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A CONSAGRAÇÃO DOS

SACERDOTES

José Roberto Alves da Silva

Petrolina – PE, 20 de Março de 2014

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A CONSAGRAÇÃO DOS SACERDOTES

Texto para Estudo: Êxodo 29.1-12;

By José Roberto Alves

Introdução:

Estamos chegando ao final deste trimestre, tendo em vista que estudamos durantes estas

12 lições, assuntos importantíssimos sobre a formação da nação israelita, desde quando ela

fora resgatada do Egito, o seu cativeiro e libertação, a sua condução por Moisés desde da sua

saída até a travessia do Mar Vermelho, como seu desenvolvimento religioso e o

estabelecimento da nação como reino sacerdotal, é alí no deserto que Deus se manifesta ao

seu povo, entrega-lhes as leis: religiosa, civil e penal, conforme vimos no decorrer das lições

anteriores que estudamos. Estabelece a construção do Tabernáculo, separa Arão e seus

filhos ao serviço do santuário e por fim neste capitulo, iremos abordar os pormenores

ritualísticos da cerimônia de posse do Sacerdócio de Arão e de seus filhos, levando em conta

cada particularidade da cerimonia.

Não podia ser diferente com relação a outras nações, Deus precisava estabelecer o serviço

de adoração, onde a nação poderia de fato reconhecer o seu Deus, não tendo como um Deus

entre os demais deuses, mas como o Único e Verdadeiro Deus, que estaria reivindicando

toda a adoração a Si. Mediante as páginas sagradas e a história secular, sempre existiu a

figura do sacerdote em meio as nações gentílicas daquela época, levando em conta que o

próprio Abraão descendia de família religiosa e politeísta, que segundo Werner Keller em

seu livro “E a Bíblia tinha razão”, afirma que “...Ur era diferente. O recinto sagrado, a

circunscrição do templo, não era dedicada exclusivamente ao culto dos deuses. Além dos

atos do culto, os sacerdotes desempenhavam muitas outras funções...” ¹. Também não era

diferente para Abraão, pois o mesmo reconhecera a presença do sacerdote como alguém que

representasse o próprio Deus, podemos ver isso no episódio de Melquisedeque , tido por

sacerdote do Deus Altíssimo (Gn 14.18-20). O próprio Israel mesmo presenciara o sistema

religioso do Egito, bem como a maneira que se procedia os sacerdotes mediantes as suas

divindades (pagãs), e o próprio Moisés tinha o sogro que era considerado sacerdote em

Midiã (Ex 3.16), embora não identificado a qual dividade ele servia.

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Veremos agora, passo a passo os elementos ritualísticos da consagração de Arão e seus

filhos ao serviço sacerdotal.

1. A CONSAGRAÇÃO DE ARÃO E SEUS FILHOS.

1.1 – A lavagem com água. (Ex 29.4)

O primeiro passo a ser dado para a cerimônia seria a lavagem de Arão e seus filhos, este

tipo de ação era necessário para que o sacerdote pudesse se vestir conformalmente,

demonstrando de fato que teria que primeiramente ser limpo, era uma lavagem completa,

significando a “pureza' e 'santidade” na presença de Deus. Este era o simbolo do batismo,

conforme podemos encontrar nos dias Cristo, como forma de purificação, não sendo ainda

a limpeza por total pois a mesma só poderia ser com a finalização do ritual, o sacrifício. Era

usado a pia de cobre para tal procedimento, conforme podemos ver em Êxodo 30.17-21,

depois da consagração, o sacerdote apenas lavava, antes de proceder com o serviço do

santuário. A santificação só ocorreria através desse ato de lavagem (Ex 29.1; 44).

O chamado para aquele oficio com podemos ver, não seria voluntario por parte do

homem, mas somente o próprio Deus poderia fazê-lo,(Ex 28.1,2). “...Elas não eram pessoas

que estavam ali simplesmente por que queriam ou porque se achavam competentes para

tal. Estavam ali porque Deus chamara, como afirma o escritor aos Hebreus... (Hb 5.4,5).²

Essa lavagem pode significar a purificação pelo o Sangue de Jesus e a lavagem da sua

palavra, (I Jo 1.7; Jo 15.3; 17.17). Em Hebreus 12.14 afirma: “...sem santificação, ninguém verá o

Senhor”, sendo imprescindível que aquele que procura servir ao Senhor, precisa fazê-lo em

santidade.

1.2 -A unção do Azeite (Ex 29.7; 30.22-33).

É bem entendido que quando falamos sobre a unção vem em mente a unção do Espirito

Santo, como o seu batismo que enche o crente de poder. É isso mesmo, Arão assim com seus

filhos precisavam serem ungidos com azeite (Ex 29.7; 30.30) que segundo o Comentário

Beacon, Eles “...em três ações seriam vestidos com os camisões e gorros (Ex 29.8,9). Este ato

de investidura e unção empossavam estes homens e seus sucessores no oficio sacerdotal

para o resto das vida....”, e revela-nos que só em Cristo há cumprimento da eternidade deste

oficio (Hb 5.6).

É bem verdade que o crente como sacerdote de Cristo (Não segundo o levítico, mas o

sacerdócio real e universal – I Pe 2.9), precisa está ungido com o Espirito Santo, assim como

Cristo que a iniciar o seu ministério na terram precisou ser cheio do Espirito Santo, como

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inicio daquilo que iria exercer o Sumo sacerdócio, entrou nas águas do Jordão, em um ritual

de lavagem “o batismo” (Mt 3.16; Is 11.2; Lc 3.22).

O Azeite tinha que ser especial (Ex 30.22-25) e não poderia ser misturado, nem com

composição diferente. Aquela fórmula era exclusiva, não podendo ser usada para outro fins,

a não ser o serviço na obra de Deus (Ex 30.31-33). Deus não aceita mistura, jamais a sua

unção poderá se misturar com fórmulas mundanas. Não há concórdia entre luz e trevas (I

Co 6.14-18).

1.3 – As ofertas pelo o pecado (Ex 29.10-18).

As etapas com relação as vestimentas dos sacerdotes,o significado de cada peça, já

estudamos na lição 11, o que apenas podemos comentar aqui é a ordem como Moisés havia

vestido Arão e seus filhos, tendo mais detalhe em Levítico 8.6-10. Nestes versículos

encontramos Moisés sacrificando o novilho. Antes do sacrifício, Arão e seus filhos tinham

que pôr as mãos sobre a cabeça do animal, como substituição ou transferência dos pecados

próprios para o animal inocente (Lv 8.14,15; Ex 29.11,12). A culpa por causa do pecado, que

naquele instante se referia aos sacerdotes, só seria compensada com a morte, que neste caso

era o sacrifício do novilho. “Cristo é a expiação dos nossos pecados” (Jo 3.16; I Co 15.3; I Jo

1.7). É imprescindível que quem serve a Cristo deva lembrar que ainda estamos sujeito ao

pecado, pois somos ainda pecadores, porém redimidos pelo o sangue do Cordeiro, mas

devemos sempre buscar a se manter na presença de Cristo, em seus méritos, para a

salvação.

Ainda deveria realizar o holocausto pela a expiação de culpas, especificamente “...em

honra a Deus, a oferta deveria ser queimada, simbolizando a dedicação total daqueles

homens ao serviço do Senhor” (Ex 29.15-18).

2. O SACRIFÍCIO DA POSSE (Ex 29.19-37).

2.1. O carneiro da consagração (Ex 29.19-22).

Este era o segundo carneiro para o sacrifício, era uma oferta pacífica, que apontavam para

a morte vicária de Cristo no calvário, o animal inocente era imolado e seu sangue

derramado sobre o altar e era também aspergido sobre as vestes sacerdotais e os corpos dos

sacerdotes (Lv 8.15; Ex 29.11) a saber: a ponta da orelha direita, o polegar direito e dedo do pé

direito de todos eles, e o Azeite da mesma forma, era aspergido sobre eles e significava a

santificação de todos (Ex 29.20,21).

a) A aspersão na orelha direita significava a santificação de sua “atenção”.

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b) Sobre o polegar direito, era a santificação do seu “trabalho”.

c) E sobre o pé direito, santificava o seu “andar e seu proceder”.

“O sangue e o azeito juntos falam do sangue de Cristo e do Espirito Santo, da justificação e

da santificação, do perdão e do poder purificadores.”

“Era uma verdade de grande importância. Cristo não somente morreu por nossos pecados

'segundo as escrituras' (I Co 15.3), como foi feito pecado por nós (I Co 5.21). Esta é a doutrina

do sacrifício da expiação do pecado.”

2.2 – Os sacrifícios diários (Ex 29.35-39).

As ofertas diárias como estão claramente escrita, e como o próprio nome a diz, eram

realizados por setes dias, que eram os dias da cerimônia de posse do sumo sacerdote, isso se

repetia quando um novo sumo sacerdote era separado para o oficio (Lv 8.33-35). Durante

aqueles dias eram necessário fazer o sacrifício pela manhã e pela tarde, ou seja, dois

cordeiros por dia (Ex 29.38,39). No sacrifício, era ordenado sacrificar o cordeiro juntamente

com farinha, misturada com azeite batido (o pão) que apontavam para o corpo de Cristo,

cuja carne era simbolizada no N.T pelo o pão da Santa Ceia (Mt 26.26; I Co 11.24).

Este cerimonial era necessário para que a presença de Deus fosse contínua no meio da

congregação do povo de Israel (Ex 25.8; Lv 26.12), tudo precisava está santificado por meio

do holocaustos, era mandamento perpétuo “por vossas gerações” (Ex 29.42-46).

A perpetuação do sacrifício só se tornara real através de Cristo, quando se rendeu no

madeiro da cruz, derramando o seu sangue, oferecendo a própria vida, para santificar todos

aqueles que achegam a Deus, Cristo favoreceu a habitação de Deus na vida dos homens por

intermédio de seu Santo Espirito, por meio da Nova Aliança (Jo 14.17,23; II Co 6.16; Ap 21.3).

Outro detalhe, era que quando houvesse a necessidade de consagrar um novo sumo

sacerdote, as indumentária era passado de pai para filho, ou seja, as responsabilidades eram

demonstradas nas vestimentas, onde o sumo sacerdote manteria a sua postura de conduzir

o serviço do santuário assim como fora o seu pai, levando em conta que a unção era nova,

onde o mesmo iria de fato adquirir as suas novas experiencias.

3. CRISTO, O SUMO SACERDOTE PERFEITO E ETERNO.

a) Segundo a Ordem de Melquisedeque (Sl 110.4; Hb 5.6).

Como já estudamos, Cristo não pertencia a tribo de Levi e nem tão pouco poderia assumir

o sacerdócio Arônico, pois o sacerdócio daqueles apontavam simbolicamente a Cristo, mas

que na verdade o sacerdócio de Cristo era ainda de uma ordem superior, que as escrituras

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definem como o “Sumo sacerdote segundo a Ordem de Melquisedeque (Hb 5.6,10; 7.1-28)

tendo como referencia profética: Salmos 110.4. Jesus Cristo segundo as escrituras é aquEle

que tem “um sacerdócio perpétuo” (Hb 7.24).

A permanencia do sacerdócio levítico só era possível com linhagem dos sacerdotes que se

sucediam ao passar dos séculos (Hb 7.23), mas Cristo mantinha o seu sacerdócio mediante a

figura simbólica de Melquisedeque, que “Sem pai, sem mãe, sem genealogia” prefigurava o

estado eterno de Cristo (Hb 7.3; 24-37).

b) O sacrifício perfeito e eterno de Cristo (Hb 8.1,6; 7.24).

Nos serviços do tabernáculo, naqueles dias, os sacerdotes deviam oferecer sacrifícios

diários que mostravam o quanto eram imperfeitos e que por isso constantemente

precisavam da continuidade do sacrifico para aceitação do povo diante de Deus 9Ex 29.42;

Hb 9.14,25,26). mas Cristo era justo, santo e perfeito e o seu sacrifício fora aceito por Deus

de uma vez por todas, satisfazendo todos os requisitos da lei (Hb 7.26-28). Não precisamos

mais realizar tais sacrifícios, pois foram satisfatoriamente realizados por Cristo, o que

apenas devemos fazer, é tão somente manter-se na vontade Deus, procurando a lavagem de

sua palavra e oferecendo as nossas vidas como “sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que

é o vosso culto racional” (Rm 12.1), isto é, a responsabilidade da condução do serviço cristão

e adoração a Deus.

Em Cristo temos livre acesso ao Pai, por um “novo e vivo caminho que Ele nos

consagrou...” (Hb 10.20), no qual Ele está “sempre vivendo a interceder por todos” nós (Hb

7.25b).

CONCLUSÃO:

O cerimonial levítico das consagrações e posses dos serviços sacerdotais era apenas

sombras das coisas que viriam acontecer futuramente, as quais foram realizadas em Cristo

(Hb 8.5), apontavam para a excelência do eterno e superior sacerdócio de Cristo.

Diferentemente daqueles que precisavam imolar um cordeiro em substituição de si

mesmos, Cristo como cordeiro puro e imaculado entregou-se a si mesmo pelo o pecado dos

outros, sendo o próprio executor e executado para de uma vez por todas garantir a redenção

da humanidade (Hb 9.28). Amém, Aleluia e Glória a Deus, a Cristo e ao Espirito Santo!

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BIBLIOGRAFIA.

1. Livro de Apoio: Uma Jornada de Fé: Moisés, o Êxodo e o caminho á Terra Prometida,

Alexandre Coelho e Silas Daniel; pgs.139-143, CPAD, 2013.

2. Comentário Beacon – Gênesis a Deuteronômio – pg. 218 – CPAD, 2012.

3. Biblia de Estudo Pentecostal – Donald Stamps – comentário na pg 165 – CPAD, 1995.

4. Revista Lições Bíblicas – Antonio Gilberto – Aula 12 – CPAD, 1º Trimestre de 2014.

5. E a Bíblia tinha razão – Werner Keller – pg. 27; Edit. Melhoramentos, 3ª edição, 2012.

6. Consultas ao Livro: Usos e Costumes dos Templos Bíblicos – Ralph Gower – pg.365 – o

sumo sacerdote. Ed. 2002 – CPAD.

7. Estudo sobre o Livro de Levítico, C.H Mackintosh, pg 7, 2ª Edição, Editora Depósito

de Literatura Cristã, 2003)

Pesquisa e Texto de autoria:

José Roberto Alves da Silva, Petrolina, PE, Brasil. Servo de Deus, Músico, Teólogo com

Formação Básica pelo FATEFAMA (Faculdade de Educação Teológica Fama) e Teologia

Sistemática pelo CENEDI, Aconselhamento Cristão (Clinica Pastoral) IBADERJ (Instituto

Bíblico da Assembleia de Deus no Estado do Rio de Janeiro), Bacharel em Teologia -

Superior. Casado, tem uma família abençoada, e defendo as sagradas escrituras que é o

fundamento da nossa fé, assim como os crentes bereanos na época da igreja primitiva,

conferido todas as coisas pelas escrituras...