a concepção retórica da obra de darwin

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Exame de qualificação de doutorado TÍTULO: “A constituição retórica da obra de Darwin: biologia, filosofia e divulgação científica” CANDIDATO: GUSTAVO PIOVEZAN DATA: 16/12/2013 HORÁRIO: 14 horas LOCAL: Auditório do Departamento de Matemática 2º andar do bloco F67 BANCA EXAMINADORA: Profa. Dra. Luzia Marta Bellini – UEM (Orientadora) Profa. Dra. Karla de Almeida Chediak - UERJ Profa. Dra. Ana Carolina Krebs Pereira Regner - UNISINOS Profa. Dra. Cristina de Amorin Machado - UEM Prof. Dr. Ourides Santin Filho - UEM Profa. Dra. Fúlvia Eloá Maricato – UEM (Suplente) Prof. Dr. Jozimar Paes de Almeida – UEL (Suplente) “FICAM CONVIDADOS TODOS OS INTERESSADOS”

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Page 1: A Concepção Retórica Da Obra de Darwin

Exame de qualificação de doutorado

TÍTULO: “A constituição retórica da obra de Darwin: biologia, filosofia e divulgação científica”

CANDIDATO: GUSTAVO PIOVEZAN

DATA: 16/12/2013

HORÁRIO: 14 horas

LOCAL: Auditório do Departamento de Matemática 2º andar do bloco F67

BANCA

EXAMINADORA:Profa. Dra. Luzia Marta Bellini – UEM (Orientadora)

Profa. Dra. Karla de Almeida Chediak - UERJProfa. Dra. Ana Carolina Krebs Pereira Regner - UNISINOS

Profa. Dra. Cristina de Amorin Machado - UEMProf. Dr. Ourides Santin Filho - UEM

Profa. Dra. Fúlvia Eloá Maricato – UEM (Suplente)Prof. Dr. Jozimar Paes de Almeida – UEL (Suplente)

“FICAM CONVIDADOS TODOS OS INTERESSADOS”

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A CONSTITUIÇÃO RETÓRICA DA OBRA DE DARWIN

Título do projeto: A constituição retórica da obra de Darwin: seleção sexual, biologia, filosofia e divulgação científica

  

Palavras-chave: Biologia, Epistemologia, Evolução, Divulgação Científica, Retórica.

 

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Objetivos:

• Analisar os argumentos de Darwin sobre os conceitos evolutivos de seleção natural e seleção sexual•  Identificar  estruturas  de  linguagem  que  permitem  a  elaboração  de  uma imagem de realidade• Investigar o desenvolvimento histórico da noção de seleção sexual•  Analisar  as  figuras  e  argumentos  retóricos  no  discurso  científico  (seleção sexual) em ecologia comportamental•  Analisar  aspectos  pedagógicos  do  pensamento  darwinista  no  contexto  de divulgação  científica,  identificando  recursos  e  efeitos  retóricos  do  discurso evolutivo contemporâneo.

A CONSTITUIÇÃO RETÓRICA DA OBRA DE DARWIN

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A CONSTITUIÇÃO RETÓRICA DA OBRA DE DARWIN

Justificativas

• O conceito de seleção sexual foi desenvolvido em paralelo ao de seleção natural e ficou esquecido no pensamento evolutivo durante quase 150 anos. Apenas na segunda metade do século passado, após os anos 1960, é que se tornou objeto de pesquisa na comunidade científica. Hoje, segunda década do século XXI, a teoria é “a menina dos olhos” dos evolucionistas.

• A linguagem da biologia é suscetível a analogias e metáforas calcadas na existência humana. Neste sentido, por se tratar de sexo, o conceito recebeu críticas (haja vistas ao contexto espaço-temporal no qual foi produzido) e argumentos ad hoc (em função de sua não rigidez lógico-matemática), respectivamente, com a finalidade de refutar e manter seu funcionamento.

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Metodologia: retóricaChaim Perelman, 1964.

“Enquanto a poesia e a literatura tem total liberdade ao realizar suas metáforas, as ciências  são  regidas pelo pensamento  lógico-matemático,  facto esse que  limita a criação de um modelo analógico.” 

P. Ex., Descartes: homem máquina, analogia ao relógio

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A CONSTITUIÇÃO RETÓRICA DA OBRA DE DARWIN

Introdução:A obra Origem das espécies foi traduzida, ainda em vida de Darwin: • ao alemão em 1860, • ao francês em 1862, • ao russo e ao italiano em 1864, • ao suéco em 1869, • ao dinamarquês em 1872, • ao polaco e ao húngaro em 1873, • ao espanhol em 1877,  • e ao sérvio en 1878.

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• Há uma dupla função da analogia em Darwin: 1.  introduzir uma lei geral  - lógica.2. mostrar seus aspectos de verdade - retórica. 

•  A  analogia  conduz  o  leitor  à  aceitação  da  teoria  por  meio  de  um argumento quase-lógico de comparação.

Divisão lógica (MAYR, 20010; CAPONNI, 2012):

I. Núcleo teórico: capítulos I-IVII. Respostas a possíveis objeções: V, VI e IXIII. Consequências teóricas: VII, VIII, X-XV

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O pathos – o público de Darwin

• A obra foi dirigida aos naturalistas• A elite intelectual não era composta por cientistas, apenas• A ciência, como produto de mercado, estava a germinar nesse período•  O  conhecimento  não  era  laboratorial  –  criadores,  amadores, professores, viajantes...• A variabilidade era um fenômeno conhecido.

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• Entre 1845-1880 há mais de 300 cartas que contém informações sobre pombos.

• Entre 1855-1868 tem-se o período de maior interesse, com cerca de 260 cartas.

• Tegetmeier, W. B.  64  • Weir J. J.     5• Eyton, T. C.     6 •Gray, Asa                    4• Fox, W. D.  16• Wallace, A. R. 3• Lyell, Charles  16• Hooker, J. D.  13• Hooxley, T. H.  11

• 1 – columba livia• 2 – english pouter

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31 de agosto de 1855, escreveu a Tegetmeier:

“Tenho ponderado sobre sua oferta de me ajudar  com  os  cadáveres  de  algumas  das boas aves Domésticas...”

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Em 26 de novembro de 1855, escreveu a Thomas Campbell Eyton:

“Já que  teve enorme experiência no preparo de esqueletos, rogo-lhe a gentileza de se empenhar em me fornecer algumas informações. Mas devo dizer-lhe  de  antemão  que  andei  preparando alguns e que, ao retirar o corpo da água, o cheiro era  tão  pavoroso  que  me  fez  vomitar terrivelmente...”

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•Em retórica, durante a elaboração de um discurso, há presunções que firmam um acordo entre o orador e o auditório. 

O argumento dos pombos carrega um caráter de unviersalidade que contribui para a estrutura da lei 

científica em evolução.

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A metáfora luta foi extraída do texto de Malthus, de 1798.

1. A população cresce em progressão geométrica2. Os alimentos crescem em progressão aritmética

3. Há uma desigualdade natural entre os poderes populacional e de produção alimentícia

4. Os homens naturalmente necessitam de alimentos à sua existência5. O efeito desse dos dois poderes precisam ser mantidos

6. É necessario um controle operacional na população com base na dificuldade de subsistência

7. A dificuldade de subsistência afetará a humanidade; as consequências são miséria e vícios.

Deduz-se então:A. Não é possível uma sociedade onde os homens tenham todos eles uma vida

tranquila, felizes e com um ócio relativo

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O raciocínio lógico, expresso em leis matemáticas traduz-se na equação da dinâmica de polulações:

N(t+Δt) = N(t) + r Δt N(t) 

Onde N é o número de indivíduos no instante t+∆t, o qual por sua vez correlaciona-se ao número original de 

indivíduos em N(t) somado ao número da prole resultante de r Δt N(t).

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O modelo de Malthus não compreende a natureza em sua complexidade. 

Ao assumir r como uma constante taxa de crescimento populacional, desconsideram-se significados biológicos ali incutidos. 

Ele ignora elementos:distribuição etária, as variações em taxas de natalidade e mortalidade decorrentes do meio no qual aquela determinada população se encontra. 

Entretanto, carrega em si um caráter quase-lógico que confere aspectos de verdade

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A CONSTITUIÇÃO RETÓRICA DA OBRA DE DARWIN

Os argumentos quase-lógicos possuem uma aparência demonstrativa. 

A força persuasiva – lógica e matemática

Natureza formal -  homogeneidade de raciocínio, universalidade

Reduções – inserção de dados no esquema

Conforme afimam Perelman (1997), o que caracteriza esse essa argumentação é sua natureza “não-formal e o esforço mental de que 

necessita sua redução ao formal”. Essa redução aos esquemas se dá em dois pontos: as entidades argumentativas, os termos do discurso; e a 

estrutura quase-lógica à qual tem seu correspondente.

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A analogia em Darwin ajuda a justificar sua teoria de 3 maneiras:

1. dispositivo polêmico para atrair seus leitores. Introdução de novos tipos de problemas e resolução destes no contexto artificial. 

2. inferir que o resultado da natureza ao fazer seleções durante muitas gerações seria uma modificação significativa. Fundamenta essa ideia no pressuposto seleção artificial

3. Darwin aumentou o poder explicativo de sua teoria por inferir que as tendências produzidas por seleção artificial devem ter seus corolários na natureza.

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Darwin e a analogia:

Recurso à autoridade - Gray, Lyell, Hooker e membros de uma comunidade científica. Argumentos pelo exemplo - uma discussão sobre o intercruzamento de indivíduos e a produção de novas formas a partir da seleção natural. 

Todo o núcleo teórico segue na forma de um argumento quase-lógico. 

 

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A CONSTITUIÇÃO RETÓRICA DA OBRA DE DARWIN

Darwin e a analogia:

1. Sabia que suas ideias se chocariam com a explicação metafísica dada pela religião

2. Os pombos seriam o melhor argumento para alcançar um grande público. 

3. Os animais domésticos foram elementos materiais, um fato dado da experiência, serviram de exemplo 

universal na estruturação de uma realidade por meio da qual uma comunhão de espíritos foi criada com o leitor. 

 

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A noção de artificial teve seu fundamento na experiência e, acrescida da luta pela sobrevivência, 

permitiu com que o fenômeno por ela expresso pudesse ser explicado de modo semelhante na natureza. Assim, a função retórica, pedagógica e persuasiva da analogia cumpriu seu papel em um esquema quase-lógico de pensamento. Foi um artifício da razão argumentativa que contribuiu para a caracterização dos aspectos de 

verdade que a teoria evolutiva apresentava aos leitores. Na metáfora do teatro, foi ela quem realizou a peça 

encenada em a Origem. 

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Durante  muitos  anos  pareceu-me  altamente provável  que  a  seleçao  sexual  teve  um  papel importante  na  diferenciação  das  raças  humanas; mas  no  meu  livro  A origem das espécies contentei-me  em  fazer  uma  breve  alusão  a  esta ideia. Apenas quando comecei a aplicar esta visão ao  caso  do  Homem,  pereceu-me  indispensável tratar  o  assunto  em  toda  a  sua dimensão e  com todo o detalhe (Darwin, 2009, p. 25).

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Após a publicaçao de Origin, os dez anos que se seguiram à primeira edição foram de  intenso debate. O ponto mais alto do debate teve como objeto o homem, o mais complexo dos seres. Nesse sentido, uma tradição iniciou-se em 1863, com Lyell e Hooker, respectivamente, em The geological evidence of the antiquity of man  e Man’s place in nature;  seguido  por Wallace,  em 1864,  com  The origin of human races deduced from the theory of natural selection; Vogt, também em 1864, com Vorlesungen über den Menschen (no inglês, Lectures on man); Lubbock, em 1865, com Prehistoric times; Rolle, em 1865,  com Man in the light of darwinian teaching; Haeckel, em 1866,  com General morphology;  Büchner,  em  1868,  com  Conferences on darwinian theory; e Haeckel também, em 1868, Natural history of creation. 

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Na  primeira  parte,  os  dois  primeiros capítulos fornecem evidências sobre a origem  do  homem.  A  discussão  da obra  é  reflexão  sobre  a  natureza  das evidências  que  permitem  afirmar  a origem  do  homem.  Os  fatos  têm  seu respectivo  suporte  na  observação  da matéria  e  apresentam-se  em  três pontos  de  correspondência:  (i)  a estrutura física do homem; (ii) as fases de  desenvolvimento  embrionário;  e (iii)  e  existência  de  rudimentos (DARWIN, 2009). 

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A  utilização  de  imagens  foi  outro  recurso  retórico.  Esse  elemento  em conjunto com o texto era uma novidade tecnológica na indústria editodiral. 

Darwin utilizou essas tecnologias e imprimiu figuras de um embrião humano e um embrião de um cão como um  indicadores  factuais da mesma origem ancestral (Figura 1); 

Uma orelha humana, indicando um rudimento (Figura 2); 

Uma  fotografia  de  um  feto  de  orangotango,  cujo  intento  foi  mostrar  o desenvolvimento das orelhas e fortalecer com dados empíricos o argumento sobre os rudimentos (Figura 3).

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Recursos retóricos em imagens

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Referências  AYRES, José Ricardo Carvalho Mesquita. Práticas educativas e prevenção de HIV/Aids: lições aprendidas e desafios atuais. In: Revista Interface, v. 6, n. 11, p. 11-24, 2002. BRETON, Philippe. A argumentação na comunicação. Tradução de Viviane Ribeiro. Bauru: EDUSC, 2003. BROWNE, E. Janet. Charles Darwin: o poder do lugar. Sao Paulo: Aracati/Editora Unesp, 2011. BROWNE,  Janet.  A origem das espécies de Charles Darwin:  uma  biografia.  Tradução  de  Ana  Falcão Bastos e Cláudia Brito. Lisboa: Gradiva, 2008. BUTLER,  Judith  P.  Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade.  Tradução  de  Renato Aguiar. Rio de Janeiro: Civilização, 2008. CAPONI,  Sandra.  Da  herança  à  localização  cerebral:  sobre  o  determinismo  biológico  de  condutas indesejadas. In: PHYSIS: Revista de Saúde Coletiva. Rio de Janeiro, v. 17, n.2, 2005. CHEDIAK, Karla. Filosofia da biologia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2008. DARWIN, C. R. Cartas. In: http://www.darwinproject.ac.uk

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A CONSTITUIÇÃO RETÓRICA DA OBRA DE DARWINDE WAAL, Frans. Eu primata: por que somos como somos. Tradução Laura Teixeira Motta. São Paulo: Companhia das letras,  2007. ______________. A era da empatia:  lições  da  natureza  para  uma  sociedade mais  gentil.  Tradução Rejane Rubino. São Paulo: Companhia das letras, 2009. ______________.  Primates and philosophers,  how  morality  envonved.  New  Jersey:  Princenton University Press, 2006. FISCHER, Alec. A lógica dos verdadeiros argumentos. São Paulo: Novo Conceito Editora, 2008.  FOUCALT, Michel. História da sexualidade I: a vontade de saber. Tradução de Maria Thereza da Costa Albuquerquer e J. A. Guilhon Albuquerque. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1988. FOX KELLER, Evelyn.O século do gene. Belo Horizonte: Crisálida. 2002. GOULD, Stephen Jay. O polegar do panda: reflexões sobre história natural. Lisboa: Gradiva, 2002. HAACK, Susan. Filosofia das lógicas. São Paulo: Editora UNESP, 2002. HENIG,  R.M. O monge no jardim, o gênio esquecido e redescoberto de Gregor Mendel, o pai da genética. Tradução: Ronaldo Rogério de Biasi. Rio de Janeiro: Rocco, 2001 

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A CONSTITUIÇÃO RETÓRICA DA OBRA DE DARWIN

HODGE,  Jonathan.  Darwin’s  book:  On  the  Origin  of  species.  In:  Science & Education. October 2012.  HODGE, M.  J.  S.  Capitalist  contexts  for  Darwinian  theory.  In:  Journal of the History of Biology. 42, 399–416, 2009. HULL,  David.  Deconstructing  Darwin:  evolutionary  thory  in  context.  In:  Journal of the History of Biology, 38, 137–152, 2005. KATO, Lilian & BELINI, Marta. Atribuição de significados biológicos às variáveis da equação logística: uma aplicação do cálculo nas ciências biológicas. In: Ciência & Educação, v. 15, n. 1, p. 175-88, 2009. KUHN, T.S. A Estrutura das Revoluções Científicas. 5a. ed. São Paulo: Perspectiva, 1998.LEAL, Halma M.; REGNER, Anna Carolina K. P. A racionalidade em na origem das espécies. In: Principia, 3, 2, 1999. LEWONTIN,  R.C.;  ROSE,  S.;  KAMIN,  L.  J.  Genética e política.  Tradução  de  Inês  Busse. ________: Europa-América, 1987.

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A CONSTITUIÇÃO RETÓRICA DA OBRA DE DARWIN

 LOURO, Guacira  Lopes. O corpo educado:  pedagogias  da  sexualidade.  Belo Horizonte: Autêntica, 1997. MALTHUS, Thomas Robert (1798): Primer ensayo sobre la población versión en español. de Ediciones Altaya S.A., Barcelona, 1997. MARTINS,  Roberto  de  Andrade.  A  origem  dos  pombos  domésticos  na  estratégia argumentativa de Charles Darwin.  In: Filosofia e História da Biologia,  v. 7, n. 1, p. 91-116, 2012. MAYR,  E.  Toward a new philosophy of biology.  Cambridge:  Harvard  University  Press, 1988.

PERELMAN, C. Retóricas. Sao Paulo: Martins Fontes, 1997. PERELMAN, C.; OLBRECHTS-TYTECA,  L. Tratado da argumentação: a nova  retórica.  São Paulo, Martins Fontes: 1999. 

 

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A CONSTITUIÇÃO RETÓRICA DA OBRA DE DARWIN REBOUL,  O.  Introdução à retórica.  Tradução  de  Ivone  Castilho  Benedetti.  São  Paulo: Martins Fontes, 1998 RIBEIRO, Moneda Oliveira. A sexualidade segundo Michel Foucault: uma contribuição para a enferemagem. In: Revista Escola de Enfermagem. São Paulo, v.33, n.4, 1999. ROSSI,  P. O nascimento da ciência moderna na Europa.  Tradução de Antonio Angonese. Bauru: EDUSC, 2001. SCOTT Joan. Gênero: uma categoria útil para a análise histórica. In: Educ Real. v. 20; n. 2; 1995. SHAPIRO, M. D., et al. Genomic diverity and evolution of the head crest in the rock pigeon. In: Science, 1, 1063-1067, 2013.  STEPAN, Nancy Leys. A hora da eugenia: raça, gênero e nação na América Latina. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2005. WATSON,  James  D. DNA: o segredo da vida.  Tradução  de  Carlos  Afonso Malferrari.  São Paulo: Companhia das Letras, 2005.