a competÊncia no art. 2º da lei de aÇÃo pÚblica – competÊncia territorial absoluta ou...

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  • 7/25/2019 A COMPETNCIA NO ART. 2 DA LEI DE AO PBLICA COMPETNCIA TERRITORIAL ABSOLUTA OU COMPETNCIA

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    A COMPETNCIA NO ART. 2 DA LEI DE AO PBLICA COMPETNCIATERRITORIAL ABSOLUTA OU COMPETNCIA TERRITORIAL FUNCIONAL?

    MARA CARVALHO LUZAdvogada

    Integrante da Rede Nacional dos Advogados e Advogadas Populares RENAP

    RESUMO: Este trabalho faz uma reexo sobre o critrio determinativo dacompetncia no art. 2 da Lei n. 7.347/85, que trata da Ao Civil Pblica, cujosaspectos polmicos podem levar a interpretaes passveis de tornar a referida Leimenos efetiva como instrumento processual na construo da justia social. Enfoca ofato de que o art. 2 da Lei 7.347/85 aproximou critrios que normalmente conduzema competncias de natureza diversa, pois tanto estabelece a competncia territorialespecial (CPC, art.100, V, a), como arma que o juiz ter competncia funcionalparaprocessar e julgar a causa. Termina por concluir que o art. 2 da Lei de Ao Civil

    Pblica estabelece uma regra especial de competncia, na medida em que veiculatanto o critrio territorialcomo o funcional, mas esse fato no resultar em polmicase houver clareza sobre a prevalncia do critrio absoluto sobre o critrio relativo.Portanto, para que se concretize o esprito da Lei n. 7.347/85 e a verdade processualseja alcanada em grau mximo, h que se levar em conta tanto o critrio territorialquanto o critrio funcional.

    PALAVRAS-CHAVE: poder jurisdicional; ao coletiva; Ao Civil Pblica; justiasocial.

    ABSTRACT: This study briey and reectively describes the Brazilian jurisdictionpower of class actions according to article 2nd of the Public Civil Action Act (Lawn 7.347, of July 24th, 1985). The aim of this text is to clarify the criterions of the

    jurisdiction power of Brazilian class actions in order to achieve social justice. Thearticle 2nd of the Public Civil Action Act approached criterions that apparently areincompatible due to their different nature: the jurisdiction power of class actionsas the district court in which the event occurred and the second is the functional

    jurisdiction power of the judge. This study concludes that the article 2 of the PublicCivil Action Act establishes an especial rule of the jurisdiction power of class action

    since it weights the same importance to both criterions. Thus, in order for the class

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    actions to effective contribute to the achievement of social justice in Brazil, it is of theutmost importance to consider both criteria.

    KEY WORDS: Brazilian jurisdiction power; class action; social justice.

    SUMRIO: 1. Introduo. 2. A competncia na Lei de Ao Civil Pblica (art.2):aspectos polmicos sobre o critrio determinativo adotado. 3. Concluso. 4.Referncias bibliogrcas.

    1. Introduo

    A Lei n 7.347/85, que disciplina a ao civil pblica, um dos instrumentos

    processuais mais legtimos para a efetivao da justia social, no Brasil, e representamais que um conjunto de tcnicas processuais. uma ao de ndole constitucionale, apesar de ter natureza cvel (no penal), no se pode armar que o Cdigo deProcesso Civil se aplique a ela diretamente, pois os princpios regentes do processoindividual no so adequados para resolver as lides coletivas. Assim, h que se fazeruma releitura dos institutos processuais clssicos ao estudar a referida lei. Nessesentido, o presente texto visa a buscar o alcance da mxima efetividade do art. 2 daLei da Ao Civil Pblica: [...] as aes previstas, nesta Lei, sero propostas no forodo local onde ocorrer o dano, cujo juzo ter competncia funcional para processare julgar a causa.

    A competncia do foro do local onde ocorreu ou deva ocorrer o dano. rmadatal competncia a partir da proximidade do juiz em relao ao impacto do dano oude sua ameaa, tendo em vista que esse magistrado possui melhores condies deexercer a funo jurisdicional no caso concreto, alm de possuir melhores chancesem obter um conhecimento maior dos fatos e uma maior facilidade na coleta eobteno das provas necessrias.

    2. A competncia na Lei de Ao Civil Pblica (art. 2) aspectos polmicossobre o critrio determinativo adotado

    A Lei da Ao Civil Pblica utilizou-se de um critrio composto para a xao dacompetncia o territorial e o funcional. Aparentemente, tem-se a impresso deque eles se colidem, pois o local do dano conduz competncia relativa, que prorrogvel, fundada em critrio territorial e estabelecida em face do interesse daspartes; enquanto a competncia funcional conduz competncia absoluta, que improrrogvel e inderrogvel, sendo xada em razo de ordem pblica, para priorizara higidez do prprio processo.

    Almeida (2007, p. 84) esclarece que o art. 2 da Lei de Ao Civil Pblica criou

    uma regra especial de competncia baseada em dois critrios: um relativo, que o

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    territorial (foro do local onde ocorreu o dano competncia do foro) e outro absoluto,tendo em vista que estabelece que o respectivo juzo ter competncia funcional(competncia de juzo) para processar e julgar a causa. Assevera ainda que, emrazo da existncia desses dois critrios, prevalece o absoluto, que trata do critriofuncional, e que, apesar de o art. 2 da Lei de Ao Civil Pblica mencionar somenteo local do dano, quando a ao civil pblica for preventiva (v.g., pedido de tutelainibitria para evitar que uma empresa funcione sem licenciamento ambiental), acompetncia ser a do juzo do local onde ocorrer ameaa do dano.

    Almeida (2007) conclui que a regra de competncia prevista no art. 2 da Lei de AoCivil Pblica tem aplicabilidade tanto ao civil pblica de conhecimento quanto ao civil pblica cautelar, aplicando-se tambm ao civil pblica de execuofundada em ttulo executivo extrajudicial (termo de ajustamento de conduta).

    Acrescenta que, se se tratar de efetivao de deciso judicial (execuo de multa,condenao em dinheiro, xaes de obrigaes de fazer ou no fazer ou de dar

    coisa certa ou incerta), a competncia dever seguir, em regra, o disposto no art.475-P do CPC. Compartilha o mesmo entendimento Souza (2003) ao armar que acompetncia das aes cautelares, previstas no art. 2 da Lei da Ao Civil Pblicaser rmada tambm pelo critrio territorial-funcional.

    Mancuso (2007, p. 65-84) sustenta que o art. 2 da Lei n 7.347/85 cuida decompetncia de natureza absoluta, improrrogvel por vontade das partes. Assim,as decises proferidas por juiz absolutamente incompetente sero nulas, por forado art. 113, 2, do CPC, e a sentena estar sujeita resciso por meio de aorescisria, nos termos do art. 485, II, do CPC. A incompetncia prevista nesse artigo

    dever ser alegada em preliminar de contestao, de acordo com o art. 301, II, doCPC, mas poder ser reconhecida a qualquer tempo e grau de jurisdio, devendoo juiz ou tribunal pronunci-la de ofcio, por fora do disposto nos arts. 301, 4, c/cart. 267, IV e 3, do CPC.

    O Superior Tribunal de Justia j teve oportunidade de se manifestar a respeito dareferida competncia e entendeu que o critrio de competncia do art. 2 da Lein 7.347/85 efetivamente territorial funcional (STJ, CComp 19.126/RJ, Rel. Min.Garcia Vieira). O Tribunal de Justia de So Paulo tambm j se manifestou sobreo assunto e decidiu que a competncia da Lei de Ao Civil Pblica, em seu art.

    2, para o processamento e julgamento da ao civil pblica, do foro do localdo dano, que de natureza absoluta (funcional), no podendo tal competncia sermodicada por conexo com outra causa (RJTJSP 133/151). Em virtude da adoopelo legislador ptrio desse critrio composto de competncia no art. 2 da Lei da

    Ao Civil Pblica, crticas doutrinrias surgiram, como as de Mazzilli (1995), as deCarvalho Filho (1995), as de Rodrigues (2006), as de Didier Junior e as de ZanetiJunior (2007).

    Para Mazzilli (1995, p. 239), o legislador confundiu os critrios de competncia eusou a expresso funcionalem vez de absoluta, pois a Lei n 7.347/85 no leva em

    considerao a especializao do magistrado nem a diviso do trabalho. Alm disso,

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    no h distribuio do poder jurisdicional de acordo com as fases do processo, doobjeto do pedido ou dos graus de jurisdio. No h previso alguma de competnciafuncional, nem a horizontal nem a vertical. Ele entende que a competncia funcionalsignica a atuao de vrios rgos do Poder Judicirio dentro de um mesmoprocesso, sendo uma competncia territorial absoluta ex vi legis. Almeida (2007,p. 82) esclarece que, nesse entendimento, no lugar do vocbulo funcional, a leituraadequada seria absoluta.

    J Carvalho Filho (1995) arma que a expresso competncia funcionaltem sentidotcnico para a Teoria Geral do Processo, signicando a repartio da funo

    jurisdicional entre rgos jurisdicionais diversos. Conclui que a parte nal do art. 2da Lei n 7.347/85 de todo dispensvel, pois, se a lei confere a competncia ao

    juiz do local do dano, j estaria automaticamente conferindo competncia funcionaltambm ao juiz a quem coubesse o processamento e o julgamento da causa.

    Conforme preceitua Rodrigues (2006), a competncia do art. 2 da Lei de Ao CivilPblica territorial com regime jurdico cogente, de ordem pblica. Tal competnciaseria uma exceo regra de competncia territorial, que normalmente tem regime

    jurdico dispositivo, semelhante quela prevista no art. 95 do CPC, em que inclui acompetncia do foro rei sitae,no captulo referente competncia territorial. Comisso, bastaria o legislador ter dito, como no art. 209 do Estatuto da Criana e do

    Adolescente, que a competncia do local do dano, s que de natureza absoluta.Didier Junior e Zaneti Junior (2007) entendem que o art. 2 da Lei de Ao CivilPblica cuida de competncia territorial cujo desrespeito implica incompetnciaabsoluta (excepcional luz do art. 111 do CPC), semelhante ao regime do foro da

    situao da coisa, para as aes reais imobilirias previstas na parte nal do art. 95do CPC, ao art. 209 do Estatuto da Criana e do Adolescente e ao art. 80 do Estatutodo Idoso.

    Discordamos da posio defendida por esses eminentes juristas. Inicialmente,cumpre registrar que o conceito de competncia funcional veiculado por Mazzilli epor Carvalho Filho revela apenas uma de suas facetas, que aquela inerente diviso de funes a serem exercidas por mais de um rgo jurisdicional dentrodo mesmo processo. No mesmo sentido, o entendimento de Souza (2003), aodispor que a competncia funcional, conforme linha de pensamento de Chiovenda,

    alm de representar a atuao de mais de um rgo jurisdicional em um mesmoprocesso, diz respeito tambm s situaes em que se leva em considerao aprpria natureza de determinada causa, em que a competncia atribuda a certo

    juzo que esteja em melhores condies de julg-la, como o caso do art. 2 da Leide Ao Civil Pblica e do art. 95, segunda parte, do CPC.

    Ademais, se fosse adotado o argumento de Carvalho Filho (1995), de Rodrigues(2006), Didier Junior e Zaneti Junior (2007), de que bastaria a xao do critrioterritorial, o interesse pblico estaria gravemente ferido. Anal, em razo desseinteresse que a regra de competncia absoluta deve ser utilizada. No mesmo sentido,

    segue a prpria Exposio de Motivos do Ministro da Justia, de 04/02/1985, ao

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    projeto que resultou na Lei n 7.347/85, ao esclarecer que se deu competncia emquesto natureza absoluta, j que funcional, para no permitir a eleio de foro ou asua derrogao pela no-apresentao de exceo declinatria, tendo esse critriosido conveniente ao interesse pblico.

    Moreira (2005) registra que o conceito de competncia funcional oriundo dadoutrina processual alem de ns do sculo XIX, sendo um de seus precursoresWach (1885). Esclarece que a competncia funcional representa a cooperao dediversos rgos numa mesma causa e signica a repartio de diversas funes

    jurisdicionais na mesma causa entre diferentes rgos judiciais, de modo a limitar asfunes de um rgo em relao aos outros que possam atuar na mesma causa.

    Em 1905, Chiovenda, citado por Barbosa Moreira (2005), introduziu na doutrinaitaliana o conceito de competncia funcional, mantendo-se el, at ento, concepoalem. Todavia, posteriormente, passou a sustentar que a competncia funcional

    tambm poderia ocorrer quando se atribusse certa causa ao juzo de determinadoterritrio pelo fato de que a prestao jurisdicional exercida por aquele juzo seriamais fcil e ecaz. Chiovenda defendia que a competncia funcional se aproximava,de um lado, da competncia por matria e, de outro, da competncia territorial, demodo que a competncia seria sempre absoluta e improrrogvel, residindo a suacaracterstica e a importncia prtica da categoria.

    Barbosa Moreira (2005) esclarece que, no Brasil, h defensores da doutrina tedescae da doutrina chiovendiana. Acrescenta ainda um terceiro entendimento, no sentidode que a hiptese de competncia funcional tambm ocorreria quando houvesse

    a atuao de um s rgo jurisdicional em mais de um processo interligado,simultneo ou subseqente. Arma que o critrio adotado pelo art. 2 da Lei de AoCivil Pblica o da doutrina de Chiovenda, em que a nalidade do legislador foicertamente a de excluir a possibilidade de modicao de competncia em sede deao civil pblica pela vontade das partes. Aplica-se, no caso, o regime do art. 113do CPC, em que a incompetncia deve ser declarada de ofcio e pode ser alegadaa qualquer tempo, independentemente de exceo. Barbosa Moreira (2005) concluique est ao alcance do legislador contribuir para a decifrao do enigma do queseria competncia funcional. E uma contribuio decisiva para isso seria adotar umconceito unvoco desse tipo de competncia, abstendo-se de usar o nomen iuris

    para designar fenmenos que nele no se enquadrem.

    Marinoni e Arenhart (2007), ao contrrio do defendido por Rodrigues (2006), DidierJunior e Zaneti Junior (2007), ressaltam que as hipteses previstas de competnciaterritorial absoluta no Cdigo de Processo Civil, como nos casos do art. 95 e doart. 112, pargrafo nico, tratam de competncia territorial funcional, partindo-se dapremissa de que ela estabelecida em virtude da funo do magistrado, a qual seriamelhor exercida diante de determinados litgios. No mesmo sentido, Enrico TlioLiebman, citado por esses autores, discute essa questo. Ou seja, tal competnciano simplesmente territorial com regime jurdico cogente, mas uma competncia

    territorial funcional.

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    3. Concluso

    Portanto, em cumprimento ao princpio da mxima efetividade do processo coletivo,conclumos que o art. 2 da Lei de Ao Civil Pblica cuida de regra especial decompetncia, na medida em que trabalha com o critrio territorial e o critrio funcional,ressaltando que o critrio absoluto prevalece sobre o relativo, pois a competncia nopode ser alterada por vontade das partes, como bem explicou Almeida (2007). Issosignica que, para que a verdade processual seja alcanada em seu grau mximode probabilidade sobre os fatos alegados na demanda coletiva, h que se levar emconta tanto o critrio territorial quanto o critrio funcional.

    4. Referncias bibliogrcas

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    MAZZILLI, Hugo Nigro.A defesa dos interesses difusos em juzo.So Paulo: Saraiva,1995.

    MOREIRA, Jos Carlos Barbosa. A expresso competncia funcional no art. 2 daLei da Ao Civil Pblica. In: MILAR, Edis. (Coord). A ao civil pblica aps 20anos: efetividade e desaos. So Paulo: Revista dos Tribunais, 2005.

    RODRIGUES, Marcelo Abelha. Ao civil pblica.In: DIDIER JUNIOR, Fredie. (Org).Aes constitucionais. Salvador: JusPodivm, 2006.

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