a construÇÃo do planejamento de produÇÃo...
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A CONSTRUÇÃO DO PLANEJAMENTO DE
PRODUÇÃO ALIADO AO PLANEJAMENTO
EMPRESARIAL PARA A CONSOLIDAÇÃO DE
UMA MARCA.
Barbara Lorena Macedo de Oliveira (UFRN )
Marcelle Moreno Moreira (UFRN )
Marcel Alison Pimenta Bastos Cabral de Medeiros (UFRN )
Leroy Gianvenuti (UFRN )
O mercado torna-se cada dia mais competitivo e, por isso, fatores que
agreguem valor ao produto/serviço oferecido são sine qua non para a
sobrevivência das empresas. De estratégias de diferenciação no preço a
diferenciação no produto, as indústrias da construção civil buscam
prospectar clientes e se consolidar nesse mercado, no qual os produtos são
tão semelhantes. Assim, o estudo de caso se baseia numa empresa de
fabricação de esquadrias de alumínio, que tem sua consolidação no mercado
natalense alcançada pelo ajuste das estratégias empresariais e de produção.
Consonante a isso, a abordagem qualitativa dos dados e as pesquisas
bibliográficas realizadas permitem comprovar a eficácia de se aliar ambas
estratégias para alcançar a liderança no mercado e parceria com as maiores
construtoras do Rio Grande do Norte.
Palavras-chaves: Estratégia Empresarial. Planejamento de produção.
Consolidação no Mercado. Liderança de mercado.
XXXIV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
Engenharia de Produção, Infraestrutura e Desenvolvimento Sustentável: a Agenda Brasil+10
Curitiba, PR, Brasil, 07 a 10 de outubro de 2014.
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1. Introdução
No mercado atual, alguns grandes desafios para uma empresa de esquadrias de alumínio são a
flexibilidade da organização no sentido de atender a todas as especificações oriundas dos
pedidos dos clientes e a entrega e montagem do produto final no período estabelecido. As
relações de custo benefício dos bens de consumo devem ser as melhores no mercado de
construção civil e as esquadrias utilizadas em uma obra, tem uma importância significativa
nos custos totais e na qualidade do projeto final.
Tendo em vista esses desafios, o modelo de produção escolhido por uma empresa, deve
atender a todos esses fatores. Ele deve ser apto, principalmente, a reduzir os custos e aumentar
a produtividade da empresa, prezando pelo mínimo de desperdício, sobretudo do alumínio que
possui um alto valor agregado. A atenção na produção das esquadrias deve ser minuciosa e
acompanhada de todas as especificações do pedido e regras da Associação de Normas
Técnicas (ABNT), visto que o desconhecimento desses dois itens, geram prejuízos
significantes para a empresa.
Nesse sentido, foi realizado um estudo em uma empresa de produção e montagem de
esquadrias de alumínio com o objetivo de analisar como o planejamento estratégico e de
produção garantem à empresa uma boa visibilidade no mercado. Além disso, estudou-se o
modelo de produção da empresa, caracterizado como manufatura enxuta, o qual preza pelo
mínimo de desperdício e a qualidade total do produto. Assim, alinhando o planejamento
estratégico ao planejamento de produção, a cadeia de suprimentos é aprimorada e o processo
produtivo torna-se eficaz.
Com base no exposto, o presente estudo tem início com a apresentação da empresa em estudo
de modo que a caracterização dela dentro do setor atuante seja esclarecida. Diante disso, o
artigo analisa as estratégias desenvolvidas pela empresa - mesmo que de forma informal- e o
planejamento de produção adotado pela organização, afim de explanar sua eficiência no
desenvolvimento dos processos produtivos. No item 2, é desenvolvido o referencial teórico
para dar suporte ao estudo de caso. O método de pesquisa do trabalho compõe o item 3 do
artigo. A seguir, no item 4, é discutido um estudo de caso para que a a viabilidade da
utilização do modelo de produção da empresa seja estudado e a influência das estratégias
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adotadas sejam esclarecidas. Por fim, a conclusão do trabalho.
2. Referencial teórico
2.1 Manufatura enxuta
Atualmente, a abertura dos mercados e o consequente aumento da concorrência fez com que
as tecnologias de produção fossem aperfeiçoadas, disseminadas e as demandas se voltassem
para uma maior variedade dos produtos, e em quantidades menores, sem acumulo de estoque.
Este cenário não admite mais processos unicamente voltados para a produção em larga escala,
pois os mercados atuais não conseguem, e não precisam mais absorver os custos fixos gerados
por esse tipo de produção (SILVA et al, 2009).
Ainda segundo Silva et al (2009), nesse contexto surgiu a necessidade de se ter um modelo de
gestão da produção que obtivesse reduções de custos e da melhora da qualidade e dos prazos
de entrega, trazendo maior flexibilidade às empresas. No Japão, após a segunda guerra
mundial, a empresa automobilística Toyota começou a desenvolver o que ficou conhecido
como Sistema Toyota de Produção (STP), que após consolidado foi chamado de Manufatura
Enxuta e é aplicado em todos os segmentos da indústria e, com adaptações, no setor de
serviços.
“A manufatura enxuta refere-se a um novo processo de produção que cobre a
empresa toda, englobando todos os aspectos das operações industriais
(desenvolvimento de produtos, manufatura, organização e recursos humanos,
apoio ao cliente) e incluindo as redes de consumidores e fornecedores.”
(MOREIRA, 2013, p.508)
Sua implantação começou após a segunda guerra mundial e ampliou sua importância na crise
do petróleo de 1973, num período de recessão mundial, provocando um processo de falência e
perda de ações em muitas empresas. Tal fato não foi notado na Toyota Motor Company,
chamando assim a atenção do mundo para o seu sistema de produção.
Este sistema produtivo possui algumas importantes e marcantes características que, por sua
eficiência, destacou a ME de outros sistemas de produção, sendo adotado por milhares de
empresas ao redor do mundo com o passar dos anos.
O pensamento enxuto possui como um dos principais pontos a atribuição de valor para o
cliente. Neste sistema, o fundamental é oferecer ao cliente final um produto específico,
atendendo a necessidade esperada, com um preço adequado e no momento certo.
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(LAZZAROTTO, 2010). Outro alicerce da Manufatura Enxuta é a melhoria contínua,
consolidada no envolvimento de todas as pessoas da organização no sentido de buscar, de
forma constante e sistemática, o aperfeiçoamento dos produtos e processos empresariais, e
pressupõe mudanças como hábito da organização e grandes mudanças com maior
planejamento (SILVA et al, 2009). Além disso, a diminuição do lead time (tempo que leva
para uma peça percorrer todo o caminho no chão de fábrica) é um dos focos desse sistema de
produção, sendo necessária a eliminação de todo o tipo de desperdício existente nos
processos, através da maximização da produtividade e efetividade dos processos já existentes
(DIAS, 2006).
Apesar dos princípios descritos acima, a característica base da Manufatura Enxuta continua
sendo a diminuição dos desperdícios existentes no fluxo de materiais e informações com base
em melhorias ou Kaizen, onde através de constantes melhorias busca-se chegar à perfeição.
Os benefícios obtidos através da implantação da Manufatura Enxuta, que ficam claros após a
explanação de suas características, já estão consagrados no universo acadêmico e estão sendo
cada vez mais perseguidos no âmbito empresarial (SILVA et al, 2009).
2.2 Planejamento estratégico
Chiavenato (2004) diz que o planejamento estratégico (PE) é o processo onde as estratégias
organizacionais são definidas de acordo com a empresa e sua missão no ambiente de atuação.
Esse processo varia segundo as intenções de cada empresa e para Lobato et al. (2009), não
existe um modelo de planejamento estratégico definido para cada ramo empresarial, visto que
as estratégias são únicas e definidas de acordo com as necessidades de cada empreendimento.
O rumo da organização, no sentido de maximizar resultados e minimizar as deficiências com
maior eficiência e eficácia, e o processo de tomada de decisões também são atribuídos ao PE
(CHIAVENATO, 2004).
Assim, o posicionamento competitivo da empresa está intimamente relacionado as estratégias
adotadas. Consonante a isso, a Matriz SWOT se apresenta como ferramenta de embasamento
ao PE avaliando as potencialidades e debilidades interna e externamente a organização. A
análise SWOT surge, então, como uma avaliação estratégica que apresenta, segundo Guiné,
Peres e Ferreira (2010, p.102) “pontos Fortes (Strenghts) e Fracos (Weaknesses) de uma
organização e a sua relação com as Oportunidades (Opportunities) e Ameaças (Threats) do
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meio envolvente”, detectando as potencialidades e debilidades da empresa.
2.3 Estratégia de produção
Parte do planejamento da empresa responsável por alcançar as metas e objetivos, são de
responsabilidade das estratégias de produção, as quais, segundo Oliveira et al. (2006), devem
promover sustentação à estratégia competitiva.
Para atingir tais objetivos, este tipo de estratégia procura formar um
padrão coerente de decisões e organizar os recursos da produção para
que estes possam se converter num conjunto adequado de
características de desempenho que possibilite à organização competir
eficazmente no mercado (ESTIVALETE et al., 2005).
Não só as estratégias de produção possuem a responsabilidade de alinhar-se com as
metas e objetivos. Para Antunes et al. (2002), as competências de todas as áreas funcionais da
organização, devem convergir num mesmo ponto estratégico e Oliveira et al. (2006) confirma
dizendo que os diferentes elementos que compõe o sistema produtivo exigem divergentes
estratégias de produção e consequentemente, estratégias distintas de competitividade.
Segundo Slack, Chambers e Johnston (2009), as estratégias de produção permitem às
empresas resistirem as mudanças externas garantindo a sobrevivência no mercado
competitivo. Além disso, ela diz respeito ao padrão de decisões e ações estratégicas que
define o papel, os objetivos e as atividades da produção. Slack, Chambers e Johnston (2009)
também ressalta a importância de satisfazer os clientes com a implantação das estratégia de
produção para atender os cinco objetivos de desempenho: custo, qualidade, flexibilidade e
confiabilidade e velocidade. De acordo com Oliveira et al. (2006), as prioridades nesses
objetivos variam conforme as diferentes circunstâncias e estratégia adotada empresa, visto
que, não há um consenso sobre quais objetivos devam ser explorados afim de que a estratégia
de produção seja implementada de maneira eficaz.
Ainda segundo Segundo Slack, Chambers e Johnston (2009), a maioria das empresas possuem
algum tipo de estratégia, mas é a produção que a coloca em prática. Por isso, o papel mais
básico da produção é implementar estratégia para alinhar a produção aos objetivos e com isso,
garantir vantagem competitiva.
2.3.1 Mapeamento dos processos
Para que uma esquadria de alumínio chegue ao seu estado final , existem processos que
norteam sua construção. Quando o sequenciamento das etapas de produção de uma
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manufatura é formalizado e esquematizado, é gerado o fluxograma dos processos produtivos.
Esses fluxogramas “são formas de representar por meio de símbolos gráficos, a sequência dos
passos de um trabalho, para facilitar sua análise.” (PEINADO; GRAEML, 2007, p.140).
Faz-se necessário que uma empresa gerencie suas atividades para que seu modelo de
produção atenda suas necessidades. Segundo Slack et al. (2009), o objetivo de se mapear
processos é buscar a identificação dos diferentes tipos de atividades que ocorrem dentro da
empresa. Com esse conhecimento, podem ser efetuadas modificações e melhoramentos na
cadeia produtiva afim de que o modelo de produção seja eficaz. Jones, Silva e Freitas (2012)
ressaltam a importância do mapeamento para o gerenciamento de processos por meio da
utilização de fluxogramas. A partir do fluxograma e da observação, a análise de pontos
críticos torna-se mais dinâmica e ganha velocidade, auxiliando a atividade contínua de
controle e avaliação do fluxo produtivo estudado.
Portanto, a correta identificação de um processo por meio de um fluxograma permite que ele
seja analisado e melhorado, o que converge com a proposta de melhoria da gestão de
processos e consequentemente, com o modelo de produção (PEINADO E GRAEMI, 2007).
3 Metodologia
O artigo foi desenvolvido com o objetivo de relacionar as estratégias para o setor de
produção de uma empresa com suas estratégias empresariais, a finalidade de que se perceba a
importância desta associação para a sua consolidação. Assim, foi analisada uma empresa de
médio porte de fabricação de esquadrias de alumínio no Estado do Rio Grande do Norte.O
trabalho é considerado estudo de caso, segundo Miguel (2010) por realizar análises empíricas
e de caráter investigativo num contexto real e contemporâneo, sob o aporte de conceitos
científicos. Ainda, a pesquisa é bibliográfica e descritiva, pois de acordo com Gil (2002)
busca o entendimento dos conceitos iniciais, além de identificar quais situações ou eventos
descrevem o objeto em estudo. A primeira parte do estudo deu-se pela pesquisa em materiais
impressos e online-livros, revistas, anais, monografias e anais. Em seguida, foi feita a coleta
de dados por entrevistas, a respeito do processo produtivo e organização do trabalho, com um
dos diretores da empresa em questão. Posteriormente, foi realizada uma análise qualitativa
dos dados.
4 Estudo de caso
4.1 Perfil da empresa
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A empresa familiar de montagem de esquadria de alumínio em estudo, atua há 37 anos no
mesmo setor econômico, no mercado de natalense. A organização foi fundada por dois
irmãos, com formação em engenharia civil, os quais observando o crescimento do mercado de
construção civil no estado e a mudança do perfil de esquadrias de madeira para alumínio,
acataram a oportunidade de crescer nesse setor.
A empresa possui 48 colaboradores, distribuídos entre os setores de administração, financeiro,
diretoria e processos, sendo 38 pessoas envolvidas neste último. Além disso, a empresa possui
02 máquinas de corte, 12 estampos para a usinagem e 16 bancadas para a montagem. Somado
a isso, para um melhor fluxo de materias e logística , a impresa dispõe de 2 carros utilizados
para o transporte das mercadorias: 01 caminhão, 02 caminhonetas, 01 combi e 02 motos.
Atualmente, o empreendimento é líder no mercado local e é considerada a maior do estado.
Firmou parceria com as mais renomadas construtoras da cidade de Natal, prestando serviço
para mais de 160 obras. Não obstante, ela possui fornecedores altamente qualificados, tanto
do campo nacional quanto do internacional, um dos fatos que garante a qualidade de seus
produtos e mantém a empresa líder no mercado regional.
As análises realizada no estudo evidenciam que a empresa de médio porte possui um modelo
de produção de manufatura enxuta com divisão do trabalho e estratégias associados direta e
indiretamente a esse modelo. Os operários são reunidos em um único galpão e o trabalho é
organizado de maneira que diminuam os custos e aumente a produtividade.
4.2 Estratégias empresariais
Com o aperfeiçoamento das esquadrias de alumínio nos últimos anos, as peças apresentam-se
mais resistentes e de fácil manejo, ganhando assim, mais espaço no mercado da construção
civil e se tornando item fundamental na arquitetura contemporânea. No cenário regional, a
vinda de grandes construtoras de engenharia devido a especulação imobiliária, ocasionou o
aumento da demanda de esquadrias de alumínio, o que impulsionou este mercado em grande
escala no estado do Rio Grande do Norte. Diante de tal situação, é necessário o uso de
estratégias que alinhem a empresa com seus objetivos e a torne mais competitiva.
Para fazer uma análise da empresa de forma abrangente, aplica-sea matriz SWOT para que
seu posicionamento no mercado seja esclarecido e que seus pontos fortes e fracos sejam
analisados.
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Figura 1 – Matriz SWOT
Fonte: Elaborado pelos autores (2014).
Devido ao longo tempo de atuação no mercado regional, a empresa formou uma
imagem de credibilidade perante seus clientes, os quais em sua maioria, são parceiros da
empresa desde sua fundação. Nesse período, algumas estratégia foram surgindo e outras se
consolidando, afim de que o planejamento estratégico se alinhe com as estratégias de
produção e os resultados sejam alcançados.
A Ello possui uma estratégia de fortalecimento no mercado local, visto que ela não visa
expandir seu raio de atuação para fora do estado, por decisão dos próprios diretores. Logo,
para garantir a permanência no mercado, a empresa procura manter-se atualizada no sentido
de sempre garantir os melhores maquinários para realização da produção e aperfeiçoar o
sistema periodicamente no intuito de gerar menores custos para organização e
consequentemente uma maior produtividade. Essa estratégia também direciona o
empreendimento a combater possíveis ameaças de entrantes com atuação nacional, pois,
mantendo-se fortalecida no mercado local, a empresa mantém-se competitiva.
É fundamental o treinamento de funcionários para que a produção seja constantemente
aperfeiçoada. Com isso, outra estratégia utilizada pela Ello é a relação que os próprios
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diretores possuem com os funcionários, tendo em vista os benefícios gerados para a empresa.
Além do salário, ajudas como tratamentos odontológicos, consultas médicas e momentos de
lazer com toda a família do funcionário, impulsionam a satisfação do trabalhador quanto suas
tarefas dentro da fábrica, gerando melhores resultados de produtividade.
Um critério que diferencia a empresa de esquadrias de alumínio em estudo das demais é a
independência do fornecimento de vidro para a montagem das esquadrias. A
Ello, visando tornar-se independente desse fornecimento, acatou a possibilidade da criação da
própria empresa de vidro. Essa estratégia, trouxe uma vantagem significativa em relação aos
concorrentes da empresa, os quais possuem um custo muito maior para a compra do vidro. É
válido ressaltar que a empresa em estudo só fornece as esquadrias já com o vidro encaixado.
Embora exista uma alta demanda por esquadrias, devido ao crescimento do mercado de
construção civil, a empresa em análise relata não ter capacidade de atender a todos os clientes.
Outra estratégia adotada por ela é a atenção quanto a qualidade de seus produtos, no sentido
de que é mais vantajoso atender menos clientes com uma qualidade excepcional do que
atender a toda a demanda e não prezar pela qualidade. A Ello acredita que o bom
atendimento, serviço e qualidade das esquadrias, são responsáveis pela alta visibilidade da
empresa e a consolidação de seu nome no mercado.
4.3 Processo produtivo
As estratégias de produção aliadas as estratégias empresarias alavancam a produtividade,
tornando a empresa mais competitiva. Desta forma, elas devem ser ao mesmo tempo
impulsionadora e implementadora do planejamento empresarial. Assim, a empresa de
esquadria desenvolve estratégias para organizar os recursos de produção e planejar as etapas
de transformação para formação do produto final.
Pensando em atender as demandas do mercado e impulsionar sua produção, a empresa adota
características da manufatura enxuta, como a qualidade total dos processos e produtos,
capacitação dos colaboradores, eliminação dos desperdícios de insumos, mínimo nível de
estoque de matéria prima e produção just-in-time, iniciando os processos a medida que os
projetos são demandados, visto o alto valor agregado ao alumínio.
Pelo fato dos principais clientes serem construtoras imobiliárias, a empresa não preza por
rapidez na produção devido ao pedido ser realizado com muita antecedência em relação ao
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prazo de entrega. Ainda assim, a divisão do trabalho se apresenta como forma de agilizar a
produção e garantir a qualidade dos processos, sendo mais fácil a indentificação de peças
defeituosas em qualquer etapa da fabricaãço. Portanto, é feita a segmentação das atividades
para a realização de esquadria de alumínio, que segue a mesma linha de montagem para
fabricação de portas, janelas e pele de vidro.
Figura 2- Fluxograma
Fonte: Elaborado pelos autores (2014).
A produção tem início com o recebimento do projeto a partir da análise de um arquiteto,
contratado pelo cliente, que define a tipologia das peças (janelas de correr, maxim-ar, porta de
giro, cortina pele de vidro, etc) que serão necessárias para a realização do projeto. Dada a
tipologia, a definição das linhas é efetuada pelo engenheiro técnico, o qual analisa o tipo de
perfil de alumínio adequado para atender as especificações do pedido do cliente seguido das
normas da ABNT. Após isso, a compra do perfil é realizada. É válido ressaltar que essa
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compra não é efetuada imediatamente após o contrato com as construtoras, visto que a obra
possui um prazo de finalização e a montagem das esquadrias é feita como parte final do
projeto.
Com a chegada do perfil à empresa, ele é desembalado e o estoque é atualizado no sistema.
Nessa estocagem, os perfis são posicionados verticalmente e separados segundo sua
finalidade.
Posteriormente, a peça é encaminhada ao corte. Essa atividade é executada por um
profissional altamente capacitado e especializado afim de que se reduzam os desperdícios e a
meta de 3% de erro seja alcançada. O perfil já cortado é enviado à usinagem para que os
ajustes e acabamentos sejam feitos. Em seguida, a montagem da esquadria é desenvolvida, o
vidro é acoplado e a peça passa por um processo de inspeção. Caso exista algo não conforme,
o perfil é substituído. Por fim, é feita a expedição e a montagem na obra.
5 Conclusão
A realização do planejamento dos processos possibilitou a empresa oportunidades de
crescimento, tornando-a referencia Estado. Medidas como a qualidade total na instalação das
peças e nos processos, verificada pelo estimativa de 3% de peças defeituosas ao final da
produção; o aproveitamento máximo dos perfis de alumínio, devido ao alto custo associado e
a capacitação fornecida aos colaboradores ratificam a liderança da organização na área de
produção de esquadrias de aluminío no RN
Ademais, o ajuste dessas estratégias a estratégia empresarial proporcionaram a Ello uma
trajetória marcada pelo sucesso e preferência das grandes construtoras, mantendo sua
hegemonia mesmo com a chegada de empresas maiores de Estados vizinhos. Assim, assume a
liderança na cidade de Natal, atendendo cidades metropolitanas e alguns projetos em outras
capitais. Finalmente, percebeu-se a importância da adoção de uma modelo produtivo para
nortear o processo de tomada de decisão tanto a nível gerencial como a nível de produção, a
fim de conquistar um posicionamento no mercado.
REFERÊNCIAS
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