a comunicação na república velha

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A comunicação na República Velha 1889-1930 Texto-base: PINTO, Virgílio Noya. Comunicação e Cultura Brasileira. 5.ed. São Paulo: Ática, 1999.

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Page 1: A comunicação na república velha

A comunicação na República Velha

1889-1930

Texto-base: PINTO, Virgílio Noya. Comunicação e Cultura Brasileira. 5.ed. São Paulo: Ática, 1999.

Page 2: A comunicação na república velha

Mudanças mundiais, mudanças brasileiras...

Europa e Estados Unidos: revolução técnica e crescimento da industrialização;

Telégrafo ganha espaço; telefone facilita o contato e troca

de informações; experiências cinematográficas; imprensa como empresa capitalista; propaganda estimula o consumo;

Page 3: A comunicação na república velha

Primeiros automóveis; Países industrializados: Inglaterra,

Estados Unidos, França e Alemanha (põem em evidência o atraso do Brasil – monocultura do café);

Page 4: A comunicação na república velha

Brasil

País cafeicultor; Estrutura se transformou após a

abolição da escravatura; Emigração européia (para suprir a

mão-de-obra); Diferenças sul-nordeste; Aumento demográfico: urbanização,

industrialização, classe média e proletariado.

Page 5: A comunicação na república velha

Meios de Comunicação e Censura

Até 1922 a imprensa era o único MCM;

Devido a sua importância, um dos primeiros atos da República foi estabelecer a censura (1889/1890);

A Constituição de 1891 assegurava a liberdade de imprensa, mas os mecanismos de controle sempre estiveram presentes: vários momentos de estados de sítio.

Page 6: A comunicação na república velha

No início da República, o quadro da imprensa não se modifica muito;

Aos poucos, no século XX, ganha status de empresa capitalista, permitindo modernização tecnológica = os periódicos tornam-se mais estáveis;

As grandes cidades passam a ser dominadas pela grande imprensa (desaparecendo os pequenos jornais)

Page 7: A comunicação na república velha

A grande imprensa passa a se ligar com a política, principalmente nas campanhas eleitorais;

Desenvolvimento da imprensa operária (crescimento das classes trabalhadoras e sindicatos);

Anarquismo como mola propulsora da organização dos trabalhadores (greves em SP e RJ);

Page 8: A comunicação na república velha

Aparecimento de revistas destinadas à classe média urbana, como A Revista da Semana (1901), Kosmos (1904), A Cigarra (1913), Revista do Brasil (1916);

Em 1910, criação da revista infantil Tico-Tico;

Característica dos periódicos: presença da ilustração (fotos, desenhos e caricaturas) = importância do visual.

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Propaganda ganha cada vez mais espaço nos periódicos, tornando-se fonte de renda;

Lançados produtos em propagandas em cores;

Primeira agência de Publicidade: Eclética (1914). Em 1918, em SP, já existiam mais quatro;

Rol de clientes: muitas empresas estrangeiras (Bayer, Colgate-Palmolive, General Motors, Mercedes-Benz, Gessy-Lever, Nestlé)

Em 1926, a GM do Brasil instala um departamento de propaganda para automóveis e caminhões.

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Fato importante: introdução do automóvel (primeiro em SP, em 1893, e, quatro anos depois, no RJ, pilotado pelo jornalista José do Patrocínio).

Curiosidade: em 1908, a primeira viagem entre Rio-São Paulo durou 34 dias!!!! Isso demonstra o estado das estradas brasileiras na época. Em 1920, Washington Luís assumiu o governo de São Paulo com o lema “governar é construir estradas”.

Page 13: A comunicação na república velha

EUROPA e EUA

Estados Unidos tornaram-se o maior comprados de café do Brasil, junto com a influência econômica veio a cultural (mesmo que a influência francesa ainda era hegemônica);

Uso do inglês entre as elites; Abertura de filial da Editora W.M.

Jackson de Nova Iorque;

Page 14: A comunicação na república velha

A guerra entre 1914 e 1918 foi decisiva para mudar o eixo Brasil-Europa para Brasil-EUA;

Isolado da Europa o Brasil teve que acelerar sua industrialização para suprir as suas necessidades;

O que não era possível produzir, ia-se buscar nos Estados Unidos;

Ficou ainda mais dependente quando, no pós-guerra, recorreu aos Estados Unidos para empréstimos;

Criação da indústria de papel (Klabin e Weiszflog)

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Surge o escritor e empresário Monteiro Lobato (fundador da Revista do Brasil);

Problema social e de comunicação: analfabetismo;

Essa situação explica o sucesso do cinema e do rádio no Brasil;

Page 16: A comunicação na república velha

CINEMA E RÁDIO

Cinema mudo foi um grande meio de comunicação de massa no Brasil;

Na década de 20, o cinema já era o mais importante meio de diversão urbana;

Construção de luxuosas e modernas casas de espetáculo e importação de filmes norte-americanos.

Page 17: A comunicação na república velha

A radiodifusão estreou no Brasil na abertura da Exposição do Centenário da Independência, em 1922, no Rio de Janeiro;

Discurso do presidente Epitácio Pessoa foi ouvido no recinto da exposição, em Niterói, Petrópolis e em São Paulo).

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Mas foi com a inauguração da Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, em 1923, por iniciativa de Roquette Pinto, que começou a proliferação de emissoras;

Os efeitos foram mais sentido a partir da década de 30;

O alto custo dos aparelhos receptores restringiu a utilização dos mesmos;

Tradição brasileira: reunir-se, no serões, junto ao aparelho de vizinho, amigo ou parente;

Outra restrição foi a expansão da eletricidade (que estava ocorrendo a passos lentos)

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ALTERANDO O GOSTO BRASILEIRO

Essa nova realidade começa a alterar a sensibilidade brasileira;

Academia Brasileira de Letras; Da experiência de Euclides da Cunha

como repórter enviado pelo jornal O Estado de S. Paulo para fazer a cobertura da guerra dos Canudos, surgiu uma das obras mais importantes da literatura brasileira: Os sertões (1902);

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ANOS EXPLOSIVOS

A partir dos anos 20, começam vários movimentos de revoltas em função de contradições: Semana de Arte Moderna (novas perspectivas na arte e no pensamento), Coluna Prestes, e tantas outras manifestações;

Como mono-exportador de café, o Brasil estava vulnerável as crises mundiais, sendo a maior delas em 1929;

Em 1930 o presidente Washington Luís foi deposto e assume, em caráter provisório, Getúlio Vargas.