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A Crise do Segundo Reinado

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A Crise do Segundo Reinado

• A crise do Império foi resultado das transformações processadas na economia e na sociedade, a partir do século XIX, que juntas conduziram importantes setores da sociedade a uma conclusão: a Monarquia precisava ser superada para dar lugar a um outro regime político mais adaptado aos problemas da época.

• A crise do Império foi marcada por uma série de questões que terminaram na Proclamação da República.

• As consequências da guerra do Paraguai:• Terminada a guerra, o império brasileiro passou a

sofrer as consequências do• sangrento conflito:• A economia estava fortemente abalada em virtude

dos prejuízos da guerra.• O Exército brasileiro passou a assumir posições

contrárias à sociedade escravistabrasileira e a demonstrar simpatia pela causa

republicana.

• As etapas da campanha abolicionista• Após a extinção do tráfico negreiro (1850),

cresceu no país a campanha• abolicionista, que foi um movimento público

pela libertação dos escravos. A• abolição conquistou o apoio de vários setores

da sociedade brasileira:

Luiz Gama – Advogado abolicionista

Cruz e Souza: poeta abolicionista.

• José do Patrocínio:

• Ex-escravo:

• parlamentares, imprensa, militares, artistas e intelectuais. Mas os defensores da escravidão ainda conseguiram sustentá-la por bom tempo. No Brasil, o sistema escravista foi sendo extinto lentamente, de maneira a não prejudicar os proprietários de escravos.

• As principais leis publicadas nesse sentido foram:

• Lei do Ventre Livre (1871): declarava livres todos os filhos de escravos nascidos

no Brasil.• Lei dos Sexagenários (1885):declarava livres

os escravos com mais de 65 anos, o

• que significava libertar os donos de escravos da "inútil" obrigação de sustentar

• alguns raros negros velhos que conseguiram sobreviver à brutal exploração de seu trabalho. Com leis desse tipo, que não resolviam o problema da escravidão, os proprietários de escravos conseguiram ganhar tempo e adiar, ao máximo, a abolição final.

• Somente em 13 de maio de 1888, com a Lei Áurea promulgada pela princesa

Isabel, filha de D. Pedro II, a escravidão foi extinta no Brasil.

• Quem fez a abolição?• A luta política pelo fim da escravidão é

conhecida como Campanha Abolicionista.

• A abolição não foi obra só desta elite de intelectuais. O fim da escravidão era uma

exigência do capitalismo industrial e do desenvolvimento econômico do país.

• Como ficaram os negros?• Depois da Lei Áurea, a situação social dos

negros continuou extremamente difícil.

• Não tinham dinheiro para trabalhar por conta própria, não tinham estudo para

conseguir um melhor emprego, não tinham qualquer ajuda do governo.

• Muitos dos ex-escravos ficaram trabalhando nas mesmas fazendas em que já estavam.

• E nelas o negro continuou sendo explorado maneira cruel e desumana.

• Uma boa parte dos ex-escravos foram morar nas cidades (principalmente São Paulo e Rio de Janeiro), iniciando assim a formação das favelas brasileiras.

Questão abolicionista

• Os senhores de escravos, principalmente do Vale do Paraíba e da Baixada

• Fluminense, não se conformaram com a abolição da escravidão e com o fato de não terem sido indenizados pelo governo.

• Sentiram-se abandonados pela monarquia e acabaram também por abandoná-la. Passaram a apoiar a causa republicana. Por isso, eram chamados republicanos do 13 de maio (porque este dia é a data da Lei Áurea).

Questão republicana:

• As idéias republicanas faziam parte de diversos movimentos históricos, como

• inconfidência Mineira, a Conjuração Baiana, a Revolução Pernambucana, a

• Confederação do Equador etc.• Contudo, só a partir de 1870, o movimento

republicano ganhou uma formação mais sólida e concreta.

• Nesse ano, foi lançado no Rio de Janeiro um Manifesto Republicano que em um dos seus trechos afirmava: Somos da América e queremos ser americanos.

• Três anos depois do aparecimento do Manifesto Republicano, foi fundado o Partido Republicano Paulista, na Convenção de Itu, em São Paulo.

A Questão religiosa:

• Desde o período colonial, a igreja católica era uma instituição submetida ao Estado,

pelo regime do padroado.• Ocorre que, em 1872, D. Vidal e D. Macedo,

bispos de Olinda e de Belém,• respectivamente resolveram seguir ordens do

papa Pio IX, punindo irmandadesreligiosas que apoiavam os maçons (Bula

Syllabus).

• D. Pedro II, influenciado pela• maçonaria, decidiu intervir na questão,

solicitando aos bispos que suspendessem as punições. Em 1 875,os bispos receberam o perdão imperial e foram colocados em liberdade. Este fato serviu para afastar a igreja do imperador.

A Questão militar:

• Depois da Guerra do Paraguai, o Exército brasileiro foi adquirindo maior importância

na sociedade. Nas decisões políticas, o poder dos civis era enorme em relação ao

• dos militares. Inconformados com a situação, cresceu nos oficiais do Exército o desejo de ser tratados com mais dignidade e de possuir voz mais ativa na vida pública.

• Os ideais republicanos contagiaram os oficiais, divulgados por homens como o coronel Benjamin Constant, professor da Escola Militar do Rio de Janeiro.

• Foi em meio a essa situação que surgiu, em 1884, a questão militar, provocada por por vários problemas e conseguindo apoio

• de grandes chefes do Exército (como o marechal Deodoro da Fonseca) contra as

• punições ao tenente-coronel Antônio Sena Madureira (favorável à abolição dos

• escravos) e ao coronel Ernesto Augusto da Cunha Matos (que denunciou corrupção encobertada por políticos).

O FIM DO IMPÉRIO:

• A oposição de tantos setores da sociedade à monarquia tornou possível o tranquilo sucesso do golpe político que instaurou a república no Brasil. O governo imperial, percebendo, embora tardiamente, a difícil situação em que se

encontrava com o isolamento da monarquia, apresentou à Câmara dos Deputados

um programa de reformas políticas, do qual constavam itens como:

• liberdade de fé religiosa;• liberdade de ensino e seu aperfeiçoamento;• autonomia para as províncias;• mandato temporário para os senadores.

• Entretanto, as reformas chegaram tarde demais. No dia 15 de novembro de 1889, o Marechal Deodoro da Fonseca assumiu o comando das tropas revoltadas, ocupando o Quartel General do Rio de Janeiro. Na noite de do dia 15, constituiu-se o Governo Provisório da República dos Estados Unidos do Brasil.

• D. Pedro II, que estava em Petrópolis durante esses acontecimentos, recebeu, no dia seguinte, um respeitoso documento do novo Governo, solicitando que ele se retirasse do País, juntamente com sua família.

• Proclamada a República, no mesmo dia 15 de novembro de 1889, forma-se um governo provisório, sendo o chefe do governo Marechal Deodoro da Fonseca.

• Proclamação da República:

• Castelo da Ilha Fiscal:

• Roupas usadas no baile:

• Reconstituição de uma sala de jantar da época:

• Vitrais ingleses:

• Salão onde houve a troca de bandeiras entre Brasil e Chile:

O Baile da Ilha Fiscal:

• O último Baile do Império, ocorrido em 09 de novembro de 1889, 6 dias antes da Proclamação da República, foi oferecido pelo Visconde de Ouro Preto à nação chilena e aos comandantes e oficiais, através do encouraçado

• “Almirante Cochrane”, que se encontrava atracado na Baía de Guanabara, o evento acontecia como forma de agradecimento à recepção do navio brasileiro, quando este chegou a Valparaíso, no Chile.

• Na realidade, o baile deveria ter acontecido no dia 19 de outubro, mas em virtude da morte do Rei de Portugal, D. Luis, que era sobrinho de D. Pedro II, a Família Imperial resolveu adiar o evento.

• O reconhecido Baile da Ilha Fiscal foi programado para receber 2.000 convidados e é conhecido como o último baile da Monarquia, realizado tanto na parte interna como na parte externa do castelo. D. Pedro II, D. Teresa Cristina, Princesa Isabel e o Conde D’Eu recepcionaram os convidados.

• A chegada à Ilha foi feita por embarcações ornamentadas com bandeirinhas do Chile e do Brasil e lanterninhas venezianas.

• Nessa noite, na parte de trás da ilha, foram montadas duas mesas, em formato de ferradura, onde foi servido um jantar para 500 convidados, sendo 250 em cada mesa.

• Calcula-se que estiveram presentes ao evento mais de 5.000 pessoas.