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A CHAVE BENDITA

Emmanuel

Efetivamente, muitos so os problemas que nos assediam a existncia. Dificuldades que no

se esperam, tribulaes que nos espancam mentalmente, sofrimentos que se instalam conosco, sem que lhes possamos calcular a durao, desajustes que valem por dolorosos constrangimentos.

Se aspiras a obter soluo adequada s provas que te firam, no te guies pela rota do

desespero. Tens contigo uma chave bendita - a chave da humildade, cunhada no metal puro da

pacincia. Perante quaisquer tropeos da estrada, usa semelhante talento do esprito e alcanars para

logo a equao de harmonia e segurana a que pretendes chegar. Nada perders, deixando fale algum com mais autoridade do que aquela de que porventura

disponhas; nunca te diminuirs por desistir de uma contenda desnecessria; em coisa alguma te prejudicars abraando o silncio diante de conceitos deprimentes que te sejam desfechados; no sofrers prejuzo algum em te calando nessa ou naquela questo que diga respeito exclusivamente s tuas convenincias e interesses pessoais; grandes lucros no campo ntimo te adviro da serenidade ou da complacncia com que aceites desprestgio ou preterio; jamais te arrependers de abenoar ao invs de reclamar, ainda mesmo em ocorrncias que te amarguem as horas; e a simpatia vibrar sempre em teu favor, toda vez que cedas de ti mesmo, em benefcio dos outros.

Efetuemos os investimentos valiosos de paz e felicidade, suscetveis de serem capitalizados

por ns, atravs dos pequeninos gestos de tolerncia e bondade e o esquema de trabalho, a que a vida nos indique, ganhar absoluta eficincia de execuo.

Seja na vida particular ou portas adentro de casa, no grupo de servio a que te vinculas ou

na grande esfera social em que se te decorre a existncia, sempre que te vejas beira de ressentimento ou revide, rebeldia ou desnimo, nunca te entregues a semelhantes agentes destrutivos.

Tenta a humildade.

Do livro: Mais Perto. Psicografia de Francisco Cndido Xavier.

A DDIVA DIFCIL

Emmanuel No avanars ao longo do caminho, sem doar algo de ti mesmo. Aqui, o companheiro que te roga assistncia fraterna. Alm, o desconhecido que te pede arrimo e esperana. Agora, o amparo aos desvalidos. Depois, o socorro aos enfermos.

maneira da embarcao que distribui os valores de que se enriquece, espalhars, seja onde fores, os bens que o Senhor te confia.

O po, a moeda e o agasalho so recursos da Terra em tuas mos.

Fcil ser sempre mobiliz-los e estend-los. Atenta, contudo, para a ddiva difcil que sai do corao.

O prprio sacrifcio, em favor dos outros, plantao de felicidade no ambiente em que respiramos.

Aprende a calar para que teu irmo fale mais alto.

Esquece as ofensas alheias, compreendendo que poderiam ter sido perpetradas por ti prprio.

Apaga-te para que a luz do prximo seja vista.

D em ti mesmo em humildade, pacincia, brandura, abnegao e amor...

Jesus, transmitindo as bnos do Cu de que se fazia portador, era o Mdico Providencial dos sofredores na regio em que se mantinha, mas aceitando o supremo sacrifcio de si mesmo, na cruz, converteu-se em Divino Benfeitor da Humanidade inteira.

No olvides que a renunciao aos prprios caprichos, na exaltao do bem de todos, ser sempre no mundo a tua ddiva maior.

Livro: Mais Perto. Psicografia de Francisco Cndido Xavier.

ACORDA E VIVE EMMANUEL

Espiritualmente falando, a Terra, para os grandes seres que j se evangelizaram, oferece o

espetculo de berrio imenso onde o esprito humano continua dormindo na infantilidade que lhe caracteriza a evoluo iniciante.

Os homens, quase todos, estticos ou cristalizados na ignorncia, imitam os sonmbulos

hipnotizados pelas prprias criaes. Aqui, algum sonha ostentando ilusrio manto de dominao, acol, algum passa,

maneira de autnomo infeliz, acreditando-se mendigo. Alm, um homem comum, que apenas consegue realizar magra refeio por dia,

estabelece imensos monoplios de farinha ou de azeite, vitimado pela loucura de amontoar utilidades sem proveito justo; mais alm, uma criatura vulgar, que somente vestir um costume de cada vez, aambarca o mercado de algodo ou o comrcio de l, supondo-se capaz de consumir sozinho o suprimento destinado a milhes.

H quem administre os bens pblicos, julgando-se exclusivo senhor deles, e h quem

desperdice as prprias foras, deliberadamente, presumindo na sade um caminho para a prpria destruio.

por isso que quase todos, enquanto na Terra, centralizamos a ateno no prximo, olvidando a ns mesmos.

Quando nos desvencilhamos, porm, das teias da ociosidade mental que nos anestesia,

observamos que a vida apenas pede viso, a fim de descerrar-nos o luminoso roteiro para os cimos que nos compete atingir e, ento, se nos dispomos realmente a ver, identificamos em derredor de ns, a sementeira e a seara de luz, espera de nosso esforo no bem para conferir-nos paz e sublimao.

Se a dor te visita, se a indagao te convoca ao conhecimento, se a curiosidade te

convida reforma ntima e se o mundo te solicita renovao, recorda que o Senhor ter reconhecido o teu amadurecimento para vida que nunca morre e te procura ao necessrio despertamento.

Acorda e vive para a realidade que nos rodeia. Acorda e serve e servindo, encontrars a ti mesmo em nvel mais alto, entretecendo as

prprias asas para o vo excelso no rumo da imperecvel libertao.

Do livro: Mais Perto. Psicografia de Francisco Cndido Xavier.

ADORAO Emmanuel

Vejamos a diretriz de Jesus na adorao ao Pai Celestial, para assegurarmos equilbrio

prpria f. No observamos o Mestre extasiado na contemplao expectante, exaltando a grandeza de

Deus,atravs da quietude. Da manjedoura cruz, anotamo-lo em ardentes demonstraes de trabalho, exemplificando

o ideal dinmico e a caridade sem lindes. Manifesta venerao ao Supremo Senhor, respeitando as leis estabelecidas, louva-lhe a

misericrdia, exercendo a bondade sem limites e permanece em comunho com Ele, no apenas atravs da prece meditada no silncio da natureza, mas tambm pelo servio constante ao prximo, no vasto caminho da multido,onde se destacam enfermos e dementados, desditosos e aflitos de todas as procedncias...

Em nossa adorao ao Divino Amigo, no nos esqueamos do culto incessante ao dever. Nossos compromissos corretamente solucionados, ainda e sempre, so a melhor forma de

consagrao do nosso respeito Providncia Divina. Lembremo-nos de que nos Planos Superiores, Jesus no nos acolher na condio de

adornos preguiosos. Estimar-nos- a cooperao,sem desejar-nos escravos e receber-nos- o carinho, sem

querer-nos inteis. E porque nos aguarda na condio de instrumentos vivos e diligentes do Infinito Amor,

saibamos ador-lo, adorando a Deus, cumprindo fielmente nossas pequeninas obrigaes de cada dia, de vez que dever bem cumprido na Terra degrau de ascenso para o Cu.

Do livro: Mais Perto. Psicografia de Francisco Cndido Xavier.

AFLITOS Emmanuel

"Bem-aventurados os aflitos!" - disse-nos o Divino Mestre. Cabe-nos, todavia, considerar que semelhante felicidade no decorre simplesmente da dor

pela dor. No podemos esquecer que a aflio um dardo espiritual que nos impele procura. E

somente aqueles que procuram a frente se transformam em construtores do progresso. Quem encontra para si mesmo um acordo acomodatcio com as experincias da Terra,

dificilmente consegue ausentar-se do vale da estagnao para os luminosos cimos do conhecimento superior, s vezes, to-somente, acessveis pelos trilhos pedregosos do sofrimento.

Todas as descobertas, que dilataram a alegria e a cultura no Planeta, nasceram na aflio de

homens desajustados que souberam criar a renovao custa do prprio sacrifcio. Guttemberg sente a angstia do pensamento enclausurado e estabelece o bero da

imprensa. Colombo reconhece a estreiteza do Mundo Antigo e, preocupado, avana no rumo da

Amrica. Edison experimenta a inquietao das trevas e inventa a lmpada eltrica que afugenta as

sombras noturnas. Marconi registra o tormento da separao que isola as criaturas entre si e aperfeioa o

telgrafo, trazendo civilizao a maravilha do rdio. Pasteur suporta consigo os padecimentos de milhes de enfermos e, atormentado,

desenvolve a conquista salvadora contra os perigos do microcosmo.

Alinhamos estas citaes para nos referirmos, to-somente, a alguns dos missionrios da prosperidade comum.

No podemos olvidar, porm, acima de tudo, o martirolgio do Grande e Inesquecvel Aflito

da Cruz. Sentindo na prpria alma as chagas da ignorncia e da penria que arruinavam a

Humanidade, Cristo vem a ns e imola-se no madeiro, para que o Amor incendeie o corao humano na senda dos sculos.

Por esse motivo, a ltima lembrana do Divino Flagelado est expressa no desajustamento

que o assinala no monte do testemunho. Nem no cu indiferente aos enigmas do mundo, nem na Terra esquecido das perfeies

celestiais, mas sim suspenso entre os anjos e os homens, como a dizer-nos que somente algemados cruz de nossos prprios deveres que acharemos, depois da procura vitoriosa, o excelso caminho de nossa prpria ressurreio.

Do livro: Mais Perto. Psicografia de Francisco Cndido Xavier.

ALCANCEMOS A LUZ

Emmanuel

"A f transporta montanhas" - afirmou o Divino Mestre. Em nossa condio de emparedados no vale sombrio das prprias dvidas, frente da Lei, no

nos detenhamos na feio exterior do ensinamento e, sim, apliquemos a beleza do smbolo, ao nosso prprio mundo interno.

Antigos prisioneiros do crcere de reiteradas defeces espirituais, sentimo-nos cercados por

pesadas colunas de treva a enceguecer-nos a viso. Montanhas empedradas de revolta e indisciplina, inclinam-nos para os despenhadeiros do

sofrimento. Montanhas espinhosas de negligncia e ociosidade, ameaam-nos com os precipcios da

negao e da dvida. Montanhas de leviandade e insensatez, induzem-nos a cair nos desvos do tempo perdido. Montanhas de dbitos e aflies que formamos com os resduos dos prprios erros, no curso dos

milnios incessantes, desviam-nos o esprito para a inutilidade e para a morte. Que a nossa f seja hoje o instrumento de renovao dos nossos prprios caminhos. Utilizando-a na obra paciente do amor, construiremos nova senda, a soerguer-nos para os

cimos da vida. Para conhecer com segurana preciso discernir; para discernir indispensvel aprender; para

aprender necessrio amar com todas as nossas foras. Abenoadas revelaes nos esperam nos montes do futuro, todavia, para alcanar o esplendor

do porvir, imprescindvel desintegrar a neve da indiferena e diluir a sombra espessa da incompreenso que nos prendem furna do egosmo cristalizado.

No basta nos demoremos em anlises esterilizantes do escuro ambiente de purgao do

pretrito em que nos encontramos, embora reconheamos o dilogo construtivo por valioso ingrediente na edificao da verdade.

A hora que passa preciosa demais para que lhe percamos a grandeza. Saibamos abraar a f viva que o Cristo nos legou com a renunciao aos caprichos inferiores e,

transformando-nos em sinceros trabalhadores, no aperfeioamento de ns mesmos pelo trabalho infatigvel do bem, aniquilaremos as montanhas agressivas que nos separam do Mestre Divino e d"Ele

receberemos o salrio da luz com que assimilaremos os dons das mais altas revelaes nos domnios da Vida Eterna.

Do livro: Mais Perto. Psicografia de Francisco Cndido Xavier.

GUA DA VIDA Emmanuel

Na Terra, a gua o ingrediente mais expressivo da vida orgnica. No seio morno do mar nasceram os embries de toda existncia fsica. Sem a presena dos rios, o homem no construiria a cidade e sem o apoio da chuva,

ningum colheria os frutos do campo. Para que a vitalidade garanta a fora corprea, preciso que a gua amasse o po das

criaturas e para que a sade humana seja mantida, quase sempre indispensvel seja ela o veculo da medicao que o socorre.

Assim como a gua,preciosa e necessria ao progresso e segurana do mundo, tambm a piedade no campo espiritual de nossas relaes uns com os outros

Sem a piedade das mes que morrem, renunciando a si mesmas, no conheceramos o

conforto do lar; sem a piedade dos que ensinam, humilhando tanta vez a si prprios, a ignorncia seria noite invencvel; e sem a piedade do amor fraterno que perdoa sem condies, o dio entre as criaturas seria qual veneno volante e destrudos.

Piedade! Piedade!... Guarda-a contigo no corao e no crebro, para que o sentimento e a idia te plasmem,onde

estiveres, a palavra que reanime e que ajude;e conserva-a, limpa, em tuas atitudes e em tuas mos para o trabalho que te verte do roteiro seja bno de luz a clarear-te o caminho!

Recorda-te de que no prescindimos da piedade que regenera e levanta, a fim de que, ofertando-a hoje, possas receb-la amanh no dia de tua dor.

E, usando-a por gua pura da vida, em todos os momentos, lembra-te de que a Terra, generosa e fecunda, revela, em toda parte, a Compaixo de Deus.

Do livro: Mais Perto. Psicografia de Francisco Cndido Xavier.

ALM DA TERRA Emmanuel

Depois da morte do corpo: A frase amiga que houvermos proferido no estmulo ao bem ser um trecho harmonioso do

cntico de nossa felicidade. A opinio caridosa que formulamos, acerca dos outros, converter-se- em recurso de

benignidade da justia divina, no exame dos nossos erros. O pensamento de fraternidade e compreenso, com que nos recordamos do prximo,

transformar-se- em fator de equilbrio. O gesto de auxlio aos irmos do nosso caminho oferecer-nos- sublime colheita de alegria. Mas, igualmente, alm tmulo: A maledicncias, a que nos entreguemos, ser espinheiro a provocar-nos dilaceraes e

feridas; A nossa indiferena para as amarguras do prximo aparecer por geleira, dificultando-nos os

passos; A nossa preguia surgir como sendo um gerador de penria espiritual; A nossa crueldade exibir-nos-,na tela da conscincia, a constante repetio dos quadros

infelizes de nossos delitos, compelindo-nos aflitiva demora em escuras paisagens purgatoriais. A morte o retrato da vida. A verdade revelar na chapada memria as imagens que estiveres criando, sustentando e

movimentando, no campo da existncia.

Se desejas ventura e tranqilidade, alm das fronteiras de cinza, semeia, enquanto tempo,

a luz e a sabedoria que pretendes recolher, nas sendas da ascenso maior. Hoje - plantao, segundo nossa vontade. Amanh - seara, conforme a lei. Se agora cultivamos a sombra, decerto encontraremos, depois, a resposta das trevas. Se, porm, semeamos o amor e a simpatia, onde encontramos, indiscutivelmente, mais

tarde, penetraremos, ditosos, nos domnios da luz.

Do livro: Mais Perto. Psicografia de Francisco Cndido Xavier.

AMANDO OS INIMIGOS Emmanuel

"Eu, porm, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem..." -

Jesus. (Mateus, 5:44).

Sem liberdade impossvel avanar nas trilhas da evoluo, mas fora do entendimento que

nasce do amor, ningum se emancipa nos caminhos da prpria alma. Seja onde seja e seja com quem for, deixa que a simpatia e a compreenso se te irradiem

do ser. Em qualquer parte onde palpite a vida, eis que a vida para crescer e aperfeioar-se roga o

alimento do amor, tanto quanto pede a presena da luz.

De muitos recebes o apoio da bondade e outros muitos aguardam de ti semelhantes auxlio. Da faixa dos benfeitores recolhes a bno para transmiti-lo na direo dos que te no

aceitam ou desajudam. Nessa diretriz, os adversrios, quaisquer que eles sejam, nunca te prendero a desespero ou

ressentimento. Se surgem e atacam, abenoa-os com a justificativa fraterna ou com o pronto-socorro da

orao. Entretanto, pensa, acima de tudo, na condio infeliz em que se colocam e compadece-te em silncio.

Esse, por enquanto, no consegue desalojar-se do ergstulo da opinio individual; aquele, acomoda-se no azedume sistemtico; outro descambou para equvocos dos quais, por agora, no sabe se afastar; aquele outro sofre sob a hipnose da obsesso; e aquele outro ainda est doente e talvez exija tempo longo, a fim de recuperar-se.

Entregarmos-nos mgoa diante dos que perseguem e caluniam, o mesmo que nos ajustarmos voluntariamente onda de perturbao a que encadeiam.

Sob o granizo da ignorncia ou da incompreenso, segue trabalhando, a servir sempre. Observa os inimigos do bem e os agressores da renovao e, em lhes percebendo a

sombra, condoer-te-s de todos ele. Faze isso e sempre que te pretendam agrilhoar ao desequilbrio, a compaixo te libertar.

Do livro: Mais Perto. Psicografia de Francisco Cndido Xavier.

A M O R

Emmanuel

No olvides que o Amor base de nossa sustentao nos menores passos da vida. Ele abarca em si todos os recursos da prpria natureza em que te desenvolves,

alimentando-te o ser e abenoando-te os dias. Observa no Sol que mantm a estabilidade do mundo...

No mundo que te oferece o po da subsistncia... No ar que te assegura o alento corpreo... No alento corpreo que te garante o aprendizado... Palpita na experincia que te auxilia o crescimento espiritual e ampara-te com o

obstculo que medida de tua fora... Brilha nos dons que te conferem esperana e consolo, na palavra que te ensina, no

amigo que te socorre, no companheiro que te levanta e no adversrio que sempre um valioso instrutor no campo da experincia...

Pelo amor, entraste na Terra e lhe desfrutas os bens, por ele trabalhas e te devotas

construo do futuro, dele aguardando a vitria que te polariza os sofrimentos e os sonhos... Junto dele, ergueste o templo do lar, tecendo os elos suaves da famlia consangnea em

que te consagras luta redentora e, com ele, penetrars o segredo maravilhoso do sacrifcio, esquecendo a ti mesmo, em favor daqueles que te povoa o corao...

o amor luz que te arrebatar ao assdio das sombras, a verdade que te dissipar as

iluses e o brao amigo que te conduzir s eminncias da grande Vida. No permitas que semelhante bno cintile apenas em teu pensamento ou em tua boca... Responde ao Amor que te ama em todos os ngulos do caminho, servindo aos outros

infatigavelmente, e, mais cedo do que possas presumir, ser tua alma por ele convertida em rutilante estrela, refletindo-lhe o brilho eterno...

Livro: Mais Perto. Psicografia de Francisco Cndido Xavier.

ANALISEMOS Emmanuel

Em te referindo aos afortunados, lembra-te de que o sofrimento dos ricos no se encontra

no ouro que lhes abastece as arcas, mas sim no desvairado apego aos recursos amoedados com que muitos deles se encarceram na sombra.

No olvides, ainda, o valor substancial que flui do dinheiro generosamente aplicado, na gota de leite criancinha menosprezada, no remdio ao enfermo sem ningum, no socorro aos irmos infelizes que estagiam em padecimentos acerbos e no agasalho aos que tiritam de frio para que o companheiro do mundo, algo podendo dar, te encontre a frase estimulante e amiga a incentivar-lhe o passo nas boas obras.

Em te reportando cultura intelectual, recorda que no a instruo a infelicidade dos

espritos orgulhosos, mas, sim, a lamentvel super-estimao de si mesmo que lhes sitia a existncia na cegueira da vaidade.

No te esqueas, ainda, dos bens infinitos que vertem, constantemente, das fontes da educao, no devotamento do professor que ilumina o santurio da escola; na cincia do mdico que sana a enfermidade; no conhecimento do tcnico que te assegura o trabalho; e na abnegao do escritor reto e nobre que te preserva a cabea contra os detritos da ignorncia, para que o companheiro do mundo, algo podendo ensinar, se veja amparado em tua palavra reedificante, fazendo-se valoroso operrio na sementeira da luz.

No condenes, a ningum, explanando sobre o ministrio do Cristo que a todos nos reuniu

na mesma construo de solidariedade e de amor. Isso, porque o progresso real no prescinde de todos os ingredientes valiosos exaltao da

vida, na qual preciso elevar o corao altura do crebro e horizontalizar o crebro no plano do corao, para que, pensando e sentindo, possamos aprender amando e amar aprendendo, com o justo equilbrio a orientar-nos a senda para a Vida Maior.

Do livro: Mais Perto. Psicografia de Francisco Cndido Xavier.

ANTE A CARIDADE Emmanuel

Provavelmente no nos ser difcil exercer a caridade do plano exterior, canalizando o

suprfluo,em benefcio do companheiro necessitado. A moeda generosa, o agasalho para o corpo e o po dividido, tanto quanto a visitao direta

aos irmos sofredores constrangidos comunho com a enfermidade e a penria, constituem expresses de bondade edificante que no nos cabe esquecer em tempo algum.

Entretanto, no,olvidemos a difcil caridade do mundo interno. Saibamos oferecer o prato invisvel da tolerncia aos que se deixaram vencer pela irritao

ou pela clera. Distribuamos a gua pura da humildade aos que se fizerem vtimas da vaidade e do orgulho. Temos amigos e parentes na furna do dio ou da iluso que devemos buscar, sem alarde,

com os nossos melhores testemunhos de carinho. Possumos afeies e laos valiosos que desceram a escuros chavascais do desequilbrio, que no podemos relegar ao abandono.

H muita gente que padece fome em pleno banquete da vida material e sofre sede, frente

de preciosos mananciais terrestres. Aprendamos a ajud-los com o nosso trabalho e com a nossa f. Todos sabem dar. Raros, porm, sabem dar de si mesmos. No te esqueas do auxlio em forma de segurana e de estmulo que podes oferecer aos que

te cercam, atravs das demonstraes do dever bem cumprido, da solidariedade, da cooperao e da pacincia.

Cultivando pequenos sacrifcios, amealhamos o tesouro do amor. Jesus o nosso Divino Modelo. Depois de dar-se terra na Manjedoura, socorreu a Humanidade na soluo de aflitivos

problemas, completando a lio da caridade, oferecendo-se ao mundo, nas tribulaes da cruz o excelso ensinamento do qual, ainda hoje, estamos recebendo a luz imperecvel na laboriosa romagem da prpria libertao.

Do livro: Mais Perto. Psicografia de Francisco Cndido Xavier.

ANTE A MORTE VIOLENTA Emmanuel

Em verdade, no mundo, o tmulo imposto pressa daquelas provas terrenas que mais

dilaceram o corao. Diante das vidas nobres que se interrompem, de improviso, dolorosas indagaes so

endereadas ao Cu. No raro, frente da morte sbita, outras existncias promissoras comeam a fenecer. So almas que ficam na retaguarda, carregando consigo o esquife dos sonhos mortos ou

algemados ao rochedo da angstia, sem coragem de romper os grilhes que as encarceram no sofrimento.

Muitas vezes desvairadas, recusam a orao ou renegam a f. Asseveram-se sozinhas no temporal das prprias lgrimas e, por vezes, descem,

desavisadas, nos mais graves desequilbrios do pensamento. Entretanto, preciso que o entendimento que nos caracteriza no mundo se submeta aos

juzos soberanos e sbios da morte, para que a nossa temporria permanncia no corpo fsico no fuja condio de aprendizado.

Imprescindvel lembrar que na engrenagem da civilizao de agora, comumente reparamos

os prprios erros de ontem.

Entre as mquinas que lhe reduzem as lides e obrigaes, muita vez encontra o homem o corretivo e o reajuste, a paz e a liberao da prpria alma.

Auxilia aos entes queridos que partiram da Terra, em luta repentina, ofertando-lhes estrada o blsamo precioso da consolao e da prece.

Recorda que a Misericrdia Celeste adoa todos os processos da justia universal e

reconforta-lhe na certeza de que Deus faz sempre o melhor. Contempla as vtimas dos hbitos infelizes, tantas vezes mergulhados nas sombras da

obsesso. Observa os que choram nos sepulcros da conscincia culpada e que se debatem no inferno

do remorso e do arrependimento, sem comiserao para consigo mesmos! Reflete nos quadros tristes a se erguerem das provas necessrias e conserva contigo a

pacincia e a esperana de quem recebe na dor inesperada o socorro oculto da Providncia Divina. Se o gldio da morte violenta te busca o lar, faze silncio e confia-te ao tempo, o mdico

invisvel que nos restaura as energias do corao. No blasfemes, nem desesperes. Aguarda o Amparo Celestial, mantendo a certeza de que tudo aquilo que hoje ignoras,

amanh sabers.

Do livro: Mais Perto. Psicografia de Francisco Cndido Xavier.

ANTE NOSSOS ADVERSRIOS Emmanuel

Interpretemos nossos adversrios por irmos, quando no nos seja possvel receb-los por instrutores.

Quando o Senhor nos aconselhou a paz com os inimigos do nosso modo de ser,

recomendou-nos certamente o olvido de todo mal. s vezes, fustigando aqueles que nos ofendem, a pretexto de servirmos verdade, quase

sempre faltamos ao prprio dever nos setores da cortesia e da educao. Nem todos podem enxergar a vida por nossos olhos ou aceitar o mapa da jornada terrestre,

atravs da cartilha dos nossos pontos de vista. E, no raro, em zurzindo os outros com o ltego da crtica ou intoxicando-se com o vinagre

do azedume, procedemos maneira do lavrador que enlouquecesse, de improviso, espalhando custicos destruidores sobre a plantao nascente, necessitada de auxlio pela fragilidade natural.

Claro que o amor fraterno encontra mltiplos modos para fazer-se sentir no reajuste das

situaes difceis da vida e justamente para a verdadeira solidariedade que nos cabe apelar em qualquer circunstncia difcil.

Se incentivamos o incndio, atirando-lhe combustvel, e se maltratamos as feridas alheias,

alargando-lhes as bordas, a golpes de fora, tambm no entraremos em harmonia com os nossos adversrios por intermdio da violncia.

Usemos o amor que o Mestre nos legou, se desejamos a paz na Vida Maior. Compreendamos aqueles que nos ofendem. Oremos pelos que nos perseguem ou caluniam. Suportemos quantos nos perturbem. Sejamos o apoio dos companheiros mais fracos.

E o Divino Senhor da Vinha do Mundo, que nos aconselhou o livre crescimento do joio e do trigo, no campo da Terra, em momento oportuno, se far revelar, amparando-nos e selecionando-nos os caminhos para as tarefas que nos faam mais justas.

Do livro: Mais Perto. Psicografia de Francisco Cndido Xavier.

ANTNIMOS CRISTOS Emmanuel

Na linguagem da ao crist, existe uma tabela de antnimos para atitudes que no nos

convm esquecer, a fim de que nos fixemos no dever a cumprir. Da extensa lista, reportamo-nos a alguns dos mais importantes, como sejam: . intransigncia - tolerncia; . aspereza - brandura; . irritao - serenidade; . crtica - benevolncia; . condenao - bno; . injria - olvido; . ofensa - desculpa; . ataque - perdo; . censura - auxlio; . incompreenso - entendimento; . ignorncia - instruo; . tdio - trabalho; . fracasso - recomeo; . precipitao - calma; . balbrdia - silncio; . dificuldade - esforo; . desalento - esperana; . rixa - apaziguamento; . dio - amor. Disse-nos Jesus que, em sendo batidos numa parte do rosto, devemos oferecer ao

adversrio a outra parte. Norma idntica chamada a reger-nos o campo das atitudes. Sempre que desafiados a observar a face de sombra dessa ou daquela questo, no trato da

vida, saibamos apresentar, em opostos de luz, tambm a outra.

Do livro: Mais Perto. Psicografia de Francisco Cndido Xavier.

AOS QUASE SUICIDAS Emmanuel

Sim. a dor fulminativa, a dor largamente suportada, aquela que se te acumulou no

corao, qual represa de fogo e fel, e aquela outra que sempre temeste e que chegou, por fim, maneira de tempestade, arrasando-te as foras. So elas, essas agonias indizveis, para as quais os dicionrios humanos no te fornecem palavras adequadas necessria definio, que, muitas vezes, te fazem desejar a morte, antes do momento em que a morte aparece a cada criatura terrestre, feio de anjo libertador.

Ainda assim, compreendendo-te os pices de angstia, em nome de todos aqueles que te amam, aqum das fronteiras de cinza, dos quais te despediste na grande separao, rogamos-te pacincia e coragem.

Ergue-te, acima dos escombros das prprias iluses, e contempla os caminhos novos que a

Infinita Bondade de Deus te reserva.

Se amarguras te azedaram os sonhos, espera pelo tempo cujos filtros no funcionam

debalde; se desenganos te buscaram, observa que ensinamentos te trazem; se dificuldades repontaram da estrada, estuda com elas qual a melhor soluo aos teus problemas de paz e segurana; se provaes surgiram, atribulando-te as horas, enumera as lies de que se faam portadoras, em teu benefcio; se prejuzos te dilapidaram a existncia, recorda que o trabalho nunca nos cerra as portas; e se algum te deixou a alma vazia de afeio, pensa no amor infinito que sustenta o Universo, na certeza de que outras almas te viro ao encontro, abenoando-te o dom de amar e de servir.

Nunca esmoreas, ante as dificuldades que te surjam no caminho para a vanguarda. Quando estiveres a ponto de ceder pior rendio de todas aquelas de recusar o dom da

vida - detm-te a refletir em Deus que te criou para a Sabedoria e para o Amor. E Ele, cujo poder arranca a erva da semente sepultada no cho para o esplendor solar, te arrebatar igualmente a qualquer tribulao, a fim de que sobre paires, alm de todos os fracassos e de todas as crises, de modo a que brilhes e avances para frente, aprendendo e trabalhando, servindo e amando, em plenitude de vida imperecvel.

Do livro: Mais Perto. Psicografia de Francisco Cndido Xavier.

AUXILIA AGORA

Emmanuel No te esqueas do tempo e auxilia agora. Lembremo-nos de quantos carregam para o tmulo a dor da frustrao, diante do bem que no conseguiram realizar. Vemo-los todos os dias, alm do sepulcro, maneira de loucos, suplicando debalde o retrocesso das horas... Aflitos e desvairados, em muitas ocasies, recolhem dos prprios lares a herana do egosmo e das trevas a se lhe derramarem no prprio seio, em forma de maldio no verbo dos filhos insatisfeitos ou dos parentes ingratos que lhes criticam as atitudes. Contemplam, ensandecidos de angustia, as propriedades que se lhes afiguram domnio prprio e exclusivo, rolando nas mos alheias, muita vez pervertidas em suas mais nobres finalidades. Buscam inutilmente o livro de cheques ou o cofre amoedado de que no mais se utilizaro, vomitando pragas e injurias. E, comumente, apenas recebem espanto e azedume dos laos afetivos a que desejariam confiar as prprias mgoas, atravs dos petitrios inquietantes de socorro e de paz. Pensa nas multides de companheiros nossos que lamentam na sombra os delitos da prpria omisso no bem e no olvides semear o amor e a luz, enquanto a bno do corpo fsico te outorga a oportunidade de fazer e o direito de dar. No acumules talentos desnecessrios, embora seja nosso dever caminha com a previdncia, em todos os passos do roteiro que a Sabedoria Divina nos assinala. Quanto se te faa possvel, distribui com os outros as vantagens da prpria senda, espalhando po e consolo, agasalho e alegria, reconforto e esperana, pois em verdade, diante da vida imperecvel em que todos os patrimnios pertencem a Deus, somente possumos aquilo que damos, de vez que o reconhecimento e a simpatia so valores que traas e vermes jamais consomem. Enquanto hoje na Ter para o teu corao, auxilia e ampara sempre aos semelhantes, porque amanh chegar inevitavelmente o teu dia de tudo restituir a quem tudo te deu.

Do livro: Mais Perto. Psicografia de Francisco Cndido Xavier.

AUXLIO MAIS ALTO Emmanuel

"... E orai uns pelos outros..." - Tiago, 5:16.

Atravs dos episdios do cotidiano, achamo-nos freqentemente diante de pessoa a

quem desejamos ardentemente auxiliar, desconhecendo, porm, como agir. Por vezes, semelhante criatura no precisa tanto de apoio material para a obteno disso ou

aquilo. Reconhecer-se-, no entanto, sob a carga de tribulaes e obstculos de ordem to ntima que a nossa ingerncia no assunto resultaria contraproducente ou inoportuna.

Em vrias situaes, a pessoa a quem nos propomos prestar assistncia individual se v

debaixo de grandes conflitos do sentimento que no nos ser lcito abordar sem feri-la; permanece em crise nas relaes afetivas com criaturas outras cujas intenes no conseguiremos avaliar; caminha carregando lutas familiares de natureza complexa, sem que lhe possamos ofertar mnimo concurso pelo respeito que lhe devemos; experimenta o abandono de seres amados aos quais se afeioa, sem foras para romper os nexos de passadas reencarnaes; sofre acusaes e crticas, recusando delicadamente a participao alheia nas inquietaes que atravessa; suporta amargos desenganos, aspirando a esconder as prprias lgrimas; agenta provas constrangedoras que no quer comentar; ou haver perdido algum ente inolvidvel que a morte arrebatou e cuja importncia s essa mesma pessoa ter recursos para considerar no imo da prpria vida.

Saberemos tudo isso, mas preciso observar o apreo que os companheiros de trabalho ou

de ideal nos merecem, abstendo-nos de opinar sem mais profundo conhecimento de causa nos problemas que lhes digam respeito e para os quais no nos pedem a interveno.

Por isso mesmo, o auxlio mais alto que se pode estender criatura em dificuldade ser

sempre acat-la como seja e como esteja; compreender que ela se encontra sob a proteo de Deus tanto quanto ns; que Deus saber gui-la com sabedoria e bondade; e que, de nossa parte, em qualquer fase da existncia, podemos e devemos prestar-lhe o apoio do silncio com o donativo da orao.

Livro: Mais Perto. Psicografia de Francisco Cndido Xavier.

AUXLIO NO AUXLIO

Emmanuel

"Amados, se Deus de tal maneira nos amou, devemos ns tambm amar-nos uns aos outros". - Joo - I Joo, 4:11.

H quem pergunte como auxiliar aos outros sem possuir recursos materiais.E, dentre as

muitas formas de amparar sem apoio amoedado, falar para o bem uma delas. Recorda o tesouro das boas palavras que transportas contigo. Basta ligar os dispositivos da memria e o verbo edificante se te derramar da boca, feio

de uma torrente de luz. Ajuda aos que ajudam, em benefcio do prximo, criando o clima do otimismo e da

esperana indispensvel sustentao da alegria e da paz. No pronuncies a frase de pessimismo ou desencanto, reprovao ou amargura. A dificuldade estar presente, mas se forjamos a confiana na fora espiritual que nos

caracterstica, de modo a transp-la ou desfaz-la, conseguiremos liquid-la muito mais facilmente, de vez que estaremos mobilizando o poder da cooperao.

A enfermidade estar golpeando fundo no irmo que a suporta, no entanto, se exteriorizamos, em favor dele, um pensamento de reequilbrio ou de f, ser essa a medida providencial que o habilite, por fim, a iniciar a marcha mental para a justa restaurao.

No desencorajes, seja a quem seja. Feridas reviradas agravam o sofrimento. Erros comentados estendem a sombra. Cada conscincia um mundo por si, com obstculos e problemas prprios. Cada qual de ns - os espritos em evoluo na Terra - temos qualidades nobres que

acumulamos e imperfeies de que nos devemos desvencilhar. Lembremo-nos do auxlio que podemos aditar ao auxlio daqueles que se consagram a

auxiliar para o bem dos semelhantes. Se nos propomos a colaborar, na edificao do Reino de Deus, comecemos pela caridade

silenciosa de no complicar e nem desanimar a ningum.

Do livro: Mais Perto. Psicografia de Francisco Cndido Xavier.

CONTINUIDADE

Emmanuel

Compreendemos o desencanto e a inquietao que, por vezes, te assediam nos conflitos constantes que te impelem a desistir das tarefas edificantes.

qual se tivesses de recomear, todos os dias, imensa luta contigo mesmo para no desanimar.

frente e retaguarda, esquerda e direita, repontam desafios marcados a fogo de

aflio. Amigos que desertam, apoios que se afastam, crticas que sobram, obstculos que se

ampliam. E, no centro da agitada esgrima em que te vs na obrigao de manejar as armas do prprio

discernimento para que os adversrios externos no te destruam as foras, encontras aqueles inimigos outros, talvez ainda mais perigosos - aqueles que se te ocultam no esprito, quais sejam o medo de aceitar-se com as imperfeies que ainda te assinalam a vida, o desalento perante as dificuldades que se desdobram, a noo das prprias deficincias ou o temor do fracasso.

Nessa arena vives e dela no te retirars, enquanto no obtiveres o triunfo, no sobre os outros, mas sobre ti mesmo.

E, nesse triunfo sobre ns mesmos, a fim de que sejamos, um dia, o que sonhamos e devemos ser, segundo os padres mais altos de nosso ideal, preciso melhorar e aperfeioar, sem esmorecer.

Superar as circunstncias adversas e valer-se cada um de ns das oportunidades de ao

que se nos faculte para que novas concesses de trabalho nos favoream, simples dever. Sobretudo, no parar no caminho da realizao espiritual, mantendo-nos no esforo

nobilitante de agir e servir, estudar e edificar, elevar e aprimorar sempre, de vez que todo aquele que estaciona, embora sob a alegao de ilusria humildade, a breve tempo, reconhece que a vitria do bem contra o mal e da luz contra a sombra pertence queles que acreditaram na fora do bem e no poder da luz, acima das fraquezas e imperfeies deles prprios, seguindo para a frente.

Livro: Mais Perto. Psicografia de Francisco Cndido Xavier.

DIANTE DA TERRA Emmanuel

Teramos sido, porventura, situados na gleba do mundo para fugir de colaborar no progresso

do mundo, quando o mundo nos prov com todas as possibilidades necessrias ao progresso de ns mesmos?

Muitos companheiros se marginalizam em descanso indbito, junto seara, alegando que no suportam os chamados problemas interminveis do mundo; desejariam a estabilidade e a harmonia por fora, a fim de se mostrarem satisfeitos na Terra, quando a harmonia e a estabilidade devem morar por dentro de ns, de modo a que nossos encargos, frente do prximo, se faam corretamente cumpridos.

O mundo, em todo tempo, uma casa em reforma, com a lei da mudana a lhe presidir

todos os movimentos, atravs de metamorfoses e dificuldades educativas. O progresso um caminho que avana. Da, o imperativo de contarmos com oposies e

obstculos toda vez que nos engajamos na edificao da felicidade geral. Omisso, no entanto, parada significando recuo. Entendamo-nos na posio de obreiros, sob a presso de crises renovadoras. Todos faceamos permanentemente renovao, a cada passo da vida. Nem tudo o que tnhamos ontem por certo, nos quadros exteriores da experincia, continua

como sendo certo nas horas de hoje. Os ideais e os objetivos prosseguem os mesmos, a nos definirem aspirao e trabalho,

entretanto, modificaram-se instrumentos e condies, estruturas e circunstncias. A Terra, porm, nos pede cooperao no levantamento do bem de todos e a ordem no

desero e, sim, adaptao. Em suma, estamos chamados vivncia no mundo, a fim de compreender e melhorar a vida

em ns e em torno de ns, servindo ao mundo, sem deixarmos de ser ns mesmos e buscando a frente, mas sem perder o passo de nossos contemporneos, para que no venhamos a correr o risco de seguir para a frente demais.

Do livro: Mais Perto. Psicografia de Francisco Cndido Xavier.

DOADORES DE PAZ Emmanuel

"No penseis que vim trazer paz Terra; no vim trazer paz, mas espada".

- Jesus.(Mateus, 10:34.)

Os obreiros da paz so sempre esteios benditos, na formao da felicidade humana. Os que falam na concrdia . . . Os que escrevem, concitando a serenidade . . . Os que pregam a necessidade de entendimento . . . Os que exortam harmonia . . . Os que trabalham pelo equilbrio . . . Os verdadeiros pacificadores, no entanto, compreendem que a paz se levanta por dentro da

luta e, por isso mesmo, no ignoram que ela construda - laboriosamente construda - por aqueles que se dedicam edificao do Reino do Amor, entre as criaturas, tais quais sejam:

os que carregam os fardos dos companheiros, diminuindo-lhes as preocupaes; os que agentam, sozinhos, pesados sacrifcios para que os entes queridos no se curvem,

sob o peso da angstia; os que procuram esquecer-se para que outros se faam favorecidos ou destacados; os que abraam responsabilidades e compromissos de que j se sentem dispensados, para

que haja mais amplas facilidades no caminho dos semelhantes. Em certa ocasio, disse-nos Jesus: - Eu no vim trazer paz Terra e sim a diviso;

entretanto, em outro lance dos seus ensinamentos, afirmou-nos, convincente: - A minha paz vos dou, mas no vo-la dou como o mundo a d.

O Divino Mestre deu-nos claramente a perceber que, para sermos construtores da paz, preciso saber doar-lhe o blsamo vivificante, em favor dos outros, conservando, bastas vezes, o fogo da luta pelo prprio burilamento, no fechado recinto do corao.

Do livro: Mais Perto. Psicografia de Francisco Cndido Xavier.

MAIS PERTO (Prefcio) Leitor Amigo Problemas e dificuldades. Violncia e provao. Conflitos e desajustes. Crises de insegurana e anseios de paz. Na pauta desses temas, as requisies para encontros e debates amistosos continuam,

concitando-nos a entendimentos pessoais. Por motivos claramente compreensveis, semelhantes contatos diretos no se nos fazem to

fceis. Entendemos, porm, que dialogar, de corao para corao, falar de mais perto. O desejo de satisfazer aos amigos nos impele a responder indiretamente a quantos

possamos alcanar, com as nossas pginas de companheiro, psicografadas, frente do pblico, ao qual tanto estimaramos ser teis.

Disso, leitor amigo, nasceu este volume despretensioso, sem qualquer atavio literrio, com a

finalidade de oferecer a nossa contribuio singela ao exame dos temas referidos. Pginas de amigo, versando assuntos diversos entre si,, elas no exteriorizam frmulas

mgicas para a soluo aos desafios das indagaes terrestres e, to somente, nos expressam a cooperao e a boa vontade, no sentido de se buscar o caminho mais fcil para a aquisio da paz e da esperana, em meio a lutas que nos cercam.

Significam unicamente que estamos entre os irmos que nos procuram dialogando e aprendendo, agindo e tentando colaborar na edificao do bem comum.

Entregando-te, assim, neste volume simples as nossas concluses e respostas de Servidor,

rogamos a Jesus, o nosso Divino Mestre, nos inspire e nos guie para que a compreenso e o amor nos faam mais profundamente irmos uns dos outros, de modo a que sejamos, em verdade, uma s famlia, em paz, nos vrios setores de evoluo que nos caracterizam a vida, trabalhando e cooperando na construo da Terra Melhor e Mais Feliz.

Emmanuel

(Uberaba, 22 de maro de 1983).

Do livro: Mais Perto. Psicografia de Francisco Cndido Xavier.

MOTIVOS PARA DESCULPAR Emmanuel

"Eu vos digo, porm, amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem".

Jesus. (Mateus, 5:44). Em muitas ocasies, quem imaginas te haja ferido, no tem disso a mnima idia, de vez que

ter agido sob a ao compulsiva de obsesso ou enfermidade. Se recebeste comprovadamente uma ofensa de algum, esse algum ter dilapidado a

tranqilidade prpria, passando a carregar arrependimento e remorso, em posio de sofrimento que desconheces.

Perante os ofensores, dispes da oportunidade revelar compreenso e proveito, em matria

de aperfeioamento espiritual. Aquele, a quem desculpas hoje uma falta cometida contra ti, ser talvez, amanh, o teu

melhor defensor, se cares em falta contra os outros.

Diante da desiluso recolhida do comportamento de algum, coloca-te no lugar desse

algum, observando se conseguirias agir de outra forma, nas mesmas circunstncias. Capacitemo-nos de que condenar o companheiro que erra agravar a infelicidade de quem

j se v suficientemente infeliz. Revide de qualquer procedncia, mesmo quando se enquiste unicamente na mgoa

individual imanifesta, no resolve problema algum. Quem fere o prximo efetivamente no sabe o que faz, porquanto ignora as

responsabilidades que assume na lei de causa e efeito. Ressentimento no adianta, de vez que todos somos espritos eternos destinados a

confraternizar-nos todos, algum dia, frente da Bondade de Deus. Desculpar ofensas e esquec-las livrar-se de perturbao e doena, permanecendo acima

de qualquer sombra que se nos enderece na vida, razo por que, em nosso prprio benefcio, advertiu-nos Jesus de que se deve perdoar qualquer falta, no apenas sete vezes, mas setenta vezes sete vezes.

Do livro: Mais Perto. Psicografia de Francisco Cndido Xavier.

NA SENDA DE TODOS

Emmanuel "Pois ao que tem se lhe dar e ter em abundncia; mas, ao que no tem, at o que tem lhe

ser tirado". Jesus. (Mateus, 13:12).

Quanto mais tiveres: passes sem utilidades; ttulos sem aplicao; conhecimentos sem trabalho; poder sem benevolncia; objetos sem uso; e relaes sem proveito; menos livre te reconhecers para ser feliz. Decerto que independncia no quer dizer impassibilidade, frente da vida; razovel

possuas reservas amoedadas, mas importante se mantenham colocadas a servio do amparo e do progresso comunitrios; que te exornes com lauris terrenos, entretanto, mobilizando-os em auxlio dos semelhantes; que entesoures cultura, todavia, utilizando-lhe as possibilidades em benefcio do prximo; que disponhas de autoridade, contudo, manejando-a na administrao da bondade e da justia; que conserves pertences diversos para conforto e apresentao individuais, doando, porm, suprfluo, no socorro aos que sofrem na retaguarda; que contes com legies de amigos, mas, buscando motiv-las para as obras da beneficncia e da educao.

Quanto mais retivermos do que somos e temos, em louvor do prprio egosmo, eis-nos mais

escravos da sombra em que se expressa o domnio do "eu"; estejamos, porm, convencidos de que, quanto mais dermos do que somos e temos, em apoio dos outros, mais livres nos tornarmos para assimilar e esparzir a luz que nos anuncia o Reino de Deus.

Do livro: Mais Perto. Psicografia de Francisco Cndido Xavier.

SE TIVERMOS F

EMMANUEL Todos ns encontramos, de quando em vez, na jornada evolutiva, calamidades e

contratempos que nos afetam a vida. Conflitos do sentimento recrudesceram, agravando-nos aflies... Enfermidades sugiram, suscitando obstculos... Desarmonias repontaram na equipe domstica... Empreendimentos promissores entraram em fracasso... Prejuzos nos golpearam, de chofre... Desapareceram amigos... Nossas palavras tero tido interpretao infeliz, granjeando-nos adversrios gratuitos... Discrdias conturbaram-nos a marcha... Falharam esperanas... Provaes chegaram em penca... Desastres sobrevieram, transformando-nos o caminho... Injrias e pedradas cara, sobre ns... Incompreenses feriram-nos o esprito... Ampliaram-se inquietaes... Entretanto, atravessars, inclume, sombras e lgrimas, tribulaes e empeos diversos, se

tiveres a coragem de conservar a f, reconhecendo, em todas as circunstncias, que nada somos, nada podemos, nada realizamos, nada temos e nada sofremos, sem a devida permisso das Leis de Deus

Do livro: Mais Perto. Psicografia de Francisco Cndido Xavier.

SOMAR E DIMINUIR

Emmanuel Somar e diminuir - duas contas fatais na senda de todas as criaturas. Observa: quando a claridade solar se reconstitui nesse ou naquele hemisfrio, cada manh,

rearticulam-se as oportunidades de estudar e aprender, fazer e realizar, renovar e melhorar, para cada esprito no educandrio da Terra.

A vida a grande escola suscitando operaes mltiplas nesse sentido, visando a atingir as

equaes de progresso e burilamento que nos digam respeito. Prestigiando-nos votos e esperanas, a Divina Providncia nos confia tarefas determinadas,

em nosso prprio benefcio, e se no as cumprimos ou se as cumprimos imperfeitamente, eis-nos compelidos a suportar os empeos alusivos repetncia ou chamados a subtrair os possveis erros de nossos acertos provveis.

Entre o impositivo de Omar os bens que tenhamos talvez efetuado a se nos incorporarem

por luz e mrito, no patrimnio pessoal, e o imperativo de extinguir os males que, porventura, tenhamos perpetrado, a se nos expressarem por dvida e reparao na ficha crmica, transcorre a nossa existncia fsica na Terra, a fim de que se nos consolide, de etapa em etapa, a gradativa liberao da inferioridade que nos seja prpria.

De corao voltado para semelhante realidade, no despendas a riqueza das horas com

desespero e azedume, desalento ou lamentao. De tudo o que fizermos, em prejuzo dos outros, seremos chamados ao reajuste

indispensvel no tempo e nas circunstncias que se nos faam precisas. "Amai-vos e instru-vos!" - conclama a Divina revelao. Recordemos: Deus d o tempo por territrio de possibilidades em propores iguais para

todos.

Somar os bens para multiplicar a felicidade geral, tanto quanto diminuir os males, a fim de que as bnos da vida sejam divididas, em favor de todos, responsabilidade que compete a cada um.

Do livro: Mais Perto. Psicografia de Francisco Cndido Xavier.

TRANSAO INDBITA

Emmanuel

No captulo da censura, comumente chega em nossa vida um momento de perplexidade,

frente do qual muitos companheiros se mostram ameaados pelo desnimo. No se trata da ocasio em que somos induzidos a reprovar os outros e nem mesmo daquela em que somos repreendidos, em razo de nossas quedas.

Reportamo-nos hora em que nos vemos acusados por faltas que no perpetramos e por

intenes que no nos afloram mente. Desejamos falar das circunstncias em que somos julgados por falsas aparncias, dando

lugar a comentrios depreciativos em torno de ns mesmos. Teremos agido no bem de todos e em seguida, analisados sob prisma diferente, qual se

estivssemos diligenciando gratificar o prprio egosmo; de outras vezes, assumimos posio de auxlio ao prximo, empenhando nossas melhores energias, de modo a que se faa harmonia e eficincia na mquina de ao de que somos pea viva e tivemos nossas palavras ou providncias sob interpretao infeliz, atraindo-nos a crtica desapiedada, at mesmo daqueles amigos a quem oferecemos o corao.

Atingindo esse ponto nevrlgico no caminho, no te permitas o mentiroso descanso no

esmorecimento. Se trazes a conscincia tranqila entre os limites naturais de tuas obrigaes ante as

obrigaes alheias, ora pelos que te censuram ou injuriam e prossegue centralizando a ateno no desempenho dos encargos que o Senhor te confiou, de vez que o tempo o juiz silencioso de cada um de ns.

Ouve a todos, trabalhando e trabalhando. Responde a tudo, servindo e servindo. Nos dias nublados, quando as sombras se amontoem ao redor de teus passos, converte toda

tendncia lamentao em mais trabalho e transfigura as muitas palavras de auto-justificao que desejarias dizer em mais servio, conversando com os outros atravs do idioma inarticulado do dever retamente cumprido, porquanto, se em verdade no temos o corao claramente aberto observao dos que nos cercam no mundo, a todo instante, a justia nos segue, e, em toda parte, Deus nos v.

Do livro: Mais Perto. Psicografia de Francisco Cndido Xavier.

TRABALHA E CONFIA Emmanuel

Muitas vezes, cansas-te das atividades que a vida te pede; no entanto, foroso pensar nos

benefcios e vantagens que o trabalho te propicia. Efetivamente, so muitas as dificuldades morais que as tarefas do cotidiano amontoam no

corao. Basta, no entanto, reflitas no socorro e no auxlio que elas te trazem para que lhes reconheas a oportunidade e a grandeza.

Em muitas circunstncias, o trabalho te impe fadiga e desgaste, mas, atravs dele prprio, que surpreendes os recursos indispensveis ao prprio refazimento, a fim de que te promovas a encargos de nvel mais alto.

Em muitos lances da estrada, provocar problemas difceis de resolver, contudo, pela

soluo desses mesmos problemas, que adquirirs experincia suscetvel de libertar-te da ignorncia.

Por vezes, suscitar o aparecimento de adversrios gratuitos; todavia, justamente nele

que conquistas as preciosas afeies que te prestigiem e amparam a existncia. Em vrios episdios do cotidiano, te traz ao caminho a presena daqueles que te causam

prejuzos transitrios por no te conseguirem auxiliar ou compreender, mas exatamente com ele que possuis o apoio necessrio, em favor daqueles a quem mais amas.

Detm-te a observar as trilhas da existncia e percebers que foi no trabalho que obtiveste o

aprendizado que te ilumina, o conhecimento que te enriquece, o auxlio que te resguarda, o apreo que te cerca, o amigo que te abenoa e as melhores motivaes para a aquisio de segurana e competncia.

Trabalha e confia sempre, oferecendo vida o melhor de ti mesmo e o melhor da vida te

vir ao encontro. Compreendemos a pausa de repouso para o refazimento preciso, a fim de prosseguirmos

trabalhando; entretanto, imperioso reconhecer que a inrcia em si ferrugem no arado e golpe na produo.

No recuses e nem percas o privilgio de trabalhar, servindo ao bem, porque, ainda mesmo

nas circunstncias mais constrangedoras, o trabalho se te converter numa bno e, ainda que te custe lgrimas, essas mesmas lgrimas, se perseverares nele, se te transformaro no caminho em alavancas de apoio e balizas de luz.

Do livro: Mais Perto. Psicografia de Francisco Cndido Xavier.