a configuração urbana e identidade italiana em santa teresa/es
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A configuração urbana e identidade italiana em Santa Teresa/ES
Simone Zamprogno Scalzer1
Patrícia Falco Genovez2
Resumo:
No final do século XIX, a Itália enfrentava dificuldades financeiras e guerras, a
população vivia insegura e a emigração tornou-se uma alternativa na busca de uma vida
melhor. Este complexo movimento imigratório envolveu processos de
desterritorialização e reterritorialização, que implicaram processos de adaptação e
negociação identitária.
Neste contexto, as identidades encontram-se inextricavelmente articuladas à formação
do novo território. Assim, analisaremos a configuração urbana de Santa Teresa, uma
cidade da região serrana do Espírito Santo, fundada por imigrantes italianos.
A imigração italiana imprimiu suas marcas na arquitetura e na organização espacial do
centro da cidade de Santa Teresa e em muitos núcleos arquitetônicos do interior.
Abstract
In the late nineteenth century, Italy was facing financial difficulties and wars, the
population was insecure and emigration has become an alternative to seeking a better
life. This complex process involving immigration movement of deterritorialization and
reterritorialization, entailing processes of adaptation and negotiation of identity.
In this context, the identities are inextricably hinged to the formation of new territory.
Thus, we analyze the urban setting of Santa Teresa, a city in the mountainous region of
the Espírito Santo, founded by Italian immigrants.
1 Mestranda – Mestrado em Gestão Integrada do Território
2 Doutora- Mestrado em Gestão Integrada do Território
2
The Italian immigration imprinted their mark in architecture and spatial organization of
the city center of Santa Teresa and in many nuclei of the architectural interior.
Palavras-Chave- Imigração, reterritorialização, identidade.
Keywords: Immigration, reterritorialization, identity.
Configuração urbana e identidade italiana em Santa Teresa/ES
No final do século XIX, a população do norte da Itália enfrentava uma série de
problemas. A fome e as ameaças das guerras, associada às promessas de uma vida
melhor na América, provocou um grande fluxo emigratório para a América do Sul,
especialmente para o Brasil, em busca de paz e de terras férteis para cultivar. Busatto
(1990, p.242) comenta este momento, comparando a situação vivida na Itália ao inferno,
e a fuga para a América como a busca pelo paraíso:
“Quem deixa a pátria onde nasceu por causa da pobreza, da fome, das
guerras e da miséria coletiva é porque foge do inferno, e procura encontrar
o paraíso ou o eldorado noutro lugar. Não é preciso apelar para os relatos
míticos e transcendentais da religião que colocam um inferno e um paraíso
além. Os italianos viviam uma realidade histórica crucial em que o inferno
era a Itália, o paraíso era a América (...)” (BUSATTO, 1990, p. 242).
Nesta busca pelo eldorado, milhares de imigrantes, que deixaram a Itália em busca de
uma vida melhor na América, instalaram-se na região serrana do Espírito Santo e
fundaram, dentre outras, a cidade de Santa Teresa, localizada a 78 quilômetros de
Vitória, possuindo na atualidade uma população aproximada de 21mil habitantes (censo
2010). Mesmo distante de sua terra natal os imigrantes italianos conseguiram
reproduzir no novo território, com natureza muito diferente da que conheciam, parte de
sua cultura e da arquitetura típicas do norte da Itália.
Em seu relato o senhor Alcebiades Feller3, diz que quando chegaram seus pais só
encontraram mata, sendo assim tudo estava por ser construído. Este processo é tratado
3 Filho de imigrantes italianos, entrevista gravada e transcrita por Simone Zamprogno Scalzer. O
entrevistado permitiu a divulgação de seu nome.
3
com orgulho no relato dos descendentes, uma vez que tudo foi construído pelas mãos
destes bravos homens e mulheres. Derenzi (1974, p.106) reproduz um anuncio de 1900,
onde o trabalho dos imigrantes é exaltado: “Santa Tereza é atualmente um dos
municípios mais importantes e mais ricos do Estado e sua grandeza devemo-la
principalmente aos mesmos tenazes imigrantes italianos que a fundaram e a seus
numerosíssimos descendentes”.
Todo movimentos migratório é, por excelência, complexo, envolvendo processos de
desterritorialização e reterritorialização. Haesbaert (2007, p.127) citando Deleuze e
Guattari, descreve a desterritorialização como o movimento de abandono do território e
a reterritorialização como o processo de construção do novo território.
No processo de reterritorialização, a reprodução do antigo ambiente pode minimizar os
efeitos desta mudança. Neste contexto Santa Teresa, fundada por imigrantes italianos no
ano de 18754, foi construída a partir de um processo de reterritorialização, onde
podemos confirmar que “os imigrantes italianos e seus descendentes souberam unir, à
sua herança cultural, as contribuições observadas na nova terra.” (POSENATO, 1997,
p.56).
Os imigrantes italianos que fundaram Santa Teresa/ES procuravam manter não apenas
suas tradições culturais, como a culinária típica com os sabores da polenta, da minestra5
e do agnoline6, a produção dos vinhos7 artesanais e as festas típicas, mas também
procuraram reproduzir uma arquitetura que lembrasse suas terras de origem. Nesta
tentativa de manter sua identidade cultural, deixaram marcas no espaço que são
testemunhas da imigração neste município. (MUNIZ, 2008, p.63-4)
A reprodução em solo brasileiro de uma cidade e organização territorial que lembrasse
muito a terra natal foi um dos artifícios utilizados pelos imigrantes italianos, para
4 Informações publicadas no site http://www.portal-st.com.br/Listar_Lojas.asp?codigo_loja=209 acesso
em 20/05/12. 5 Sopa de feijão com arroz ou macarrão.
6 Massa em formato de chapéu, preparada geralmente como sopa.
7 Como não tinham a uva para produzir o vinho, utilizaram a jabuticaba, fruta presente na região.
4
aumentar o sentimento de pertencimento àquele local, como podemos observar nas fotos
abaixo:
Rua Coronel Avancini, Santa Teresa/ES, 1939. Acervo de
Marilande Angeli. (GASPARINI, 2008, p.38)
Rua de Monteforte D’Alpone, Província de Verona/Itália,
2005. Acervo e fotografia: Julio Posenato. (GASPARINI,
2008, p.39)
Apesar de terem utilizado materiais diferentes e novas técnicas de construção, como por
exemplo, o estuque8, podemos perceber a e semelhança entre as duas cidades. A igreja
ocupa lugar de destaque em ambas e representava uma referência e o auxílio espiritual
para a população da cidade. As ruas estreitas e os casarões de dois andares próximos uns
dos outros, em alguns casos com pequenas varandas, completam a paisagem.
(GASPARINI, 2008, p.39).
8 Técnica que utiliza madeira trançada preenchida com barro, para construir paredes.
5
Esta reprodução tão fiel de uma paisagem urbana tipicamente italiana e da casa
semelhante à antiga, em terras brasileiras, pode até ter sido algo inconsciente, ou
simplesmente a reprodução do único padrão arquitetônico que conheciam, mas com
certeza ajudou a reconstruir a identidade cultural e contribuiu para a adaptação no novo
território.
Posenato (1997) confirma este pensamento, quando comenta sobre a casa dos
imigrantes: “A casa tornou-se um monumento (ainda que inconsciente) à auto-
afirmação individual. Em sua imponência e semelhança à tradição italiana, simbolizava
a euforia pela propriedade da terra e o orgulho pela liberdade, vivida em plenitude.”
(POSENATO,1997, p.66).
As características morfológicas do relevo do norte da Itália, caracterizado por
montanhas e vales, que se assemelha à paisagem encontrada em Santa Teresa foi mais
um fator decisivo na constituição da nova paisagem.
Vista da comunidade de Caoria, Trento/Itália,
1988. Acervo de Sandra Gasparini (GASPARINI, 2008,
p.25).
Vista do centro de Santa Teresa/ES, 2004, Acervo e fotografia: J.A.
Ferrari (GASPARINI, 2008, p.25).
Nos dois casos tem-se a impressão que estas cidades foram cuidadosamente encaixadas
no relevo, cercadas por íngremes montanhas cobertas de vegetação. Posenato (1997,
p.140) confirma que: “A planta de Santa Teresa não apresenta a retícula ortogonal
6
própria de sua época de implantação, mostrando-se em sua configuração livre, muito
semelhante às pequenas cidades da Itália do norte.” (POSENATO, 1997, p.140).
As semelhanças arquitetônicas estão presentes também nas comunidades rurais, onde
encontramos igrejas e sítios com moradias e construções que são um reflexo da
identidade italiana mantida nestas terras, fruto do processo de reterritorialização vivido
pelos imigrantes italianos. Esta arquitetura traz as lembranças das terras de origem e
mantém viva e presente a história da imigração neste município (MUNIZ, 2008, p. 131-
2).
Casa rural, construída no início do século XX, na comunidade de Nova Valsugana, Santa Teresa/ES (2012). Fonte: Scalzer, 2012.
Tanto na zona urbana, quanto nas áreas rurais de Santa
Teresa o padrão arquitetônico dos tempos da imigração
italiana não é mais reproduzido, no entanto, os antigos
casarios são marcas identitárias e de auto-afirmação de um povo que reproduziu a partir
de suas próprias memórias, um pouco da Itália nas serras de Santa Teresa/ES.
A arquitetura como uma forma de expressão da identidade italiana
Os casos de conflitos envolvendo valores culturais formadores de uma identidade
nacional se chocam com a identidade nacional de destino, exigindo adaptações
frequentes, levando ao que Hall (1998, 34-5) conceitua como sujeito fragmentado,
capaz de assumir uma multiplicidade de identidades dependendo do contexto e do
momento.
Hall ainda cita o conceito de tradução, para descrever o processo de formação da
identidade de pessoas que saíram para sempre de sua terra natal:
“Tradução: Este conceito descreve aquelas formações de identidade que
atravessam e intersectam as fronteiras naturais, compostas por pessoas que
foram dispersadas para sempre de sua terra natal. Essas pessoas retêm
fortes vínculos com seus lugares de origem e suas tradições, mas sem a
ilusão de um retorno ao passado. Elas são de um retorno ao passado. Elas
7
são obrigadas a negociar com as novas culturas em que vivem, sem
simplesmente serem assimiladas por elas e sem perder completamente suas
identidades. Elas carregam os traços das culturas, das tradições, das
linguagens e das histórias particularidades pelas quais foram
marcadas.”(HALL,199,:p.88-9).
No caso dos imigrantes italianos que fundaram Santa Teresa, não foi necessário que eles
renunciassem a seus hábitos e costumes, devido à mudança de local. Sendo assim os
imigrantes tiveram a possibilidade de manter muitas das suas tradições e puderam a
reproduzir parte da configuração urbana e territorial do norte da Itália, transformando o
espaço frequentemente relatado como ‘vazio’, onde só havia mata virgem, em seu novo
território.
A reprodução de uma arquitetura semelhante a da pátria-mãe, pode ser a representação
de um ícone de referência cultural nos processos de reterritorialização e no
estabelecimento e fortalecimento de laços identitários no novo território. Estes traços da
arquitetura presentes na cidade de Santa Teresa, assim como nas sociedades tradicionais
citadas por Hall, são símbolos de uma história de lutas e conquistas, muito valorizada
pelos descendentes dos imigrantes que fundaram a cidade.
Hall (1998, p.14) diferencia as sociedades modernas das tradicionais citando Antony
Giddens, argumentando que o passado e seus símbolos são valorizados pelas sociedades
tradicionais, pois perpetuam a experiência das gerações anteriores. As tradições serão
então, um artifício para lidar como o tempo e o espaço, pois dão continuidade às
experiências do passado.
Portanto, as paisagens moldadas pelos imigrantes são hoje parte integrante de uma
identidade regional, que se perpetua não apenas na arquitetura, mas também nos
valores, costumes e nas tradições italianas que podem ser observadas em uma cidade,
onde seus habitantes se orgulham de suas origens.
A reprodução de um território semelhante ao de suas origens pode ser entendida
também como um meio de retornar práticas de sociabilidade e do cotidiano dos
moradores. No deslocamento as redes sociais se pulverizam e se desfazem. Então a
reprodução paisagística e arquitetônica tornou-se, um meio de amenizar o
8
estranhamento não só em relação à nova pátria, mas também em relação às novas
relações sociais, que inclusive começam a ser moldadas na própria edificação da cidade.
A igreja, o local da praça, das casas comerciais e a natureza ao redor acabam por
reforçar antigos traços de uma cidade com imagem dupla: aquela que está na lembrança
na Itália e, uma outra, que embora fique muito parecida com esta, ainda não possui as
mesmas redes e fluxos.
Na busca da formação e organização das redes sociais, as famílias e até os antigos
vizinhos procuravam morar próximos na nova cidade, pois manter as referências da
vizinhança era muito importante e a proximidade contribuía para a humanização. A
igreja permanecia como referência, e de suma importância no socorro nas necessidades
e o agrupamento nas festas religiosas e civis, reproduzindo assim as antigas redes
sociais existentes no passado. (GASPARINI, 2008, p.39)
Aos poucos os esforços dos imigrantes se concretizam, transformando, segundo o
pensamento de Raffestin (1993, p.143-4), o espaço em território, uma vez que ao
apropriarem-se do espaço os atores envolvidos projetaram seu trabalho na construção da
nova cidade, deixando presentes suas marcas identitárias.
Mais do que reproduzir uma paisagem semelhante à de origem, reproduzir as tradições
era fator preponderante na reconstrução da identidade. Tradições que em parte, ainda
são reproduzidas como fator de confirmação da identidade regional e na valorização de
sua história. No entanto, não podemos afirmar que exista uma identidade unicamente
italiana, mas uma identidade que foi negociada, associando a cultura da pátria-mãe aos
costumes da nova pátria.
Da mesma forma, as novas gerações de descendentes articulam traços da identidade
cultural herdada com as novas tendências da globalização, no que Hall (1998, p.77-8)
chama de uma articulação entre o local e o global.
Podemos assim considerar Santa Teresa como uma cidade com identidade
originalmente italiana, que apesar de estar inserida na nova sociedade globalizada,
9
seguindo o pensamento de Haesbaert (2004), continua resignificando o território
funcional em território simbólico, este, fundamental para a manutenção da cultura. Uma
cultura reproduzida por uma população, que tem em suas origens a identidade italiana, e
que busca em sua história e em suas tradições a manutenção de seus valores, ou seja, de
sua identidade.
Considerações Finais
Devido aos diversos problemas enfrentados pela Itália no final do século XIX a
emigração apresentou-se como uma alternativa de vida melhor para milhares de
italianos que buscavam no Brasil a paz e terras férteis para cultivar.
Os processos de desterritorialização e reterritorialização, vivido por um grupo destes
imigrantes italianos que fundaram Santa Teresa/ES, são relatados com orgulho por seus
descendentes e as suas territorialidades são percebidas não só na arquitetura, mas
também no sabor da polenta e do agnoline dos restaurantes, e dos vinhos vendidos nas
cantinas, nas fotos de uma paisagem acolhedora. Mais do que isso a identidade desse
povo é o que os torna diferentes e proporciona brilho a uma paisagem que por si mesma,
não passaria de um espaço sem sentido. O território construído pelos imigrantes
italianos continua a ser resignificado pelos descendentes, como forma de auto-afirmação
e valorização de suas origens.
Após quase 140 anos da imigração em Santa Teresa/ES, a arquitetura italiana é
raramente reproduzida nas novas moradias dos bairros da cidade, no entanto, o charme
do casario do centro da cidade é valorizado como marca de italianidade e da identidade
regional. Uma considerável parte desse casario abriga hoje, cantinas, bares, restaurantes
e lojinhas de produtos caseiros e artesanais típicos da cultura trazida pelos imigrantes
italianos.
Nos finais de semana e feriados, principalmente no inverno, quando o clima com
temperaturas menores torna-se um atrativo a mais, a cidade é visitada por muitos
turistas, que caminham pelas ruas estreitas da cidade em busca dos sabores e de uma
paisagem que lhes apresente uma italianidade. Ao mesmo tempo, as casas e cantinas
10
com as plaquinhas de vende-se vinhos e agnoline, estão à espera desses turistas, que ao
irem embora da cidade querem levar para casa um pouco da cidade e de seus sabores.
É importante ressaltar ainda que, a relação entre o espaço transformado em território,
pelos imigrantes italianos e seus descendentes, reproduzindo uma configuração urbana
que lhes era familiar a sua terra de origem, associada à manutenção das tradições
religiosas e culturais, foram importantes artifícios no processo de reterritorialização e
(re)construção das territorialidades. Viver em uma cidade com paisagem semelhante à
de suas origens, representou um auxilio ao imigrante italiano na construção dos
sentimentos de familiaridade e pertencimento ao novo território. As territorialidades
que os grupos sociais exercem sobre uma área atuam criando propriamente o território
(SACK, 1986, p.21-2). As territorialidades citadas foram de grande importância para a
construção e manutenção de uma identidade “italiana” em Santa Teresa/ES.
Podemos afirmar, então, que a cidade de Santa Teresa/ES como “qualquer território é
um produto histórico de processos sociais e políticos” (LITTLE, 2002, p.3). E a
identidade originalmente italiana foi, em grande parte, responsável pela configuração
urbana desta cidade.
Fontes:
Alcebiades Feller, entrevista concedida a Simone Zamprogno Scalzer, 07/04/2012.
http://www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm?1 acesso em 20/05/12.
http://www.portal-st.com.br/Listar_Lojas.asp?codigo_loja=209 acesso em 20/05/12.
http://www.santateresa.es.gov.br/ acesso em 30/05/12.
Referências:
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italiana no Brasil. Volume II. Porto Alegre, p.241-259, 1990.
BUSATTO, Luiz. Nomes e Raízes Italianos. Vitória: 2010.
11
DERENZI, Luiz Serafim. Os italianos no estado do Espírito Santo. 1. ed. Rio de
Janeiro: Artenova, 1974.
GASPARINI, Sandra. Santa Teresa: Viagem no Tempo 1873-2008. Santa Teresa:
2008.
HAESBAERT, Rogério. Dos Múltiplos Territórios à Multiterritorialidade. Porto
Alegre, 2004.
HAESBAERT, Rogério. O Mito da Desterritorialização: Do “Fim dos Territórios” à
Multiterritorialidade. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2007.
HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro: DP&A,
1998.
LITTLE, Paul E. Territórios sociais e povos tradicionais no Brasil: Por uma
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MUNIZ, Maria Izabel Perini. Cultura e arquitetura: a casa rural do imigrante italiano
no Espírito Santo. Vitória: Flor&cultura, 2009.
POSENATO, Júlio. Arquitetura da Imigração Italiana no Espírito Santo. Porto
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RAFFESTIN, Claude. Por uma Geografia do Poder. São Paulo: Editora Ática, 1993.
SACK, Robert David. Territorialidade Humana: sua teoria e história. Cambridge:
Cambridge University Press, 1986.