a crise do império no oriente e união dinástica

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O IMPÉRIO PORTUGUÊS E A CONCORRÊNCIA INTERNACIONAL Joana Cirne| Marília Henriques

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O IMPÉRIO PORTUGUÊS E A CONCORRÊNCIA INTERNACIONAL Joana Cirne| Marília Henriques

O IMPÉRIO PORTUGUÊS E A CONCORRÊNCIA INTERNACIONAL

O que devo saber....

Meta 5- Conhecer o processo de união dos impérios

peninsulares e a Restauração da Independência portuguesa em

1640.

- Indicar os motivos da crise do Império português a partir da

segunda metade do século XVI.

- Descrever os fatores que estiveram na origem da perda de

independência portuguesa em 1580 e da concretização de uma

monarquia dual.

- Relacionar a ascensão económica e colonial da Europa do

Norte com a crise do império espanhol e as suas repercussões

em Portugal.

O IMPÉRIO PORTUGUÊS E A CONCORRÊNCIA INTERNACIONAL QUESTÕES ORIENTADORAS

• Como se explica a crise do Império Português do Oriente?

• Em que consistiu o projeto expansionista de D. Sebastião?

• Quais as razões que conduziram à crise dinástica portuguesa?

• Quais as características do período filipino?

O IMPÉRIO PORTUGUÊS E A CONCORRÊNCIA INTERNACIONAL

Os impérios coloniais peninsulares nos meados do século XVI.

COMO SE EXPLICA A CRISE DO IMPÉRIO PORTUGUÊS DO ORIENTE?

O IMPÉRIO PORTUGUÊS E A CONCORRÊNCIA INTERNACIONAL

ELEVADAS PERDAS

• As viagens eram longas e alvos frequentes de ataques dos piratas.

• O mau acondicionamento das mercadorias nas embarcações originava naufrágios.

• A concorrência das rotas terrestres e dos muçulmanos, que reanimaram a rota do Levante, interferindo nos lucros da rota do Cabo.

DIMINUIÇÃO DOS LUCROS

A CRISE DO IMPÉRIO PORTUGUÊS DO ORIENTE

Navios holandeses no oceano Índico, marcam a intensa concorrência comercial pelo domínio das rotas do Oriente

O IMPÉRIO PORTUGUÊS E A CONCORRÊNCIA INTERNACIONAL

A CONCORRÊNCIA INTERNACIONAL

Império Inglês Império Holandês Império Espanhol

• Ambos contestam a política de mare clausum imposta pelos países ibéricos, através do Tratado de Tordesilhas.

• Ambos defendiam a política de mare liberum • Ingleses e holandeses organizaram ataques e ocuparam territórios portugueses: 1622 – Os ingleses ocupam Ormuz. 1630/37 – Os holandeses conquistam territórios no Brasil e na costa africana. 1661 – Os ingleses ocupam territórios no Norte de África.

- A Espanha era, no século XVI, a maior potência colonial europeia (Sevilha tornou-se um importante centro de comércio).

- A partir de 1580, a Espanha passará a administrar Portugal e todos os seus territórios coloniais.

A CRISE DO IMPÉRIO PORTUGUÊS DO ORIENTE

O IMPÉRIO PORTUGUÊS E A CONCORRÊNCIA INTERNACIONAL

1.Defender e intensificar as conquistas + guerra aos Infiéis (Cruzada) 2. Reforçar a presença portuguesa 3. Apostar na viragem atlântica para fazer face à crise do império do oriente (desenvolvimento

económico dos territórios coloniais atlânticos)

“Partamos o quanto antes para Alcácer Quibir!”

EM QUE CONSISTIU O PROJETO EXPANSIONISTA DE D. SEBASTIÃO?

Rei D. Sebastião

no Norte de África

O IMPÉRIO PORTUGUÊS E A CONCORRÊNCIA INTERNACIONAL

A Batalha de Alcácer Quibir decorreu em 1578. As tropas portuguesas, em número inferior às tropas muçulmanas, foram derrotadas. A principal consequência foi o desaparecimento de D. Sebastião e o início de uma GRAVE CRISE DINÁSTICA.

A Batalha de Alcácer Quibir

O IMPÉRIO PORTUGUÊS E A CONCORRÊNCIA INTERNACIONAL

1578 Morte de D. Sebastião em Alcácer Quibir

1578 O cardeal D. Henrique (tio-avô de D. Sebastião) assume o governo do reino.

1580 Morte do cardeal D. Henrique.

PRETENDENTES AO TRONO DE PORTUGAL - 1580

D. António Prior do Crato

D. Catarina Duquesa de Bragança

Filipe II de Espanha

QUAIS AS RAZÕES QUE CONDUZIRAM À CRISE DINÁSTICA PORTUGUESA?

O IMPÉRIO PORTUGUÊS E A CONCORRÊNCIA INTERNACIONAL

D. António Prior do Crato era

apoiado pelo povo.

D. Catarina não reuniu

muitos apoios (membros do clero

e nobreza)

Filipe II de Espanha tinha o

apoio da nobreza e da burguesia.

CANDIDATOS E APOIANTES

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O IMPÉRIO PORTUGUÊS E A CONCORRÊNCIA INTERNACIONAL

Sou Filipe II de Espanha, Filipe I de Portugal. Fui aclamado rei de Portugal, nas Cortes de Tomar onde me comprometi a: • manter a autonomia de Portugal; • respeitar os seus usos e costumes (não alterar a língua oficial, a moeda e a administração).

Filipe II é o candidato mais forte e bem posicionado para chegar ao poder. É

aclamado rei em Tomar e a união dinástica é consumada – Monarquia Dualista

O IMPÉRIO PORTUGUÊS E A CONCORRÊNCIA INTERNACIONAL

Filipe I de Portugal

Filipe II de Portugal

Filipe III de Portugal

Reinados 1580/1598 1598/1621 1621/1640

ACONTECIMENTOS MAIS MARCANTES E COM CONSEQUÊNCIAS PARA A ECONOMIA PORTUGUESA.

• União Ibérica • Primeiros ataques dos holandeses à feitoria de S. Jorge da Mina, na costa africana.

• Início da Guerra dos Trinta Anos. • Os holandeses conquistam o Ceilão, na Índia, e ocupam o Maranhão, no Brasil.

• Fim da Guerra dos Trinta Anos. • Os ingleses ocupam Ormuz, na Índia. • Os holandeses ocupam a Baía, no Brasil.

QUAIS AS CARACTERÍSTICAS DO PERÍODO FILIPINO?

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• Envolvimento das tropas e das embarcações portuguesas nas guerras europeias travadas por Espanha. • Criação de novos impostos para suportar os custos dessas guerras – Revolta do Manuelinho (1637). • Ocupação de territórios portugueses, pelos holandeses, ingleses e franceses. A nobreza organiza uma revolta contra o domínio filipino e. João Duque de Bragança é aclamado com Rei (D. João IV) REVOLUÇÃO DE 1640 –põe fim a 60 anos de

domínio filipino

ANTECEDENTES DA REVOLUÇÃO DE 1640

Revolução de 1 de dezembro de

1640 em Lisboa.

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Coroação e aclamação de D. João IV (15 de dezembro de 1640)

As guerras da Restauração decorreram ao longo de 28 anos. A Espanha veio a reconhecer a independência de Portugal com a assinatura de um tratado de paz, em Lisboa, em 1668.

O IMPÉRIO PORTUGUÊS E A CONCORRÊNCIA INTERNACIONAL

D. João IV dá início à Dinastia de Bragança

A guerra da Restauração prolongou-se até 1668 e ficou marcada por duras batalhas entre os exércitos ibéricos: - Linhas de Elvas; - Ameixial; - Montes Claros; - Montijo.

A RESTAURAÇÃO DA INDEPENDÊNCIA PORTUGUESA - 1640

A CRISE DO IMPÉRIO PORTUGUÊS DO ORIENTE

AS CAUSAS DA CRISE DO IMPÉRIO PORTUGUÊS DO ORIENTE

Dimensão e dispersão do

Império

Ataques de piratas e de corsários de vários países

Naufrágios

Reanimação da rota do

Levante (Muçulmanos)

Abandono dos campos/

emigração

Corrupção administrativa

CONSEQUÊNCIAS

Crise financeira e declínio da rota do Cabo

Concorrência internacional e perda de territórios

Perda da independência nacional

SOLUÇÕES

Viragem atlântica União ibérica