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A TRAJETÓRIA DE UMA PESQUISA SOBRE O LEVANTAMENTO DE FONTES DOCUMENTAIS REFERENTES A EDUCAÇÃO NA CAPITANIA DE MATO GROSSO: 1796-1808. * Maria. S. A. Cardoso – UNIDERP Olga Maria dos Reis Ferro. - UNIDERP 1. INTRODUÇÃO. Seguindo a orientação da profª. MSc. Olga Maria dos Reis Ferro, do Curso de Pedagogia da Universidade para o Desenvolvimento do Estado e Região do Pantanal – UNIDERP, venho desenvolvendo estudos e pesquisas de Iniciação Científica sobre a história regional de educação em Mato Grosso, Período Colonial – final do século XVIII e início do século XIX. Este estudo faz parte de um projeto de pesquisa mais amplo denominado “A educação escolar no Brasil colonial: olhares historiográficos”, do grupo de Estudos e Pesquisas “História, Sociedade e Educação” – HISTEDBR, Reg. Centro-Oeste, Mato Grosso do Sul, que gerou o programa denominado “A educação escolar no Brasil: abordagens historiográficas e história das instituições escolares”, desenvolvido pelo grupo de Estudos e Pesquisas sobre a Educação – GEPEB, institucionalizado na Universidade para o Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal – UNIDERP. Este Projeto de Pesquisa, que é coordenado pelo Prof. Dr. Gilberto Luiz Alves, foi aprovado pela Área de Humanas da PROPP - Pró Reitoria de Pesquisa e Pós-graduação-UNIDERP e financiado pela Fundação Manuel de Barros – FMB, no período de maio de 2006 a outubro de 2006. Portanto, este texto tem por objetivo apresentar uma descrição parcial de estudos de Iniciação Científica sobre as fontes bibliográficas da História da Educação Regional, contidas no acervo da biblioteca central da Universidade para o Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal – UNIDERP. O levantamento das fontes bibliográficas, sobre a História da Educação, é um procedimento metodológico que visa atender exigências do projeto de pesquisa que venho desenvolvendo no Curso de Pedagogia da UNIDERP. O levantamento das fontes bibliográficas iniciou-se pelo Catálogo de Verbetes do Arquivo Histórico Ultramarino Lisboa/Portugal, acompanhado de 8 (oito) cds-rom. Além deste documento, também, encontramos na Biblioteca Central da UNIDERP sete obras de autores regionais que tratam da história da educação em Mato Grosso no Período Colonial – final do século XVIII e final do século XIX. * Trabalho apoiado pela Fundação Manoel de Barros-FMB.

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Page 1: A TRAJET.RIA DE UMA PESQUISA SOBRE O …20... · AHU_ACL_CU_010, cx. 14, doc. 876. Estas cartas deveriam ser traduzidas na sua mais perfeita originalidade de escrita e costumes da

A TRAJETÓRIA DE UMA PESQUISA SOBRE O LEVANTAMENTO DE FONTES DOCUMENTAIS REFERENTES A EDUCAÇÃO NA CAPITANIA DE MATO GROSSO: 1796-1808.*

Maria. S. A. Cardoso – UNIDERP Olga Maria dos Reis Ferro. - UNIDERP

1. INTRODUÇÃO.

Seguindo a orientação da profª. MSc. Olga Maria dos Reis Ferro, do Curso de

Pedagogia da Universidade para o Desenvolvimento do Estado e Região do Pantanal –

UNIDERP, venho desenvolvendo estudos e pesquisas de Iniciação Científica sobre a história

regional de educação em Mato Grosso, Período Colonial – final do século XVIII e início do

século XIX. Este estudo faz parte de um projeto de pesquisa mais amplo denominado “A

educação escolar no Brasil colonial: olhares historiográficos”, do grupo de Estudos e

Pesquisas “História, Sociedade e Educação” – HISTEDBR, Reg. Centro-Oeste, Mato Grosso

do Sul, que gerou o programa denominado “A educação escolar no Brasil: abordagens

historiográficas e história das instituições escolares”, desenvolvido pelo grupo de Estudos e

Pesquisas sobre a Educação – GEPEB, institucionalizado na Universidade para o

Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal – UNIDERP. Este Projeto de Pesquisa,

que é coordenado pelo Prof. Dr. Gilberto Luiz Alves, foi aprovado pela Área de Humanas da

PROPP - Pró Reitoria de Pesquisa e Pós-graduação-UNIDERP e financiado pela Fundação

Manuel de Barros – FMB, no período de maio de 2006 a outubro de 2006.

Portanto, este texto tem por objetivo apresentar uma descrição parcial de estudos

de Iniciação Científica sobre as fontes bibliográficas da História da Educação Regional,

contidas no acervo da biblioteca central da Universidade para o Desenvolvimento do Estado e

da Região do Pantanal – UNIDERP. O levantamento das fontes bibliográficas, sobre a

História da Educação, é um procedimento metodológico que visa atender exigências do

projeto de pesquisa que venho desenvolvendo no Curso de Pedagogia da UNIDERP.

O levantamento das fontes bibliográficas iniciou-se pelo Catálogo de Verbetes do

Arquivo Histórico Ultramarino Lisboa/Portugal, acompanhado de 8 (oito) cds-rom. Além

deste documento, também, encontramos na Biblioteca Central da UNIDERP sete obras de

autores regionais que tratam da história da educação em Mato Grosso no Período Colonial –

final do século XVIII e final do século XIX.

* Trabalho apoiado pela Fundação Manoel de Barros-FMB.

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2. A TRAJETÓRIA DA PESQUISA

Com base no projeto de pesquisa e nas constantes orientações, por parte da

professora Olga Maria dos Reis Ferros, entre os meses de maio e outubro de 2006, realizei

pesquisas na Biblioteca Central da UNIDERP. O objetivo era verificar quais documentos ou

obras que pudessem compor a historiografia de meu objeto de pesquisa sobre a efetivação das

aulas régias de Filosofia Racional do padre José Manoel de Sequeira na Capitania de Mato

Grosso - Vila de Cuiabá, no período que abrange o final do século XVIII e início do século

XIX, especificamente entre os anos de 1796 a 1808. Após a definição de meu objeto de

pesquisa e elaboração do projeto o próximo passo foi, juntamente com minha orientadora,

visitar a bibliotecária da Biblioteca Central da UNIDERP, a fim de que ela pudesse nos

indicar as fontes historiográficas elencadas em meu projeto de pesquisa.

Encontramos, por fim, o Catalogo de verbetes e documentos manuscritos avulsos da

capitania de Mato Grosso (1720-1827). Org. Casa da Memória Arnaldo Estevão de

Figueiredo, Ministério da Cultura, Projeto Resgate de documentação histórica “Barão do Rio

Branco”, Arquivo Histórico Ultramarino Lisboa/Portugal. O referido material se trata de um

rico e raro documento sobre a história da educação na região do Mato Grosso, no período que

abrange do século XVII ao século XVIII, precisamente entre os anos de 1720 e 1827. Este

documento se encontra organizado na forma de um manual que contem 2.221 verbetes, que

foram digitalizados em 8 (oito) Cds. Trata-se de um material historiográfico documental

riquíssimo para pesquisa multidisciplinar sobre a construção social, política e econômica da

Capitania de Mato Grosso.

Explorar esse documento não foi uma tarefa fácil, pelos seguintes motivos: primeiro,

porque os cds não possuem sumário de entrada, logo nunca se sabe como encontrar neles um

documento indicado pelo sumário do catálogo impresso de verbetes, segundo, porque a grafia

dos documentos refere-se ao Português de Portugal do Período Colonial, língua fortemente

marcada pela lingüística latina em sua origem (português/galego, de Gália); terceiro, porque

há muitos documentos ilegíveis, e, finalmente, quarto o motivo refere-se ao pouco tempo de

empréstimo das fontes que a Biblioteca disponibiliza ao acadêmico, o que implicou numa

disciplina muito rígida, de constantes renovações do empréstimo do material.

Uma vez de posse do material a primeira atividade foi abrir cd por cd para construir

um sumário de entrada à cada cd que fosse compatível com o sumário do catálogo impresso

de verbetes. Ou seja, elaborar um novo sumário de forma a cruzar as informações do sumário

de cada cd com as informações do sumário do catálogo de verbetes impresso. Esta tarefa

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árdua e demorada, que ainda não foi concluída, está exigindo, não só o conhecimento do

conteúdo do documento como também conhecimento sobre arquivismo; saber este que aos

poucos estou adquirindo. Passada essa fase mergulhei-me na tarefa de transcrever algumas

cartas, que foram solicitadas por minha orientadora, especificamente, uma relação que

constava desde o número do documento, como data, ofício, e a forma que se apresentava e

como havia sido transcrito. Ex.: CTA: AHU – Mato Grosso, cx. 14, doc. 07 e CT:

AHU_ACL_CU_010, cx. 14, doc. 876. Estas cartas deveriam ser traduzidas na sua mais

perfeita originalidade de escrita e costumes da época. E de posse destas informações comecei

a desenvolver este trabalho.

Percebi de imediato que o acesso aos cds não era de todo complicado, mas exigia de

mim uma atenção maior, ou seja, precisei para descobrir aonde se encontravam as cartas,

navegar em um por um dos oito Cds. Numa primeira investida, abri o cd número oito e

aleatoriamente encontrava uma ou outra carta e nada da carta que precisava. Resolvi então,

explorar o cd número um e abrir link por link, pasta por pasta, por exemplo, cd 6 – cx.31

doc.1729/0028/001/0122 – 11 de março de 1796 (documento em anexo). Depois desta

exploração desvendei o enigma e pude, então, encontrar as cartas solicitadas.

Cada carta que transcrevo envio, por e-mail, para apreciação de minha orientadora.

Na transcrição de cada carta procuro manter a originalidade de escrita e costumes da época.

Dentre estas cartas, existem aquelas que se encontram com algumas palavras de difícil

compreensão, ou por estarem apagadas pelo tempo ou pela dificuldade de encontrar uma

palavra adequada para que a mesma fosse traduzida. As cartas do período governado (1796-

1803) por Caetano Pinto de Miranda Montenegro possuem uma legibilidade mais clara, pois

se tratam de cartas quase em perfeitas condições para sua tradução, uma vez que a caligrafia é

extrema clareza.

Mas não parei por ai. No mês de julho de 2006, que correspondia as minhas férias da

faculdade, além de continuar com o trabalho de exploração dos cds, visitei a biblioteca

estadual, a biblioteca municipal, a biblioteca da UCDB, e, também realizei pesquisas em

outras fontes como a internet. Nessa trajetória de busca e leitura pude constatar a história de

um grande mestre da educação na região do Mato Grosso no Período Colonial. Trata-se do

Padre Secular José Manoel de Sequeira, professor de Filosofia Racional, que se destacou na

história da educação da região do Mato Grosso, no final do século XVIII e início do século

XIX. Este dedicado professor, natural das terras cuiabanas, contribuiu de forma espetacular

para o desenvolvimento da educação nesta região, como também na sua missão sacerdotal.

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Era hábil no desenho e conhecedor da botânica. Este feito resultou-lhe uma vaga na Academia

de Ciências de Lisboa, Portugal.

3. O ACERVO DA BIBLIOTECA CENTRAL DA UNIDERP.

A UNIDERP dispõe em suas dependências, de uma grande biblioteca Central, com

um significativo acervo disponível aos estudos e pesquisas de acadêmicos e professores.

Sobre a história da educação na Capitania de Mato Grosso, período colonial, alguns autores

perfilam em suas prateleiras como, por exemplo, Rubens de Mendonça, com sua obra “A

História de Mato Grosso” (1970). Nesta obra específica que lá se encontra, o autor retrata

desde os primeiros exploradores da região do Mato Grosso até a redemocratização do país.

Outro autor que se destaca sobre o estudo da região do Mato Grosso é Luis-Philipe Pereira

Leite, em sua obra “Vilas e Fronteiras Coloniais” (sd), entre outros assuntos, Leite retrata a

história dos Capitães-Generais do Mato Grosso e suas respectivas funções. Afonso de E.

Taunay, “Relatos Sertanistas” (1981), entre outros temas, relata o roteiro para as “minas do

martírio”, narrada por Antonio do Prado Siqueira, pai de um grande mestre da educação na

região do Mato Grosso no Período Colonial, precisamente no final do século XVIII e início

do século XIX, Padre José Manoel de Sequeira. Outra obra elucidativa da Educação na

Capitania de Mato Grosso é de Gilberto Luiz Alves (1984), intitulada “Educação e História

em Mato Grosso: 1719 – 1864”. Nessa obra Alves aborda a educação mato-grossense como

um dos aspectos da totalidade concreta, ou seja, como um aspecto superestrutural da

sociedade, pois estabelece relação entre a educação e o modo de produção daquele período

histórico.

4.OS DOCUMENTOS TRANSCRITOS

A seguir, as cartas que foram transcritas do catalogo de verbetes e a forma pela

qual foi criado um sumário para cada cd-rom em correspondência com o sumário do catálogo

de verbetes.

SUMÁRIO DO CATÁLOGO DE VERBETES DO ARQUIVO HISTÓRICO ULTRAMARINO LISBOA/PORTUGAL OFICIO do [governador e capitão general da capitania de mato Grosso] Caetano Pinto de Miranda Montenegro ao [secretario de Estado da marinha Ultramar],Rodrigo de Souza

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Coutinho em que informa sobre o rendimento do Subsidio Literário nos anos de 1795, 1796 e 1797; o numero das cadeiras dos professores; os ordenados que vencem; e do que se lhes deve até o fim de 1800]. Anexo: 02 relações. CTA: AHU-MATO GROSSO, cx. 38, doc.1926. CT: AHU_ACL__CU_010, cx.38 doc.1926 SUMÁRIO CRIADO PARA O CD DE Nº 8, QUE ACOMPANHA O CATÁLOGO. Cx. 38 cd08/n° 1926/0034/002/0217 – cd 08 – 1801, fevereiro, 21, vila Bela. Carta pasta 0218. Nº 6º

Ilmo e Exmo Senhor. Em cumprimento do Real avizo de 22 de septembro de 1798, informo a S.Exª com as duas Relações incluzas do rendimento do Subsidio Literário nos annos de 1795, 1796, e 1797; do numero das Cadeiras dos professores; dos ordenados que vecem; e do que se lhes deve até o fim do anno passado. A vista das dittas Relações conhecerá S.Exª, que nem para as poucas Cadeiras existentes chegaria o rendimento do mesmo Subsidio,se não houvesse remanescente dos annos em que estiverão vagas, por onde se vai suprindo esta despeza. E o que se esta devendo aos professores procede, e não ter ainda entrado no cofre o rendimento do mesmo pretérito anno, e de ter passado por empréstimo para o cofre da Provedoria o rendimento que havia.

Eu, depois que recebi a Carta Regia de 19 de agosto de 1799, e o avizo de n.° 9.° do mesmo anno, já tentei algum melhoramento ra referida collecta Literária, dividindo-a em Ramos, e fazendo constar ao publico que os ditos Ramos juntos, ou separados serião arrendados, aquém mais desejassem não appareceo (apareceu) hum só arrematante.Porem não posso realizar plano algum, sem primeiro segurar a subsistência dos mestres, o único arbítrio que me ocorreu,

Cx. 38 cd08/n° 1926/0034/003/0217 – CD 08. Carta pasta 0219

hé, o de augmentar na Villa do Cuiabá e seu districto, e isso julgado de S.Pedro de El Rey, o Subsidio estabelecido no n° 2° da carta de lei de 10 de novembro de 1772, unicamente pelo que respeita as carnes, porque as Agoas Ardentes (aguardentes) estão muito carregadas; de sorte que embriagão de hum real em cada amatel de carne dos que se encontrão nos açougues, se pagasse quatro, ou sinco reis. No anno pasado cortou-se a carne naquella Villa a dous tostões de ouro cada arroba, que são trezentos e setenta e sinco reis de moeda, tendo sido em outros annos mais barata: e com o accrescimo proposto, ainda aquelle Povo vivia a ter carne por a metade do peço, com pouca differença, do porque actualmente se esta cortando nesta capital, que hé a novecentos reis cada arroba. Se este meu arbítrio, por fazer levantar o peço, de um gênero das primeira necessidade, não for contrário as Paternas Providencias de Sua Alteza Real, que S.Exª encaminha-lo a Augusta Prezença do mesmo Senhor, para determinar –me o que for mais conforme ao Ensino Publico da tão longuiqua e ignorante mocidade desta colônia. Deos guarde a S.Exª O muitos annos. Villa Bella 21 de Fevereiro de 1801. Ilmo e Exmo Senhor D.Rodrigo de Souza Coutinho 2ª Via. Caetano Pinto Miranda Montenegro.

Cx. 38 cd08/n° 1926/0034/0021/0217 – CD 08. Carta pasta 0220. N° 1899

Copia.

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Rendimento do Subsidio Literário dos annos de 1795 a 1797. Rendimento do Subsidio desta Capital Annos d 1795 {nos Engenhos se fizerão 1Φ 410 frasqueiras ...................................141Φ 000 {Nos açougues se contarão 618 bois, que pezarão............5 Φ 633 a 180 Φ 256.321Φ256 Annos d 1796 {Nos Engenhos desta Capital se fizerão 1 Φ 258 frasq.................... 125 Φ 800 {Nos Açougues se cortarão 508 bois, q`pezarão.........................1 Φ 650 ar, e 25 libras.148 Φ825274 Φ625 Annos d 1797 {No Açougue se cortarão 733 bois que pezarão .........5 Φ118, arrobas, 30 Libras....................................................................................................174 Φ366 {Nos Engenhos se fizerão 1 Φ549 frasqueiras...................................151 Φ9.00 Rendimentos do Subsidio do Cuiabá Annos d 1795 {Nos Engenhos se fizerão 2 Φ260 frasqueiras................................... 224 Φ000 {Nos Açougues se cortarão 892 bois que pezarão 80434 arrobas, e 26 Libras....................................................................................269 Φ914495 Φ914 Annos d 1796 {Nos Engenhos se fizerão 2 Φ416 frasqueiras ......................................2 Φ600 {Nos Açougues cortarão 94 bois, que pezarão 8 Φ496 arrobas, e 4 Libras......247 Φ176 Annos d 1797 {No Cuiabá se cortarão 931 bois, que pezarão 80 371, e 12 libras......................................................................................................247 Φ980 {Nos Engenhos se fizerão 2 Φ 246 frasqueiras.........224 Φ600.................................1.92 Φ580. 1.501 Φ970 Rendimento do Subsidio de S.Pedro de El rei Annos d 1795 {nos Engenhos se fizerão 68 frasqueiras..................................................6 Φ800 {Nos Açougues se cortarão 157 bois que pezarão 1 Φ598 arrobas e 11 Libras..................51 Φ14757 Φ947 Annos d 1796 {Nos Engenhos se fizerão 97 frasqueiras................................................9 Φ700. {Nos Açougues se cortarão 206 bois, que pezarão 2 Φ131 arrobas, e 10 Libras.......................................................................................68 Φ 02.77 Φ 902 Annos d 1797 {Nos açougues se cortarão 192 bois que pezarão 1 0 927 arrobas, e 23 Libras – 61 0 687 {Nos Engenhos se fizerão 83 frasquas, e 3 medidas 8 0 325................................70. 0 012. .....................................................205. 0 861 Total de todos os annos desta Capital ...............925 0 14

Cx. 38 cd08/n° 1926/0034/0021/0017 CD 08. Carta pasta 0221 Nesse somando desta Capital................................................................925 0 147 Da Villa do Cuiabá............................................................................1 501 0 970 De São Pedro de Elrey .................................205 0 861. 2.633 0 978 Anno commissurad............................................................................877 0 992

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Villa Bella 8 de Fevereiro de 1801, Alexandre Barboza Fateiro, Escrivão da Receita e Despeza. Joaquim Jozé Cavalcanti de Albuquerque Xavier. 2[ Via.

Cx. 38 cd08/n° 1926/0034/002/0217 - CD 08.Carta 0222

Copia Relação dos Mestres destas Capitanias. O mestre da Gramática Portugueza desta Capital Pedro Ortis de Camargo tem de ordenado por anno ................................................................200 0 000 Esta pago até ao ultimo de junho de 1800........................................100 0 000 Deve-se-lhe.......................................................................................100 0 000 O Mestre da Filozofia Racional da Villa do Cuiabá o Pe José Manuel de Siqueira vence par o anno................................................................400 0 000 Esta pago até ao fim de junho de 1800.............................................200 0 000 Deve-se-lhe.......................................................................................200 0 000 O Me da Gramática Latina do Cuiabá Jozé Zeferino Monteiro, vence por ano...100 0 000 Esta pago primeiro quartel de 1800..................................................100 0 000 Deve-se-lhes....................................................................................................300 0 000 Total do que se deve aos mestres até ao fim do anno de 1802. Ao Me da Gramática 100 0 000 Ao Me da Filozofia 200 0 000 Ao Me da Gramática Latina 300 0 000 Total..................................................................................................600 0 000 Alexandre Barboza Faleiro Escrivão da Receita e Despeza. O secrectro do Gvo Joaquim Jozé Cavalcanti de Albuquerque Xavier 2ª Via.

SUMÁRIO DO CATÁLOGO DE VERBETES DO ARQUIVO HISTÓRICO ULTRAMARINO LISBOA/PORTUGAL 1704. 1795, agosto, 22, Lisboa. Consulta do Conselho Ultramarino a rainha [D.Maria], sobre o requerimento do Padre Jose Manoel de Sequeira, da Vila de Cuiabá, que pede para ser provido na cadeira de Filosofia Racional com o competente ordenado e mais meio ordenado por explicações de botânica nas horas vagas. CTA: AHU MATO GROSSO, cx. 27, docs. 31,54,38,40.CT:AHU_ACL_CU_010, cx. 31, doc.1704. SUMÁRIO CRIADO PARA O CED DE Nº 6, QUE ACOMPANHA O CATÁLOGO. Cx. 31 cd06/n° 1704/0027/003/0451 – cd 06. Carta pasta 0452

Senhora Por juízo do Ministro e Secretario de Estado Luiz Pinto de Souza de vinte de

julho deste anno,derigido ao conde de Rezende Prezidente deste conselho; foi Vossa Magestade servida mandar remetter ao dito Conselho a petição de Josê

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Manoel de Sequeira presbítero secular, e os documentos que a acompanhavaõ para nelle elle consultar com effeito o que pareceria.

Na ditta petição, expõem o suplicante, ser natural da Villa do Cuyabâ, Capitania de Matto Grosso, aque aplicandosse aos estudos ecleziasticos desde a sua puerícia separara da ditta sua pátria pello caminho de terra em distancia de seis centas legoas para a cidade do Rio de janeiro, onde aplçicandosse mais effetivamente aos mesmos estudos, se fizera hábil sacerdotte ique retornando a ditta Villa do Cuyabâ, voluntariamente se empregara no serviço da Igreja por espaço de oito annos.

Cx. 31 cd06/n° 1704/0027003/0451 - cd 06. Carta pasta 0453

Comportando-se conforme os documentos que juntava números primeiro, e segundo; e que dezejando augmentar os seus conhecimentos, não duvidara deixar a sua vida, atravezando certoens por caminhos de rio até Sam Paulo, e Rio de Janeiro, para esta Corte, com excessiva despeza e prolongada viagem de húm anno, sem outro fim mais que o dese instruir-se em sciencias mayores, como Filozofia Raccional, e Botânica, asquaes estudava havia maiz de três annos, fazendo os progreços que indicavaõ os documentos numero terceiro e quarto, sem descuidar das obrigações do seu Estado, como mostrava pello documento de numero quinto;e porque o suplicante dezejava empregarsse no serviço de vossa Magestade, ser útil ao publico, e a ditta sua pátria do Cuiabâ, onde se achava vaga a cadeira de filozofia Raccional; porque José Maria da Fonseca provido na ditta cadeira há mais de dois annos e por isso prescripta a sua provisaõ, se achava estabelecido na Ilha da Madeira. Sem animo de a ocupar como seria do documento e numero sexto, ficando aquelles fieis vassallos de vossa Majestade, habitantes do interior do certaõ, privados de huma sciencia taõ útil e necessaria para os costumes qual era a Filozofia Racional. Pedindo a vossa Magestade que por Sua Real Grandeza se dignne provido. Se dignne provido na sobredita cadeira de filozofia Raccional com seu competente ordenado, que por ser tênue se queria mais meyo ordenado para explicar nas horas vagas botânica aos que a ella sequizessem aplicar, ficando o suplicante/ por saber desenhar/ com obrigação de remetter as copias, ervarias, e sementes de todas as plantas para o Gabinetede vossa Magestade, e Academia das Sciencias, para se fazer conhecido o préstimo dos vegetaes, deque so se utilizaõ os índios daquelles vasttos certoens. Mandou o Conselho dar vistas destes papeis ao Desembargador Provedor da Fazenda, aoque satisfez dizendo ser ainda que o suplicante não tivesse noticia da Ley de dezessete de dezembro próximo, bastaria para se saber dirigir a noticia que se lhe dera na carta que produia por copia numero sexto, eque ainda quando Vossa magestade houvesse porbem, fazer o provimento que cometera pella ditta Ley, mas bastavaõ as mutacoens que o suplicante produzia para ser encarregado do Ensino Publico, sem ter dado prova alguma positiva dos seus conhecimentos. Quanto mais, que confeçando elle mesmo, seachava provido o lugar que pede não provava pella ditta carta o impedimento do provêdo. O que tu

Cx. 31 cd06/n°1704 /0027/003/0451 - cd 06. Carta pasta 0454

do sendo visto. Carece do conselho o mesmo, que ao Desembargador Procurador da Fazenda. Lisboa vinte e dois de agosto de mil settecentos noventa e sinco ./.

Luis Albuquerque Mello Jose Ignácio de Bastto Bocano Montanhês Vossa Ex.cia. da/12

Cx. 31 cd06/ n° 1704/0027/003/0451. Carta 0455

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Senhora Aos Reaes pez de V. Magde. expõe Jose Manoel de Seqr.a presbítero secular

natural da Vossa do Cuyaba da Cap.nia de Matto Grosso no Estado do Brazil, q vendo-se applicado desde suas primícias aos estudos heclesziasticos separado da sua pátria pelo cam.o de terra em dist.a de 600 legoas p.a a cid.e do Rio de Jan.o onde applicando-se mais effciazm.e aos mesmos estudos seja hábil sacerd.e e voltado p.a a d.a V.a do Cuyaba voluntariam.e se congregou no serv.o da Igr.a dentro de 8 annos comportando-se confr.e os documen.tos juntos nos 1º e 2º, e dezejando augm.tar os seus conhecim.tos não duvidou arriscar a sua vida pelos cam.os de rios até S. P.lo e R.o de Jan.o e dali p.a este forte tendo com expressiva despeza, e prolongada viagem de hum anno sem outro fim, q`o de instruir-se em sciencias maiores como Filosofia Racional, e Botânica as q.es há maes de 3 annos estuda fazendo os progresos, q`indica os docum.tos n.nos 3º e 4º sem descuidar-se das obrigaçoens do seu Est.do como mostra pelo docum.to no 5º e porq` o sup.e dezeja empregar-se no Real serv.o

de V.Mag.e, ser útil ao publico. Cad.a sua pátria do Cuyaba, onde se acha vaga a cadr.a de Filozofia Raccional, porque Jose Maria de Fonzeca professor provido por V. mag.e que há cadr.a a maiz de 3 annos e por isso prescrita a sua provizaõ se achava estabelecido na Ilha da Madr.a sem animo de ocupar como docum.to no 6º. Ficando aquelles fieis

Cx. 31 cd 06/n° 1794/0027/003/0451. Carta pasta 0456

Fies vassallos de V.Mag.e habitantes do sertaõ privados de huma sciencia tao util para os costumes qual é a Filozofia Racional: requer a V.Mag.e se digne pela Sua Real Grandeza prover ao sup.te na sobred.a cadr.a de Filozofia Racional com o seu competent.e ordenado; e porq`este he tênue, requerer mais meio ordenado p.a q` o sup.e mas horas vagas explique Botânica aos q` a elle se quizerem applicar, ficando com o ônus de remetter poi que sabe desenhar/ as copias,ervarios, e sementes das plantas, q`recolhemos p.a o Real Gabinete de V.Mag.e e da Academia Real das Sciencias, aim de se classificarem, e se fazerem conhecidos os prestimozos vegetaes, de so se utilizaõ os índios, e sertanejos daquelle vasto continente. P.a V.Mag.e seja servida prover ao sup.e na sobred.a cadr.a de Filozofia Rac.al

conicidem em ordem a explicar Botânica na forma que requerer. E. R.M. Joze M.el de Seqr.a

1606 V., Desembargador Provedor da Fazenda 24 de julho de 1795 Ainda que o suplicante não tivesse noticia da Ley de 17 de dezembro próximo bastaria para saber dirigisse a noticia que se lhe deu na carta que pediu por copia H.G: e ainda quando Vossa Magestade houvesse por bem fazer o provimento, que cometteu pela ditta Ley; não bastaõ as attestaçoes que o suplicante pediu para ser encarregado do ensino publico, sem ter dado prova alguma positiva dos seus conhecimentos: quanto mais que confessando elle mesmo q se não se acha provido o lugar que prova pela ditta carta o impedimento do provido. Veio com aviso de 20 de julho de 1795 para se consultar com Vª. 1606 Ha V., Desembargador Provedor da Fazenda. Exª., 24 de julho de 1795

Cx. 31 cd06/n°1704/027/003/0451 - cd 06. Carta pasta 0456

22// de agosto de 1795. Do Conselho Ultramarino Satisfaz-se ao que V. Majestade determina sobre o Requerimento de José de

Manoel de Sequeira presbítero secular em que pede a mesma senhora se sirva prover na cadeira vaga de Filozofia Raccional da Villa do Cuyaba capitania de Mato Grosso com seu compete ordenado; e que em attenção a este ser tênue, lhe confira maiz meyo ordenado, para explicar botânica nas horas vagas, a quem aquizer aprender.

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R. 126 (tem uma assinatura)

Cx. 31 cd06/n°1704/027/003/0451 cd06. Carta pasta 0456

A V. Magestade se dignne pela sua Real Grandeza prover ao suplicante na sobredita cadeira de Filosofia Racional com o seu competente ordenado; e porq este he tênue, requer mais meio ordenado para q o suplicante nas horas vagas explique Botânica a elles sequizerem applicar, ficando com o ônus de remetter pois que sabe desenhar/ as copias, ervarios, e sementes da plantas, q recolhemos para o Real Gabinete de V.Magestade e da Academia Real afim de se classificarem, e sefazerem conhecidos os prestimozos vegetaes, de so se utilizaõ os índios, e serttanejos daquelle vasto continente. Para V.magestade seja servida prover ao suplicante na sobredita cadeira de filosofia Racional concedendo-lhe o augmento de ordenado em ordem explicar botânica na forma que requer, E R M Jose Manoel de Sequeira Diogo de Tolledo Lara Ordonhes, n° 1°.juiz de fora do Cuyaba, Provedor das Fazendas dos Defuntos, e Auzentes, das capellas e resíduos, Super Intendentes, das terras e águas mineraes, Ouvidor Geral e Corregedor Interino da comarca de Matto Grosso V.a._______________________. Attesto debaixo do juramento dos Santos Evangelhos, que o reverendo Jozé de Manoel de Sequeira de quem tendo pleno conhecimento, desde que cheguei a esta villa a quatro de dezembro de mil setecentos e oitenta e sinco, hé aparente, hé natural destas minas, onde detem de sempre empregado no serviço da Igreja, pregando, confeçando com grande afinidade, e ajudando aos vigários desta Villa em todas as funções de seu ministerio, sem delles receber congruas, assistindo com notável caridade aquase todos os moribundos, e comportando-se sem notta alguma no seu procedimento; e finalmente destinguindo-se muito pelas suas aplicações, e conhecimento literário para cujo adiantamento se fazia agora com grande despeza de tão longa viage para Portugal, e de caminho vai pro serviço de Deos, e de Sua Majestade administrar o sacramento da penitencia a grande numero de pes

Cx. 31 cd 06 n° 1704/0027/003/0451. Carta pasta 0457.

de pessoas, que contem no testamento da Nova Coimbra, povoação de Albuquerque, cituado no Certaõ nas margens do Paraguay. E por mim espedida aprezente a grafia de minha letra o signal nesta real Villa do Cuyaba a desasete de maio de mil setecentos noventa e sinco=Diogo de Toledo Lara Ordonhes//

Reconhecimen.to

Certifico ser a letra signal da attestação supra da pessoa conhecida. Lisboa primeiro de junho de mil sete centos noventa e sinco=lugar de signal publico= Em testemunho dou verdade= Izidoro Manoel de Patos Bottelho e Miranda. E tresladada aconcente com a própria, aque no exposto, que pacei em assembléia, torna aprendimento de que a mesma aprezentou e há tornar a entregar. Lisboa dezoito de junho de mil setecentos noventa e cinco. Eu provedor tabeliam Izidoro M.de Passos Bottelho e athsim para escrever,subescrevo

Izidoro Manoel de patos Botelho e athsim, (assim)

Cx. 31 cd06/n° 1704/0027/003/0451. Carta 0459 n° 4°

o Ilustríssimo e Excellentissimo Senhor = José manoel de Sequeira, presbítero secular, natural de]a Villa do Cuyaba da Capitania de matto Grosso no Brzil, e de prezente asistente nesta corte, onde setem aplicado ao Estudo da História Natural na aulla de Jezus, onde hé actual lente o reverendo Frei Jozé da Costa e Azevedo; que ele suplicante preciza que o mesmo reverendo profecor, atteste do merecimento do suplicante em cada hum dos reinos da natureza; e como aquella aula he dirigida

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pela Real Academia das sciencias, da qual he Vossa Excelência digníssimo Prezidente = pede a Vossa Excelência seja servida mandar que o sobredito reverendo profecor passe a atestaçaõ que o suplicante requer. E receberá mercer//. Despacho Passe na forma que se quer Academia Real das Sciencias aos treze de maio de mil setecentos noventa e sinco = Com a rubrica do Excelentíssimo Duque de Lafloês Marechal General junto, a Real Pessoa Prezidente da Real Academia da Sciencias//. Attestaçaõ O reverendo suplicante requisitou por força espaço de trez annos as preliçoês da Historia

Cx. 31 cd 6 /n° 1704/0027/003/0451.Pasta 0460

da Historia Natural; aproveitando em todos os trez reinos da natureza provem com maximo progresso bi estudo da Botânica, concorrendo para este fim a facilidade de dezenhar plantas que faz realçar o seu merecimento neste ramo. Convento de Nossa Senhora de Jesus de Lisboa dezesseis de maio de mil setecento noventa e sico = Frei Jozé da Costa Azevedo = ____________________________________________. E tresladada a concentei com a própria a que me reporto; que pacey em publica formal, apredimento de quem apresnentou, há torney a entregar Lisboa desanove de junho de mil setecentos noventa e sinco. Excel. Izidoro Manoel de Passos botelçho e Colthim. (obs: tem outras assinaturas mas não da para entender).

Cx. 31 cd 06/n° 1704/0027/003/0451. Carta pasta 0460

Ecellentissimo reverendíssimo Senhor = Dir. José manoel de Sequeira, presbítero secular, natural da Villa de Cuiabá, bispado do Rio de Janeiro, atrez anonos assistente na freguesia de Santa Izabel desta cidade de Lisboa; que elle preciza que o Reverendo Prior da mesma freguesia atteste da vida, e costumes do suplicante, e justamente do seu comportamento a respeito do serviço da mesma Igreja, e como senão deve pagar sem despacho = Pede a Vossa Excellencia Reverendíssima seja servido que segues. E receberá mercer//.

Despachos Pode attestar = com a Rubrica do Excellentissimo acebispo de Lacedonia vigário Geral deste Patriarcado//.

Attestaçaõ Francisco José Marques de Paiva, Prior nesta Parochial de Santa Izabel Rainha de Portugal: Attesto e certifico que o Reverendo Padre José manoel d eSequeira, he morador nesta freguesia na calcada da Esctrela, he de boa vida, e cós_

Cx. 31 cd 6/n° 1704/0027/003/0451. Carta pasta 0461

E costumes, de exemplar procedimento, e conducta, muito freqüente no conssionario e por ser tudo verdade mesmo verdade, lhe passei o prezente em cumprimento ao Despacho retho. Lisboa desassete de maio de mil setecentos noventa cinco= o Priore Francisco Jozé Marques de Payva//________________. Reconhecimento Certifico ser a letra e signal da attestaçaõ supra do Reverendo Prior nella cothecido. Lisboa o primeiro de outubro de mil dio o primeiro de junho de mil setecentos noventa e sinco = lugar do signal publico = Em testemunho de verdade = Izidoro Manoel de Passos Botelho e Miranda//__________________.

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E tresladada a concertey com a própria forma, e torney a entregar a aque mesma aprenstou. Lisboa dezoito de junho de mil setecentos noventa e sinco. Eu Proved. E Tabeam. Izidoro manoel fr Passos Botelho e ahsim q`asse escreve// subscreviy, e ahigney com. Izidoro M.e Passos Bote. E ahim ..

Cx. 31 cd06/n° 1704/0027/003/0451.Carta pasta 462

José de Moraes = _________________________dois de abril de mil setecentos noventa e sinco//__//.

SUMÁRIO DO CATÁLOGO DE VERBETES DO ARQUIVO HISTÓRICO ULTRAMARINO LISBOA/PORTUGAL 1922 – 1801, janeiro, 19, Vila Bela. Oficio do [governador e capitão general da Capitania de Mato grosso ] Caetano Pinto de Miranda Montenegro ao [secretario de Estado da marinha Ultramar] Rodrigo de Souza Coutinho sobre os motivos porque se não estabeleceram as pensões que os ditos estudantes devem ter quando voltarem. CTA: AHU-MATO GROSSO, cx.34, doc.06. CT: AHU_ACL_CU_010, cx.38, doc.1922. SUMÁRIO CRIADO PARA O CD DE Nº 8, QUE ACOMPANHA O CATÁLOGO. Cx. 38 n° 1922/0034/001/0165 – CD 08. Carta pasta 0166. N° 2°

Ilmo E Exmo Senhor

Tendo participado nos seus Officios n° 88 do anno passado, e 1° do prezente anno, a execução que derão as Câmaras desta Capitania as Reaes Ordens de 21, 27 de outubro de 1798, falta-me ainda a V.Exª dos motivos, porque se tractou por hora, só das pensões alimatarias, e não das que devem ter alim- nos das mesmas Câmaras quando voltarem Reino.

A impossibilidade actual de se estabelecerem as ditas pensões, ou fosse pelos próprios aditos dos Bens do Conselho, ou fosse pelo meyo de huã tinta corespondente, foi a verdadeira cauza, porque nem as Câmaras se lembrarão, e nem eu insisti sobre este objeto. E como a principiar-se por aqui, nada viria a concluir-se de tão importante negocio, assentei que era melhor o tractar-se unicamente das idas dos ditos alunnos, porque terião melhorado, ou as prezenças dos mesmos alunnos, e as soluções de cada hum, contribuirão para as boas dispozição dos ânimos, ou, a não ser bastante nem hua nem outra cauza, não deixaria todavia de haver outros meios de segurar-lhes a sua subsistência.

Todas as contribuições em geral são desagradáveis aos Povos. Este de Mato grosso

Cx. 38 cd08/n° 1922/0034/001/00165 – CD 08. Carta pasta 0166

Está pobre. Eu acabava de estabelecer o subsidio para a Medificaçção do Real Palácio Real de Sua Alteza. Os incommodos prezentes trazem allfigidos os ânimos, principalmente por não ter a Real Fazenda os Fundos precizos para suprir as despezas que se fazerem. E ai vista destas circustancias, parece-me, que não podia haver expediente mais acertado; em cujo approvação de Sua Alteza. Deos guarde a v.Exª. muitos annos. Villa Bella em 19 de janeiro de 1801. Ilmo e Exmo Senhor D. Rodrigo de Souza Coutinho.

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Caetano Pinto de Miranda Montenegro.

SUMÁRIO DO CATÁLOGO DE VERBETES DO ARQUIVO HISTÓRICO ULTRAMARINO LISBOA/PORTUGAL 1897.1800, abril, 25, Vila de Cuiabá. OFICIO do [governador e capitão-general da capitania de Mato Grosso] Caetano Pinto de Miranda Montenegro para o [secretário de estado da Marinha e Ultramar] Rodrigo de Souza Coutinho, informando da continuação das expedições na serra de São Jerônimo, feitas pelo professor de Filosofia Racional, o padre José Manoel de Sequeira; da descoberta da árvore da Quina; e da necessidade de um naturalista hábil. [CTA: AHU-MATO GROSSO, cx.33, doc.24. CTA: AHU_ACL_CU_010, cx.38,doc.1897 SUMÁRIO CRIADO PARA O CD Nº 8, QUE ACOMPANHA O CATÁLOGO. Cx. 38 cd08/n° 1897/0034/001/0045 – CD 08. Carta 0046. No.99

Respondido em 7 de abril de 1800. Ilmo. e Exmo. Senhor.

Tendo sido inuteis as diligencias que tinha feito, tanto nas terras do Matto Grosso, como nas do Cuiabá, para descobrir arvore da Quina, logo que cheguei a esta Villa, fui ver ao professor de Filosofia Racional, o Padre José Manoel Sequeira, a Psicologia de D. Hipólito Ruiz, que V.Exa me havia remetido; esta obra, dando-lhe ideas mais exatas e individuaes dos caracteres desta planta, ou dos lugares da sua habitação, foi causa, de que elle tentasse novas indagações pelas terras deste districto e na de S.Jeronimo, veio lugar distante daqui, adiou algumas arvores, que ou são as que se procurao, ou outras, que não deixão de ter bastantes dos seus caracteres genéricos, e específicos,

O dito professor dá esta descoberta por feita. Era pressa ou porque não tendo a precisar conhecimentos de Botânica, ou por que lhe será seguimento ou mais proferidos, seggundo mais juízo, indique o vilarejo, e observações sejam feitas, por meio do mestre, qual terá estimativa agorá ter para me a distante função, conhecimento será indiferente: sendo este envio trará razão, de eu julgar necessária a existência de hum especialista (ou naturalista) hábil nesta capitania, não só pelo que já disse, deverá ingressar um dito professor todos os conhecimentos de Botânica, e ainda mesmo de psicologia, mas por que a esta falta ____________ a de tempo, ______ função com a embaração da sua cadeira, mas o estado da sua saúde, de que constantemente se queixa.

Elle esta repetindo a sua experiência a maneira iguaes , segundo diz, cada um confirmando_______________ na opinião,_______________ esta, para correio de destino mas proveniente, que há de ter proposta a Diversificação Botânica, alguns passos como a sua tradificação e alguma cauza beneficia conforme as Indicações de D. Hipólito Ruiz.

Deus queira abençoar esta feliz coroação e guardar a V. Exa. Por tanto anos, quanto inoprecizos e para o Brasil pretendendo toda a sua siguranca Cuiabá em 26 de abril de 1800.

Ilmo. Exmo. Senh. D. Rodrigo de Souza Coutinho,

Caetano Pinto de Miranda Montenegro 1ª Via.

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SUMÁRIO DO CATÁLOGO DE VERBETES DO ARQUIVO HISTÓRICO ULTRAMARINO LISBOA/PORTUGAL 1922 – 1801, janeiro, 19, Vila Bela. Oficio do [governador e capitão general da Capitania de Mato grosso ] Caetano Pinto de Miranda Montenegro ao [secretario de Estado da marinha Ultramar] Rodrigo de Souza Coutinho sobre os motivos porque se não estabeleceram as pensões que os ditos estudantes devem ter quando voltarem. CTA: AHU-MATO GROSSO, cx.34, doc.06. CT: AHU_ACL_CU_010, cx.38, doc.1922. SUMÁRIO CRIADO PARA O CD Nº 8, QUE ACOMPANHA O CATÁLOGO. Cx. 38 cd08/n° 1922/0034/001/0165 – CD 08. Carta pasta 0166. N° 2°

Ilmo E Exmo Senhor Tendo participado nos seus Officios n° 88 do anno passado, e 1° do

prezente anno, a execução que derão as Câmaras desta Capitania as Reaes Ordens de 21, 27 de outubro de 1798, falta-me ainda a V.Exª dos motivos, porque se tractou por hora, só das pensões alimatarias, e não das que devem ter alim- nos das mesmas Câmaras quando voltarem Reino.

A impossibilidade actual de se estabelecerem as ditas pensões, ou fosse pelos próprios aditos dos Bens do Conselho, ou fosse pelo meyo de huã tinta corespondente, foi a verdadeira cauza, porque nem as Câmaras se lembrarão, e nem eu insisti sobre este objeto. E como a principiar-se por aqui, nada viria a concluir-se de tão importante negocio, assentei que era melhor o tractar-se unicamente das idas dos ditos alunnos, porque terião melhorado, ou as prezenças dos mesmos alunnos, e as soluções de cada hum, contribuirão para as boas dispozição dos ânimos, ou, a não ser bastante nem hua nem outra cauza, não deixaria todavia de haver outros meios de segurar-lhes a sua subsistência.

Todas as contribuições em geral são desagradáveis aos Povos. Este de Mato grosso

Cx. 38 cd08/n° 1922/0034/001/00165 – CD 08. Carta pasta 0166

Está pobre. Eu acabava de estabelecer o subsidio para a Medificaçção do Real Palácio Real de Sua Alteza. Os incommodos prezentes trazem allfigidos os ânimos, principalmente por não ter a Real Fazenda os Fundos precizos para suprir as despezas que se fazerem. E ai vista destas circustancias, parece-me, que não podia haver expediente mais acertado; em cujo approvação de Sua Alteza. Deos guarde a v.Exª. muitos annos. Villa Bella em 19 de janeiro de 1801. Ilmo e Exmo Senhor D. Rodrigo de Souza Coutinho. Caetano Pinto de Miranda Montenegro

SUMÁRIO DO CATÁLOGO DE VERBETES DO ARQUIVO HISTÓRICO ULTRAMARINO LISBOA/PORTUGAL 1850.1799, março, 10 Vila Bela. OFÍCIO do [governador e capitão general de Mato Grosso] Caetano Pinto de Miranda Montenegro ao [secretario de estado da marinha e Ultramar] Rodrigo de Souza Coutinho, sobre as expedições feitas em busca de salitre, de quinta peruviana, e do musgo chamado islândico; remetendo também a descrição feita pelo padre José Manoel de Siqueira a respeito

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da sua expedição a serra de São Jerônimo e ao arraial do Médico. Anexo: 04 docs. E 2ª s vias. CTA: AHU-MATO GROSSO, cx.31, docs.59, 60, 55,03. CT:AHU_ACL_CU_010,cx.36,doc.1850. SUMÁRIO CRIADO PARA O CD Nº 8, QUE ACOMPANHA O CATÁLOGO. Cx. 36 cd08/n°. 1850/003/001/0021 – cd 08. Carta pasta 0022

Ilmo.Exmo.Senhor As experiências que anno passado tentei fazer, para o descobrimento do

salitre, todas se inutilizarão com a morte de Luiz Ferreira Diniz, de quem falava V.Exa. na minha carta de no.48. porque não tendo produzido facto algum as que se fizerao em huma pouca de terra que veio de Casalvasco ou por me a não saber escolher, ou porque relamente adaquella passagem não contenha o dito sal. (salitre) mandava-o as minas do tacuru para dali me conduzir algumas cargas de terra, na qual segundo informações que tenho, é que já participei a V.Exa., esperava que as mesmas exigências fossem mais afortunadas. Mas adoecendo em viagem o dito professor Luiz Ferreira Diniz, recolheu-se nesta Villa, aonde faleceo, e por ter principiado a estação das agoas,, foi impossível repetir-se a referida diligencia.

O facto das diligencias que se fixarão na Villa do Cuiabá, constara V.Exa. da carta que no seu mesmo original, ponho na presença de V.Exa com o n.1º., do professor régio de Filosofia daquella Villa; os productos mencionados na dita carta na redação de n.2º. achara V.Exa. inclusos em huma pequena bocêta, bem como huma barra pequena de ferro que ultimamente e extrahvio dos productos. Marceaes descobertos pelo mesmo professor cuja barra me foi remettida com a carta de no.3º. E com efeito a abundancia e riqueza dos ditos productos marceaes for tanta quanta dizem aque espero examinar a fundo quando este anno for a referida Vila do Cuiabá, será uma descoberta utilíssima para estas Minas.

Com a expedição que em maio há de hir das principio ao estabelecimento, na caxoera do ribeuraõ, há de juntamente descerá a que desde septembro passado se destina para propor embaraços, que então participei a V.Exça., senão tem podido verificar. Nesta ocaziaõ hei de remetter alguns caixotes de outros productos dos que tenho podido recolher, os quaes não arrisco agora por ser pequena embarcaçaõ, não poderem hir com a precioza cautela e resguardo. Isto é o que por hora remettente participar a V.Exa. aceite respeito, para ser prezente a sua Magestade. Deos guarde a V.Exa muitos annos Villa Bella 10 de março de 1799

Ilmo. e Exmo. Senhor D.Rodrigo de Souza Coutinho.

Caetano Pinto de Miranda Montenegro 1ª. Via.

SUMÁRIO DO CATÁLOGO DE VERBETES DO ARQUIVO HISTÓRICO ULTRAMARINO LISBOA/PORTUGAL 1791. 1798, junho, 14, Vila Bela. OFICIO do [governador e capitão general da capitania do Mato Grosso] Caetano Pinto de Miranda Montenegro ao [secretario de Estado da Marinha e Ultramar] Rodrigo de Souza Coutinho, informando que distribuiu desenhos da árvore da quina para facilitar sua descoberta; da falta de naturalista; da necessidade de criação de uma cadeira de História Natural nas capitanias do Brasil. CTA: AHU-MATO GROSSO, cx.30, doc.15. CT: AHU_ACL_CU_010, cx. 34, doc. 1791.

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SUMÁRIO CRIADO PARA O CD Nº 7, QUE ACOMPANHA O CATÁLOGO. Cx. 34 cd07/n°1791/0031/002/0311. CD 07. Carta pasta 0312. N° 35

Ilm°. Exm°.Senhor.

Logo que recebi as Reaes Ordens de V.Exª. me participa na sua carta de 29 de março do anno passado, mandei tirar do dezenho da arvore da quina do Peru, e como em toda esta capitania não há hum so naturalista hábil, conforme V.Exª. veria já daminha carta de n°32, fui obrigado a distribuir as ditas copias com a descrição da mesma arvore por alguãs (algumas) pessôas de melhor discernimen.to , e que morão pelos arraiaes deste districto, paiz mostruozo, aonde os espanhoes acostumarão achar, fazendo a todos as maiores recomendações de quanto seria agradável a Sua Magestade esta descoberta.

Esta absoluta falta de filozofos, e a geral ignorância que há de minerologia em todos os mineiros do Brazil, as quaes se governão so por huã (uma) rutina cega, faz-me lebrar que seria muito útil haver em todas as capitanias dos governos do mesmo Estado, huã cadeira de Historia Natural as quaes podião andar annexas as secretarias dos mesmos governos. E como a secretaria deste governo he a de menor rendimento ao mesmo tempo que o paiz he o mais caro/ podia Sua Magestade a hum moço hábil que despacha/se para secretario, mandar-lhe dar mais pelo cofre do Subzidio Literário, ou quatrocentos mil res, e as obrigações da dita cadeira não serião aqui incompatíveis com as da secretaria, que he pouco trabalhoza, podendo-lhe tãobem o Oficial maior suprir as vezes do secretario nos seus impedimentos. Parece-me que rezultarião deste estabelecimento vantagens não pequenas, e seria mais huã acomodação para os alunnos da Faculdade filozofica, os quaes ãte o tempo em que deixei a Universidade, tinhão pouca sahida (saída).

Para a Villa do Cuiabá remetti tãobem o sobre dito dezenho e descrição da arvore da quina, mas segundo me aviza o guia de fora, há a mesma penúria naquella Villa de conhecimentos naturaes, que se experimenta nesta. Espera-se com tudo alli nas primeiras canoas, que ate ao mez de agosto hão de chegar de S.Paulo, hum ecleziastico que vem provido em ilustre de Lógica, Metafizica, e Ethica, o qual segundo me dizem, se applicou muito nesta cadeira o estudo da Historia natural com o D.r° Vandelli, a quem ensinaria os filhos a Gramática Latina, e estimarei que se removerão com a sua chegada os prezentes obstáculos, que farião talvez infructuozas as mais efficazes diligencias.

Não seria de maior utilidade em minas, a não julgar-se conveniente o arbítrio que acima proponho e a não poder haver duas aulas, que em vez de Lógica, Metafizica, e Ethica, se estudasse Historia Natural, e Mineralogia? Sô Sua Magestade he que pode decidir o que for mais conforme ao seu Real Serviço, e ao bem commum dos seus vassallos.

Deos guarde a V.Exa.ª muitos annos. Villa Bella 14 de junho de 1798. Ilm°. eExm°. Senhor D. Rodrigo de Souza Coutinho.

Caetano Pinto de Miranda Montenegro.

SUMÁRIO DO CATÁLOGO DE VERBETES DO ARQUIVO HISTÓRICO ULTRAMARINO LISBOA/PORTUGAL 1985. 1802, setembro, 20, Vila Bela. OFÍCIO do [governador e capitão-general da capitania de Mato Grosso] Caetano Pinto de Miranda Montenegro ao [secretario de estado da Marinha e Ultramar] Visconde de Anadia [João Rodrigues de Sá e Melo] sobre a descoberta de quina pelo professor de Filosofia

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Racional e Moral da Vila de Cuiabá. Anexo: 04 doc. e 2ª s vias. CTA: AHU-MATO GROSSO, cx. 34, docs.43,45. CT: AHU_ACL_CU_010,cx.40,doc.1985. SUMÁRIO CRIADO PARA O CD Nº 8, QUE ACOMPANHA O CATÁLOGO. Cx. 40 cd08/n°.1985/0035/002/0205 – cd 08. Carta pasta 0206. N°.18 (9)

Ilmo. Ex.mo Senhor Depois de beijar a mão de S. Alteza Real, pela honra de mandar louvar

muito o meu zelo e adiligencia que empreguei no descobrimento da quina, devo participar a V.Exa. que logo que recebi o aviso n.20 de 7 de abril do anno passado o dirigi por copia ao professor de filosofia e Moral da Mina do Cuiabá, por quem foi feita esta descoberta, com a carta junta na copia de no.1º; e pela resposta que há poucos dias recebi do dito professor com a descrição, e carta juntas nas copias de no.2º., 3º ., e 4º ficara V.Exa. pretensamente inteirado do facto da segunda diligencia, e de tudo o mais concernente a este objeto.

Nesta ocasião remetto ao governador e capitão e general do Pará os quatro caixotes mencionados na referida carta, e os desenhos, e mapas, não as originaes, porque não tive tempo para os mandar copias.

Deos guarde a V.Exa. muitos annos. Villa Bella 20 de setembro de 1802. Ilmo. e Exmo.Senhor Visconde de anadia. Caetano Pinto de Miranda Montenegro.

Cx. 40 cd08/n° 1985/0035/002/0205. CD 08. Carta pasta 207.

Copia Da copia incluza assignada pelo secretario deste governo, verá Ex.mo húa

espécie de quina, boa, arvore que descobrio na terra de S.Jeronimo. no texto vosso de Sua Alteza, e nomes. Eu lhe agradeço faz importante descoberta, aqual espero não ficará sem premio, talvez que a este retiraõ as ultimas palavras do avizo, pois que na carta com que remetti a desocupação e os desenhos da dita arvore juntamente com o caixote a caixa; eu me servia das seguintes expressões = se esta for ainda dura quina, eu certifico se me he licito, algun augmento no honorário do dito professor em premio por esta descoberta = .

Portanto he de esperar que pelo botânico annunsciado (anunciado) venhaõ ordens mais circustanciadas; para q´amostra descoberta neste tempo esteja mais adiantada, recomendo muito Exmo. Queira fazer húa digreçaõ pela dita serra de S.Jeronimo, pelos mais lugares oportunos que lhe parecerem fazer não só com o fim de examinar se temos quina em muita ou pequena quantidade, mais de recolher tãobem, no cazo de achar bastante algúas arrobas de casca escolhida e benefficiada segundo as instruções que dá d.Hipolito Ruiz na será quinologia. Ao doctor Juiz de Fora dou ordens para que_______________com o que for necessário.

Parece-me que o povo desta Villa se não lembrará por hora de ir tirar esta casca mas falte exmo. sempre ao mestre aquém recomendo avigiar sobre a dita extração e desse o seu parecer tanto neste referido como sobre o methodo e o modo de entender e propagar a cultura da referida arvore na forma que me hé detterminada.

Deos g.d Exmo. Villa Bella 10 de maio de 1802 = Caetano Pinto de Miranda Montenegro = muito reverendo padre José Manuel de Sequeira.

O oficial da secretaria na ausencia do secretario do governo. João de Araújo Lisboa.

Cx. 40 cd08/n° 1985/0035/002/0205. cd 08. Carta pasta 0208

Copia Ilmo. e Exmo. as deligencias de examinar a será de S. Jerônimo e outras

visinhas, e da extração da casca da cinhona, que V.Exª. me encarregou se achaõ

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concluídas com muita satisfaçaõ minha, resta da a V.Exª. conta da minha digresão e succeso.

Em meado do mês de junho eu parti para a serra de S.jeronimo distante desta Villa (como V.Exª. sabe) seis legoas levando comigo quatro pessoas alem do feitor para a deligencia de colher a quina: e no decurso de quinze dias foi cortar, extrahir, descacar, e enfardar seis arrobas de casca da cinchona rubra, da qual já a V.Exª. dei a descriçaõ; e huma arroba e três as ratei de cinchona que me persuado ser _____________quina espécie de D.Hipolito Ruiz, daqual ínvio juntamente a descripçaõ, e copia e me parece que a quantidade de huma arroba he sufficiente para o exame que se houver de fazer.

Posso a V.Exª. afirmar que ma he mais prompta (pronta) e mais effetiva nas febres malignas do que a rubra já examinada. Calculando o trabalhão achei que seis pessoas, das quais duas cortando e conduzindo a madeira cortada e quatro extrahindo casca podem bem beneficiar em quinze dias dobrada quantidade da que tirei e não mais; porq` pelo methodo que ensina d.Hipolito he difficil extrahir a casca: casca digo a cinchona rubra, porque da nova se pode tirar o quádruplo. Toda aque se ínvia foi tirada com todo vesmero (esmero) que permissoras , sitio, e estação.

Pelo que respeita a quantidade he verdade que achei m.ta cinchona rubra, como V.Exª. da carta topográfica junta pode ver, que para colher, pois que sendo da natureza desta planta o vegetar nas penedias vivas, e só nas pedras da família de cor rubra idest. Pedras arenoza é muito frágeis, quem o poderá colher nos paredões de 200 e mais pes dáltura? E qual o aparelho ou maquina pela qual sem perigo de pricipicio se poderá chegar a arvore? E o mais hé que a mais flores e mais frondoza, habitaõ naquella altura,porq`o fogo dos campos as destroem nos lugares baixos: e por isso a quantidade de quina que se pode cortar avalio pela vigésima parte da que he innaccesivel (inacessível). Três foraõ os lugares em que cortei ramos para as 6 arrobas de casca, e podera tirar mais sem desfalcar as quineiras, porem me naõ quis adiantar no corte porque nesse tempo naõ tinha eu examinado as serras, mas calculando grosseiramente o corte annual, acho que as quineiras assim como estão sem beneficio podem fornecer dezeseis até vinte arrobas annuaes de quina vermelha sem destruição: disse sem benefficio porq`as arvores acaultelada ou deffendidas do fogo que as destroem provavelmente não terão melhoram.to e dee se seguirá huma copioza colheita. Ora ocorre annual não devera ser no q.al conhecido mas em lugar sim copiozo porem particular, e no seguinte anno em outro, dando largo tempo de descanso as arvores truncadas: porq`direi a V.Ex.ª qu esta planta não he de vantoajozo crescimento, pois as arvores, de que tirei ramos para as mostras que tive a honra de aprezentar nestaVilla a V.Ex.ª no anno de 1800, secarão-se e os renovos que brotaraõ da antiga raiz apenas neste anno tem quatro pes de altura e de grossura três polegadas, e me parece que antes de seis annos não produzirão sufficiente casca. Também percebi que as quineiras são muito sentidas, poi que o corte de hum só ramo faz secar toda arvore até a raiz d`onde rebentão os renovos. Parece-me que a cauza desta enfermidade nacce (nasce) do m.mo corte, porque como o lenho (bem`q consistente) hé sugeito a tender-se do machado, e ainda de faca do matto, e entrando-se pelas fendas, o orvalho, e água da chuva alem do calor do sol apodrece, he provável que esta putrefaçaõ contamine o tronco principal. Eu pois dezejando que esta putrefação acautelhar esta enfermidade e desperdício usei de serrote de maõ para o corte dos ramos, e fazendo de pulvilho o extrato da mesma casca huma massa fez barrar a parte serrada ou cortada, e cobri com a folha da mesma arvore: e espero feliz succeso da minha tentativa. O methodo melhor e único que considero para conservar as quineiras achadas; he o de deffender-las dos fogos geraes dos campos arrancando o feno que circundaa serras e penedias em que estão as quineiras. Sim será hum grande trabalho pela primeira vez, porem serve para o futuro como haja cuidado no tempo das águas, que será o próprio de fazer este benefficio. Quanto a quina nova não padece de coida (cuida) porq`produz muito bem nos bosques humidos, que nestes raízes se chamaõ mattos resfriados: e quanto mais coberta e deffendida do sol melhor vegeta, porem nunca na terra mas em lagoas, e sempre vizinha d`agoa corrente: não se dá de frio, ou calor, pois que tão viçosa ei sobre a serra com o frio, como debaixo dessa com tanto calor, e por isso como se approuve a sua colheita será copiosa, e talvez fácil a

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sua cultura. Na descrição que della ínvio vera V.Exª quanto especificam.e se differença da vermelha já descripta.

Atesta-me responder pela cultura e transplantação da cinchona. O tempo ou estação não hé própria para huma verdadeira experiência; porq`, como V.Ex.ª as já conhece o terreno do Cuiabá he muito seco nestes mezes e os callores são altíssimos; apezar de tudo eu fiz recolher alguns tenros pez (pés) de cinchona rubra com as mesmas pedras em que estas raízes se entranhavaõ: hum fiz plantar na terra em lugar humido, outros em lugar seco da mesma sorte as estacas e as sementes; porem nem se conservarão as mudas, nem pegarão as estacas, e menos brotarão as sementes (que he bem difficultozo o laudas e so se conserva algumas seis mudas que fiz recolher em vaso de barro com area (areia) própria do terreno natal, e assim permanecer por vinte e mais dias sem se colher algum signal de melhoramento, ou de trisração. Tem-me lembrado lançar area (areia) tirada, ou da m.ma pedra descfeita , e então conservar a sombra em ordem a certificar-me se com effeito o sol estereliza-as, porem estas mesmas tentavias eu deverei repettir no tempo próprio das agoas, se antes não chegar o sábio bonatico, aquém S. Alteza Real terá com metido esta importante deligencia, eu certamen.e dezejo que quanto antes venha para q`com sua luzes se reparem talvez os inconveientes que a V.Ex.ª tenho exposto, e se consiga o estabelecerem no Cuiabá uma perfeita cultura de cinchona, que della certamente se seguirão o augmento da real Fazenda, hum efficaz socorro a humanidade, a v.Ex.ª gloria bem merecida, e a mim satisfação e jubilo por ter eu sido o débil instrumento porque se fez tão interesasante descoberta.

Ex.mo Snr`, nesta deligencia em que tive a honra de ser por V.Ex.ª encarregado eu não me poupei ao trabalho ainda estando molestado de crônica enfermidade, não me aterrarão os calores do dia e o frio da noite. Não me atemorizaraõ os choveiros de insectos sanguinários que pelos dezertos de noite e de dia mortificaraõ, e affligem a os mesmos pretos (acredito ser pretos ou bestas) quanto mais homenz finalmente me não horrorizaraõ os eminentes penedos, e escarpados rochedos para q`eu deixasse d`atravessar montes ínvios humas vezes apé, e outras descalço, pois me animava nos perigos, e me suavizava a fadiga felis lembrança de que servia a S. Alteza Real mediante a ordem de V.Ex.ª.

do papel junto vera V.Ex.ª a conta da despeza que eu fiz com os homens que me acompanharaõ e com bestas da Real fazenda assim na colheita da casca, como no exame da Serra de S.jeronimo, Queimado, Rio da Casca, Quilombo. Ex.ª e também a que ter os caixotes em q` se recolhero a quina. Remetto juntam.e hum mapa de léguas , rumos, e consignações dos lugares em que achei huma e outra quina. Entre as copias da nova quina da minha inovação, porem não envio a casca (que he muito tênue) porq` sendo esta análoga a cinchona eu pos tal considerei pelo habito das flores, pois q`concordando na classe, e na ordem differe no gênero pois que carece do fruto cortado pelo cauli, além de que a casca tem um sabor mau zeirozo (cheiros), e muito depois se sabor pouco amargo, e por isso vai so copia com a advertência que desculpa o meu engano.

Nestas deligencias gastei 38 dias sem excestuar (exceto) os de preceito, e me recolhi a 24// do passado mez de julho obrigado de huma queda que apanhei nas penedeiras das Congonhas; e da qual me sinto ainda maltratado, e me retirei deixando a dois homens encarregado do resto do exame q`eu tinha de fazer dês do Cumbadoiro até a Serra de José. Als. na entrada de Goyas, de cuja deligencia se recolheraõ no dia27 de julho com a noticia de que os vertentes da serra abundava da quina nova ou amarelha, porem que da vermelha absolutamente nada porq`esta espécie parece repugnar a habitação, dos rochedos que tiraõ superiores a os bosques.

Estimarei snr. Que V.Ex.ª se satisfaça da execução das suas sabias ordens, e que por isso mais queira continuar, que gosto o obedecerei pois que sou = de V.Ex.ª Il.mo Snr. Caetano Pinto de Miranda Montenegro = obediente subdito + Jozé Manuel de Sequeira = Villa do Cuiabá 12// de agosto de 1802.

O Official da secretaria na auzencia do secretario do governo João de Araújo Lisboa. 1ª via.

Cx. 40 cd08/n° 1985/0035/002/0205 – CD 08. Carta pasta 0211

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Copia// n° 3°. Descrição da nova cinchona lutasem 5ª. espécie das descriptas por D.Hipolito Ruiz, descoberta na cap.nia do cuiabá. Genericmente esta cinchona he a mesma rubra da qual há annos dei a descriptção, porem especiecamente se differenca da rubra: 1° na flor, cujos lacinias são simicaniculadas por cima, tem hum cotaõ branco inserto no tubo, e o estigma do pistilho esta patente logo que se abre a flor (Letra C. na copia 2ª): 2° no fruto, que he em duplo maior que o daquella (Letra D.na copia 3ª.) e a cápsula se abre por hum só lado (Letra E.na mesma) e na semente, que tambem he em duplo maior dilatada (Letr.F): 3° na estipula; que he cor deforme, porem lanceolada; e por isso mais comprida, e mais estreita do que a estipula da vermelha, e com duração, pois que acompanharão as segundas, e terceiras ordens de folhas sem desamararem os sittios, em que estiveraõ (Letra A.na copia 1ª): 4° nas folhas, que sendo oblongas, são todas acuminadas (letr.G) 5° no lenho dos últimos ramos, e nos renovos, que todos são fistulozos (Letr.B): 6° na gomma amarella, que mostra na recente cezura (secura acho), quando a outra mostra vermelha: 7° no tronco, com casca mais liza, mais vermelha, mais delgada, mais amargoza com pouca adstrição, e menos aromática: 8/ finalmentte no sittio da sua habitaçaõ, pois que não he solitária, vegeta nos bosques humidos, e sempre na visinhança d`agoa, bem que arraigada nas lageas e penhascos com a outra. Quando descrevi a cinhcona rubra affirmei que as estipulas e não de cor verde claro e que so se fariaõ purpúreas quando cahindo huma, ficava a outra exposta aos raios do sol, agora porem posso affirmar q`as estipulas da tal espécie, se fazem purpúreas pelo gello, porq`depois dos mezes de junho e julho, que são do nosso inverno, todas as estipulas expostas as geadas as encontrei vermelhas por fora, e purpúreas por dentro, o q`não acontece nos mezes de fevereiro; emarço e abril e menos nos de setembro hª. a estipulas da cinchona lutarem sempre conservarão húa cor esverdeada. Vid. Letr.A na copia 1ª. O Official da Secretaria na auzencia do Secretario do governo. João Araújo Lisboa.

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n° 2° Copia . 1ª.via. Conta da despeza que fiz na digressaõ que por ordens de S. Ex.ª fui fazer pelas Serras de S.Jeronimo, na exploração da quina, e colheita da mesma, o presente anno de 1802. Pelo que importou o salário que paguei a sinco pessoas que me acompanharão, a saber, o feitor, e quatro trabalhadores, ganhando o primeiro meia oitava por dia, e os quatro últimos a oitenta seis...........-------------23/18 Pelo que importarão as comedorias (comidas) dois as maneiras de soldados--.........................................................................................................-7 3/2 150 Pelo que importou a despeza com duas bestas de cargas. --------------------3/1 Pelo que paguei ao carpinteiro de fazer quatro caixões----------------1 ½ 120 3.libras alcatrão para os ditos------------------------------------------------1/2 80 Soma--...........................................................................................36/18 ½ 30 A madeira para os caixões , os pregos, o panno pra o forro, e seu acabamento, correo (correu) por conta da Real Fazenda. Cuiabá 11 de agosto de 1802.= Jozé Manuel de Sequeira. O Official da Secretaria na auzencia do Secretario do governo João de Araújo Lisboa

5. CONCLUSÃO PARCIAL

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Percebe-se neste contexto que a educação principiou os mais diversos passos que

conceituaram a história da educação na região de Mato Grosso, no Período Colonial. Desde os

mais celebres personagens com suas funções sociais de maior relevância para o

desenvolvimento da Capitania como, também, os escravos e “gentes comuns”. Assim, não se

pode deixar de mencionar o que muito fizeram para o desenvolvimento desta região, como

também as dificuldades encontradas por estes homens, que de muito longe vieram para

contribuir com suas parcelas, para o que é hoje Mato Grosso, cuja capital é Cuiabá.

Vale ressaltar neste texto a importante contribuição do mestre da Filosofia Racional,

sertanista, botânico e sacerdote, Padre José Manoel de Sequeira, que absorto nos colóquios

das ciências naturais e de uma esplêndida habilidade para o desenho, se submeteu as mais

duras situações para cumprir as ordens reais, das quais tinha maior respeito e consideração,

deixando para os que viriam um grande exemplo de coragem e fé.

Os documentos e as demais obras levantadas e mapeadas evidenciaram que a

educação na Região de Mato Grosso, no Período Colonial, ainda carece de muita pesquisa.

Pesquisa que não é fácil de ser realizada, como ficou constatado no desenvolvimento deste

texto. Porém, é importante esclarecer que estou muito feliz, no campo pessoal e acadêmico,

com a realização desta pesquisa, principalmente pelo fato de pertencer a um grupo de

professores da Universidade para o desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal

(UNIDERP) que vêm prestando relevantes contribuições ao desenvolvimento da pesquisa

sobre a História da Educação regional e brasileira.

6. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ALVES, Gilberto Luiz. Educação e História em Mato Grosso: 1719-1864. Campo Grande, MS: UFMS/Imprensa Universitária, 1984. 156 p. (Publicações UFMS, 1)

CATALOGO de Verbetes e Manuscritos Avulsos da Capitania de Mato Grosso ( (1720-1827).Org. Casa da Memória Arnaldo Estevão de Figueiredo, Ministério da Cultura, Projeto resgate de documentação histórica “Barão do Rio Branco”, Arquivo Ultramarino Lisboa/Portugal.

CONSULTA do Conselho Ultramarino à rainha D. Maria sobre o requerimento do padre José Manoel de Siqueira, da Vila de Cuiabá, que pede para ser provido na cadeira de Filosofia Racional com o competente ordenado e mais meio ordenado por explicar Botânica nas horas vagas. Anexo: 18. Doc. Caixa – 13, Doc. N° 1704. Acervo do Núcleo de Documentação e Informação Histórica Regional da Universidade Federal de Mato Grosso – NEDHIR/UFMT.

LEITE, Luis-Philippe Pereira. Vilas e Fronteiras Coloniais. Do Instituto Histórico Geográfico de Mato Grosso. Ed. Resenha Tributária. São Paulo, SP.

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MENDONÇA, Rubens de. História de Mato Grosso. Do Instituto Histórico de Mato Grosso. Da Academia Mato-grossense de Letras. Sócio Correspondente da Sociedade de Geografia de Lisboa. 2ª ed. 1970.

OFÍCIO do [governador e capitão-general da capitania de Mato Grosso] Caetano Pinto de Miranda Montenegro ao [secretario de estado da Marinha e Ultramar] Visconde de Anadia [João Rodrigues de Sá e Melo] sobre a descoberta de quina pelo professor de Filosofia Racional e Moral da Vila de Cuiabá. Anexo: 04 doc. e 2ª s vias. Cd-8. cx: 40 no.1985/0035/002/0205. Vila Bela, 20 de setembro de 1802. CTA: AHU-MATO GROSSO, cx. 34, docs.43,45.CT: AHU_ACL_CU_010,cx.40,doc.1985.

SIQUEIRA, Elizabeth Madureira, COSTA, Lourença Alves da, CARVALHO, Cinthia Maria Coelho. O Processo Histórico de Mato Grosso. 3ª ed. ed. Guaicurus. Cuiabá-MT, 1990.

SIQUEIRA, Elizabeth, Madureira. Revivendo Mato Grosso. Ed. Entrelinhas. Secretaria de Estado de Educação. Cuiabá – MT, 1997.

TAUNAY, Afonso de E. Relatos Sertanistas. Ed. Itatiaia: {São Paulo}: ed. da Universidade de São Paulo, 1981.