brasil república velha

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Resumo Brasil República Velha

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Page 1: Brasil República Velha
Page 2: Brasil República Velha

A República da Espada teve seu início após o fim da monarquia, foi o período

quando os militares lideraram o país entre os anos de 1889 a 1894.

Neste período, foram tomadas algumas decisões de grande importância para o povo

brasileiro. Como por exemplo, a separação oficial entre Igreja e Estado.

As figuras chaves da época foram os marechais Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto.

Page 3: Brasil República Velha

Os militares pretendiam instaurar um modelo político hierárquico que estabelecesse a ordem no país. Deodoro da Fonseca já

mantinha essa rigidez militar quando era Ministro da Guerra durante a Guerra do Paraguai, no governo de D. Pedro II.

Ele separou o Estado da Igreja, renovou cargos políticos, reformulou o Código Penal e Criou o registro civil de nascimento e

casamento, que antes eram atribuições da Igreja Católica.

O Marechal Deodoro da Fonseca foi o primeiro presidente do Brasil após a

Proclamação da República em 15 de novembro de 1889.

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Porém, ele era inexperiente e acabou comprometendo a economia nacional com uma política monetária que ficou

conhecida como ‘encilhamento’.

Apesar das grandes mudanças em relação ao regime monárquico, Deodoro da Fonseca não

dispunha de muita habilidade para negociações políticas.

Rui Barbosa era o ministro da fazenda e tinha

a confiança de Deodoro para alavancar a economia do país pós-monarquia.

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O programa dividiu o país em três grandes regiões bancárias autorizadas a emitir dinheiro, cuja garantia eram títulos da dívida

pública. O governo terminou autorizando outros bancos a emitirem papel-moeda, criando um volume de dinheiro circulante

muito além do que o país necessitava.

Encilhamento foi o nome dado a política econômica que incentivava à emissão de

papel moeda.

O efeito dessa medida foi a desvalorização do mil reis, e uma alta

na inflação. A desvalorização da moeda levou ao fechamento de muitas

empresas e à falência de investidores.

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O encilhamento incentivou, ainda que de maneira limitada, a industrialização brasileira.

Ao mesmo tempo, o fracasso dessa política econômica fortaleceu o setor primário e às posições defendidas pelos grandes fazendeiros.

No mercado de ações, a intensa especulação marcou o período do encilhamento. Muitas empresas-fantasma, que após obterem créditos fechavam suas portas, continuaram negociando suas

ações na bolsa de valores .

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Em 1891 Deodoro da Fonseca convocou uma Assembleia Constituinte para legitimar seu cargo na presidência do país.

Na Constituição, ele dividiu a República em três poderes:

Legislativo, Executivo e Judiciário e concedeu voto

universal aos homens maiores de 21 anos.

Mulheres, padres, soldados e analfabetos não podiam votar.

Houve um acúmulo especulativo e eles não conseguiram controlar o quanto o país estava

gastando e investindo no caixa.

Os preços dos alimentos elevaram e logo toda a população começou a criticar o governo.

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Diante de um cenário de crise e em boa parte por seu perfil autoritário Deodoro da Fonseca piorou suas relações com o

Congresso em novembro de 1891 ao decretar estado de sítio*.

Os cafeicultores, que estavam sendo representados na Assembleia, entraram em conflito com o presidente; e alguns

operários e trabalhadores mostraram sua revolta com a economia do país organizando uma greve na Estrada de Ferro da

Central do Brasil.

Em 23 de novembro de 1891, o presidente Marechal Deodoro da

Fonseca renunciou ao cargo após a ameaça do almirante da Custódio de Melo de bombardear a Baía de Guanabara.

* Estado de sítio é um estado de exceção, instaurado como uma medida provisória de proteção do Estado, quando este está sob uma determinada ameaça, como uma guerra ou uma calamidade pública.

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O Marechal Floriano Peixoto, que era visse de Deodoro da Fonseca assumiu em 23 de novembro

de 1891 a presidência do Brasil.

Deodoro havia deixado um país conturbado pelo fracasso da política monetária.

Para contornar a insatisfação do povo, Peixoto mandou construir

casas, diminuir os altos valores dos aluguéis e até mesmo isentar os mais pobres de pagar os impostos.

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Seu perfil populista acabou preocupando as elites do país, que

decidiram organizar um grande movimento de oposição.

Alegando que Floriano havia

desrespeitado a Constituição ao assumir o país como vice sem

eleições diretas.

O que no final das contas, era mesmo verdade.

Floriano Peixoto (1891-1984): o governo do “Marechal de Ferro”

Page 11: Brasil República Velha

Assim, os oposicionistas organizaram grandes revoltas exigindo a convocação de novas eleições. Neste contexto, surgiram dois

grandes conflitos que ganharam apoio internacional:

Revolta da Armada, no Rio de Janeiro,

Revolução Federalista, no Rio Grande do Sul.

Floriano reprimiu essas revoltas com violência, chegando a ser

denominado de “Marechal de Ferro”.

Apesar da violência e do paternalismo, que lhe deram força política, Peixoto não quis prolongar o mandato e, em 15 de novembro de 1894, foi substituído por Prudente de Morais.

Era o fim da República da Espada e o início da

Política Café com Leite.

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Foi um movimento de rebelião ocorrido em 1893 e liderado por algumas unidades da Marinha Brasileira contra o governo do

presidente Floriano Peixoto.

Causas:

Disputas entre grupos políticos no começo da República;

O fato de Floriano ter destituído todos os governadores que apoiavam Deodoro. Gerando divergências políticas;

Alguns grupos militares, principalmente da Marinha, eram contrários a ascensão política de civis, promovida pelo governo de Floriano Peixoto;

Pouco prestígio político da Marinha em relação ao Exército;

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Participantes:

Oficiais da Marinha e jovens integrantes da Marinha;

Defensores do regime monarquista.

Objetivos:

Acabar com as mudanças políticas feitas por Floriano Peixoto;

Convocação dos eleitores para eleições dos governadores;

A manutenção dos militares no poder.

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Em 13 de setembro de 1894, navios de guerra da Marinha, em posse de militares integrantes da revolta, bombardearam a cidade do Rio de Janeiro, então capital do Brasil. O governo Floriano não cedeu, organizou o Exército e resistiu à revolta. A defesa do litoral

impediu o desembarque dos revoltosos.

Após muitos conflitos armados, o governo acabou a rebelião em março de 1894.

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Disputas políticas no Rio Grande do Sul:

Partido Republicano Rio-Grandense

(PRP) - favorável ao republicanismo

positivista e apoiava o novo governo de

Júlio de Castilhos, aliado de Floriano.

Partido Federalista (PF) - defensores da maior

autonomia dos estados por meio de um regime

parlamentarista; opositores de Júlio de Castilhos.

Júlio de Castilhos

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Inconformados com a nomeação de Castilhos como

governador do Rio Grande do Sul, os federalistas liderados

por Gaspar Silveira Martins e Gumercindo Saraiva

pegaram em armas para exigir a anulação do governo

castilhista, em fevereiro de 1893.

A rápida reação das tropas governamentais acabou

obrigando os federalistas a recuarem para regiões do

Uruguai e da Argentina.

Gaspar da Silveira Martins Gumercindo Saraiva

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A Revolução Federalista, embora não tenha conquistado seus objetivos, nos mostra que a

Proclamação da República e seu sistema político não foram aceitos

de forma unânime no Brasil.

No final de 1894, o movimento federalista perdeu força. Na batalha da Lapa, no Paraná, as forças federais de

Floriano Peixoto venceram os revoltosos. Com a chegada de tropas paulistas, os federalistas tiveram que recuar.

A paz foi assinada em 23 de agosto de 1895, na cidade

de Pelotas, e selou a derrota dos federalistas.

Localização de Lapa no Paraná

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Foi o arranjo político que vigorou no período da Primeira República (mais conhecida pelo nome de República

Velha), envolvendo as oligarquias de São Paulo, Minas Gerais e o governo central para controlar o processo de

sucessão presidencial.

Estas eram as duas regiões mais ricas e populosas do Brasil

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O nome “café-com-leite” vinha do fato que:

São Paulo era o maior produtor de café e

Minas Gerais era um grande produtor de leite.

Capa - charge de Storni sobre a famosa "política do café com leite"

Page 20: Brasil República Velha

Prudente de Morais foi o primeiro presidente civil da Primeira República.

Prudente de Morais assumiu o governo federal num momento de grave crise econômica e um conflito político envolvendo os

radicais florianistas e a oligarquia cafeeira.

Ele pacificou o estado do Rio Grande do Sul e venceu a Guerra de Canudos, essas vitórias fortaleceram seu o governo e seu

mandato.

Page 21: Brasil República Velha

No final do século XIX, o Brasil era basicamente um país exportador de matérias primas e produtos agrícolas (café,

algodão, borracha, etc).

O café era o principal produto de exportação portanto, fonte de renda e divisas.

Porém, anualmente os preços do café vinham despencando

devido à concorrência internacional, enquanto a produção

interna aumentava. Mas os cafeicultores não eram

prejudicados, porque eram protegidos e amparados

economicamente pelo governo federal.

Page 22: Brasil República Velha

O governo se esforçava para estimular a expansão industrial através da concessão de financiamentos para a importação de

maquinário, e criação de taxas alfandegárias que dificultavam a entrada de produtos manufaturados estrangeiros.

As oligarquias agrárias, mas principalmente os cafeicultores, não

concordavam com a política governamental de incentivo à industrialização, pois queriam que os recursos empregados

fossem exclusivamente para o setor rural.

A inflação crescia e o dinheiro se desvalorizada rapidamente. O reajuste dos salários nunca acompanhava o aumento do custo de

vida, e isso fazia com que o poder aquisitivo e, consequentemente, a condição de vida da classe trabalhadora

piorasse.

Page 23: Brasil República Velha

O conflito político entre os militares e a oligarquia cafeicultora ameaçou seriamente o governo de

Prudente de Morais.

O presidente porém, foi hábil e cauteloso na resolução das divergências, ao implementar uma política de

pacificação e unificação das diversas correntes republicanas.

No final do seu mandato, Prudente de Morais conseguiu reverter a situação de crise política,

neutralizar a oposição e consolidar os interesses da oligarquia cafeicultora.

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Em virtude da situação precária em que vivia a população, sem terra e obrigada a se submeter aos desmandos dos coronéis. Os sertanejos se revoltaram se uniram a Antônio Conselheiro, que

pregava ser um emissário de Deus vindo para abolir as desigualdades sociais e as perversidades da República.

Page 25: Brasil República Velha

Antônio Conselheiro, entre outros devotos, propagava a salvação da alma e o povo tinha fé que seu messias os ajudariam a sair daquela

situação precária. A igreja começou a perder seus fiéis para um falso religioso, na concepção do governo, e assim ele passou a ser

malquisto pela Igreja.

No ano de 1896, o arraial de Canudos, fundado pelo Conselheiro, contava com aproximadamente 20 mil sertanejos que repartiam tudo

entre si, negociando o excesso com as cidades vizinhas, adquirindo assim os bens e produtos que não eram gerados no local.

Na verdade, Canudos se chamava Comunidade de Belo Monte e abrigava, negros, índios, sertanejos desempregados, jagunços e ex-escravos, formando uma comunidade que procurava se unir

para escapar da seca, da fome, da miséria e das condições adversas da sociedade nordestina daquela época.

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Em 1896, a força policial do tenente Pires Ferreira foi enviada pelo governo da Bahia para a primeira batalha, mas acabou derrotada

pelo grupo de Antônio Conselheiro.

Depois disso, as forças oficiais realizaram mais três ofensivas contra Canudos. Na quarta, e última tentativa, que aconteceu

entre os meses de setembro e outubro de 1897, um grupo de 6 mil homens, comandado pelo general Artur Oscar de Andrade

Guimarães, conseguiu invadir e destruir o arraial.

Oficiais da quarta expedição. O segundo da esquerda para a direita é o General Artur Oscar.

Page 28: Brasil República Velha

Campos Sales se concentrou em recuperar a situação econômica do Brasil.

Os recorrentes empréstimos tomados da Inglaterra, haviam aumentando

consideravelmente a dívida externa, por isso, o governo se preocupou em amenizar o efeito

desta dívida estabelecendo um acordo

denominado “funding loan”. Este acordo visava à suspensão dos juros da dívida por certo tempo e como garantia as rendas da

alfândega do Rio de Janeiro e Santos ficariam hipotecadas aos banqueiros ingleses.

Page 29: Brasil República Velha

O aumento da carga tributária gerou o descontentamento da população.

Assim, para garantir a manutenção do poder, Campos Sales

desenvolveu uma política de favorecimento entre o governo central e os governadores.

Campo Sales combateu a inflação e a desvalorização da moeda e restringindo sua circulação.

Reduziu as despesas e aumentou as receitas através da criação de

uma série de novos impostos.

Page 30: Brasil República Velha

Acordo firmado entre o presidente e os governadores

estaduais que previa o apoio mútuo e a não interferência

de ambos em seus governos.

Assim, o presidente conseguia os votos dos estados para a

continuidade de seus projetos e em troca, não interferia em

disputas de poder local das oligarquias.

Page 31: Brasil República Velha

Coronel era o nome pelo qual os latifundiários eram conhecidos. Usavam seu prestígio pessoal para arregimentar votos em troca dos

quais obtinham financiamentos do governo ou obras infra-

estruturais como barganha política. Quanto maior o “curral eleitoral” (número de eleitores que o coronel podia controlar),

maior o seu poder.

Os coronéis, tinham o direito de formar milícias em suas propriedades e combater qualquer levante popular. Assim,

trabalhadores e camponeses se viviam subordinados ao poder dos coronéis.

Por isso a dinâmica eleitoral dessa época ficou conhecida como

“voto de cabresto”.

Page 32: Brasil República Velha
Page 33: Brasil República Velha

Era mais um componente integrante das oligarquias cafeeiras.

Realizou obras públicas que modernizaram a cidade do Rio de Janeiro. Com o auxílio do prefeito carioca Pereira Passos, o governo

empreendeu uma grande reforma dos bairros e ruas da antiga capital federal inspirada nos padrões dos modernos centros urbanos

europeus.

Esse projeto de modernização foi realizado graças a uma série de desapropriações que expulsaram as populações pobres do Rio de Janeiro de seus

casebres e cortiços.

Page 34: Brasil República Velha

A cidade convivia com problemas provenientes do inchaço urbano

decorrente da abolição da escravidão e da imigração europeia.

Em nove meses, a reforma urbana derrubou cerca de 600 edifícios e casas, para abrir a avenida Central (hoje, Rio Branco). A ação,

conhecida como bota-a baixo, obrigou parte da população mais pobre a se mudar para os morros e a periferia.

Page 35: Brasil República Velha

No ano de 1904, o governo sancionou uma lei que permitia o uso de forças policiais para que a população fosse vacinada contra possíveis

epidemias.

A Lei da Vacina Obrigatória, causou a “A Revolta da Vacina”.

A população temia que a vacina fosse uma forma de

extermínio das camadas pobres, visto que a reformulação do

sistema de saúde estava ligado à modernização da cidade.

Page 36: Brasil República Velha

Na política externa, Rodrigues Alves empreendeu o processo de anexação do Acre. Que pertencia ao território boliviano porém,

com boa parte de suas terras ocupadas por brasileiros para a extração de borracha.

O Brasil pagou uma indenização de dois milhões de libras

esterlinas à Bolívia e construir a Ferrovia Madeira-Mamoré.

Nos últimos anos de mandato, o presidente teve uma indisposição junto aos políticos que representavam os interesses

das oligarquias cafeeiras por não concordar com o chamado Convênio de Taubaté.

Contudo, o interesse dos grandes cafeicultores prevaleceu com a

oficialização do Convênio entre os governos estaduais.

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O Convênio de Taubaté, assinado em 1906 durante o governo de Rodrigues Alves, tinha como objetivo procurar medidas para enfrentar a superprodução e garantir a valorização do café. Os políticos de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, reunidos na cidade de Taubaté-SP, decidiram que o governo compraria os excedentes da produção cafeeira, esperando a oportunidade para vender esse excedente no mercado quando o preço estabilizasse, o que nunca aconteceu.

Isso fez com que o Brasil, durante a crise

de 1929, queimasse e jogasse ao mar

milhares de sacas de café, com o mesmo

objetivo, isto é, manter os preços artificiais

do café, visando o equilíbrio econômico e o

lucro dos cafeicultores.

Page 38: Brasil República Velha

Afonso Pena optou por ministros jovens, com pouca experiência política, buscando fortalecer a autoridade federal. Por esse motivo, seus opositores

satirizaram seu ministério chamando-o de “Jardim de Infância”. As exceções eram o ministério da guerra e o de relações exteriores, chefiados respectivamente por Hermes da Fonseca e o barão do Rio Branco. Seu caráter energético e juvenil, somado à sua pequena estatura rendeu-lhe o apelido de “Tico-Tico”. Enfrentou uma crescente mobilização de operários, classe que se

ampliava com o aumento da população imigrante. Em 1908, uma greve deixou a cidade do Rio de Janeiro sem luz por cinco dias.

Chega à presidência da República a 15 de novembro de 1906 por meio de eleições diretas, mas falece no Rio de Janeiro, a 14 de junho de 1909. Foi sucedido por seu vice, Nilo Peçanha, que ficou encarregado de concluir o

mandato, de 14/06/1909 a 15/11/1910.

Page 39: Brasil República Velha

Assume o cargo a 14 de junho de 1909, com a morte de Afonso Pena. O novo presidente tinha como missão administrar um país de cerca de 23.151.669 habitantes, dos quais aproximadamente 67%

viviam no campo

Nilo Peçanha foi responsável, entre outras coisas, pela reorganização do Ministério da Agricultura, Comércio e Indústria,

o Serviço de Proteção ao Índio (SPI - sob a direção do tenente-coronel Cândido Rondon), além de dar impulso ao ensino técnico-

profissional.

O período de foi de conflitos entre as oligarquias de São Paulo e Minas Gerais

Page 40: Brasil República Velha

Tais conflitos ressoaram na campanha eleitoral para a presidência da República. Esta tornou-se uma acirrada disputa

entre os candidatos Hermes da Fonseca, sobrinho do ex-presidente marechal Deodoro da Fonseca e o ministro da Guerra

do governo de Afonso Pena, e Rui Barbosa.

Hermes da Fonseca é apoiado por Minas Gerais, pelo Rio Grande do Sul e pelos militares, enquanto Rui Barbosa recebe o apoio de

São Paulo e da Bahia.

É esta a campanha de Rui Barbosa que fica conhecida como

"campanha civilista", ou seja, uma oposição civil à candidatura militar de Hermes da Fonseca.

O estado de São Paulo se dedicou a financiar a campanha de Rui Barbosa, que percorreu o país procurando o apoio popular,

um fato inédito na trajetória democrática brasileira.

Page 41: Brasil República Velha

As oligarquias paulistas e mineiras não chegaram a um

acordo com relação a escolha de um candidato e o marechal

Hermes da Fonseca venceu a disputa eleitoral.

Foi um mandato marcado por

intervenções nos estados, crises políticas e revoltas.

Page 42: Brasil República Velha

O presidente Hermes da Fonseca julgou ser possível alterar a correlação de forças políticas entre as oligarquias dominantes

tradicionais, beneficiando aliados políticos que eram ligados às oligarquias menos influentes que apoiavam seu governo.

Contando com o pleno apoio de parcelas da oficialidade, ou seja,

militares importantes, e políticos de sua família, Hermes da Fonseca idealizou a política salvacionista. Ela baseou-se em

intervenções militares nos Estados, para destituir os governadores e substituí-los por outros que seriam nomeados

pelo próprio presidente da República.

Page 43: Brasil República Velha

Em defesa da política salvacionista, Hermes da Fonseca valeu-se dos argumentos de que seu propósito era o de sanear as

instituições republicanas e acabar de vez com a corrupção. Mas seus reais objetivos eram outros. Na prática, a política

salvacionista refletia claramente o modo como se travava a luta pelo poder político na Primeira República.

As intervenções militares nos Estados desrespeitava abertamente

os princípios republicanos e preceitos constitucionais vigentes. Além disso, a política salvacionista gerou mais instabilidade e crise política, devido as revoltas e rebeliões armadas que eclodiram nos

Estados que se insurgiram contra os interventores.

Page 44: Brasil República Velha

O Nordeste foi principal alvo das intervenções do governo federal. Ao intervir nos Estados da região, o presidente Hermes

da Fonseca teve como principal objetivo neutralizar politicamente o senador gaúcho Pinheiro Machado, que na

época era um dos mais influentes oligarca, conhecido por todos como o "mandarim" da República.

A intervenção federal no Estado do Ceará, porém, gerou a

primeira grave crise política do governo de Hermes da Fonseca. A tentativa de substituir o governador cearense ligado a família

Acioly, e em seu lugar nomear o coronel Franco Rabelo, desencadeou a grande Revolta de Juazeiro. Liderada pelo padre

Cícero, a revolta popular foi tão violenta que o presidente Hermes da Fonseca recuou rapidamente retirando seu

interventor do Ceará.

Page 45: Brasil República Velha

O governo de Hermes da Fonseca também enfrentou outro movimento de revolta social e uma rebelião militar. Em

novembro de 1910, portanto, logo no início do seu mandato,

ocorreu a Revolta da Chibata. Foi a maior e mais expressiva revolta de marinheiros ocorrida no Brasil.

Entre as principais causas da Revolta da Chibata estão as

péssimas condições de trabalho nas embarcações e o código disciplinar em vigor, que previa a aplicação de castigos

corporais, as chibatadas, para disciplinar os marinheiros. Indignados com a situação, os marinheiros reivindicaram

tratamento mais digno por parte dos comandantes e melhores condições de trabalho. Como não foram atendidos, os

marinheiros se revoltaram.

Page 46: Brasil República Velha

Liderados pelo cabo negro João Cândido, os marinheiros se amotinaram assumindo o comando do navio Minas Gerais. Em

seguida, receberam apoio dos marinheiros dos navios São Paulo e Bahia. Os revoltosos manobraram as embarcações e ameaçaram bombardear o Rio de Janeiro caso o governo não atendesse suas

reivindicações. Exigiram também uma anistia a todos os envolvidos na revolta.

Incapaz de reprimir os revoltosos, o governo federal solicitou ao

Congresso a votação de uma lei abolindo a chibata e concedendo anistia. Os marinheiros encerram a revolta acreditando que seus objetivos foram alcançados. Porém, o governo e as autoridades

militares não cumpriram com suas promessas, e na primeira oportunidade prendeu e castigou os revoltosos.

Page 47: Brasil República Velha

Diante da atitude do governo, os marinheiros se rebelaram novamente. Mas desta vez, o governo reagiu militarmente e

massacrou os revoltosos na Ilha das Cobras. Muitos marinheiros morreram e os que sobreviveram foram presos e enviados para

prisões na Amazônia. O líder da Revolta da Chibata, o marinheiro negro João Cândido, sobreviveu e foi internado num

hospital para loucos. A revolta fracassou, mas gerou muitas pressões sobre as autoridades políticas e militares que

modificariam o código disciplinar de modo a abolir os açoites.

Page 48: Brasil República Velha

Revolta popular

Em 1912, eclodiu a Guerra Santa do Contestado. Em

muitos aspectos, esse grande movimento de revolta social assemelhou-se à Guerra de Canudos, porque envolveu beatos e sertanejos que pegaram em armas para lutar pela posse da terra. O conflito ocorreu nas fronteiras dos Estados do Paraná e Santa

Catarina.

A revolta foi um movimento eminentemente popular organizado por sertanejos miseráveis, que foram expulsos das grandes propriedades agrárias pelos coronéis locais. Mobilizados e

liderados primeiro pelo religioso João Maria, e depois por José Maria, os sertanejos enfrentaram diversas expedições militares

enviadas pelo governo federal. A Guerra Santa do Contestado foi só foi debelada 1916, no governo de Wenceslau Braz, o sucessor

de Hermes da Fonseca na presidência da República.

Page 49: Brasil República Velha

Na sucessão do presidente Hermes da Fonseca, os Estados de São Paulo e Minas Gerais retomaram a política do "café-com-leite".

A reaproximação dos dois Estados mais importantes da federação

foi ocasionada pela candidatura do gaúcho Pinheiro Machado. Para se opor a ela, o Partido Republicano Paulista (PRP) se

aproximou do Partido Republicano Mineiro (PRM) lançando a candidatura do mineiro Wenceslau Braz.

Com o apoio das influentes oligarquias paulista e mineira, Wenceslau Brás venceu a disputa eleitoral e governou o Brasil de

1914 a 1918.

Page 50: Brasil República Velha

O primeiro ano de seu governo foi marcado pela intervenção no conflito do Contestado. No campo

econômico, Wenceslau Brás adotou uma austera política financeira para enfrentar a redução das exportações ocorrida com a Primeira Guerra Mundial. O governo

queimaria três milhões de sacas de café estocadas, o que provocou a segunda valorização do café, entre 1917

e 1920.

Page 51: Brasil República Velha

No dia 1º de janeiro de 1916 entra em vigor o primeiro Código Civil Brasileiro.

Já o ano de 1917 traz uma série de greves gerais que varrem as principais cidades do país, com destaque para

São Paulo e para a capital, Rio de Janeiro.

Cerca de 50 mil trabalhadores cruzaram os braços somente em São Paulo, o que fez o governo mobilizar tropas e enviar dois navios de guerra para o porto de

Santos.

Apesar do pioneirismo destes movimentos, estas sucessivas greves, ocorridas entre os anos de 1917 e 1920,

não trouxeram ganhos significativos para a classe trabalhadora.

Page 52: Brasil República Velha

Em 1917 também, ocorreu o torpedeamento do navio Paraná por submarinos alemães, nosso navio estava

próximo à costa francesa.

A reação do governo brasileiro foi confiscar todos os navios alemães ancorados em portos brasileiros.

Quando os alemães afundaram o navio brasileiro Macau, Wenceslau Brás assina, a 27 de outubro desse mesmo

ano, a declaração de estado de guerra contra a Alemanha, à qual seguiu uma série de manifestações

antigermânicas por todo o país.

Page 53: Brasil República Velha

Delfim Moreira da Costa elegeu-se vice-presidente da República, em 1918, na chapa de Rodrigues Alves. Com a doença e falecimento do presidente eleito, que não chegou a ser

empossado, Delfim Moreira assumiu interinamente a presidência da República.

Page 54: Brasil República Velha

O próprio Delfim Moreira também não dispunha de boas condições de saúde e seu curto mandato ficou conhecido como ”regência

republicana”, uma vez que se destacava no governo o seu ministro da Viação e Obras Públicas, Afrânio de Melo Franco.

Três dias após o novo governo assumir o comando do país,

uma greve geral atingiu a capital e a cidade de Niterói. O presidente determinou o fechamento dos sindicatos no Rio de Janeiro, em 22

de novembro.

Em 21 de junho de 1919, uma parte dos anarquistas fundou o Partido Comunista do Brasil. Quatro meses depois, o governo

expulsou do país cerca de cem deles, a maioria estrangeiros, que atuavam no movimento operário das cidades de São Paulo, Santos, Rio de Janeiro e Niterói, em função da descoberta de um suposto

plano com objetivo de derrubar o governo.

Page 55: Brasil República Velha

O período de Epitácio Pessoa coincide com o início de uma grave crise política interna, traduzida no

descontentamento do Exército, na insatisfação da população urbana e

nas tensões regionais entre elites.

Page 56: Brasil República Velha

O presidente irá sofrer intensa pressão por parte dos cafeicultores paulistas e mineiros para intervir no mercado, emitindo papel-moeda para estimular a

recuperação dos preços do produto que havia desvalorizado aproximadamente 50%.

De fato, em outubro de 1921, o governo lança uma nova política de defesa do café, contraindo

empréstimos junto à Inglaterra para estabilizar os preços, sendo favorecida pela conjuntura, de

recuperação da economia mundial, diminuição das safras dos anos de 1922 e 1923 e até mesmo pela proibição do consumo de bebidas alcoólicas nos

Estados Unidos.

Page 57: Brasil República Velha

Não bastasse todos estes problemas, o candidato lançado para substituir Pessoa, o mineiro Artur Bernardes,

despertava sentimentos opostos entre a classe política.

De fato, o lançamento de seu nome fez com que o Clube Militar, comandado pelo marechal Hermes da Fonseca, exigisse a renúncia de Artur Bernardes da candidatura à

presidência.

São publicadas no jornal Correio da Manhã, uma série de cartas falsas, atribuídas a Bernardes, nas quais ele atacava

o ex-presidente Hermes da Fonseca e o Exército (mais tarde, os autores da farsa seriam descobertos).

O Clube Militar é fechado, e Hermes da Fonseca acaba preso.

Page 58: Brasil República Velha

Quatro dias mais tarde, estoura a Revolta do Forte de Copacabana, no Rio de Janeiro. As demais guarnições da cidade não aderem ao movimento e as tropas legalistas atacam o forte,

matando 271 dos 301 militares rebelados. O movimento foi eternizado pelo nome de "Dezoito do Forte",

uma referência à marcha de dezesseis militares acompanhados de dois civis, que partindo do forte atravessaram a avenida Atlântica para enfrentar as tropas do governo. O saldo foi de apenas dois tenentes sobreviveram, Siqueira Campos e Eduardo Gomes. O

episódio marcou o início movimento rebelde denominado tenentismo, que chegaria ao poder em 1930.

Da esquerda para a direita, os tenentes Eduardo Gomes, Siqueira Campos, Newton Prado e o civil Otávio Correia. Desfazendo o mito dos "18 do Forte", eles eram em realidade 28, mas só 17 se dispuseram a marchar em direção à morte certa.

Page 59: Brasil República Velha

Artur da Silva Bernardes foi o presidente do nono período de governo republicano, de 15/11/1922 a 15/11/1926.

Advogado, nasceu na cidade de Viçosa, estado de Minas Gerais, em 1875. Após concluir o mandato de governador do

estado de Minas Gerais entre 1918 e 1922, é eleito presidente da República a 15 de novembro de 1922.

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O governo de Artur Bernardes enfrentou a instabilidade política desde o primeiro dia.

O presidente tomou posse legalmente em pleno estado de sítio, que seria mantido até o último dia de seu mandato.

Entre as dificuldades políticas enfrentadas por Bernardes

estavam o movimento de Borges de Medeiros no Rio Grande do Sul, a Revolta de 1924 de São Paulo, a Coluna Prestes e ainda o

avanço do movimento operário.

Isidoro Dias Lopes: um dos líderes do levante tenentista que tomou conta de São Paul

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Em 1925 a mítica Coluna Prestes, cruzou o interior do país durante dois anos procurando sublevar as populações contra o governo de Bernardes e as

oligarquias dominantes.

O movimento seguirá ainda por todo o governo do próximo presidente, Washington Luís.

Para conter o movimento operário, Artur Bernardes buscou realizar melhoramentos na área social,

estabelecendo férias anuais de quinze dias para comerciários, operários e bancários, além de

reorganizar as caixas de aposentadoria e pensão.

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No primeiro momento, o presidente parece conter satisfatoriamente as vozes dissidentes: a Coluna Prestes se dissolve, livrando o regime do mais importante foco

das rebeliões tenentistas.

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O movimento operário é inibido pela Lei Celerada de 1927, que censura a imprensa e restringe o direito de

reunião.

No campo econômico, sua gestão é marcada por uma política de câmbio elevado, com o objetivo de favorecer as exportações e ao mesmo tempo, proteger a indústria

nacional.

Por outro lado, a importação (essencial para a consolidação da nascente indústria, por exemplo) era

prejudicada pela alta nos preços dos artigos estrangeiros.

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Foi durante o governo de Washington Luís testemunhou ainda a maior crise da história do capitalismo, a crise econômica

mundial de 1929.

No Brasil, ela derrubou a política de valorização do café que era o principal produto de

exportações brasileiro.

A estabilidade do governo fica ameaçada, já que o presidente não permite nova desvalorização da

moeda para salvar os cafeicultores.

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Washington Luís indica para sucedê-lo o presidente de São Paulo, Júlio Prestes. Pelas regras da “política do café

com leite” seria a vez de um mineiro já que o atual presidente era paulista. Obviamente, a escolha

desagradou os políticos de Minas Gerais.

Os dirigentes mineiros aliaram-se aos do Rio Grande do

Sul para formar a Aliança Liberal, que recebeu ainda o apoio dos grupos de oposição dos demais estados, além

dos militares oriundos do movimento tenentista.

A campanha eleitoral foi bastante acirrada, e o pleito é realizado em

março de 1930, resultando na vitória de Júlio Prestes.

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A Aliança Liberal, porém, articulam um movimento para depor Washington Luís. No dia 24 de outubro, tal

movimento alcança o seu objetivo, deixando o governo a cargo de uma junta composta pelos generais Mena

Barreto e Tasso Fragoso e pelo contra-almirante Isaías de Noronha.

O poder é entregue, em 3 de novembro de 1930, a

Getúlio Vargas, o candidato vencido nas eleições e comandante das forças

revolucionárias.

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Entre o final do século XIX e começo do XX, bandos de homens armados espalhavam o medo pelo sertão nordestino.

Conhecidos como cangaceiros esses grupos apareceram em função, principalmente, das péssimas condições sociais da região.

Promoviam saques a fazendas, atacavam comboios e

chegavam a sequestrar fazendeiros para obtenção de

resgates. Aqueles que respeitavam e acatavam as ordens dos cangaceiros não

sofriam, pelo contrário, eram muitas vezes ajudados.

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O mais conhecido e temido cangaceiro da época foi Lampião (Virgulino Ferreira da Silva), também conhecido pelo apelido de

“Rei do Cangaço”.

O bando de Lampião atuou no sertão nordestino durante as décadas de 1920 e 1930. Morreu numa emboscada junto com sua

mulher Maria Bonita e outros cangaceiros, em 29 de julho de 1938.

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Pouco a pouco os trabalhadores começaram a se organizar e a criar associações de auxílio mútuo.

A organização dos trabalhadores resultou na fundação de associações sindicais e de jornais operários. Surgiram manifestações

e greves em vários Estados, principalmente em São Paulo.

No início do século XX, com o

crescimento industrial e urbano,

surgiram bairros operários em

várias cidades brasileiras,

formados em sua maioria por

imigrantes. As más condições de

vida e de trabalho dos operários

eram agravadas pela falta de leis

trabalhistas.

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As primeiras

manifestações grevistas

surgiram sob influência

das ideias anarquistas

e socialistas, que

moviam as lutas

operárias

internacionais.

Em 1907, a cidade de

São Paulo foi

paralisada por uma

greve que reivindicava

a jornada de oito horas diárias de trabalho.

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O governo reagiu com violência, considerando o

movimento operário como criminoso.

A manifestação acabou atingindo diversas cidades do estado, como Santos, Ribeirão Preto e Campinas.

A partir de 1922 o principal instrumento de luta

operária foi o PCB–Partido Comunista Brasileiro.

A maior greve aconteceu em 1917, em São Paulo e envolveu aproximadamente 45 mil pessoas.

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Foi realizada em fevereiro do ano de 1922, no Teatro Municipal de São Paulo, por iniciativa

de Graça Aranha, juntamente com outros escritores, artistas plásticos e músicos.

A intenção dos modernistas era renovar, transformar o contexto artístico e cultural

urbano; mudar, criar uma arte essencialmente brasileira, embora em sintonia com as novas tendências europeias. como o Futurismo, o

Cubismo e o Expressionismo

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Oswald de Andrade, Mário de Andrade, Manuel

Bandeira, Menotti del Picchia (literatura), Anita

Malfatti, Tarsila do Amaral, Di Cavalcanti (pintura),

Villa-Lobos (música), Vitor Brecheret (escultura).

Importantes figuras do modernismo, em 1922. Mário de Andrade (sentado), Anita Malfatti (sentada, ao centro) e Zina Aita (à esquerda de Anita).

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A partir da década de 1920, um movimento de caráter político-militar começou a se organizar no interior do exército do Brasil. Jovens militares que ocupavam as

patentes de oficial, tenente e capitão descontentes com o governo das oligarquias.

Pregavam a moralização na política e o voto secreto . Eram defensores de um regime político democrático e

liberal. Parte deles buscava a constituição de um governo forte e

centralizado.

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Foi a segunda revolta tenentista. Comandada pelo general Isidoro Dias Lopes, a revolta teve a participação de numerosos tenentes,

entre os quais Joaquim Távora e Juarez Távora.

Em 5 de julho de 1924, os rebeldes ocuparam a cidade por 23 dias, forçando o governador a se retirar.

O exército legalista utilizou-se do chamado "bombardeio

terrificante", atingindo vários pontos da cidade, em especial

bairros operários como a Moca e o Brás, com intuito de forçar

a rendição dos rebeldes através do sofrimento popular e da

ameaça de destruição da cidade.

Sem poderio militar equivalente os rebeldes

retiraram-se para Foz do Iguaçu.

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O capitão Luís Carlos Prestes organizou suas tropas e se encaminhou para Foz do Iguaçu. Em 1925, fundiu seu grupo, a Coluna Prestes com a Coluna Riograndense

dando origem a Coluna Miguel Costa - Luís Carlos Prestes.

Durante três anos, os tenentes percorreram a pé e a

cavalo cerca de 25.000 km. Por onde passou ganhou a adesão da população oprimida pelos coronéis.

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Do Mato Grosso, passando por Goiás, a coluna dirigiu-se para o Nordeste, atingindo o Estado do Maranhão em 1925, chegando logo depois a ameaçar diretamente a

cidade de Teresina.

O exército, as policias estaduais, jagunços dos coronéis e eventualmente cangaceiros participaram do combate à

Coluna Prestes.

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Em 1927, fracassando no objetivo de depor o presidente da República mas sem sofrer derrotas, a Coluna

dissolveu-se na Bolívia.

Prestes ficou conhecido como “Cavaleiro da Esperança”.

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Referências:

Este material foi elaborado tomando por base a consulta aos livros de História de 6º ao 9º das coleções:

www.infoescola.com

www.suapesquisa.com

www.historiabrasileira.com

As imagens que constam nos slides foram pesquisadas na internet para ilustrar os temas abordados.