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Atuando há mais de três meses na linha de frente do combate à Covid-19, a Vice-Diretora da Policlínica Naval de Manaus, Capitão de Fragata (S) Laís Ceconelo ingressou na Marinha do Brasil na primeira turma de Oficiais Temporários, em janeiro de 1997, no Hospital Naval de Ladário. CF Laís soube da Marinha por meio de uma palestra realizada em sua faculdade, no último ano da graduação. Em 1999, prestou o Concurso para o Quadro de Apoio à Saúde ingressando no Curso de Formação de Oficiais em 2000. É natural de Santa Catarina, onde residem seus pais e demais familiares. Casada há 13 anos com um Oficial da Reserva da MB, Laís divide as funções de militar, esposa e mãe de uma criança de 11 anos. “No início, meu único sonho era ter um emprego que me desse estabilidade. A Marinha me deu muito mais que isso, me deu a oportunidade de conhecer e trabalhar em diferentes regiões do País, de buscar aperfeiçoamento e crescimento profissional”. Dos marcos que conquistou na vida profissional, destaca-se o trabalho desenvolvido em Manaus na área da saúde. "Na minha primeira passagem por Manaus, em 2000 e 2001, tive oportunidade de participar de várias comissões de Assistência Hospitalar, o qual julgo um trabalho extremamente nobre e humanitário. Este fato que motivou meu desejo de regressar a esta área", destacou. Para CF Laís a presença da mulher na Marinha é imprescindível. “A presença feminina na Marinha já é uma realidade há quatro décadas, cada vez mais participativa e conquistando novos espaços, as mulheres tornaram-se imprescindíveis para a Força”.

Capitão de Fragata (S) Laís

A Coragem da MULHERcom os novos desafios

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A Marinha me deu a oportunidade de conhecer e

trabalhar em diferentes regiões do País, de buscar

aperfeiçoamento e crescimento profissional.

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Tão desafiador quanto ingressar na MB, é sair de uma cidade do interior do Nordeste para compor o quadro de Oficiais da Reserva de 2ª Classe (RM2) , do outro lado do Brasil, no coração da Amazônia. Essa é uma das fases da trajetória de vida da Primeiro-Tenente (RM2-S) Irací Medeiros. Enfermeira, especialista em Saúde da Família, Urgência/ Emergência e UTI Adulto e Neonatal, saiu de Caicó, interior de Rio Grande do Norte para viver a experiência de contribuir para a melhoria de vida de uma população tão singular, que são os ribeirinhos e indígenas da Amazônia Legal. Não satisfeita em superar os limites dos quatro mil quilômetros que separam Caicó de Manaus, a Primeiro-Tenente (RM2-S) Irací, atualmente servindo no Comando da Flotilha do Amazonas, organização subordinada ao Comando do 9°Distrito Naval (Com9ºDN), conquistou outra importante marca para a trajetória das mulheres do Com9°DN. Em junho de 2020, ela recebeu a Medalha Mérito Marinheiro com duas âncoras, por atingir a marca de mais de 750 dias de Mar. Há cinco anos ela participa de missões em Navios de Assistência Hospitalar. "Meu maior objetivo é voltar de cada missão com o dever cumprido e coração aliviado, cheio de orgulho em poder levar 'Saúde onde houver Vida', sem limites e com dignidade a tantas pessoas necessitadas e isoladas nas calhas dos vários rios da Amazônia. É salutar dizer que a MB nos dá a oportunidade de crescer como profissional, tendo mais experiência para atuar com eficiência", destaca.

Desde 2015, a Enfermeira compõe a equipe de saúde designada para Operação Acre - operação que acontece há 20 anos, na calha do Rio Juruá, atendendo anualmente, 122 comunidades e realizando cerca de dez mil atendimentos.

1º Tenente (RM2-S) Irací Medeiros

Mais de 750 DIAS navegandopara levar saúde a quem precisa

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Apaixonada pelo mar, Maria Carolina tinha dois grandes objetivos: entrar para a Marinha Mercante ou ingressar na Marinha do Brasil. Estudou durante um ano e meio e conseguiu ser admitida em 2014 na primeira turma de Aspirantes femininas da Escola Naval, específicas para o Corpo de Intendentes de Marinha (IM). Um concurso nacional, com apenas 12 vagas destinadas às mulheres entre 18 e 23 anos, com ensino médio concluído.

“Fazer parte da primeira turma da Escola Naval feminina é muito gratificante, motivo de muito orgulho. Nós mulheres podemos agora ingressar nas Forças Armadas, através das escolas de formação. Não é uma conquista só nossa, mas para todas as brasileiras que têm o interesse em fazer parte da Marinha do Brasil”.

Ao final do curso, Maria Carolina foi declarada Guarda-Marinha e embarcou no Navio-Escola “Brasil”, onde ela e mais 11 mulheres realizaram uma viagem de instrução de duração aproximada de seis meses, durante a qual, complementaram sua formação profissional e cultural, tendo a oportunidade de visitar países das Américas, Europa, percorrendo os Oceanos Atlântico e Pacífico e o Mar Mediterrâneo.

“A viagem de instrução é um momento único, o auge da carreira de todos os oficiais formados na Escola Naval. É uma conquista, pois são quatro anos de muito estudo e dedicação onde praticamos tudo aquilo que aprendemos na sala de aula”, explica.

Após o regresso da viagem de instrução, as Guardas-Marinha foram nomeadas Oficiais - no posto de 2º Tenente. A 2º Ten (IM) Maria Carolina foi designada para sua primeira Organização Militar: o Navio Garcia D’Avila, no Rio de Janeiro, onde exerceu atividade de Chefe de Intendência do Navio. Para acompanhar o cônjuge, que também é militar da Marinha do Brasil e viver a sua primeira maternidade, Carolina foi transferida para a Estação Naval do Rio Negro, na área de jurisdição do Comando do 9º Distrito Naval, para encarar mais um desafio como Encarregada da Execução Financeira.

Hoje, Maria Carolina exerce um papel singular: de mãe. Há cinco dias, nasceu seu primogênito, Gustavo Henrique, e toda a sua atenção está voltada para a criança. No retorno das atividades profissionais, Carolina sabe que o desafio só aumentará, mas não vê dificuldades em manter a dupla jornada, pelo contrário, espera que no futuro as mulheres possam alcançar novos cargos na MB. “Eu desejo que, no futuro, possamos galgar novos caminhos na Força. Estar presente na formação do Corpo da Armada, no Corpo de Fuzileiros Navais e, até mesmo, em diversos cursos voltados para o sexo masculino. Nós mulheres temos a capacidade de exercer qualquer função e chegar em qualquer lugar”.

A presença feminina na Escola Naval

2º Tenente (IM) Maria Carolina

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Alcançando os últimos anos da carreira militar, a Suboficial (PD) Kátia Nascimento vive uma das experiências mais marcantes de sua vida. Ela, que passou parte da sua carreira no Estado do Rio de Janeiro, trabalhando nas áreas de Informática e Administrativa, teve sua rotina modificada no início do ano de 2020. Passou a integrar a equipe da Capitania Fluvial de Tabatinga (CFT), Organização Militar localizada em uma significativa área da Amazônia - Tríplice Fronteira – Brasil, Colômbia e Peru.

Diariamente, a Suboficial Kátia embarca em um dos Meios da CFT para realizar atividades de Inspeção Naval e ações do projeto Capitania Itinerante. Mensalmente, mais de 700 embarcações são abordadas na região. Uma atividade, que requer conhecimento, técnica e firmeza durante as ações. Kátia as cumpre com profissionalismo. Longe do marido e dos filhos, ela destaca a felicidade de vestir a farda: “Com muito orgulho, viemos para completar a Força. Executamos com excelência as atividades atribuídas. Deixamos a nossa marca. Tive o prazer de prestar apoio para o maior casamento coletivo indígena do Brasil. Experiências incríveis que vou levar para minha vida”, comenta com orgulho.

1º Ten (RM2-S) Iraci Medeiros

A firmeza da MULHERnas inspeções navais

Suboficial (PD) Kátia Nascimento

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Como militar, tive o prazer de prestar apoio para o maior

casamento coletivo indígena do Brasil. Experiências que vou levar para minha vida.

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A Primeiro-Sargento (FN-MU) Loíde de Matos Andrade, do 1° Batalhão de Operações Ribeirinhas, iniciou sua história com a música ainda bem jovem, aos 11 anos, no Conservatório Carlos Gomes, em Belém (PA), onde nasceu. Lá ela aprendeu a tocar piano e flauta transversal. Nesta época, começou, também, a paixão pelas bandas.

Quando Loíde começou a procurar uma vaga no mercado de trabalho, se deparou com concursos que não ofereciam muitas oportunidades para a área musical. Até que um dia, um amigo falou sobre o concurso da Marinha, que possuía uma Orquestra Sinfônica e que, pela primeira vez, seriam abertas vagas para mulheres.

" Eu comecei a pensar: mulher na Marinha, tocando em uma orquestra? Fiquei empolgada. Fiz, então, o concurso nacional, com apenas três vagas de flauta para todo o Brasil e passei. Ingressei na Marinha aos 23 anos, na primeira turma do quadro feminino do Corpo de Fuzileiros Navais. A nossa turma foi a primeira para musicistas. Foi uma vitória triunfal, um presente de Deus. Na Marinha, conheci o meu marido, pai do meu filho. Aqui, além de ser presenteada com muitas coisas boas, ganhei uma nova vivência, passei a ver um outro lado da vida, fui qualificada com novos ensinamentos e perspectivas de vida. Para mim, é um grande orgulho fazer parte do corpo feminino da Marinha do Brasil ".

Orgulho de compor a PRIMEIRA turma de mulheres

musicistas na Marinha

1º Sargento (FN-MU) Loíde de Matos

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Ingressei na Marinha aos 23 anos na primeira turma doquadro feminino do Corpo de

Fuzileiros Navais (...) Foiuma vitória triunfal.

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COMANDO DO 9º DISTRITO NAVALASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

MARINHA DO BRASIL