipenses 2.1,2; I Coríntios 1.10; I Pedro 4.11; I João

1.1-4,7.

Quando há união com a verdade, há alegria imensa. Falando sério e biblicamente, não há

união cristã sem a verdade (Amós 3.3, “Porventura andarão dois juntos, se não estiverem

de acordo?”). Pela verdade, devemos estar preparados para andarmos sozinhos, se for

necessário. A doutrina da Palavra de Deus reprova, repreende, corrige e divide (II Tim

3.16; 4.2; Heb 4.12). Sem querer provocar a carne, o ministro da verdade pode pôr em

dissensão o homem contra seu pai, a filha contra sua mãe, a nora contra sua sogra (Mat.

10.35). Essa divisão entre os homens é por causa da união com Cristo, que a Palavra de

Deus opera. Quando há concordância do meu irmão para com a Palavra de Deus, podemos

ter união juntos com Deus a esse respeito. Todavia, se meu irmão não concordar com a

Palavra de Deus, não podemos ter união juntos com Deus a esse respeito. Nestes casos, em

vez da união, deve existir reprovação. A atitude cristã deve pender para o lado da verdade

e reprovação e não para o lado da união com o erro (Prov. 23.23, “Compra a verdade, e

não a vendas;...”).

A comunhão verdadeira é com o Pai e com Seu Filho Jesus Cristo ( I João 1.3). A união

somente é cristã quando é com o Pai e Seu Filho. Se quiser conhecer a união cristã

verdadeira, busca aquela adoração “em espírito e em verdade” (João 4.24). Essa adoração

é pela operação de Deus, pelo Espírito Santo testificando a Jesus Cristo. A adoração

verdadeira não é conhecida através daquela confraternidade íntima que pode ocorrer entre

os religiosos que não estão de acordo com a perfeição da pessoa ou a obra de Cristo, nem

com a suficiência da Palavra de Deus, nem entre aqueles que têm o Espírito Santo como o

maior objetivo dos cultos públicos. Os que têm comunhão com o Pai e com Seu Filho,

Jesus Cristo, terão uma prática comum que é bíblica. No meio desses, há uma união cristã,

mas não entre os que têm discórdia sobre as doutrinas fundamentais da Palavra de Deus.

1.6. Cremos que a Bíblia Sagrada foi escrita por homens santos que falaram inspirados

pelo Espírito Santo, produzindo um tesouro perfeito de instrução celestial 1, que tem Deus

como autor, a salvação a sua finalidade 2, e a verdade sem qualquer mistura de erro como

sua matéria 3; que revela os princípios pelos quais Deus nos julgará

4, e, portanto, é e

continuará sendo, até o fim do mundo, o verdadeiro centro da união cristã 5, e o padrão

supremo pelo qual toda conduta, credo e opinião humana devem ser julgados 6.

I João 4.1, “Amados, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de

Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo.”; Isaías 8.20; I

Tessalonicenses 5.21; II Coríntios 13.5; Atos 17.11; I João 4.6; Judas 3; Efésios 6.17;

Salmos 119.59,60; Filipenses 1.9-11; II João 10; Romanos 16.17.

Com uma restrição séria à doutrina da Palavra de Deus por todos que dizem que conhecem

o Senhor, a união que glorifica Deus e exalta Cristo será automática e normal. É dessa

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maneira que os verdadeiros serão uma testemunha forte no mundo (João 13.35). De outra

maneira, pedir união ao preço da prática e pregação de todo conselho de Deus, de uma

consciência boa para com Deus, de lealdade a Cristo pela igreja verdadeira, ou deixar a

observação séria dos mandamentos de Deus, é pedir demais. Neste caso, é melhor que

olhemos para nós mesmos para que recebamos o inteiro galardão (II João 1.8).

Evidenciando que temos a revelação divina por escrito, todos os homens devem se

esforçar para conhecê-la! O homem sábio fará tudo que puder para estabelecer a sua vida

naquela revelação pela qual ele vai ser julgado no fim do mundo (Mateus 7.24-26).

Tendo as Palavras de Deus em nossas mãos devemos:

Verificar se estamos em união com Deus, Seu Autor, através de Cristo.

Ser mais e mais submissos a Ela na vida particular, familiar e pública.

Orar a Deus que Ele nos ensine de Si mesmo por ela.

Termos um tempo regular e sistemático para aprender dela mais e mais.

Ser cuidadosos na proclamação dela.

“Observe... a mesma reverência que temos para com Deus também se deve à Escritura,

porque ela procede unicamente dEle, e não há nada do homem presente nela” - João

Calvino

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II. O VERDADEIRO DEUS

Cremos que as Escrituras ensinam que existe um e somente um Deus vivo e verdadeiro,

em Espírito infinito e inteligente, cujo nome é JEOVÁ, Criador e Supremo Governador do

céu e da terra 1, individualmente, glorioso em santidade

2, e digno de toda a honra,

confiança e amor 3; que na unidade da Divindade existem três pessoas, O Pai, O Filho e O

Espírito Santo 4, iguais em toda perfeição divina

5, e executando ofícios distintos mas

harmoniosos na grande obra da redenção 6.

2.1. Cremos que as Escrituras ensinam que existe um e somente um Deus vivo e

verdadeiro, em Espírito infinito e inteligente, cujo nome é JEOVÁ, Criador e Supremo

Governador do Céu e da terra 1, individualmente, glorioso em santidade

2, e digno de toda

a honra, confiança e amor 3; que na unidade da Divindade existem três pessoas, O Pai, O

Filho e O Espírito Santo 4, iguais em toda perfeição divina

5, e executando ofícios distintos

mas harmoniosos na grande obra da redenção 6.

“Deus é um” (Gálatas 3.20; Deuteronômio 6.4; Marcos 12.29). Se Deus não fosse Espírito

puro, não poderia ser Um. Se Deus tivesse um corpo, contendo membros distintos como o

nosso, Ele seria capaz de divisão, e, portanto, não seria, completamente, um. Se fosse feito

de membros, cada parte precisaria ser ou partes finitas ou infinitas: se finitas, não

poderiam ser parte de Deus, pois, ser Deus e finito seria uma contradição; se infinitas,

então cada parte seria, distintamente, infinita, e, portanto, cada parte seria uma Divindade

em si. Suponha que este corpo tivesse todas as partes da mesma natureza, como o ar e a

água têm. A menor partícula do ar é, completamente, ar como qualquer parte maior dele, e

a menor partícula de água é tão completamente água quanta a maior quantidade dela.

Imagine se um pedacinho de Deus poderia ser tão Deus como a soma dEle; ou seja, se

pudesse ter muitas partículas divinas para compor um Deus, como átomos pequenos

compõem um corpo. O que poderia ser mais absurdo? Se Deus tivesse um corpo como

um corpo humano, e fosse feito de corpo e alma, e de substância e qualidade, Ele não

poderia ser a mais perfeita unidade; Ele seria feito de partes distintas, e estas partes

individuais seriam de uma natureza distinta, como os membros do corpo humano são.

Mas, como é dito como axioma: Onde tiver a maior união, deve ter também a menor

complexidade; assim Deus é um. Tão livre de mudança, Ele é isento de complexidade e

profusão de partes. “Ouve, Israel, o SENHOR nosso Deus é o único SENHOR”,

Deuteronômio 6.4 (Charnock, V. I, pg. 184).

Provas das Escrituras confirmam claramente que Deus é Um.

As passagens que declaram, explicitamente, que Deus é um: Deuteronômio 6.4;

Malaquias 2.10; Marcos 12.29,30; I Timóteo 2.5; Efésios 4.5,6; Tiago 2.19.

As afirmações de que não há nenhum outro ou não há outro a não ser Ele:

Deuteronômio 4.35,39; I Samuel 2.2; II Samuel 7.22; I Reis 8.60; Isaías 44.6,8;

45.5, 6,21,22; 46.9; Joel 2.27.

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11

Passagens que ensinam que não há ninguém igual a Deus ou que ninguém pode ser

comparado a Ele: Êxodo 8.10; 9.14; 15.11 II Samuel 7.22; I Reis 8.23; II Crônicas

6.14; Isaías 40.25; 46.5; Jeremias 10.6.

As declarações que somente Ele é Deus: II Samuel 22.32; Neemias 9.6; Salmos

18.31; 86.10; Isaías 37.16; 43.10,12; 46.9; João 17.3; I Coríntios 8.4-6.

Os ensinos que somente Ele deve ser adorado: Êxodo 20.5; 34.14; I Samuel 7.3; II

Reis 17.36; Mateus 4.10; Romanos 1.25; Apocalipse 19.10.

As passagens que proíbem outros a serem aceitos como Deus: Êxodo 20.3;

Deuteronômio 5.7; Isaías 42.8; Oséias 13.4.

As passagens que proclamam ser Ele supremo sobre todos os deuses: Deuteronômio

10.17; Josué 22.22; Salmos 96.4,5; Jeremias 14.22; I Coríntios 8.4-6.

As passagens que declaram Deus ser o Verdadeiro: Jeremias 10.10; I

Tessalonicenses 1.9.

Prova da Criação confirma, claramente, que Deus é Um.

O argumento mais claro de que Deus é um, se tem na uniformidade de planejamento na

criação. As mesmas leis da natureza prevalecem por toda parte. A luz que emana das

remotas estrelas possui as mesmas propriedades e obedece às mesmas leis que o sol de

nosso próprio sistema planetário (Dagg, pg. 40)

A Lógica dá Provas de que Deus é Um:

Somente pode ser um Deus, pois há somente uma Causa Primária. Como nos céus existe

uma lei somente que rege todas as órbitas de todos os corpos celestes, também há Um só

que dá vida e sustento a tudo que existe (Hebreus 1.3). (Watson, pg.73).

Somente pode existir um único ser Infinito, portanto há um só Deus. Não podem existir

dois Infinitos. Deus diz de Si mesmo: (Jeremias 23.24) “Esconder-se-ia alguém em

esconderijos, de modo que Eu não o veja? diz o SENHOR. Porventura não encho Eu os

céus e a terra? diz o SENHOR”. Se um Infinito enche tudo não resta lugar para outro

existir. (Watson, pg.73).

Somente pode existir um Poder Onipotente. Se tivessem dois, seriam em competição

constante, um estabelecendo, ou outro mudando ou destruindo as obras do outro. “Assim

diz o SENHOR, Rei de Israel, e seu Redentor, o SENHOR dos Exércitos: Eu sou o

primeiro, e Eu sou o último, e fora de Mim não há Deus” (Isaías 44.6, comentário de

Thomas Watson, pg.73).

Deus é vivo.

Por Deus ser um Deus imutável e único, Ele nunca muda. Ele não morre, Ele é vivo

sempiterno. Ele é o único que dá vida eterna por Seu Filho Jesus Cristo. Quem está em

Cristo, tem a vida. Quem não está em Cristo, não verá a vida mas tem a ira de Deus

permanecendo sobre ele (Jo 3.36).

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Sendo Ele vivo e sendo Ele a fonte de vida de todas as coisas, poderá dar vida eterna a

todos que se arrependem e crêem pela fé em Cristo. Jo 4.10-14, “10 Jesus respondeu, e

disse-lhe: Se tu conheceras o dom de Deus, e Quem é O que te diz: Dá-Me de beber, tu

Lhe pedirias, e Ele te daria água viva. Disse-lhe a mulher: Senhor, Tu não tens com que a

tirar, e o poço é fundo; onde, pois, tens a água viva? És Tu maior do que o nosso pai Jacó,

que nos deu o poço, bebendo ele próprio dele, e os seus filhos, e o seu gado? Jesus

respondeu, e disse-lhe: “Qualquer que beber desta água tornará a ter sede; Mas aquele que

beber da água que Eu lhe der nunca terá sede, porque a água que Eu lhe der se fará nele

uma fonte de água que salte para a vida eterna”.

Não esperamos por outro Salvador. Somente Jesus Cristo veio para ser o Salvador dos

pecadores que se arrependem e crêem nEle. Arrependa-se já crendo nEste Único Salvador

Vivo e Verdadeiro!

Deus é verdadeiro.

Jr 10.10, “Mas o SENHOR Deus é a verdade; ele mesmo é o Deus vivo e o Rei eterno; ao

seu furor treme a terra, e as nações não podem suportar a Sua indignação”.

João 4.24, “Deus é Espírito, e importa que os que O adoram O adorem em espírito e

em verdade.”; Salmos 147.5; Hebreus 3.4; Romanos 1.20; Jeremias 10.10; Daniel 4.34,

35;

2.2. Cremos que as Escrituras ensinam que existe um e somente um Deus vivo e

verdadeiro, em Espírito infinito e inteligente, cujo nome é JEOVÁ, Criador e Supremo

Governador do céu e da terra 1, individualmente, glorioso em santidade

2, e digno de toda a

honra, confiança e amor 3, que na unidade da Divindade existem três pessoas, O Pai, O

Filho e O Espírito Santo 4, iguais em toda perfeição divina

5, e executando ofícios distintos

mas harmoniosos na grande obra da redenção 6.

Êxodo 15.11: “Ó SENHOR, quem é como Tu entre os deuses? Quem é como Tu

glorificado em santidade, admirável em louvores, realizando maravilhas?”; Isaías 6.3;

I Pedro 1.15, 16; Apocalipse 4.6-8

2.3. Cremos que as Escrituras ensinam que existe um e somente um Deus vivo e

verdadeiro, em Espírito infinito e inteligente, cujo nome é JEOVÁ, Criador e Supremo

Governador do Céu e da terra 1, individualmente, glorioso em santidade

2, e digno de toda

a honra, confiança e amor 3, que na unidade da Divindade existem três pessoas, O Pai, O

Filho e O Espírito Santo 4, iguais em toda perfeição divina

5, e executando ofícios distintos

mas harmoniosos na grande obra da redenção 6.

Marcos 12.30, “Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a

tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças; este é o primeiro

mandamento.”; Apocalipse 4.11; Mateus 10.37; Jeremias 2.12,13

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Se houver um Deus, e Este é vivo e verdadeiro, qualquer outro é eliminado. Portanto...

“Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o

teu entendimento, e de todas as tuas forças; este é o primeiro mandamento” (Marcos

12.30).

Se houver um Deus, e Este é vivo e verdadeiro, existe somente uma religião correta:

Efésios 4.5, “Um só Senhor, uma só fé, um só batismo”. Existem muitos caminhos para o

inferno, mas um só para Deus, esse por Jesus Cristo (João 14.6, “Disse-lhe Jesus: Eu sou o

caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por Mim.”). At 14.15, “E

dizendo: Senhores, por que fazeis essas coisas? Nós também somos homens como vós,

sujeitos às mesmas paixões, e vos anunciamos que vos convertais dessas vaidades ao Deus

vivo, que fez o céu, e a terra, o mar, e tudo quanto há neles”.

Se houver um só Deus, e Este é vivo e verdadeiro, somente temos Um para agradar. Não

podemos servir a dois mestres (Mateus 6.24, “Ninguém pode servir a dois senhores;

porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não

podeis servir a Deus e a Mamom”). Como num reino há um só rei, também há um só

Deus. Então, esteja focalizado em buscar primeiro o reino dEste Único Deus!

Desde que há um único Deus, e Este é vivo e verdadeiro, somos exortados a ter união na

verdade (João 17.11: “E Eu já não estou mais no mundo, mas eles estão no mundo, e Eu

vou para Ti. Pai santo, guarda em Teu nome aqueles que Me deste, para que sejam um,

assim como Nós”; 21: “Para que todos sejam um, como Tu, ó Pai, o és em Mim, e Eu em

Ti; que também eles sejam um em Nós, para que o mundo creia que Tu Me enviaste”.

Desaprove tudo que quebra essa unidade do Filho para com o Pai, e aquela união do

cristão e seu Salvador (Romanos 16.17; I Coríntios 1.10-13; Gálatas 1.8,9; Efésios 5.11;

Filipenses 3.2, 17; II Tessalonicenses 3.14; Colossenses 2.8; II João 1.8).

2.4. Cremos que as Escrituras ensinam que existe um e somente um Deus vivo e

verdadeiro, em Espírito infinito e inteligente, cujo nome é JEOVÁ, Criador e Supremo

Governador do Céu e da terra 1, individualmente, glorioso em santidade

2, e digno de toda

a honra, confiança e amor 3, que na unidade da Divindade existem três pessoas, O Pai, O

Filho e O Espírito Santo 4, iguais em toda perfeição divina

5, e executando ofícios distintos

mas harmoniosos na grande obra da redenção 6.

Mateus 28.19, “Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em

nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo”; João 15.26; I Coríntios 12.4-6; I João 5.7

PAI FILHO ESPÍRITO SANTO

Infinito Is 40.28; Rm 11.33-

36

Jo 1.1-3; I Cor

1.24,30

Jo 4.24; 16.13 I Co

2.10

Eterno Êx 3.14; II Co Pv 8.22-35; Jo 8.68; Hb 9.14; Presente em

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11.31; I Tm 1.17; II

Tm 6.16

Hb 13.8; Ap 1.17,18 Gn 1.2 até Ap 22.17

Onipotente Dn 4.35; Rm 1.20;

9.20,28

Mt 9.6; 28.18-20; Fp

2.6; Cl 1.16; Ap 1.8

Gn 1.2; Jó 33.4; Ez

37.9,10; Lc 1.35; At

10.38

1. A natureza da trindade não pode ser entendida pela mente finita humana.

2. Não há nada na terra que simbolize, perfeitamente, a trindade.

3. A aceitação da verdade da trindade, que a Bíblia mostra, necessita de fé (Rom. 1.17;

Heb 11.6).

4. A falta da palavra “trindade” na Bíblia não é razão para não se crer na verdade

revelada. Esse termo não acrescenta nem diminui a verdade que pertence a Ele. O

termo apenas serve de rótulo de sistematização.

2.5. Cremos que as Escrituras ensinam que existe um e somente um Deus vivo e

verdadeiro, em Espírito infinito e inteligente, cujo nome é JEOVÁ, Criador e Supremo

Governador do Céu e da terra 1, individualmente, glorioso em santidade

2, e digno de toda

a honra, confiança e amor 3, que na unidade da Divindade existem três pessoas, O Pai, O

Filho e O Espírito Santo 4, iguais em toda perfeição divina

5, e executando ofícios distintos

mas harmoniosos na grande obra da redenção 6.

João 10.30, “Eu e o Pai somos um”; João 5.17; 14.23; 17.5,10; Atos 5.3,4; I Coríntios

2.10,11. Filipenses 2.5,6

Deus é um em natureza, essência e ser, mas revelado multiplamente às pessoas.

a) Êx. 3.14 – Em relação a Deus, os verbos podem ser usados tanto no presente como no

futuro:

Sou o que serei Serei o que sou Serei o que era

(Pastor Davis W. Huckabee, Studies in the Faith, p. 14).

b) Se pudéssemos entender como é Deus por completo, Ele não seria maior que nós.

O Filho não é O Pai e O Pai não é o Espírito Santo e O Espírito Santo não é O Filho

Mas O Filho é Deus, O Pai é Deus, O Espírito Santo é Deus E O Filho é igual ao Pai –

Isaías 9.6; O Espírito é igual ao Pai - Rom. 8.14; O Espírito é igual ao Filho - Rom. 8.9

2.6. Cremos que as Escrituras ensinam que existe um e somente um Deus vivo e

verdadeiro, em Espírito infinito e inteligente, cujo nome é JEOVÁ, Criador e Supremo

Governador do Céu e da terra 1, individualmente, glorioso em santidade

2, e digno de toda

a honra, confiança e amor 3, que na unidade da Divindade existem três pessoas, O Pai, O

Filho e O Espírito Santo 4, iguais em toda perfeição divina

5, e executando ofícios distintos

mas harmoniosos na grande obra da redenção 6.

Efésios 2.18, “Porque por Ele ambos temos acesso ao Pai em um mesmo Espírito.”; II

Coríntios 13.14; Apocalipse 1.4,5; Hebreus 9.12-15.

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Os ofícios da trindade são distintos na obra da salvação. O Pai elege – Ef 1.3-4, “Bendito o

Deus e Pai ... nos elegeu”(II Ts 23); O Filho é o Meio – Ef 1.5, “por Jesus Cristo” (Jo

14.6), o Espírito Santo aplica – II Ts 2.13, 14, “em santificação do Espírito”

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III. A QUEDA DO HOMEM.

Cremos que as Escrituras ensinam que o homem foi criado em santidade, sob a lei de Seu

Criador 1, mas que, por transgressão voluntária, caiu daquele feliz e santo estado

2. Em

consequência disso, toda a humanidade é agora composta de pecadores, 3,

não por

compulsão, mas por livre escolha 4, e os pecadores estão, por natureza, totalmente

desprovidos daquela santidade exigida pela lei de Deus e, positivamente, propensos para o

mal; pelo que também estão sob justa condenação 5, sem defesa ou desculpa

6.

Introdução: Temos na Bíblia um Guia infalível em tudo que Deus desejou que

soubéssemos sobre Ele e sobre o homem, a coroa da Sua criação. O fato de que a Bíblia é

de Deus é provado no relato da criação e queda do homem. Se o autor da Bíblia fosse

humano, não relataria nada menos do que é glorioso sobre ele. Porém a Bíblia relata muito

sobre o pecado do homem, sua rebeldia contra o Santo, sua rejeição do Salvador e a sua

incredulidade da manifestação de Deus por Jesus Cristo. Enquanto estudamos este artigo,

peça a Deus que os olhos de seu entendimento sejam abertos e a revelação do estado

pecaminoso do homem seja crida.

3.1. Cremos que as Escrituras ensinam que o homem foi criado em santidade, sob a lei de

seu Criador 1, mas que, por transgressão voluntária, caiu daquele feliz e santo estado

2, e,

em consequência disso, toda a humanidade é agora composta de pecadores 3,

não por

compulsão, mas por livre escolha 4, e os pecadores estão, por natureza, totalmente

desprovidos daquela santidade exigida pela lei de Deus e, positivamente, propensos ao

mal; pelo que também estão sob justa condenação 5, sem defesa ou desculpa

6.

Gênesis 1.27: “E criou Deus o homem à Sua imagem: à imagem de Deus o criou;

homem e mulher os criou.”; Gênesis 1.31; Eclesiastes 7.29; Atos 17.26; Gênesis 2.16.

O homem foi criado por último para coroar os feitos divinos. Tudo aquilo que foi

anteriormente criado serviu para sustentar o que se seguia. O homem teria domínio sobre a

criação (Gn 1.26; Sl. 8.3-8). O homem é feito de parte material (pó) e, imaterial (espírito).

Ec. 12.7; I Co 2.11; Tg 2.26. O homem tem personalidade: autoconsciência em relação ao

mundo e a Deus e se julga moralmente (Bancroft). Homem feito com espírito indica a sua

existência eterna.

De acordo com a Bíblia, o homem foi criado santo e justo (Gn 1.27; Ec 7.29). “À nossa

imagem, conforme a nossa semelhança” não indica forma orgânica (Jo 4.24), mas moral

(Ef 4.23,24; Cl. 3.10).

O fato do homem ter sido criado em santidade não significa a impossibilidade de pecar

mas, simplesmente, que o princípio de vida humana foi sem pecado. Somente Deus é de

natureza tão santa que é impossível pecar (Hc 1.13; Hb 6.18).

Na santidade, o homem teve uma semelhança moral com Deus. Ao afirmarmos que

santidade foi uma parte da imagem de Deus no homem, queremos dizer que, na criação do

homem, Deus comunicou às faculdades humanas uma inclinação reta. A santidade deve ter

sido parte da imagem de Deus no homem porque santidade é o atributo fundamental de

Deus. Que santidade foi uma parte da imagem original de Deus no homem está também

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confirmado pelo fato de que ela se comunica na renovação da imagem de Deus na

regeneração (Efésios 4.24; Colossenses 3.10). Isto está confirmado mais além por

Eclesiastes 7.29.

A semelhança moral, original do homem com Deus, constitui em mais que mera inocência.

Foi santidade positiva. Só isto pode satisfazer a afirmação de que o homem foi feito à

imagem de Deus. Se inocência fosse bastante para satisfazer essa afirmação, então

seríamos obrigados a concluir que cada criancinha nasce na imagem moral de Deus, o que

a Escritura nega (Salmos 51.5; 58.3; Jeremias 17.9) – T. P. Simmons.

Sendo criado sob a lei do seu Criador significa que o homem foi criado um ser responsável

pelas suas ações (Gn 2.17).

3.2. Cremos que as Escrituras ensinam que o homem foi criado em santidade, sob a lei de

seu Criador 1, mas que, por transgressão voluntária, caiu daquele feliz e santo estado

2,

em consequência disso toda a humanidade é agora composta de pecadores 3 não por

compulsão, mas por livre escolha 4, e os pecadores estão, por natureza, totalmente,

desprovidos daquela santidade exigida pela lei de Deus e, positivamente, propensos para o

mal; pelo que também estão sob justa condenação 5, sem defesa ou desculpa

6.

Gênesis 3.6-24: “E viu a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e

agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento; tomou do seu fruto, e

comeu, e deu também a seu marido, e ele comeu com ela. 7 Então foram abertos os

olhos de ambos, e conheceram que estavam nus; e coseram folhas de figueira, e

fizeram para si aventais...”; Romanos 5.12; Eclesiastes 7.29; I Coríntios 15.21.

A queda do homem prova que a santidade original do homem não era imutável. A

mutabilidade é uma característica necessária da natureza humana. Imutabilidade requer

infinidade de conhecimento e poder. A infinidade é uma característica só da divindade.

Portanto, desde que Deus desejou criar o homem e não um deus, Ele fez Adão mutável.

Isto tornou possível a queda.

Ao estudar a queda do homem, somos abordados pelo problema de como um ser, da

maneira como Adão foi feito, pode cair.

Uma explicação errônea. Algumas vezes, uma explicação do problema da queda do

homem é apresentada ao representar o seu estado original como se fosse um mero

equilíbrio no qual foi tão fácil escolher o erro como foi escolher o direito. Em outras

palavras, a vontade deles estava em tal estado de indiferença e tão suscetível que eles

poderiam agir tanto de um modo como de outro. Uma noção como esta reduz o estado

original do homem a uma condição de mera inocência em vez de santidade positiva.

A explicação correta: Pensamos que a dificuldade encontra uma explicação satisfatória

nos seguintes fatos:

A. Adão era mutável.

B. Sendo mutável, só podia permanecer firme no seu estado original pelo poder de Deus.

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C. Deus podia justa e santamente permitir a Adão cair se Lhe agradasse. Desde que Deus

permitiu o pecado, ninguém objeta a permissão da queda, salvo aqueles que queiram

criticar Deus.

D. Deus, tendo escolhido permitir a queda, retirou de Adão o Seu poder sustentador e a

natureza de Adão degenerou ao ponto de pecar, voluntariamente. O universo inteiro cairia

aos pedaços se Deus retirasse o Seu poder sustentador e conservador por um só instante

(vê mais no T. P. Simmons, capítulo 16).

3.3. Cremos que as Escrituras ensinam que o homem foi criado em santidade, sob a lei de

seu Criador 1, mas que, por transgressão voluntária, caiu daquele feliz e santo estado

2, e,

em consequência disso, toda a humanidade é agora composta de pecadores 3

não por

compulsão, mas por livre escolha 4, e os pecadores estão, por natureza, totalmente,

desprovidos daquela santidade exigida pela lei de Deus e, positivamente, propensos para o

mal; pelo que também estão sob justa condenação 5, sem defesa ou desculpa

6.

Romanos 5.19, “Porque, como pela desobediência de um só homem, muitos foram

feitos pecadores, assim, pela obediência de Um, muitos serão feitos justos.”; João 3.6;

Salmos 51.5; Romanos 3.10-18, 23; 5.12, 15-19; 8.7; I Coríntios 15.22

O primado de Adão.Quando Adão provou a corrupção de sua natureza, ele não ficou como

simples indivíduo senão como o cabeça natural da raça. O primado natural de Adão está,

claramente, ensinado no quinto capítulo de Romanos. Adão não pecou meramente por nós,

como se ele fosse o mero cabeça federal da raça; nós pecamos nele (Romanos 5.12).

A DIFERENÇA ENTRE ADÃO E EVA NA QUEDA. A narrativa do Gênesis não faz

diferença vital entre Adão e Eva na queda, mas uma distinção está, claramente,

apresentada em 1 Timóteo 2.14, onde se diz que Eva foi enganada e Adão não. Isto quer

dizer que Eva caiu em transgressão porque ela foi levada a pensar que o aviso de Deus não

era verdade e que ela não morreria como uma penalidade por participar do fruto proibido.

Mas com Adão foi diferente: ele não duvidou da Palavra de Deus; ele pecou porque

preferiu ser expulso do Éden com sua esposa, em vez de ficar no Éden sem ela.

Muitas vezes, se pensa que os fatos acima aplicam maior culpa ao pecado da mulher do

que ao pecado de Adão, ao passo que o reverso é que é verdade. O homem pecou por meio

da escolha voluntária e cônscia da amizade de sua esposa, antes que a de Deus. Nada disto

foi verdade no pecado de Eva.

Os efeitos da queda.

Sobre Adão e Eva. Adão e Eva sofreram a corrupção de sua natureza, a qual lhes trouxe ao

mesmo tempo morte natural e espiritual.

Sobre a Raça. O efeito total da queda de Adão sobre a raça humana é a corrupção da

natureza da raça, a qual a leva a um estado de morte espiritual e a torna sujeita à morte

física (T. P. Simmons)

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3.4. Cremos que as Escrituras ensinam que o homem foi criado em santidade, sob a lei de

seu Criador 1, mas que, por transgressão voluntária, caiu daquele feliz e santo estado

2, e,

em consequência disso, toda a humanidade é agora composta de pecadores 3

não por

compulsão, mas por livre escolha 4, e os pecadores estão, por natureza, totalmente,

desprovidos daquela santidade exigida pela lei de Deus e, positivamente, propensos para o

mal; pelo que também estão sob justa condenação 5, sem defesa ou desculpa

6.

Isaías 53.6, “Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava

pelo seu caminho; mas o SENHOR fez cair sobre Ele a iniquidade de nós todos.”;

Gênesis 6.12; Romanos 3.9-18.

Deus, tendo escolhido permitir a queda, retirou de Adão o Seu poder sustentador e a

natureza de Adão degenerou ao ponto de pecar, voluntariamente. O universo inteiro cairia

aos pedaços se Deus retirasse o Seu poder sustentador e conservador por um só instante

(vê mais no T. P. Simmons, capítulo 16).

A condição abominável do pecador não ensina que o homem não pode fazer uma escolha

livre. O homem pecador pode determinar o que ele quer escolher. Somente pelo fato do

homem, uniformemente, preferir a iniquidade em vez do bem não ausenta o fato de que ele

tem uma escolha. O homem tem uma escolha sim e ele faz a sua escolha, continuamente.

Devemos, no entanto, frisar que a mera possibilidade de fazer uma escolha não,

automaticamente, ensina que o homem tem capacidade de fazer a escolha santa ou aquilo

que agrada a Deus. Todos nós temos a livre escolha de trabalhar e ser milionários, mas

essa liberdade não nos faz capazes de conseguirmos o objetivo. Mesmo possuindo a

qualidade da livre escolha, o homem pecador é incapaz de escolher o bem para agradar a

Deus, pois a inclinação da sua carne é morte (Rom. 8.6-8). O arbítrio do homem, contudo,

não é livre. Mesmo que a capacidade do homem de escolher seja livre, contudo, o seu

arbítrio (resolução que depende só da vontade, Dicionário Aurélio Eletrônico) é servo da

sua vontade, e, portanto, não é livre. O arbítrio do homem faz o que a sua vontade dita.

Mas, falando da sua escolha, essa é livre. O homem indo a uma sorveteria tem livre

escolha de decidir entre os sabores. Essa situação mostra que ele tem livre escolha.

Todavia, o homem somente pede o sabor predileto, pois o seu desejo, a sua vontade

pessoal leva ele, assim, a escolher e o seu arbítrio, que é servo da sua vontade, pede aquele

sabor. Nisso entendemos que a escolha é livre, mas não o arbítrio.

3.5. Cremos que as Escrituras ensinam que o homem foi criado em santidade, sob a lei de

seu Criador 1, mas que, por transgressão voluntária, caiu daquele feliz e santo estado

2, e,

em consequência disso, toda a humanidade é agora composta de pecadores 3

não por

compulsão, mas por livre escolha 4, e os pecadores estão, por natureza, totalmente

desprovidos daquela santidade exigida pela lei de Deus e positivamente propensos para o

mal; pelo que também estão sob justa condenação 5, sem defesa ou desculpa

6.

Efésios 2.1-3, “E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados, 2 Em que

noutro tempo andastes segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das

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potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência. 3 Entre os

quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a

vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os

outros também.”; Romanos 1.18,32; 2.1-16; Gálatas 3.10; Mateus 20.15.

O pecado destruiu, totalmente, a imagem de Deus no homem que existiu por criação

especial, ao ponto do homem, universalmente (Rom. 3.23; 5.12), não querer ter nenhum

conhecimento de Deus (João 5.40; Rom. 1.28; 3.11,18). Por isso, o homem pecador é,

“voluntariamente”, ignorante da verdade (II Pedro 3.5). A vontade do homem não foi a

única parte do homem influenciada pelo pecado, mas a sua capacidade de agradar a Deus

também foi destruída (Rom. 8.8; Jer 13.23). A condição do homem pecador é tão

deplorável que ele não pode vir, pelas suas próprias forças, a Cristo (João 6.44,45) e

jamais, na carne, pode agradar a Deus (Rom. 8.6-8). O entendimento do homem foi

deturpado ao ponto de ser descrito como “entenebrecido” no entendimento (Efés. 4.18;

Rom. 1.21). Por isso, as verdades santas e boas de Deus não são compreendidas pelo

homem natural e são, para ele, escândalos e loucuras (I Cor 1.23; 2.14). A

responsabilidade da condição pecaminosa do homem é do próprio homem. Ele mesmo

busca muitas “astúcias” (Ecl. 7.29). Que os homens não são, de maneira nenhuma,

capacitados com desejo nem com poder para o bem, é entendido por causa do que diz a

Palavra de Deus “mortos em ofensas e pecados” (Efés. 2.1). Por isso, “nenhum homem,

pela sua natureza, crê que necessita de Cristo. Ele está cego pela sua moral, suas intenções,

sua sinceridade, sua bondade. Ele não vê a impiedade do seu pecado nem que o seu caso é

sem esperança” (Don Chandler, citado em Leaves, Worms ..., p. 129).

O coração do homem, a fonte da vida (Prov. 4.23), é tão enganoso que é possível que nem

ele conheça a sua própria perversidade (Jer 17.9). Por isso, o homem é completamente

“reprovado para toda a boa obra” (Tito 1.16) fazendo com que ele tenha inimizade com o

próprio Deus, o seu Criador (Rom. 8.7). O pecado reina em todos os membros (físicos,

mentais, emocionais, espirituais) do homem (Rom. 7.23).

3.6. Cremos que as Escrituras ensinam que o homem foi criado em santidade, sob a lei de

seu Criador 1, mas que, por transgressão voluntária, caiu daquele feliz e santo estado

2, e,

em consequência disso toda a humanidade é agora composta de pecadores 3 não por

compulsão, mas por livre escolha 4, e os pecadores estão, por natureza, totalmente,

desprovidos daquela santidade exigida pela lei de Deus e, positivamente, propensos para o

mal; pelo que também estão sob justa condenação 5, sem defesa ou desculpa

6.

Ezequiel 18.19,20, “ Mas dizeis: Por que não levará o filho a iniquidade do pai?

Porque o filho procedeu com retidão e justiça, e guardou todos os Meus estatutos, e

os praticou, por isso certamente viverá. 20 A alma que pecar, essa morrerá; o filho

não levará a iniquidade do pai, nem o pai levará a iniquidade do filho. A justiça do

justo ficará sobre ele e a impiedade do ímpio cairá sobre ele.”; Romanos 1.20; 3.19;

Gálatas 3.22.

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Os descendentes de Adão são feitos responsáveis, não pelo ato manifesto de Adão em

participar do fruto proibido mas pela apostasia interior de sua natureza de Deus. Não

somos, pessoalmente, responsáveis pelo ato manifesto de Adão porque o seu ato manifesto

foi o ato de sua própria vontade individual. Mas, nossa natureza, sendo uma com a dele,

corrompeu-se na apostasia da natureza dele. Daí, o efeito da queda sobre a raça não

consiste tanto da culpa pessoal pelo ato manifesto de Adão como da corrupção da natureza

da raça. Não somos responsáveis por qualquer coisa de que não podemos nos arrepender-

quando vivificados pelo Espírito de Deus. Está qualquer homem, hoje, convicto do pecado

de Adão em participar do fruto proibido? Mas nós nos sentimos convictos e podemos nos

arrepender da corrupção de nossas naturezas, corrupção que se manifesta em rebelião

contra Deus e em transgressões pessoais. Não cremos que a Escritura ensine mais do que

isto a respeito dos efeitos da queda sobre a raça (T. P. Simmons).

A incapacidade do homem pecador não deve incentivar a sua demora em vir a Cristo ou

desculpar a sua desobediência aos mandamentos de Deus. Quanto mais for o homem

incapaz de crer mais ele deve procurar a graça de Deus em misericórdia para crer (Mar

9.24). O doente precisar de médico, é fato. Quanto mais severa a doença mais urgente o

socorro. Se o pecador entende a sua situação deplorável, pode se prostrar diante de Deus e

clamar pela sua ajuda (Mar 9.4). Deve pedir a Deus assim: “Ó Deus, tem misericórdia de

mim, pecador!” (Luc 18.13; 11.13). O mandamento não é para se esperar uma sensação,

visão ou qualquer outro sinal. Cristo já foi dado e declarado (I Cor 3.11). O mandamento

de Deus é: “Hoje, se ouvirdes a Sua voz, não endureçais os vossos corações” (Heb

3.13,15). Se o salvo entende a sua responsabilidade, o mandamento de Deus é: “Ide por

todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura” (Mar 16;15), ame a Deus de todo o

coração (Mar 12.30) e “crescei na graça e no conhecimento de Cristo” (II Pedro 3.18).

Quanto mais nos sentirmos fracos em obedecer, mais, esforçadamente, devemos procurar a

Sua graça. É Deus Quem opera em nós tanto o querer como o efetuar segunda a Sua

vontade (Fil. 2.13). Isto nos deve encaminhar a Ele a buscar a Sua graça para obedecermos

ao Seu mandar.

Somente a salvação pela graça capacitará o pecador a entrar no reino de Deus (João 3.3,5;

II Cor 3.5). A própria condição deplorável do homem mostra a sua necessidade da

salvação. O homem é, sem a justiça necessária (Rom. 3.10), sem Cristo, separado de Deus,

sem nenhuma esperança (Efés. 2.12) e sem esforço (Rom. 5.6; 7.18). Ele está sob a

maldição da lei (Gal 3.10) e sobre ele permanece a ira de Deus (Rom. 3.36). A condição

abominável do homem assegura que ele necessita de salvação, aquela que vem exclusiva e

completamente de Deus. Por isso, pregamos a salvação somente pela graça. Se o homem

tivesse a mínima condição para ajudar-se, a sua salvação não seria totalmente de graça. A

depravação da sua condição, totalmente e universalmente, pecaminosa, estabelece o fato

de que a salvação eterna é, em todas as suas partes, divina e inteiramente graciosa (Efés.

2.8,9). Assim, Cristo ensinou quando comparou a relação que existe entre Ele e o Seu

povo usando a videira e as varas. E Ele disse: “sem Mim nada podeis fazer.” (João 15.4,5).

Que Deus abençoe os salvos a pregar tal graça e os pecadores a buscá-la antes que seja

tarde demais.

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IV. O CAMINHO DA SALVAÇÃO

Cremos que as Escrituras ensinam que a salvação de pecadores provém, inteiramente, da

graça 1, através dos ofícios mediatórios do Filho de Deus

2, o Qual, segundo a vontade do

Pai, se tornou Homem sem pecado 3, honrou a lei divina por Sua obediência pessoal

4, e

por Sua morte fez plena expiação por nossos pecados 5, tendo ressuscitado dos mortos,

está agora entronizado no céu 6, e, reunindo em Sua maravilhosa Pessoa as mais ternas

simpatias com as perfeições divinas, é, em todos os sentidos, capacitado para ser o

Salvador perfeito, compassivo e completo 7.

Versículos para Memorizar: Ef 2.8-10, “Porque pela graça sois salvos, por meio da

fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se

glorie; Porque somos feitura Sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as

quais Deus preparou para que andássemos nelas”.

4.1. Cremos que as Escrituras ensinam que a salvação de pecadores provém inteiramente

da graça 1, através dos ofícios mediatórios do Filho de Deus

2, o Qual, segundo a vontade

do Pai, Se tornou Homem sem pecado 3, honrou a lei divina por Sua obediência pessoal

4,

e por Sua morte fez plena expiação por nossos pecados 5, tendo ressuscitado dos mortos,

está agora entronizado no céu 6, e, reunindo em Sua maravilhosa Pessoa as mais ternas

simpatias com as perfeições divinas, é, em todos os sentidos, capacitado para ser o

Salvador perfeito, compassivo e completo 7.

Efésios 2.5, “Estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente

com Cristo (pela graça sois salvos)”; Mateus 18.11; I João 4.19; I Coríntios 3.5-7; Atos

15.11; Romanos 3.23,24; 4.1-4; 611.6; Tito 2.11,14.

Havendo estudado no artigo três sobre a queda do homem, sabemos que o homem, por

natureza, é, totalmente, desprovido daquela santidade exigida pela lei de Deus e,

positivamente, propenso para o mal; pelo que também está sob justa condenação, sem

defesa ou desculpa. Portanto, diante de tais realidades, qualquer salvação eficaz e eterna

tem que vir de Deus, e isso pela graça.

Há uma confusão geral sobre a graça. Questiona-se se ela pode ser merecida em parte e se

é estendida a todos sem exclusão de ninguém. Por ter confusão sobre esse assunto, creio

que podemos aproveitar muito um estudo sobre a graça. A graça pode ser: comum ou

geral, é resistível, particular ou especial, é resistida por um tempo mas sempre vence pela

qual Deus determina; e ainda a graça preveniente ou aquela que vem antes preservando os

eleitos para o dia da sua salvação.

A Graça Comum ou Geral

A graça comum é manifesta a todos (Sal 136.25; 145.9; Atos 17.24-26). A graça comum é

manifesta ao estrangeiro dando-lhes pão e vestimenta (Deut. 10.17-19), e à própria

natureza suprindo todas as suas necessidades (Sal 104.11-22; Luc. 12.6; Mat. 6.28-30). A

graça comum se estende tanto aos justos e injustos como aos bons e maus, juntamente,

dando-lhes sol, chuva e tudo para viver bem (Deut. 29.5; Mat. 5.43-45; Luc. 6.35; 16.25).

Essa graça comum é dada aos homens em geral dando-lhes um governo civil que é um

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instrumento de Deus (Rom. 13.3,4; I Pedro 2.14). A graça comum faz parte das coisas

minuciosas (“até os cabelos da vossa cabeça estão todos contados”, Luc 12.7) até as coisas

impossíveis de medir, a preservação do mundo e tudo que nele há (Neemias 9.6; Col.

1.16,17). Conjuntamente com estas bênçãos, Deus também dá a mensagem de salvação a

muitos que nunca serão salvos (Mat. 13.19-22; Atos 14.15-17; Rom. 2.4; I Tim. 4.10).

Essa graça comum pode ser resistida (Mat. 23.37) e é resistida por todos os que vão para

o inferno. Que essa graça geral não é salvadora é entendido pela observação de que os

maus continuam maus depois da manifestação de tal graça mesmo que tal graça e bênçãos

sejam maravilhosas (Rom. 2.4).

A Graça Especial ou Particular

A graça especial de Deus é exercitada para com aqueles que Deus ama, particularmente

(Deut. 7.7,8; 9.6; Jer. 31.3; Efés. 1.5; 2.4, “Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia,

pelo Seu muito amor com que nos amou,”). A graça especial de Deus age em casos além

da salvação também. Essa graça particular é revelada em vários casos pela Palavra de

Deus. Não existe outra explicação, a não ser a graça especial, que enviou Elias à viúva de

Sarepta de Sidom e Eliseu ao leproso Naamã, o sírio (Luc. 4.25-27; I Reis 17.8-13; II Reis

5.1-17). Essa graça especial é, gloriosamente, notada nos que Ele chama, particularmente,

à salvação (Sal 65.4; Rom. 8.28,29; I Cor. 1.24; Gal. 1.15,16). Pela graça particular, Deus

escolheu salvar os homens e não os anjos (II Pedro 2.4), a abençoar Israel para ser o Seu

povo e não qualquer outra nação existente naquela época (Gên. 12.1-3), a levar o

evangelho à Macedônia e não à Ásia (Atos 16.6-10), aos pobres e não aos ricos (Tiago

2.5), aos simples e não aos cultos (Mat. 11.25,26) e aos, demasiadamente, ímpios e não

aos justos (Mat. 21.32). A graça especial de Deus pode ser resistida e é resistida, porém

não é resistida, eficazmente, pois a graça particular sempre traz todos os seus à salvação

plena (João 6.44, “... e Eu o ressuscitarei no último dia”; 10.27, “As Minhas ovelhas

ouvem a Minha voz, e elas Me seguem;”; I João 4.19; Atos 13.48; Efés. 2.4-5, 8-9; II Tess.

2.13). Por Deus pensar, favoravelmente, nos Seus antes de operar qualquer outra obra

dEle, listamos a Sua graça primeira entre as obras internas. Entendemos que somente os

“Seus” podem vir a Cristo (João 1.12,13; 6.44, “Ninguém pode vir a Mim, se o Pai que Me

enviou o não trouxer”; 6.65, “...ninguém pode vir a Mim, se por Meu Pai não lhe for

concedido.”) e estes vêm por serem capacitados pela Sua graça especial (II Cor. 3.5, “a

nossa capacidade vem de Deus”; Gal. 1.15; Efés. 2.8,9). “O Teu povo será mui voluntário

no dia do Teu poder;” (Sal 110.3)

A Graça Preveniente e a Providência I Cor. 4.7, “Porque, quem te faz diferente?” Gal. 1.15, 16, “desde o ventre de minha mãe me separou”

A graça de Deus, além de ser categorizada em comum ou em especial, pode também ser

listada como preveniente ou a graça da providência. A graça especial é aquela pela qual

Deus escolhe os Seus. A graça preveniente ou a graça da providência, em respeito ao

assunto da salvação, são aspectos da graça que Deus preserva os Seus e os traz

eficazmente a Ele.

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A graça preveniente é aquela graça “que nos induz à prática do bem (falando-se da graça

divina) ou aquela que chega antes” (Dicionário Eletrônico Aurélio). A graça preveniente é

aquela forma da graça de Deus que é exercitada para com os eleitos guardando-os de

certos males e pecados antes e também depois que são salvos. Por isso, é também chamada

de graça da providência.

A providência é “A suprema sabedoria com que Deus conduz todas as coisas” (Dicionário

Eletrônico Aurélio). No assunto particular da salvação, é o exercício da graça soberana

que tem o aspecto específico de operar em particular com tudo ao redor dos eleitos

controlando todos os aspectos das suas vidas antes e depois da sua salvação, segundo o

eterno propósito de Deus. Ela os influencia ao ponto de ser feito tudo o que é necessário

para que estes atendam, voluntariamente, à chamada de Deus com fé em Cristo e que

sejam obedientes à vontade de Deus, continuamente, até o último dia (Efés. 1.11; Fil. 1.6;

2.13).

Pela graça da providência, Abraão e Sara foram levados ao Egito, mas foi pela graça

preveniente que as suas ações foram guardadas para não serem destruídas (Gên. 20.4-6).

José foi levado à casa de Faraó pela graça da providência usando a falta de entendimento

dos pais dos seus sonhos (Gên. 37.10), a inveja e a ira dos seus irmãos (Gên. 37.11, 18-

25), a mentira da mulher de Potifar (Gên. 39.13-20), o favor diante dos olhos do

carcereiro-mor (Gên. 39.21) e o esquecimento do copeiro-mor do rei (Gên. 40.21-23).

Todavia, foi a graça preveniente que guardou José de pecar com a mulher de Potifar (Gên.

39.2-12), que o fortificou mesmo em desespero por causa dos longos anos na prisão (Gên.

39.23) mas que o levou a conhecer o significado dos sonhos do rei (Gên. 41.16).

Posteriormente, José deu testemunho de que isso tudo foi orquestrado pela mão de Deus

(Gên. 45.5). A operação de Deus pela providência, para os que tenham olhos para

enxergar, é muito maior do que qualquer milagre, pois opera nos milhões de

acontecimentos diários para fazer com que a Sua vontade eterna seja feita.

Podemos perceber a mão de Deus trazendo os Seus à salvação pela graça da providência

nos casos do eunuco em Gaza (Atos 8.25-40), de Lídia (Atos 16.13-15) e do próprio

Apóstolo Paulo (Gal. 1.15,16; Atos 9.1-19). Porém, foi a graça preveniente que fez o

eunuco desejar ir a Jerusalém para a adoração, a Lídia querer estar onde a oração

costumava ser feita e fez Paulo considerar a pregação de Estêvão. A ação de Deus que

opera na vida de todos ao redor dos eleitos é chamada por alguns de ‘providência’ (Sal

136.5-12). A ação de Deus que restringe as ações do próprio homem escolhido é chamada

por alguns de ‘graça preveniente’ (Sal 76.10).

É entendido por Paulo que a graça da providência opera na salvação ao declarar que desde

o ventre da sua mãe ele foi separado e chamado pela graça (Gal. 1.15,16). Essa separação

foi segundo o propósito eterno de Deus mas foi feita pela providência no tempo. A

revelação do Filho de Deus a Paulo aconteceu no tempo (Atos 9.1-6) assim como

aconteceu a sua chamada pública ao apostolado (Atos 13.1-3). Depois de muitas

experiências, Paulo testemunha dizendo que tudo isso foi a graça que operou nele (I Cor.

15.10).

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Versículos para Memorizar: Ef 2.8-10, “Porque pela graça sois salvos, por meio da

fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se

glorie; Porque somos feitura Sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as

quais Deus preparou para que andássemos nelas”.

4.2. Cremos que as Escrituras ensinam que a salvação de pecadores provém, inteiramente,

da graça 1, através dos ofícios mediatórios do Filho de Deus

2, O qual, segundo a vontade

do Pai, Se tornou homem, ainda que sem pecado 3, honrou a lei divina por Sua obediência

pessoal 4, e por Sua morte fez plena expiação por nossos pecados

5, tendo ressuscitado dos

mortos, está agora entronizado no céu 6, e, reunindo em Sua maravilhosa pessoa as mais

ternas simpatias com as perfeições divinas, é, em todos os sentidos, capacitado para ser um

Salvador perfeito, compassivo e completo 7.

João 3.16, “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho

unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna.”;

João 1.1-14; Hebreus 4.14; 12.24; Atos 4.12; João 6.68; 1.29; Romanos 5.8

Percebendo que o homem pecador é desprovido de qualquer santidade é, então,

claramente, necessário que tenha um mediador para o representar O qual satisfaz todos os

requisitos estipulados pelo santo Deus ofendido para que tal homem pecador tenha uma

aproximação agradável entre os dois. Cristo Se propôs, voluntariamente, ser esse

Mediador (Sl 40.6) e foi aceito pelo Pai. Por Cristo ter consumado toda a obra que o Pai

Lhe deu para fazer (Jo 17.4; 19.30) para com todos aqueles que o Pai Lhe deu (Jo 6.37-39,

44, 45), Cristo é o Único Mediador entre o Santo Deus e o ímpio homem (Jo 14.6; I Tm

2.5,6).

Os ofícios mediatórios do Filho de Deus foram simbolizados, primeiramente, pelas túnicas

de peles que o Senhor vestiu Adão e Eva (Gn 3.21). Depois, foram simbolizados pelos

holocaustos dos animais inocentes oferecidos desde os dias de Abel (Gn 4.4) até a

implantação da Lei de Moisés. Nessa ocasião, o modelo do tabernáculo foi dado com a

implantação e explicação dos ofícios dos sacerdotes, as suas obras diante de Deus em

representação dos que se arrependerem dos seus pecados e desejarem o perdão e

comunhão com Deus (Ex 25-31).

Assim, Cristo foi representado em todo este tempo até a plenitude dos tempos quando

convinha que Jesus fosse manifestado, pessoalmente (Gl 4.4). Pela Sua vida e pela Sua

obra na cruz, verdadeiramente, Jesus Cristo cumpriu o oficio mediatório (Hb 4.14; 5.5;

6.20; 8.1). Cristo, tendo feito a Sua obra de redenção pelo Seu povo, está, hoje, orando

pelo Seu povo (Jo 17.9, 20; Hb 7.25).

Cristo O Sacerdote - Hb 3.1; 5.6; 6.20; 7.11,15-17, 20-28; 8.1,2,6. O oficio de sacerdote é

constituído por Deus. O sacerdócio no Tabernáculo era uma sombra das coisas celestiais,

pois o Verdadeiro é “mais excelente” (Hb 8.5, 6). O Seu sacerdócio é perpétuo, numa

Pessoa somente, sem genealogia e por um holocausto apenas para sempre. Cristo foi tanto

o Sacerdote quanto o Sacrifício.

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Como Sacerdote Cristo oferece a oblação e por essa apazigua a ira de Deus, faz

reconciliação entre Deus e os pecadores e assegura o pagamento eterno da culpa e

condenação do homem quando a oblação é apresentada corretamente. Ele intercede

também com Deus o perdão, a justificação e outras bênçãos por todos pelos quais Se deu.

A Sua intercessão por estes (Lc 22.32; Jo 14.16; 17.9, 15, 20, 24) começou na terra mas

agora continua no céu (Hb 4.14-16, 7.23-25; 10.11, 12, 14-18)

Como Sacrifício Cristo tem as qualificações exigidas por Deus por ser Ele imaculado e

sem pecado (Hb 7.26); da mesma natureza dos homens pelos quais Ele foi dado (Fl 2.8);

de natureza divina (Jo 1.1) para Sua obra ser eficaz e poder redimir os que Seu Pai Lhe

deu (Jo 6.37-39). Sendo assim qualificado, deu Seu corpo aos sofrimentos que culminou

na Sua morte na cruz e deu Sua alma à agonia ocasionada pela presença do pecado

imputado a Ele. Cristo Se deu à ira de Deus, e à separação do favor de Deus enquanto

sofreu tal ira justa pelos pecados do Seu povo (Jo 19.30).

Versículos para Memorizar: Ef 2.8-10, “Porque pela graça sois salvos, por meio da

fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se

glorie; Porque somos feitura Sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as

quais Deus preparou para que andássemos nelas”.

4.3. Cremos que as Escrituras ensinam que a salvação de pecadores provém, inteiramente,

da graça 1, através dos ofícios mediatórios do Filho de Deus

2, O qual, segundo a vontade

do Pai, Se tornou homem, ainda que sem pecado 3, honrou a lei divina por Sua obediência

pessoal 4, e por Sua morte fez plena expiação por nossos pecados

5, tendo ressuscitado dos

mortos, está agora entronizado no céu 6, e, reunindo em Sua maravilhosa pessoa as mais

ternas simpatias com as perfeições divinas, é, em todos os sentidos, capacitado para ser um

Salvador perfeito, compassivo e completo 7.

Filipenses 2:6,7, “Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a

Deus, 7 Mas esvaziou-Se a Si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-Se

semelhante aos homens;”; Hebreus 2.9,14; 4.15; 7.26; II Coríntios 5.21; João 14.30.; I

Pedro 1.19; 2.22; I João 3.7,8.

A Necessidade da Encarnação

(1) Ele sofreu como substituto do homem (Hb 2.9), por isso, foi preciso que Ele provasse o

sofrimento corporal.

O sofrimento final dos pecadores no inferno será um sofrimento tanto do corpo

como da alma (Mt 10.28). Portanto, como era necessário Jesus sofrer em lugar dos

pecadores, Ele tinha, então, que ter um corpo que sofresse.

(2) Foi preciso que Ele tivesse um corpo para que pudesse “como nós, em tudo ser

tentado”, de maneira que, como Sumo Sacerdote, pudesse “compadecer-se das nossas

fraquezas” (Hb 4.15).

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O anjo Gabriel, por exemplo, não pode simpatizar conosco quando somos tentados, porque

ele nunca conheceu tentação na carne. Mas Cristo pode. “Porque naquilo que Ele mesmo,

sendo tentado, padeceu, pode socorrer aos que são tentados” (Hb 2.18).

(3) Foi preciso que Ele tivesse provação na carne e rendesse perfeita obediência à Lei

para que houvesse operado uma justiça que pudesse ser imputada a nós.

A justiça a nós imputada pela fé não é aquela justiça que é o atributo pessoal de Deus, mas

é aquela justiça (judicial) operada por Cristo na Sua vida terrena. Então esta justiça a nós

imputada se descreve como sendo pela fé ou através da fé em Cristo (Rm 3.21,22; Fp 3.9).

(4) A encarnação foi também necessária ao Seu ministério docente, ou seja, de professor,

para a escolha dos doze apóstolos e para a organização do Seu tipo de igreja, ao

estabelecimento de um modelo para nós de perfeita obediência à vontade de Deus. I Pe

2.21, “Porque para isto sois chamados; pois também Cristo padeceu por nós, deixando-nos

o exemplo, para que sigais as Suas pisadas. 22 O Qual não cometeu pecado, nem na Sua

boca se achou engano. 23 O qual, quando O injuriavam, não injuriava, e quando padecia

não ameaçava, mas entregava-se Àquele que julga justamente”

Estas são coisas que Deus entendeu que podiam ser melhores cumpridas por alguém na

carne. Portanto, o Cristo encarnado foi enviado para cumpri-las. (T. P. Simmons, pg. 114).

A Impecabilidade de Cristo

Atribuímos a Cristo não somente integridade natural, mas também moral, ou perfeição

moral, isto é, impecabilidade. Significa não apenas que Cristo pode evitar o pecado (potuit

non peccare), e que de fato evitou, mas também que Lhe era impossível pecar (non potuit

peccare), devido à ligação essencial entre as naturezas humana e divina. A impecabilidade

de Cristo foi negada por Martineau, Irving, Menken, Holsten e Pfleiderer, mas a Bíblia dá

claro testemunho dela nas seguintes passagens: Lc 1.35; Jo 8.46; 14.30; 2 Co 5.21; Hb

4.15; 9.14; 1 Pe 2.22; 1 Jo 3.5. Apesar de Jesus ter-se feito pecado judicialmente, todavia,

eticamente estava livre tanto da depravação hereditária como do pecado fatual. Ele jamais

fez confissão de erro moral; tampouco Se juntou aos Seus discípulos na oração: “perdoa as

nossas dívidas” (os nossos pecados). Ele pôde desafiar os Seus inimigos a convencê-los de

pecado. A Escritura até O apresenta como pessoa em Quem se realizou o ideal moral, Hb

2.8, 9; 1 Co 15.45; 2 Co 3.18; Fp 3.21. Além disso, o nome “Filho do Homem”, do qual Se

apropriou, parece dar a entender que Ele correspondeu ao perfeito ideal de humanidade

(Dr. Louis Berkhof, www.monergismo.com).

Versículos para Memorizar: Ef 2.8-10, “Porque pela graça sois salvos, por meio da

fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se

glorie; Porque somos feitura Sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as

quais Deus preparou para que andássemos nelas”.

4.4. Cremos que as Escrituras ensinam que a salvação de pecadores provém inteiramente

da graça 1, através dos ofícios mediatórios do Filho de Deus

2, o Qual, segundo a vontade

do Pai, se tornou homem, ainda que sem pecado 3, honrou a lei divina por Sua obediência

pessoal 4, e por Sua morte fez plena expiação por nossos pecados

5, tendo ressuscitado dos

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mortos, está agora entronizado no céu 6, e, reunindo em Sua maravilhosa pessoa as mais

ternas simpatias com as perfeições divinas, é, em todos os sentidos, capacitado para ser um

Salvador perfeito, compassivo e completo 7.

Isaías 42.21, “O SENHOR Se agradava dEle por amor da Sua justiça; engrandeceu-

O pela lei, e O fez glorioso.”; Filipenses 2.8; Gálatas 4.4,5.

Foi preciso que Ele tivesse provação na carne e rendesse perfeita obediência à Lei para

que houvesse operado uma justiça que pudesse ser imputada a nós.

A justiça a nós imputada pela fé não é aquela justiça que é o atributo pessoal de Deus, mas

é aquela justiça (judicial) operada ou ganha por Cristo pela Sua obediência durante a Sua

vida terrena. Essa justiça foi ganha pela Sua obediência mas a nossa justiça é imputada

pela fé e não ganha por nenhuma obra nossa (Rm 3.21,22; Fp 3.9).

Versículos para Memorizar: Ef 2.8-10, “Porque pela graça sois salvos, por meio da

fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se

glorie; Porque somos feitura Sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as

quais Deus preparou para que andássemos nelas”.

4.5. Cremos que as Escrituras ensinam que a salvação de pecadores provém inteiramente

da graça 1, através dos ofícios mediatórios do Filho de Deus

2, o Qual, segundo a vontade

do Pai, Se tornou homem, ainda que sem pecado 3, honrou a lei divina por Sua obediência

pessoal 4, e por Sua morte fez plena expiação por nossos pecados

5, tendo ressuscitado dos

mortos, está agora entronizado no céu 6, e, reunindo em Sua maravilhosa pessoa as mais

ternas simpatias com as perfeições divinas, é, em todos os sentidos, capacitado para ser um

Salvador perfeito, compassivo e completo 7.

Isaías 53.4,5, “Verdadeiramente Ele tomou sobre Si as nossas enfermidades, e as

nossas dores levou sobre Si; e nós O reputávamos por aflito, ferido de Deus, e

oprimido. 5 Mas Ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa

das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele, e pelas Suas

pisaduras fomos sarados.”; Mateus 20.28; Romanos 4.25; 3.21-26; I João 4.10; I

Coríntios 15.1-3; Hebreus 9.13-15.

Os Elementos Básicos de Expiação: Propiciação, Reconciliação e Redenção

Propiciação – Rm 3.25; I Jo 2.2; 4.10 (# 2434, hilasmos, aplacação, mitigar). Hb 9.5 (#

2435, hilasterion, propiciação, propiciatório). Comparando estes quatro textos,

entendemos que a propiciação: 1) tem a ver com pecado, 2) é provida por Deus, 3) provida

por causa do amor de Deus, 4) somente pelo sangue de Jesus, portanto aplicada apenas aos

crentes em Cristo, 5) é a declaração da justiça de Cristo para a remissão dos pecados

dantes cometidos, 6) não é um pagamento de dívida mas conhecida pela “paciência de

Deus”. Como no tabernáculo, a lâmina do propiciatório não perdoou o pecado de ninguém,

pois o perdão foi dado apenas pela aplicação do sangue pelo sacerdote, anualmente, assim

não é suficiente que Cristo tenha tido uma morte vicária, mas ela deve ser aplicada,

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individualmente, antes que os benefícios da crucificação efetuem a reconciliação para com

Deus.

Reconciliação – Rm 5.11; 11.15; II Co 5.18, 19 (# 2643, Strong’s katallage – reatamento

de favor). Esse elemento sugere o efeito da obra redentora de Cristo entre Deus e o

homem: eles são reconciliados. Deus vê o trabalho da alma de Cristo para com os Seus e

fica satisfeito (Is 53.11).

Redenção – ‘Entrega’ é uma palavra usada para descrever o significado deste elemento

básico da expiação. Em hebraico a ‘redenção’ é explicada pelas palavras goel (#01350),

guellah e padah (#06299) e no grego pelas palavras agorazo (#59), exagorazo (#1805),

lutroo (#3084) e apolutrosis (#629). A idéia básica dessas palavras é: comprar de volta do

mercado de escravos, libertar através do pagamento do preço de resgate. A palavra

‘redenção’ tem três idéias chaves: 1) remir, I Tm 2.6. 2) livrar, Tt 2.14; Gl 1.4. 3) soltar, I

Pe 1.18 (D.W. Huckabee, ibid. pgs 128-133).

Você já fez essa reconciliação com Deus pela expiação de Cristo? A obra de Cristo é

consumada mas é necessário que ela seja aplicada pela fé. Arrependa-se já e creia, pela fé,

nesse Cristo Salvador!

Versículos para Memorizar: Ef 2.8-10, “Porque pela graça sois salvos, por meio da

fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se

glorie; Porque somos feitura Sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as

quais Deus preparou para que andássemos nelas”.

4.6. Cremos que as Escrituras ensinam que a salvação de pecadores provém, inteiramente,

da graça 1, através dos ofícios mediatórios do Filho de Deus

2, O qual, segundo a vontade

do Pai, Se tornou homem, ainda que sem pecado 3, honrou a lei divina por Sua obediência

pessoal 4, e por Sua morte fez plena expiação por nossos pecados

5, tendo ressuscitado dos

mortos, está agora entronizado no céu 6, e, reunindo em Sua maravilhosa pessoa as mais

ternas simpatias com as perfeições divinas, é, em todos os sentidos, capacitado para ser um

Salvador perfeito, compassivo e completo 7.

Hebreus 1.8, “Mas, do Filho, diz: Ó Deus, o teu trono subsiste pelos séculos dos

séculos; Cetro de equidade é o cetro do Teu reino.”; Hebreus 1.3; 8.1; Efésios 1.20.

A Ressurreição do Senhor Jesus Cristo

Profetizada - Sl 16.9,10.

Ensinada por Jesus - Mt 12.40; 16.4; 20.19; 26.32; Mc 9.9; Lc 18.33; 24.26; Jo 2.19,21.

Testemunhada pelos Anjos - Mt 28.6.

Ensinada pelos Apóstolos - At 2.24; 3.15; 4.10,33; 10.40; 13.30-33; 17.2,3,31; 26.23-26;

Rm 1.4; 4.25; 6.4,5,9; Ef 1.20; Hb 13.20; 1 Pe 1.3; 3.18; Ap 1.5.

A Ascensão do Senhor Jesus Cristo

Profetizada - Sl 68.18.

Ensinada por Jesus - Jo 6.62.

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Os Evangelhos a Relataram - Mc 16.19.

A História Bíblica a Relata- - At 1.9.

Declarada pelos Apóstolos - At 3.21; Ef 1.20; 4.8; I Tm 3.16; Hb 4.14; 9.24.

Provada pela Exaltação na Presença do Pai - At 1.11; 7.56; 9.4; I Co 15.4-8; Fp 2.9-11

Cristo recebeu a “alegria que Lhe estava proposta (Hb 12.2); e a respeito dos santos que

serão felizes com Ele para sempre, é dito: Entra no “gozo” do Senhor (Mt 25.21). A glória

a que Cristo foi exaltado não somente interessa a Ele mas a todos os que estão nEle. Jesus

orou: “E Eu dei-lhes a glória que a Mim Me deste, para que sejam um, como Nós somos

um” (Jo 17.22). Porque, enquanto sofremos com Cristo (Rm 8.17) e por Cristo neste

mundo, podemos regozijar-nos na esperança de sermos glorificados com Ele. (J. Dagg, pg.

168).

Versículos para Memorizar: Ef 2.8-10, “Porque pela graça sois salvos, por meio da

fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se

glorie; Porque somos feitura Sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as

quais Deus preparou para que andássemos nelas”.

4.7. Cremos que as Escrituras ensinam que a salvação de pecadores provém, inteiramente,

da graça 1, através dos ofícios mediatórios do Filho de Deus

2, o Qual, segundo a vontade

do Pai, Se tornou homem, ainda que sem pecado 3, honrou a lei divina por Sua obediência

pessoal 4, e por Sua morte fez plena expiação por nossos pecados

5, tendo ressuscitado dos

mortos, está agora entronizado no céu 6, e, reunindo em Sua maravilhosa pessoa as mais

ternas simpatias com as perfeições divinas, é, em todos os sentidos, capacitado para ser

um Salvador perfeito, compassivo e completo 7.

Hebreus 7.25,26, “Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por Ele se

chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles. 26 Porque nos convinha tal

sumo sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores, e feito mais

sublime do que os céus;” Salmos 45.

Cristo é o fiador de todos que se arrependem e crêem pela fé nEle (At 4.12; Rm 10.13;

17.30). Como Fiador, Jesus Cristo assumiu os pecados e a condenação daqueles que são

dados a Ele pelo Pai (Jo 6.37; 10.11). O fato de que Cristo é o fiador não quer dizer que o

homem não é responsável pelos seus pecados, mas enfatiza a misericórdia de Deus em

fazer Cristo responsável pelos pecados de outros. Para Cristo ser o Fiador, a dívida do

homem foi transferida para Ele e as Suas justiças imputadas ao pecador arrependido (II Co

5.21).

Exemplos de fiadores pela Bíblia: Como Judá foi o fiador por seu irmão, Cristo é pelos

Seus (Gn 43.9, “Eu serei fiador por ele, da minha mão o requererás; se eu não o trouxer, e

não o puser perante a tua face, serei réu de crime para contigo para sempre”). A vida de

Cristo foi prometida para ser o penhor aceitável ao Justo Juiz no lugar dos pecadores

culpados. Em amor ao Pai e para Lhe dar glória, Cristo toma essa posição de Fiador

tornando-O responsabilizado, réu de crime, diante da face de Deus em prol dos Seus. Por

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Cristo ser divino e, portanto eterno, a Sua morte paga uma eternidade de condenação para

todos aqueles que venham a se arrepender e crer pela fé nEsse Fiador.

Como Paulo se colocou diante de Filemom em prol de Onésimo (Fm 1.18,19, “E, se te fez

algum dano, ou te deve alguma coisa, põe isso à minha conta. Eu, Paulo, de minha própria

mão o escrevi; eu o pagarei, para te não dizer que ainda mesmo a ti próprio a mim te

deves”), Cristo Se põe diante de Deus em prol dos Seus. Nós temos feito “dano”, e

devemos tudo a Deus. Tudo isso foi colocado na conta de Nosso Fiador, Jesus Cristo (Rm

5.8; II Co 5.21).

O grau de responsabilidade de Cristo como fiador: Em dois Salmos messiânicos é

notado até que ponto Cristo era Fiador. Ele foi Fiador ao ponto de considerar as

iniquidades do Seu povo como “as Minhas iniquidades” (Sl 40.7-12) e como se Ele tivesse

pecado (Sl 69.5). Estes pecados não eram pecados de Cristo. Não foi Ele Quem os

cometeu mas foram esses pecados que ficaram sobre Ele pela imputação como sendo o

Fiador dos Seus.

A Salvação: Todo pecador é chamado a se arrepender dos seus pecados e crer em Cristo

pela fé (At 17.30; 16.31).

Você reconhece que é um pecador? Reconhece a sua condenação do pecado? Se estiver

oprimido pelo pecado, confie já no único sacrifício que satisfaz a Deus.

Versículos para Memorizar: Ef 2.8-10, “Porque pela graça sois salvos, por meio da

fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se

glorie; Porque somos feitura Sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as

quais Deus preparou para que andássemos nelas”.

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V. A JUSTIFICAÇÃO

Cremos que as Escrituras ensinam que a grande benção evangélica assegurada por Cristo 1

àqueles que nEle confiam, é a justificação 2, pois ela abrange o perdão do pecado

3, e o

dom da vida eterna de acordo com os princípios de justiça 4, que é outorgada, não em

consideração a quaisquer obras de retidão que tenhamos praticado mas, exclusivamente,

por meio da fé em Cristo 5, na virtude de qual fé a Sua justiça perfeita nos é livremente,

imputada por Deus 6, que nos introduz a um estado da mais abençoada paz e favor perante

Deus, assegurando todas as demais bênçãos necessárias para o tempo e a eternidade 7.

Versículos para Memorizar: Romanos 4:4,5, “Ora, àquele que faz qualquer obra não

lhe é imputado o galardão segundo a graça, mas segundo a dívida. 5 Mas, àquele que

não pratica, mas crê nAquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é imputada como

justiça.”

5.1. Cremos que as Escrituras ensinam que a grande bênção evangélica assegurada por

Cristo 1 àqueles que nEle confiam, é a justificação

2, ela abrange o perdão do pecado

3, e o

dom da vida eterna de acordo com os princípios de justiça 4, que é outorgada, não em

consideração a quaisquer obras de retidão que tenhamos praticado, mas exclusivamente

por meio da fé em Cristo 5, na virtude de qual fé a Sua justiça perfeita nos é, livremente,

imputada por Deus 6 Que nos introduz a um estado da mais abençoada paz e favor perante

Ele, assegurando todas as demais bênçãos necessárias para o tempo e a eternidade 7.

João 1:16, “E todos nós recebemos também da Sua plenitude, e graça por graça.”;

Efésios 3:8.

Por Cristo somente: Mateus 1:21, “E dará à luz um filho e chamarás o Seu nome JESUS;

porque Ele salvará o Seu povo dos seus pecados.”; João 3:36, “Aquele que crê no Filho

tem a vida eterna; mas aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus

sobre ele permanece.”; 14:6, “Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida;

ninguém vem ao Pai, senão por Mim.”; Atos 10:42,43; 4:12; I Coríntios 3:11; I João 5:11

E o testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está em Seu Filho.”

“Todos nós recebemos da Sua plenitude”- A divindade de Cristo é destacada aqui como

também a concordância entre os apóstolos desse fato. Cristo é Deus e assim é perfeito nos

Seus ofícios de Salvador e Mediador (Gill). Hebreus 9:11-14.

“Todos nós recebemos da Sua plenitude” - Cada pessoa que já se arrependeu dos pecados

e tomou pela fé o sacrifício de Cristo pelos pecados como a Sua morte e vitória sobre a

condenação dos seus pecados, recebe uma nova natureza. Essa nova natureza cresce mais

e mais na imagem de Cristo (Colossenses 3:10), de pouco em pouco (Provérbios 4:18), de

graça em graça, de glória em glória (II Coríntios 3:18), de fé em fé (Romanos 1:17). A

vida Cristã é movida pela nova natureza que é de Deus (I João 3:9b). Nela, nós

entendemos que temos a Sua plenitude cada vez mais expressa no cristão (hábitos,

vestimenta, comportamento, adoração, atitudes, etc.).

“Graça por graça”

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- Pela graça de Deus há um Salvador; Jesus Cristo, Filho do Deus vivo e verdadeiro

(Gill). I João 5:20

- Pela graça há uma eleição de pessoas que pertencem a Deus e foram dadas a Cristo

(João 6:37-39), e, por essas, Ele morreu (João 10:11-15), dando-lhes a justiça de Deus

(II Coríntios 5:21). (Gill)

- O que começa com graça termina com graça. Graça é o começo e o fim da vida

cristã. Pela graça somos salvos (perdoados, justificados, adotados, santificados e

glorificados; Romanos 8:29,30; Efésios 2:8-10); graça e mais graça, abundância sobre

abundância, um aumento dela cada vez mais na vida do cristão (Gill). Romanos 5:20.

Versículos para Memorizar: Romanos 4:4,5, “Ora, àquele que faz qualquer obra não

lhe é imputado o galardão segundo a graça, mas segundo a dívida. 5 Mas, àquele que

não pratica, mas crê nAquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é imputada como

justiça.”

5.2. Cremos que as Escrituras ensinam que a grande bênção evangélica assegurada por

Cristo 1 àqueles que nEle confiam, é a justificação

2, ela abrange o perdão do pecado

3, e o

dom da vida eterna de acordo com os princípios de justiça 4, que é outorgada, não em

consideração a quaisquer obras de retidão que tenhamos praticado mas, exclusivamente,

por meio da fé em Cristo 5, na virtude de qual fé a Sua justiça perfeita nos é, livremente,

imputada por Deus 6 Que nos introduz a um estado da mais abençoada paz e favor perante

Ele, assegurando todas as demais bênçãos necessárias para o tempo e a eternidade 7.

Atos 13:39, “E de tudo o que, pela lei de Moisés, não pudestes ser justificados, por

Ele é justificado todo aquele que crê.”; Isaías 3:11,12; Romanos 8:1.

A justificação é um termo judicial (ou forense – 1. Respeitante ao foro judicial. 2. Judicial

(Dicionário Eletrônico Aurélio, Ver. 3, Nov. 1999). Declara a verdade de que Deus, por

Cristo ser julgado no lugar do pecador, considera o cristão livre de culpa dos seus pecados

(Romanos 8:1). Note bem que a declaração judicial de justificação não faz o pecador justo,

mas declara ele justo. O sacrifício de Cristo faz o pecador justo. A justificação não redime

ninguém do pecado, não santifica ninguém e nem renova o homem interior (como

declaram os católicos no Concílio de Trento), mas, simplesmente, declara o pecador

arrependido e com fé em Cristo Jesus, justo (Deuteronômio 25:1, aquele que já é justo será

declarado justificado. Declarar o ímpio justo é abominação a Deus – Provérbios 17:15). A

justificação não é uma mudança de coração, mas de uma posição diante de Deus. A Lei de

Moisés não pode condenar mais os que Deus declara justo (Romanos 8:31-33, v. 33,

“Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus Quem os justifica .”)

Versículos para Memorizar: Romanos 4:4,5, “Ora, àquele que faz qualquer obra não

lhe é imputado o galardão segundo a graça, mas segundo a dívida. 5 Mas, àquele que

não pratica, mas crê nAquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é imputada como

justiça.”

5.3. Cremos que as Escrituras ensinam que a grande bênção evangélica assegurada por

Cristo 1 àqueles que nEle confiam, é a justificação

2, ela abrange o perdão do pecado

3, e o

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dom da vida eterna de acordo com os princípios de justiça 4, que é outorgada, não em

consideração a quaisquer obras de retidão que tenhamos praticado mas, exclusivamente,

por meio da fé em Cristo 5, na virtude de qual fé a Sua justiça perfeita nos é, livremente,

imputada por Deus 6 Que nos introduz a um estado da mais abençoada paz e favor perante

Ele, assegurando todas as demais bênçãos necessárias para o tempo e a eternidade 7.

Romanos 5:9, “Logo muito mais agora, tendo sido justificados pelo Seu sangue,

seremos por Ele salvos da ira.”; Zacarias 13:1; Mateus 9:6; Atos 10:43.

O significado da justificação é a absolvição de culpa do pecador regenerado e convertido.

É a libertação do poder do pecado e da sua condenação pela graça e da vontade de Deus

por Cristo (William Rogers). É “o meio pelo qual o pecador é aceito por Deus” (Abraham

Booth, Reign of Grace, citado por A. W. Pink).

O perdão pleno é dado quando o pecador se arrepende e crê pela fé em Cristo não na hora

de ser declarado justo. Todavia, não poderia ter a declaração do Juiz que o pecador é justo

sem haver primeiro o perdão. É nesse sentido que dizemos que a justificação abrange o

perdão do pecado.

Versículos para Memorizar: Romanos 4:4,5, “Ora, àquele que faz qualquer obra não

lhe é imputado o galardão segundo a graça, mas segundo a dívida. 5 Mas, àquele que

não pratica, mas crê nAquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é imputada como

justiça.”

5.4. Cremos que as Escrituras ensinam que a grande benção evangélica assegurada por

Cristo 1 àqueles que nEle confiam, é a justificação

2, ela abrange o perdão do pecado

3, e o

dom da vida eterna de acordo com os princípios de justiça 4, que é outorgada, não em

consideração em quaisquer obras de retidão que tenhamos praticado, mas exclusivamente

por meio da fé em Cristo 5, na virtude de qual fé a Sua justiça perfeita nos é, livremente,

imputada por Deus 6, Que nos introduz a um estado da mais abençoada paz e favor perante

Ele, assegurando todas as demais bênçãos necessárias para o tempo e a eternidade 7.

Romanos 5:17, “Porque, se pela ofensa de um só, a morte reinou por esse, muito mais

os que recebem a abundância da graça, e do dom da justiça, reinarão em vida por

um só, Jesus Cristo.” I Pedro 3:7; I João 2:25; Romanos 5:21; II Coríntios 5:18-21.

Versículos para Memorizar: Romanos 4:4,5, “Ora, àquele que faz qualquer obra não

lhe é imputado o galardão segundo a graça, mas segundo a dívida. 5 Mas, àquele que

não pratica, mas crê nAquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é imputada como

justiça.”

5.5. Cremos que as Escrituras ensinam que a grande benção evangélica assegurada por

Cristo 1 àqueles que nEle confiam, é a justificação

2, ela abrange o perdão do pecado

3, e o

dom da vida eterna de acordo com os princípios de justiça 4, que é outorgada, não em

consideração a quaisquer obras de retidão que tenhamos praticado, mas exclusivamente

por meio da fé em Cristo 5, na virtude de qual fé a Sua justiça perfeita nos é, livremente,

imputada por Deus 6 Que nos introduz a um estado da mais abençoada paz e favor perante

Deus, assegurando todas as demais bênçãos necessárias para o tempo e a eternidade 7.

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Romanos 4:4,5, “Ora, àquele que faz qualquer obra não lhe é imputado o galardão

segundo a graça, mas segundo a dívida. 5 Mas, àquele que não pratica, mas crê

nAquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é imputada como justiça.”; Romanos 3:19-

28 (24); 5: (9), 21; 6:23; 10:4; Filipenses 3:7-9.

Romanos 3:24, “Sendo justificados gratuitamente pela Sua graça, pela redenção que há em

Cristo Jesus.”

A justificação é grátis. Isso quer dizer que ela não é o efeito de uma causa no homem,

sejam obras da lei (Romanos 3:19, 20; Gálatas 2:16; 3:11, 24), obras da igreja (a

confissão, o batismo ou a Ceia do Senhor, ou obediência da Palavra de Deus), da caridade

humana (Tito 3:5,6), nem do nosso arrependimento (o arrependimento não conserta o mal

que foi feito). A justificação tem a sua causa na graça de Deus que deu, livremente, Seu

Filho Jesus Cristo para ser o aceitável sacrifício vicário do eleito.

A justificação pela graça de Deus. A justificação baseia-se na obra do Justo no lugar do

injusto (II Coríntios 5:21; I Pedro 2:24; 3:18). A obediência e a morte de Cristo são as

bases pelas quais um pecador é declarado justo por Deus (Romanos 3:26; 10:4). Foi a

graça de Deus que decretou o plano de exercer, para com inimigos rebeldes, o Seu infinito

amor. Foi a graça de Deus que fez o Seu filho unigênito, Jesus Cristo, morrer a morte do

pecador, ter vitória sobre a morte e o pecado. É a graça de Deus que dá a salvação para

todos os pecadores que se arrependem e crêem pela fé neste Filho. É a graça de Deus que

declara justos para sempre tais pecadores remidos por Cristo (Efésios 2:4-10).

Portanto, a nossa mensagem ao pecador é: “Arrependei-vos e crede no Evangelho”

(Marcos 1:15).

Comparando Paulo com Tiago. “Ora, o desígnio do Apóstolo Paulo em Romanos 3:28

pode ser, claramente, percebido por seu contexto. Ele está tratando do grande assunto da

justificação de um pecador diante de Deus: ele mostra que esta não pode ser pelas obras

da lei, porque pela lei todos os homens são condenados, e também porque se os homens

fossem justificados sobre a base de suas próprias obras, então o orgulho não poderia ser

excluído. Ele afirma positivamente que a justificação é pela graça, pela redenção que há

em Cristo Jesus. Seu raciocínio se mostrará tanto mais convincente se toda a passagem

(Romanos 3:19-28) for lida atentamente” (A. W. Pink).

Sobre a ‘justificação pelas obras’ de Tiago (Tiago 2:24) parecendo oposto à ‘justificação

pela fé’da qual o apóstolo Paulo escreve (Romanos 5:1), é “mui evidente que a

"justificação" da qual Paulo trata é, totalmente, diferente da "justificação" que é tratada por

Tiago. A doutrina do primeiro é que nada é aceitável a um pecador diante de Deus, exceto

a fé no Senhor Jesus Cristo; a doutrina do último é que uma fé tal não permanece só, mas

que é acompanhada com toda boa obra, e que onde as boas obras estão ausentes, a fé que

justifica não pode existir. Tiago é insistente em que não é suficiente dizer que tenho a fé

que justifica, mas devo dar prova da mesma exibindo aqueles frutos que o amor a Deus e o

amor para com os homens, necessariamente, produzem” (A. W. Pink, A Doutrina da

Salvação., Capitulo 9, A Justificação; Tradução livre: Felipe Sabino de Araújo Neto;

Cuiabá-MT, 10 de Junho de 2003; http://solascriptura-tt.org).

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Versículos para Memorizar: Romanos 4:4,5, “Ora, àquele que faz qualquer obra não

lhe é imputado o galardão segundo a graça, mas segundo a dívida. 5 Mas, àquele que

não pratica, mas crê nAquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é imputada como

justiça.”

5.6. Cremos que as Escrituras ensinam que a grande bênção evangélica assegurada por

Cristo 1 àqueles que nEle confiam, é a justificação

2, ela abrange o perdão do pecado

3, e o

dom da vida eterna de acordo com os princípios de justiça 4, que é outorgada, não em

consideração a quaisquer obras de retidão que tenhamos praticado, mas, exclusivamente,

por meio da fé em Cristo 5, na virtude de qual fé a Sua justiça perfeita nos é, livremente,

imputada por Deus 6 Que nos introduz a um estado da mais abençoada paz e favor perante

Ele, assegurando todas as demais bênçãos necessárias para o tempo e a eternidade 7.

Romanos 5:19, “Porque, como pela desobediência de um só homem, muitos foram

feitos pecadores, assim pela obediência de um muitos serão feitos justos.”; Romanos

3:24-28; 4:23-25; I João 2:12; II Coríntios 5:21.

Imputar: 2. Atribuir, conferir, dar (Dicionário Eletrônico Aurélio, Ver. 3, Nov. 1999).

A justificação é pela imputação (Romanos 4:6). A justificação é dada a nós pela obra de

um outro ao ponto de nós sermos livres de qualquer dívida (Romanos 5:18,19; Filipenses

3:8,9; II Coríntios 5:21).

Versículos para Memorizar: Romanos 4:4,5, “Ora, àquele que faz qualquer obra não

lhe é imputado o galardão segundo a graça, mas segundo a dívida. 5 Mas, àquele que

não pratica, mas crê nAquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é imputada como

justiça.”

5.7. Cremos que as Escrituras ensinam que a grande benção evangélica assegurada por

Cristo 1 àqueles que nEle confiam, é a justificação

2, ela abrange o perdão do pecado

3, e o

dom da vida eterna de acordo com os princípios de justiça 4, que é outorgada, não em

consideração a quaisquer obras de retidão que tenhamos praticado, mas, exclusivamente,

por meio da fé em Cristo 5, na virtude de qual fé a Sua justiça perfeita nos é, livremente,

imputada por Deus 6 Que nos introduz a um estado da mais abençoada paz e favor perante

Ele, assegurando todas as demais bênçãos necessárias para o tempo e a eternidade 7.

Romanos 5:1-3, “Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por

nosso Senhor Jesus Cristo; 2 Pelo Qual também temos entrada pela fé a esta graça,

na qual estamos firmes, e nos gloriamos na esperança da glória de Deus. 3 E não

somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações; sabendo que a tribulação

produz a paciência,”; Romanos 5:11; Mateus 6:33; I Timóteo 4:8.

“Assegurando todas as demais bênçãos necessárias para o tempo e a eternidade” – A

salvação por Cristo é eterna: “vida eterna” (João 3:16, 36; 4:14; 5:24; 6:40,47; Romanos

6:22,23).

A natureza dessa justificação é maravilhosa. A justificação do pecador diante do tribunal

de Deus não é um processo, como é a chamada para a salvação ou a santificação do cristão

diante dos homens. É um ato instantâneo e, quando ocorre, está completo. “Não admite

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graus ou fases” (T. P. Simmons, p. 353). Quando o publicano foi convertido ele desceu

para sua casa já justificado (Lucas 18:14). A justificação é eterna. A firmeza da verdade

da eternidade da justificação é entendida pela pergunta de Deus, “Quem intentará acusação

contra os escolhidos de Deus? É Deus Quem os justifica.” (Romanos 8:33). Por causa do

preço da salvação ter sido pago, inteiramente, por Cristo “uma vez” (Hebreus 10:10) o

cristão resgatado por Cristo é declarado justo pelo Juiz e “tem a vida eterna, e não entrará

em condenação, mas passou da morte para a vida” (João 5:24). Pela base da condenação

do pecador, o pecado, ser eliminado por Cristo, a justificação diante de Deus por Cristo é

tida como eterna. A justificação é graciosa. Mesmo que a justificação seja revelada

exteriormente aos outros mediante as obras (Tiago 2:20-26) a obtenção da justificação

diante de Deus nunca é pelas obras de homem algum (Romanos 3:20; 4:2-8; Tito 3:4,5).

Então, se não é pelas obras, é pela graça (Romanos 11:6). Deus não deve a salvação ao

inimigo dele mas, sim, ao juízo. Se Deus quer justificar alguém na base da obra meritória

de Cristo isso é um desejo e um ato plenamente movido pela Sua graça. A justificação é

pela imputação (Romanos 4:6). A justificação é dada a nós pela obra de um outro ao ponto

de nós sermos livres de qualquer dívida (Romanos 5:18,19; Filipenses 3:8,9; II Coríntios

5:21). A justificação é dada pela fé. A fé é um efeito da regeneração e não uma causa da

justificação. Por sermos regenerados, temos o dom do Espírito Santo que é a fé (Gálatas

5:22). Por isso, confiamos em Cristo como nosso Salvador. A graça vem primeiro e causa

a fé que opera em nós para a nossa salvação (Efésios 2:8) que é a base de sermos

declarados justos (justificação). Percebendo então a natureza gloriosa dessa justificação

somos incentivados a louvar a Deus por uma “tão grande salvação” (Hebreus 2:3). E sendo

justificados por uma justificação tão maravilhosa somos incentivados a procurar aplicar-

nos “às boas obras” (Tito 3:7,8) para a glória de Deus pelo Salvador. (CGG, A Doutrina

da Salvação)

As bênçãos da justificação são múltiplas. Temos a emancipação da culpa e do poder do

pecado (I João 1:7; Hebreus 10:12-14; Romanos 8:1; Gal. 3:13). Pela justificação temos a

bênção de ter paz com Deus (Isaías 53:5; Romanos 8:1). Por não termos mais a culpa do

pecado não é impedida mais a nossa comunhão com Deus, temos a Sua plena aceitação e a

possibilidade de uma adoração verdadeira (Efésios 1:6; Hebreus 10:19-22; João 4:24). Por

sermos absolvidos de culpa somos abençoados na terra e por toda a eternidade (Romanos

8:28; I Coríntios 2:9; Apocalipse 1:5,6), pois a justificação e a glorificação andam juntas

(Romanos 5:8, 10; 8:30).

Um resumo (BANCROFT, Elemental Theology, p. 206):

1. Somos justificados judicialmente por Deus, Romanos 8:33.

2. Somos justificados causativamente pela graça, Romanos 3:24.

3. Somos justificados meritória e manifestamente por Cristo (meritoriamente pela Sua

morte, Romanos 5:10 manifestamente pela sua ressurreição, Romanos 4:25).

4. Somos justificados instrumentalmente pela fé, Romanos 5:1.

5. Somos justificados evidentemente aos outros pelas obras, Tiago 2:14-24.

Versículos para Memorizar: Romanos 4:4,5

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VI. O CARÁTER GRATUITO DA SALVAÇÃO.

Cremos que as Escrituras ensinam que as bênçãos da salvação são gratuitamente

oferecidas a todos por meio do Evangelho 1, que é dever, imediato, de todos se

arrependerem por meio de uma fé cordial e obediente 2, e que nada impede a salvação do

maior pecador que existe sobre a terra senão a sua própria depravação voluntária e sua

rejeição espontânea do Evangelho 3, rejeição essa que trará sobre ele a mais severa

condenação 4.

Versículo para Memorizar: Isaías 55.1, “Ó vós, todos os que tendes sede, vinde às

águas, e os que não tendes dinheiro, vinde, comprai, e comei; sim, vinde, comprai,

sem dinheiro e sem preço, vinho e leite.”.

As Escrituras ensinam sobre as bênçãos da salvação através de numerosos versículos,

figuras, parábolas, profecias e pregações. Isso é devido ao fato de que as Escrituras

existem, principalmente, para revelar ao homem não somente a sua pecaminosidade, mas

para declarar abertamente a salvação dele, um pecador, por meio da morte (substituição)

de Jesus Cristo no seu lugar.

Se tirasse das Escrituras tudo referente à salvação, teria apenas um livro contendo história

inspirada. Se o caráter gratuito fosse tirado da salvação, restaria apenas um sonho irreal,

uma religião vazia e um Salvador frustrado para o homem pecador.

Graças a Deus, pois temos a Bíblia que declara uma salvação verdadeira e gratuita para

todo pecador que se arrepende e crê pela fé no Salvador Jesus Cristo.

Versículo para Memorizar: Isaías 55.1, “Ó vós, todos os que tendes sede, vinde às

águas, e os que não tendes dinheiro, vinde, comprai, e comei; sim, vinde, comprai,

sem dinheiro e sem preço, vinho e leite.”.

6.1. Cremos que as Escrituras ensinam que as bênçãos da salvação são gratuitamente

oferecidas a todos por meio do Evangelho 1, que é dever imediato de todos se

arrependerem por meio de uma fé cordial e obediente 2, e que nada impede a salvação do

maior pecador que existe sobre a terra senão a sua própria depravação voluntária e sua

rejeição espontânea do Evangelho 3, rejeição essa que trará sobre ele a mais severa

condenação 4.

Isaías 55.1, “Ó vós, todos os que tendes sede, vinde às águas, e os que não tendes

dinheiro, vinde, comprai, e comei; sim, vinde, comprai, sem dinheiro e sem preço,

vinho e leite.”.

Conforme as Escrituras, “as bênçãos da salvação são gratuitamente oferecidas a todos”.

A Palavra de Deus declara um único Salvador para qualquer pecador. Além dos reis

ensinarem essa verdade (Pv 1.21-23) foram os profetas também que a comunicaram (Is

55.1-7). Jesus ensinou essa verdade em parábolas (Lc 14.17-23) e sem parábolas (Mt

11.28-30). Os Seus apóstolos também a proclamaram (At 20.21). Hoje, o Espírito Santo

ensina nas igrejas a mesma verdade (Ap 22.17).

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Portanto, fale à sua família do evangelho de Cristo. Pregue Cristo em seu bairro, nesta

cidade e região, em todo o seu estado e país não esquecendo os confins deste mundo. Há a

Palavra de Deus com a mensagem correta, o Salvador como seu exemplo melhor e a

promessa de Deus para animá-lo. Terá pés formosos (Rm 10.15), e estará entre os sábios

(Pv 11.30) que usam as suas bocas e vidas para proclamar a mais doce mensagem que

jamais foi comunicada por homem ou anjo.

É edificante enfatizar que as bênçãos da salvação, gratuitamente, oferecidas a todos,

somente, são obtidas “por meio do Evangelho”. Somente a Bíblia proclama a salvação,

exclusivamente, por Jesus Cristo. Não existem outros meios sejam celestiais, emocionais,

ou físicos que Deus tenha determinado conter a mensagem da Sua salvação que é somente,

através do Seu Filho. Os céus manifestam a glória de Deus, e a lei escrita no coração de

todo homem acusa ou defende as ações do homem, mas nem uma nem a outra declara

Quem é o Salvador e como o homem pode gozar da Salvação. Apenas a Bíblia tem o

relato inspirado por Deus que manifesta Jesus Cristo como Salvador.

Se você deseja conhecer a salvação que essa Bíblia relata, leia-a, coloque-se ao encontro

da pregação dela, estude-a e creia pela fé no Salvador que ela anuncia.

A Lei e O Evangelho

O que faria as bênçãos da salvação não serem gratuitas? Seriam as obras que o homem

pode inventar, ou que a igreja pode inventar, ou usar a Lei de Moisés de maneira errada. O

EVANGELHO, na sua bendita natureza, é diferente de qualquer lei que exija quaisquer

obras. Você poderia diferenciar o Evangelho da lei do Evangelho?

A Lei traz a ira (Êxodo 32.7-10, v.10, “Agora, pois, deixa-Me, para que o Meu furor se

acenda contra ele, e o consuma; e Eu farei de ti uma grande nação.”).

O Evangelho proclama paz (Romanos 5.1, “Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos

paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo”)

A Lei convence de culpa (Êxodo 20.7, “Não tomarás o nome do SENHOR teu Deus em

vão; porque o SENHOR não terá por inocente o que tomar o Seu nome em vão”; Romanos

7.7-9, “Que diremos pois? É a lei pecado? De modo nenhum. Mas eu não conheci o

pecado senão pela lei; porque eu não conheceria a concupiscência, se a lei não dissesse:

Não cobiçarás.8 Mas o pecado, tomando ocasião pelo mandamento, operou em mim toda a

concupiscência; porquanto sem a lei estava morto o pecado. 9 E eu, nalgum tempo, vivia

sem lei, mas, vindo o mandamento, reviveu o pecado, e eu morri.”)

O Evangelho traz absolvição (Efésios 2.13-18, v. 15, “Na Sua carne desfez a inimizade,

isto é, a lei dos mandamentos, que consistia em ordenanças, para criar em Si mesmo dos

dois um novo homem, fazendo a paz”)

A Lei pronuncia uma sentença (Ezequiel 18.4 "Eis que todas as almas são Minhas; como o

é a alma do pai, assim também a alma do filho é Minha: a alma que pecar, essa morrerá”).

O Evangelho oferece perdão (Números 15.28, “E o sacerdote fará expiação pela pessoa

que pecou, quando pecar por ignorância, perante o SENHOR, fazendo expiação por ela, e

lhe será perdoado.”; João 1.29: “No dia seguinte João viu a Jesus, que vinha para ele, e

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disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.)

A Lei requer a perfeição nos mínimos detalhes (Tiago 2.10, “Porque qualquer que guardar

toda a lei, e tropeçar em um só ponto, tornou-se culpado de todos.”; Mateus 5.28, “Eu,

porém, vos digo, que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar, já em seu coração

cometeu adultério com ela.”)

O Evangelho avisa que Deus está completamente satisfeito (Isaías 53.11, “Ele verá o fruto

do trabalho da sua alma, e ficará satisfeito; com o seu conhecimento o meu servo, o justo,

justificará a muitos; porque as iniquidades deles levará sobre Si.”)

A lei não conhece a misericórdia (Tiago 2.13, “Porque o juízo será sem misericórdia

sobre aquele que não fez misericórdia; e a misericórdia triunfa do juízo.”)

O Evangelho é pura misericórdia (Tiago 2.13, “Porque o juízo será sem misericórdia sobre

aquele que não fez misericórdia; e a misericórdia triunfa do juízo.”; João 3.16, “Porque

Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo aquele

que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna.”)

Pela lei, a justiça e a verdade são, gloriosamente, exaltadas (Romanos 7.10-12, “E o

mandamento que era para vida, achei eu que me era para morte. Porque o pecado, tomando

ocasião pelo mandamento, me enganou, e por ele me matou. E assim a lei é santa, e o

mandamento santo, justo e bom.”)

Pelo Evangelho, o amor, a misericórdia e a compaixão são exaltados com maior brilho

(Romanos 7.24,25, “Miserável homem que eu sou! quem me livrará do corpo desta morte?

Dou graças a Deus por Jesus Cristo nosso Senhor. Assim que eu mesmo com o

entendimento sirvo à lei de Deus, mas com a carne à lei do pecado.”; II João 1.3, “Graça,

misericórdia e paz, da parte de Deus Pai e da do Senhor Jesus Cristo, o Filho do Pai, seja

convosco na verdade e amor.”; Romanos 5.20, “Veio, porém, a lei para que a ofensa

abundasse; mas, onde o pecado abundou, superabundou a graça”).

À lei pertencem mandamentos, proibições, condições, ameaças e penalidades (Êxodo 20,

Não terás ... Não farás ... Não tomarás ... Não ... Não ... “sou Deus zeloso, que visito a

iniquidade dos pais nos filhos, até a terceira e quarta geração daqueles que Me odeiam”...

porque o SENHOR não terá por inocente o que tomar o Seu nome em vão... E todo o povo

viu os trovões e os relâmpagos, e o sonido da buzina, e o monte fumegando; e o povo,

vendo isso retirou-se e pôs-se de longe.”)

Ao Evangelho pertencem a graça, a misericórdia e o perdão. A fé e o arrependimento são

dados livremente, e com estes também são dados um coração novo, uma natureza nova, e

uma nova vida – tudo é novo. Tudo é gratuito. Por isso, o Evangelho é boas novas

(Romanos 10.15, “E como pregarão, se não forem enviados? como está escrito: Quão

formosos os pés dos que anunciam o evangelho de paz; dos que trazem alegres novas de

boas coisas”; Isaías 61.1-3, “O espírito do Senhor DEUS está sobre mim; porque o

SENHOR me ungiu, para pregar boas novas aos mansos; enviou-me a restaurar os

contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos;

A apregoar o ano aceitável do SENHOR e o dia da vingança do nosso Deus; a consolar

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todos os tristes;A ordenar acerca dos tristes de Sião que se lhes dê glória em vez de cinza,

óleo de gozo em vez de tristeza, vestes de louvor em vez de espírito angustiado; a fim de

que se chamem árvores de justiça, plantações do SENHOR, para que Ele seja

glorificado.”; II Cor 5.17-21, “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as

coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo. E tudo isto provém de Deus, que nos

reconciliou conSigo mesmo por Jesus Cristo, e nos deu o ministério da reconciliação; Isto

é, Deus estava em Cristo reconciliando conSigo o mundo, não lhes imputando os seus

pecados; e pôs em nós a palavra da reconciliação. De sorte que somos embaixadores da

parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse. Rogamo-vos, pois, da parte de Cristo, que

vos reconcilieis com Deus. Àquele que não conheceu pecado, O fez pecado por nós; para

que nEle fôssemos feitos justiça de Deus”).

Versículo para Memorizar: Isaías 55.1, “Ó vós, todos os que tendes sede, vinde às

águas, e os que não tendes dinheiro, vinde, comprai, e comei; sim, vinde, comprai,

sem dinheiro e sem preço, vinho e leite.”.

6.2. Cremos que as Escrituras ensinam que as bênçãos da salvação são, gratuitamente,

oferecidas a todos por meio do Evangelho 1, que é dever imediato de todos se

arrependerem por meio de uma fé cordial e obediente 2, e que nada impede a salvação do

maior pecador que existe sobre a terra senão a sua própria depravação voluntária e sua

rejeição espontânea do Evangelho 3, rejeição essa que trará sobre ele a mais severa

condenação 4.

Romanos 16.26, “Mas que se manifestou agora, e se notificou pelas Escrituras dos

profetas, segundo o mandamento do Deus eterno, a todas as nações para obediência

da fé;”; Marcos 1.15; Romanos 1.15-17; Atos 17.30

Devemos entender um importante fato: todo pecador tem a responsabilidade de se

arrepender e crer pela fé cordial e obediente (Atos 17.30). Sem o arrependimento que

também tem a fé salvadora, nenhum pecador jamais conhecerá a graça salvadora (Atos

3.19, “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados,

e venham assim os tempos do refrigério pela presença do Senhor;” Atos 13.38, 39, “Seja-

vos, pois, notório, homens irmãos, que por Este se vos anuncia a remissão dos pecados. E

de tudo o que, pela lei de Moisés, não pudestes ser justificados, por Ele é justificado todo

aquele que crê.”).

Contudo, porque o homem tem a responsabilidade de se arrepender, isto não quer dizer

que todo homem tem a capacidade de se arrepender e crer com uma fé cordial e obediente.

Deus pede perfeição pela Lei de Moisés mas nenhum homem é capaz de cumprir toda a

Lei mesmo que todos sejam responsáveis de cumpri-la (Eclesiastes 12.13,14). Não há

coisa alguma no homem pecador que seja boa (Romanos 7.18). O homem natural não pode

agradar a Deus (Romanos 8.6-8).

Quando a necessidade do pecador de se arrepender e de crer é exposta, não há o

estabelecimento de uma nova lei para o pecador exercitar ser salvo, mas um

estabelecimento de uma verdade de que a salvação é puramente de Deus e pela Sua graça.

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O pecador, sendo convicto do seu pecador ao ponto de ser convencido da justa condenação

de todo o seu pecado, e percebendo que não é apto a se salvar, procura um meio de salvar-

se desta condição. É nessa hora que o Evangelho proclama O Caminho Único, o sacrifício

de Jesus Cristo no lugar do pecador arrependido, e o pecador arrependido clama pela

misericórdia de Deus em salvá-lo pelos méritos de Cristo.

O fato de que o pecador se arrepende e crê pela fé, manifesta a operação de Deus no

coração deste pecador. O arrependimento vem de Deus (Zacarias 12.10; “Mas sobre a

casa de Davi, e sobre os habitantes de Jerusalém, derramarei o Espírito de graça e de

súplicas; e olharão para Mim, a Quem traspassaram; e pranteá-Lo-ão sobre Ele, como

quem pranteia pelo filho unigênito; e chorarão amargamente por Ele, como se chora

amargamente pelo primogênito”; Atos 5.31; 3.26, “Ressuscitando Deus a Seu Filho Jesus,

primeiro O enviou a vós, para que nisso vos abençoasse, no apartar, a cada um de vós, das

vossas maldades”; 5.31; 11.18, “E, ouvindo estas coisas, apaziguaram-se, e glorificaram a

Deus, dizendo. Na verdade até aos gentios deu Deus o arrependimento para a vida”; II

Timóteo 2.25, 26, “Instruindo com mansidão os que resistem, a ver se porventura Deus

lhes dará arrependimento para conhecerem a verdade, E tornarem a despertar,

desprendendo-se dos laços do diabo, em que à vontade dele estão presos”). A fé

verdadeira, em contraste com a fé natural (Tiago 2.19, 20, “Tu crês que há um só Deus;

fazes bem. Também os demônios o crêem, e estremecem. Mas, ó homem vão, queres tu

saber que a fé sem as obras é morta?”), vem de Deus (João 1.12, 13, “Mas, a todos quantos

O receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no Seu

nome; Os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do

homem, mas de Deus”; Gálatas 5.22, “Mas o fruto do Espírito é. amor, gozo, paz,

longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança”; 1 João 5.1, “Todo

aquele que crê que Jesus é o Cristo, é nascido de Deus; e todo aquele que ama aO que o

gerou também ama aO que dEle é nascido”; Romanos 9.15, 16, “Pois diz a Moisés:

Compadecer-Me-ei de quem Me compadecer, e terei misericórdia de quem Eu tiver

misericórdia. Assim, pois, isto não depende do que quer, nem do que corre, mas de Deus,

Que Se compadece”).

Se você deseja essas graças de Deus, o arrependimento e a fé salvadora, clame a Ele pela

Sua misericórdia para salvar mais um pecador.

Versículo para Memorizar: Isaías 55.1, “Ó vós, todos os que tendes sede, vinde às

águas, e os que não tendes dinheiro, vinde, comprai, e comei; sim, vinde, comprai,

sem dinheiro e sem preço, vinho e leite.”.

6.3. Cremos que as Escrituras ensinam que as bênçãos da salvação são gratuitamente

oferecidas a todos por meio do Evangelho 1, que é dever imediato de todos de se

arrependerem por meio de uma fé cordial e obediente 2, e que nada impede a salvação do

maior pecador que exista sobre a terra senão a sua própria depravação voluntária e sua

rejeição espontânea do Evangelho 3, rejeição essa que trará sobre ele a mais severa

condenação 4.

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João 5.40, “E não quereis vir a mim para terdes vida.”

Deus não impede qualquer pecador de ser salvo - Mateus 23.37; Romanos 9.30-33;

Provérbios 1.23-33; Atos 13.46; Isaías 59.2. O problema do homem é a sua natureza

pecaminosa. Essa natureza é fraca para obedecer à Lei com um coração sincero (Romanos

7.5). Ela é escrava do príncipe das potestades do ar (Efésios 2.2,3; Romanos 6.16). Deus

não precisa agir para que o pecador continue no pecado.

Versículo para Memorizar: Isaías 55.1, “Ó vós, todos os que tendes sede, vinde às

águas, e os que não tendes dinheiro, vinde, comprai, e comei; sim, vinde, comprai,

sem dinheiro e sem preço, vinho e leite.”.

6.4. Cremos que as Escrituras ensinam que as bênçãos da salvação são gratuitamente

oferecidas a todos por meio do Evangelho 1, que é dever imediato de todos de se

arrependerem por meio de uma fé cordial e obediente 2, e que nada impede a salvação do

maior pecador que exista sobre a terra senão a sua própria depravação voluntária e sua

rejeição espontânea do Evangelho 3, rejeição essa que trará sobre ele a mais severa

condenação 4.

João 3.19, “E a condenação é esta: Que a Luz veio ao mundo, e os homens amaram

mais as trevas do que a Luz, porque as suas obras eram más.”; Mateus 11.20; Lucas

19.27; João 3.36; II Tessalonicenses 1.8; Apocalipse. 20.11-15.

A condição pecaminosa do pecador não vem por ele rejeitar a salvação em Jesus Cristo

mas ele rejeita a salvação por ser um pecador (Mateus 7.16-20; Provérbios 20.11). Por não

crer no nome do unigênito Filho de Deus o pecador é julgado para receber a mais severa

condenação (João 3.17, 18; Romanos 9.31, 32, “Mas Israel, que buscava a lei da justiça,

não chegou à lei da justiça. Por quê? Porque não foi pela fé, mas como que pelas obras da

lei; tropeçaram na pedra de tropeço;”). Não deixe a sua fraqueza levá-lo à perdição eterna!

Clame pela misericórdia de Deus em Jesus Cristo!

Versículo para Memorizar: Isaías 55.1, “Ó vós, todos os que tendes sede, vinde às

águas, e os que não tendes dinheiro, vinde, comprai, e comei; sim, vinde, comprai,

sem dinheiro e sem preço, vinho e leite.”.

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VII. A GRAÇA NA REGENERAÇÃO.

Cremos que as Escrituras ensinam que, a fim de serem salvos, os homens precisam ser

regenerados ou nascidos de novo 1, que a regeneração consiste em dar à mente uma santa

disposição 2, que é efetuada de modo que ultrapassa nosso entendimento, pelo poder do

Espírito Santo, em conexão com a verdade divina 3, a fim de assegurar nossa obediência

voluntária ao Evangelho 4, e que sua evidência adequada aparece nos santos frutos do

arrependimento, da fé e da novidade de vida 5.

Referências: João 3:3-7, “Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te

digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus”. 4 Disse-lhe

Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, tornar a

entrar no ventre de sua mãe, e nascer? 5 Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te

digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de

Deus. 6 O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito. 7

Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo."; I Coríntios 2:14;

Apocalipse 5:7-9; 21:27.

Versículo para Memorizar: João 3:3, “Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na

verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus”.

7.1. Cremos que as Escrituras ensinam que, a fim de serem salvos, os homens precisam

ser regenerados ou nascidos de novo 1, que a regeneração consiste em dar à mente uma

santa disposição 2, que é efetuada de modo que ultrapassa nosso entendimento, pelo poder

do Espírito Santo, em conexão com a verdade divina 3, a fim de assegurar nossa obediência

voluntária ao Evangelho 4, e que sua evidência adequada aparece nos santos frutos do

arrependimento, da fé e da novidade de vida 5.

A NECESSIDADE DO NOVO NASCIMENTO

Em João 3:3 e 5, nosso Senhor afirma, claramente, que a regeneração é necessária para a

salvação. O homem não só precisa de perdão para que tenha comunhão com Deus, como

também a sua natureza deve ser renovada (como Nicodemos). O homem caído é natural (I

Coríntios 2:14), sensual (Judas 19) e carnal (Romanos 8:5-7), o oposto ao espiritual (I

Coríntios 2:15). Cristo revela que há uma distinção imutável entre o que é nascido da

carne e o que é nascido do Espírito. A carne pode ser religiosa, refinada, educada e ter

aparência moral, mas ainda é carne (João 3:6). Portanto, precisa de regeneração!

Cada parte do homem natural é corrompida pelo pecado. A sua mente é entenebrecida às

coisas de Deus (I Coríntios 1:18; 2:14; Efésios 4:18). Seu coração está numa condição de

inimizade contra Deus (Romanos 8:7; Jeremias 17:9). A sua vontade é livre somente para

cumprir os desejos de uma natureza depravada (João 1:13; 5.40, “não quereis vir a Mim”;

Romanos 9:16; Filipenses 2:13; Jeremias 13.23; Mateus 19.24-26). A carne torna-se,

completamente, inútil para as coisas de Deus (João 6:63). Portanto, precisa de

regeneração!

Versículo para Memorizar: João 3:3, “Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na

verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus”.

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7.2. Cremos que as Escrituras ensinam que, a fim de serem salvos, os homens precisam ser

regenerados ou nascidos de novo 1, que a regeneração consiste em dar à mente uma santa

disposição 2, que é efetuada de modo que ultrapassa nosso entendimento, pelo poder do

Espírito Santo, em conexão com a verdade divina 3, a fim de assegurar nossa obediência

voluntária ao Evangelho 4, e que sua evidência adequada aparece nos santos frutos do

arrependimento, da fé e da novidade de vida 5.

II Coríntios 5:17, "Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas

velhas já passaram; eis que tudo se fez novo."; Ezequiel 36:26; Deuteronômio 30:6;

Romanos 2:28,29; 5:5; I João 4:7.

A NATUREZA DO NOVO NASCIMENTO

Regeneração definida. A mudança exigida pela alma do homem capacitando-o a entrar no

reino de Deus é chamada de “regeneração” (Tito 3:5), “nascer de novo” (João 3:3) ou

“nascido do Espírito” (João 3:6). A regeneração é uma obra instantânea do Espírito de

Deus pela qual uma disposição santa (não apenas moral, emocional, alegre) é dada à alma.

As afeições são renovadas pelo amor a Deus, e a mente é iluminada e capacitada para o

entendimento do reino espiritual. Assim como a mudança que acontece na terra durante o

milênio é chamada de regeneração (Mateus 19:28), o novo nascimento é a renovação da

alma do homem.

Regeneração ilustrada. A maravilhosa mudança que acontece na regeneração é ilustrada

de muitas maneiras. Examinemos algumas terminologias aplicadas ao Novo Nascimento

para melhor ilustrarmos a sua natureza.

1. “Regeneração” ou “Novo Nascimento” - Não são estas palavras meras comparações

daquilo que acontece no milagre da graça, na alma do homem? Na regeneração física,

nova vida é dada e os traços familiares são reproduzidos (passiva, milagrosa,

maravilhosa). Não são estas verdades que fazem do nascimento uma figura maravilhosa da

obra da graça de Deus no homem?

2. Ressurreição - Efésios 2:1,5. Vivificar; dar vida nova ao morto.

3. Renovação - Colossenses 3:10. Pode conhecer Deus por Cristo.

4. Translado - Colossenses 1:13. Mudança brusca a um reinado novo (Hebreus 11.5;

Gênesis 5.24).

5. Novo coração - Ezequiel 36:26. Um que é capacitado a andar nos Seus estatutos. (2ª

vinda.)

6. A lei escrita no coração - Hebreus 8:10. Igual a Ezequiel 36.26 (2ª vinda.).

7. Nova natureza - II Corintos 5:17. Por isso tudo se fez novo.

8. Resplandecer com luz - II Coríntios 4:6. Mudança tamanha da 1ª criação.

9. Uma árvore boa - Mateus 7:17. Natureza boa com fruto bom para com Deus e para com

o homem.

10.Criação - Efésios 2:10. A sua criação tem obras diferentes da carne, “boas obras”

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Regeneração experimentada. A regeneração não é sensorial (algo que pode ser

experimentado pelos sentidos do homem; São cinco os sentidos: visão, audição, olfato,

gosto e tato.), mas acontece num nível além da consciência humana. Isso não quer dizer

que o novo nascimento nunca é acompanhado por fortes emoções, porém a obra da

regeneração em si não é algo sentido, mas reconhecido pelo seu fruto na vida. A conversão

é resultado do novo nascimento e isto nós experimentamos. A regeneração é uma ação de

Deus, mas a conversão é uma ação do homem, produzida pelo novo nascimento.

Versículo para Memorizar: João 3:3, “Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na

verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus”.

7.3. Cremos que as Escrituras ensinam que, a fim de serem salvos, os homens precisam ser

regenerados ou nascidos de novo 1, que a regeneração consiste em dar à mente uma santa

disposição 2, que é efetuada de modo que ultrapassa nosso entendimento, pelo poder do

Espírito Santo, em conexão com a verdade divina 3, a fim de assegurar nossa obediência

voluntária ao Evangelho 4, e que sua evidência adequada aparece nos santos frutos do

arrependimento, da fé e da novidade de vida 5.

João 3:8, "O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem,

nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito."; 1:13; Tiago 1:16-

18; I Coríntios 1:30; Filipenses 2:13.

O AGENTE NA REGENERAÇÃO

A regeneração não é produzida pelo batismo, pela vontade humana (João 1:13), ou por

qualquer outra obra, mas é uma obra especifica de Deus na alma. Como o vento (poderoso,

fora do controle do homem e invisível) esta obra não é produzida, controlada ou entendida

pelo homem (João 3:8, vê o efeito mas não a causa). Esta obra, frequentemente, atribuída

ao Espírito Santo é uma ação instantânea e completa de Deus sobre a alma. Mesmo que

Deus venha a usar meios para salvar os eleitos, deve ser entendido que a própria

regeneração não é um esforço conjunto. A Bíblia apresenta o novo nascimento como uma

necessidade absoluta e não como um mandamento a ser obedecido (João 3:3).

Agora, estamos diante de uma importante pergunta sobre o lugar do evangelho na

regeneração. A Palavra de Deus é, frequentemente, mencionada em conexão com o novo

nascimento (I Coríntios 4:15; Tiago 1:18; I Pedro 1:23; Salmos 119:93). Qual é a parte

exata que o evangelho tem nessa obra? Alguns exageram ao ensinar que muitos são

regenerados sendo que nunca ouviram o evangelho. Vamos considerar este assunto.

Devemos entender, primeiramente, que mesmo a regeneração sendo uma obra direta de

Deus sobre a alma do homem, pela sua natureza ela é feita em conjunto com o evangelho.

A regeneração produz fé, e a fé torna-se impossível sem o evangelho (Romanos 10:17 – a

fé precisa de algo em que possa confiar – João 9.36 – amor precisa de um objeto – a

Palavra de Deus revela Quem faz a salvação, e Quem deve ser amado por esta salvação).

Como pode alguém crer num Salvador do qual nunca ouviu falar (Romanos 10:14)? A

regeneração nos dá um coração de conhecimento e amor a Deus (Jeremias 24:7). Isso

também envolve o conhecimento das Escrituras, de quem é Deus. Se a regeneração não

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acontece em conjunto com a Palavra de Deus não há fé, amor, santidade, e nem o

conhecimento espiritual pode ser produzido por ela.

Em I Tessalonicenses 1:4-5, encontramos Paulo dizendo aos crentes de Tessalônica que

ele sabe da eleição deles pelo fato de o evangelho vir a ele em poder. Por meio da

regeneração, Deus dá força ao evangelho abrindo os corações para recebê-lo (Atos 16:14).

Muitos daqueles que gastaram as suas vidas na igreja têm testemunhado que quando Deus

os salvou eles se sentiram como se estivessem ouvindo o evangelho pela primeira vez.

Aqueles que ensinam que a regeneração pode acontecer aparte do evangelho parecem

temer os que não concordam com eles, pois eles compartilham com o pregador o crédito

devido apenas à obra de Deus. Eles falam do nosso ponto de vista como “regeneração

evangélica” e parece que crêem que temos menosprezado a regeneração a uma mera obra

de persuasão moral. Estes temores, portanto, não têm apoio nenhum. Vejamos a

regeneração como uma obra soberana e direta de Deus sobre a alma, mas não distorçamos

as Escrituras com o ensinamento de que as pessoas podem experimentá-la fora do

evangelho. Isso seria o mesmo que Deus dar ao homem o poder de visão mas falhando de

criar a luz sem a qual o homem não pode ver. Isto é um insulto à sabedoria de Deus.

Versículo para Memorizar: João 3:3, “Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na

verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus”.

7.4. Cremos que as Escrituras ensinam que, a fim de serem salvos, os homens precisam ser

regenerados ou nascidos de novo 1, que a regeneração consiste em dar à mente uma santa

disposição 2; que é efetuada de modo que ultrapassa nosso entendimento, pelo poder do

Espírito Santo, em conexão com a verdade divina 3, a fim de assegurar nossa obediência

voluntária ao Evangelho 4; e que sua evidência adequada aparece nos santos frutos do

arrependimento, da fé e da novidade de vida 5.

I Pedro 1:22-25, "Purificando as vossas almas pelo Espírito na obediência à verdade,

para o amor fraternal, não fingido; amai-vos ardentemente uns aos outros com um

coração puro; 23 Sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da

incorruptível, pela palavra de Deus, viva, e que permanece para sempre. 24 Porque

Toda a carne é como a erva, E toda a glória do homem como a flor da erva. Secou-se

a erva, e caiu a sua flor; 25 Mas a palavra do Senhor permanece para sempre."; I

João 5:1; Efésios 4:20-24; Colossenses 3:9-11.

O FRUTO DA REGENERAÇÃO

Devido a regeneração ser conhecida apenas pelos seus frutos, vale a pena saber os efeitos

que a regeneração produzirá no homem. Como podemos saber se somos nascidos de novo

ou meramente enganados? Vamos listar algumas das virtudes que a regeneração produz na

alma.

Fé - I João 5:4,5; Hebreus 12:2; I Pedro 1:3; Atos 18:27. (O leitor não deve entender que

estamos dizendo que a regeneração vem, cronologicamente, antes da fé. A regeneração

precede a fé somente como sua causa. A fé é produzida, instantaneamente, pelo poder

regenerador de Deus e assim simultânea, cronologicamente, à regeneração. Isto pode ser

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exemplificado da seguinte maneira: Uma bala atirada numa parede produz,

instantaneamente, um buraco. Em relação ao tempo, a ação da bala atingir a parede não

pode ser separada do efeito produzido, mas a bala é a causa do buraco. A graça

regeneradora produz, instantaneamente, a fé, mas a precede como causa.)

Arrependimento - II Timóteo 2:25.

Versículo para Memorizar: João 3:3, “Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na

verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus”.

7.5. Cremos que as Escrituras ensinam que, a fim de serem salvos, os homens precisam ser

regenerados ou nascidos de novo 1; que a regeneração consiste em dar à mente uma santa

disposição 2 que é efetuada de modo que ultrapassa nosso entendimento, pelo poder do

Espírito Santo, em conexão com a verdade divina 3, a fim de assegurar nossa obediência

voluntária ao Evangelho 4, e que sua evidência adequada aparece nos santos frutos do

arrependimento, da fé e da novidade de vida 5.

Efésios 5:9, " (Porque o fruto do Espírito está em toda a bondade, e justiça e

verdade)"; Romanos 8:9; Gálatas 5:16-23; Efésios 3:14-21; Mateus 3:8-10; 7:20; I João

5:4,18.

Amor a Deus - I João 4:19

Amor aos outros crentes - I João 4:7; 3:14.

Perseverança - Filipenses 1:6; I João 5:4,5.

Conclusão - Esperamos que o leitor tenha entendido sobre o novo nascimento. Há muitos

que erram pensando que toda experiência religiosa é essa maravilhosa obra da graça. O

conhecimento do novo nascimento não é necessário só para fazermos firmes a nossa

própria chamada e eleição, mas também é necessário se quisermos ser um verdadeiro

testemunho aos outros.

Versículo para Memorizar: João 3:3, “Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na

verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus”.

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VIII O ARREPENDIMENTO E A FÉ

Cremos que as Escrituras ensinam que o arrependimento e a fé são deveres sagrados, e

também graças inseparáveis, operadas na alma pelo Espírito regenerador de Deus 1,

mediante o que, estando nós, profundamente convencidos de nossa culpa, perigo e

impotência, bem como do caminho da salvação por intermédio de Cristo 2, voltamo-nos

para Deus com contrição não fingida, confissão do pecado e súplica por misericórdia 3, ao

mesmo tempo recebendo de todo o coração ao Senhor Jesus como nosso profeta, sacerdote

e rei, dependendo exclusivamente dEle como nosso único e todo-suficiente Salvador4.

Versículo para Memorizar: Atos 17.30, “Mas Deus, não tendo em conta os tempos da

ignorância, anuncia agora a todos os homens, e em todo o lugar, que se arrependam”

8.1. Cremos que as Escrituras ensinam que o arrependimento e a fé são deveres sagrados,

e também graças inseparáveis, operadas na alma pelo Espírito regenerador de Deus.

Marcos 1.15, “E dizendo: O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo.

Arrependei-vos, e crede no evangelho.”; At 11.18; Ef 2.8; I Jo 5.1; At 17.30

O arrependimento e a fé são deveres sagrados: Mateus 3.2; 4.17; Lc 13.1-5

O arrependimento e a fé são graças inseparáveis. Onde uma é mencionada a outra é

compreendida. “Quando um homem é vivificado para a vida, não pode haver um lapso de

tempo depois dele se arrepender, nem pode haver qualquer vida nova antes que ele creia.

De outra maneira teríamos a nova natureza em rebelião contra Deus e em incredulidade.

Assim não pode haver ordem cronológica concernente ao arrependimento e à fé.” (T.P.

Simmons, p. 351).

O arrependimento evangélico é um dom de Deus (At 5.31, “Deus... para dar a Israel o

arrependimento e a remissão dos pecados”; 11.18, “Na verdade até aos gentios deu Deus o

arrependimento para a vida”; Rm 2.4, “a benignidade de Deus te leva ao arrependimento”;

II Tm 2.24,25)

A fé verdadeira é dom de Deus (Ef 2.8,9), pelo Espírito Santo (Gl 5.22), é única (Ef 4.5).

A fé verdadeira olha a Cristo (Is 45.22; Jo 3.14,15), vem a Cristo (Is 55.1; Mt 11. 28; Jo

6.37, 44, 45, 65), põe o seu refúgio nEle (Hb 6.18), come e bebe dEle (Jo 6.51-58) e O

recebe (Cl 2.6).

Observação. Também convém notar que o fruto do arrependimento não é o próprio

arrependimento! O fruto do arrependimento verdadeiro é a fé na obra suficiente de Cristo

no lugar do pecador (At 5.31, “o arrependimento e a remissão dos pecados”; 20.21, “a

conversão a Deus, e a fé em nosso Senhor Jesus Cristo”; Hb 6.1, fazem parte dos

rudimentos da doutrina o arrependimento e a fé em Deus; II Tm 2.25). O sacrifício de

Cristo é suficiente para salvar o pecador (Rm 4.7,8; 10.4, “Porque o fim da lei é Cristo

para justiça de todo aquele que crê.”; Hb 10.14, “com uma só oblação aperfeiçoou para

sempre os que são santificados.”; I Jo 1.7, “o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos

purifica de todo o pecado.”). Atos temporais do homem nunca podem expiar nenhum

pecado (Jó 14.4; Is 40.6; 64.6). A Bíblia é silenciosa sobre o homem expiando o seu

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próprio pecado mas é abundante em exemplos de Cristo ser o substituto suficiente pelos

pecados (Is 53.10,11; II Co. 5.21).

Versículo para Memorizar: At 17.30, “Mas Deus, não tendo em conta os tempos da

ignorância, anuncia agora a todos os homens, e em todo o lugar, que se arrependam”

8.2. Cremos que as Escrituras ensinam que o arrependimento e a fé são deveres sagrados, e

também graças inseparáveis, operadas na alma pelo Espírito regenerador de Deus 1,

mediante o que, estando nós profundamente convencidos de nossa culpa, perigo e

impotência, bem como do caminho da salvação por intermédio de Cristo.

João 16.8, “E, quando Ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça e do

juízo.”; At 2.37,38; 16.30,31

A manifestação da conversão é pelo o arrependimento e a fé. O arrependimento é uma

manifestação da conversão. Porém nem todo o arrependimento é evangélico. Pelo Novo

Testamento, existem três palavras gregas diferentes traduzindo “arrependimento” em

português. Duas dessas palavras não são envolvidas na doutrina da salvação. Somente uma

dessas palavras é o arrependimento associado com a salvação.

O Arrependimento

O Novo Testamento usa três palavras O primeiro desses usos da palavra “arrependimento”

é usado no Novo testamento para mostrar imutabilidade (#278, Strong's). Somente duas

referências no Novo Testamento usam a palavra arrependimento para significar

imutabilidade. Estas referências são II Co 7.10, “da qual ninguém se arrepende” e Rm

11.29, “os dons e a vocação de Deus são sem arrependimento”.

O segundo uso da palavra “arrependimento” é usado no Novo Testamento para mostrar

remorso pelas consequências do pecado (#3338, Strong's). Existem cinco referências

bíblicas no Novo Testamento que usa essa palavra grega traduzida por arrependimento.

Essas referências são: Mt 21.29, “Mas depois, arrependendo-se, foi”; Mt 21.32, “nem

depois vos arrependestes para o crer.”; Mt 27.3, "arrependido”; II Co 7.8, “não me

arrependo” , “já me tivesse arrependido”; Hb 7.21,“Jurou o Senhor, e não Se arrependerá”.

O terceiro uso da palavra “arrependimento” é aquela usada no Novo Testamento para

mostrar horror pelo pecado, que vem de duas palavras gregas (#3340 e #3341, Strong's).

A maioria das referências bíblicas no Novo Testamento (58 vezes) que tem a palavra

“arrependimento” é de uma dessas duas palavras gregas. O significado desse uso

evangélico da palavra arrependimento é compunção, um reverso de decisão, e de pensar

diferentemente ou reconsiderar. As referências bíblicas são: (#3340) Mt 3.2; 4.17;

11.20,21; 12.41; Mc 1.15; 6.12; Lc 13.3,5; 15.7,10. 16.30; 17.3,4, 7, 10; 10.13; 11.32; At

2.38; 3.19; 8.22; 17.30; 26.20; II Co 12.21; Ap 2.5, 16,21,22; 3.3, 19; 9.20,21; 16.9,11 e

(#3341) Mt 3.8, 11; 9.13; Mc 1.4; 2.17; Lc 3.3,8; 5.32; 15.7; 24.47; At 5.31; 11.18; 13.24;

19.4; 20.21; 26.20; Rm 2.4; II Co 7.9, “contristados para o arrependimento”; 7.10, “a

tristeza segundo Deus opera o arrependimento para a salvação”; II Tm 2.25; Hb 6.1,6;

12.17; II Pe 3.9. Este terceiro uso da palavra a “arrependimento” é o uso evangélico, ou, o

arrependimento envolvido na salvação.

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O arrependimento evangélico é diferenciado dos primeiros dois usos da palavra de três

maneiras: o pecado é reconhecido; o pecado é lamentado e aborrecido; e o pecado é

abandonado. Esses três elementos se observam na salvação de Zaqueu (Lc 19.1-10). Pela

pregação da Palavra de Deus o Espírito Santo convence da natureza do pecado, da sua

culpa e da sua condenação. Lc 15.18-21.

A fé verdadeira e salvadora, apesar da mente participar nela, é do coração também (Rm

10.9,10). É um conhecimento experimental da verdade de Deus e do poder de Cristo (Ef

1.19,20). Esta fé não é uma empolgação emocional ou um mero convencimento mental

mas é o dom de Deus no coração dos Seus (Mt 16.16,17; Jo 6.37, 64-69). Ela leva o

arrependido a confiar, inteiramente, nas palavras de Deus em tudo que precisa para ser

apresentado agradável diante de Deus. É manifestado por um arrependimento e repúdio ao

pecado e por um amor por tudo que agrada ao Salvador.

A fé verdadeira tem o Pai, na qualidade de Deus, como objetivo dela. Crê e confia que

Deus é santo e um juiz justo que julgará o mundo por Jesus Cristo (At 17.31). Sabe e

espera na Sua misericórdia e amor manifestos no Seu Filho (Rm 5.8). A fé verdadeira tem

confiança em que Deus pode e vai assegurar a salvação final do Seu povo (Fl 1.6; I Pe

1.5).

A fé verdadeira tem Deus, na qualidade de Pai, o seu alvo. A verdadeira fé descansa no

Pai Que nos amou primeiro (II Ts 2.16; I Jo 4.19) e nos adotou como filhos (I Jo 3.1,2; Rm

8.17). A fé verdadeira põe a sua confiança no Pai como Aquele que nos deu a graça (Tg

1.17) e grandíssimas e preciosas promessas (II Pe 1.4; II Co. 1.20). Promessas como:

segurança eterna – Jo 10.28,29; Sua Presença – Mt 28.19,20; Vitória agora – I Pe 4.12-

14, e vitória futura – Ap 20.7-10.

A fé verdadeira tem a pessoa e obra de Cristo como o seu alvo. A fé verdadeira tem por

certo a divindade de Cristo (At 8.37, “creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus”) sem

esquecer que Cristo também é homem e nos representou completamente levando em Si os

nossos pecados na Sua morte para nossa salvação (II Co. 5.21). A fé verdadeira responde

alegremente à chamada amorosa de Cristo aos pecadores arrependidos e estes vêm a Ele

para o descanso espiritual (Mt 11.28-30).

A fé verdadeira olha para Cristo (Is 45.22; Jo 3.14,15), vem a Cristo (Is 55.1; Mt 11. 28; Jo

6.37, 44, 45, 65), põe o seu refúgio nEle (Hb 6.18), come e bebe dEle (Jo 6.51-58) e O

recebe (Cl 2.6).

A fé verdadeira tem evidências importantes. Essas evidências de uma fé verdadeira

incluem a purificação do coração (At 15.9, “purificado seus corações pela fé”; Mt 5.8,

“Bem aventurado os limpos de coração”; I Pe 1.22). O coração onde reside a fé verdadeira

se limpa de todos os seus ídolos impuros para servir ao Santo (I Ts 1.9, “e como dos ídolos

dos convertestes a Deus, para servir o Deus vivo e verdadeiro”); obediência em amor (Gl

5.6, “à fé que opera pelo amor”). Pela fé verdadeira o cristão agrada a Deus, resiste o

diabo e mortifica a carne, tudo isso não como um pesado mandamento mas por amor (I Jo

5.3, “Porque este é o amor de Deus: que guardamos os Seus mandamentos; e os Seus

mandamentos não são pesados.”); A fé verdadeira é vitoriosa (I Jo 5.4, “e esta é a vitória

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que vence o mundo, a nossa fé.”). Sendo “nascido de Deus”, o cristão verdadeiro tem uma

mente iluminada e, por isso, sabe que o mundo é vão e que as coisas espirituais são as

únicas coisas que podem satisfazer completamente (Jo 6.68).

Considerando essas verdades, podemos entender que a fé verdadeira não é uma mera

aceitação mental de história ou de fatos importantes. Ela é o fruto do Espírito de Deus (Gl

5.22) no coração dos Seus. Esta fé não se manifesta somente em conhecimento intelectual

e declarações verbais mas se manifesta em obras de obediência à Palavra de Deus em

amor (Gl 5.6; Ef 2.10; Tg 2.17; I Ts 1.9). Aquele que tem essa fé verdadeira pode declarar

de seu coração como Pedro: “Sim, Senhor, creio que tu és o Cristo, o Filho de Deus, que

havia de vir ao mundo.” (Jo 11.27; Mt 16.16; Mc 8.29); como o eunuco: “creio que Jesus

Cristo é o Filho de Deus” (At 8.37); como Natanael: “Rabi, tu és o Filho de Deus: tu és o

Rei de Israel.” (Jo 1.49), e, como Paulo pregava de Cristo: este “é o Filho de Deus” (At

9.20). Essa fé verdadeira e salvadora vem pela Palavra de Deus tanto no Velho Testamento

(Gl 3.8; Hb 4.2) quanto no Novo Testamento (Rm 10.11-17).

O que manifesta a sua fé? Já experimentou a verdade de Deus e o poder de Cristo? Ela é

manifesta por um arrependimento e repúdio ao pecado e um amor por tudo que agrada ao

Salvador? Você responde, alegremente, ao desejo amoroso de Cristo, como um pecador

arrependido a confiar nEle para o seu descanso espiritual? A sua fé anda nas boas obras de

Cristo? A sua fé está vencendo o mundo?

Versículo para Memorizar: Atos 17.30, “Mas Deus, não tendo em conta os tempos da

ignorância, anuncia agora a todos os homens, e em todo o lugar, que se arrependam”

8.3. Cremos que as Escrituras ensinam que o arrependimento e a fé são deveres sagrados, e

também graças inseparáveis, operadas na alma pelo Espírito regenerador de Deus 1,

mediante o que, estando nós profundamente convencidos de nossa culpa, perigo e

impotência, bem como do caminho da salvação por intermédio de Cristo 2, voltamo-nos

para Deus com contrição não fingida, confissão do pecado e súplica por misericórdia.

Lucas 18.13, “O publicano, porém, estando em pé, de longe, nem ainda queria

levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, tem misericórdia de

mim, pecador!”; Lc 15.18-21; Tg 4.7-10; II Co 7.10, 11; Rm 10.12-13; Sl 51

O senso evangélico do arrependimento é entendido quando o pecado é reconhecido.

Quando o pecado é visto como rebelião contra Deus, contra a Sua santidade, e como uma

ofensa a Deus, o senso evangélico do arrependimento é manifesto. Quando o pecado é

reconhecido, o elemento intelectual do arrependimento está em ação (Rm 2.4). A pregação

da Palavra de Deus e o ministério do Espírito Santo convencem o pecador do fim do seu

pecado e o impressionam que tal pecado é contra Deus.

O senso evangélico do arrependimento é entendido quando o pecado é lamentado e

aborrecido. Quando a tristeza divina do pecado é presente e é lamentada a sua situação de

estar fora de Deus o senso evangélico do arrependimento é entendido. Quando o pecado é

lamentado e aborrecido, o elemento emocional do arrependimento está em ação. A nossa

pregação deve incluir uma chamada à tristeza pela culpa de ter pecado e por não tê-lo

abandonado (Lc 24.47).

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O senso evangélico do arrependimento é entendido quando o pecado é abandonado. Nessa

fase do arrependimento evangélico a conduta do pecador arrependido muda (Mt 3.8; Lc

3.8, para “obras dignas de arrependimento”; II Co 7.11). Quando o pecado é abandonado,

o lado volitivo ou voluntário do arrependimento está em ação. A chamada do evangelho é

para uma ação, “arrependei-vos e crede no Evangelho”, Mc 1.15, e não, particularmente,

para uma decisão intelectual. Essa ação de abandonar o pecado é baseada na convicção do

Espírito Santo e na obra prévia de Deus no coração do homem pela Palavra de Deus.

O seu arrependimento é bíblico?

Versículo para Memorizar: Atos 17.30, “Mas Deus, não tendo em conta os tempos da

ignorância, anuncia agora a todos os homens, e em todo o lugar, que se arrependam”

8.4. Cremos que as Escrituras ensinam que o arrependimento e a fé são deveres sagrados, e

também graças inseparáveis, operadas na alma pelo Espírito regenerador de Deus 1,

mediante o que, estando nós, profundamente, convencidos de nossa culpa, perigo e

impotência, bem como do caminho da salvação por intermédio de Cristo 2, voltamo-nos

para Deus com contrição não fingida, confissão do pecado e súplica por misericórdia 3, ao

mesmo tempo recebendo de todo o coração ao Senhor Jesus como nosso profeta,

sacerdote e rei, dependendo, exclusivamente, dEle como nosso único e todo-suficiente

Salvador4.

Romanos 10.9-11, “9 A saber: Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em

teu coração creres que Deus O ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. 10 Visto que

com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação.

porque a Escritura diz: Todo aquele que nEle crer não será confundido.”; At 3.22,23;

Hb 5.4-10; Sl 2.6; Hb 1.8; 9.25-28; II Timóteo 1.12.

A fé verdadeira não é uma mera aceitação mental de história ou de fatos importantes. É o

fruto do Espírito de Deus (Gl 5.22) do coração dos Seus. Esta fé não se manifesta somente

em conhecimento intelectual e declarações verbais, mas se manifesta em obras de

obediência à Palavra de Deus em amor (Gl 5.6; Ef 2.10; Tg 2.17; I Ts 1.9). Ela clama pela

misericórdia de Deus e confia de coração na obra de Jesus Cristo para a sua salvação (Lc

18.13,14)

A sua fé é a verdadeira?

Aquele que tem essa fé verdadeira pode declarar de seu coração como Pedro: “Sim,

Senhor, creio que tu és o Cristo, o Filho de Deus, que havia de vir ao mundo.” (Jo 11.27;

Mt 16.16; Mc 8.29); como o eunuco: “creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus” (At 8.37);

como Natanael: “Rabi, tu és o Filho de Deus: tu és o Rei de Israel.” (Jo 1.49), e, como

Paulo pregava de Cristo que este “é o Filho de Deus” (At 9.20). Essa fé verdadeira e

salvadora vem pela Palavra de Deus tanto no Velho Testamento (Gl 3.8; Hb 4.2) quanto

no Novo Testamento (Rm 10.11-17).

O que declara o seu coração?

Versículo para Memorizar: Atos 17.30, “Mas Deus, não tendo em conta os tempos da

ignorância, anuncia agora a todos os homens, e em todo o lugar, que se arrependam”

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IX O PROPÓSITO DIVINO DA GRAÇA.

Cremos que as Escrituras ensinam que a eleição é o propósito eterno de Deus, segundo o

qual Ele, misericordiosamente, regenera, santifica e salva pecadores 1, que estando em

perfeita coerência com a livre ação do homem, compreende todos os meios para garantir o

fim almejado 2, que é uma gloriosíssima demonstração da bondade soberana de Deus,

sendo infinitamente graciosa, sábia, santa e imutável 3, que exclui totalmente a jactância,

mas promove a humildade, o amor, a oração, o louvor, a confiança em Deus e uma

imitação da Sua livre misericórdia 4, que estimula o mais sincero emprego de meios

bíblicos 5, que pode ser verificada pelos efeitos que produz em todos aqueles que

verdadeiramente crêem em Cristo 6, que é o alicerce da segurança cristã

7, e que a assegura

em relação a nós mesmos, exige e merece a maior diligência 8.

1. Cremos que as Escrituras ensinam que a eleição é o propósito eterno de Deus, segundo

o qual Ele, misericordiosamente, regenera, santifica e salva pecadores 1

II Timóteo 1.8,9, “Portanto, não te envergonhes do testemunho de nosso Senhor, nem

de mim, que sou prisioneiro Seu; antes participa das aflições do evangelho segundo o

poder de Deus, 9 Que nos salvou, e chamou com uma santa vocação; não segundo as

nossas obras, mas segundo o Seu próprio propósito e graça que nos foi dada em Cristo

Jesus antes dos tempos dos séculos”.

Na eternidade passada, em um conselho entre as Pessoas da Trindade, a redenção do

homem pela graça de Deus foi considerada. Por Deus ter feito algo, o Seu propósito é

revelado. Por Deus ser imutável, este propósito é necessariamente eterno. Da mesma

forma, por Deus ter salvado qualquer pecador, o Seu propósito é revelado. Por Deus ser

imutável, o propósito de salvar aquele pecador é, necessariamente, eterno. Chamamos este

propósito eterno de salvar o pecador através da: eleição pela graça. A Bíblia revela essas

verdades, claramente: “Como também nos elegeu nEle antes da fundação do mundo, para

que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dEle em amor”, Ef 1.4; “Ora, o Deus de paz,

que pelo sangue da aliança eterna tornou a trazer dos mortos a nosso Senhor Jesus Cristo,

grande Pastor das ovelhas”, Hb 13.20; “Portanto, não te envergonhes do testemunho de

nosso Senhor, nem de mim, que sou prisioneiro Seu; antes participa das aflições do

evangelho segundo o poder de Deus, Que nos salvou, e chamou com uma santa vocação;

não segundo as nossas obras, mas segundo o Seu próprio propósito e graça que nos foi

dada em Cristo Jesus antes dos tempos dos séculos”, II Timóteo 1.8, 9.

Mesmo que o homem ainda não tenha sido criado, e, portanto, não caído no pecado, é

evidente que a necessidade da sua salvação foi programada já antes da fundação do

mundo: I Pedro 1.18-21, “Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou

ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que por tradição recebestes dos

vossos pais, 19 Mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e

incontaminado, 20 O qual, na verdade, em outro tempo foi conhecido, ainda antes da

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fundação do mundo, mas manifestado nestes últimos tempos por amor de vós; 21 E por

Ele credes em Deus, que O ressuscitou dentre os mortos, e Lhe deu glória, para que a

vossa fé e esperança estivessem em Deus”; “... embora as Suas obras estivessem acabadas

desde a fundação do mundo”, Hb 4.3. O conselho eterno programou a salvação eterna pela

graça. Por isso Jesus veio “buscar e salvar o que se havia perdido” (Lu 19.10).

A condição do homem necessita que a sua salvação seja pela graça. E é nisso que cremos:

‘que a eleição é o propósito eterno de Deus, segundo o qual Ele, misericordiosamente,

regenera, santifica e salva pecadores’. Por Deus propor salvar pecadores é declarada que a

salvação somente seria pela graça. A condição do homem pecador é chocante. O seu

coração enganoso perverte o seu entendimento de Deus ao ponto de crer que a fonte

pecadora pode produzir uma justiça cristalina para agradar ao Deus Justo (Jr 17.9; Tg 3.11;

Is 64.6, “todas as nossas justiças como trapo da imundícia”). O homem pecador é sujo da

planta do seu pé até a coroa da sua cabeça, e de dentro para fora. Por ser pecador,

totalmente, em tudo, ele é, completamente, condenando diante de Deus (Rm 3.10-18; Jo

3.19). Por ser pecador, ele é inimigo de Deus não podendo agradá-Lo em nada e nem

entender a Sua palavra (Rm 8.6-8; I Co 2.14). Se existir apenas um pecador regenerado,

santificado e salvo, tal salvação é, inteiramente, pela graça: Ef 2.5, 8, “Estando nós ainda

mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos), 8,

Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus”.

Por isso, cremos que a eleição é o propósito eterno de Deus, segundo o qual Ele,

misericordiosamente, regenera, santifica e salva pecadores - Efésios 1.3-14; I Pedro 1.1,2,

20; Romanos 11.5,6; João 15.16; I João 4.19; Oséias 12.9.

Você se vê com a condição de um pecador condenado diante de um Deus Justo? Humilha-

se diante dEle, confessando os seus pecados. Crê no Filho de Deus, Jesus Cristo, a Quem o

Pai deu em misericórdia, de todo Seu coração. Agindo assim, você será perdoado por Ele e

ganhará uma vida nova, uma vida espiritual.

2. Cremos ainda que esta eleição pela graça está em perfeita coerência com a livre ação do

homem, e ela ainda compreende todos os meios para garantir o fim almejado 2

II Tessalonicenses 2.13-14, “Mas devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos

amados do Senhor, por vos ter Deus elegido desde o princípio para a salvação, em

santificação do Espírito, e fé da verdade; 14 Para o que pelo nosso evangelho vos

chamou, para alcançardes a glória de nosso Senhor Jesus Cristo.”.

É nesse ponto que muitos teólogos se afundam. A distinção da salvação sendo programada

“antes da fundação do mundo” por um Deus soberano, sem a cooperação do homem, pois

homem algum existia quando Deus programou, mas sabe-se que foi efetuada pelo homem

com a perfeita coerência e com a sua livre ação. Aparentemente, ela apresenta uma

dificuldade enorme.

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A Bíblia enfatiza que o homem é responsável pelas suas ações (Ez 18.20; Ec 12.14 Ap

20.12, 13). A responsabilidade estabelece que o homem seja um agente livre. Isto quer

dizer que o pecador responsável age para com Deus na salvação, mesmo rejeitando-a, sem

ser coagido. A vontade do homem é livre para agir segundo a sua natureza. O arbítrio do

homem é servo dessa vontade que é livre dentro da sua natureza. O arbítrio é preso para

escolher conforme aquilo que o coração pecaminoso deseja (Jr 16.12, “eis que cada um de

vocês anda segundo o propósito do seu mau coração, para não dar ouvidos a Mim”; Rm

2.5, “Mas, segundo a tua dureza e teu coração impenitente, entesouras ira para ti no dia da

ira e da manifestação do juízo de Deus”). Sim, o homem pecador é livre para agir e ser

responsável pelas suas ações.

Recapitulando quanto ao homem ser responsável, é claro que ele é um agente livre. Pelo

fato do seu arbítrio ser preso ao que a vontade do coração deseja, é estabelecido o fato de

que o homem age sempre segundo a sua natureza. Podemos afirmar da livre ação do

homem diante de uma salvação que é inteiramente pela graça operada pelo soberano Deus

porque a Bíblia assim ensina. Ao dizer que o homem tem uma ação livre para com Deus

não elimina o fato de que o Deus Soberano usa meios eficazes para garantir o fim que Ele

deseja. É assim que cremos.

Na conversão, a operação graciosa de Deus não viola a vontade natural e pecaminosa do

homem. Contudo, pelos meios que Deus ordena, o entendimento do eleito é iluminado e

ele descobre a verdade da sua condição perdida diante de Deus. Diante desse entendimento

íntimo no coração, o pecado torna a ser aborrecido, e o perdão de Deus é procurado. Ainda

mais, Cristo é visto como o Salvador eficiente para todas as suas necessidades, e o pecador

arrependido tem tanto o querer como o efetuar para operar “segundo a Sua boa vontade”

(Fl 2.13; Sl 110.3). Tudo isso é visto em João 1.12, 13, “Mas, a todos quantos O

receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no Seu nome;

Os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem,

mas de Deus”. Confere: At 13.48.

Como a eleição pela graça é uma obra graciosa de Deus sobre o coração do pecador,

também entendemos que essa obra de Deus compreende todos os meios para garantir o

fim almejado. Cristo veio em carne para ser o sacrifício idôneo, feito pecado no lugar dos

pecadores arrependidos para que estes tivessem as Suas justiças pelas quais estes

pecadores crentes fossem levados a Deus (II Co 5.21; I Pd 1.18-20). Portanto, Cristo é o

meio pelo qual o pecador chega justificado diante de Deus. Todavia, como pode qualquer

pecador conhecer a Cristo se Ele não fosse pregado (Rm 10.13-15)? Os meios, então, que

Deus usa para garantir que os Seus venham a Ele por Cristo, são o Espírito Santo

aplicando a Palavra de Deus pregada ou lida: II Ts 2.13-14, “Mas devemos sempre dar

graças a Deus por vós, irmãos amados do Senhor, por vos ter Deus elegido desde o

princípio para a salvação, em santificação do Espírito, e fé da verdade; 14 Para o que pelo

nosso evangelho vos chamou, para alcançardes a glória de nosso Senhor Jesus Cristo”.

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Quando a Palavra de Deus é pregada, o Espírito Santo aplica-a ao coração do pecador para

que esse venha crer em Cristo. Confere: Jo 6.39, 40, “aquele que vê o Filho, e crê nEle,

tenha a vida eterna”; 10.16, “e elas ouvirão a minha voz”; At 16.14, “o Senhor lhe abriu o

coração para que estivesse atenta ao que Paulo dizia”. Por esses meios poderosos, Deus

garante o fim almejado.

Você se vê como pecador culpado e perdido? Essa condição de ser um pecador o aborrece

por causa do seu pecado ser contra Deus? Está entendendo a verdade que Cristo foi feito

pecado para que o pecador arrependido seja levado a Deus, justo, limpo e salvo? Então,

creia pela fé nEste Salvador bendito, Jesus Cristo, e você será salvo!

3. Cremos ainda que esse propósito da eleição é uma gloriosíssima demonstração da

bondade soberana de Deus, sendo infinitamente graciosa, sábia, santa e imutável.

Êxodo 33.18-19, “Então ele disse: Rogo-Te que me mostres a Tua glória. 19 Porém

Ele disse: Eu farei passar toda a Minha bondade por diante de ti, e proclamarei o

nome do SENHOR diante de ti; e terei misericórdia de quem Eu tiver misericórdia, e

Me compadecerei de quem Eu Me compadecer.”; Deuteronômio 7.7,8; Mateus 20.15;

Efésios 1.11; Romanos 9.23-24; Jeremias 31.3; João 6.37-40; Romanos 11.28-29; Tiago

1.17-18; II Timóteo 1.9; Romanos 11.32-36.

A Bondade é de Deus

A eleição é uma gloriosa demonstração da bondade soberana de Deus. Deus determinou

ser bondoso para com “o que se havia perdido” (Lu 19.10). Mc 13.20, entre muitas outras

passagens bíblicas (Dt 7.7,8; Mt 20.15; Ef 1.4, 11; Rm 9.23-24; Jr 31.3; Jo 6.37-40; II Tm

1.9), enfatiza que a eleição vem de Deus, “E, se o Senhor não abreviasse aqueles dias,

nenhuma carne se salvaria; mas, por causa dos eleitos que escolheu, abreviou aqueles

dias”. Deus, e não o homem, é responsável pela eleição.

Deus determinou quais são Seus eleitos baseando essa determinação na Sua bondade

somente e não no que o homem faria em tempo futuro. A eleição é para a salvação, uma

salvação tal que leva o salvo a ser santo e irrepreensível. A santidade é o efeito da bondade

da eleição de Deus. A santidade do homem não é a causa da eleição (Ef 1.4). Graças a

Deus pela Sua bondade! O homem pecador é naturalmente e espiritualmente ignorante da

Palavra de Deus (I Co 2.14), sem capacidade nenhuma de agradar a Deus (Rm 8.7-6-8; Ef

2.1), sem desejo de crer no Evangelho (I Co 1.23) e, ativamente, o inimigo de Deus (Rm

8.7). Entendendo essa condição universal de todo pecador, podemos perceber melhor que

essa obra de eleição de Deus tem que ser pela Sua bondade. Não há dúvida, Deus elegeu

em amor (Dt 7.7, 8; Jr 31.3; I Jo 4.19).

Se tiver um pecador desejoso de confiar nessa bondade divina que trouxe Jesus Cristo para

ser o único substituto idôneo no lugar do pecador arrependido, dando a ele a Sua justiça, a

mensagem de Deus é: Arrepende-se e confia pela fé em Cristo Jesus! E já!

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Bondade Soberana

O propósito divino da bondade de Deus é um exercício de um Deus soberano. O termo

“soberano” talvez não seja conhecido por todos. Significa: Que detém poder ou autoridade

suprema, sem restrição nem neutralização (Dicionário Eletrônico Aurélio, Ver. 3, Nov.

1999). Quando falamos de um país sendo soberano, queremos dizer que tal país é

autônomo, independente e livre para programar a sua própria política. Pode haver muitos

países soberanos existentes em um determinado tempo. Todavia, quando falamos de Deus,

somente um pode existir. E existe somente um Deus vivo e verdadeiro (Dt 6.4; I Ts 1.9).

Graças a Ele que este Deus soberano é bondoso!

A Sua soberania se entende pela Sua declaração a Moisés na época em que Israel fez para

si o bezerro de ouro: “e terei misericórdia de quem Eu tiver misericórdia, e Me

compadecerei de quem Eu Me compadecer.” (Ex 33.19). Séculos depois, o Apóstolo

Paulo, falando do propósito de Deus segundo a eleição, cita essa mesma verdade

“Compadecer-Me-ei de quem Me compadecer, e terei misericórdia de quem Eu tiver

misericórdia”, Rm 9.15. O propósito da graça divina não é motivado pelo desejo do

homem nem pelo esforço do homem, mas de Deus, que Se compadece (Rm 9.16). Se você

espera ter essa misericórdia de Deus aplicada à sua vida, é necessário olhar para Ele, pois

tal bondade vem soberanamente somente dEle.

Este Deus soberano declara a todos que estão cansados e oprimidos dos seus pecados a

virem a Cristo pela fé (Mt 11.28-30). O pecador que nega submeter-se a este Soberano,

condena-se a si mesmo à separação eterna da presença da bondade desse soberano Deus

(Jo 3.36). Não persista no seu pecado! Arrependa-se e creia em Cristo Jesus, o perfeito

Salvador (Hb 7.24, 25). Deus é O Soberano Justo, mas especialmente bondoso para com

todos que estão em Cristo.

Bondade Graciosa

O propósito divino da graça na salvação é uma demonstração da Sua bondade graciosa.

Como pela graça? Todo pecador é, completamente, vazio de qualquer coisa que agrada ao

Deus soberano (Rm 3.10-18; Is 64.6). Se Deus trata qualquer um com a Sua bondade,

então pode ser somente uma bondade graciosa. Desde que nenhum pecador pode em si

mesmo vir a Deus (Jo 15.5; 6.44, 45), é claro que, se houver um pecador em Cristo feito

justo perante Deus, será unicamente por causa da bondade graciosa de Deus (Ef 2.4-10).

Essa bondade graciosa é percebida na aliança que Ele fez com Seu povo (literalmente a

nação de Israel, mas espiritualmente todos os salvos) recordado em Jeremias 31.31-33.

Note, especialmente em versículo 33, a ausência da atividade de homem algum. Note a

bondade graciosa nas bênçãos estipuladas e note que todas elas são realizadas por Deus

para meros homens e filhos de homens!

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A graça de Deus na salvação declara altamente que a salvação não é por obra nenhuma de

homem pecador algum (Rm 11.6). Os que são salvos recebem de Deus o poder para serem

feitos filhos de Deus. Essa regeneração não é por causa da realização de uma festa (ex. a

da Páscoa com seus sacrifícios de cordeiros) ou um cerimonial religioso (ex. a

circuncisão), nem por uma sinceridade humana que apenas pode ser carnal, nem algo mais

do homem em si, mas apenas segundo o beneplácito de Sua vontade (Jo 1.12; Ef 1.5). E,

se Deus deseja dar ao rebelde algo que este não merece, Ele pode. E isso se chama

‘bondade graciosa’.

Para participar dessa bondade graciosa, se arrependa e creia nEste Evangelho, Jesus

Cristo!

Bondade Sábia

Essa bondade graciosa é sábia pelo fato dela satisfazer todas as exigências do Santo Deus,

redimir o pecador arrependido dos seus pecados e de qualquer condenação, estabelecer

este na Sua família, e garantir tudo isso por toda a eternidade. Deus é um Deus justo e

Santo, não podendo habitar com pecado qualquer (I Jo 1.5, “... Deus é luz, e não há nEle

trevas nenhumas”; Hc 1.13). Todavia, pela Sua bondade sábia Ele deu Seu Filho, que não

conheceu pecado, no lugar do pecador arrependido. Todos os pecados do Seu Povo foram

imputados no Inocente e as múltiplas justiças do Inocente foram imputadas naquele que de

antemão só tinha a mais extrema condenação. Deus deu Jesus no lugar do pecador

arrependido e enxertou o pecador lavado pelo sangue de Cristo na Sua família para,

eternamente, gozar da herança junto com Cristo (Rm 8.16, 17; 11.17-22). “Ó profundidade

das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os Seus

juízos, e quão inescrutáveis os Seus caminhos! Porque quem compreendeu a mente do

Senhor? ou quem foi seu conselheiro? Ou quem Lhe deu primeiro a Ele, para que Lhe seja

recompensado? Porque dEle e por Ele, e para Ele, são todas as coisas; glória, pois, a Ele

eternamente. Amém”, Rm 11.33-36. Tendo assim a justiça do Deus Justo, não há mais

condenação (Rm 8.1), mas paz com este Deus (Rm 5.1). Não há sabedoria maior do que

esta! Mas lembre-se de que temos entrada nessa bondade sábia somente por Jesus Cristo

(Rm 5.2).

Essa bondade é demonstrada ainda mais sábia quando se considera que essa paz com Deus

é de forma permanente: oEterno, que Se deu no lugar dos pecadores, fez um sacrifício

eterno que aniquilou o pecado e a sua condenação para todo o sempre (Hb 9.24-26; 10.10-

14). Deus verá o trabalho da alma de Seu Filho, e ficará satisfeito, para sempre (Is 53.11).

Foi a bondade sábia que levou o Inocente Jesus a substituir o culpado de forma que o

Inocente pagou tudo pelo culpado de maneira que os dois possam viver eternamente no

gozo do Deus Justo.

A nossa oração é que Deus abençoe os pecadores de maneira que aproveitem dessa

bondade soberana de Deus que é infinitamente graciosa e sábia enquanto ela está perto!

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Bondade Santa

Essa bondade do propósito divino da graça é santa. Ela leva os agraciados à santidade (I

Ts 1.8, 9). Essa santidade é manifesta pelas boas obras de obediência à Palavra de Deus

(Ef 2.8-10; Jo 17.17). Graça a Deus pela Sua bondade que faz com que as ovelhas não

somente sejam achadas, mas seguidoras do Pastor (Jo 10.27). Tudo da velha vida

(vestimenta, hábitos, amizades, entretenimento, adoração) com as suas corrupções e

concupiscências passa, dando lugar para que tudo se faça novo (II Co 5.17).

Examine-se a si mesmo, olhando a sua vida pelo espelho da Palavra de Deus. É visto uma

crucificação contínua da sua carne? É visto um crescimento gradual na imagem de Cristo?

Bondade Imutável

São sem arrependimento os dons e vocações de Deus (Rm 11.29). Quer dizer que todas as

bênçãos espirituais que vêm para o regenerado são imutáveis em Cristo Jesus, sem sombra

de variação (Tg 1.17). Pela bondade de Deus manifesta em Cristo, aquele que era inimigo

é agora transformado em filho (Rm 8.17) com direito à herança celestial com Cristo, para

todo o sempre!

Aquele propósito eterno de Deus, que é segundo o beneplácito da Sua vontade, mesmo que

seja além do nosso entendimento, é uma demonstração dos próprios atributos dEle. Toda

essa bondade está em Cristo Jesus o Qual para os regenerados foi feito por Deus sabedoria,

e justiça, e santificação, e redenção (I Co 1.30). A eleição traz a público as belezas de

Deus em Cristo, ou seja, a Sua bondade, graça, sabedoria, santidade e imutabilidade.

Essa bondade já foi operada na sua alma? Deseja que ela seja? Olhe para Jesus Cristo “em

Quem estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência”, Co 2.3.

Você está vivendo na Luz dAquele que raiou na sua alma numa bondade soberana,

graciosa, sábia, santa e imutável? Mortifique mais a sua carne e coma da Sua Palavra mais

e mais. Assim, a Sua bondade será vista pelos outros ao nosso redor e você será

assegurado de ser conhecido antes da fundação do mundo entre o Seu povo.

4. Cremos ainda que a eleição pela graça exclua totalmente a jactância, mas promove a

humildade, o amor, a oração, o louvor, a confiança em Deus e uma imitação da Sua livre

misericórdia 4

I Coríntios 4.7, “Porque, quem te faz diferente? E que tens tu que não tenhas

recebido? E, se o recebeste, por que te glorias, como se não o houveras recebido?”; I

Coríntios 1.26-31; Romanos 3.27; 4.16; Colossenses 3.12; I Coríntios 3.5-7; 15.10; I

Pedro 5.10; Atos 1.24; I Tessalonicenses 2.13; I Pedro 2.9; Lucas 18.13; João 15.16;

Efésios 1.16; I Tessalonicenses 2.12; Efésios 4.32.

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Rm 3.27, “Onde está logo a jactância? É excluída. Por qual lei? Das obras? Não; mas pela

lei da fé”.

Como todos são pecadores qual é a razão de orgulho? Percebendo que fomos feitos

herdeiros de Deus pelas justiças de Um outro, “Onde está logo a jactância?”

Reconhecendo que a nossa salvação é uma dádiva de Deus para os imerecidos e

desmerecidos, “Onde está logo a jactância?” Lembrando de que a nossa aceitação contínua

depende das misericórdias de Cristo, “Onde está logo a jactância?”

A graça de Deus aplicada no coração do homem renova o seu entendimento e derrama nele

o amor de Deus, um amor que não é egoísta, mas se expressa morrendo para o bem do

outro (Rm 5.5). Nenhum louvor é reservado para o regenerado pela graça de Deus, mas ele

dá tudo ao seu Salvador (Ap 4.11; Lu 17.15-17). Não há lugar para a auto gratificação

naquele que é atingido pelo propósito divino da graça. “Onde está logo a jactância? É

excluída.”

Se aquele atingido pela graça soberana fosse ajudado na sua salvação pelo fervor das suas

orações sinceras a qualquer outro a não ser Jesus; ou pelo batismo de qualquer igreja ou

pela firmeza da sua intenção de fazer o melhor possível, este teria razão de se orgulhar. Se

o regenerado fosse mantido na graça pela sua obediência completa e cuidadosa ou se fosse

pelos méritos de ter perseverado na fé ou por qualquer outra manifestação de religião

sincera, este teria logo uma razão de ter crédito pela sua salvação.

Todavia, foi pela obediência e morte de um Outro. A aceitação de Deus de qualquer

pecador é pelos merecimentos deste Outro, o Amado Jesus Cristo (Rm 5.1; 8.1; II Co

5.18-21; Hb 10.19-23). Não há lugar de jactância nenhuma, nunca (Ap 5.12).

Como alguém poeticamente se expressou: “O banquete da Misericórdia estava sendo

degustado, e Dona Graça estava na porta, dando entrada apenas para os que vieram

somente pela Misericórdia. A Senhora Jactância, toda produzida e com alto espírito de

auto gratificação, se apresentou. Desculpe, disse a Graça, enquanto fechava a porta, não há

lugar para a senhora, aqui! Todos aqui estão se banqueteando nas dádivas graciosas e

gratuitas de Deus. Então, Senhora Jactância foi reprovada e deixada de fora!”

Em vez de orgulho, o propósito divino da Graça produz humildade e gratidão (Lu 17.15-

19), oração cultivada para comungar, constantemente, com o seu Deus nos céus (At 9.11),

um crescimento na graça e conhecimento do seu Salvador que renova o homem interior (Fl

3.9-14). É uma transformação contínua na imagem dAquele que criou este homem novo

(Cl 3.9-13).

Considere as manifestações da sua salvação. Há, agora, mais traços de Cristo na sua vida

do que antes da sua conversão? O propósito da salvação é de sermos feitos conforme a

imagem de Cristo (Rm 8.29). Você tem estes traços?

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5. Cremos ainda que o propósito eterno da graça estimule o mais sincero emprego de

meios bíblicos 5

II Timóteo 2.10, “Portanto, tudo sofro por amor dos escolhidos, para que também

eles alcancem a salvação que está em Cristo Jesus com glória eterna”; I Coríntios 2.1-

5; 9.16-27; Romanos 8.28-30; I Coríntios 4.15; II Tessalonicenses 2.13,14.

Os Meios Bíblicos

Todos os meios, sejam internos ou externos, são controlados por Deus, Que é sobre tudo

(Isaías 45:7). Não minimizando o poder de Deus nem a Sua soberania, os meios externos

são da responsabilidade do homem. Os meios externos, que são, inteiramente, a

responsabilidade do homem, devem ser empregados com todo o esforço que biblicamente

podemos enquanto imploramos que Deus use os Seus meios internos, que são da Sua

responsabilidade, nos corações de todos aqueles a quem pregamos (Ezequiel 37.1-10).

Deve ser enfatizado que Deus não é limitado em nada (Daniel 4.35, “não há quem possa

estorvar a Sua mão, e Lhe diga: Que fazes?”). Se de pedras Deus quisesse suscitar filhos a

Abraão, Ele poderia (Mat. 3.9; Luc. 3.8), pois nada há que a Deus seja demasiado difícil

(Jer. 32.17). Porém, o que Deus manda ao homem fazer, é o que o homem é responsável

de fazer. Ao homem é mandado pregar a Verdade, orar para que Deus abençoe a Sua

Palavra e viver uma vida exemplar diante de todos. Se não houver obediência no que

somos responsáveis de fazer, não veremos as bênçãos de Deus no nosso ministério

(Ezequiel 33.6-8; II Cor. 4.3,4; Atos 20.26,27).

A Pregação da Palavra de Deus

Deus quer usar a pregação da Sua Palavra na chamada dos Seus eleitos à salvação. Dessa

vontade somos confiantes pelo exemplo de Cristo e dos Seus discípulos, pelo Seu

mandamento aos discípulos e pelo raciocínio inspirado na Bíblia (II Tess 2.13, 14).

Cristo é o próprio Verbo que Deus usa para chamar os Seus eleitos à salvação (João

1.1,14; II Cor. 4.6). Cristo usava a pregação de toda parte da Palavra de Deus no Seu

ministério público (Mar 2.2, “e anunciava-lhes a Palavra”; Luc. 5.1; 24.27, 44, “de Mim

estava escrito na Lei de Moisés, e nos profetas e nos Salmos”; João 12.48, “a palavra que

vos tenho pregado”; 14.24, “a palavra que ouviste não é Minha, mas do Pai que Me

enviou.”; 15.3, “Vós já estais limpos, pela palavra que vos tenho falado.”). Como Cristo é

feito “Espírito vivificante” (I Cor. 15.45) Ele vivifica os Seus pela Palavra de Deus (I

Pedro 1.23-25; Tiago 1.18). O exemplo do próprio Cristo em usar a Palavra de Deus na

Sua evangelização é uma forte lição para nós.

Os discípulos eram “ministros da Palavra” (Luc. 1.2) anunciando “o evangelho de Deus”

em todo lugar que estivessem (I Tess 2.2; Atos 8.4; 11.19; 14.7; 20.27, “todo o conselho

de Deus”). Não foram “palavras persuasivas de sabedoria humana” que compunha o

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conteúdo das pregações (I Cor. 2.4), mas a mensagem de Jesus Cristo “segundo as

Escrituras” (I Cor. 2.1-5; 15.3-4). A pregação da Palavra de Deus basta. Pela pregação da

Palavra de Deus os discípulos alvoroçaram o mundo (Atos 17.6), testemunharam de Cristo

(Atos 1.8) e, pelo o Espírito Santo e usando a Palavra pregada, todos quantos estavam

ordenados para a vida eterna, creram (Atos 13.48). Se quisermos ter o poder de Deus

operando em nós, devemos restringir-nos ao uso exclusivo da Palavra de Deus. Ela é o

poder de Deus para a salvação (Romanos 1.16).

O mandamento de Cristo é prova de que Deus quer usar a pregação da sua Palavra na

chamada dos Seus eleitos à salvação. Cristo mandou os Seus pregarem o evangelho a toda

a criatura (Mat. 28.18-20, “que Eu vos tenho mandado” – João 14.26; 15.15; Mar 16.15;

Luc. 24.47). Essa comissão aos que formaram a igreja primitiva é a comissão de todos os

do mesmo tipo de igreja, que querem ser obedientes ainda hoje (Mat. 28.20, “até a

consumação dos séculos”; II Tim 2.2; 4.2-5). Devemos sempre nos relembrar que Cristo é

declarado pela pregação e é a pregação que Deus usa para salvar os Seus (I Cor. 1.21-24;

Tito 1.3). Não devemos pensar, nem um pouco, que são nossas invenções, idéias,

promoções ou transpirações que devemos aprimorar para a declaração da Palavra de Deus,

mas, ao contrário, é, exclusivamente, a pregação da Palavra de Deus que somos mandados

para pregar. Se você quer ver os ‘seus’ virem a Cristo, pregue a Palavra.

O raciocínio inspirado da Bíblia prova que Deus quer usar a pregação da Sua Palavra na

chamada dos Seus eleitos à salvação. É a palavra que testifica de Cristo (João 5.39) e que

leva à vida a terra antes preparada por Deus (Mat. 13.23; I Cor. 3.6). Não há fé sem ouvir a

Palavra de Deus (Romanos 10.13-14, 17; Efés. 1.13, “depois que ouvistes a palavra da

verdade”; Tiago 1.18). Quando o rico se preocupou com os seus cinco irmãos não

querendo que eles viessem para o inferno, a Palavra de Deus foi dada como suficiente para

isso (Luc. 16.29). Ela é superior a um ressuscitado voltando ao mundo (Luc. 16.30,31).

Há uma incumbência para pregarmos o evangelho, não somente pelo mandamento de

Cristo, mas pelo perigo pessoal e social da verdade ser encoberta se ela não for pregada (I

Cor. 9.16; II Cor. 4.3).

Os que querem usar a doutrina da eleição para não pregar aos que nunca ouviram não

estão manejando bem a palavra da verdade. A eleição não é salvação mas é “para a

salvação”. A salvação é pela fé na verdade que é apresentada pela Palavra de Deus (II Tess

2.13, 14, “para o que pelo nosso evangelho vos chamou”; Romanos 10.13-14, “como

crerão naquele de quem não ouviram? e como ouvirão, se não há quem pregue?”). Não

precisamos entender como Deus usa a Sua Palavra para dar vida. Somente devemos

entender a nossa responsabilidade em pregá-la a toda a criatura e pedir que Deus nos dê

o Seu crescimento por ela (I Cor. 3.6).

A oração dos Santos

É verdade que existem meios que funcionam somente em conjunto com os outros meios e

nunca sozinhos. A oração é assim. Ela é útil na aplicação da Palavra de Deus pregada nos

corações dos homens segundo a vontade dEle pelo Espírito Santo. A oração é um meio tão

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importante quanto necessário. É tanto uma obra divina quanto uma responsabilidade do

homem (Ez 37.9,10; Rm 8.26).

A oração nunca pode mudar Deus, pois Ele não muda (Malaquias 3.6; Tiago 1.17) mas ela

verdadeiramente é um meio eficaz que Deus estimula e usa para fazer a Sua vontade (Mat.

7.7-11; Luc. 18.1-8; Efés. 1.11; Romanos 8.26).

O efeito que a oração tem como meio no chamamento dos eleitos à salvação é entendido

pelo uso de oração por Jesus. Nas Suas orações Ele expressava os desejos do Seu coração

juntamente clamando que tudo fosse segundo a vontade do Pai (Mat. 26.39). Jesus orava

pelos que, no momento da oração, não eram salvos (João 17.9-11, 20, “E não rogo

somente por estes, mas também por aqueles que pela Sua palavra hão de crer em Mim;”).

Se Jesus ocupava-se na oração intercedendo pelos que naquele momento no qual Ele orava

eram transgressores (Isaías 53.12; Hebreus 7.25), podemos ser animados a empregar tal

meio também e orarmos pelos que amamos e ainda não são salvos. Podemos,

sinceramente. implorar pela salvação dos transgressores. Não sabemos quem são os eleitos

mas sabemos que a oração é um meio usado por Cristo para interceder pelos transgressores

para que sejam salvos. Podemos ser como Cristo empregando este meio eficaz que é orar

pela salvação dos transgressores, por todos aqueles que o Pai deu a Cristo.

O uso de oração pelos discípulos nos ensina que Deus usa a oração dos santos para chamar

os Seus eleitos à salvação. O apóstolo Paulo orou pelos incrédulos para que fossem salvos

(Romanos 10.1-3, “Irmãos, o bom desejo do meu coração e a oração a Deus por Israel é

para sua salvação.”). Muitos destes por quem Paulo orou não vieram a Cristo mas, mesmo

assim, a sua oração era correta. Paulo agradeceu aos irmãos de Corinto pela ajuda que

deram em orar pelos ministros do Evangelho no seu trabalho de evangelização (II Cor.

1.11). As suas contribuições na missão dele pela oração e sacrifício financeiro foram a

esperança dos missionários que muitos outros, que naquele momento não eram salvos,

chegariam à fé. A participação dos irmãos na obra missionária ajudando com orações e

ofertas missionárias era uma esperança forte que novos convertidos dariam gratidão pelas

suas participações. Também entendemos que a ajuda ao evangelismo através da oração da

igreja em Filipos, foi um estímulo ao apóstolo Paulo (Fil. 1.19). Nunca devemos nos

esquecer da verdade que diz. “a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos.”

(Tiago 5.16). É um estímulo orar sabendo que pelas obras da pregação e da oração

tornamo-nos “cooperadores de Deus” (I Cor. 3.9).

Pela Bíblia ser a revelação perfeita de Deus, os que querem glorificar a Deus são

estimulados a obedecer aos mandamentos dela. Os mandamentos feitos aos santos para

orarem sem cessar (I Tess 5.17) e fazerem orações e intercessões por todos os homens (I

Tim 2.1-3) nos mostram a importância da oração na chamada dos eleitos à salvação. A

igreja em Tessalônica foi animada pela instrução de rogar pelos evangelistas no seu

trabalho para que a Palavra de Deus pregada tivesse efeito (II Tess 3.1). A mesma

instrução foi dada aos irmãos em Colossos (Col. 4.2-4). Se estes exemplos das instruções

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às igrejas neo-testamentárias para que orassem pelo desempenho positivo do evangelho

entre os incrédulos foram incluídos na Bíblia, as igrejas, hoje, que querem ser iguais

àquelas igrejas, podem receber instrução no seu dever de orar. Não seja displicente nas

suas orações pelos seus familiares, colegas e até pelos que você não conhece

pessoalmente. Pode ser que as suas orações sejam o instrumento que Deus está usando

para efetuar no coração de alguém a fé na Sua Palavra para que venha a Cristo.

Vida exemplar diante todos

A presença do Espírito Santo na vida do Cristão faz com que ele seja uma testemunha

(Atos 1.8). Essa testemunha pode ser realizada de duas maneiras: na pregação da Palavra

de Deus e numa vida diária em submissão à Palavra de Deus. Nem todos os cristãos têm a

vocação de pastor ou de doutor (Efés. 4.11; I Cor. 12.29), mas cada cristão,

indistintamente, é uma testemunha de Cristo pela sua vida de obediência à Palavra de

Deus. Essa vida obediente à Palavra de Deus pode ser usada por Deus no chamamento do

Seu povo à salvação (II Cor. 2.14, “por meio de nós”).

Essa testemunha pela vida cristã no mundo é simbolizada, biblicamente, como sal e luz

(Mat. 5.13-16; Romanos 13.11-14). A utilidade da vida cristã em conservar virtudes no

mundo é representada pelo sal (Mat. 5.13). O efeito de mostrar, publicamente, o poder de

Cristo sobre o pecado é manifesto pelo símbolo de luz (Mat. 5.14,15). Nisto, somos

instruídos em que a obediência à Palavra de Deus é útil e eficaz em testemunhar de Cristo.

O testemunho da Palavra de Deus pela vida do cristão glorifica a Deus “diante dos

homens” (Mat. 5.15,16; II Tess 1.11,12). Esse testemunho vivo da Palavra de Deus é

usado para enfatizar o que dizem as Escrituras de Cristo diante dos não salvos. A vida

pública do cristão é um meio que Deus usa para chamar o Seu povo à salvação. Portanto,

“vede prudentemente como andais” (Efés. 5.13-16).

A importância de uma vida pública no chamamento dos pecadores à salvação é reforçada

pelo Apóstolo Pedro. No caso de mulheres cristãs tendo maridos não crentes, estes podem

ser ganhos para Cristo, meramente, pelo comportamento delas (I Pedro 3.1-4). A vida

casta, no temor de Deus, é um fator importante na evangelização e na chamada à salvação

destes maridos descrentes.

Deve ser enfatizado que não é, isoladamente, a moralidade ou a retidão da vida que é o

maior destaque nessa área. A moralidade e uma vida reta, somente, têm efeito positivo

quando representam submissão à Palavra de Deus. A própria Palavra de Deus é o meio

principal que Deus usa na chamada do Seu povo à salvação. Juntamente com a Palavra de

Deus, sem dúvida, a vida submissa à Palavra de Deus prega alto e é usada pelo Pai na

chamada à salvação. É impossível separar a utilidade de uma vida em obediência à

Palavra de Deus da própria eficácia e poder das Escrituras. Por causa dessa convivência

de verdades, existem exortações abundantes para que os cristãos vigiem bem nos seus

testemunhos (João 13.35; 15.8; Romanos 13.11-14; Fil. 2.15,16; I Pedro 2.11,12).

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A sua vida pode ser a única Bíblia que muitos leem. Viva em submissão constante à Palavra de Deus, para que Cristo seja manifesto e Deus

glorificado no mundo (I Pedro 4.14-19).

6. Cremos que este propósito da graça pode ser verificado pelos efeitos que produz em

todos aqueles que verdadeiramente crêem em Cristo 6

I Tessalonicenses 1.4-10, “Sabendo, amados irmãos, que a vossa eleição é de Deus; 5

Porque o nosso evangelho não foi a vós somente em palavras, mas também em poder,

e no Espírito Santo, e em muita certeza, como bem sabeis quais fomos entre vós, por

amor de vós. 6 E vós fostes feitos nossos imitadores, e do Senhor, recebendo a

Palavra em muita tribulação, com gozo do Espírito Santo. 7 De maneira que fostes

exemplo para todos os fiéis na Macedónia e Acaia. 8 Porque por vós soou a palavra

do Senhor, não somente na Macedônia e Acaia, mas também em todos os lugares a

vossa fé para com Deus se espalhou, de tal maneira que já dela não temos

necessidade de falar coisa alguma; 9 Porque eles mesmos anunciam de nós qual a

entrada que tivemos para convosco, e como dos ídolos vos convertestes a Deus, para

servir o Deus vivo e verdadeiro, 10 E esperar dos céus a Seu Filho, a quem

ressuscitou dentre os mortos, a saber, Jesus, que nos livra da ira futura.”; João 13.35

(amor fraternal); Mateus 7.16-20 (obediência); Atos 4.11 (ousadia na pregação); II

Coríntios 5.17(tudo novo); I João 3.10, 13 (ser perseguido); II Timóteo 3.12 (sofrer).

O propósito da graça é o propósito de Deus para com os Seus, um propósito traçado na

eternidade passada. Todavia, o propósito se desenrola no tempo com o Espírito Santo

efetuando este propósito no coração de cada eleito através da pregação da Palavra de

Deus. A realização desse eterno propósito nunca é encoberta e oculta. A regeneração

sempre produz frutos dignos de arrependimento diante de Deus e do mundo.

A evidência da fé dos Tessalonicenses regenerados espalhou-se em todos os lugares de tal

maneira que os missionários não necessitavam de falar do fato. A evidência da recepção

da Palavra de Deus foi a cessação de servir aos ídolos com suas crendices e a superstição

escravizadora a falsos deveres, o receio de coisas fantásticas e a confiança em coisas

ineficazes, juntamente, com a crença em presságios tirados de fatos puramente fortuitos

(“superstição” Dicionário Eletrônico Aurélio, Ver. 3, Nov. 1999). A falsa adoração foi

substituída pela fé viva manifesta em batismo neotestamentário, adoração ao Deus vivo e

verdadeiro em culto público e uma vida que prega Cristo como o Único Salvador (I Ts 4.9,

10).

Quando a graça de Deus é operada nada fica o mesmo - II Co 5.17, “Assim que, se alguém

está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo”. A

frase “se alguém” indica que todos que venham a conhecer Cristo como Redentor tenham

uma vida nova. Essa vida nova é manifesta na morte e repúdio às coisas das trevas e a

manifestação aberta de uma nova criação, um “novo homem, que segundo Deus é criado

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em verdadeira justiça e santidade” (Ef 4.24). Há uma moral nova no coração que é

permanente, e uma cosmovisão nova que afeta a língua, vestimenta, higiene,

relacionamentos e apetites tão radicalmente que só pode ser de Deus e é comparada à

primeira criação de Deus (II Co 4.6).

Na vida do cristão há, verdadeiramente, fruto digno da Videira na qual ele é enxertado (Jo

15.5, “quem está em Mim, e Eu nele, esse dá muito fruto”). Ele tem tais frutos através da

oração conforme a vontade de Deus (Jo 15.7, “Se vós estiverdes em Mim, e as Minhas

palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito”), tem uma vida

de obediência em amor à Palavra de Deus (Jo 15.10 “Se guardardes os Meus

mandamentos, permanecereis no Meu amor”) e um amor verdadeiro aos outros em Cristo

(Jo 15.12, “O Meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, assim como Eu vos

amei”).

Quando você compara a sua “vida cristã” àquela revelada na Palavra de Deus, há

concordância ou dúvida? Fruto digno ao arrependimento ou apenas tristeza pelas

consequências do pecado? É, somente, o poder de Deus e a habitação do Espírito Santo ou

somente as tentativas psicológicas que visam melhorar a sua vida? Não aceite nada menos

do que a criação nova feita por Deus naqueles que se arrependem e crêem em Cristo pela

fé.

7. Cremos que a Bíblia ensina que o propósito da graça é o alicerce da segurança cristã 7.

Romanos 8.28-31, “E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o

bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o Seu

propósito. 29 Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem

conformes à imagem de Seu Filho, a fim de que Ele seja o primogênito entre muitos

irmãos. 30 E aos que predestinou a estes também chamou; e aos que chamou a estes

também justificou; e aos que justificou a estes também glorificou. 31 Que diremos,

pois, a estas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós?”; Isaías 42.16. Romanos

11.29; II Tessalonicenses 5.24; Filipenses 1.6.

Desde que o propósito da graça é o produto da vontade de Deus, e entendendo que Ele é

soberano (Dn 4.34, 35; Sl 135.6; 115.3); desde que o propósito da graça depende,

totalmente, da obediência de Cristo no lugar dos que o Pai O deu (Jo 6.37-39; Is 53.11; II

Co 5.21); e por causa do propósito da graça sendo efetuado pela obra do Espírito Santo na

Palavra de Deus (Jo 16.7-15; Rm 1.16), o cristão tem o mais firme alicerce de segurança

possível.

A segurança do regenerado não depende de sua própria obediência mas da obra dAquele

que começou a boa obra da graça nele (Fl 1.6). A esperança do cristão não é estabelecida

pela firmeza da sua própria intenção, pela oração de outro ou poder das ordenanças

eclesiásticas a seu favor mas somente por Aquele que prometeu a vida eterna. Este fará o

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que prometeu por Cristo (I Ts 5.24; I Co 1.20, “Porque todas quantas promessas há de

Deus, são nEle sim, e por Ele o Amém, para glória de Deus por nós”). Portanto aquele

abrangido pelo propósito divino da graça tem o mais firme alicerce de segurança possível.

Em quem está a sua esperança da vida eterna? Não diga que está em Cristo se a

manutenção da sua fé depende de você. Cristo é o Salvador perfeito (Hb 7.25). Você pode

dizer com Paulo: Por cuja causa padeço também isto, mas não me envergonho; porque eu

sei em Quem tenho crido, e estou certo de que é poderoso para guardar o meu depósito até

àquele dia (II Tm 1.12)?

O cristão tem a responsabilidade de perseverar na fé, todavia até essa perseverança é pela

preservação de Deus (Jd 1:24 Ora, Àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e

apresentar-vos irrepreensíveis, com alegria, perante a sua glória).

8. Cremos, por último, que esse propósito eterno da graça ensina que assegurá-la em

relação a nós mesmos exige e merece a maior diligencia 8

II Pedro 1.10-11, “Portanto, irmãos, procurai fazer cada vez mais firme a vossa

vocação e eleição; porque, fazendo isto, nunca jamais tropeçareis. 11 Porque assim

vos será amplamente concedida a entrada no reino eterno de nosso Senhor e

Salvador Jesus Cristo.”; Filipenses 3.12; Hebreus 6.10-12; Isaías 55.6, 7 (Buscai ao

SENHOR já! Ele é grande em perdoar); Provérbios 2.

Se tiver um propósito de graça, que inclui a salvação eterna para aqueles que se

arrependem dos pecados e crêem em Cristo de todo o coração; se este propósito de graça

condena todos que não se arrependem e crêem pela fé, mas entrega-lhes ao lago de fogo

para ser separados da misericórdia de Deus para todo o sempre, então, todos os esforços

para assegurar que esteja salvo são admiráveis e nobres. II Co 13:5, “Examinai-vos a vós

mesmos, se permaneceis na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou não sabeis quanto a vós

mesmos, que Jesus Cristo está em vós? Se não é que já estais reprovados”.

Você já tem a presença do Espírito Santo que é o selo da salvação? Você tem evidências

de uma nova natureza? Sua nova natureza deleita-se na lei de Deus? Deus o corrige como

filho? A Sua Palavra é desejada? Cristo é precioso para você? Os Seus mandamentos são

pesados? Você mostra o seu amor pelo Salvador, obedecendo-O?

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X. A SANTIFICAÇÃO

Cremos que as Escrituras ensinam que a santificação é o processo mediante o qual,

segundo a vontade do Deus, somos feitos participantes de Sua santidade 1, que é uma obra

imediata, diante de Deus, e progressiva, diante dos homens 2, que tem início na

regeneração 3, que é operada nos corações dos crentes pelo poder e presença do Espírito

Santo, o Selador e o Consolador, através do uso contínuo dos meios designados,

especialmente, o ministério da igreja, a Palavra de Deus, e ainda o auto-exame, a

abnegação, a vigilância, a oração e pelo ministério da igreja4.

1. Cremos que as Escrituras ensinam que a santificação é o processo mediante o qual,

segundo a vontade do Deus, somos feitos participantes de Sua santidade

I Tessalonicenses 4.2, 3, “Porque vós bem sabeis que mandamentos vos temos dado

pelo Senhor Jesus. Porque esta é a vontade de Deus, a vossa santificação; que vos

abstenhais da prostituição”; II Coríntios 7.1; 13.9; Efésios 1.4.2.10; I Tessalonicenses

3.12,13; 5.23.

A palavra “santificar”, como usada na Bíblia, significa, principalmente, separar algo para

um uso especial. Um exemplo disso é a santificação do sábado, uma separação do sétimo

dia dos demais dias da semana para um propósito especial (Ex 20.8-11; Dt 5.12-15).

Mas a santificação não é apenas uma separação. Significa também uma separação para a

santidade (Nm 6.5-8; Hb 7.26; II Tm 2.19-21). A palavra “santificação” também tem a

idéia de purificação ou de lavagem (Hb 9.13-14; Ef 5.26).

No léxico de Thayer’s consta o significado da palavra “santificar (hagiazo)”: dar ou

reconhecer por venerável, honrar, separar de coisas profanas e dedicar-se a Deus;

consagrar; purificar (Simmons, p. 361).

Como o pecado nos culpou e nos sujou na nossa natureza, Deus, por Cristo, na salvação,

nos justifica, tirando a culpa; nos adota, oficializando a nossa posição de filho; e nos

santifica, nos dando uma natureza santa (Rm 5.17; 6.19). A justificação tira a nossa culpa

legal diante de Deus. A adoção nos dá uma relação familiar. A santificação nos faz andar

moralmente limpos diante de Deus e dos homens. Na justificação, recebemos o título da

inocência. Na adoção, é dado o título da nossa herança. Na santificação, somos feitos

capazes de desfrutar e de usufruir daquela herança (Fp 4.13; I Co 1.30; 6.11; I Jo 1.9).

Definindo melhor, a santificação é aquela operação que muda o nosso caráter e a nossa

conduta. Ela opera em nós um amor a Deus, uma capacidade para adorá-Lo corretamente e

nos qualifica para gozar o céu. A santificação faz que sejamos feitos à imagem de Cristo, o

propósito da salvação (Rm 8.29).

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2. Cremos que as Escrituras ensinam que a santificação é uma obra imediata, diante de

Deus, e progressiva, diante dos homens.

Provérbios 4.18, “Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando

mais e mais até ser dia perfeito.”; Imediata, diante de Deus – Romanos 1.7; 15.14;

Colossenses 1.2,26; Apocalipse 14.12;

Imediata, diante de Deus

Na hora da salvação, o regenerado, que mostra a sua nova vida pela conversão, é

justificado diante do juiz e adotado na família de Deus. Imediatamente e eternamente é

lavado de todo seu pecado. Essa santificação é imediata e entendida de duas maneiras.

Primeiramente, o cristão, pela santificação, é legalmente puro. Cristo é a nossa

santificação legal (I Co 1.30, “Mas vós sois dEle, em Jesus Cristo, o Qual para nós foi

feito por Deus sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção:”). Cristo Se entregou a Si

mesmo para purificar os Seus (Ef 5.25,26, “... Cristo amou a igreja, e a Si mesmo Se

entregou por ela, para santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela Palavra,”).

Devido Cristo ter entregue o Seu próprio corpo para os pecadores arrependidos, os crentes

são santificados, eternamente, diante de Deus (Hebreus 10.10, “na qual vontade temos sido

santificados pelo oblação do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez.”; 13.12, “E por isso

também Jesus, para santificar o povo pelo Seu próprio sangue, padeceu fora da porta.”). O

cristão, pela morte de Cristo, não tem mais nenhum pecado entre ele e Deus. Nos lavados

pelo sangue de Cristo, Deus não enxerga mais condenação (Jer. 31.34, “e nunca mais Me

lembrarei dos seus pecados”; Romanos 5.1, “Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos

paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo;”). Nos lavados pelo sangue de Cristo, não

há mais sujeira (I Cor. 6.11, “E é o que alguns têm sido; mas haveis sido lavados, mas

haveis sido santificados, mas haveis sido justificados em nome do Senhor Jesus, e pelo

Espírito do nosso Deus.”; Apoc 1.5; 7.14). Os que são salvos por Cristo não têm mais

maldição (Gal. 3.13, “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por

nós; porque está escrito: maldito todo aquele que foi pendurado no madeiro;”). Não

existindo mais condenação, sujeira ou maldição no salvo para com Deus, entendemos que

o cristão é, legalmente, puro. Pela santificação legal, somos postos numa posição santa

diante de Deus.

Em segundo lugar, o cristão, pela santificação, é moralmente puro. Pela regeneração, o

espírito do homem foi feito vivo para com Deus. Este espírito novo no homem é a nova

natureza criada nele pelo Espírito Santo que faz que o salvo esteja em Cristo (II Cor. 5.17,

“nova criatura é”). Essa nova natureza não pode pecar (I João 5.18). Essa nova natureza

tem prazer na lei de Deus que é a declaração moral de Deus (Sal. 1.2; 40.8; 119.72;

Romanos 7.22). Tendo essa nova natureza o santificado é feito como Cristo (João 4.34,

“Jesus disse-lhes: A Minha comida é fazer a vontade dAquele que Me enviou, e realizar

Sua obra”), e, por Cristo, estes, moralmente, devem cumprir toda a lei (Romanos 2.29).

Essa nova natureza é alimentada pela Palavra de Deus (I Pedro 2.2), e pelo Espírito (Efés.

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3.16), através dos quais o santificado “vê” Deus (Mat. 5.8). Pela santificação o cristão é

feito santo, imediatamente, em sua natureza, diante de Deus.

Progressiva, diante dos homens – Efésios 4.12; Hebreus 6.1; II Pedro 1.5-8; Filipenses

3.12-16.

Diante de Deus, o salvo não tem mais maldição, porém, diante dos homens, o cristão

cresce na santificação (Prov. 4.18, “mas a vereda dos justos é como a luz da aurora, que

vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito”). Para entender melhor a santificação diante

dos homens, convém entender o que ela não é em comparação ao que é.

Devemos entender que esta santificação, diante dos homens, não é o melhoramento da

carne. Mesmo que haja no processo da santificação diante dos homens uma manifestação

cada vez menor da carne, a própria carne não melhora. A carne sempre tem o pecado

habitando nela (Romanos 7.14-24). A carne sempre cobiça contra o Espírito (Gal. 5.17). O

pecado da carne manifesta-se, mas, pela santificação, aprendemos a mortificar a carne,

porém ela nunca fica livre do pecado. A impiedade essencial da carne é sempre latente

(Simmons, p. 365).

A santificação diante dos homens também não é uma eliminação gradual do pecado na

alma. Moralmente, o cristão já é puro diante de Deus alegrando-se, pelo homem interior,

na lei de Deus (Romanos 7.22). A alma não tem mais pecado, pois ela foi salva pelo

sacrifício suficiente de Cristo. É a carne que continua com o pecado.

O processo da santificação diante dos homens também não é a interrupção total dos

ataques de Satanás. Enquanto Satanás viver, ele lutará contra tudo o que está em prol da

glória de Deus. Temos que ainda lutar “contra os principados, contra as potestades, contra

os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares

celestiais” (Efés. 6.12; I Pedro 5.8, “o diabo, vosso adversário, anda em derredor,

bramando como leão, buscando a quem possa tragar;”). Pela santificação não tornamos um

alvo menos importante de Satanás. Pode ser que o contrário seja verdadeiro.

O processo da santificação diante dos homens é a alma do cristão fortalecendo-se mais na

santidade. Hebreus 10.14, “pelo conhecimento renova... segunda a imagem dAquele que a

criou” (Col. 3.10). A alma fortalecendo-se mais e mais na santificação, o propósito da

salvação de conformar-nos à imagem de Cristo (Romanos 8.29), é atingida. Pela

santificação somos mais e mais vistos como “irmãos” de Cristo (Hebreus 2.11).

Santificação diante dos homens é prática. O processo da santificação acontece no interior

do cristão pelo Espírito Santo mas se revela externamente diante do mundo pela vida cristã

do cristão. A santificação exterioriza-se, publicamente, na pregação de Cristo pelo viver a

vida cristã (Hebreus 12.14, “Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém

verá o Senhor;”; Mat. 5.14-16, “Vós sois o sal da terra; ... Vós sois a luz do mundo; ...

Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e

glorifiquem o vosso Pai, que está nos céus”). A santificação diante dos homens não é uma

opção mas uma consequência normal daquela nova natureza nascida no cristão.

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A santificação diante dos homem é experimental. O próprio cristão reconhece a obra da

santificação na sua vida. O próprio cristão nota as mudanças nos seus desejos para com

Deus, para com a Palavra de Deus, para com a oração, para com a santidade e a obediência

(II Cor. 3.18, “Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória

de Deus, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito

do Senhor”; Romanos 1.17, “porque nEle se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como

está escrito: o justo viverá da fé”). O Cristão não pensa que já alcançou toda a perfeição

mas reconhece que, felizmente, não é o que era e ainda deseja mudar mais (Fil. 3.12-14).

A santificação diante dos homens é incompleta. O cristão sempre crescerá até o dia

perfeito onde não há mais pecado presente, ou seja, no céu (Prov. 4.18; Fil. 3.12). Nesta

vida terrestre, com o pecado na carne e mesmo com uma crescente manifestação na vida

da nova natureza com as suas vitórias sobre a carne, nunca chegaremos à perfeição

completa. Essa perfeição completa-se somente na glorificação.

3. Cremos que as Escrituras ensinam que a santificação tem início na regeneração.

Tt 3.5-7, “Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a Sua

misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito

Santo, 6 Que abundantemente Ele derramou sobre nós por Jesus Cristo nosso

Salvador; 7 Para que, sendo justificados pela Sua graça, sejamos feitos herdeiros

segundo a esperança da vida eterna”.

I João 2.29, “Se sabeis que Ele é justo, sabeis que todo aquele que pratica a justiça é

nascido dEle.”; Romanos 8.5; João 3.6; Filipenses 1.9-11; Efésios 1.13,14.

A santificação diante de Deus vem por Deus mesmo. “Toda a boa dádiva e todo o dom

perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes” (Tiago 1.17). Foi Deus Quem começou a

boa obra em nós (Fil. 1.6; Efés. 1.3).

A santificação vem pela obra do Espírito Santo. (I Cor. 6.11; II Tess 2.13; I Pedro 1.2).

A santificação tem a morte de Cristo como base pela qual o Espírito Santo opera (I Cor.

6.11; Gal. 3.13; Apoc 1.5; 7.14).

A santificação tem a fé como o meio pelo qual a alma se purifica (Atos 15.9; 26.18; I

Pedro 1.22).

4. Cremos que as Escrituras ensinam que a santificação é operada nos corações dos

crentes pelo poder e presença do Espírito Santo, o Selador e o Consolador, através do uso

contínuo dos meios designados, especialmente o ministério da igreja, a Palavra de Deus,

e ainda o auto-exame, a abnegação, a vigilância, a oração e pelo ministério da igreja4.

Filipenses 2.12,13, “De sorte que, meus amados, assim como sempre obedecestes, não

só na minha presença, mas muito mais agora na minha ausência, assim também

operai a vossa salvação com temor e tremor; 13 Porque Deus é o que opera em vós

tanto o querer como o efetuar, segundo a Sua boa vontade.”;

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Palavra de Deus - Efésios 4.11-16; II Timóteo 3.16,17; I Pedro2.2.

A santificação diante dos homens tem a Palavra de Deus como instrumento que o Espírito

Santo usa (João 17.17). A Palavra de Deus promove a obediência, previne e nos purifica

do pecado, nos reprova do pecado e nos faz crescer na graça (I Tim 3.16,17; Sal. 119.9,

11, 34, 43, 44, 50, 93, 104; Hebreus 5.12-14; I Pedro 2.2). A santificação diante dos

homens vem pela obra do Espírito Santo (Romanos 15.16). Ele nos guia (Romanos 8.14),

nos transforma (Romanos 12.2; II Cor. 2.18), nos fortifica (Efés. 3.16), e nos faz ter o

fruto que agrada a Deus (Gal. 5.22). A santificação diante dos homens tem a vitória de

Cristo sobre o pecado, a morte e sobre Satanás como a base pela qual o Espírito Santo

opera (I Cor. 6.11; 15.55-57; Gal. 3.13; Apoc 1.5; 7.14).

Auto-exame - II Coríntios 11.28; 13.5. A santificação, diante dos homens, tem a fé como

meio pela qual a Palavra de Deus é eficiente (Gal. 5.22; Romanos 10.17).

A santificação diante dos homens tem a nossa própria obediência como meio para nos

santificar (Romanos 6.19). Como o exercício físico desenvolve o apetite para o alimento,

pelo qual recebemos os elementos para produzir crescimento, o exercício espiritual

desenvolve apetite para a Palavra de Deus, pela qual recebemos os elementos para o

crescimento na graça (Sal. 1.2,3). A nossa obediência envolve a Abnegação – Lucas 11.35;

9.23; I Coríntios 9.25-27; a Vigilância - II Pedro 3.18, e a Oração - Mateus 26.41; Efésios

6.18; 4.30.

Ministério da igreja – Efésios 4.11-16; Hebreus 10.23-25; Atos 20.28-32. A santificação

diante dos homens envolve a frequência à igreja onde Deus tem a Sua Palavra apresentada

pelos seus ministrantes (Efés. 4.11,12), a observação das ordenanças do batismo e da ceia,

o castigo e também as providências de Deus (a tribulação, a nossa personalidade, os

nossos relacionamentos, as circunstâncias da vida, etc.).

Essas coisas promovem a nossa santificação diante dos homens, não porque eles em si têm

uma virtude, mas, como os outros meios, trazem-nos ao encontro com a verdade divina.

Estando na presença do Divino somos fortalecidos a termos uma apreciação elevada de

Deus e uma obediência mais completa. Essas atividades mostram as glórias de Deus em

Cristo pela nossa vida. Deve ser lembrado: Os atos da obediência não têm graça neles

separadamente, mas são meios pelo qual conhecemos Deus melhor, e conhecendo Ele

melhor, somos santificados diante dos homens.

Os Frutos Da Santificação

A santificação do cristão não é algo estático ou neutro. A santificação produz evidências

no interior do próprio cristão e também exteriormente diante do mundo.

A santificação na vida do cristão produz, interiormente, uma consciência real da impureza

latente na carne. Muitos são os santos na Bíblia que lamentaram da sua impiedade

mostrando-nos a realidade que por mais santos que sejamos mais impuros nos sentimos

(Jó 38.1,2; 40.3,4; 42.5,6; Isaías 6.3-5; Efés. 3.8; Fil. 3.12-15).

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A santificação na vida do cristão produz, interiormente, um desgosto crescente ao pecado.

Com o processo da santificação, o cristão torna-se mais e mais como Cristo. Aquilo que o

Senhor odeia, o cristão santificado também odeia. Por isso, o cristão odeia olhos altivos, a

língua mentirosa, as mãos que derramam sangue inocente, o coração que maquina

pensamentos perversos, pés que se apressam a correr para o mal, a testemunha falsa que

profere mentiras, e aquele que semeia contendas entre irmãos (Prov. 6.16-19; Zac 8.17).

Pelo processo da santificação, o cristão cresce mais no temor de Deus. O temor de Deus

odeia o mal, a soberba e a arrogância, o mau caminho e a boca perversa (Prov. 8.13).

Tanto mais que somos como Cristo e odiamos o mal (Sal. 97.10). Ao crescer no

entendimento dos mandamentos do Senhor, Deus faz que o cristão se desgoste de qualquer

evidência de falso caminho (Sal. 119.104). Com a santificação, o cristão vê o pecado,

verdadeiramente, pelo que é: inimizade contra Deus (Romanos 8.6; I João 3.4).

A santificação na vida do cristão produz, interiormente, um crescimento na graça e num

apreço maior nas coisas celestiais (Prov. 4.18; Sal. 119.101-113). Aquilo que Deus ama, o

cristão santificado ama também. Por isso, ele se imerge mais e mais na oração, na Palavra

de Deus, nos cultos públicos de adoração, na conformidade de Cristo no lar, nos

pensamentos, nos estudos, no emprego, e na vida particular. Verdadeiramente, o padrão

moral de Deus é o que o cristão santificado, continuamente, ama mais (Sal. 119.113, “amo

a tua lei”).

A santificação na vida do cristão produz, exteriormente, boas obras diante do mundo

(Efés. 2.10). Com uma nova natureza, o cristão torna-se o sal da terra e a luz do mundo

pelas suas boas obras (Mat. 5.13-16). Essas obras são boas, não por causa da sinceridade

do cristão mas porque elas vêm do coração regenerado (Mat. 12.33; 7.17,18; João 15.5);

de amor para realizar a vontade de Deus (Deut 6.2; I Sam 15.22; João 14.15; I João 5.3);

de desejo de glorificar somente a Deus (João 15.8; Romanos 12.1; I Cor. 10.31; Col.

3.17,23); de um coração cheio de gratidão (I Cor. 6.20; Hebreus 13.15) e, de uma fé

verdadeira (Tiago 2.14,17,20-22). Como o cristão, quando ainda estava na carne, usou os

seus membros para toda a imundícia, agora, com a nova natureza, usa os seus membros

para servir à justiça para santificação (Romanos 6.19; 12.1,2).

Reconhecendo que os frutos da santificação são muito além do que o homem pode

produzir pelos esforços da carne, convém que a nossa espiritualidade seja examinada e

provada pelo Senhor (Sal. 26.2; 139.23,24; II Cor. 13.5). Ai de nós se só ficamos

satisfeitos com aquilo que só agrada aos homens.

Existem estes frutos na sua vida cristã?

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XI. A PERSEVERANÇA DOS SANTOS

Cremos que as Escrituras ensinam que os, verdadeiramente, regenerados são os que

perseveram até o fim 1; que seu apego perseverante a Cristo é o grande sinal que os

distingue dos professos superficiais 2; que uma providência especial vela por seu bem-estar

3; e que eles são guardados pelo poder de Deus, mediante a fé, para a salvação

4.

1. Cremos que as Escrituras ensinam que os, verdadeiramente, regenerados são os que

perseveram até o fim 1; que seu apego perseverante a Cristo é o grande sinal que os

distingue dos professos superficiais 2; que uma providência especial vela por seu bem-estar

3; e que eles são guardados pelo poder de Deus, mediante a fé, para a salvação

4.

Referências: João 8.31, “Jesus dizia, pois, aos judeus que criam nEle. Se vós

permanecerdes na Minha palavra, verdadeiramente sereis Meus discípulos”; I João

2.27-28; 3.9; 5.18; Rm 11.29; Ef 2.8

A doutrina da perseverança dos santos não quer dizer que nenhum cristão cairá na

transgressão, ou não pode ferir a sua própria alma e as dos seus colegas e prejudicar as

igrejas pelo pecado por causa das aflições, tentações e poderosas oposições contra as quais

o cristão luta, espiritualmente. Mas essa doutrina importante quer ensinar que Deus dará

graça suficiente aos Seus para que nenhum caia e continue no pecado ao ponto de perecer

no fogo eterno.

2. Cremos que as Escrituras ensinam que os, verdadeiramente, regenerados são os que

perseveram até o fim 1; que seu apego perseverante a Cristo é o grande sinal que os

distingue dos professos superficiais 2; que uma providência especial vela por seu bem-estar

3; e que são guardados pelo poder de Deus, mediante a fé, para a salvação

4.

Referências: I João 2.19, “Saíram de nós, mas não eram de nós; porque, se fossem de

nós, ficariam conosco; mas isto é para que se manifestasse que não são todos de nós.”;

João 13.18; Mateus 13.19-23; João 6.66-69; Jó 17.9

Os professos superficiais e falsos podem estar juntos com os verdadeiros ao “encontro do

esposo” como as virgens tolas (Mt 25.1-13), mas esses não podem perseverar

suficientemente pois falta o “Principal”.

Os falsos podem ter uma parentela física com Abraão e assim ser “em Cristo” de uma

maneira que não salva do pecado, mas são como ‘as varas que não deram fruto’

(perseverança) de Jo 15.1-7, cujo fim não é a salvação, mas a destruição pelo fogo eterno.

Podem existir os que uma vez eram um pouco iluminados e que provaram com

experiências extraordinárias um dom celestial ou até ouviram a Palavra com alegria como

os que receberam a semente em pedregais (Mt 13.1-23; Hb 6.4-8, como Herodes que ouvia

João “de boa mente”), mas, por estes não perseverarem mostram que não têm um coração

preparado por Deus, e portanto não devem esperar as bênçãos da salvação.

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Existem no Novo Testamento os que abraçaram as doutrinas do Evangelho, comumente

chamada “da Fé” (Félix e Drusila - At 24.24), os que regozijaram em ver Jesus triunfante

(muitíssima gente - Mt 21.7-11), os que tinham o dom de profecia (Balaão – Ne 13.2;

“muitos” Mt 7.22), os que eram batizados, e os que andaram com Jesus e saborearam do

poder do ser apóstolo (Judas Iscariotes – Mt 10.2,4; Jo 13.21,30; Hb 6.5) mas não

manifestaram que eram regenerados mas manifestaram ser réprobos justamente por não

perseverarem com a fé (como Himeneu e Alexandre “fizeram naufrágio na fé” – I Tm

1.18-20). Quando alguém não persevera na graça, revela que nunca tinha a tal graça que

salva. I João 2.19, “Saíram de nós, mas não eram de nós; porque, se fossem de nós,

ficariam conosco; mas isto é para que se manifestasse que não são todos de nós.”

Os versículos que mencionam que o que perseverar até o fim, ou ao que vencer, será salvo

ou será concedido uma benção, manifestam quais são os atributos e galardões dos que são

verdadeiramente salvos. Mateus 10.22 (32); 23.13; Apocalipse 2.7, 10, 17, 26; 3.5, 12, 21;

21.7.

Quando o verdadeiro Filho de Deus, por Cristo, peca, por ser verdadeiramente adotado na

família de Deus pelos méritos de Cristo, sofrerá correção que o levará à humilhação e ao

arrependimento para uma obediência melhor. Muitas vezes, esta correção pode levar o

cristão errante à morte física para não mais viver com tão mau testemunho (Sl 89.30-34;

Hb 12.7, 8; I Co 5.1-5; 11.32; Tg 5.19, 20).

3. Cremos que as Escrituras ensinam que os verdadeiramente regenerados são os que

perseveram até o fim 1; que seu apego perseverante a Cristo é o grande sinal que os

distingue dos professos superficiais 2

; que uma providência especial vela por seu bem-

estar 3; e que eles são guardados pelo poder de Deus, mediante a fé, para a salvação

4.

Referências: Romanos 8.28, “E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente

para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o Seu

propósito.”; Mateus 6.30-33; Jeremias 32.40; Salmos 37.25; 121.3-8; 91.9-12; Hebreus

1.14

A doutrina da perseverança dos santos é acoplada à doutrina da preservação dos santos. A

primeira é responsabilidade dos santos e a última é a providência especial de Deus pela

qual Ele vela pelo bem dos Seus. Perseveram os santos por serem preservados por Deus.

Muitas vezes, a responsabilidade dos santos a perseverarem é mencionada no mesmo

contexto da preservação de Deus dos Seus.

Judas 1.21, “Conservai-vos a vós mesmos no amor de Deus”; Judas 1.24, “Ora, Àquele

que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos irrepreensíveis, com

alegria, perante a Sua glória”

I Jo 5.18, “Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não peca [preservação]; mas

o que de Deus é gerado conserva-se a si mesmo [perseverança], e o maligno não lhe

toca”.

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II Ts 3.1-3, “No demais, irmãos, rogai por nós [responsabilidade do homem na

perseverança], para que a palavra do Senhor tenha livre curso e seja glorificada, como

também o é entre vós; 2 E para que sejamos livres de homens dissolutos e maus;

[perseverança] porque a fé não é de todos. 3 Mas fiel é o Senhor, que vos confirmará, e

guardará do maligno [preservação].”

Rm 8.24-25, “Porque em esperança fomos salvos. Ora a esperança que se vê não é

esperança; porque o que alguém vê como o esperará? 25 Mas, se esperamos o que não

vemos, com paciência o esperamos [perseverança]”; Rm 8.26, “E da mesma maneira

também o Espírito ajuda as nossas fraquezas [preservação]; porque não sabemos o que

havemos de pedir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos

inexprimíveis”.

II Tm 4.7, 17-18, “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé

[perseverança]”, 17-18, “17 Mas o Senhor assistiu-me e fortaleceu-me [preservação],

para que por mim fosse cumprida a pregação, e todos os gentios a ouvissem; e fiquei livre

da boca do leão. 18 E o Senhor me livrará de toda a má obra, e guardar-me-á para o Seu

reino celestial; a quem seja glória para todo o sempre. Amém”.

Hb 13.1-19 lista várias responsabilidades do cristão nas quais deve perseverar. Junto nesse

contexto é dito que Deus, v. 21, “Vos aperfeiçoe em toda a boa obra, para fazerdes a Sua

vontade [perseverança], operando em vós o que perante Ele é agradável por Cristo Jesus

(preservação), ao Qual seja glória para todo o sempre. Amém”.

I Co 1.8-10, “O Qual vos confirmará também até ao fim [preservação, obra de Deus],

para serdes irrepreensíveis no dia de nosso Senhor Jesus Cristo. 9 Fiel é Deus, pelo Qual

fostes chamados para a comunhão de Seu Filho Jesus Cristo nosso Senhor. 10 Rogo-vos,

porém, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que digais todos uma mesma

coisa, e que não haja entre vós dissensões; antes sejais unidos em um mesmo

pensamento e em um mesmo parecer [perseverança, responsabilidade do homem]”.

4. Cremos que as Escrituras ensinam que os, verdadeiramente, regenerados são os que

perseveram até o fim 1; que seu apego perseverante a Cristo é o grande sinal que os

distingue dos professos superficiais 2; que uma providência especial vela por seu bem-estar

3; e que são eles guardados pelo poder de Deus, mediante a fé, para a salvação

4.

Referências: Filipenses 1.6, “Tendo por certo isto mesmo, que Aquele que em vós

começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo”; 2.12,13; Judas 1.24,25;

Hebreus 1.14; II Reis 6.16; Hebreus 13.5; I João 4.4.

O que manifesta o seu andar? A sua perseverança na obediência da fé manifesta a obra da

preservação do Senhor pela Sua graça que redunda para a Sua glória? O seu andar na sua

fé manifesta o ingrediente pecaminoso de confiança nas suas obras, ou você confia nas

ordenanças de qualquer religião que redunda glória pelo esforço de algum homem? Não

seja enganado por ter experimentado um sentimento profundo que é isento do “Principal”.

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Não esteja contente até que tenha a nova natureza, e seja um possuidor da fé genuína

operada por Deus que, pela obra de Cristo, o levará à Sua presença eterna.

A Perseverança dos Santos

Essa doutrina...

- não leva ninguém a uma vida licenciosa mas à santidade – Tt 2.11-15

- indica que o cristão tem uma nova natureza – II Co 5.17; Gl 5.17

- leva ao auto-exame para não ser um falso professante da fé – II Pd 2.22

- não ensina perfeição completa para o cristão ainda na carne – Gl 5.17

- não ensina que o homem termina o que Deus começou – Fp 1.6; 3.3; Gl 3.3

- não ensina que a fé do cristão é temporária – Hb 7.25; I Pe 1.5

- não exclui a responsabilidade do cristão de vigiar – Hb 10.26; Mt 26.41

- coloca a fé em Cristo e não nos sentimentos como a base da salvação – Ef 2.8-10; II Tm

1.12

(D. W. Huckabee, Studies in Strong Doctrine, pgs. 371-383)

A doutrina da segurança do Crente é mal-entendida:

- Aplicando aos salvos passagens endereçadas a outros;

- Interpretando passagens aparte dos seus contextos;

- Mal interpretando passagens difíceis;

- Empregando passagens figurativas para formular uma doutrina.

(Shall Never Perish, pg.190. American Bible Conference Association, Philadelphia, 1936)

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XII A HARMONIA DA LEI COM O EVANGELHO

Cremos que as Escrituras ensinam que a lei de Deus é a norma eterna e imutável do Seu

governo moral1; que é santa, justa e boa

2; que atribui incapacidade aos homens decaídos

para cumprirem seus preceitos que provêm, unicamente, da natureza humana pecadora e

que ama o pecado 3; os livra da tal incapacidade e os restaura, através de um Mediador, a

uma obediência não fingida à santa lei. Este é um dos principais objetivos do Evangelho e

é um dos meios da graça ligados ao estabelecimento da igreja local e visível 4.

Introdução:

Existe entre a Lei e o Evangelho um relacionamento íntimo, mas ao mesmo tempo uma

grande diferença. Manejando os dois para eliminar as diferenças ou tratando-os,

injustamente, causam erros de grande proporção. Pelo homem ter um espírito natural de

aplicar a lei onde não deve (legalismo), mostra-nos a importância de decifrar as diferenças

entre a Lei e o Evangelho para depois entender a harmonia da Lei com o Evangelho.

Observem as diferenças: A Lei revela a ira de Deus; o Evangelho proclama a Paz; A Lei

convence-nos de culpa; o Evangelho traz a liberdade; onde a Lei pronuncia a sentença, o

Evangelho oferece o perdão; onde a Lei requer a satisfação somente pelo pagamento do

derradeiro ceitil (Lc 12.59), o Evangelho descobre que a satisfação foi inteiramente paga;

a Lei não conhece misericórdia, o Evangelho é só misericórdia. Na Lei se encontra

mandamentos, condições, ameaças e penalidades mas no Evangelho se encontra a graça

pura, a misericórdia compassiva e o perdão pleno.

1. Cremos que as Escrituras ensinam que a lei de Deus é a norma eterna e imutável do Seu

governo moral1; que é santa, justa e boa

2; que atribui incapacidade aos homens decaídos

para cumprirem seus preceitos que provêm, unicamente, da natureza humana pecadora e

que ama o pecado 3; os livra da tal incapacidade e os restaura, através de um Mediador, a

uma obediência não fingida à santa lei. Este é um dos principais objetivos do Evangelho e

é um dos meios da graça ligados ao estabelecimento da igreja local e visível 4.

Referências: Romanos 3.31, “Anulamos, pois, a lei pela fé? De maneira nenhuma,

antes estabelecemos a lei.”; Mateus 5.17; Lucas 16.17; Romanos 2.14,15; 3.20; 4.15.

Pelo direito da soberania e a excelência do Seu Ser, pelos Seus atributos de sabedoria,

bondade e onipotência, e pelo Seu ato de criar e dar vida ao homem, Deus Jeová deve ser

amado e obedecido pelas criaturas dEle. É uma obrigação natural que o Criador seja

honrado e amado pela Sua criação. Nada pode destruir tal obrigação dos seres racionais

amarem seu Deus (Is 64.8; Ml 1.6; Lc 16.17).

Essa lei é escrita no coração do homem para orientar as suas consciências. Ela será usada

para julgar os seus segredos (Rm 2.14-16). Esse julgamento condenará todo homem, pois a

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lei no coração convence-o do pecado (Rm 3.20) e pelo conhecimento do pecado a lei

manifesta a ira de Deus (Rm 4.15).

Os princípios da lei de amar a Deus acima de tudo e amar o nosso próximo são eternos e

imutáveis (Mc 12.29-31; Lc 16.17).

Quando a lei acusa a sua consciência do seu pecado por não obedecer à lei Divina, o que

você faz? Ignorar o pecado não resolve o problema. A única ação certa diante da lei é

confessar o pecado, deixando-o e crer, pela fé, no Salvador Jesus que veio cumprir a lei e

salvar os pecadores (Mt 5.17; Rm 3.22-24).

2. Cremos que as Escrituras ensinam que a lei de Deus é a norma eterna e imutável do Seu

governo moral1; que é santa, justa e boa

2; que atribui incapacidade aos homens decaídos

para cumprirem seus preceitos que provêm, unicamente, da natureza humana pecadora e

que ama o pecado 3; os livra da tal incapacidade e os restaura, através de um Mediador, a

uma obediência não fingida à santa lei. Este é um dos principais objetivos do Evangelho e

é um dos meios da graça ligados ao estabelecimento da igreja local e visível 4.

Referências: Romanos 7.12, “E assim a lei é santa, e o mandamento santo, justo e

bom.”; Romanos 7.7, 14, 22; Gálatas 3.21-24; Salmos 119.

A relação entre o Criador e a Sua criatura é manifesta pela lei do Criador. A lei não é uma

imposição caprichosa, ou seja, sem motivação razoável, mas existe pela relação entre Um,

O Criador, e o outro, a criatura (Ml 1.6; Rm 9.21).

A lei é de Deus, portanto não há nada na lei que não seja santa, justa ou boa (Sl 119; Rm

7.7-12). Pela lei ser santa e por exigir obediência perfeita, a fraqueza da lei está no homem

e não na lei (Rm 8.3). A lei não é contra a fé, mas pela lei somos ensinados que somos

pecadores e que ela conduz o pecador ao Salvador dos pecados, Jesus Cristo – Rm 7.13;

Gl 3.21-24.

3. Cremos que as Escrituras ensinam que a lei de Deus é a norma eterna e imutável do Seu

governo moral1; que é santa, justa e boa

2; que atribui incapacidade aos homens decaídos

para cumprirem seus preceitos que provêm, unicamente, da natureza humana pecadora e

que ama o pecado 3; os livra da tal incapacidade e os restaura, através de um Mediador, a

uma obediência não fingida à santa lei. Este é um dos principais objetivos do Evangelho e

é um dos meios da graça ligados ao estabelecimento da igreja local e visível 4.

Referências: Romanos 8.7,8, “Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra

Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser. Portanto, os que

estão na carne não podem agradar a Deus.”; Josué 24.19; Jeremias 13.23; João 6.44;

5.40,44; 15.4,5; Rm 8.3

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A incapacidade do homem pecador de amar a Deus e ao seu próximo como a si mesmo

não libera o homem de cumprir a lei, mas, pelo homem não cumprir a lei, ele está

condenado por ela. A criatura não tem direito de não amar o seu Criador (I Tm 1.5).

A natureza pecaminosa do homem é tão ligada a ele quanto a pele escura é ao etíope e

quanto as manchas são ao leopardo (Jr 13.23). Por isso, ele não pode ir a Deus (Jo 6.44),

não pode desejar a Deus (Jo 5.40) e não pode produzir nenhum fruto que agrade a Deus

(Jo 15.4,5; Rm 8.7,8). Por isso, o homem é condenado e precisa de um Salvador fora dele.

Esse Salvador é Jesus Cristo. Por Ele, o homem pode se conformar aos princípios eternos

e santos da lei. Assim, entendemos a harmonia da lei com o Evangelho.

4. Cremos que as Escrituras ensinam que a lei de Deus é a norma eterna e imutável do Seu

governo moral1; que é santa, justa e boa

2; que atribui incapacidade aos homens decaídos

para cumprirem seus preceitos que provêm, unicamente, da natureza humana pecadora e

que ama o pecado 3; os livra da tal incapacidade e os restaura, através de um Mediador, a

uma obediência não fingida à santa lei. Este é um dos principais objetivos do Evangelho e

é um dos meios da graça ligados ao estabelecimento da igreja local e visível 4

Referências: Romanos 8.2, “Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me

livrou da lei do pecado e da morte,” 4, “Para que a justiça da lei se cumprisse em nós,

que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito.”; Romanos 10.4; I

Timóteo 1.5; Hebreus 8.10; Judas 1.20,21; Hebreus 9.11-16; 12.14; Mateus 16.17,18; I

Coríntios 12.28; Atos 13.39; Efésios 3.6, 10, 11; 4.11-16.

A harmonia da lei com o Evangelho é, claramente, exposta na salvação. A lei revela a

pecaminosidade do homem e aponta ao único Salvador dado por Deus, Jesus Cristo (Rm

10.4; I Tm 1.5). O Evangelho é boas novas para aquele que conhece a condenação que a

lei manifesta. O Evangelho declara que há reconciliação com o Santo Deus (II Co 5.21), a

dívida está paga, a justiça possível para o pecador arrependido. O Evangelho declara, para

o pecador arrependido, que há regeneração, uma morada no céu, a esperança, a fé e toda e

qualquer outra graça necessária para viver, vitoriosamente, agora na nossa passagem pela

terra, e depois, todo o cuidado para levar o remido por Cristo para conhecer todas as

maravilhas da vida celestial no eterno porvir.

Cristo, pelo Espírito, se ofereceu a Si mesmo, para purificar a consciência do pecador

arrependido e ainda capacitá-lo a servir em sua vida terrestre ao Deus vivo (Hb 9.11-14).

Pela lei ser eterna o cristão a usa como guia e alicerce do seu serviço amoroso ao seu Deus

enquanto a sua confiança de não ter mais nenhuma condenação está no sangue de Cristo.

A lei de Deus para o cristão é um prazer segundo o homem interior (Rm 7.22, 25).

Essa prazerosa lei inclui a adoração pública no tipo de ajuntamento que Cristo instituiu

enquanto na terra (Hb 10.19-25).

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XIII. UMA IGREJA EVANGÉLICA

Cremos que as Escrituras ensinam que a igreja de Cristo é um grupo visível e local de

crentes batizados1, associados conforme o exemplo do Novo Testamento sob o pacto na fé

e na comunhão do Evangelho 2; observando as ordenanças de Cristo

3; governados por suas

leis 4; e exercendo os dons, direitos e privilégios que neles são investidos pela Sua palavra

5; que seus únicos oficiais bíblicos são bispos ou pastores, e diáconos (não permitindo que

as mulheres ensinem aos homens em qualquer hipótese) 6, as qualificações, direitos e

deveres dos oficiais da igreja sendo definidos nas Epístolas a Timóteo e a Tito7.

Introdução: A palavra ‘igreja’ tem sido usada por muitos de formas não neotestamentárias.

Ela não é o reino de Deus, nem a família de Deus, mas é o corpo de Cristo. Ela não

proporciona salvação, nem completa, sela, ou de outra forma aperfeiçoa a salvação. Ela é

importante para Deus e é importante na vida do cristão, mas não faz parte da salvação a

não ser que ela a proclame às nações. Queremos distinguir o que é uma igreja evangélica

neste estudo.

1. Cremos que as Escrituras ensinam que a igreja de Cristo é um grupo visível e local de

crentes batizados 1, associados conforme o exemplo do Novo Testamento sob o pacto na

fé e na comunhão do Evangelho 2; observando as ordenanças de Cristo

3; governados por

suas leis 4; e exercendo os dons, direitos e privilégios que neles são investidos pela Sua

palavra 5; que seus únicos oficiais bíblicos são bispos ou pastores, e diáconos (não

permitindo que as mulheres ensinem aos homens em qualquer hipótese) 6, as qualificações,

direitos e deveres dos oficiais da igreja sendo definidos nas Epístolas a Timóteo e a Tito 7.

Referências: I Coríntios 1.1-13, “Paulo (chamado apóstolo de Jesus Cristo, pela

vontade de Deus), e o irmão Sóstenes, 2 À igreja de Deus que está em Corinto, aos

santificados em Cristo Jesus, chamados santos, com todos os que em todo o lugar

invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso: 3 Graça e paz

da parte de Deus nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo. 4 Sempre dou graças ao meu

Deus por vós pela graça de Deus que vos foi dada em Jesus Cristo. 5 Porque em tudo

fostes enriquecidos nEle, em toda a palavra e em todo o conhecimento

6 (Como o testemunho de Cristo foi mesmo confirmado entre vós). 7 De maneira que

nenhum dom vos falta, esperando a manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo, 8 O

qual vos confirmará também até ao fim, para serdes irrepreensíveis no dia de nosso

Senhor Jesus Cristo. 9 Fiel é Deus, pelo qual fostes chamados para a comunhão de

seu Filho Jesus Cristo nosso Senhor. 10 Rogo-vos, porém, irmãos, pelo nome de nosso

Senhor Jesus Cristo, que digais todos uma mesma coisa, e que não haja entre vós

dissensões; antes sejais unidos em um mesmo pensamento e em um mesmo parecer.

11 Porque a respeito de vós, irmãos meus, me foi comunicado pelos da família de

Cloé que há contendas entre vós. 12 Quero dizer com isto, que cada um de vós diz:

Eu sou de Paulo, e eu de Apolo, e eu de Cefas, e eu de Cristo. 13 Está Cristo dividido?

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foi Paulo crucificado por vós? ou fostes vós batizados em nome de Paulo?”Mateus

18.17; Atos 5.11; 8.1; 11.21-23; I Coríntios 4.17; 14.26; I Timóteo 3.5.

Convêm termos clareza do que é uma igreja de Cristo. Como foi enfatizado na introdução,

ela não é salvação. Todavia, por ela o cristão obedece ao seu Senhor e Salvador aqui na

terra. Quem é temente a Deus desejará agradá-Lo conforme as Suas instruções. Obedecer,

escrituristicamente, necessita de conhecimento das Escrituras e as Escrituras fazem

distinção entre a família de Deus, o reino de Deus e a igreja de Deus.

A FAMÍLIA DE DEUS - A família de Deus inclui todos os filhos de Deus no céu e na

terra. Em Efésios 3.15, Paulo diz: “toda a família nos céus e na terra.” Esta família inclui

todos os crentes. “Porque todos sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus,” (Gálatas

3.26).

Todos os crentes são filhos de Deus. Os santos do Velho Testamento foram salvos pela fé

em Cristo (Atos 10.43, Romanos 4.16). Isto implica que todos eles são filhos de Deus, ou

seja, membros da família de Deus.

A família de Deus é maior do que o reino ou a igreja de Deus, pois ela contém todos os

salvos, desde Adão até o último homem que crê, quer no céu ou na terra. Deus só tem uma

família. Todos os crentes (os salvos, nascidos de Novo) são filhos e herdeiros de Deus

(Rm 8.16, 17; I Jo 3.1)

O REINO DE DEUS – Há um Reino de Deus evidente, agora, nos salvos da terra. Este

reino começou com o ministério terrestre de Cristo (Lc 16.16). Mesmo que este reino

tenha aspectos espirituais (Rm 14.17; Jo 3.3-5; 18.36; Mt 11.11), é Deus reinando nas

vidas dos Seus na terra entre os incrédulos (Cl 1.13). Este reino é composto de todos os

salvos vivos sobre a terra. Há um Reino de Deus quando Deus literal e fisicamente reinará

sobre todos os salvos e não salvos, mas este será durante o milênio, um fato que coloca

este reino ainda no futuro (Daniel 2.44; Lucas 9.11-27; Atos 1.6).

Há também um Reino de Deus, que se chama reino espiritual. Este reino é composto

apenas daqueles que nasceram de novo, os quais foram tirados “da potestade das trevas, e

nos transportou para o reino do Filho do Seu amor” (Cl 1.13; João 3.3-5, “aquele que não

nascer de novo não pode ver (nem entrar) no reino de Deus”). Em Mateus 18.1-14 e em

Marcos 10.13-15, o Mestre mostra, claramente, que este reino é composto só daqueles que

O receberam, quer no céu ou na terra. Dessa maneira, neste Reino de Deus espiritual,

Deus já reina nos Seus agora, reinará sobre estes no milênio e quando existirem os novos

céus e a nova terra. Mas o Reino de Deus que começou com Cristo (Lc 16.16) é agora

evidente nas vidas dos cristãos, na terra. Este Reino de Deus inclui parte da família de

Deus que está na terra, agora.

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A IGREJA DE DEUS – “Paulo ... a igreja de Deus QUE ESTÃ EM CORINTO” (I

Coríntios 1.1-3). “VÓS (a igreja em Corinto) SOIS O CORPO DE CRISTO” (I Coríntios

12.27). “E todos os dias acrescentava o Senhor às igrejas aqueles que se haviam de

salvar,” (Atos 2.47).

A igreja de Deus foi usada pouquíssimas vezes como uma instituição, por exemplo, a

igreja de Deus em Corinto (I Coríntios 1.2) e em Mt 16.18, um uso tanto institucional

quanto local.

A igreja local é o único tipo de igreja que Deus tem na terra, hoje. Há somente uma

família de Deus, composta de todos os redimidos de todos os tempos, no céu e na terra. Há

somente um reino de Deus, composto de todos os que nasceram de novo e que estão na

terra, agora. Há milhares de igrejas (Batistas) de Deus na terra. Cada Igreja Batista,

individualmente, é uma igreja de Deus. Nenhuma outra é.

Quando uma pessoa nasce de novo, nasce na família de Deus e faz parte desta família para

sempre. O relacionamento não muda. Quer esteja no céu ou na terra ela faz parte da

família de Deus. Quando uma pessoa nasce de novo, entra também no Reino de Deus que

está na terra, agora, e vista pelas vidas destas pessoas salvas. Este relacionamento é

durante a vida na terra. Ao morrer, essa pessoa passa do Reino de Deus na terra para o

“Seu reino celestial” (II Timóteo 4.18). Após ter nascido de novo, esta pessoa ainda não

faz parte da igreja de Deus, mas é candidata para ser admitida na igreja de Deus. “E todos

os dias acrescentava o Senhor à igreja os que se haviam de salvar,” (Atos 2.47).

Ser membro da igreja NÃO é uma coisa que se consiga com a salvação, mas é uma

benção que se segue à salvação ao ser acrescentado à igreja. O batismo NÃO é essencial

para a admissão nem na família nem no reino de Deus: mas o batismo é essencial para ser

membro numa igreja neotestamentária.

Os homens nascem na família e no reino de Deus: mas são batizados numa igreja de Deus,

I Coríntios 12.13. Aquilo ao qual Paulo se refere em I Coríntios 12.13, “Um corpo”, era a

igreja de Deus em Corinto. Assim, em I Coríntios 12.27, Paulo ensina: “Vós sois o corpo

de Cristo, e seus membros em particular”, pois cada igreja verdadeira, visível e local, é o

corpo de Cristo. Também devemos entender que o Espírito Santo não batizou a Igreja em

Corinto nem foi Ele o elemento no qual foram batizados. Quando Paulo diz: “todos nós

fomos batizados em um Espírito”, ele ensina que o Espírito guiou a igreja local em Corinto

a batizar na água os que foram salvos pela obra do Espírito. O mesmo Espírito que salva o

pecador leva a igreja a batizar o mesmo na água. A igreja foi batizada pelo Espírito Santo

no dia de Pentecostes, e o mesmo Espírito opera para que a igreja local batize na água os

que Ele traz a Cristo.

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O CORPO - Aquela igreja local em Corinto era o corpo de Cristo. Jesus Cristo tem só um

tipo de Igreja ou corpo nesta terra, e este é a assembléia local - o corpo organizado de

crentes batizados em qualquer comunidade.

VISÍVEL OU INVISÍVEL - Joseph Cross diz: Ouvimos muito sobre a Igreja invisível

como uma distinção da igreja visível. Sobre uma Igreja Invisível neste mundo não sei

nada, a Palavra de Deus não diz nada, nem coisa deste tipo pode existir.

A igreja é um corpo; mas que tipo de corpo é este que não pode ser visto nem

identificado? Um corpo é um organismo que ocupa espaço e tem um lugar definido.

Um mero agrupamento NÃO é um corpo; deve haver também organização. Um bocado de

cabeças, pés, mãos e outros membros não formam um corpo; é necessário que estejam

unidos em um sistema, cada um no seu lugar próprio e todos unidos em harmonia por uma

vida em comum.

Do mesmo modo uma coleção de pedras, tijolos e madeiras não é uma casa; a matéria

deve ser trabalhada em ordem artística e adaptada para ser um edifício útil.

O mesmo acontece com uma coleção aleatória de raízes, troncos e galhos. O mero

ajuntamento destes não pode ser chamado uma árvore. Todas as partes devem se

desenvolver, de acordo com as leis da natureza, da mesma semente e nutrida pela mesma

seiva vital para ser uma árvore.

Os membros de um corpo espalhados num campo de batalha não formam um corpo. O

material de uma casa na floresta ou pedreira não é uma casa. Estes membros e este

material devem ser colocados num lugar, antes de se ter um corpo ou uma casa. Do mesmo

jeito o salvo ou um mero grupo de salvos não é uma Igreja, a menos que sejam reunidos e

organizados ou feitos num corpo ou numa casa de Deus.

Não há e nem pode haver instituição tal como uma igreja universal invisível nesta terra,

composta de todos os salvos, porque estes não têm sido reunidos, ordenadamente. O dia

virá quando todos os salvos serão ajuntados no céu, mas, mesmo assim será um

ajuntamento visível e local.

Quando o Senhor Jesus Cristo e Paulo falaram sobre crentes batizados de um aspecto

maior do que uma Igreja local, ELES SEMPRE DISSERAM ICREJAS. Não havia

confusão entre eles por usarem o plural, embora haja confusão a este respeito nos dias de

hoje.

TORNE A DISTINÇÃO CLARA - Mais uma vez, tentamos fazer a distinção bem clara.

A família de Deus é composta de todos os salvos no céu e na terra. Os santos do Velho

Testamento fazem parte também da família de Deus.

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Todos os crentes NA TERRA em qualquer época, desde os dias de João o Batista (Lucas

16.16) compõem o Reino de Deus.

Qualquer crente verdadeiro, em qualquer igreja quer católicos, protestantes, batistas ou

que não são membros de Igreja na terra, fazem parte do reino, pois se são crentes

verdadeiros, nasceram de novo. Todavia, somente os salvos batizados conforme as

Escrituras são membros das Igrejas (batistas) de Cristo – Boyce Taylor com adaptações.

Você já nasceu de novo? Você faz parte da família de Deus? Se você já conhece o

arrependimento dos pecados e fé em Cristo, já faz parte do Reino de Deus.

Se não é membro de uma igreja (Batista) de Deus, porque não pedir para ser batizado

numa igreja Batista neotestamentária local, agora?

2. Cremos que as Escrituras ensinam que a igreja de Cristo é um grupo visível e local de

crentes batizados 1, associados conforme o exemplo do Novo Testamento sob o pacto na fé

e na comunhão do Evangelho 2; observando as ordenanças de Cristo

3; governados por

suas leis 4; e exercendo os dons, direitos e privilégios que neles são investidos pela Sua

palavra 5; que seus únicos oficiais bíblicos são bispos ou pastores, e diáconos (não

permitindo que as mulheres ensinem aos homens em qualquer hipótese) 6, as qualificações,

direitos e deveres dos oficiais da igreja sendo definidos nas Epístolas a Timóteo e a Tito 7.

Referências: Atos 2.41-42, “De sorte que foram batizados os que de bom grado

receberam a Sua palavra; e naquele dia agregaram-se quase três mil almas, 42 E

perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas

orações.” I Coríntios 5.12,13; Atos 11.23

O exemplo que uma igreja neotestamentária segue não é a nação de Israel, mas o Novo

Testamento. A comunhão que existe nas igrejas neotestamentárias é por crerem no mesmo

Salvador, Jesus Cristo (I Jo 1.1-3).

3. Cremos que as Escrituras ensinam que a igreja de Cristo é um grupo visível e local de

crentes batizados 1, associados conforme o exemplo do Novo Testamento sob o pacto na fé

e na comunhão do Evangelho 2; observando as ordenanças de Cristo

3; governados por

suas leis 4; e exercendo os dons, direitos e privilégios que neles são investidos pela Sua

palavra 5; que seus únicos oficiais bíblicos são bispos ou pastores, e diáconos (não

permitindo que as mulheres ensinem aos homens em qualquer hipótese) 6, as qualificações,

direitos e deveres dos oficiais da igreja sendo definidos nas Epístolas a Timóteo e a Tito 7.

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Referências: I Coríntios 11.2, “E louvo-vos, irmãos, porque em tudo vos lembrais de

mim, e retendes os preceitos como vo-los entreguei.” I Coríntios 11.23-26 (a Ceia do

Senhor); Colossenses 2.6,7; Mateus 28.19,20 (Batismo neotestamentário).

4. Cremos que as Escrituras ensinam que a igreja de Cristo é um grupo visível e local de

crentes batizados 1, associados conforme o exemplo do Novo Testamento sob o pacto na fé

e na comunhão do Evangelho 2; observando as ordenanças de Cristo

3; governados por

suas leis 4; e exercendo os dons, direitos e privilégios que neles são investidos pela Sua

palavra 5; que seus únicos oficiais bíblicos são bispos ou pastores, e diáconos (não

permitindo que as mulheres ensinem aos homens em qualquer hipótese) 6, as qualificações,

direitos e deveres dos oficiais da igreja sendo definidos nas Epístolas a Timóteo e a Tito 7.

Referências: Mateus 28.20, “Ensinando-os a guardar todas as coisas que Eu vos tenho

mandado; e eis que Eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos.

Amém.” João 14.15; 15.12-14; I João 4.21; João 14.21; I Tessalonicenses 4.2-7; Tito 2.7-

10; II João 6; Gálatas 6.2.

Estas leis de Cristo, obedecidas por um coração cheio de amor e gratidão, incluem o

dízimo, a frequência fiel aos cultos da igreja, oração uns pelos outros, perdão, santificação

pessoal, evangelização dos perdidos, cultos domésticos, e honra ao pastor entre outras.

5. Cremos que as Escrituras ensinam que a igreja de Cristo é um grupo visível e local de

crentes batizados 1, associados conforme o exemplo do Novo Testamento sob o pacto na fé

e na comunhão do Evangelho 2; observando as ordenanças de Cristo

3; governados por

suas leis 4; e exercendo os dons, direitos e privilégios que neles são investidos pela Sua

palavra 5; que seus únicos oficiais bíblicos são bispos ou pastores, e diáconos (não

permitindo que as mulheres ensinem aos homens em qualquer hipótese) 6, as qualificações,

direitos e deveres dos oficiais da igreja sendo definidos nas Epístolas a Timóteo e a Tito 7.

Referências: Efésios 4.7, “Mas a graça foi dada a cada um de nós segundo a medida

do dom de Cristo.” I Coríntios 14.12; I Coríntios 12.14-18; Filipenses 1.27; Romanos

1.17;

Os dons, que estão em vigência, agora, incluem os ministérios de (Rm 12.5-8) repartir,

presidir, exercer misericórdia; (Ef 4.11-12) profecia, ou evangelistas, pastores, doutores.

Os direitos e privilégios dos membros deste tipo de igreja são: votação (At 1.26; 9.26,27;

Mt 18.15-20); cuidado pastoral (Ef 4.11-16).

6. Cremos que as Escrituras ensinam que a igreja de Cristo é um grupo visível e local de

crentes batizados 1, associados conforme o exemplo do Novo Testamento sob o pacto na fé

e na comunhão do Evangelho 2; observando as ordenanças de Cristo

3; governados por

suas leis 4; e exercendo os dons, direitos e privilégios que neles são investidos pela Sua

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palavra 5; que seus únicos oficiais bíblicos são bispos ou pastores, e diáconos (não

permitindo que as mulheres ensinem aos homens em qualquer hipótese) 6, as

qualificações, direitos e deveres dos oficiais da igreja sendo definidos nas Epístolas a

Timóteo e a Tito 7.

Referências: Filipenses 1.1, “1 ¶ Paulo e Timóteo, servos de Jesus Cristo, a todos os

santos em Cristo Jesus, que estão em Filipos, com os bispos e diáconos:” Atos 14.23;

15.22; 20.28; I Timóteo 3.1-5, 9-15; I Coríntios 14.33-35; Efésios 4.11-16.

7. Cremos que as Escrituras ensinam que a igreja de Cristo é um grupo visível e local de

crentes batizados 1, associados conforme o exemplo do Novo Testamento sob o pacto na fé

e na comunhão do Evangelho 2; observando as ordenanças de Cristo

3; governados por

suas leis 4; e exercendo os dons, direitos e privilégios que neles são investidos pela Sua

palavra 5; que seus únicos oficiais bíblicos são bispos ou pastores, e diáconos (não

permitindo que as mulheres ensinem aos homens em qualquer hipótese) 6, as

qualificações, direitos e deveres dos oficiais da igreja sendo definidos nas Epístolas a

Timóteo e a Tito 7.

Referências: I Timóteo 3.1-13; Tito 1.5-9.

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XIV. AS DUAS ORDENANÇAS

O que significa uma ordenança? Regulamento, lei; decreto - Aurélio (ordenação) ou

uma cerimônia divina que, simbolicamente, ensina uma verdade - D.W. Huckabee. A

palavra ordenança é usada na Bíblia em: Rm 13.2 - palavra grega (#1296) que significa:

arrumar em ordem, institucionalizar. Tradução para o português: ordenação de Deus; Lu

1.6; Hb 9.10 - Grego (#1345): decisão justa; estatuto. Português: preceito, ordenação,

justificação;Ef 2.15; Cl 2.14 - Grego (#1378): lei. Português: ordenação; Cl 2.20 - Grego

(#1379): submeter-se às leis em particular. Português: ordenação; I Coríntios 7.19;

Hebreus 7.18 - Grego (#1785): ordem, intimação, rogar com insistência. Português:

mandamento.

O Número de Ordenanças: Os Batistas, desde Cristo, mantiveram a existência de

somente duas ordenanças: 1 O Batismo, e 2. A Ceia do Senhor. Existem batistas que

incluem a lavagem dos pés ou o uso do véu, pelas mulheres, como se estas coisas fossem

ordenanças, porém são poucos os versículos que se referem a estas práticas e o exemplo

deixado pelas igrejas neo-testamentárias não indica que devem ser incluídas como

ordenanças.

A Origem das Ordenanças: As ordenanças não foram desenvolvidas com o passar dos

anos, nem foram inventadas pelos apóstolos, mas foram dadas pelo Fundador da igreja,

Jesus Cristo (Mt 28.18; Lu 22.19; I Co 11.24).

O BATISMO CRISTÃO

1. Cremos que as Escrituras ensinam que o batismo cristão é a imersão do crente em

Cristo na água 1, em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo

2; o que demonstra, em

solene e belo emblema, a sua fé no Salvador crucificado, sepultado e ressurrecto, com seu

efeito, representando a sua morte para o pecado e a sua ressurreição para uma nova vida 3;

que o batismo neotestamentário é condição prévia para os privilégios da comunhão da

igreja e da Ceia do Senhor 4.

At 8.36-39, “ E, indo eles caminhando, chegaram ao pé de alguma água, e disse o

eunuco: Eis aqui água; que impede que eu seja batizado? 37 E disse Filipe: É lícito,

se crês de todo o coração. E, respondendo ele, disse: Creio que Jesus Cristo é o Filho

de Deus. 38 E mandou parar o carro, e desceram ambos à água, tanto Filipe como o

eunuco, e o batizou. 39 E, quando saíram da água, o Espírito do Senhor arrebatou a

Filipe, e não o viu mais o eunuco; e, jubiloso, continuou o seu caminho.”; Mt 3.5-9; Jo

3.22,23; 4.1,2; Mt 28.19; Mc 16.16; At 2.38; 8.12; 16.32-34; 18.8.

Definição do Batismo:

a) Em grego, ‘baptizo’, traduzida como ‘batismo’ em português, é somente usada em

conexão com a ordenança do batismo.

b) A palavra batismo em português origina-se da palavra ‘baptizo’ que significa em grego:

ser tomado por completo; mergulhar, imergir, submergir, (Strongs, #907).

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c) A palavra ‘baptizo’, por sua vez, origina-se da palavra grega ‘bapto’ que significa ser

coberto por completo; mergulhar, imergir; por exemplo, tingir, (Strongs, #911)

d) Há outras palavras gregas que significam ‘lavar’, ‘aspergir’, ‘molhar’, ‘derramar’, e

‘purificar’, mas nunca foram usadas, em nenhum caso, em relação à ação de batizar ou

em relação à doutrina do batismo no Novo Testamento.

e) Todos os batismos no Novo Testamento e os relacionados pelos historiadores por vários

séculos depois do término da Bíblia mostram que a imersão do corpo inteiro era o que

Cristo havia ensinado.

f) Os estudiosos não religiosos da língua grega sempre concordaram que Baptizo significa

imersão ou, de uma maneira ou de outra, colocar dentro ou embaixo de água (W. A.

Jarrell, D.D, Baptizo-Dip-Only, p. 4).

g) Os estudiosos religiosos da língua grega dentro das igrejas Presbiteriana, Anglicana,

Congregacional, Metodista e Católica Romana concordam que o significado principal

da palavra Baptizo é imergir ou, de alguma maneira, colocar dentro ou embaixo de água

(W. A. Jarrell, D.D, Baptizo-Dip-Only, p. 8,9).

Jesus explicou que só os crentes devem ser batizados : Mar. 16.16, “Quem crer e for

batizado....mas quem não crer”. O exemplo bíblico dos que foram batizados no Novo

Testamento foram os que, primeiramente, justificaram a Deus: At 2.41, “...foram batizados

os que de bom grado receberam a Sua palavra;...”; Gl 3.27, “todos batizados...já vos

revestistes de Cristo.”; Eunuco (At 8.36-38); Coríntios (At 18.8); (Éfeso) At 19.1,5. De

Deus vem a verdade e a Vida. Procure essa vida nova de Deus por intermédio de Cristo!

O sangue antecede a água. A salvação se dá primeiramente. “Não ensinamos que o

batismo é essencial para a salvação, pelo contrário, que a salvação é essencial ao

batismo” J. R. Graves, O BATISMO ESTRANHO E OS BATISTAS, citado por W. M.

Nevins

2. Cremos que as Escrituras ensinam que o batismo cristão é a imersão do crente em

Cristo na água 1, em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo

2; o que demonstra, em

solene e belo emblema, a sua fé no Salvador crucificado, sepultado e ressurrecto, com seu

efeito, representando a sua morte para o pecado e a sua ressurreição para uma nova vida 3;

que o batismo neotestamentário é condição prévia para os privilégios da comunhão da

igreja e da Ceia do Senhor 4

Mt 28.19, “Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do

Pai, e do Filho, e do Espírito Santo”; At 10.47-48; Gl 3.27,28.

Batizando “em nome” de alguém, quer dizer que tal batismo está de acordo com os

mandamentos, autoridade, ensino, exemplo, ou vontade daquele cujo “nome” é usado. Por

isso os apóstolos batizaram “em nome de Jesus” (At 2.38; 19.4, 5; Rm 6.3), pois Jesus é a

glória do Pai encarnado, por Quem o Pai é glorificado (Jo 12.28) e cujo ministério foi pelo

Espírito Santo (Jo 3.34). Portanto, os discípulos quando batizavam “em nome de Jesus”

era igual a batizar no “nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo”. Para não criar

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confusão é aconselhável, hoje, usar os títulos da trindade na fórmula do batismo.

3. Cremos que as Escrituras ensinam que o batismo cristão é a imersão do crente em

Cristo na água 1, em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo

2; o que demonstra, em

solene e belo emblema, a sua fé no Salvador crucificado, sepultado e ressurrecto, com seu

efeito, representando a sua morte para o pecado e a sua ressurreição para uma nova vida 3;

que o batismo neotestamentário é condição prévia para os privilégios da comunhão da

igreja e da Ceia do Senhor 4

Rm 6.4, “De sorte que fomos sepultados com Ele pelo batismo na morte; para que,

como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós

também em novidade de vida.”; Cl 2.12; I Pe 3.20,21; At 22.16.

O batismo simboliza o Salvador – Cristo I Co 15.3-6; II Co 5.21. Sua obediência. Fp

2.8; Sua morte pelos pecados. Rm 5.8; Seu sepultamento. I Co 15.3-6; Sua ressurreição

vitoriosa. I Co 15.20

O batismo simboliza o Candidato - O Cristão Rm 6.1-11; Cl 2.8-23 (v. 12, 20). Sua

desobediência - v.6, “o nosso homem velho” “o corpo do pecado”, Ef 4.22, “trato

passado...velho homem”; Sua morte com Cristo pelos pecados - v.4, “sepultados com Ele

pelo batismo na morte”; v.6, “foi com Ele crucificado”; Cl 3.3, “Porque já estais mortos”.

Mortos ao poder e penalidade do pecado na nossa lógica, nossos hábitos de língua,

vestimenta, à uma submissão completa à Palavra de Deus; Sua ressurreição espiritual

agora, e na segunda vinda de Cristo, a sua ressurreição corporal e literal - v.4, “para que,

como Cristo ressuscitou dos mortos...assim...nós também..”; v.5, “também o seremos na

da Sua ressurreição”; v.8, “também com Ele viveremos”; v.11, “mas vivos para Deus”; Gl

2.20, “crucificado...e vivo”; Cl 3.1, “Portanto, se já ressuscitastes com Cristo”; Sua vida

nova obediente na terra. Seu testemunho - v.10, “quanto a viver, vive para Deus.”; v.11,

“vivos para Deus em Cristo Jesus nosso Senhor.”; Gl 2.20, “vivo-a na fé”; Gl 5.24,25,

“crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências ... andemos também em

Espírito”; Cl 3.1, “buscai as coisas que são de cima”. O desejo é ter a imagem de Cristo

na vida.

4. Cremos que as Escrituras ensinam que o batismo cristão é a imersão do crente em

Cristo na água 1, em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo

2; o que demonstra, em

solene e belo emblema, a sua fé no Salvador crucificado, sepultado e ressurrecto, com seu

efeito, representando a sua morte para o pecado e a sua ressurreição para uma nova vida 3;

que o batismo neotestamentário é condição prévia para os privilégios da comunhão da

igreja e da Ceia do Senhor 4

At 2.41,42, “De sorte que foram batizados os que de bom grado receberam a Sua

palavra; e naquele dia agregaram-se quase três mil almas, 42 E perseveravam na

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doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações.”; At 2.47;

Mt 28.19,20.

“Que fique entendido que os Batistas não negam que membros de outras denominações

são salvos. Só afirmam que eles não têm recebido um batismo válido”. (T.P. Simmons,

p.399 - Edição em Inglês)

A CEIA DO SENHOR

O Que a Ceia NÃO É Não é um sacramento. No Catecismo Católico é dito que: “Um sacramento é um sinal

visível ou ação instituída por Cristo para dar graça” ou seja, uma obra do homem e da

igreja que gera graça salvadora. Deve ser lembrado que a Graça de Deus por Cristo é dada

ao pecador sem mérito algum (imerecida). Rm 6.23, ensina que a vida eterna da salvação

é “o dom gratuito de Deus é...”. Rm 3.24, ensina que os salvos foram “justificados

gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus”. Paulo lembra a

Timóteo que “Cristo...veio ao mundo, para salvar os pecadores” (I Tm 1.15). Deve-se

lembrar que a Graça de Deus por Cristo é sem obras, Rm 11.6. “Mas se é por graça, já

não é pelas obras;...”; Ef 2.8,9; II Tm 1.9; Tt 3.5,6. Portanto, a ceia do Senhor não é um

sacramento.

Não é um sacrifício real (atual). Dizer que a ceia é mais que uma representação, ou

símbolo é dar à ceia mais do que a Bíblia ensina. Transubstanciação é invenção romana

que “só foi feita uma doutrina firme para a Igreja Romana em 1215 d.C.” (Doutrina

Católica na Bíblia, p.31.). A ceia para os Católicos ensina que: “na missa, no momento em

que o sacerdote pronuncia as palavras de consagração do pão e do vinho, estes elementos

mudam no sagrado corpo e sangue de Cristo” - Vincent Hornyold (por T.P. SIMMONS,

p.467,468). Porém, Cristo fala palavras que “são espírito e vida” - Jo 6.63. Os Católicos

levam isto literalmente. Mas é para ser entendido espiritualmente. (v. 63, “a carne para

nada aproveita”).

Se alguém já tem Cristo como seu Salvador pessoal pela fé, ele, espiritualmente, comeu da

Sua carne, e bebeu do Seu sangue.

Mt 26.28, “É Meu sangue, o sangue do novo testamento, que é derramado por muitos, para

remissão dos pecados.” Aqui, Cristo estava presente, literalmente, quando falou estas

palavras. Como então o pão pode ser Ele? Ou o suco o Seu sangue?

Jo 6.47,53-58 Se ainda não entrou em Cristo pela fé, ainda está sem Cristo, sem vida

eterna. Para ter vida eterna é necessário crer em Cristo! Isto é comer da Sua carne e beber

do Seu sangue. v. 63

A Ceia Não é uma repetição do sacrifício de Cristo. Um sacerdote qualquer não pode

repetir ou acrescentar a expiação feita já uma vez por Cristo. Hb 9.28, “oferecendo-Se

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uma vez”; 10.9-18, v. 10, “feita uma vez”; v. 12, “oferecido para sempre um único

sacrifício”; v. 14, “Uma só oblação”; v. 18, “Não há mais oblação pelo pecado.”; Ver

também: Rm 6.9,10; Hb 7.27; I Pe 3.18. No Velho Testamento, os sacerdotes estavam “de

contínuo” “junto ao altar”, pois representavam Cristo sempre diante do Pai, ministrando

para os Seus. Os sacerdotes do Novo Testamento deviamm pregar o “Evangelho” não

crucificá-Lo, continuamente: I Co 9.13,14. A cerimônia do Velho Testamento aponta para

Cristo. Uma vez que Ele já cumpriu o que apontava para Ele, devemos deixar a cerimônia

do Velho Testamento e confiar pela fé na Sua obra pelo pecador arrependido (Hb 10.9,

“Tira o primeiro, para estabelecer o segundo”). A Ceia simboliza essa obra de Cristo e “O

Justo viverá da fé”, Hb 10.38 (Hb 11.6; Rm 5.1).

Cristo já Se ofereceu fazendo salvação por muitos. Se você não está nEle, não espere Ele

vir e se oferecer uma outra vez. A próxima vez que Ele vier, virá como juiz. A primeira vez

veio como Salvador. Crê já em Cristo! Entra já nEle se arrependendo dos seus pecados.

5. Cremos que as Escrituras ensinam que, na ceia do Senhor, o pão ázimo e o fruto da

vide representam o corpo e o sangue do Cristo, da qual participam somente os membros

da igreja reunida para esse fim 5, em comemoração à morte do seu Senhor, demonstrando

sua fé e sua participação nos méritos do Seu sacrifício, sua dependência quanto à vida e à

nutrição espiritual, e sua esperança de vida eterna por meio de sua ressurreição dentre os

mortos 6; sendo que essa observância deve ser precedida de fiel auto-exame

7.

I Coríntios 11.33, “Portanto, meus irmãos, quando vos ajuntais para comer, esperai

uns pelos outros.”; Mt 26.20; Mc 14.17; Lu 22.14; I Co 5.11-13.

O pão – I Co 11.23,24. Pães ázimos, aquele usado na festa da Páscoa (Mt 26.19; Êxodo

12.8). Representa o corpo e vida imaculados de Cristo que fez Ele ser propício como

substituto do pecador que se arrepende e crê pela fé nEle. Pela levedura representar pecado

pela Bíblia, não se deve usar pão levedado, pois Jesus nunca pecou.

O Fruto da Vide – Mt 11.27-29. Representa a preciosidade da vida que foi dada, o Justo

pelo injusto, para levar-nos a Deus (I Pe 3.18). Pela levedura representar pecado na Bíblia,

não se deve usar o vinho levedado, pois Jesus nunca pecou.

A Ceia deve ser tomada somente pelos membros da igreja que a estão observando. O

nosso exemplo é de Cristo quando instituiu a Ceia somente com Seus discípulos, os 11

(Mt 26.25-30; Mar 14.20-26; Lc 22.17-20; Jo 13.21-30, observe que Judas, junto com os

doze na ceia da páscoa, saiu logo que tomou o bocado, deixando os onze com Jesus

quando instituiu a ceia do Senhor).

É fato que tinha outros crentes de Jesus na cidade, mas a ceia foi só com os onze fiéis.

Tinha em Jerusalém, por exemplo, a mãe de Jesus, o dono do cenáculo, e outros

seguidores de Jerusalém: Nicodemus, o cego curado (Jo 9). Naquela época de Páscoa,

havia muitos judeus em Jerusalém.

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A Ceia tomada somente pelos membros participantes dela é prática. Só temos confiança

que estamos observando a ceia como o Senhor a observou se estivermos observando-a

com os discípulos. Não podemos discernir sobre os membros das outras igrejas se eles são

verdadeiros discípulos ou não.

I Co 11.31, “se nós nos julgássemos a nós mesmos”; 5.11, “com o tal nem ainda comais”;

5.12, “Porque, que tenho eu em julgar também os que estão de fora? Não julgais vós os

que estão dentro?”; Jo 13.30, Judas “saiu logo” e não participou do memorial da ceia que

Cristo instituiu.

Se alguém não está ajustado para estar na igreja, ajustado não está para

participar da ceia do Senhor.

Observar a Ceia somente com os membros participando dela está na ordem correta das

doutrinas para a Igreja que Cristo estabeleceu. At 2.41,42. Primeiro veio a Fé. Depois

disso veio o Batismo e isso fez com que pudessem ser agregados à igreja, ou seja, ter

comunhão com a igreja. Somente depois disso, podiam participar da Ceia e das orações

Podem pessoas de crenças diversas estar juntas, mas “não é para comer a ceia do Senhor.”

I Co 11.19,20

6. Cremos que as Escrituras ensinam que, na ceia do Senhor, o pão ázimo e o fruto da

vide representam o corpo e o sangue do Cristo, da qual participam somente os membros da

igreja reunida para esse fim 5, em comemoração à morte do seu Senhor, demonstrando sua

fé e sua participação nos méritos do Seu sacrifício, sua dependência quanto à vida e à

nutrição espiritual, e sua esperança de vida eterna por meio de sua ressurreição dentre os

mortos 6; sendo que essa observância deve ser precedida de fiel auto-exame

7.

I Co 11.26, “Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice

anunciais a morte do Senhor, até que venha.”; Mt 26.26-29; Mc 14.22-25; Lu 22.14-20;

Rm 6.5-23.

“E, quando comiam, Jesus tomou o pão, e abençoando-o, o partiu, e o deu aos discípulos, e

disse: Tomai, comei, isto é o meu corpo” - Mt 26.26.

Na instituição da ceia houve um significado em cada ação. O próprio pão é um emblema

apropriado do corpo de Cristo. Pão é comida; Cristo é a comida para os nossos espíritos –

Jo 6.55. Podem ser aprendidas lições no modo como o pão é preparado. O grão de trigo é

esmagado e quebrado, e depois o pão é assado no fogo antes que esteja pronto para ser

útil. Assim Cristo morreu, o Seu corpo foi ferido, moído, e partido. Ele foi exposto ao fogo

de fortes e grandes sofrimentos antes que pudesse ser a comida e vida das nossas almas - J.

R. Miller D.D.

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Quando o cristão toma o pão, significa um ato de fé pela qual o próprio Cristo é recebido.

Ele Se dá; nós O recebemos. A salvação não é experimentada apenas por Cristo que Se

deu na cruz pelos pecadores arrependidos. A salvação também não é conhecida por saber

que Cristo oferece em Suas mãos perfuradas as bênçãos da salvação. Apenas essas

maravilhosas ações de amor e graça não nos salvam se não forem aplicadas em nossas

vidas. A fé deve operar, pois ela é a mão que toma para si tudo que Cristo amorosa e

graciosamente fez e oferece a todo aquele que nEle crê pela fé. Como o pão nutre somente

aqueles que o comem, assim o pecador arrependido tem que receber Cristo pela fé para a

salvação da sua alma. Como o pecador é salvo pela fé, assim o cristão é alimentado na sua

vida espiritual, comendo constantemente do Pão pela fé viva manifesta na obediência da

Palavra - J. R. Miller D.D.

7. Cremos que as Escrituras ensinam que, na ceia do Senhor, o pão ázimo e o fruto da vide

representam o corpo e o sangue do Cristo, da qual participam somente os membros da

igreja reunida para esse fim 5, em comemoração à morte do seu Senhor, demonstrando sua

fé e sua participação nos méritos do Seu sacrifício, sua dependência quanto à vida e à

nutrição espiritual, e sua esperança de vida eterna por meio de sua ressurreição dentre os

mortos 6; sendo que essa observância deve ser precedida de fiel auto-exame

7.

I Co 11.28, “Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma deste pão e beba

deste cálice.”; I Co 5.1,8; 11.17-34; Jo 6.26-71.

O partir do pão também é significante porque ele denota o corpo de Cristo sendo quebrado

na cruz. Nunca devemos esquecer, enquanto nos deliciamos com o doce prazer das

bênçãos da graça, do custo alto que pagou o nosso Senhor para prover tais bênçãos da

graça para nós. Sempre que sentamo-nos à mesa do Senhor e assistimos ao partir do pão,

devemos nos lembrar da angústia e do sofrimento suportado por nosso Redentor para nos

salvar - J. R. Miller D.D.

Você é cristão? A sua mão de fé já se estendeu para tomar para si mesmo o que Cristo fez

para o pecador arrependido dos pecados? Você é batizado conforme a prática da Palavra

de Deus? É membro da Igreja Batista e participa da Ceia? Está em boa comunhão com

ela? Está em boa comunhão com Deus? “Assim coma deste pão e beba deste cálice” – I Co

11.28.

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XV. A INDEPENDÊNCIA DA IGREJA

Cremos que as Escrituras ensinam que a igreja local é soberana 1, não reconhecendo sobre

si nenhuma autoridade de órgãos eclesiásticos ou governamentais 2, aceitando,

unicamente, a Cristo como o seu cabeça e o Espírito Santo de Deus como o seu guia,3 que

o faz pela Palavra de Deus 4

Introdução:

Quando Cristo declarou que Ele edificaria a Sua igreja, Ele quis determinar como ela seria

diferente das demais maneiras de congregar religiosamente existentes naqueles dias. A de

Cristo tem marcas distintas das outras, e a independência é uma delas.

Um resumo de Mateus 16.18,19:

1. Cristo começou a Sua igreja - “edificarei a Minha igreja”

2. A igreja que Cristo começou tem Ele mesmo como o Seu fundador - “sobre esta pedra”

3. A igreja que Cristo começou e autorizou é de um único tipo - “a Minha igreja”

4. A igreja que Cristo começou perdurará até o fim - “as portas do inferno não

prevalecerão contra ela”; Mateus 28.20, “até a consumação dos séculos”

5. A igreja que Cristo começou tem a Sua autoridade - “te darei as chaves do reino dos

céus”; Mateus 28.18, 19, “É-Me-dado todo o poder... portanto ide...”; 20, “eis que estou

convosco”; Mateus 18.20, “em Meu nome”

6. A igreja que Cristo começou tem doutrinas específicas - Mateus 28.19,20, “ide, fazei

discípulos, batizando-os ... ensinando-os todas as coisas que Eu vos tenho mandado”

Cristo é o fundador do Seu tipo de ajuntamento e Cristo é a mensagem singular desse

ajuntamento. Você conhece esse precioso Salvador? Ele veio para salvar os perdidos que

vêm a Ele com arrependimento e pela fé. Venha já conhecer o Salvador Jesus Cristo! Se

Cristo é a sua cabeça, honra-O submetendo-se à Sua Palavra.

Versículo para memorizar: Efésios 1.22-23, “E sujeitou todas as coisas a Seus pés, e

sobre todas as coisas O constituiu como cabeça da igreja, 23 Que é o Seu corpo, a

plenitude dAquele que cumpre tudo em todos.”

1. Cremos que as Escrituras ensinam que a igreja local é soberana 1, não reconhecendo

sobre si nenhuma autoridade de órgãos eclesiásticos ou governamentais 2, aceitando,

unicamente, a Cristo como o seu cabeça e o Espírito Santo de Deus como o seu guia,3 que

o faz pela Palavra de Deus 4

Referências: Mateus 16.18,19, “Pois também Eu te digo que tu és Pedro, e sobre Esta

Pedra edificarei a Minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela;

19 E Eu te darei as chaves do reino dos céus; e tudo o que ligares na terra será ligado

nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus.”; 18.17-20; 28.18-

20; I Timóteo 3.15.

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Cada igreja é separada e distinta de outras de mesma fé e ordem (cada igreja é um castiçal,

Apocalipse 1.12-20). Assim como cada lar é responsável por si, cada igreja é

independente, sendo que cada uma é autônoma sob a autoridade de Cristo (Atos 15.1-35).

Nenhuma organização humana deve dominá-las; deve haver, porém, cooperação

voluntária entre todas na execução da obra da Grande Comissão (I Coríntios 16.1; II

Coríntios 8.23-9.7).

A Autoridade da Igreja é Local – John Hawkins Filho

Na Bíblia, não há uma Igreja mãe ou central comandando outras Igrejas. A Igreja local só

exerce autoridade sobre os seus membros locais.

A Igreja não tem poderes legislativos. Sua legislação está na Bíblia, e a Igreja não pode

fazer outras leis, ou até mesmo regras de procedimento pessoal. O regimento interno da

Igreja tem obrigação de apontar somente aquilo que a Bíblia determina necessário para a

Igreja manter uma vida santa e separada, e que não fere nenhum princípio Bíblico.

Revelação da verdade, para a Igreja local foi dada nos dias dos apóstolos e nada foi

deixado para “concílios” resolverem. Qualquer autoridade que um concílio tem, é

assumido pelos homens, mas não tem autoridade Divina.

Autoridade sobre seus membros:

a. A Igreja é constituída por pessoas que consentem e concordam com a Igreja, como

qualquer outra sociedade civil. O princípio ético é... “se não concorda saia”, e não tente

mudar aquilo que foi estabelecido, anteriormente. Existem privilégios e responsabilidades,

e nenhum homem pode ter um sem o outro. A pessoa que se une à Igreja está concordando

com as regras e práticas desta sociedade e pelo próprio consentimento se une ao grupo. “E

não somente fizeram como nós esperávamos, mas também deram-se a si mesmos primeiro

ao Senhor, depois a nós, pela vontade de Deus;” (2Co 8.5).

Nenhum homem deve ser forçado a entrar na Igreja, e da mesma maneira, não pode forçar

a Igreja a se submeter a regras e comportamentos que não sejam de sua vontade. Paulo foi

recusado como membro da Igreja no início, e aguardaram seu testemunho como prova de

uma conversão genuína.

b. Este consentimento é baseado na existência de um só propósito e pensamento (Am 3.3;

Hb 13.17). A Igreja só pode trabalhar e até mesmo disciplinar os que consentem com estas

cousas.

Disciplina - (Mt. 18.15-18; I Co. 5.1-10, 5.13; 2Co 9.13; Rm. 16.17). É interessante que

os autores do Novo Testamento não usaram palavras autoritárias para descrever disciplina

na Igreja. A responsabilidade e liderança são enfatizadas, não em poder. Palavras que

indicam autoridade suprema, nestes casos, estão faltando no Evangelho, e nos leva a

concluir que a autoridade que a Igreja tem, é diferente. Jesus Cristo é a autoridade suprema

na Igreja.

A liderança da Igreja é espiritual, e deve ser exercida de acordo com a Palavra. O rebanho

deve ser dirigido, protegido e alimentado para a glória do Senhor, e os verdadeiros salvos

seguirão estes exemplos espirituais em submissão a Deus.

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Em Hb 13.17, Os crentes são ordenados a obedecerem a seus Guias. A palavra usada é

“peith” que significa “persuadir” ou “convencer”. A obediência então seria o resultado de

persuasão e não autoridade governamental. De convencer sim, de arbitrar, nunca.

Então os pastores (bispos) são chamados para persuadir o povo de Deus a seguí-lo nas

verdades da Palavra de Deus. Isto reforça a ideia de que pastores precisam saber como

manejar a Palavra com eficiência e sabedoria. O cargo de bispo não vem com sabedoria

Divina dada como um dom milagroso. Quando o homem é chamado pela Igreja para

exercer este ministério, a ele é concedida autoridade para presidir a Igreja, de uma maneira

que glorifique a Cristo. Precisam ser “aptos para ensinar” (1Tm 3.2; Tt 1.9,10). É de suma

importância que ele saiba manejar bem a “Palavra da verdade” (2Tm 2.24, 25).

Autoridade sobre o Bispo (pastor):

a. Deus chama homens para ministérios particulares (1Co 12.27,28; Ef 4.11,12).

b. A Igreja escolhe homens para presidir sobre ela. O Pastor é mais um membro da Igreja

(do corpo) local. (Cl 1.7; 4.12; At 1.21-23; 1Pd 5.2). Geralmente, eles são membros da

Igreja antes que sejam escolhidos para servir nestas funções. A tradição nos ensina que

estes homens, normalmente, vinham da própria Igreja.

c. A Igreja tem controle total e absoluto sobre seu ministério local como de qualquer outro

ministério. Acusações contra o pastor podem ser ouvidas se forem feitas de maneira

Bíblica, e ele pode ser admoestado, disciplinado de várias maneiras (Cl 4.17; 1Tm 5.19;

Mt 18.15). Não temos exemplo Bíblico de expulsão de ancião ou bispo, sugerindo que isto

não acontece muito entre Igrejas verdadeiras e pastores verdadeiros. Os anciãos e bispos

que estiverem com problemas espirituais, devem ser disciplinados conforme a mesma

regra dos membros. O velho testamento mostra o que aconteceu aos líderes desobedientes

de Israel. Foram disciplinados por Deus, e suas responsabilidades foram devolvidas ou

retiradas (Jr. 23.1- 40; Ez. 34.1-10; Mq. 3.1-12).

d. Pastores “pastoreiam” o rebanho “como Deus quer” (1Pd 5.2). A vontade de Deus é que

ao rebanho seja ensinado “todas as coisas que conduzem à vida e à piedade, pelo

conhecimento completo dAquele que nos chamou para a Sua própria glória e virtude,”

(2Pd 1.3). O Pastor ensina tudo que é necessário para a maturidade do crente “a fim de que

o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente instruído para toda boa obra.” (2Tm 3.17).

Autoridade sobre Seus missionários (Evangelistas):

a. Missionários evangelistas, são escolhidos da mesma forma que bispos (pastores). Atos

13.2 “E, servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo: Separai-Me, agora,

Barnabé e Saulo para a obra a que os tenho chamado”. A Igreja de Antioquia separou estes

dois para exercer o ministério de Evangelista, e enviou-os pessoalmente para uma obra que

nós denominamos “missionária”.

b. Outras Igrejas ajudaram estes evangelistas, mas pelo que sabemos, elas não exerceram

nenhuma autoridade sobre eles. Lembramos que a autoridade da Igreja é local, e é sobre

um único rebanho.

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c. Missões, convenções e grupos eclesiásticos que chamam, enviam, ordenam, ou que

controlam de qualquer forma o “evangelista” estão ferindo a autonomia da Igreja que os

enviou, e interferindo na autoridade da Igreja local.

*OBS.: Uma Igreja não tem direito de entregar sua autoridade a qualquer entidade que

possa exercer ou aplicar autoridade sobre a mesma Igreja, mesmo tendo consentimento da

própria. Fere todo o princípio bíblico de “autonomia da Igreja local” - Pastor João

Hawkins Filho, AUTORIDADE DA IGREJA LOCAL,

http://www.palavraprudente.com.br/estudos/john_h/miscelania/cap01.html

J. M. Carroll, O Rasto de Sangue relata.

O nome “Independente” ou como agora chamado “Congregacionalistas” é derivado do

tipo de governo que adotam para suas igrejas. Alguns dos pontos distintivos da Igreja

Congregaçional (chamada hoje “independente”) são dados na Schaff-Herzogg

Enciclopédia, como se segue:

(1) Que Jesus Cristo é o único cabeça da Igreja e que a Palavra de Deus é a única regra de

fé.

(2) Que as igrejas visíveis são assembléias distintas, de indivíduos piedosos, separados do

mundo por puros propósitos religiosos, não se conformando com ele.

(3) “Congregacionalistas”, é derivado do tipo de governo que adotam para escolher seus

próprios oficiais e manter sua própria disciplina.

(4) Que em relação ou seu regime interno, cada igreja é independente da outra e

independente do controle do Estado. (Chamamos a atenção dos leitores ao fato de que

a forma Congregacional acima descrita já não existe entre as Igrejas Congregacionais

brasileiras).

Quão diferentes são esses princípios daqueles que o Catolicismo, o Luteranismo, o

Presbiterianismo ou o Episcopado da Igreja da Inglaterra, sustentam. E, por outro lado,

como se assemelham aos batistas, de hoje, bem como aos ensinamentos de Cristo e Seus

Apóstolos!

Versículo para memorizar: Efésios 1.22-23, “E sujeitou todas as coisas a Seus pés, e

sobre todas as coisas O constituiu como cabeça da igreja, 23 Que é o Seu corpo, a

plenitude dAquele que cumpre tudo em todos.”

2. Cremos que as Escrituras ensinam que a igreja local é soberana 1, não reconhecendo

sobre si nenhuma autoridade de órgãos eclesiásticos ou governamentais 2, aceitando,

unicamente, a Cristo como o seu cabeça e o Espírito Santo de Deus como o seu guia,3 que

o faz pela Palavra de Deus 4

Referências: Mateus 17.25-27, “Disse ele: Sim. E, entrando em casa, Jesus se lhe

antecipou, dizendo: Que te parece, Simão? De quem cobram os reis da terra os

tributos, ou o censo? Dos seus filhos, ou dos alheios? 26 Disse-lhe Pedro: Dos alheios.

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Disse-lhe Jesus: Logo, estão livres os filhos. 27 Mas, para que os não escandalizemos,

vai ao mar, lança o anzol, tira o primeiro peixe que subir, e abrindo-lhe a boca,

encontrarás um estáter; toma-o, e dá-o por Mim e por ti.”; 22.21; Lucas 22.24-27.

O que pode ofender a autoridade da Igreja local

1. Convenções, associações, credos, comissões, e grupos eclesiásticos “extra-Bíblicos”, ou

qualquer outro grupo com poderes legislativos ou executivos, até mesmo dentro da

própria Igreja!

2. Em casos extremos, se uma Igreja está sendo atingida ou afetada por algum ato ou

procedimento que não seja bíblico, ou que não é segundo a mente de Cristo, as demais

Igrejas de Cristo devem reunir-se em comunhão, mediante representantes, para considerar

e opinar sobre o assunto de divergência; e o seu parecer deve ser comunicado a todas as

Igrejas envolvidas. Contudo, essa assembléia de representantes não fica investida de poder

eclesiástico ou executivo algum, nem tem qualquer jurisdição sobre as Igrejas que a

constituem. Não pode ser aplicada disciplina e nem impor resoluções sobre as Igrejas e

seus oficiais (At 15.2,4,6,22, 23,25; 2Co 1.24; 1Jo 4.1) – João Hawkins Filho.

J. M. Carroll, o autor do livro O Rasto de Sangue, no capítulo sobre a perseguição contra

os batistas, afirma:

“É uma verdade bíblica e histórica que a coerção cuja finalidade era fazer adeptos não se

encontrava entre os batistas. A coerção não foi praticada por Jesus, pelos Seus discípulos,

pelos apóstolos ou pelos verdadeiros seguidores de Cristo. Jesus advertiu que deve ser

dado “a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus”, ensinando, com isso, que deve

haver liberdade de consciência e a separação entre a religião e o governo civil (Mateus

22.21).”

Versículo para memorizar: Efésios 1.22-23, “E sujeitou todas as coisas a Seus pés, e

sobre todas as coisas O constituiu como cabeça da igreja, 23 Que é o Seu corpo, a

plenitude dAquele que cumpre tudo em todos.”

3. Cremos que as Escrituras ensinam que a igreja local é soberana 1, não reconhecendo

sobre si nenhuma autoridade de órgãos eclesiásticos ou governamentais 2, aceitando,

unicamente, a Cristo como o seu cabeça e o Espírito Santo de Deus como o seu guia,3 que

o faz pela Palavra de Deus 4

Referências: Efésios 1.22-23, “E sujeitou todas as coisas a Seus pés, e sobre todas as

coisas O constituiu como cabeça da igreja, 23 Que é o Seu corpo, a plenitude dAquele

que cumpre tudo em todos.”; 5.23; Romanos 8.14-15.

Cristo é o cabeça da Sua igreja mesmo que usou homens para preparar e propagá-la.

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1. Deus enviou João Batista, o precursor, para preparar o material que Jesus usaria ao

organizar a Sua igreja - Malaquias 4.5 (Mateus 11.13,14); João 1.6, 19-34

2. Deus enviou Jesus, Seu Escolhido, a João Batista para que Aquele fosse batizado por

esse, mostrando assim o começo do ministério de Jesus e, logo, o fim do ministério de

João - Mateus 3.13-17; João 3.27-36

3. Jesus começou a Sua igreja - Mateus 16.18 (Ele é o Fundador), Efésios 1.22 (Ele a

Cabeça); Efésios 1.23 (a igreja é Seu corpo); Efésios 4.15 (Propósito); Colossenses 1.18

(Princípio, Primogênito e Preeminente).

4. Jesus autorizou a Sua igreja - Mateus 28.19,20.

Mesmo que a igreja já tenha a autoridade de fazer tudo que foi comissionada, Ele continua

sendo O Cabeça das igrejas dEle.

1. No presente, Jesus Cristo é a fonte de toda a autoridade no universo em Quem toda

autoridade reside de acordo com o Seu próprio testemunho (Mt 28.18-20; Jo 5.21-23). Ele

tem autoridade completo sobre a Sua Igreja (Ef 1.20-23; Cl 1.18).

2. A Igreja deve ser como Cristo planejou, é Seu corpo (Ef. 1.22-23), Ele é o cabeça. A

Igreja é uma manifestação orgânica do caráter de Cristo e Seu propósito na terra, assim

como o corpo humano demonstra a personalidade do homem interior.

Para definir convicções doutrinárias, existem as confissões de fé e credos. Às vezes, um

credo acaba sendo a autoridade da Igreja. Mesmo que um credo possa expressar verdades

Bíblicas, deve ser lembrado de que é produzido por teólogos humanos, ou concílios e

hierarquias eclesiásticas. Os que adotam a palavra do homem sobre a Bíblia acabam

aceitando uma autoridade que não é a bíblica. A confissão da fé nunca deve tomar o lugar

ou substituir a Bíblia que é divinamente inspirada. Com o Espírito Santo como guia a

Bíblia deve ser a última palavra em qualquer Igreja que professa ser de Jesus Cristo (I Pe

4.11).

Versículo para memorizar: Efésios 1.22-23, “E sujeitou todas as coisas a Seus pés, e

sobre todas as coisas O constituiu como cabeça da igreja, 23 Que é o seu corpo, a

plenitude dAquele que cumpre tudo em todos.”

4. Cremos que as Escrituras ensinam que a igreja local é soberana 1, não reconhecendo

sobre si nenhuma autoridade de órgãos eclesiásticos ou governamentais 2, aceitando,

unicamente, a Cristo como o seu cabeça e o Espírito Santo de Deus como o seu guia,3 que

o faz pela Palavra de Deus 4

Referências: II Timóteo 3.16,17, “Toda a Escritura é divinamente inspirada, e

proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça; 17

Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa

obra.”; João 14.26; II Pedro 1.21.

A Bíblia é a única regra de fé e ordem para os Batistas.

1. Sentimentos pessoais, opiniões particulares e pressentimentos individuais não são

superiores à Bíblia. Exemplos: O Que disse Deus? Em meio a toda a emoção ao ver

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Moisés e Elias juntos, na comovente transfiguração de Cristo, Deus, com Sua voz

majestosa, disse: o que é importa não é aquilo que se sente, mas o que diz o Seu Filho,

Jesus Cristo, Mateus 17.5; O que disse Paulo? Paulo foi um dos homens santos que

Deus usou e através dele transmitiu a Sua Palavra. Paulo tinha o direito de ter opiniões

particulares, pois foi requisitado para dar aconselhamentos a muitas igrejas. Mas, em

todas as ocasiões, ele ensinou aquilo que disse o Senhor, sabendo que não é pela

sabedoria humana que se chega a Deus, I Coríntios 1.20-25; sobre a sua própria

educação entre os melhores do país, diz: “o que era ganho para mim reputei-o perda por

Cristo” Filipenses 3.4-7.

2. Visões, sonhos, experiências sobrenaturais e revelações não são superiores à própria

Bíblia. Exemplos: O que diz Pedro? Pedro assistiu à transfiguração majestosa de Cristo

junto a Elias e Moisés. Ouviu da magnífica glória, de onde lhe foi dirigida a voz de

Deus. Tendo tal experiência, aprendeu a não testemunhar a emoção dessa experiência.

Assim, afirmou, depois, que a palavra dos profetas é mui firme, II Pedro 1.16-19; O que

diz Paulo? Gálatas 1.8, “ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro

evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema.”; O que diz Abraão?

Abraão tem uma posição de honra, mas não usou uma revelação ou experiência

sobrenatural para conduzir alguns à fé verdadeira em Cristo, Lucas 16.31.

3. Conhecimento, tradições, capacidades intelectuais, filosofias e tudo o mais não devem

ser julgados superiores à Bíblia. Exemplos: O que diz Jesus? Jesus, podendo dar

conselhos pessoais sem nenhuma divergência com a Palavra de Deus, pois Ele Que é o

Santo, só citava o que estava escrito reafirmando o que era verdadeiro, Mateus 4.1-11,

“porque está escrito” (não menos do que onze vezes Jesus usa a frase “está escrito” para

dar autenticidade à Sua vida e às Suas palavras); O que diz Paulo? Paulo, sendo

educado nas tradições e na cultura de um povo religioso (Atos 26.4,5; Filipenses 3.4-7),

nunca julgou a sua cultura superior à Bíblia (I Coríntios 2.1-5). Em seus escritos, não

menos que 32 vezes ele cita os escritos do Velho Testamento. O que diz Pedro? Pedro,

experimentando o milagre de Pentecostes, baseou a sua experiência na Bíblia e não a

Bíblia na sua experiência, Atos 2.16, “mas isto é o que foi dito pelo profeta Joel:”, I

Pedro 1.16, “está escrito”.

Diferente da prática de muitas igrejas, para se tornar um Batista, não é necessário em

primeiro lugar assinar nenhum contrato, confissão de fé, lista de promessas ou programa

de normas e crenças. Primeiramente, é necessário ter fé no Cristo que é declarado segundo

as Escrituras (salvação), depois é necessário ter uma declaração pública de fé segundo as

Escrituras (batismo) junto com um andar segundo as doutrinas dos apóstolos (santificação)

- Atos 2.41,42.

O Evangelho pregado pela Igreja:

A Bíblia afirma que todo homem é pecador (Romanos 3.23). A Bíblia afirma que esse

pecado separa o homem da proximidade de Deus (Isaías 59.1-3). A Bíblia afirma que

Cristo Jesus, o unigênito Filho de Deus, não tem pecado, mas, ainda assim, foi feito

pecado no lugar de todo aquele que dele se arrepende e nEle crê (Romanos 5.8; II

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Coríntios 5.21). A Bíblia anuncia que todo pecador deve se arrepender e crer em Cristo.

Deus nos julgará pela Verdade. Submeta-se a ela, já.

Qual é a fonte que você usa para defender as suas ações? Qual autoridade você usa para

defender as suas crenças?

Versículo para memorizar: Efésios 1.22-23, “E sujeitou todas as coisas a Seus pés, e

sobre todas as coisas O constituiu como cabeça da igreja, 23 Que é o Seu corpo, a

plenitude dAquele que cumpre tudo em todos.”

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XVI. O DIA DO SENHOR

Cremos que as Escrituras ensinam que o primeiro dia da semana é o Dia do Senhor ou

Sábado Cristão1, e deve ser consagrado a fins religiosos, mediante a abstenção de todo

labor secular 2, excetuando-se obras de misericórdia e de necessidade

3; pela observância

piedosa de todos os meios da graça, tanto particulares 4 como públicos

5; e pela preparação

para aquele repouso que resta para o Povo de Deus 6.

O Sábado Judaico - O Sábado era um sinal da aliança entre Deus e Israel (Êxodo 31.12-

16). No sétimo dia Israel devia se abster do trabalho ordinário, carregar qualquer coisa,

fazer viagens longas, acender fogo, juntar lenha ou maná e negociar (Êxodo 35.3, 16.22-

26, Neemias 13.15-22). Somente casos que envolvessem exigência, misericórdia, ou

piedade eram permitidos (Mateus 12.1-13, Números 28.9-10, Levítico 24.5-8). Israel devia

se regozijar neste dia (Isaías 58.13-14), mas haveria julgamento se o Sábado fosse

quebrado (Êxodo 31.14, Números 15.32-36). O abuso do Sábado por parte de Israel era

um tema comum dos profetas – Ron Crisp, Os Dez Mandamentos.

As anotações dessa lição são do irmão Jonas dos Santos Macedo, O Quarto Mandamento,

http://www.palavraprudente.com.br/estudos/jonas_sm/miscelania/cap04.html a não ser de

outro comentarista devidamente anotado.

O primeiro mandamento nos ensina a Quem adorarmos; o segundo, como O adorarmos; o

terceiro, a forma reverente de O adorarmos; e o quarto, o dia de O adorarmos.

16.1. Cremos que as Escrituras ensinam que o primeiro dia da semana é o Dia do Senhor

ou Sábado Cristão1, e deve ser consagrado a fins religiosos, mediante a abstenção de todo

labor secular 2, excetuando-se obras de misericórdia e de necessidade

3; pela observância

piedosa de todos os meios da graça, tanto particulares 4 como públicos

5; e pela preparação

para aquele repouso que resta para o Povo de Deus 6.

Atos 20.7, “E no primeiro dia da semana, ajuntando-se os discípulos para partir o

pão, Paulo, que havia de partir no dia seguinte, falava com eles; e prolongou a

prática até à meia-noite.”; Gênesis 2.3; Colossenses 2.16,17; Marcos 2.27; João

20.19,26; I Coríntios 16.1,2; Apocalipse 1.10.

Na plenitude dos tempos, Deus operou uma terceira obra através de Seu Filho. “Ele nos

libertou da condenação do pecado” – Rm.6:22-23... E “nos tirou da potestade das trevas

(de Satanás), e nos transportou para o reino do Filho do Seu amor” Cl.1:13;Ele nos deu

vida – Ef.2:1...E, em Cristo, nos recriou, tornando-nos novas criaturas II Co.5:17.

No princípio, Deus criou o homem e descansou; Depois, o redimiu da escravidão física e

descansou; E, agora, o redimiu da escravidão espiritual e descansou.

São três repousos distintos e divinos, após uma obra também divina, realizada cada qual

em seu determinado tempo.

Em cada uma delas, podemos ver a linda Trindade trabalhando juntamente; mas, os dois

primeiros repousos são de Deus, e o último, é de Cristo.

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“Porque Aquele (Cristo) que entrou no Seu repouso, Ele próprio repousou de Suas obras,

como Deus das Suas” Hb.4:10.

O descanso de Cristo, após Seu trabalho de redenção ou nova criação, é o “Shabbat

cristão”; e, o guardar, significa repousar em pastos verdejantes.

Cristo tem um repouso para Seu povo, no qual os crentes entrarão pela fé (C. D. Cole).

“Vinde a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei ...e

encontrareis descanso para as vossas almas” Mt.11:28-29.

O “Shabbat” é para o nosso descanso, e o nosso descanso deve ser louvar a obra de Deus

consumada, ou seja, comemorar o repouso divino. “Porque em seis dias fez o SENHOR os

céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou” Vs.11.

Esta é uma citação de Gn.2:1-3... E naquele princípio da criação de Deus, não havia

divisão de tempos em semanas; Tudo que é dito é que Deus trabalhou seis dias, e

concluindo a Sua obra, descansou no sétimo dia.

Deus abençoou o dia sétimo e o santificou para memorial de Sua obra consumada. E,

assim, o “Shabbat” é o sétimo dia, após seis dias de trabalho.

16.2. Cremos que as Escrituras ensinam que o primeiro dia da semana é o Dia do Senhor

ou Sábado Cristão1, e deve ser consagrado a fins religiosos, mediante a abstenção de todo

labor secular 2, excetuando-se obras de misericórdia e de necessidade

3; pela observância

piedosa de todos os meios da graça, tanto particulares 4 como públicos

5; e pela preparação

para aquele repouso que resta para o Povo de Deus 6.

Êxodo 20.8, “Lembra-te do dia do sábado, para o santificar”; Apocalipse 1.10; Isaías

58.13,14; Lucas 14.5.

O “Shabbat” é um dia santo, um dia que deve ser separado dos demais dias da semana; um

dia que devemos deixar de lado o nosso trabalho comum; um dia que devemos consagrar,

inteiramente, para o louvor da glória de Deus.

Há de se entender, que Deus estava, deliberadamente, estabelecendo um padrão de seis

dias de trabalho e um de descanso para nós eternamente, ao menos no que diz respeito a

este plano físico. Esta lei é tão real na consciência do homem, que o levou a contar o

tempo usando a semana de sete dias.

Após seis dias de trabalho – Vs.9; é o “Shabbat” do SENHOR teu Deus – Vs.10; E o Deus

em carne diz que: “o sábado foi criado por causa do homem” Mc.2:27. Daí conclui-se

que o “Shabbat” é uma necessidade do homem, e, certamente, ele deve permanecer,

eternamente, a fim de supri-lo.

A lei reflete a vontade de Deus, em que o homem separe um dia, em sete, para descanso,

reflexão e adoração.

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16.3. Cremos que as Escrituras ensinam que o primeiro dia da semana é o Dia do Senhor

ou Sábado Cristão1, e deve ser consagrado a fins religiosos, mediante a abstenção de todo

labor secular 2, excetuando-se obras de misericórdia e de necessidade

3; pela observância

piedosa de todos os meios da graça, tanto particulares 4 como públicos

5; e pela preparação

para aquele repouso que resta para o Povo de Deus 6.

Isaías 58.13,14, “Se desviares o teu pé do sábado, de fazeres a tua vontade no Meu

santo dia, e chamares ao sábado deleitoso, e o santo dia do SENHOR, digno de honra,

e o honrares não seguindo os teus caminhos, nem pretendendo fazer a tua própria

vontade, nem falares as tuas próprias palavras, 14 Então te deleitarás no SENHOR, e

te farei cavalgar sobre as alturas da terra, e te sustentarei com a herança de teu pai

Jacó; porque a boca do SENHOR o disse.”; Isaías 56.2-7.

É claro que reconheço, e creio que também o Senhor, que existem casos excepcionais, que

exigem o trabalho comum no domingo, é o caso da milícia para a segurança nacional, e as

hidrelétricas, e algumas fábricas, e hospitais, e farmácias... todos são exceções, mas no

geral não deve ser assim, visto que somos um país cristão.

16.4. Cremos que as Escrituras ensinam que o primeiro dia da semana é o Dia do Senhor

ou Sábado Cristão1, e deve ser consagrado a fins religiosos, mediante a abstenção de todo

labor secular 2, excetuando-se obras de misericórdia e de necessidade

3; pela observância

piedosa de todos os meios da graça, tanto particulares 4 como públicos

5; e pela

preparação para aquele repouso que resta para o Povo de Deus 6.

Salmos 118.15, “Nas tendas dos justos há voz de júbilo e de salvação; a destra do

SENHOR faz proezas.”; Mateus 6.5,6; 14.3.

16.5. Cremos que as Escrituras ensinam que o primeiro dia da semana é o Dia do Senhor

ou Sábado Cristão1, e deve ser consagrado a fins religiosos, mediante a abstenção de todo

labor secular 2, excetuando-se obras de misericórdia e de necessidade

3; pela observância

piedosa de todos os meios da graça, tanto particulares 4 como públicos

5; e pela preparação

para aquele repouso que resta para o Povo de Deus 6.

Hebreus 10.24,25, “ E consideremo-nos uns aos outros, para nos estimularmos ao

amor e ás boas obras, 25 Não deixando a nossa congregação, como é costume de

alguns, antes admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais, quanto vedes que se vai

aproximando aquele dia.”; Atos 11.26; Levítico 19.30; Lucas 4.16; Atos 17.2,3; Salmos

26.8; 122.1.

Deves santificar o dia de “Shabbat”! Precisamos fazer isso, principalmente nós os que

cremos no Senhor Jesus e desejamos agradá-Lo.

Lembremo-nos que o “Shabbat judaico” começava ao crepúsculo vespertino (por do sol)

da sexta-feira, e assim temos um princípio que nos ensina a necessidade de nos

preparamos com antecedência para “O dia do Senhor”, fazendo no sábado tantos

preparativos quanto possíveis para termos tempo no domingo.

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Ninguém deveria chegar ao domingo com louças sujas do dia anterior, ou com sono, ou

coisas semelhantes; E para isso ser real em nossa vida, precisamos amar o Senhor e o Seu

dia, e nos disciplinarmos gradativamente, desenvolvendo novos e melhores hábitos.

Não deveríamos nem sequer ir ao mercado comprar pão, leite, doces, ou sorvete no

domingo; Embora não seja para nós trabalho algum fazermos isso, mas trabalho seria para

aqueles que nos atenderia, e assim não devemos ser cúmplices dos profanadores do

“Shabbat”, estimulando com o nosso consumo o comércio rebelde contra Deus;

Deveríamos abominar encontrar as suas portas abertas “no santo dia do Senhor”, pois se

queremos ser fiéis em guardar o “Shabbat”, devemos desejar que aqueles que nos servem

façam o mesmo, pois Deus é digno, e isso implica em não comprar deles coisa alguma no

domingo.

Lembremo-nos de que aqueles que são forçados a trabalhar no domingo podem santificar

um outro dia (ainda que menos apropriado) para comemorar o “Shabbat”, pois embora o

domingo seja um dia mui glorioso, não obstante, não foi feito dele lei moral, pois se

qualquer dia específico assim fosse, haveria de ter seu início desde o princípio do mundo.

A lei moral e eterna de Deus, sempre foi e sempre será o sétimo dia, após seis dias de

trabalho, e o dia semanal escolhido sempre assume um caráter cerimonial, mas isso torna o

domingo menos glorioso, pois cremos, pelos princípios revelados na Palavra e na história

da igreja, que este dia é o mais digno entre todos.

Nós os que cremos, se temos sido impedidos pelos nossos patrões de descansar no

domingo, não fiquemos choramingando pelos cantos, antes levantemos as nossas cabeças

para os céus e lembremo-nos de que “resta ainda um repouso para o povo de Deus”

Hb.4:9.“Nós, os que temos crido, entramos no repouso” Hb.4:3. Mas o texto mesmo diz

que nós entramos pela fé neste repouso, e assim, um dia ele será, literalmente, cumprido

no céu, e lá não haverá nada e nem ninguém que nos tire o gozo desta eterna bênção de

Deus em Cristo.

16.6. Cremos que as Escrituras ensinam que o primeiro dia da semana é o Dia do Senhor

ou Sábado Cristão1, e deve ser consagrado a fins religiosos, mediante a abstenção de todo

labor secular 2, excetuando-se obras de misericórdia e de necessidade

3; pela observância

piedosa de todos os meios da graça, tanto particulares 4 como públicos

5; e pela

preparação para aquele repouso que resta para o Povo de Deus 6.

Hebreus 4.3-11, “Porque nós, os que temos crido, entramos no repouso, tal como

disse: Assim jurei na Minha ira Que não entrarão no Meu repouso; 4 Porque em

certo lugar disse assim do dia sétimo: E repousou Deus de todas as Suas obras no

sétimo dia. 5 E outra vez neste lugar: Não entrarão no Meu repouso. 6 Visto, pois,

que resta que alguns entrem nele, e que aqueles a quem primeiro foram pregadas as

boas novas não entraram por causa da desobediência, 7 Determina outra vez um

certo dia, Hoje, dizendo por Davi, muito tempo depois, como está dito: Hoje, se

ouvirdes a Sua voz, Não endureçais os vossos corações. 8 Porque, se Josué lhes

houvesse dado repouso, não falaria depois disso de outro dia. 9 Portanto, resta ainda

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um repouso para o povo de Deus. 10 Porque aquele que entrou no seu repouso, ele

próprio repousou de suas obras, como Deus das Suas. 11 ¶ Procuremos, pois, entrar

naquele repouso, para que ninguém caia no mesmo exemplo de desobediência.”

Satanás tem criado a indústria dos entretenimentos para acabar com a fé dos homens e

aliená-los de Deus para sempre; propondo-lhes o que é lícito, porém não no “Dia do

Senhor”, tais como: O futebol e todos os demais tipos de esportes, os shows, praias,

churrascos, passeios, piqueniques, filmes e programas na TV.

“Não deis lugar ao diabo” Ef.4:27. Não entregue o teu tempo a Satanás!

Dá mais tempo ao SENHOR teu Deus, no domingo. Tudo o que Lhe agrada, que O honra,

que serve para a divulgação do Seu evangelho, é verdadeira santificação do domingo.

Quem atingiu 70 anos de idade, teve 10 anos de domingo em sua vida. Qual é a sua idade?

Quantos anos de domingos você já teve? O que fez com eles?

Ninguém jamais poderá apresentar diante do trono do Senhor a desculpa que os homens,

que querem escapar da Palavra de Deus, tanto gostam de dar: Não tive tempo!

Você teve muito tempo para ordenar a sua vida com Deus e cuidar da sua alma, para que

ela não morresse de fome.

Teus domingos te acusam? Foram dias desperdiçados? Então o diga hoje ao Senhor, que

perdoa pecados e omissões, e deixa-o ordenar a tua vida. (Gertrud Wasserzug, Ph. D., D.

D.).

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XVII. O GOVERNO CÍVEL

Heb. 13:17; Mat. 18:15-17; II Tess.3:14; Tito3:10; I Cor. 5:11-13; Rom. 16:17; II Tess.

3:6.

Cremos que as Escrituras ensinam que o governo cível é uma instituição divina, para o

interesse e a boa ordem da sociedade humana 1; e que devemos orar pelos magistrados,

honrando-os, conscientemente, e obedecendo-os 2; exceto somente nos casos opostos à

vontade de nosso Senhor Jesus Cristo 3, que é O único Senhor da consciência, e O Príncipe

dos reis da terra 4.

17.1. Cremos que as Escrituras ensinam que o governo cível é uma instituição divina,

para o interesse e a boa ordem da sociedade humana 1; e que devemos orar pelos

magistrados, honrando-os, conscientemente, e obedecendo-os 2; exceto somente nos casos

opostos à vontade de nosso Senhor Jesus Cristo 3, que é O único Senhor da consciência, e

O Príncipe dos reis da terra 4.

Romanos 13:1-7: “Toda a alma esteja sujeita às potestades superiores; porque não há

potestade que não venha de Deus; e as potestades que há foram ordenadas por Deus.

2 Por isso quem resiste à potestade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem

trarão sobre si mesmos a condenação.

3 Porque os magistrados não são terror para as boas obras, mas para as más. Queres

tu, pois, não temer a potestade? Faze o bem, e terás louvor dela.

4 Porque ela é ministro de Deus para teu bem. Mas, se fizeres o mal, teme, pois não

traz debalde a espada; porque é ministro de Deus, e vingador para castigar o que faz

o mal.

5 Portanto é necessário que lhe estejais sujeitos, não somente pelo castigo, mas

também pela consciência.

6 Por esta razão também pagais tributos, porque são ministros de Deus, atendendo

sempre a isto mesmo.

7 Portanto, dai a cada um o que deveis: a quem tributo, tributo; a quem imposto,

imposto; a quem temor, temor; a quem honra, honra.”; Deuteronômio 16:18; II

Samuel 23:3; Êxodo 18:21-23. Soberania de Deus: Provérbios 21:1; Salmos 76:10; Daniel

4:34,35; Atos 4:27,28.

Rm.13:1-7; Tt.3:1; I Pe.2:17; Mt.22:21; 17:27; I Tm.2:1

17.2. Cremos que as Escrituras ensinam que o governo cível é uma instituição divina, para

o interesse e a boa ordem da sociedade humana 1; e que devemos orar pelos magistrados,

honrando-os, conscientemente, e obedecendo-os 2; exceto somente nos casos opostos à

vontade de nosso Senhor Jesus Cristo 3, que é O único Senhor da consciência, e O Príncipe

dos reis da terra 4.

Mateus 22:21, “Dizem-lhe eles: De César. Então Ele lhes disse: Dai pois a César o que

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é de César, e a Deus o que é de Deus.”; Tito 3:1,2; I Pedro 2:13-16; I Timóteo 2:1-8.

17.3. Cremos que as Escrituras ensinam que o governo cível é uma instituição divina, para

o interesse e a boa ordem da sociedade humana 1; e que devemos orar pelos magistrados,

honrando-os, conscientemente, e obedecendo-os 2; exceto somente nos casos opostos à

vontade de nosso Senhor Jesus Cristo 3, que é O único Senhor da consciência, e O

Príncipe dos reis da terra 4.

Atos 5:29, “Porém, respondendo Pedro e os apóstolos, disseram: Mais importa

obedecer a Deus do que aos homens.”; Mateus 6:33; 10:28; Daniel 3:15-18; 6:7-10; Atos

4:18-20,28; I Coríntios 4:18.

17.4. Cremos que as Escrituras ensinam que o governo cível é uma instituição divina, para

o interesse e a boa ordem da sociedade humana 1; e que devemos orar pelos magistrados,

honrando-os, conscientemente, e obedecendo-os 2; exceto somente nos casos opostos à

vontade de nosso Senhor Jesus Cristo 3, que é O único Senhor da consciência, e O

Príncipe dos reis da terra 4.

Mateus 23:10, “Nem vos chameis mestres, porque Um só é o vosso Mestre, que é o

Cristo.”; Romanos 14:1-5; I Coríntios 10:29-35; Apocalipse 19:16; Salmos 72:11; Salmos

2; Romanos 14:9-13.

Romanos 13.1-7

Obrigação às autoridades

Eduardo Kittle

Apesar do fato de que o crente não mais pertence a este mundo pela salvação

em Cristo, ele ainda tem a responsabilidade com o governo. O melhor cidadão deve

ser o crente. A igreja não deve mexer nas coisas políticas, mas o crente deve exercer o

seu privilégio como cidadão. Grandes homens como José e Daniel tiveram ministérios

espirituais e ainda trabalharam nos governos dos incrédulos. O Espírito ainda pode

usar crentes dedicados para fazer só a responsabilidade de votar ou até ser

Presidente da República. Neste capítulo Paulo nos dá QUATRO MOTIVOS para

obedecer ao governo humano.

I. O motivo da ira – 13:1-4

O governo é um terror somente aos homens maus e não aos bons. Hoje em dia,

quem é crente e obedece à Bíblia não tem razão de temer o governo. Às vezes, é

impossível respeitar o homem mas sempre devemos respeitar o seu cargo. E não

esquecer de que o evangelho pode penetrar nos homens do governo como o tesoureiro

Erasto (Rom. 16:23) e até nos oficiais do Presidente ou rei (Fil. 4:22)

Se, por acaso, o governo está completamente contrário a Cristo, devemos

lembrar de que... “Mas importa obedecer a Deus do que aos homens.” Atos 5:29

Deus não mandou Sua igreja neo-testamentária lutar com a espada como Ele

mandou Seu povo lutar no Velho Testamento. Deus fundou somente três instituições

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neste mundo: o lar (Gen. 2), a igreja (Mat. 16:18), e o governo humano (Gen. 9).

Cada um tem sua responsabilidade e um não pode fazer o serviço do outro. Quando

os serviços estão misturados, sempre há confusão e problemas.

O motivo da consciência – 13:5-7

Medo não é um bom motivo para a obediência do crente, um motivo mais

exaltado é uma consciência de que o Espírito Santo controla. O crente sentir o

Espírito testificando à sua consciência (Rom. 9:1) e desobedecer ao Senhor, não é

certo, pois ele deveria sentir o Espírito tocando na sua consciência. O incrédulo tem

uma consciência má em que não se pode confiar, mas o crente tem uma boa

consciência ( I Tim. 1:5). Infelizmente, a pessoa que é sempre desobediente e não

aceita o conselho do Espírito Santo pode contaminar a sua consciência (Tito 1:15),

cauterizá-la ( I Tim. 4:2), e rejeitá-la(I Tim. 1:19). A Bíblia nos ensina nestes versos

que devemos pagar nossos impostos e tributos e que devemos honrar os oficiais. Veja

I Ped. 2:17. Nós louvamos só a Deus, mas podemos honrar quem merece honra, neste

mundo.

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XVIII. OS JUSTOS E OS ÍMPIOS

Cremos que as Escrituras ensinam que existe uma radical e essencial diferença entre os

justos e os ímpios 1; que somente aqueles que são regenerados, sendo justificados

mediante a fé em Jesus Cristo e santificados pelo Espírito de Deus, são, verdadeiramente,

justos para com Ele 2; enquanto todos aqueles que permanecem na impenitência e na

incredulidade são na Sua vista, ímpios e debaixo de maldição 3; distinção essa que se

perpetua entre os homens, tanto na morte como depois 4.

Referências:

1. Malaquias 3:18, “Então voltareis e vereis a diferença entre o justo e o ímpio; entre

o que serve a Deus, e o que não O serve.”; Provérbios 12:26; Gênesis 18:23; Atos

10:34,35; Romanos 6:15-23; Salmos 1:1-6; I João 3:7-10

2. Romanos 1:17, “Porque nEle se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está

escrito: Mas o justo viverá da fé.”; Romanos 7:6; I João 2:28,29; I João 3:7; Romanos

6:18-23; I Coríntios 6:9-11

3. I João 5:19, “Sabemos que somos de Deus, e que todo o mundo está no maligno.”;

Gálatas 3:10; João 3:18-19,36; Salmos 10:2-11; Isaías 55:6,7.

4. Provérbios 14:22, “Porventura não erram os que praticam o mal? mas

beneficência e fidelidade haverá para os que praticam o bem.”; Lucas 16:25; João

8:21-24; Provérbios 10:24; 11:31; Lucas 12:4,5; 9:23-26; João 12:25,26; Eclesiastes 3:17;

Mateus 13:13-16, 38-43; I Pedro 4:17,18; II Tessalonicenses 1:6-10.

O Salário do Pecado e O Dom de Deus

“Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por

Cristo Jesus nosso Senhor.” Rm. 6.23

Pr. Calvin G Gardner

“O Salário do Pecado é a Morte”

Salário: Aquilo dado por merecimento de serviços prestados.

Pecado: iniquidade; transgressão das leis de Deus, I Jo. 3.4; Toda e qualquer transgressão:

original ou atual; pública ou particular; grande ou pequenina; do jovem ou ancião;

uma única vez ou repetidas vezes.

Deus determinou o salário que o pecado merece. Ele determinou que fosse... a MORTE –

Gn. 2.17; Ez. 18.20; Rm. 5.12. Deus dará, exatamente, o que o pecado merece.

Nenhuma dor, punição, castigo virá sem o que é, devidamente, merecido. O pecador

não é um mártir. O pecador não tem a simpatia do universo quando ele morre e recebe

em cheio a separação eterna de Deus. Ele é inimigo do Justo (Rm. 8.7, “Porquanto a

inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em

verdade, o pode ser.”). O pecador recebe o salário merecido, a morte.

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Morte: separação. Como a vida no contexto é eterna, também é a morte. Fica alienado de

Deus, perde a imagem de Deus e torna-se escravo do pecado.

O Pecado merece a Morte da Vida – separação do corpo e da alma; a Cova, Gn. 2.17; 5.5.

O Pecado merece a Morte das Boas Maneiras – separação da prática de ética e de bons

costumes - I Co. 15.33. Más comunicações causadas pelos maus companheiros em

associações, no entretenimento, na Internet, livros, revistas ou pela televisão. Tudo

que incentiva concupiscência, egoísmo, louvor à carne é considerada más

comunicações.

O Pecado merece a Morte de Instituições: Governos, Lares, Igrejas, Escolas... as regras,

leis, compromissos são: desrespeitados, quebrados, opostos.

O Pecado merece a Morte de Virtudes – Tg. 3.13-16. Gritaria, malícia, desrespeito,

xingamentos, cobiça, ciúmes, brigas, confusão, perturbação, toda obra perversa.

O Pecado merece a Morte de Vida Eterna ou Espiritual – a separação eterna da alma da

presença misericordiosa de Deus, Gn. 2.17; 3.6-7, 23; Ap. 20.11-15: condenação

eterna; morte eterna.

Se você é um pecador, você merece a morte. É certo que vai recebê-la.

“Mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor.”

Dom: Não é ganho por merecimento. Não vem do homem, mas de Deus. Não é

recompensa do esforço do homem, é gratuito. Por ser gratuito é uma manifestação da

misericórdia e graça de Deus (dom: xarisma, #5486, Strong’s). O dom é a obra

justificadora de Cristo que pela graça opera a vida. Como o pecado opera a morte, o

dom de Deus opera a vida. Como o pecado tem salário, a graça de Deus tem o dom. O

salário do pecado é a morte, o dom gratuito de Deus é a vida por Cristo Jesus.

Vida: existência ou funcionamento de algo com qualidades e propriedades distintas que se

mantém em atividade constante, manifestada em metabolismo, crescimento,

reprodução, reação a estímulos e aos outros, (Aurélio); vida real e genuína, essencial e

ética, ativa e vigorosa (Strong’s, #2222, zoe).

A vida que é resultante do dom de Deus é eterna. (I Jo. 5.12, “Quem tem o Filho tem a

vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida.”; Jo. 3.36, “Aquele que crê no

Filho tem a vida eterna; mas aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira

de Deus sobre ele permanece.”). Nenhuma separação! Presença eterna com Jesus! Isto

é Vida.

Essa vida reconhecida: Diante dos Homens pelo testemunho – família em união,

responsável, trabalhadora, tendo fruto do Espírito, sendo feito conforme a imagem de

Deus, gradativamente.

Essa vida reconhecida: Diante dos Homens pelas virtudes – moral, palavra fiel, coragem

para defender o que é justo, paciência; fruto do Espírito Santo.

Essa vida reconhecida: Para com Deus pela Paz com Deus. Deus vê o salvo pelo sangue

de Cristo, portanto declarado justo.

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Essa vida reconhecida: Para com Deus pela Esperança nas promessas dEle: – Filhos

andarem no caminho certo; nenhuma separação de Deus

Mas, “por Jesus Cristo nosso Senhor”

- Gratuita: Graça e misericórdia. A morte vem a todo homem pelo merecimento, pois

todos pecaram. Contrariamente, a vida não vem pelo merecimento do pecador mas

pela graça e misericórdia de Deus. Essa graça e misericórdia de Deus para com o

pecador que se arrepende são possíveis somente por Jesus Cristo.

- Por Jesus: Exclusividade. Antes, agora e depois, o dom gratuito de Deus é por Jesus

Cristo. Nunca somando a Ele algo mais: igreja e as suas ordenanças, você e as suas

intenções sinceras, nem obra religiosa, sacrifício de homens bons no passado, presente

ou futuro. O dom gratuito de Deus é especial, exclusivo, único, completo e

eternamente “por Jesus Cristo nosso Senhor.”

Cristo é suficiente para Deus se satisfazer com o trabalho da Sua alma – Is 53.10-11,

“Todavia, ao SENHOR agradou moê-Lo, fazendo-O enfermar; quando a Sua alma se

puser por expiação do pecado, verá a Sua posteridade, prolongará os Seus dias; e o

bom prazer do SENHOR prosperará na Sua mão. Ele verá o fruto do trabalho da Sua

alma, e ficará satisfeito; com o Seu conhecimento o Meu servo, o Justo, justificará a

muitos; porque as iniquidades deles levará sobre Si.”

Cristo é suficiente, pois Ele cumpriu toda a lei e toda a obra que Deus Lhe deu a fazer –

Jo. 17.2-4, “Assim como Lhe deste poder sobre toda a carne, para que dê a vida eterna

a todos quantos Lhe deste. E a vida eterna é esta: que Te conheçam, a Ti só, por único

Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a Quem enviaste. Eu glorifiquei-Te na terra, tendo

consumado a obra que Me deste a fazer.”

Cristo é suficiente, pois Ele foi determinado por Deus a ser o Salvador idôneo– Mt. 1.21,

“E dará à luz um Filho e chamarás o Seu nome JESUS; porque Ele salvará o Seu

povo dos seus pecados.”; At. 17.30-31, “Mas Deus, não tendo em conta os tempos da

ignorância, anuncia agora a todos os homens, e em todo o lugar, que se arrependam;

Porquanto tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por

meio do homem que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-O dentre os

mortos.” Os que se arrependem e crêem em Cristo têm a justiça de Cristo imputada a

eles (II Co. 5.21, “Àquele que não conheceu pecado, O fez pecado por nós; para que

nEle fôssemos feitos justiça de Deus.”)

A necessidade do pecador: Entrar na obra de Cristo pelo arrependimento dos seus

pecados e pela fé nEste Salvador pelo qual Deus dá o Seu dom, ou seja, a vida eterna.

Você está no caminho da morte ou da vida?

Os que já estão em Cristo, têm uma posição bendita e eterna. Faça com que o seu andar se

aproxime daquela posição bendita. Gl. 2.20, “Já estou crucificado com Cristo; e vivo,

não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé

do Filho de Deus, O qual me amou, e Se entregou a Si mesmo por mim.”) O homem

ímpio vive uma vida de pecado e ganha a merecida morte. Não é assim para o cristão.

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A ele é dada a graça e por isso vive uma vida de crescente obediência. A graça não é

recompensa da obediência, mas a obediência é fruto da graça (I Co. 15.10, “Mas pela

graça de Deus sou o que sou; e a Sua graça para comigo não foi vã, antes trabalhei

muito mais do que todos eles; todavia não eu, mas a graça de Deus, que está

comigo.”)

“Falo como homem, pela fraqueza da vossa carne; pois que, assim como apresentastes os

vossos membros para servirem à imundícia, e à maldade para maldade, assim

apresentai agora os vossos membros para servirem à justiça para santificação.”, Rm.

6.19.

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XIX. A SEPARAÇÃO DO ERRO

Cremos que as Escrituras ensinam que todo salvo deve ter posição convicta, separando-se,

totalmente, daqueles que, mesmo crentes, praticam ou não se separam daqueles que

praticam, mesmo os mais sutis e disfarçados erros doutrinários 1; em particular, é bíblico

abominar e ensinar todos a abominarem: os erros do modernismo teológico, do

liberalismo, do ecumenismo, da nova-era, da renovação carismática-pentecostal 2,

inclusive seu estilo de música, erradamente, chamada evangélica, mas que nem é,

realmente, sagrada e nem espiritual, com os ritmos, os estilos ora intimistas-emocionalistas

ora agitados, as palmas, os balanços de corpo, etc., tudo tendo o cheiro do mundo e

agradando à carne e ao mundo 3.

Referências:

1. Amós 3:3, “Porventura andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?”; Romanos 16:17-19; II Coríntios 6:14-17; Gálatas 1:6-9; II Timóteo 3:6,14; I Timóteo 6:5;

II Timóteo 2:15-19; 3:1-5; 4:1-5; Tito 3:10; II João 7-11

2. I Coríntios 14:21-22, “Está escrito na lei: Por gente de outras línguas, e por outros

lábios, falarei a este povo; e ainda assim Me não ouvirão, diz o Senhor. 22 De sorte

que as línguas são um sinal, não para os fiéis, mas para os infiéis; e a profecia não é

sinal para os infiéis, mas para os fiéis.”; II Coríntios 12:7,12; II Timóteo 4:20

3. 1 Coríntios 14:26, “Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós

tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo

para edificação.”; Efésios 5:18-19; Colossenses 3:16-17 // Romanos 8:5-8; Tiago 4:4 //

Romanos 12:1-2; 8:5-8; 6:1-16; 13:14; 14:7,13,21; 1 Coríntios 6:12; 8:9,12-13; 10:23,31-

33; 14:20; Gálatas l:7-9; Colossenses 3:1-2,5; I Tessalonicenses 5:22; Tiago 4:4.

A separação eclesiástica é outra área que é bem fácil de compreender. Precisamos adotar e

manter uma barreira entre nós e aqueles que praticam uma variedade de "cristianismo" que

não existe na Bíblia. Como disse Shakespeare, "Nem tudo o que reluz é ouro". E nem todo

aquele que se diz convertido realmente é. Quando a doutrina for má, fique longe deles. O

Movimento Ecumênico não é nada mais do que um repúdio em massa à doutrina bíblica

da separação, disfarçada sob um estandarte de unidade e precisa ser rejeitado como falso.

E, é essa precisa violação da doutrina que requer que vejamos Billy Graham e todos os

outros de seu tipo com extrema cautela. Eles são conhecidos como "neo-evangélicos" e

são famosos por rejeitarem a doutrina bíblica da separação. A posição deles é a da

"infiltração" [um termo que eles mesmos adotaram] e é a antítese da separação, fazendo

exatamente o contrário. Em outras palavras, a filosofia deles é parecer, falar e agir como o

mundo, para então "ganhar o mundo para Cristo". Para maximizar as conversões, insistem

no pragmatismo - fazer qualquer coisa que sirva para produzir números. Se os números

"vierem à frente, atendendo ao apelo" então os métodos usados estão justificados. Isso,

meus amigos, assemelha-se à moral jesuíta - o fim justifica os meios. Deus não apóia

isso!!! Qualquer pessoa descarada o suficiente para insistir que a doutrina bíblica da

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separação está "fora de moda" e "não funciona mais" [talvez não sejam as citações exatas,

mas bem próximas do sentido desejado pelo porta-voz neo-evangélico Harold Ockenga,

em 1957] é um herético e após duas ou três admoestações deve ser rejeitado [Tito 3:10].

Vejamos o verso inteiro:

"Ao homem herege, depois de uma e outra admoestação, evita-o."

Billy Graham e outros neo-evangélicos foram admoestados, tantas vezes, pelos pastores

fundamentalistas conservadores, que o número, sem dúvida, chega aos milhares! Todavia,

eles se mantêm irredutíveis e se recusam a abandonar a estratégia original e a declaração

de propósito, tentando, cegamente, fazer a obra de Deus da maneira do homem. Que Deus

tenha misericórdia deles! Esperamos que com esta explicação do afastamento doutrinário

deles, muitos mais percebam porque continuamos a apontar o erro deles, a despeito de

incorrer na ira daqueles desinformados que pensam em colocá-los em pedestais de

santidade. Não é uma questão do que pensamos, mas do que Deus diz em Sua Palavra!

Se você dirigir o carro para uma quadrilha que assaltou um banco, você é considerado tão

culpado quanto aqueles que entraram no banco e perpetraram o assalto? Certamente que

sim! A lei descreve isso como cumplicidade, um participante no crime. E, existem muitas

aplicações jurídicas desse princípio. Existem também muitas aplicações na área da

separação. Se voltarmos à nota de rodapé na Bíblia de Scofield, vemos que ela menciona

contemporização e cumplicidade com o mal. O que isso está nos dizendo? Basicamente,

indica que não precisamos ser aquele que está envolvido em um pecado específico para

estarmos errados - simplesmente contemporizar ou estar em cumplicidade já é

pecaminoso. Isso é grave e precisa ser encarado com seriedade pessoal. Deus nos

considera responsáveis por nossas ações e, quando, conscientemente, flertamos com a

multidão errada, somos tão culpados quanto ela. Isso tem grandes implicações e deve

deixar muitos pastores nervosos no que se refere à prática doutrinária. Por exemplo, se um

pastor sai por uma tangente doutrinária, como o neo-evangelicalismo e não é questionado

pelos diáconos, então eles são tão culpados por não praticarem a separação quanto o

pastor! Se a doutrina continua sendo desconsiderada e o pastor foi questionado da maneira

bíblica correta pelos membros da congregação, então eles têm três escolhas: (1) Pedir a

renúncia do pastor, ou (2) caladamente, deixar a igreja, ou (3) não fazer nada e ser

cúmplices da doutrina errada. Esse pecado é o equivalente moral da AIDS e milhares de

pastores já estão infectados ou apresentam resultado positivo no teste do vírus. São os

resultados das "novas medidas para uma nova teologia" de Charles Finney - o fruto

amargo de uma decisão deliberada e aberta de tentar fazer um melhor trabalho de

evangelismo que Deus! O orgulho pecaminoso está no centro da matéria - um desejo

intenso por resultados e de receber a aprovação dos homens - a velha mentalidade "minha

igreja é maior do que a sua". E, a mentalidade é insidiosa e afeta os homens de maneiras

estranhas - homens que negariam com veemência tê-la, mas que assim mesmo adotam

atitudes de grandeza no que se refere aos números. Por exemplo, um certo pastor (que não

será citado para proteger os símplices) pontifica em seu livro que existem pastores demais

e que a maioria de nós deveria renunciar para que nossos rebanhos sejam adequadamente

pastoreados por líderes comprovados, como ele e alguns outros pastores das mega igrejas.

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E, essa gema vem logo após ele ter condenado os pastores que se orgulham dos números.

Sem brincadeira! Ele dedica páginas e páginas defendendo e exaltando seu ego e eu quase

queimei o livro de tanta raiva que senti, mas depois decidi conservá-lo como um constante

lembrete do que o orgulho pode fazer com a mente humana

Autor: Pr. Ron Riffe

Tradução: Jeremias R D P dos Santos

A Espada do Espírito: http://www.espada.eti.br

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XX. O MUNDO VINDOURO

Cremos que o fim do mundo está se aproximando1; que no Último Dia, Cristo descerá dos

céus2, e ressuscitará os mortos dos túmulos para a retribuição final

3; e que uma separação

solene acontecerá4; que os ímpios serão julgados à punição eterna, e os justos à glória

eterna5; e que este julgamento será permanente no inferno ou no céu baseado nos

princípios de justiça 6.

Referências:

1. I Pedro 4:7, “E já está próximo o fim de todas as coisas; portanto, sede sóbrios e

vigiai em oração”; I Coríntios 7:29-31; Hebreus 1:10-12; Mateus 24:35; I João 2:17;

Mateus 28:20; 13:39, 40; II Pedro 3:3-13;

2. Atos 1:11, “Os quais lhes disseram: Homens galileus, por que estais olhando para o

céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como

para o céu o vistes ir.”; Apocalipse 1:7; Hebreus 9:28; Atos 3:21; I Tessalonicenses 4:13-

18; 5:1-11;

3. Atos 24:15, “Tendo esperança em Deus, como estes mesmos também esperam, de

que há de haver ressurreição de mortos, assim dos justos como dos injustos.”; I

Coríntios 15:12-58; Lucas 14:14; Daniel 12:2; João 5:28, 29; 6:40; 11:25, 26; II Timóteo

1:10; Atos 10:42;

4. Mateus 13:49, “Assim será na consumação dos séculos: virão os anjos, e separarão

os maus de entre os justos,”; Mateus 13:37-46; 25:31-33;

5. Mateus 25:35-41, “Porque tive fome, e destes-Me de comer; tive sede, e destes-Me

de beber; era estrangeiro, e hospedastes-Me;

36 Estava nu, e vestistes-Me; adoeci, e visitastes-Me; estive na prisão, e fostes ver-

Me.

37 Então os justos lhe responderão, dizendo: Senhor, quando Te vimos com fome, e

Te demos de comer? ou com sede, e Te demos de beber?

38 E quando Te vimos estrangeiro, e Te hospedamos? ou nu, e Te vestimos?

39 E quando Te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos ver-Te?

40 E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos digo que quando o fizestes a um

destes Meus pequeninos irmãos, a Mim o fizestes.

41 Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de Mim,

malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos”; Apocalipse 22:11;

I Coríntios 6:9, 10; Marcos 9:43-48; II Pedro 2:9; Judas 1:7; Filipenses 3:19; Romanos

6:22; II Coríntios 5:10, 11; João 4:36; II Coríntios 4:18;

6. Romanos 3:5, 6, “E, se a nossa injustiça for causa da justiça de Deus, que diremos?

Porventura será Deus injusto, trazendo ira sobre nós? (Falo como homem.) 6 De

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maneira nenhuma; de outro modo, como julgará Deus o mundo?”; II Tessalonicenses

1:6-12; Hebreus 6:1-2; I Cor. 4:5; Atos 17:31; Romanos 2:2-16; Apocalipse 20:11, 12; I

João 2:28; 4:17; II Pedro 3:11, 12.

O Julgamento - Parte I

Pr. Calvin G Gardner

Texto para a Leitura: Ex 18.4-17

Texto para a Memorização: Rm 5.12, “Portanto, como por um homem entrou o pecado

no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por

isso que todos pecaram.”

Introdução – Algum fato de um julgamento final, geralmente, é conhecido por todo

homem. A ideia de uma consequência desagradável resultante dos erros cometidos é bem

aceita pela sociedade em geral. Também a maioria das pessoas que fazem parte da

sociedade crêem que passará ileso dessas consequências desagradáveis. Crêem que serão

isentos do julgamento futuro por terem sofrido enquanto aqui neste mundo. É verdade que

sofremos aqui na terra. É verdade que esse sofrimento é consequência do pecado do

homem. Todavia, sofrer no mundo não diminui nem elimina o julgamento vindouro.

Ninguém escapa: “E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois

disso o juízo”, Hb. 9.27.

Desde o começo da humanidade, no jardim de Éden, antes mesmo de pecar, o homem

convivia com a realidade de uma consequência no caso dele desobedecer às regras de

Deus. Deus deixou clara a Sua regra: “Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal,

dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás.”, Gn. 2.17. A

existência de qualquer lei pressupõe um julgamento.

Ninguém estranha essa ideia. A sociedade em geral concorda que o governo deve manter

cadeias e penitenciárias. Ninguém estranha a necessidade de ter leis e uma força policial

para manter a ordem pública. Talvez nem todos entendam como funcionam os tribunais

mas são poucos os que negam a sua utilidade. Até a existência de regras e a devida

punição nos jogos esportivos é aceitável pelos homens de bom senso. Se houver alguma

discordância sobre essas necessidades tal discórdia não é sobre a existência de um

julgamento, mas no grau da punição dado.

A responsabilidade de cada um receber as justas consequências pelas suas ações pessoais é

uma verdade que deve ser inculcada em todo lar. A ordem pacífica da sociedade depende

disso. Se desde o berço cada membro da comunidade fosse estabelecido no fato de que o

desvio é inaceitável e resulta numa punição justa e imediata, o nosso convívio uns com os

outros seria muito mais satisfatório (Ec. 8.11, “Porquanto não se executa logo o juízo

sobre a má obra, por isso o coração dos filhos dos homens está inteiramente disposto para

fazer o mal.”). Quando Deus deu a Sua lei moral que exige castigo pelo erro, além dEle

fazer isso para a Sua glória, o fez para o nosso bem.

Julgamento na Bíblia – O que Significa “julgamento”?

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O Pastor Davis W. Huckabee observa que existem várias palavras gregas traduzidas para a

palavra ‘julgamento’. Apenas duas dessas são destacadas como mais importantes para o

nosso estudo. Krisis (#2920, Strong’s, 47 vezes): uma separação seguida por uma decisão.

Krima (#2917, Strong’s, 28 vezes): a ação resultante (condenação, julgamento, juízo) do

verbo Krino (#2919, Strong’s, 98 vezes): julgar.

Existe um julgamento, ou seja, uma separação que será seguida por uma decisão judicial,

que acontece, imediatamente, quando qualquer um morre. Essa separação é para um

destino eterno que corresponde à condição do coração do homem na hora da morte. Estes

versículos referem-se a este tipo de julgamento: Ec. 12.7, “E o pó volte à terra, como o era,

e o espírito volte a Deus, que o deu.”; Hb. 9.27, “E, como aos homens está ordenado

morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo”.

Jesus ensinou que a condição do coração do homem na hora da morte determina o seu

destino (Lucas 16.19-25). Os salvos por Cristo vão para aquele lugar reservado para o

povo de Deus e todos os outros se encontram, imediatamente, nos tormentos do inferno

(hades). Aqui ficam até o julgamento (decisão divina) final, ou seja, do Trono Branco.

O Julgamento Divino – A Sua Natureza

Num julgamento não há apenas uma determinação da culpa do transgressor mas a justiça é

declarada, ou seja, a da punição devida é declarada. O homem, em geral, já entende que é

culpado (Rm. 2.14-16; 5.12; Hb. 10.26-27). Deus é ciente disso também (Hb. 4.13; Jo.

3.19).

O julgamento divino tem o que os julgamentos entre homens não têm, ou seja, a

“manifestação do juízo de Deus” (Rm. 2.5). Para os pecadores não arrependidos o

julgamento divino manifestará a indignação justa de Deus contra o pecado. Na ocasião do

julgamento divino Deus também revelará a punição devida para cada transgressão.

O julgamento dos salvos manifestará o prazer divino pela justiça imputada por Cristo e

determinará o galardão para cada obediência, II Co. 5.10, “Porque todos devemos

comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito

por meio do corpo, ou bem, ou mal.”

Você se sente culpado pelo seu pecado? Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o Justo

pelos injustos para levar os que se arrependem e creem nEle, pela fé, a Deus (I Pe. 3.18).

A salvação eterna está em Cristo. O futuro julgamento manifestará o juízo de Deus e cada

pecado será justamente punido. Essa punição eterna já foi levada por Cristo Jesus para os

que entrem pela fé nEle! Há salvação hoje!

Os Julgamentos da Bíblia

Os estudiosos contam sete julgamentos mencionados na Bíblia: O Julgamento na Cruz –

I Pe. 3.18; O Auto-Julgamento do Salvo – I Co. 11.31-32; O Julgamento das Obras do

Salvo – Rm. 14.10; II Co. 5.10; O Julgamento de Israel – Is. 1.27; Jl. 2.31-32; O

Julgamento das Nações – Mt. 25.31-33; Ap. 20.8-9; O Julgamento dos Anjos – I Co.

6.3; II Pe. 2.4; Jd. 6; O Grande Trono Branco ou O Julgamento dos Ímpios que

Morreram – Ap. 20.11-15.

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Outros categorizam os julgamentos em três períodos distintos: Antes da Segunda Vinda de

Cristo – A Cruz, O Tribunal de Cristo, ou O Julgamento das Obras do Salvo; Os

Julgamentos Associados com A Segunda Vinda de Cristo – O Julgamento das Nações, de

Israel, dos Mártires da Tribulação, e os Julgamentos que Acontecem Depois de Cristo

voltar à terra – O Julgamento de Satanás e os Seus Anjos Ímpios, O Grande Trono

Branco, ou, O Julgamento dos Ímpios que Morreram.

Você está pronto para esse julgamento? A única salvação é estar com os benefícios do

primeiro julgamento, ou seja, o de Jesus na cruz – Jo. 3.14-16, 36. Seja salvo hoje se

arrependendo dos seus pecados e confiando em Cristo Jesus, o Salvador!

O Julgamento – Parte II – O Julgamento do Grande Trono Branco

Pr. Calvin G Gardner

Texto para a Leitura: Ap. 20.11-15

Texto para a Memorização: Jo. 5.28-29, “Todos que estão nos sepulcros ouvirão a Sua

voz. Os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal para

a ressurreição da condenação.”

O Julgamento Final - O Julgamento do Grande Trono Branco

Na cronologia da escatologia, logo depois da guerra de Gogue e Magogue, o juízo final

acontece. Esse julgamento é o último e o pior julgamento que qualquer ser humano

passará. “A fortíssima espada da justiça Divina será desembainhada neste dia para atingir

cada pecador não arrependido pelas suas transgressões” (T. Ross, pg. 219).

O Juiz Assentado Sobre O Trono é Deus Filho – Ap. 20.11-12

Todos diante desse trono encararão “Deus” (v. 12). A Sua presença é terrível (v. 11, “de

cuja presença fugiu a terra e o céu; e não se achou lugar para eles.”). O Substituto e

Salvador dos pecadores arrependidos (I Pe. 3.18;II Co. 5.21); O Evangelho pregado pelos

apóstolos (I Co. 15.1-8; At. 26.20); O Fundador e Cabeça das Suas igrejas (Mt. 16.18; Ef.

5.23) e O Exaltado com todo poder, que as comissionou a pregarem Ele mesmo a toda

criatura (Mt. 28.20; Fp. 2.8-10), é Quem está neste trono. Ele será manifestado como Juiz.

O Salvador dos arrependidos e o Advogado dos salvos é grande em misericórdia (At.

16.31; I Jo. 2.1). Porém, como Juiz, Ele é terrível. Da Sua presença fogem a terra e o céu

(Ap. 20.11). Jesus está terrível no Seu direito e na Sua majestade como Juiz.

Jesus tem o direito de ser o Juiz neste trono. Essa qualificação de juiz, o Pai Lhe deu: Jo.

5.22-23, 27, “E também o Pai a ninguém julga, mas deu ao Filho todo o juízo; Para que

todos honrem o Filho, como honram o Pai. Quem não honra o Filho, não honra o Pai que

O enviou. 27 E deu-Lhe o poder de exercer o juízo, porque é o Filho do homem.”; At.

10.42, “... testificar que Ele é o que por Deus foi constituído Juiz dos vivos e dos mortos.”;

17.31; Rm. 2.16, “No dia em que Deus há de julgar os segredos dos homens, por Jesus

Cristo, segundo o meu evangelho.” A Jesus foi dado todo o poder no céu e na terra e foi

exaltado soberanamente com um nome sobre todo o nome. Portanto, senão por direito de

Criador ou Salvador, Jesus tem o direito de ser o Juiz neste julgamento final por

autoridade do Seu Pai (Mt. 28.18; Fp. 2.9). Nunca pense que pode evitar Quem Deus Pai

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estabeleceu como Juiz no julgamento final a não ser quem está confiando na obra de

Cristo Jesus na cruz. Jesus é terrível no Seu direito e na Sua majestade como Juiz.

Jesus tem o direito de ser o Juiz neste trono. Pela Sua vida como homem, Jesus venceu

todo e qualquer pecado (Hb 9.14, “Quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito

eterno Se ofereceu a Si mesmo imaculado a Deus, purificará as vossas consciências das

obras mortas, para servirdes ao Deus vivo?”; I Pe. 1.19, “Mas com o precioso sangue de

Cristo, como de um Cordeiro imaculado e incontaminado”) Pela Sua morte Jesus

aniquilou “o que tinha o império da morte, isto é o diabo” (Hb. 2.14-18). Pela Sua

ressurreição Cristo Jesus foi manifestado como o Juiz destinado por Deus (At. 17.31,

“Porquanto tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio

do Homem que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-O dentre os mortos.”).

Jesus tem todo direito de ser o Juiz.

Por direito, Jesus é o Juiz neste trono. Jesus tem essa qualificação por conhecer

pessoalmente todo tipo de tentação e por vencer a condenação do pecado (Hb. 4.15,

“Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-Se das nossas

fraquezas; porém, Um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado.”). Assim é

inteligível a Sua sentença no julgamento sobre os que transgrediram a lei do Seu Pai. Foi

Jesus Quem os pecadores diante deste trono rejeitaram. Nada mais justo do que eles

encararem Quem rejeitaram. “Para os que odiaram a misericórdia e rejeitaram o amor e

graça do Senhor Jesus Cristo, este julgamento será a manifestação da retribuição perfeita

para cada pecado. O homem tem uma escolha. Ele deve escolher encarar Cristo como

Salvador ou como Juiz. O Salvador rejeitado será o Justo Juiz” (Huckabee, pg. 64, Seven

Judgments, tradução livre). Será terrível encarar Jesus como Juiz!

Jesus é o majestoso Juiz. Jesus é o resplendor da glória de Deus e a expressa imagem da

própria pessoa de Deus (Hb. 1.3). A majestade de Jesus é revelada como a Palavra de

Deus pela qual Deus criou tudo (Hb. 11.3; 1.2; Jo. 1.1-3; Sl. 33.6). Sua majestade é

manifestada pela Sua vida imaculada quando cumpriu a lei, cancelando, assim,

totalmente, a força do pecado (Mt. 5.17; Jo. 19.30). Pela Sua ressurreição, Jesus derrubou

o pecado e a condenação do pecado que é o aguilhão da morte (Rm. 6.9; I Co. 15.55-57).

Agora, Ele vivifica os que se arrependem dos seus pecados e pela fé confiam nEle. Estes

têm a vida eterna e não entrarão em condenação (Jo. 5.24, “Na verdade, na verdade vos

digo que quem ouve a Minha palavra, e crê nAquele que Me enviou, tem a vida eterna, e

não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida.”).

Você está em Cristo Jesus? Se você negar ver Jesus como Salvador, vê-Lo-á como seu

Juiz neste julgamento final. Será terrível encarar Jesus como Juiz!

Os Julgados – Quais São?- Jo. 5.28-29, “Todos que estão nos sepulcros ouvirão a Sua

voz. Os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal para

a ressurreição da condenação.”

Os que ouvirão a Sua voz são os que fizeram o bem. Estes participarão da ressurreição da

vida. Essa ressurreição começa no arrebatamento e termina com os mártires durante a

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Tribulação (I Ts. 4.13-17; Ap. 20.4-6). Estes estarão sempre com o Senhor Jesus e não

entrarão em condenação, pois os seus pecados já estão julgados nEle (Rm. 8.1, 31-39).

Os que não quiseram ouvir a Sua voz enquanto estavam na terra, ou seja, não quiseram ter

o Seu jugo sobre eles (Sl. 2.2-3), não ouvirão a Sua voz para participar na primeira

ressurreição que é para a vida (Ap. 20.4-5). Todavia ouvirão a Sua voz para serem

ressurretos na ressurreição que leva para a segunda morte (Ap. 20.12-14). Essa

ressurreição é para os que fizeram o mal. É chamada a “ressurreição da condenação” por

levar para esse fim. A “ressurreição da condenação” é o julgamento do Grande Trono

Branco. Aqui os não salvos estarão presentes corporalmente, pois o cemitério (os corpos

dos não salvos, a “morte”) e o inferno (as almas dos não salvos) darão o que neles havia

(Ap. 20.13).

Os que rejeitam a vitória do Senhor Jesus Cristo, sejam grandes ou pequenos, responderão,

pessoalmente, diante dEle, nessa ocasião. Terão oportunidade para responder por qual

razão desprezaram Jesus, a Quem o Pai exaltou sobre todo e qualquer nome (Fp. 2.8-11).

Jesus determinou que os que “fizeram o bem” terão vida e os que “fizeram o mal” terão a

condenação. Se não tivéssemos nenhuma outra instrução sobre a salvação na Bíblia

concluíramos que somos salvos ou condenados apenas pelas nossas obras. E muitos

religiosos assim concluem. Todavia, existe uma abundância de instrução sobre a salvação

na Bíblia para os que desejam saber. Examinando toda a Bíblia concluímos que a salvação

não é obtida nem mantida pelas obras do homem.

Tito nos diz que não somos salvos pelas obras (Tt. 3.5). O profeta Isaías ensina que as

nossas justiças são como trapos de imundícia (Is. 64.6). Jó pergunta: “Quem do imundo

tirará o puro?” Ele mesmo responde: “Ninguém” (Jó 14.4). Jesus e os apóstolos enfatizam

que a salvação é pela graça (At. 15.11; Rm. 3.24; Ef. 2.8-9). Sendo pela graça, não pode

de nenhuma forma ser pelas obras do homem (Rm. 11.6). A carne para nada aproveita (Jo.

6.63).

Então, o que devemos concluir quando Jesus ensinou que o tipo de ressurreição depende

do que os homens fizeram? Devemos concluir que as obras de qualquer homem testificam

do que ele é, ou seja, as obras anunciam a todos quem somos (Mt. 7.17-20; Jo. 10.25).

Os que fazem o bem são os que têm a justiça de Jesus imputada neles, têm uma nova

natureza e deleitam-se em fazer a lei de Deus (II Co. 5.21; Rm. 7.22; Jo. 14.12). Os que

fazem o mal são os que produzem somente as obras da carne (Gl. 5.19-21; I Co. 2.14; Rm.

8.6-8).

Tendo somente as suas obras para declarar o que você é, você será participante de qual

ressurreição?

Os Livros Abertos neste Julgamento – Ap. 20.12, “E vi os mortos, grandes e pequenos,

que estavam diante de Deus, e abriram-se os livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida.

E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas

obras.”

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Os livros que formarão a base do julgamento dos que estarão presentes diante deste trono

são a Palavra de Deus, o “outro livro” – o Livro de Vida, e “os livros” contendo as obras

de todos os que estarão diante deste trono.

Jesus prometeu que a Palavra de Deus estará presente neste julgamento: “Quem Me

rejeitar a Mim, e não receber as Minhas palavras, já tem quem o julgue; a palavra que

tenho pregado, essa o há de julgar no último dia.”, Jo. 12.48. Todos os que agora negam se

submeter à Verdade da salvação apresentada pela pregação das Escrituras asseguram a sua

própria condenação.

O Livro da Vida contém os nomes de todos os eleitos de Deus. É chamado o “livro da

vida do Cordeiro” por ser pelo Cordeiro que estes são salvos (Ap. 21.27; 5.5-10). Os

nomes dos eleitos foram escritos neste livro desde a fundação do mundo (Ap. 17.8; Ef.

1.4; II Tm. 1.8-9). Antes deste evento não temos evidência de que este livro foi aberto. Seu

nome está escrito neste livro? Mais importante do que ser listado num rol de igreja, numa

biografia de heróis da fé, ou ter sofrido grandes privações pela religião é ter o seu nome

neste livro. Terrível será se faltar o seu nome neste livro!

Você pode saber se o seu nome está escrito nesse livro se você tem certeza de que se

arrependeu e creu pela fé em Cristo Jesus como seu Salvador. Se o seu desejo é agradar a

Deus pela sua obediência à Sua palavra, pode saber que tem as marcas de um eleito de

Deus (Rm. 7.22; Mt. 7.24-27). Se, porém, deseja cumprir os desejos da carne, ser

dominado pela carne e caso a submissão à Palavra de Deus não é um alvo da sua vida,

pode saber que, se morrer nessa condição, o seu nome não constará neste livro.

Arrependei-vos e crede no Senhor Jesus Cristo!

Os “Outros Livros” contêm todas as obras e pensamentos de cada ímpio e transgressor da

lei de Deus que não tem o sangue de Cristo entre ele e o Juiz. Estes livros serão abertos

diante deste trono (Ec. 12.14; Mt. 12.36; Rm. 2.16; Hb. 4.13; Ap. 20.12, “segundo as suas

obras”). Entendemos que assim o julgamento será justo, pois não admite falsas acusações

de outros, maquiagem dos fatos ou apelos emocionantes. A verdadeira relação das suas

obras, fielmente, registradas para que a punição seja justa dos que não estão em Cristo.

As Consequências

O lago de fogo é o destino de todos que não têm os seus nomes escritos no livro da vida do

Cordeiro, ou seja, os que não têm o sangue de Jesus nos seus corações. Serão lançados o

corpo e a alma neste lago de sofrimento (Ap. 20.14-15). Estes podem somente culpar a si

mesmos pela condenação deles neste lago de fogo. São as suas próprias obras que foram

julgadas e não as de Cristo ou de outros.

Pode alguém pensar que Deus é culpado por não eleger todos para a vida eterna? Deus

teria culpa se Ele fosse obrigado a fazer algo e não fez. Mas, desde que a salvação é pela

graça, a eleição também é (Rm. 11.5). Os não eleitos não buscaram a salvação fazendo,

alegremente, tudo que, eventualmente, os condenam, ou seja, as obras da carne (Rm. 1.28-

32; Gl. 5.19-21; I Jo. 2.16). Para ser salvo é necessária a graça de Deus. Para ser

condenado são necessárias as obras da carne. Se desejar ser salvo dos seus pecados,

arrependa-se deles e clame a Deus pela Sua misericórdia. “Ninguém deve se preocupar se

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Deus lhe salvará ou não. Todos que desejam ser salvos, podem fazer da maneira bíblica.

Humanamente falando, a sua fé em Cristo é o que faz a diferença entre estar presente

diante deste trono ou não.” (G. Smith, pg. 171)

O lago de fogo é um lugar onde a segunda morte acontece para os perdidos “receber o

dano” (Ap. 2.11). Este verbo traduzido “receber o dano” indica sofrimento e prova que a

segunda morte não é cessação de existência; é uma separação eterna de Deus (pg. 31,

Watterson).

Você está pronto para esse julgamento? A única salvação é estar com os benefícios do

primeiro julgamento, ou seja, o de Jesus na cruz – Jo. 3.14-16, 36. Seja salvo, hoje, se

arrependendo dos seus pecados e confiando em Cristo Jesus, o Salvador!

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XXI. MÉTODOS MISSIONÁRIOS

Cremos que o missionário deve ser enviado e autorizado por uma igreja 1, podendo, no

entanto, ser sustentado pela cooperação de várias igrejas da mesma fé e ordem; nenhuma

junta ou organização missionária deve substituir a igreja 2. Referências: -1. At 13:1-4;

14.26-27; -2. Fp 4:15-17; II Co 11.7-10.

A Importância da Igreja: I Tim. 3:15, “...na casa de Deus, que é a Igreja do Deus vivo, a

coluna e firmeza da Verdade.”

A. A Igreja é como:

1. Uma construção espiritual. Hebr. 3:6.

a. Pedra da Esquina, Alicerce – Cristo. I Ped. 2:6; Efes. 2:20.

b. Pedras na construção – vós, os salvos, I Ped. 2:5.

1)Um corpo. Efes. 4:15-16.

2)A cabeça é Cristo e o corpo funciona muito bem com todas as partes seguindo a Cabeça,

ou a Verdade.

2. A verdade é força da Igreja. Efes. 4:14-16; João 4:17:17.

3. Nos membros, Deus conserva a verdade como em nenhum outro.

a. Governo – ordenado por Deus, mas não é a coluna e firmeza de verdade.

b. Família – ordenada por Deus, mas não é a instituição onde a verdade reside em si.

c. Igreja – fundada, instituída e salva por Cristo é coluna e a firmeza da verdade. I Tim

3:15.

(1). Então, fique convicto da verdade! Preste atenção! Resiste ao diabo, firme na fé. I cor.

10:13; I Ped. 5:9.

(2). Então, estude a Palavra, medite na Palavra, e viva a verdade. Sal. 1:3; Gal. 2:20; I Ped.

3:15.

(3). Então, não deixe a congregação. Heb. 10:25. Reunidos, somos a Igreja. Os blocos para

uma construção não são a construção quando são espalhados, mas juntos são. Nós

precisamos da comunhão e o fortalecimento da verdade, e isso só pode ser juntos!

A Proximidade da Igreja para com Deus: O Seu Corpo. Efes. 5:29-30.

A. A Igreja é o Seu Corpo,

Efés. 1:20-23, “Que é o Seu Corpo...”

Efés. 4:12, “...corpo de Cristo....”

Col. 1:24, “Seu corpo, que é a Igreja...”

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Col. 2:17, “...mas o corpo é de Cristo...”

1. Por isso a Igreja é visível.

a A igreja é a reunião das pessoas salvas e batizadas segundo a Sua Palavra.

b. Os símbolos que Deus compara à Sua Igreja são coisas que explicam a natureza da Sua

Igreja.

1) Construção, edifícios. I Ped. 2:5-6; Efes. 2:20-21.

2) Corpo, Efes. 5:30.

2. Por isso a Igreja é local.

A Um corpo pode ser um ser humano que existe no mundo, mas cada corpo é visível a

existir num só local.

1) Existe a família de Deus que é, geralmente, formada por santos vivos no mundo inteiro.

Efes. 2:19.

2) Existe o reino de Deus que é formado por santos mortos e vivos e os que serão Seus no

futuro. Mat. 18:1-2.

Mas, quando se fala da Sua Igreja, fala-se de uma assembleia visível e local. I Cor. 12:27.

3) Mais do que 115 vezes a palavra grega “EKKLESIA” é usada na Bíblia, no Novo

Testamento, e sempre se refere a uma congregação num lugar que poderia ser vista.

B. Cristo é a Cabeça do Corpo. Efes. 4:14 – 16; Col. 1:15-19, “...foi do agrado do Pai...”

“é para crescer em tudo nAquele que é a cabeça.” É para crescer na graça e no

conhecimento de Cristo. II Pe. 3:18. Cristo é o objetivo, alvo, propósito, compromisso de

todos nós!

1. Não é de nenhum homem, é claro. Mat. 16:18; Col. 1:19 “...toda a plenitude NELE

habitasse.” Se fosse do homem louvaríamos ao homem, mas como é de Cristo, então a

ELE seja toda a glória!

2. Por isso o corpo funciona. Efes. 5:29.

a. Para a Glória de Deus, “vem aumento de Deus”.

b. Todos os membros obedecendo a Cristo, pela Palavra, operam de uma maneira

organizada ‘...organizados pelas juntas e ligaduras...” Rom. 12:4-5.

c. A força da Igreja vem de Deus, “… provido…”

3. Como entrar na Igreja.

a. Ser salvo por Cristo. Atos 16:31.

b. Ser batizado segundo o exemplo e ordem de Cristo. Atos 2:40-42.

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4. As bênçãos de ser membro do Seu Corpo.

a. Somos alimentados e sustentados. Efes. 5:29. “...como também o Senhor à Igreja...”

1). Deus cuida de nós. Quando a Palavra está aberta e a estamos lendo, ELE nos...

a) Aconselha – Prov. 8:14; Sal. 119:105.

b) Ensina – I Ped. 5:10.

c) Reprova – II Tim. 3:16-17.

d) Corrige – João 17:17

e) Instrui – II Tim3:16-17.

2). Deus nos alimenta para que possamos crescer e ter um corpo maduro e ativo nas boas

obras que agradam a Ele!

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XXII O LOUVOR

Cremos que o louvor prestado pela congregação ou apresentado pelos seus membros ou

membros de outras igrejas da mesma fé e ordem, deve ser como Deus deseja ser adorado,

ou seja, “em espírito e em verdade” algo que faz desnecessário e vergonhoso qualquer

estímulo da carne1; que o mesmo seja para a edificação do corpo de Cristo, que é a igreja

local e visível, sendo feito “decentemente e com ordem”, tendo previamente a aprovação

do pastor ou presidente da igreja2; não devendo ter nenhum estilo de música erradamente

chamada evangélica (Gospel), mas somente aquilo que edifica a igreja, sendo aquilo que é

realmente sagrado e espiritual, sem os ritmos, os estilos ora intimistas-emocionalistas ora

agitados, as palmas, os balanços de corpo, e seus múltiplos instrumentos tais como bateria,

guitarras, etc., tudo tendo os cheiros e agradando à carne e ao mundo 3

Referências: -1. Jo

4.24; I Co14: 15. -2. Ef 5.18, 19; I Co 14.26, 40; Hb 13:15-17. –3. Cl 3.16-17 // Rm 8.5-8;

// Rm 12:1-2; Cl 3:1-2, 5; Tg 4:4; I Ts 5:22.

O LOUVOR E A IGREJA

Edson S. Novaes

O LOUVOR PREGADO PELA BÍBLIA

I Coríntios 14:23-32 nos diz que um culto de adoração deveria desenvolver-se usando

apenas os dons espirituais, os louvores por meio de Salmos e o ensino, dando instruções

específicas sobre como os dons devem ser usados com sabedoria, sendo julgados e

utilizados com decência e ordem. É interessante notar que Paulo nada informa sobre a

posição em que se deve cantar (sentado, em pé, prostrado, etc.) e nem sobre o uso de

expressões corporais (palmas, dança, mãos para o alto, etc.).

O objetivo da existência da igreja, e consequentemente de cada membro em particular, é o

de adorar ao Senhor falando sobre as Suas virtudes e graças, e manifestar nossa gratidão

por Suas misericórdias. O culto em uma igreja não deve se reunir com o propósito de ter

um “período abençoado”, “buscar prazer espiritual”, “receber bênçãos específicas”. A

igreja tem que ter como objetivo a adoração ao Senhor no sentido de manifestar gratidão

por Suas bênçãos. A igreja de Cristo não foi criada para louvar e agradar com cânticos a si

mesmos, ou seja, agradar à carne.

Nenhum lugar da Bíblia nos informa que os crentes devem louvar ao Senhor da forma que

nos agrada, pelo contrário, todos os ensinamentos bíblicos mandam adorá-Lo como Ele

quer. A verdadeira adoração tem que ser dirigida pelo Espírito Santo, que exalta somente a

Deus o Pai, e o Senhor.

Algumas igrejas adotam o entendimento de que o período de louvor deve ser agradável à

igreja, ou seja, a igreja no momento do louvor deve se divertir, ter prazer e sentir-se bem.

E, logo, isto se torna um incentivo, principalmente, aos dirigentes da música que usam de

certa liberdade para conseguir uma platéia mais exaltada durante os louvores. Estes

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esquecem que devemos nos regozijar porque o Senhor está sendo exaltado e porque a Sua

graça está sendo anunciada, e não porque gostamos de nos sentir bem ou porque a igreja

está “fria”.

REVERÊNCIA NO LOUVOR

A Bíblia nos diz que quando entramos na presença do Senhor, devemos fazer com extrema

reverência. Um exemplo claro de reverência que nos vem à mente foi o fato ocorrido com

Moisés, quando Deus o ordenou que tirasse as suas sandálias porque estava em lugar

santo. Em Hebreus 12:28-29, lemos que, através do sangue de Jesus, temos “ousadia” de

entrarmos na Sua presença, mas este mesmo livro nos ensina que temos que ter temor em

Sua Presença, porque Deus é fogo consumidor.

Um erro comum que as igrejas cometem é crer que com a mudança dos séculos,

naturalmente, existem mudanças na igreja, sejam elas no culto ou louvor, porém se

esquecem de que Deus não muda só porque os nossos costumes mudaram (leia Malaquias

3:6).

A reverência é manifesta por uma atitude compatível, no comportamento e mesmo na

maneira como uma pessoa se veste, A reverência ao Senhor exige uma atitude diferente ao

nos aproximarmos de Sua presença. Mesmo que vivamos na presença de Deus e Jesus viva

em nós através do Espírito Santo, ao entrarmos em Sua presença através de um culto,

temos que fazê-lo de maneira especial, de forma que a aparência externa reflita a realidade

da reverência interior (leia Mateus 18:20). Para se oferecer um louvor que seja digno do

Senhor, o crente deve aprender a louvar com todos estes sentimentos em seu coração.

Os sentimentos provocados pelo Espírito Santo têm que ser expressos pelo coração, pois o

Senhor não olha a aparência exterior de uma pessoa, mas o seu coração (I Samuel 16:7).

Portanto, aqueles sentimentos santos devem ser expressos com oração, salmos e cânticos

espirituais com todo o nosso coração e com toda a nossa alma (Efésios 5:19-20). No Novo

Testamento, estas são as únicas exigências aos crentes.

Um cuidado que é necessário ter é não confundir causa e efeito. Ao chegarmos à presença

do Senhor, podemos não estar dispostos ao louvor por uma série de fatores (preocupações,

dívidas, tristezas, etc.). Logo, é por isto que todos os cultos devem ser iniciados por um

momento de contrição, confessando os nossos pecados, pedindo perdão pelos nossos atos e

pedindo que o Espírito Santo crie em nós a disposição para louvar.

Segundo o profeta Samuel, Deus não vê como vê o homem. O homem vê a aparência

exterior mas Deus esquadrinha nossos corações. No universo da adoração e louvor,

podemos dizer que quando adoramos ao Senhor, Ele espera ser adorado com “louvor de

gratidão”, “reverência” e “temor”, de todo o coração, alma e entendimento.

Uma forma excessiva e informal de se vestir, um modo de se comportar, de se

comunicar/falar, de se dirigir ao Senhor com indevida intimidade, reflete o quanto falta de

conhecimento sobre a maneira de como devemos nos apresentar na presença de Deus. Isto

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também revela que o processo de “transformação” que o Espírito Santo está operando na

vida de alguém ainda está na fase inicial.

O membro de uma igreja deve aprender, através da Bíblia, que quando uma pessoa se

converte ela deve abandonar as velhas maneiras de se vestir, falar, e se comportar que

aprendeu até o momento em que ainda era um transgressor perante Deus.

PREPARO ESPIRITUAL NO LOUVOR

É comum as igrejas se descuidarem no que se refere ao preparo espiritual de seus

instrumentistas e cantores, dando maior valor à capacitação técnica e beleza estética, ou

seja, qualquer um pode tocar e cantar, mas nem todos estão aptos.

No entanto, o Senhor tem revelado à Sua Igreja que, para que instrumentistas e cantores de

um coro ou grupo de louvor possam louvá-Lo, é indispensável que eles estejam vivendo

em santificação, dando um bom testemunho à Igreja e ao mundo. Eles devem também se

preparar para o louvor com oração e jejum. A importância do louvor requer tal preparo

espiritual para que vidas possam ser usadas e transformadas em pessoas que se tornam

instrumentistas ou cantores.

Uma igreja pode cometer dois tipos de erros na área do louvor:

Ignorar a importância do louvor da igreja por toda a sua história, por falta de

conhecimento da história da igreja;

Basear a doutrina do louvor em “experiências” de pessoas que eles consideram ser,

ou mesmo são, muito espirituais, abençoadas ou animadas.

Outro importante ponto de atenção é o fato do Senhor não se agradar de emoções de

louvor tais como palmas, danças, etc, que visam estimular as emoções. A Bíblia chama

isto de “fogo estranho” (leia Levítico 10:1-3). APENAS O ESPÍRITO SANTO DEVE

ESTIMULAR AS EMOÇÕES DOS CRENTES, promovendo sentimentos de louvor,

adoração e gratidão.

HINOS NO LOUVOR

A igreja deve cantar hinos que contenham uma mensagem profunda, que apresente um

conteúdo espiritual, que edifique o crente e que o estimule a adorar.

Não há necessidade de se repetir em culto o mesmo hino várias vezes, como se fossem

agradar mais a Deus, ou fosse permitir o Espírito Santo trabalhar mais na vida do

adorador. Isto é perigoso porque técnicas religiosas modernas de religiões místicas usam

este tipo de repetição interminável porque sabem como a repetição de uma mesma melodia

ou ritmo tende a criar uma atmosfera que faz com que as pessoas sintam emoções que as

farão crer que poderes sobrenaturais estejam agindo.

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Falando, especificamente, sobre o culto público, e baseado nos trechos leia I Coríntios 14,

e devemos ter extrema cautela quanto a sua condução:

Devemos ter cuidado com a ordem no culto

Não perturbar os outros;

Não escandalizar os visitantes que podem pensar que não estamos em nosso juízo

normal.

Devemos ter cuidado ainda com as nossas emoções. Na época de Eli/Samuel (leia I

Samuel 4:3-11) a arca foi tomada pelos filisteus e foi devolvida a Israel. Com a chegada da

arca da aliança, os israelitas gritaram porque estavam convencidos de que o Senhor estava

com eles. Porém o Senhor não foi tocado e não manifestou a Sua presença diante deles.

Eles tinham fé e entusiasmo, mas o Senhor não estava entre eles, porque eles não viviam

em santificação, agradando ao Senhor.

CUIDADOS COM OUTROS TIPOS DE LOUVORES

Devido ao MOVIMENTO DE RENOVAÇÃO iniciado na década de 60, este movimento,

ao contrário do que muitos pensam, ainda não parou. A evidência disto pode ser

encontrada nas muitas denominações ditas evangélicas criadas na última década. Tais

denominações fogem do uso do tradicionalismo em seus cultos, e seus louvores não são

diferentes.

Estas denominações, como forma de angariar massas de jovens para suas igrejas, criam

bandas de músicas, letras e músicas em tom apelativo. É interessante notar que em muitas

letras, na evolução da canção, nem sempre aparece a palavra Deus ou Jesus, sendo que em

alguns casos estes nomes são substituídos pela palavra “Ele”, ou seja, a canção passa a

tratar Deus ou Jesus de forma “subjetiva”.

Também existem letras de músicas que fogem da total reverência que devemos ter ao

Senhor, tratando por adjetivos dos quais não vale a pena comentar neste artigo.

Outras canções cometem o erro de, na idéia de informalidade extrema e familiaridade com

Jesus e Deus, de humanizá-los, ou seja, eles dão a Eles formas, necessidades e desejos que

são exclusivos dos seres humanos e não de Deus. Outros buscam adorar o Espírito Santo

em vão.

É fato que existem muitas canções (sem olharmos para quem as compôs, ou a que banda

pertence, ou mesmo a que denominação pertence) em que a letra atende a todos os

requisitos bíblicos de verdadeira adoração ao Senhor, porém sua melodia vai contra a

mensagem da canção.

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XXIII BATISMO NO ESPÍRITO SANTO

BATISMO NO ESPÍRITO SANTO. Cremos que Deus, no dia de Pentecostes,

autenticou a igreja que Cristo fundou em Seu ministério terreno 1, de uma vez para sempre,

com o batismo do Espírito Santo 2, dando à igreja aprovação e poder para cumprir a

Grande Comissão 3, e os dons milagrosos que o acompanhavam duraram somente até o

fim da época apostólica, sendo substituídos pela Bíblia, completa e suficiente, com a

finalidade de orientar os crentes 4. Referências: -1. Mt 16: 18,19; 18:15-20; Jo 4:1, 2; Mt

26:26-30; Mt 28:19, 20. -2. At 1:4; 2. -3. Lc 24:49. –4. II Co 12.12; I Co 13.8-13; Hb 2.1-

4; Mc 4:14; II Tm 3:15-18; 4:1, 2.

Como devemos responder a essa pergunta?

“Você recebeu o batismo com o Espírito Santo?” Thomas Williamson

Às vezes, um cristão é indagado se tem sido batizado com o Espírito Santo, ou se sua

igreja tem o batismo com o Espírito Santo. Como deveríamos responder a esta questão?

Muitas teorias têm sido propostas sobre a natureza do batismo com o Espírito Santo. Em

vez de rever todas elas, faríamos melhor se examinássemos as referências Bíblicas sobre

esta imersão no Espírito Santo. (A palavra grega sempre se refere a imersão, ou

literalmente na água ou tinta, ou num senso figurativo. Nenhum outro significado da

palavra pode ser achado no Novo Testamento ou na literatura grega antiga.)

O batismo com o Espírito Santo foi profetizado por João Batista como um evento futuro

em Mateus 3.11, onde é associado com fogo: “Aquele que vem após mim é mais poderoso

do que eu; cujas alparcas não sou digno de levar; Ele vos batizará com o Espírito Santo, e

com fogo.” Esta profecia aparece também nas mensagens paralelas descrevendo o

ministério de João. Em Marcos 1.8 lemos: “Eu, em verdade, tenho-vos batizado com água;

Ele, porém, vos batizará com o Espírito Santo.” Em Lucas 3.16 nos diz, “Eu, na verdade,

batizo-vos com água, mas eis que vem Aquele que é mais poderoso do que eu, do qual não

sou digno de desatar a correia das alparcas; Esse vos batizará com o Espírito Santo e com

fogo.” João 1.33 identifica Cristo como Aquele Que teria autoridade para batizar com o

Espírito Santo: “E eu não O conhecia, mas O que me mandou a batizar com água, Esse me

disse: Sobre Aquele que vires descer o Espírito, e sobre Ele repousar, Esse é o que batiza

com o Espírito Santo.”

Não há nos Evangelhos outras referências ao batismo com o Espírito Santo. A próxima

referência, Atos 1.5, afirma quando este evento prometido aconteceria. Cristo, pouco antes

de Sua ascensão, disse aos Seus apóstolos: “Porque, na verdade, João batizou com água,

mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias.” Qual evento

notável aconteceu apenas poucos dias depois da Sua ascensão, ou seja, em exatamente dez

dias? Pentecostes!

Agora, que determinamos com precisão o tempo que o prometido batismo com o Espírito

Santo aconteceu, podemos examinar a natureza deste evento. Como João Batista predisse,

foi associado com fogo; não um fogo literal, mas línguas repartidas como que de fogo,

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foram vistas, Atos 2.3. Veio, repentinamente, um som do céu como de um vento veemente

e impetuoso, Atos 2.2. Os discípulos começaram a falar noutras línguas, Atos 2.4. Não

eram línguas estranhas, nem idiomas celestiais incompreensíveis aos homens; mas, eram

línguas de outros países entendidas, claramente, pelos que as ouviram, Atos 2.8-11.

Esse maravilhoso evento de Pentecostes deve ser copiado pelas igrejas, hoje? Não há

registro na Bíblia ou na história da igreja de uma reencenação de Pentecostes, nem

qualquer ordem de Deus que deveríamos reencenar este evento. Qualquer igreja que

reivindica a reencenação de Pentecostes deveria verificar se todos destes sinais são

duplicados: o som de um vento veemente e impetuoso; as visíveis línguas repartidas como

que de fogo; e a proclamação do evangelho em idiomas legítimos de outros países não

entendidos por aqueles que as falavam.

O Pentecostes nunca foi reencenado e é um evento histórico único que, pela sua própria

natureza, não requer nenhuma reencenação. Não esperamos a reencenação da divisão das

águas do Mar Vermelho, hoje, em qualquer igreja; isto foi um evento único que serviu o

seu propósito, ou seja, o êxodo dos israelitas da escravidão egípcia. Precisamos aprender

as lições dessa intervenção milagrosa divina na história humana, e orientar as nossas vidas

por elas, mas não precisamos duplicar o próprio evento.

Qual o propósito histórico foi consumado pelo batismo do Espírito Santo em Pentecostes?

Os discípulos daquele tempo receberam poder para o ministério cristão, Atos 1.8, mas o

Espírito Santo ainda capacita-nos a sermos testemunhas, hoje, sem necessitar de

manifestações miraculosas ou visíveis. O batismo com o Espírito Santo era mais do que

somente manifestações. No dia de Pentecostes, o Espírito Santo apareceu, visivelmente,

aos homens para oficializar a Sua aprovação àquela instituição que Deus ordenou, pela

qual toda a Sua obra na terra será feita, ou seja, a Igreja local.

Deus estabeleceu duas instituições no Velho Testamento pelas quais toda adoração e

obediência do Seu povo devem ser conduzidas: o tabernáculo de Moisés e o templo de

Salomão. O Espírito Santo apareceu, publicamente e visivelmente, na inauguração do

tabernáculo (Êxodo 40.34-35) e no templo (1Reis 8.10-11). A Sua manifestação revelou a

todos os homens que Deus aprovou e endossou estas instituições. Somente uma

manifestação do Espírito Santo bastava em cada caso. Não deve nos surpreender de que o

Espírito Santo endossou a igreja da mesma maneira pública em Atos 2.

Enfatizamos que a igreja que o Espírito Santo endossou no Pentecostes era a instituição da

igreja local, não uma suposta “mística, invisível igreja universal,” um conceito não

Escriturístico que é contrário a todo o ensino do Novo Testamento sobre a igreja. O

conceito de uma “igreja universal”, como pregam muitos, é uma organização não-

existente, que não pode reunir, batizar, celebrar a Ceia do Senhor, disciplinar membros ou

receber dízimos. A igreja em Jerusalém, porém, fez todas essas coisas.

Devemos também, evitar o erro que diz que Pentecostes era “o nascimento da igreja”

como é afirmada, espontaneamente, por alguns. Não há base escriturística para tal

afirmação. A igreja em Jerusalém agregou 3.000 membros no dia de Pentecostes, Atos

2.41. Não pode agregar a algo que não existe. Em Atos 1, antes de Pentecostes,

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testemunhamos uma reunião de negócios da igreja em Jerusalém, quando Matias foi

votado a servir como apóstolo. O fato de que Jesus instruiu Seus discípulos sobre

disciplina pela igreja, Mateus 18.17, ensinando-os “dize-o à igreja” sem precisar explicar-

lhes o que era uma igreja, revela que a igreja já existia e era instituída por Cristo.

Agora, que temos revisto a natureza e o propósito do batismo com o Espírito Santo no dia

de Pentecostes, avançamos para cuidar da próxima (e última) referência bíblica ao batismo

com o Espírito Santo. Em Atos 11.16 o apóstolo Pedro, defendendo a sua decisão de

batizar e receber como irmãos os gentios convertidos de Cesareia, disse: “E lembrei-me do

dito do Senhor, quando disse: João certamente batizou com água; mas vós sereis batizados

com o Espírito Santo.”

Não é claro se Pedro estava afirmando que o cair do Espírito Santo em Cornélio e seus

companheiros em Atos 10.44-45 era uma repetição do batismo com o Espírito Santo, ou

meramente uma comparação do evento Àquele que ele conheceu no Pentecostes. O que é

claro é que o Espírito Santo caiu, graciosamente, sobre estes gentios convertidos, o

primeiro na história, para demonstrar publicamente a aceitação de Deus dos gentios na

família de Deus, para que os irmãos judeus também os aceitassem. Este evento, como

Pentecostes, era um evento histórico único que não necessitava e nem pode ser duplicado

pelas igrejas, hoje. Só se pode ter uma única inauguração original.

Agora, findamos todas as referências bíblicas ao batismo com o Espírito Santo; não há

outras. Alguns identificam o caso de Atos 19.1-7, quando Paulo rebatiza doze discípulos

de Éfeso, como sendo um batismo com o Espírito Santo, mas devemos ser cautelosos,

desde que aquele termo, ou seja, batismo, não é usado naquela passagem. Ao invés de

argumentar sobre qual termo devemos aplicar nesta manifestação do poder do Espírito

Santo, faríamos melhor se considerarmos a lição principal da passagem – a importância do

batismo correto.

O batismo para ser válido, deve satisfazer estes quatro requerimentos: 1) Modo correto

(imersão). 2) Candidato correto (um regenerado, e não uma pessoa incrédula). 3) Propósito

adequado (mostrar nossa obediência como discípulos de Jesus, não para ganharmos a

salvação). 4) Administrador propício (um representante de uma igreja neo-testementária,

que não precisa, necessariamente, ser um pastor).

De alguma forma, o batismo dos discípulos efésios era deficiente. Desde que eles nem

conheciam Quem era o Espírito Santo, provavelmente não eram salvos quando foram

batizados. Aparentemente, foram batizados por um cristão não autorizado por uma igreja

local, em contraste com Paulo que foi enviado pela igreja em Antioquia, Atos 13.1-3.

Apolo tem sido sugerido como o culpado.

Qualquer que seja o problema, Paulo não concordou em tolerá-lo, mas insistiu que o

problema fosse corrigido. Às vezes é afirmado, incorretamente, que não existiram

rebatizadores (ou anabatistas) antes do século XVI. Os que afirmam isso esqueceram-se de

Paulo! Os discípulos efésios, obedientemente, concordaram em ser batizados por Paulo

quando eles descobriram que o batismo anterior foi deficiente, e o Espírito Santo

outorgou, publicamente, Seu selo de aprovação neste ato de submissão.

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A passagem, Atos 19.1-7, tem sido distorcida por alguns para argumentar que o batismo

de João não é um batismo cristão e não servia para aquela época. Essa idéia é baseada na

falsa suposição de que os discípulos de Éfeso, longe e bem depois da época de João o

Batista, foram verdadeiramente batizados por ele. Essa passagem não diz isso de maneira

nenhuma. Paulo elogiou o batismo de João, Atos 19.4. O fato de que Cristo e todos os

apóstolos, os que começaram o cristianismo, estavam satisfeitos com o batismo de João e

nunca procuraram um batismo mais moderno, deve ser uma prova suficientemente firme

da atualidade do batismo de João para aquela época.

Temos, agora, examinado todas as referências na Bíblia a respeito do batismo com o

Espírito Santo. Deve ser observado, porém, que haja alguns que interpretem 1Cor.12.13

(“Pois todos nós fomos batizados em um espírito, formando um corpo...”) como referência

ao batismo com o Espírito Santo. Tal interpretação causa uma confusão tremenda num

assunto de fácil entendimento. Este batismo com o Espírito Santo de 1Cor. 12.13, como

concebido pelos que o apóiam, é singular, único, sem fogo ou outra manifestação externa,

e ocorre no momento da salvação. Como pode este conceito reconciliar-se de alguma

forma do batismo com o Espírito Santo de Atos 2 que foi público, sobre muitos, com fogo

e manifestação externa, e derramando-se sobre pessoas já convertidas?

A dificuldade é totalmente eliminada quando reconhecemos que o batismo mencionado

em 1Cor. 12.13 é batismo na água e só isso. Muitos comentaristas nem crêem que o

Espírito Santo é mencionado de alguma forma neste versículo; eles crêem que é um ensino

de que todos os membros de uma igreja local, ou corpo de Cristo, tornaram-se membros

daquela igreja pelo batismo com água em união espiritual. Outros tratam do Espírito

Santo, nesta passagem, dizendo que pela liderança e capacidade do Espírito Santo nos

tornamos membros da igreja local através do batismo em água. Qualquer interpretação

cabe, perfeitamente, no contexto do ensino neotestamentário; a ideia do batismo com o

Espírito Santo no momento da conversão é um intruso neste contexto.

O Espírito Santo entra em todos os crentes no momento da conversão para habitar neles

(Rom. 8.9-16), mas nós não somos instruídos que o Espírito Santo batiza os crentes na

conversão. Segundo Ef. 4.5, existe somente um batismo. Este deve ser o batismo em água,

o qual a Bíblia ensina; não um “batismo espiritual”, que a Bíblia não ensina.

Podemos concluir de nosso estudo sobre tudo que o Novo Testamento ensina do batismo

com o Espírito Santo: Foi um evento histórico, glorioso através do qual Deus autenticou

Sua igreja no começo de seu ministério, depois da ascensão de Cristo. Não há

mandamento para as igrejas, hoje, quererem repetir este evento, nem para indivíduos

buscarem ser batizados com ou pelo Espírito Santo, na conversão e nem depois dela.

Isto significa que rejeitamos o ministério, dons e enchimento do Espírito Santo para nossa

época? Absolutamente não! Somos mandados ser cheios do Espírito Santo, Efésios 5.18, e

deveríamos estar abertos para todos os dons que o Espírito Santo deseja outorgar em nós,

nesses últimos dias.

Deveríamos rejeitar o ensinamento daqueles que apresentam posições diferentes a respeito

do batismo com o Espírito Santo? Não necessariamente!

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A maior parte do ensino deles tem uma base escriturística, mesmo tendo os professores

aplicado um vocábulo impreciso neste assunto que ensinam. Seria bem melhor

experimentar todas as bênçãos, dons e enchimento que o Espírito Santo deseja-nos dar, e

aplicar um vocábulo errado para este experiência, do que ser firmes na doutrina e

nomenclatura sem experimentar em nossas vidas o poder do Espírito Santo.

Não devemos ser críticos com aqueles que descrevem suas experiências com o Espírito

Santo como um “batismo”. Nem devem os defensores do batismo com o Espírito Santo ser

críticos com aqueles que preferem não usar esta terminologia.

Estamos agora prontos para concluir o assunto, e responder a indagação posta no começo

desse artigo: “Você recebeu o batismo com o Espírito Santo?” Que Deus nos ajude a

sempre responder tal indagação com uma sondagem humilde dos nossos corações, e que

possamos ser totalmente submissos ao Espírito Santo e sermos guiados por Ele em todos

os aspectos da vida.

Mas para aqueles que desejam conhecer a nossa posição quanto à doutrina bíblica do

batismo com o Espírito Santo, seria melhor refazer a pergunta assim: “Você é um membro

de uma igreja local da mesma fé e prática da igreja em Jerusalém, e assim parte da divina

instituição que Deus validou e autenticou pelo batismo com o Espírito Santo?”

Se a sua igreja continua na doutrina dos apóstolos (Atos 2.42) e requer imersão em água

para ser membro (Atos 2.41), sua resposta à pergunta é "Sim, sou!" Se é membro de tal

tipo de igreja , não precisa deixá-la na procura do batismo com o Espírito Santo. Entrega a

sua vida completamente ao Espírito Santo, e Ele o usará melhor na igreja em que está.

Tradução: Brenda Lia de Miranda Barbosa

Revisão: Pr. Calvin e Joy Ellaina Gardner

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Bible, v: 2.10.05, mai 17, 2007, http://www.onlinebible.net

A Confissão de Fé de New Hampshire foi redigida pelo Rev. John Newton

Brown (1803 - 1868), no Estado de New Hampshire, por volta de 1833, e

publicada por uma comissão da Convenção Batista daquele Estado. Ela foi

adotada pela mesma Convenção, chegando a influenciar outras confissões,

sendo uma das mais largamente aceitas e amplamente usadas confissões de

fé Batista nos Estados Unidos, especialmente nos estados do norte e do

oeste. Trata-se de uma confissão clara e concisa da fé denominada Batista,

em harmonia com as doutrinas das confissões mais antigas, porém expressa

de forma mais moderada. Ela é relativamente breve quando comparada com

outras confissões, contendo 18 artigos. De um modo geral, sua tendência é

calvinista moderada

.

A declaração em si extraída de:

http://www.luz.eti.br/do_declaracaobatista1833.html