a contribuição da econometria para a análise econômica josé l. carvalho universidade santa...
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A Contribuição da Econometria para a Análise Econômica
José L. Carvalho
Universidade Santa Úrsula
APRESENTAÇÃO
1- O QUE É ECONOMETRIA
2- O QUE SE QUER COM A ECONOMETRIA?
3- O QUE É UM MODELO ESTRUTURAL?
4- O QUE É UMA FORMA REDUZIDA?
5- PRÁTICA COMUM
6- CONTRIBUIÇÕES PARA O DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA
1- O QUE É ECONOMETRIA
Economia: por meio de modelos de comportamento procura explicar a ação humana condicionada às instituições sociais, ao conhecimento (tecnologia) e à disponibilidade de recursos;
• A linguagem científica: Matemática;• Inferência sobre a realidade: Estatística
1- O QUE É ECONOMETRIA
Problemas com inferência estatística na Economia
• Simultaneidade e complexidade das relações econômicas;
• O processo econômico se desenvolve ao longo do tempo: exige uma aproximação dinâmica (dificuldade de se trabalhar com estoques e fluxos);
1- O QUE É ECONOMETRIA Problemas com inferência estatística na Economia
• Tanto as variáveis quanto as relações analisadas são de natureza estocástica;
• Perturbações aleatórias:–Variáveis, deliberada ou acidentalmente, são
deixadas de fora do modelo;–Efeito de variáveis não observáveis ou
passíveis de erros de mensuração.
1- O QUE É ECONOMETRIA Problemas com inferência estatística na Economia
• Variáveis sujeitas a erros de medida:–Erros de agregação (estoque de capital);–O que se mede não é exatamente o que se
quer (renda permanente x renda corrente observada).
• Os problemas com a inferência estatística em Economia provocaram o desenvolvimento de métodos para saná-los: Econometria.
2- O QUE SE QUER COM A ECONOMETRIA?
• Estimar empiricamente modelos de comportamento com elementos estocásticos, sistemáticos e assistemáticos.
• Comportamento gera variáveis aleatórias e os modelos descrevem sua distribuição condicionada.
• De um modo geral o comportamento é representado por parâmetros: estimar, promover testes e previsões.
2- O QUE SE QUER COM A ECONOMETRIA?
• Realidade complexa está refletida nas informações estatísticas: dados (variáveis)
• Com a Teoria Econômica elaboram-se modelos matemáticos para descrever o processo que produziu tal realidade (dados estatísticos).
2- O QUE SE QUER COM A ECONOMETRIA?
• Por meio da Econometria procura-se estimar empiricamente o modelo matemático que estrutura o comportamento humano.
• Resultados confrontados com a realidade por meio de testes e previsões.
3- O QUE É UM MODELO ESTRUTURAL?
O modelo matemático que descreve o fenômeno a ser estudado:
• Forma estrutural: relações que caracterizam o comportamento humano e identidades variáveis endógenas e exógenas;
• Forma reduzida: não descreve comportamento, mas nos fornece como cada variável endógena reage a variações nas exógenas.
3- O QUE É UM MODELO ESTRUTURAL?
• Variáveis endógenas refletem o comportamento humano que se quer explicar;
• Variáveis exógenas são condicionantes do comportamento que se modela.
• Um modelo econométrico é dito completo quando o número de variáveis (endógenas + exógenas) é igual ao número de equações e identidades que o definem.
3- O QUE É UM MODELO ESTRUTURAL?
Seja o sistema completo no qual todas as funções possuem derivadas parciais contínuas:
• y = vetor m x 1 de variáveis (endógenas);• z = vetor n x 1 de variáveis (exógenas); • A (n x m), B (m x m), Δ (n x n) e Γ (m x n) são
parâmetros ordenados em matrizes;• u (m x 1) e v (n x 1) são inovações estocásticas:
By + Γz = u
Ay + Δz = v
3- O QUE É UM MODELO ESTRUTURAL?
• Como escolher quais serão endógenas e quais exógenas?
• Exógenas se os efeitos das variáveis endógenas sobre elas forem negligenciáveis.
• As inovações estocásticas devem ser tais que exista f(u,v), função de densidade de probabilidade conjunta.
4- O QUE É UMA FORMA REDUZIDA?
• Representa a solução do modelo estrutural, isto é, apresenta as variáveis endógenas como dependentes apenas das exógenas.
• Condições para obtenção de uma forma reduzida de um modelo estrutural:
i) A = 0 e portanto Δz = v só relaciona variáveis exógenas;
4- O QUE É UMA FORMA REDUZIDA?
ii) Os elementos de u e v são estocasticamente independentes:
f(u, v) = f1(u) * f2(v);
iii) ≠ 0 para qualquer ponto do espaço possível f(u, v) > 0, (garante uma solução local).
0
B
4- O QUE É UMA FORMA REDUZIDA?
• Forma reduzida:
Y = Π z + w
Π = B-1Γ
w = B-1 u
Sob (i) a (iii) se obtém que:
g(y, z) = g(y|z) * g2(z)
4- O QUE É UMA FORMA REDUZIDA?
• Toda informação pertinente às observações sobre as relações entre y e z estão contidas na função de verossimilhança condicional g(y|z).
• Em Y = Π z + w, todas as variáveis em z são dadas, similarmente ao que ocorre nas regressões e Π pode ser estimado por OLS.
• Obtido Π é possível obterem-se de forma única B e Γ? Isso nos conduz ao problema da identificação em Econometria.
5- PRÁTICA COMUM
Pelas dificuldades de se construir um modelo econométrico completo usamos uma equação
• Modelos de uma equação sob as hipóteses de Gauss-Markov (G-M)
Y = Xβ + ε
Estimador de OLS de β é BLUE• Correções pela não verificação das condições
de G-M.
5- PRÁTICA COMUM
• Se algumas das variáveis em X são endógenas: métodos de máxima verossimilhança com informação limitada, como por exemplo, 2SLQ e IV.
• Por vezes se deseja inferir sobre mudanças na estrutura econômica (parâmetros ou intervenções de política econômica): como fazer se as observações estão sujeitas à estrutura vigente?
5- PRÁTICA COMUM
• Se há informação suficiente é possível inferir sobre a estrutura antes da mudança e com isso, inferir sobre a mudança.
• Em geral há pouca informação sobre a mudança: variáveis dummies; regressão com parâmetros variáveis (filtros de Kalman).
• Modelos de séries temporais para previsão e geração de variáveis não observaveis.
6- CONTRIBUIÇÕES
• A CPP e o conceito de Produto Potencial: output gap.• Curva de Phillipis e as expectativas.• Como usar estes conceitos se não existem tais
informações? Função de produção agregada, ajuste de uma tendência temporal. Modelos de formação de expectativas para aplicações empíricas.
• Conceitos empíricos: nonaccelerating inflation rate of capacity utilization; (NAIRU) e nonaccelerating inflation rate of labor utilization (NAILU).