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A cultura da palma de óleo (Elaeis guineenses Jacq.) no Brasil e no mundo: aspectos agronômicos e tecnológicos - uma revisão 1 Adriana de Jesus Borges 2 Erich Collicchio 3 Gustavo Azevedo Campos 4 Resumo O presente estudo objetivou realizar uma revisão de literatura sobre o desempenho de produção de óleo de palma irrigada, as necessidades edafoclimáticas, os princi- pais métodos de extração de óleo e a importância das cultivares. Com uma produção mundial de óleo estimada de 62,35 milhões de toneladas na safra 2014/2015, a palma de óleo, Elaeis guineensis, se consolida como a cultura maior produtora de óleo no mundo. É originária do Sudeste Africano e foi trazida para o Brasil com os escravos. No Brasil, a palma se adaptou na forma de bosques espontâneos na Bahia e é cultiva- da em grandes plantios comerciais, principalmente, no estado do Pará. O principal produto obtido é o óleo que possui diversos usos, tais como: utilização na indústria alimentícia, química, cosmética e de combustível. Como a palma de óleo é uma cul- tura de grande importância, estudos são necessários para aperfeiçoar as técnicas de cultivos e de extração de óleo, principalmente em nível nacional, pois tem grande potencial de produção, porém, ainda não corresponde ao suprimento da demanda interna de óleo de palma. Palavras-chave: Óleo. Características da palma. Desempenho. Abstract is present paper aimed to carry out a literature review about the performance of the irrigated palm oil production, soil and climate needs, the main oil extraction methods and the importance of its plantation. With an estimated oil world production of 62.35 million tons in the 2014/2015 crop, palm oil, Elaeis guineensis, has established itself as the largest crop producer of oil in the world. It is from the Southeast Africa and was brought to Brazil by the slaves. In Brazil, the palm adapted itself as spontaneous forests in Bahia and it is grown in large commercial plantations mainly in Pará state. e main product obtained is the oil that has many uses, such as: the use in the food, chemical, cosmetic and fuel industry. As the palm oil is a culture of great importance, studies are needed to improve cultivation techniques and oil extraction, particularly at the national level, since it has had great potential production, but it does not yet match the supply of the domestic demand for oil palm. Keywords: Oil. Palm characteristics. Acting. 1 Resumo de dissertação de mestrado em Agroenergia, apresentada em 14.04.2015, na Universidade Federal do Tocantins (UFT), Palmas, TO, Brasil 2 Doutoranda em Ciência, Energia e Ambiente pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), Salvador, BA, Brasil e mestre em Agroenergia pela Universidade Federal do Tocantins (UFT), Palmas. E-mail: [email protected] 3 Doutor em Ecologia Aplicada pela Universidade de São Paulo (USP), Piracicaba, SP, Brasil. Professor da Universidade Federal do Tocantins. [email protected] 4 Doutor em Produção Vegetal, Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF), Campos dos Goytacazes, RJ, Brasil. Pesquisador da Embrapa Pesca, Aquicultura e Sistemas Agrícolas (CNPASA), Palmas. E-mail: [email protected] Artigo recebido em 24.08.2015 e aceito em 01.03.2016.

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A cultura da palma de óleo (Elaeis guineenses Jacq.) no Brasil e no mundo: aspectos agronômicos e

tecnológicos - uma revisão1

Adriana de Jesus Borges2

Erich Collicchio3

Gustavo Azevedo Campos4

Resumo

O presente estudo objetivou realizar uma revisão de literatura sobre o desempenho de produção de óleo de palma irrigada, as necessidades edafoclimáticas, os princi-pais métodos de extração de óleo e a importância das cultivares. Com uma produção mundial de óleo estimada de 62,35 milhões de toneladas na safra 2014/2015, a palma de óleo, Elaeis guineensis, se consolida como a cultura maior produtora de óleo no mundo. É originária do Sudeste Africano e foi trazida para o Brasil com os escravos. No Brasil, a palma se adaptou na forma de bosques espontâneos na Bahia e é cultiva-da em grandes plantios comerciais, principalmente, no estado do Pará. O principal produto obtido é o óleo que possui diversos usos, tais como: utilização na indústria alimentícia, química, cosmética e de combustível. Como a palma de óleo é uma cul-tura de grande importância, estudos são necessários para aperfeiçoar as técnicas de cultivos e de extração de óleo, principalmente em nível nacional, pois tem grande potencial de produção, porém, ainda não corresponde ao suprimento da demanda interna de óleo de palma.

Palavras-chave: Óleo. Características da palma. Desempenho.

Abstract

This present paper aimed to carry out a literature review about the performance of the irrigated palm oil production, soil and climate needs, the main oil extraction methods and the importance of its plantation. With an estimated oil world production of 62.35 million tons in the 2014/2015 crop, palm oil, Elaeis guineensis, has established itself as the largest crop producer of oil in the world. It is from the Southeast Africa and was brought to Brazil by the slaves. In Brazil, the palm adapted itself as spontaneous forests in Bahia and it is grown in large commercial plantations mainly in Pará state. The main product obtained is the oil that has many uses, such as: the use in the food, chemical, cosmetic and fuel industry. As the palm oil is a culture of great importance, studies are needed to improve cultivation techniques and oil extraction, particularly at the national level, since it has had great potential production, but it does not yet match the supply of the domestic demand for oil palm.

Keywords: Oil. Palm characteristics. Acting.

1 Resumo de dissertação de mestrado em Agroenergia, apresentada em 14.04.2015, na Universidade Federal do Tocantins (UFT), Palmas, TO, Brasil2 Doutoranda em Ciência, Energia e Ambiente pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), Salvador, BA, Brasil e mestre em Agroenergia pela Universidade Federal do Tocantins (UFT), Palmas. E-mail: [email protected] Doutor em Ecologia Aplicada pela Universidade de São Paulo (USP), Piracicaba, SP, Brasil. Professor da Universidade Federal do Tocantins. [email protected] Doutor em Produção Vegetal, Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF), Campos dos Goytacazes, RJ, Brasil. Pesquisador da Embrapa Pesca, Aquicultura e Sistemas Agrícolas (CNPASA), Palmas. E-mail: [email protected]

Artigo recebido em 24.08.2015 e aceito em 01.03.2016.

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1 Introdução

A palma de óleo (Elaeis guineensis Jacq.) é a oleaginosa de maior importância mundial (SHEIL et al., 2009). Com produção mundial de óleo estimada em 62,35 milhões de tone-ladas na safra 2014/2015 (UNITED STATES, 2014), a palma de óleo se consolida com maior produção de óleo no mundo (BRASIL, 2013). Sua produtividade média de cinco (05) tone-ladas por hectare supera as demais oleaginosas cultivadas (SANTOS, 2008).

A palmicultura caracteriza-se como ativi-dade que possui diversos benefícios socioam-bientais, tais como: a) a promoção da geração de emprego e renda, onde dez (10) hectares de palma de óleo emprega um trabalhador; b) me-lhoria da renda dos trabalhadores e, consequen-temente, sua qualidade de vida; c) aceleração do comércio local; d) redução do êxodo rural, com a fixação do homem no campo, com disponi-bilidade de emprego, sendo que, mais de cinco (05) milhões de famílias no mundo tiram seu sustento exclusivamente dessa cultura; e) pro-dução de biodiesel, devido ao seu elevador teor de óleo (HOMMA et al., 2000; LEVERMANN; SOUZA, 2014; BRITO, 2014).

Sua característica de planta tropical faz com que o seu cultivo seja realizado em toda faixa equatorial do planeta, chegando a 43 países e ocupando uma área de 16, 4 milhões de hectares (FOOD AND AGRICULTURE ORGANIZATION OF THE UNITED NATIONS, 2014).

Os maiores produtores de palma são Indonésia e Malásia que controlam cerca de 85% da produção global de óleo dessa cultu-ra (TURNER et al., 2011; OBIDZINSKI et al., 2012; UNITED STATES, 2014).

O Brasil está na última posição entre os dez maiores produtores mundiais. O estado do Pará é responsável por mais de 90% da produção na-cional. O clima favorável da região proporciona altos ganhos de produtividade, porém é uma região que deve ser preservada e isso dificulta

o avanço da cultura (REBELLO; COSTA, 2012). Outro bioma ao qual a planta se adaptou bem foi o da Mata Atlântica, onde se iniciou o culti-vo dessa planta trazida da África pelos escravos. Porém, a produção ficou limitada a pequenas propriedades e, na maior parte, de forma espon-tânea (EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA, 2011).

A palma de óleo possui uma característica de adaptação muito intensa en no Brasil, ela se encontra naturalmente no litoral da Bahia, de-monstrando que é uma cultura de fácil adapta-bilidade (VENTURIERI et al., 2009).

Experimentos estão sendo conduzidos pela Embrapa em biomas como o Cerrado que pos-sui características meteorológicas muito dife-rentes das condições da Mata Atlântica e da Floresta Amazônica (EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA, 2011). Com os resultados desses experimentos, pode-se ter uma melhor noção da interação da pal-ma com o ambiente.

O estudo das interações planta-ambiente é essencial para determinar o comportamento de uma planta nas condições ambientais em que ela habita (SQUILASSI, 2003; ROCHA et al., 2005).

A palma de óleo, por ser uma planta exóti-ca, deve ser estudada na sua ecofisiologia nas diversas condições em que ela é cultivada. Os principais fatores que afetam a produção dessa planta são clima e solo, nesse sentido, a impor-tância de estudar esses fatores se dá pela gran-de diversidade edafoclimática em que a planta se encontra (SANTOS, 2010).

O comportamento da cultura no habitat in-fluencia na produção, qualidade e quantidade de óleo, que é o principal interesse da agroin-dústria da palma. A palma responde as modi-ficações do meio ambiente, mostrando varia-ções no desempenho dos genótipos, quando submetidos a diferentes condições ambientais (RAFII et al., 2002).

Outro aspecto importante relacionado com a cultura de palma de óleo é o estudo da fase agroindustrial, onde é obtido o óleo de palma

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que é o principal produto obtido da espécie (MIRANDA; MOURA, 2000).

A extração de óleos vegetais pode ser feita por diversos métodos, porém o mais utilizado em escala industrial é o método por prensagem e, em alguns casos, a prensagem seguida da ex-tração por solvente (GEANKOPLIS, 2003).

O processo de obtenção de óleo de palma exige uma considerável disponibilidade de ma-téria-prima e, por se tratar de fruto úmido, para conservação da qualidade do óleo e manutenção da acidez do óleo o mais baixo possível, as plan-tações de palma estão próximas das áreas de pro-cessamento (ANTONIASSI; FREITAS, 2011).

O processo de extração de óleos vegetais tem evoluído, visando aumentar a eficiência, reduzir o consumo de energia e causar menor impacto ambiental. O aumento na eficiência se dá principalmente pela maximização da remo-ção do óleo, redução na perda de solvente para o meio ambiente e minimização dos custos operacionais (BRASIL, 2006).

Nesse sentido, o presente trabalho teve como objetivo realizar uma revisão dos princi-pais aspectos da cultura da palma de óleo.

2 Caracterização botânica e descrição morfológica

A palma de óleo ou dendê, Elaeis guineen-sis Jacq. é uma Monocotiledônea, pertencente à família Arecaceae, subfamília Arecoideae, tribo Cocoseae e subtribo Elaeidinae (VALOIS, 1997; CHIA et al., 2009).

Segundo Surre e Ziller (1969), o gênero Elaeis possui duas espécies com interesse co-mercial e agrícola que são o caiaué (Elaeis oleife-ra) originária da América Central e a palma de óleo (Elaeis guineensis), com origem na África. Essas espécies possuem interesse comercial por suas características distintas das demais espécies do gênero (ADAM et al., 2007; DRANSFIELD et al., 2005; RIOS et al., 2012).

Beirnaert e Vanderweyen (1941) e Rios et al. (2012) classificaram as plantas de palma de óleo com base em diversas características.

A classificação mais importante foi em rela-ção à espessura da polpa, por ser de interesse econômico.

Com a classificação, segundo a espessura do endocarpo, têm-se três tipos de plantas palma, denominadas: a) Dura, onde os frutos possuem endocarpo espesso, com pouca polpa; b) Psífera, com frutos sem endocarpo e, geralmente, abor-tivos e c) Tenera, que apresentam frutos com endocarpo fino e maior proporção de polpa no fruto do que o Dura e são, consequentemente, mais produtivas em óleo. Geralmente, as plantas Tenera são cultivadas para obtenção de óleo, de-vido às suas características de alta produção de óleo (FERREIRA et al., 2012).

O conhecimento da germinação, do cres-cimento, do estabelecimento e da estrutura da plântula é imprescindível para compreender a dinâmica de populações vegetais (DONADIO; DEMATTÊ, 2000). Isso demonstra a impor-tância de estudar a morfologia da palma, para que se tenha sucesso no estabelecimento de plantios dessa cultura.

A palma de óleo é uma palmeira grande com folhas pinadas, tendo um caule colunar solitário, com entrenós curtos. Possui espi-nhos curtos no pecíolo da folha e nos cachos. A espécie é normalmente monóica com inflo-rescências femininas e masculinas dispostas separadamente na planta, mas, às vezes mis-ta, as inflorescências se desenvolvem nas axi-las das folhas. O cacho é formado por diver-sos frutos que são os fornecedores de óleo na planta (CORLEY; TINKER, 2003).

O sistema radicular da palma de óleo é do tipo fasciculado que tem, como principal ca-racterística, as raízes dispostas em todas as di-reções no solo, de modo mais superficial. Tal sistema, é formado, a partir do bulbo radicular, localizado na base do estipe (CONCEIÇÃO; MÜLLER, 2000; LODY, 2009). Na palma, mi-lhares de raízes maduras primárias espalham-se, a partir do tronco, com as novas primárias, substituindo continuamente as raízes mortas (YAMPOLSKY, 1992; LEÃO, 1990).

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O crescimento inicial da planta de palma de óleo, após a fase de plântula, envolve a for-mação de um tronco de base larga, sem alonga-mento internodal (CORLEY; TINKER, 2003). O crescimento da planta, em altura, é muito lento até os três (03) anos, após a formação da plântula. Os nós existentes no caule são cicatri-zes de pecíolos de folhas e só se encontram ex-ternamente, não havendo interferência inter-na dessas cicatrizes (BERTHAUD et al., 2000; CORLEY; TINKER, 2003).

A palma de óleo possui um ponto de cresci-mento na ápice do caule que é responsável pelo crescimento em diâmetro da planta, através do meristema apical. O estipe é uma coluna, quase constante, que se prolonga do bulbo radicular e é circulado por folhas dispostas, em todas as di-reções, ao seu redor (CORLEY; TINKER, 2003; CONCEIÇÃO; MÜLLER, 2000).

A folha da palma é composta por um eixo central que se liga ao estipe, denominado bai-nha, com o pecíolo fibroso e com diversos

feixes laterais em que se dispõem os folíolos. Uma planta de palma adulta chega a ter apro-ximadamente 35 a 50 folhas, medindo de cin-co (05) a sete (07) metros de comprimento. A folha possui um desenvolvimento muito lento e se forma no ápice do estipe, na região do me-ristema apical, sendo inicialmente invisíveis e formam o palmito. Após esse período, forma uma flecha que se posiciona na parte externa do pecíolo, e os folíolos ainda estão unidos à ráquis. Após cinco (05) meses de crescimento, há o desabrochamento dos folíolos, e essa fo-lha passa a ter a importante função na plan-ta de realizar a fotossíntese (CONCEIÇÃO; MÜLLER, 2000; ALVARADO; CHINCHILA; RODRIGUES, 2007; GOMES JÚNIOR, 2010).

O número de folhas, produzidas por uma planta de palma de óleo, aumenta entre 30 e 40 folhas de dois (02) a quatro (04) anos de ida-de. A partir dos quatro (04) anos, a produção e emergência de folhas diminui gradualmente. Folhas com idade intermediária se encontram

Figura1: Planta de palma de óleo. Visualiza-se: o estipe, a disposição das folhas, as inflorescências masculina e feminina, seu cacho e frutos. A - Estipe; B - Inflorescência masculina; C - Espata; D - Inflorescência feminina; E - Cacho

Fonte: Soissons (2012).

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paralelas ao chão com a ponta ligeiramente dobrada para baixo e, normalmente, o lado adaxial da ráquis virado para cima (CORLEY; TINKER, 2003).

Na axila de cada folha, há um botão que se desenvolve em uma inflorescência. Raros casos foram conhecidos, no entanto, um ramo vegeta-tivo é produzido em vez de uma inflorescência (CORLEY; TINKER, 2003).

É uma planta monóica, ou seja, produz flo-res masculinas e femininas, separadas na mes-ma planta, em ciclos sexuais alternados. Por ser de ciclos alternados, o florescimento ocorre em períodos diferentes, impedindo que haja autofe-cundação. Com a fecundação cruzada, há uma maior variabilidade genética na planta. Os ciclos de florescimento têm duração variável e depen-de da idade da planta, fatores ecológicos, tratos culturais e genética da planta (CONCEIÇÃO; MÜLLER, 2000; CORLEY; TINKER, 2003; CUNHA et al., 2007).

Cada inflorescência consiste numa espádice com um raque central de 30-45 cm de compri-mento, onde as espiguetas são dispostas em es-piral. É envolta por duas espatas, externa e inter-na, as quais se rasgam, respectivamente, de três (03) a seis (06) semanas, antes da abertura das flores. A floração começa pelas espiguetas da base da inflorescência, terminando no seu ápice (CONCEIÇÃO; MÜLLER, 2000; BEIRNAERT, 1935; ADAM et al., 2007; CUNHA et al., 2007).

Após a fecundação da inflorescência femini-na, os frutos começam a se desenvolver, forman-do o cacho de palma de óleo. A maturação do cacho ocorre por volta de cinco (05) a seis (06) meses, após a fecundação (CUNHA et al., 2007).

Segundo Corley e Tinker (2003), cerca de 30 a 60% das flores se desenvolvem normal-mente em frutos, dependendo da eficiência da polinização, com uma relação de fruta-cacho de 60-70%, considerando o peso em relação à fru-tificação. O cacho de palma de óleo tem forma ovóide, e seu peso médio pode variar de 15 kg e 20 kg, na idade adulta, em plantações indus-triais. O peso do cacho aumenta com a idade

da planta, com peso inferior a cinco (05) kg em três (03) anos de idade, alcançando mais de 25 kg aos 15 anos (CONCEIÇÃO; MÜLLER, 2000; CORLEY; TINKER, 2003, CUNHA et al., 2007).

O número médio de frutos por cacho é cerca de 1.500, representando 60% a 70% do peso do cacho. O fruto é uma drupa séssil de forma bas-tante variável que mede de dois (02) a cinco (05) cm de comprimento e pesa de 3 a 30 g.

A formação de óleo na amêndoa inicia com cerca de 70 dias de formação do cacho e está completamente formado aos 120 dias. A sínte-se do óleo mesocarpo começa com cerca de 120 dias e continua até que o fruto se separe do ca-cho (CORLEY; TINKER, 2003).

A semente da palma de óleo é uma noz que é envolvida pelo mesocarpo e possui pol-pa oleosa que consiste em um reservatório com uma, duas ou três amêndoas. Na maio-ria dos casos, as sementes contêm somente um núcleo, uma vez que dois dos três óvu-los no ovário tricarpelar geralmente abortam (CORLEY; TINKER, 2003).

2.1 Importância da cultura da palma de óleo

A palmicultura possui importância mun-dial, por ser uma oleaginosa de grande desta-que em diversos setores como: a indústria ali-mentícia, farmacêutica, metalúrgica e química. Ela é cultivada em 43 países em mais de 11 mi-lhões de hectares em todo o mundo (ABDUL KHALIL et al., 2008; BRASIL, 2013).

A produção mundial de óleo, estimada para a safra 2014/2015, é de 62,35 milhões de tonela-das, tornando a palma de óleo um dos principais destaques como cultura de óleo mais produzida no mundo (UNITED STATES, 2014).

O preço da tonelada métrica de óleo de pal-ma no mercado mundial foi de 860,52 dólares em março de 2014 (INDEXMUNDI, 2014) e está tendo uma alta significativa ao longo dos últimos anos. Isso pode estar relacionado com o aumento da demanda mundial por óleo de pal-ma. Porém, em dezembro de 2014, o preço da

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tonelada métrica de óleo da palma reduziu para 624,54 dólares, sendo observada uma queda su-perior a 200 dólares em 8 meses. Essa queda se deu, em parte, pelo elevado estoque do produ-to acumulado nos países asiáticos, associado ao impacto na demanda provocada pela crise eco-nômica global (INDEXMUNDI, 2014).

No Brasil, a palma de óleo teve início de sua exploração industrial na Bahia, a partir do sé-culo XVII, e se expandiu para a região Norte do Brasil, onde teve ótima adaptação, devido às condições edafoclimáticas favoráveis (FURLAN JÚNIOR et al., 2004).

Atualmente, a palma de óleo é produzida em grandes áreas no estado do Pará, especificamen-te, na região nordeste do Estado, onde existem agroindústrias de processamento do cacho e grandes áreas plantadas para suprir a demanda agroindustrial da palma de óleo (RAMALHO FILHO; MOTTA, 2010).

O Brasil produz muito pouco, mesmo com as vantagens produtivas e condições edafocli-máticas favoráveis para produção de palma de óleo (CUNHA; MONTAG; JUEN, 2015). Constata-se que menos da metade da demanda brasileira é suprida com a produção interna de óleo de palma (BECKER, 2010). A maior parte é importada da Colômbia (BRASIL, 2011).

Os incentivos governamentais, para implanta-ção da cultura da palma de óleo de forma econô-mica no Norte do Brasil, tiveram início na década de 80, com o Programa Nacional de Pesquisas com o Dendê (PNP – dendê) e o Programa Nacional para o Dendê, denominado PRONADEM (CONCEIÇÃO; MÜLLER, 2000; ALVES, 2007).

Atualmente, com o Programa Nacional de Produção e Usos do Biodiesel que diversificou as fontes de matéria-prima para produção de biodiesel, priorizando as culturas de cada re-gião. O Governo Federal lançou o Programa de Produção Sustentável da Palma e linhas de crédito, como o Pronaf Eco Dendê, que insere o agricultor familiar na cadeia produtiva da pal-ma de óleo. O programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC) também possui uma linha de

crédito para implantação, melhoramento e ma-nutenção de florestas de palma, prioritariamen-te em áreas produtivas degradadas, denominado ABC Palma de óleo (COSTA; REBELLO, 2012).

2.2 Condições de cultivo da palma

As áreas cultivadas com a palma encontram-se numa faixa intertropical do globo, dispersas em diversas regiões, com uma multiplicidade de fato-res edáficos e climáticos (CARVALHO, 2000).

De acordo com Hartley (1977), Valois (1997), Carvalho (2000), Cunha et al. (2007) e Reis; Carvalho; Baldani (2001), as condições ecológicas que satisfazem o pleno desenvolvi-mento dessa cultura, para atendimento de uma produtividade máxima, são:• precipitações de 1.800 a 2.000 mm, distri-

buídas durante o ano, sem ocorrência de estações secas definidas, não ultrapassan-do três (03) meses com precipitação infe-rior a 100mm;

• insolação de pelo menos cinco (05) ho-ras diárias, durante todo o ano ou 1.500 a 2.000 horas de luz por ano;

• umidade relativa média do ar de 85%;• temperatura máxima média de 29 ºC a 33 ºC

e mínima média de 22 a 24 ºC;• altitude não superior a 500 metros acima

do nível do mar;• topografia, de preferência plana ou leve-

mente ondulada, não ultrapassando 10% de declividade, principalmente, para faci-litar o processo contínuo da colheita;

• solos profundos, permeáveis, sem impe-dimentos físicos, para o livre desenvolvi-mento das raízes e pH entre 4,5 e 6,0.

Esses requisitos normalmente não são aten-didos e até os centros de produção também não atendem a todas as condições de desen-volvimento pleno da planta, com isso, a pro-dutividade máxima nem sempre é alcançada (VIÉGAS; MÜLLER, 2000).

A palma de óleo, por suas exigências edafo-climáticas, tem possibilidade de ser introduzido

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em grandes áreas da Amazônia brasileira, assim como outros biomas que possuem caracterís-ticas semelhantes ao do ambiente Amazônico (CUNHA; MONTAG; JUEN, 2015).

Com a introdução de mais plantios de pal-ma de óleo, o Brasil pode passar de importador para exportador do óleo de palma (MACEDO JÚNIOR; ASSAD; MARIN, 2009).

2.3 O óleo de palma

Óleos e gorduras são substâncias de origem vegetal ou animal que consistem predominan-temente de ésteres de glicerol com ácidos gra-xos, chamados triglicerídeos. A maioria dos óleos vegetais é obtida de frutos e sementes que geralmente fornecem dois produtos: o óleo e uma torta rica em proteínas (ASADAUSKAS; PEREZ; DUDA, 1996; RINALDI et al., 2007).

Os óleos vegetais são constituídos de lipí-deos que apresentam predominantemente em

sua composição triglicerídeos (~98%), além de uma pequena quantidade de ácidos graxos livres, mono e diglicerídeos, fosfolipídeos, es-teróis e tocoferóis (CERT; MOREDA; PÉREZ-CAMINO, 2000; BELINATO, 2010).

Com o aumento da demanda por biocom-bustíveis, várias espécies de plantas oleaginosas têm se apresentado com potencial no forneci-mento de matéria-prima, para a extração de óleo e obtenção de biodiesel. Nesse sentido, o cultivo dessas espécies teve um aumento nos úl-timos anos (BALOTA et al., 2010).

Diversas espécies oleaginosas são cultiva-das principalmente pela demanda mundial de óleo para produção de biodiesel e pelas diver-sas aplicações industriais do seu óleo. As prin-cipais culturas produzidas são: palma de óleo, soja, amendoim, canola, algodão, girassol e mamona (BRASIL, 2013).

As principais espécies produtoras de óleo com importância econômica estão descritas na tabela 1.

Tabela 1: Teor de óleo e produtividade das principais oleaginosas cultivadas no mundo

Fonte: Adaptado de Brasil (2013).

Cultura Teor de óleo (%) Produtividade (kg/ha)Soja 20 560

Amendoim 45 788Dendê 22 5.000

Girassol 42 - 45 715Algodão em caroço 80 - 82 361

Mamona 20 4.700Canola 40 573

Da palma, são extraídos dois tipos de óleo: o óleo de palma ou azeite de dendê, extraído do mesocarpo do fruto, e o óleo de palmiste, ob-tido da amêndoa do fruto. Os óleos de palma e de palmiste possuem diferentes proprieda-des devido a sua composição química. O óleo de palma é rico em vitamina E, ácidos graxos insaturados e poli-insaturados. O óleo de pal-miste, composto de palmitina, oleína, linolina, estearina e ácido palmítico, é de cor averme-lhada, aroma forte e consistência densa, devido à presença de ácidos graxos, saturados em sua

composição (RIVAL, 2007; KOK et al., 2011; SEPTEVANI et al., 2015).

Com aproximadamente 50% de ácidos gra-xos saturados (palmítico 44% e esteárico 5%) e 50% de insaturados (oléico 40% e linoléico 10%), ele pode ser fracionado de forma natural em frações de triglicerídeos com diferentes pontos de fusão. A grande variedade de frações, obtidas a partir do óleo de palma, amplia sua utilização em diversos alimentos, tais como: utilização na indústria alimentícia, química, cosmética e de combustível (SAMBANTHAMURTHI;

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SUNDRAN; TAN, 2000; SOUZA, 2000; MEJER AGROFLORESTAL, 2014).

2.4 Considerações sobre os métodos para extração de óleo

Atualmente, existem diversos métodos que vêm sendo utilizados no processo de obtenção de matérias graxas. Para tanto, muitos diversos estudos foram realizados, visando melhorar os métodos oficiais de extração de óleo de diversas matrizes graxas. Tais métodos existentes pos-suem como principais desvantagens o alto cus-to do processo e um maior tempo (REZENDE; MACIEL FILHO, 2000; ROSENTHAL; PYLE; NIRANJAN, 1998).

Estudos podem ser realizados para otimiza-ção dos processos com relação a custo e tem-po gasto por extração, tendo em vista que os processos extrativos mais comuns são demora-dos e despendem alto custo (CAMPOS, 2009; CERUTTI; SOUZA; SOUZA, 2012).

Os métodos mais utilizados para extração de óleo são: extração por solvente, prensagem me-cânica a frio, artesanal (fervura), prensagem hi-dráulica mecânica (hidráulica e contínua), por solvente, por fluídos supercríticos, por ultras-som, entre outros (REZAEE; YAMINI; FARAJI, 2010; NDE; BOLDOR; ASTETE, 2015; HAO et al., 2015; MARAN; PRIYA, 2015).

Antes da extração, é necessário o preparo da amostra, que inclui descascamento ou des-polpamento, dependendo da matéria-prima, limpeza, secagem, desintegração ou trituração, floculação e condicionamento ou aquecimento. Essas operações dependem do tipo e da qualida-de da matéria-prima (TANDY, 1991).

Um método habitual de extração de óleo de palma em laboratório é por solvente em extrator Soxhlet (MANDAL; BABU, 2008).

Uma metodologia, usualmente aplicada na extração de óleos, é aquela que utiliza o apa-relho de extração Soxhlet, conforme método da Association of Official Analytical Chemists (2002) e do Instituto Adolfo Lutz (2008). Os

procedimentos consistem em: a) pesar dois (02) e cinco (05) g da amostra em cartucho de Soxhlet ou, em papel de filtro, e, amarrar com fio de lã, previamente desengordurado; b) trans-ferir o cartucho para o aparelho extrator tipo Soxhlet; c) acoplar o extrator ao balão de fundo chato, previamente tarado a 105 °C; d) adicio-nar o solvente orgânico em quantidade suficien-te, para um extrator Soxhlet e meio; e) adaptar a um condensador; f) manter, sob aquecimento em chapa elétrica, a extração contínua por oito (08) horas (quatro a cinco gotas por segundo) ou 16 horas (duas a três gotas por segundo); g) retirar o cartucho ou o papel de filtro amarra-do, destilar o solvente e transferir o balão com o resíduo extraído, para uma estufa a 105 °C, mantendo por cerca de uma hora; h) resfriar em dessecador até a temperatura ambiente; i) pesar e repetir as operações de aquecimento por 30 minutos na estufa e resfriamento, até peso cons-tante (no máximo dois (02) horas).

O óleo de palma é geralmente obtido por meio de uma série de processos que envolvem sistemas mecânicos. Há muitas unidades de operação com moinho típico. O processamento de óleo de palma na usina envolve a recepção de cachos de frutos frescos das plantações, es-terilização e debulha dos cachos para libertar os frutos de palmeiras, digerindo e esmagando os frutos e pressionando o óleo de palma bruto, cla-rificação, purificação, secagem e armazenamen-to (POKU, 2002; OWOLARAFE; FABORODE; AJIBOLA, 2002; VINCENT; SHAMSUDIN; BAHARUDDIN, 2014).

2.4.1. Extração de óleos vegetais com solvente

A extração de óleos vegetais constitui-se numa etapa importante para os processos tec-nológicos de matérias graxas. O objetivo da ex-tração é separar o material de interesse da matriz que o compõe que normalmente é um fruto ou semente. O emprego de solvente nesse processo possibilita a obtenção de um maior rendimento de óleo (BRUNETON, 1991).

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No processo extrativo, as partículas da ma-téria graxa são introduzidas no extrator, e o óleo aparece no material, submetido à extração, de duas formas: na forma de uma camada ao redor das partículas, que é recuperado por processo de simples dissolução, ou contido nas células intactas, sendo removido do interior delas por difusão (MANDARINO, 2001).

Segundo Mandarino (2001), a solução do óleo no solvente é chamada “miscela” e o fator que define a velocidade de extração é a obten-ção do equilíbrio no sistema óleo-miscela-sol-vente. As principais condições que facilitam o processo de difusão são a superfície específica das partículas, após a trituração, a temperatura próxima ao ponto de ebulição do solvente 70 ºC e a umidade apropriada do material.

Os solventes mais empregados no processo de extração por solvente são aqueles oriundos de frações leves de petróleo, como: hexano, éter, acetona. O mais utilizado nesse processo é o sol-vente hexano que possui, como principal carac-terística, o baixo ponto de ebulição em torno de 70 ºC, que otimiza o processo de extração, re-duzindo o tempo de ação do solvente na matriz graxa (RAMALHO; SUAREZ, 2013).

Outras vantagens do hexano são a imiscibi-lidade em água e a sua composição homogênea. Porém, mesmo com diversas vantagens, esse solvente ainda é um solvente que possui alta in-flamabilidade, alta toxidez, além de possuir cus-to elevado (SCHNEIDER, 2003).

3 Considerações finais

A palma de óleo (Elaeis guineenses) é uma espécie muito adaptada às condições tropicais, atingindo altas produtividades, quando mane-jada corretamente. O Brasil dispõe de caracte-rísticas edafoclimáticas ideais para seu desen-volvimento e deve ser incentivado seu cultivo, principalmente em áreas já desmatadas. Devido à elevada demanda de óleo de palma no Brasil, será necessária a implantação de grandes áre-as de cultivo e, para que esses novos cultivos

tenham altas produtividades, são necessários mais estudos de desempenho de cultivares, téc-nicas de manejo eficiente da cultura, nutrição mineral e principalmente controle do amarele-cimento fatal.

Dito isso, o principal produto obtido da pal-ma é o óleo de palmiste, em função de suas ca-racterísticas físico-químicas, configura-se numa uma excelente matéria-prima para produção de biodiesel e de diversos alimentos. E mais, conhecer as suas características e métodos de extração, é importante para a tomada de deci-são sobre o melhor método de extração do óleo de palma. Portanto, avaliação e estudo sobre a eficiência desses métodos devem ser realizados, bem como as formas de melhorar a extração de óleos via processos físicos e químicos.

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