a cidade de coimbra e o rio mondego · da cidade e do território em relação ao rio mondego,...
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Ficha Técnica
Título: A cidade de Coimbra e o rio Mondego
Trabalho realizado por Rosa Marisa Tavares Valente Silva no âmbito da
disciplina de Fontes de Informação Sociológica para avaliação contínua
sob orientação do docente Paulo Peixoto.
Número: 2011183886
1º Ano de Licenciatura em Sociologia
Imagem da capa disponível em
http://www.rotadoperegrino.com/cultura/coimbra/
Índice
1. Introdução ........................................................................................ 1
2. Estado das Artes ............................................................................... 2
2.1. A intervenção do programa Polis na cidade de Coimbra é
essencial no ponto de vista do desenvolvimento? ...................... 4
2.2. Plano de Pormenor Eixo Portagem/ Avenida João das Regras 6
3. Ficha de Leitura .............................................................................. 10
4. Avaliação da Página da Internet ..................................................... 15
5. Conclusão (inclui descrição detalhada da pesquisa) ....................... 17
6. Referências Bibliográficas ............................................................... 19
Anexo I
Página da Internet Avaliada
Anexo II
Texto de Suporte da Ficha de Leitura
Fontes de Informação Sociológica Rosa Marisa Silva
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1. Introdução
Dos 4 temas propostos pelo docente Paulo Peixoto para avaliação contínua na
disciplina de Fontes de Informação Sociológica decidi escolher o tema a) referente à
caracterização diacrónica das modalidades de expansão urbana e de localização de
Coimbra em relação ao Rio Mondego, história do crescimento e do desenvolvimento
da cidade e do território em relação ao Rio Mondego, evidenciação das
transformações ocorridas no domínio da relação cidade/rio. Este tema requeria
pesquisa obrigatória no arquivo municipal de Coimbra. Escolhi este tema porque foi
aquele que me despertou mais interesse no sentido de poder falar da evolução da
cidade em geral sem ter de me restringir tanto a determinados locais de Coimbra
como é o caso de outros temas.
Não delimitei nenhuma estratégia de pesquisa até porque no inicio não sabia bem o
que pesquisar para começar a realizar o meu trabalho sobre a temática em questão. O
meu ponto de partida foi mesmo a visita ao arquivo municipal onde tive oportunidade
de conhecer um pouco melhor o programa e assim definir alguns subtemas para o
meu trabalho. Dividi então o tema geral em 2 subtemas, que me pareceram ser os
mais pertinentes. A primeira fragmentação define-se por uma pergunta essencial que
acaba por resumir um pouco o que é o Programa Polis. Na segunda parte foquei-me
mais num plano específico do programa Polis dizendo do que se trata.
Devo referir que antes de começar o desenvolvimento do trabalho, concluí a produção
duma ficha de leitura sobre um artigo relacionado com o rio Mondego e as cheias, uma
vez que o trabalho foi realizado por partes. O artigo que utilizei não tem muito a ver
com o tema geral, o que se deve ao facto de, na altura, ainda não saber bem o que iria
escolher para realizar o desenvolvimento. Numa parte já mais avançada do trabalho,
depois de ter entregado o desenvolvimento ao docente, analisei uma página da
internet que achei bastante pertinente para o tema.
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2. Estado das artes
O presente trabalho tem como objectivo explicar o desenvolvimento da cidade de
Coimbra e do território em relação ao rio Mondego evidenciando as transformações
ocorridas que provêm da relação cidade/rio.
“A cidade de Coimbra, tem com o rio Mondego, uma relação física e memorial muito
forte, marcada pela irregularidade do caudal que com a recente regularização das
águas do Mondego, veio criar um espelho de água permanente que constitui um
potencial lúdico e desportivo.
Na intervenção nas margens do rio Mondego pretende-se a integração do rio e da
sua envolvente na cidade de Coimbra, revitalizar o Centro, centrando a cidade no
rio, valorizando o património num conceito de modernidade, articulando processos
de renovação e de revitalização urbanas, promovendo o espaço público e o respeito
pelo peão, atraindo população residente.” (s.a., 2003)
Como podemos observar através dos dois parágrafos transcritos em cima, o rio
Mondego revela-se extremamente importante para a cidade de Coimbra no ponto de
vista do desenvolvimento da mesma.
É neste âmbito que a cidade de Coimbra apostou no programa Polis – Programa de
requalificação e valorização ambiental das cidades – cujo seu principal objectivo, tal
como o nome indica, foi requalificar as cidades, e fazer com que estas melhorem a
nível da organização do território e principalmente proporcionar aos habitantes uma
qualidade de vida melhor.
“Centrar a cidade no rio, promover a aproximação efectiva das suas margens, a par
do aproveitamento das condições naturais e paisagísticas de excepção, oferecidas
pelo rio Mondego, bem como o reforço das áreas pedonais, a ligação entre a Baixa
e a Alta Universitária caracterizam, em termos gerais, a intervenção, do Programa
Polis para a cidade de Coimbra” (Duarte, s.d.)
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No fundo, o programa Polis em Coimbra, tem como propósito traduzir-se num modelo
de parque verde urbano multifuncional que esteja ligado ao desporto, à animação e ao
lazer combinando tudo isto com uma grande paisagem de qualidade. Mas este
projecto não se fica por aqui e também pretende melhorar as acessibilidades ao centro
e reforçar a ligação pedonal do património construído fazendo assim com que este se
torne mais moderno e consequentemente mais atractivo.
É precisamente neste últimos objectivos do projecto - melhoramentos das
acessibilidades ao centro e reforço da ligação pedonal - que me focarei ao longo do
meu trabalho.
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2.1. A intervenção do programa Polis na cidade de Coimbra é essencial no ponto de vista do desenvolvimento? Cavaco Silva, em Novembro de 2006, presidiu à cerimónia de inauguração de três
obras construídas no âmbito do Programa Polis de Coimbra. O presidente da República
fez críticas bastantes favoráveis à intervenção do programa na cidade dizendo que
"Este é um bom exemplo de requalificação urbana", e ainda referiu que projectos como este
"constituem uma resposta positiva aos desafios que hoje se colocam às cidades portuguesas"
(Almeida, 2006).
A verdade é que, nas últimas décadas do século XX, com o progressivo
desenvolvimento e evolução das cidades, assistiu-se a uma expansão desqualificada
das mesmas – o que se verifica também na cidade de Coimbra - e consequentemente a
um abandono por parte da população do interior do país. Este êxodo rural aplicou o
crescimento desordenado das manchas suburbanas na periferia das cidades. Tudo isto
leva-nos a ser confrontados com um extenso conjunto de problemas inerentes a este
progresso que se interligam entre si. Esse conjunto de problemas faz com que a
qualidade de vida das populações diminua progressivamente devido ao mau
ordenamento do território e ao excessivo tráfego, por exemplo.
As consequências desta expansão gradual são bastante visíveis, pois o ambiente
urbano das cidades ter vindo a deteriorar-se ao longo dos tempos.
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Nesta matéria, o chefe de Estado lembrou que, "apesar dos esforços das
últimas décadas nos domínios das infra-estruturas, estamos confrontados com
novos fenómenos de degradação do ambiente urbano e, mais em geral, de perda
da qualidade de vida nas cidades". Por isso, defendeu ser "necessário agir com
eficiência e determinação". (Almeida, 2006)
É por isto que, programas como o Polis têm de facto um peso bastante importante na
requalificação destas cidades para que a qualidade de vida dos habitantes também não
diminua progressivamente.
Obviamente que o programa Polis não foi concebido para responder a todos os
problemas ambientais e urbanísticos que as cidades Portuguesas – como é o caso da
cidade de Coimbra – apresentam. O que realmente é pretendido com este programa é
demonstrar o que é possível alterar no panorama ambiental e urbanístico das cidades,
melhorando, consequentemente, os pólos urbanos que acabam por se tornar mais
competitivos e atractivos. Não nos podemos esquecer que estes pólos constituem,
cada vez mais, o motor de desenvolvimento local e regional.
Posso assim concluir que o programa Polis é de facto essencial no ponto de vista do
desenvolvimento na Cidade de Coimbra, pois tem como “denominador comum a
requalificação urbana e a valorização ambiental com o objectivo primordial de promover a
qualidade de vida nesses territórios.” (Pestana, Pinto-Leite, & Marques, s.d.)
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2.2- Plano de Pormenor Eixo Portagem/Avenida João das Regras – Coimbra Tal como referi inicialmente, vou focar-me nos melhoramentos das acessibilidades ao
centro e no reforço da ligação pedonal da cidade de Coimbra. O plano de Pormenor
Eixo Portagem – Avenida João das Regras está inteiramente ligado a estas vertentes do
programa Polis, uma vez que é um plano claramente urbano, viário e pedonal
coordenado pelo arquitecto Gonçalo Byrne.
“O plano, começando pela reformulação e disciplina do sistema viário e canais de
acessibilidade automóvel à área metropolitana de Coimbra, tem como principal
objectivo a requalificação de uma área marginal ao Mondego, votada actualmente a
uma condição de espaço canal cujas características e condição de fixação urbana
se têm vindo a esvanecer em função da gradual intensificação de tráfego e
aspectos negativos, do ponto de vista qualitativo e urbano, que daí decorrem de
imediato.” (Byrne, 2005)
Observando o excerto transcrito em cima, posso afirmar que o grande problema
daquela zona é de facto o tráfego. Posto isto, com a intervenção naquele local
pretende-se, essencialmente, retomar uma área pedonal na zona em questão,
procurando corrigir a ocupação através do uso urbanístico e da definição de espaço
público, no território designado por eixo da portagem/ Av. João das Regras,
preservando sempre o espaço público existente.
Os limites da área em estudo encontram-se num território que é intersectado pelo rio
Mondego, o que quer dizer que, a área em estudo se compreende entre duas zonas de
contexto urbano distinto, pois estas são separadas pelo rio (encontram-se portanto em
margens opostas).
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Posto isto, “a área deste Plano compreende o desnivelamento da Avenida D. Inês
e a construção da variante rodoviária à Avenida João das Regras, assim como o
tratamento pedonal e urbano dos espaços entretanto desafectos das funções
viárias, consolidando e reforçando o eixo pedonal que desde o Largo da Portagem
se estende ao Rossio de Santa Clara.” (s.a., 2003)
Para combater a intensidade do tráfego que se faz sentir essencialmente na Avenida
Inês de Castro e na Avenida João das Regras, o Plano estabelece como principal
objectivo a recuperação do potencial de um tecido urbano que hoje não constitui mais
do que um conjunto de quarteirões que estão condenados pelo fluxo rodoviário. A
retoma de uma zona pedonal qualificada também se revela extremamente
importante.
No fundo, este conjunto de soluções visa melhorar em termos físicos e visuais uma
zona que só por si já é naturalmente beneficiada mas que neste momento se encontra
limitada em termos urbanos efectivos e em termos de oferta que proporcionem
espaços de lazer.
Para entendermos melhor a intervenção deste Plano naquela zona temos primeiro que
perceber como era o sistema viário existente:
“A condição actual em termos de tráfego traduz-se, regra geral, de forma
indiferente a uma atmosfera urbana desejável […] A presença massiva de um fluxo
indiferenciado […] sobrecarrega toda a área marginal a poente e vota o tecido
urbano existente a uma condição residual e sobejante às plataformas rodoviárias.
Em resumo, todo o sistema se encontra desadequado face a novos requisitos e
exigências, não só sob o ponto de vista rodoviário como também do urbano que,
em consequência, tem vindo a ressentir-se de forma evidente.” (Byrne, 2005)
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Para solucionar os problemas colocados na citação transcrita em cima, o Plano de
Pormenor propõe um sistema viário ciclável, rodoviário e pedonal. No fundo o que o
Plano pretende, de uma forma geral, com a proposta deste novo sistema é: melhorar o
ambiente urbano (definição de regras urbanísticas) e resolver os problemas inerentes
ao trânsito.
Na elaboração deste sistema teve sempre presente a ideia de fazer uma interligação
com a restante área do Mondego que também iria ser modificada com a intervenção
do programa Polis de forma a conseguir obter uma continuidade e uma consistência
urbana nessa mesma área.
É nesta ideia de conseguir uma continuidade e interligação e ao mesmo tempo
encontrar uma solução para desviar os fluxos rodoviários que surge a proposta de
reformular a ponte de Santa Clara reforçando-lhe o circuito pedonal de
atravessamento e instituindo-lhe uma passagem de eléctrico rápido e de uma pista
ciclável.
Para além disto, também é proposto um desnivelamento do cruzamento entre a
Avenida Inês de Castro, a Avenida João das Regras e a Ponte de Santa Clara. Desta
forma existirá uma separação entre o trânsito local e o trânsito de atravessamento
exterior à cidade.
Nesta área prevêem-se também estacionamentos públicos ao nível subterrâneo e um
estacionamento com estabelecimento de condições de acostamento para autocarros
em questões de conforto e segurança.
Para além das propostas para solucionar o problema do tráfego também existem
propostas urbanas que visam “tratar de enfrentar um pedaço da cidade de importância fulcral,
caracterizando ambientes e qualificando espaços predominantemente públicos e abertos.”
(Byrne, 2005)
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Dividindo as opções tomadas pelo Plano em relação à requalificação urbana da área
em questão. Passo a dar exemplos:
Rossio de Santa Clara: Constituição de uma praça com valência de remate urbano;
definição de remates e desenho de limites urbanos da praça; arborização de
acompanhamento urbano, entre outras.
Avenida João das Regras: reforço de ligação pedonal entre o Convento de S.
Francisco, o Portugal dos Pequenitos, o Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, a ponte de
Santa Clara, o Parque verde do Mondego e o centro urbano da cidade; implementação
de equipamentos de uso colectivo, entre outras.
Avenida Inês de Castro: implementação de trajecto ciclável/ ciclovia; abertura do
túnel pedonal que permite a circulação entre a Área Verde do Mondego, entre o flanco
Poente, etc.
Para concluir posso dizer que este plano tem como objectivo definido reavivar aquela
parte da cidade perto do rio Mondego em termos rodoviários e urbanísticos e ao
mesmo tempo acompanhar toda a evolução que o resto dos planos inerentes ao
programa Polis tem reservado.
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3. Ficha de Leitura
Título do artigo: Vulnerabilidade e risco resultante da ocupação de uma planície aluvial
– o exemplo das cheias do rio Mondego (Portugal Central), no Inverno de 2000/2001
Autor: CUNHA, Pedro Proença
Local onde se encontra: Revista cientifica Territorium nº9
(https://estudogeral.sib.uc.pt/jspui/handle/10316/15185)
Data da publicação: 2002
Número de páginas: 13-35
Palavras-chave: Rio Mondego, Portugal, cheias, ricos de inundações, gestão hídrica,
ordenamento do território
Data da leitura: Outubro, 2011
Área Científica: Ciências Naturais - Ciências da Terra e do Ambiente
Nota: Analisei todos os capítulos e pontos do artigo à excepção do 3. Dinâmica fluvial e
estuarina – transporte sedimentar e as características das águas estuarinas situação de
cheia por achar que não tinham muita relevância.
Assunto: O rio Mondego e os principais efeitos das cheias.
Resumo/ argumento:
O autor do artigo pretende mostrar que o rio Mondego apresentou no Inverno de
2000/2001, uma cheia em grande escala que nas suas pontes de cheia deixou quase
toda a superfície aluvial “mergulhada” pela água do rio. Estas cheias são um exemplo
de que as inundações em ambiente terrestre podem trazer riscos. Neste artigo são
descritos os processos e os efeitos das inundações na planície aluvial bem como os
controlos físicos das cheias e são referidas complicações no ordenamento do território.
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Introdução:
Pedro Proença Cunha é docente no departamento de Ciências da Terra, da
Universidade de Coimbra. Tem como principais áreas de interesse a estratigrafia e
sedimentologia de depósitos siliciclásticos bem como a Cartografia geológica, o
património geológico e divulgação científica.
Publicou vários artigos em revistas e livros científicos como é o caso do artigo referido
nesta ficha de leitura.
Neste artigo, Pedro Proença Cunha, explica-nos que os dados recolhidos apresentam-
se de forma sintetizada de maneira a explicar o essencial sobre as características das
cheias do rio Mondego no inverno de 2000/2001.
Os principais objectivos deste artigo recaem sobre a descrição dos principais
problemas/resultados das cheias do rio Mondego no sector compreendido entre
Coimbra e a foz, no inverno de 2000/2001. Incide igualmente sobre as principais
causas para o elevado caudal e sobre as consequentes implicações no ordenamento do
território e na vulnerabilidade/risco.
Assim, as cheias assumem um papel importante de grande interesse para o
conhecimento da hidrodinâmica sedimentar pois são elas (quase sempre) as principais
responsáveis pelas alterações significativas nas características geomorfológicas do
sistema fluvial e estuarino.
A metodologia utilizada para a realização deste artigo passou por várias etapas
nomeadamente antes das cheias, durante e após as mesmas. No período antecedente
às cheias, o rio Mondego ficou praticamente seco durante aproximadamente 1 mês e
meio, algo excelente pois esteve aberto o Açude de Coimbra para possibilitar a
reparação de um muro na margem do rio. Os investigadores aproveitaram esta
situação para fazer o reconhecimento do leito desde Coimbra até à foz usando vários
métodos como por exemplo, a recolha de amostras de sedimentos para ulterior
caracterização laboratorial.
Durante as cheias efectuam o reconhecimento de campo e realizaram uma campanha
de registo de características da água e finalmente após as cheias os investigadores
observaram os vários locais onde assistiram a danos causados pelas cheias entre
outras coisas relevantes para a pesquisa.
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Desenvolvimento:
O rio Mondego é um rio de Portugal, o mais importante de todos os que têm o seu
curso exclusivamente em território português. Este rio é o quinto maior português e o
primeiro de todos os que têm o seu curso inteiramente em Portugal.
Contudo, também é um rio bastante afectado pelas cheias cuja principal causa é a
incidência de precipitações intensas. A dimensão da bacia hidrográfica e o tipo de
acontecimento meteorológico dominam as características das cheias. No rio Mondego
as cheias são relativamente rápidas e tornam-se perigosas. De entre as cheias mais
importantes a que Coimbra já assistiu, o presente artigo fala-nos das cheias que
ocorreram no inverno de 2000/2001.
Focando-me agora na principal causa das cheias – as precipitações atmosféricas - e
seguindo a ordem exposta no artigo, a maior precipitação registada no inverno de
2000/2001 registou-se em Coimbra no mês de Dezembro de 2000 e no mês de Janeiro
de 2001 mas, tal como é referido no documento, a pluviosidade contínua ocorreu
desde inícios de Novembro de 2000 o que levou a uma saturação dos solos, a uma
subida dos níveis freáticos da bacia hidrográfica e a um reforço da relação entre os
momentos de chuva intensa e a geração de pontos de cheia a jusante.
O autor também nos relata a análise dos caudais e da gestão hídrica onde, na minha
opinião, se analisa a necessidade evidente de intervenção para controlar as cheias. E é
como isto que surge a construção das barragens da Aguieira e de Fronhas que foram
criadas exactamente para assegurar a regularização de cerca de 80% da bacia
hidrográfica.
O autor foca-se na barragem da Aguieira referindo-se à sua principal função que é o
amortecimento dos pontos de cheias nos períodos de forte precipitação. No entanto,
logo a seguir, é claro e evidente que a barragem não está a cumprir devidamente a sua
função, uma vez que o autor nos diz que é impressionante como uma barragem
construída para um determinado fim acaba por descarregar durante 24h, 1000 m³/s, e
deveria estar a encaixar uma ponta de cheia que em condições naturais nem seria de
grandeza centenária.
Conclui-se que, apesar dos esforços com a construção das barragens, o Instituto da
água teve dificuldades em “amortecer” os picos de cheia.
Em relação à dinâmica fluvial e estuarina é feita, pelo autor, uma descrição das
inundações no inverno de 2000/2001, que na minha opinião está claramente bem
estruturada e bem explícita, realçando os picos de cheia durante os finais de Janeiro de
2001. Esta 3ª ponta da cheia (finais de Janeiro de 2001) foi a de maior gravidade em
relação às anteriores – ocorridas em inícios de Dezembro e em princípios de Janeiro –
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pois o canal afluente à albufeira da Aguieira aumentou. A barragem, em 24h, subiu a
descarga fixa, caudal que manteve durante aproximadamente 12h. Para culminar esta
ponta da cheia ainda se soma o caudal proveniente da barragem de Fronhas e o caudal
do rio Ceira.
Quanto ao risco de inundação e ordenamento do território que é o quarto e último
ponto a que Pedro Proença Cunha faz referência neste artigo, na minha opinião, o
autor mostra-se um pouco indignado e critica a falta de responsabilidade por detrás da
incorrecta gestão dos recursos hídricos que passo a transcrever “Uma incorrecta
gestão de recursos hídricos não pode ser ilibada de responsabilidades através da
desculpa por “causas naturais imprevisíveis” pois as características da bacia
hidrográfica já são suficientemente conhecidas e estão também quantificadas as
prudentes necessidades de armazenamentos e as inerentes consequências em função
de pontos de cheias com diversas magnitudes”. O autor fala-nos também da figura 5
que se encontra no artigo que é uma cartografia considerada fundamental para um
correcto ordenamento de território, nesta carta é possível comparar (com a figura 2
igualmente presente no artigo) como era o sistema fluvial anteriormente às obras de
regularização fluvial que determinam a configuração actual.
Também no ponto 4 deste artigo o autor nos transcreve um parágrafo sobre o risco de
inundação da Bacia do Mondego onde é criticado a forma como é feito o registo de
caudais e que para precaução das cheias seria necessário tem em conta no
planeamento as possibilidades de mau funcionamento do actual sistema de controlo
de cheias.
No fundo o ponto 4 sobre o risco de inundação e ordenamento de território divide-se
entre críticas feitas pelo autor às infra-estruturas criadas para combater as cheias que
acabaram sempre por falar e do outro lado encontram-se as soluções que deveriam
ser seguidas, como a gestão e manutenção das obras hidráulicas do Mondego.
Por fim, o autor faz umas breves conclusões sobre tudo o que referiu nos pontos
anteriores. Refere essencialmente que no inverno de 2000/2001 foi insuficiente o
amortecimento das pontas de cheias feitas pelas barragens de Aguieira e Fronhas o
que indica que não estão a cumprir devidamente as suas funções e aponta explicações
para os diques do Canal Principal terem rompido sob caudais inferiores aos definidos
no projecto. Mesmo no final das suas conclusões o autor ainda refere que as obras de
controlo de cheias e o aproveitamento hidráulico, nas últimas décadas, do rio
Mondego, deixaram de ter as habituais inundações o que fez com que a população
construi-se habitações e estruturas industriais. Isto indica que as pessoa estão pouco
informadas sobre os riscos que correm relativamente às inundações.
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Pontos fortes e fracos do documento:
O grande ponto forte deste artigo é ser acompanhado com dados (tabelas, estatísticas
e imagens), que aprofundam e dão credibilidade ao que o autor defende e crítica.
É um artigo que não considero exaustivo e de difícil compreensão.
Considero que não existem pontos fracos neste artigo.
Conclusão:
Ao realizar esta ficha de leitura sobre o artigo que escolhi acabei por adquirir alguns
conhecimentos que até aqui me passavam um pouco ao lado, na minha opinião, nunca
me preocupei demasiado em tentar perceber o que está por detrás das cheias dos rios,
os problemas, os riscos, as soluções e este artigo veio trazer-me novas perspectivas em
relação a estes pontos que referi.
Este artigo inspira-se em várias fontes que a meu ver foram extremamente
importantes para o dar mais credibilidade ao tema.
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4. Avaliação de uma
página Web
Ao realizar a pesquisa para começar o desenvolvimento do meu trabalho sobre o
desenvolvimento da cidade de Coimbra e do território em relação ao rio Mondego,
recorri a várias fontes.
Comecei por iniciar a minha pesquisa na Internet, por ser o meio mais rápido e
acessível. Depois passei para a pesquisa em livros, neste caso, em relatórios sobre o
programa Polis que nos foram fornecidos pelo arquivo da câmara municipal de
Coimbra e acabei por me limitar a esses relatórios sem fazer grandes pesquisas
noutros livros.
A página que escolhi para fazer a avaliação de uma página Web é um site que me
suscitou bastante interesse durante a pesquisa realizada pelo facto de conter alguma
informação que eu necessitava para a concretização do meu trabalho.
O nome da página é Viver Coimbra Programa Polis, tendo como objectivo único
informar todas as pessoas sobre a intervenção do programa Polis em várias cidades de
Portugal tendo por isso, no canto superior direito, um menu para que cada pessoa
possa optar pela cidade que quer obter informações. As informações postas no site
estão todas escritas em português e têm vários autores uma vez que algumas se
tratam de notícias por exemplo.
A hiperligação da página que escolhi para analisar é portanto a seguinte:
http://polis.sitebysite.pt/coimbra/index.php#
Este site foi criado e desenvolvido por sitebysite como é possível verificar nas
informações finais da página e no URL. O endereço URL do site é bastante curto o que
acaba por ser positivo, a navegação dentro do site é simples e tem 9 opções gerais:
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programa polis, o projecto, ambiente, noticias, popis, boletim informativo,
informações úteis, acções e eventos e contactos.
A informação geral que se pode pesquisar sobre o programa Polis está disponível na
opção programa Polis. Quando queremos consultar informação mais detalhada sobre
o programa é preferível escolher a opção o projecto onde encontramos bastante
informação organizada de forma simplificada através de um menu que vai surgir no
lado esquerdo do site. Em relação ao resto das opções tratam-se essencialmente de
curiosidades e outros eventos que acabam por ser úteis.
O nome do site, Viver Coimbra Programa Polis, está bem visível no canto superior
esquerdo com cores que chamam à atenção num fundo completamente branco.
Ausente de qualquer publicidade, o site é bastante claro e objectivo conseguindo
transmitir o conteúdo de forma clara e precisa tornando mais fácil para o público
entender a informação sobre o programa.
O aspecto da página é atractivo mas básico e o texto encontra-se perceptível, sem
necessidade de fazer esforço para o ler. Em conclusão este site é muito oportuno para
a temática que estou a abordar, pelo facto de conter todas as informações que
necessitava e que pude utilizar como base para elaborar o meu trabalho.
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5. Conclusão
Na realização do presente trabalho confrontei-me com algumas dificuldades que
começaram logo com a escolha do tema pois no inicio senti-me um pouco confusa por
causa de já ter feito a ficha de leitura antes de começar a fazer o desenvolvimento, o
que fez com que não soubesse bem para que lado encaminhar o meu trabalho.
Outro aspecto que me causou algumas dificuldades foi a realização da ficha de leitura
pois não sabia bem como a realizar apesar de termos vários exemplos de trabalhos de
anos anteriores e inclusive um modelo de ficha de leitura.
Uma vantagem que aponto para a realização do trabalho foi o facto de a pesquisa ter
sido bastante fácil de realizar e consegui obter bastante informação sobre a temática
em questão. Para a realização deste trabalho recorri essencialmente a duas fontes:
escritas, nomeadamente relatórios, e electrónicas, páginas da Internet.
Em relação à pesquisa realizada nas fontes escritas, centrei-me nos relatórios que nos
foram disponibilizados pelo arquivo municipal da cidade de Coimbra.
Obviamente que não me deixei ficar só pelos relatórios e, por isso, através do motor
de busca da biblioteca da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra,
pesquisei sobre o assunto do trabalho mas não encontrei informação que acha-se
pertinente. As palavras-chave utilizadas foram: <Rio Mondego> e <intervenção no Rio
Mondego>.
Na internet procurei principalmente documentos de carácter institucional. Uma vez
que, apesar da pesquisa na internet ser mais vantajosa e mais alargada, nem toda a
informação que encontramos é fiável e de boa qualidade. Nesse sentido optei por
escolher apenas as fontes electrónicas que percebi que eram as mais indicadas e
confiáveis, como foi o caso do site do Programa Polis e dos sites relacionados com
associações como a Portuguesa de geógrafos, por exemplo. Para chegar a esta
informação, utilizei o motor de busca do Google e o Google Académico e as palavras-
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chave utilizadas foram: <Programa Polis>; <Rio Mondego>; <Intervenção no Rio
Mondego> e <Coimbra e o Programa Polis>.
Resumindo, como inicialmente me encontrava um pouco indecisa sobre o tema que
iria escolher para realizar o trabalho, a primeira fase da minha pesquisa iniciou-se no
arquivo municipal de Coimbra e foi aí que decidi qual a opção a seguir.
Como achei que os relatórios fornecidos não eram suficientes para completar o meu
trabalho, senti necessidade de me apoiar essencialmente na informação electrónica,
com o objectivo de conseguir obter mais informação que completasse o meu trabalho.
Assim, ao concluir o trabalho, a ideia com que fiquei é que a o programa Polis traz
muitas vantagens para a Coimbra e para o resto das cidades que recebem este tipo de
intervenção em vários sentidos.
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6. Referência Bibliográficas
Almeida, J. (2006). Cavaco Silva considera Polis um exemplo de
requalificação. Jornal de Noticías , 1-2.
Byrne, G. (2005). Plano de Pormenor Eixo Portagem/Avenida João das
Regras - Coimbra. Coimbra.
Duarte, J. (s.d.). Associação Portuguesa de geógrafos. Obtido em 13 de
Novembro de 2011, de apgeo:
http://www.apdr.pt/congresso/2009/pdf/Sess%C3%A3o%2017/292A.pdf
Pestana, C., Pinto-Leite, J., & Marques, N. (s.d.). Associação Portuguesa
para o Desenvolvimento Regional. Obtido em 14 de Novembro de 2011,
de apdr:
http://www.apdr.pt/congresso/2009/pdf/Sess%C3%A3o%2017/292A.pdf
s.a. (2003). Programa Polis. Obtido em 13 de Novembro de 2011, de Web
site de polis.sitebysite: http://polis.sitebysite.pt/coimbra/
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Anexo I
Página da Internet Avaliada Disponível em: http://polis.sitebysite.pt/coimbra/
Fontes de Informação Sociológica Rosa Marisa Silva
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Anexo II
Texto de Suporte da Ficha de
Leitura Disponível em: https://estudogeral.sib.uc.pt/jspui/handle/10316/15185