a censura antes do 25 de abril
TRANSCRIPT
EB 2,3 D.FERNANDO II
Trabalho sobre a Censuraantes do 25 de Abril
7ºA
Trabalho realizado por:Diogo Vicente Nº1
Eduard Hientz Nº2José Costa Nº9
Índice:
•Introdução…………………………………………………………………… 3•Como apareceu a Censura Política em Portugal………4•Como se Censurava / Lápis Azul…………………………………5 e 6•Imprensa…………………………………………………………………………7•Cinema, Música e Teatro………………………………………………8•Livros………………………………………………………………………………9•Conclusão…………………………………………………………………………10•Bibliografia………………………………………………………………………11
Introdução:
Ao debruçarmo-nos sobre um trabalho com o tema que é a censurapolítica, pareceu-nos indispensável em primeiro lugar apresentar umadefinição de censura.Para tal socorremo-nos do dicionário das Ciências Sociais dasPublicações Dom Quixote que define censura como:“Acto pelo qual um tribunal ou uma autoridade controla, eeventualmente condena, o conteúdo ideológico ou moral dos diversosinstrumentos audiovisuais que atingem o público: livros, imprensa,rádio, televisão e espectáculos diversos.Fala-se também da censura moral ou de censura social parasignificar a desaprovação, a crítica, que um meio social exerce, sobreos seus membros quando não se subordinam às regras morais ou aosvalores aceites no grupo. Esta forma sociológica de censura pode iraté à expulsão do grupo dos marginais ou dos recalcitrantes.”
Como apareceu a Censura Politica em Portugal:
A censura politica terá iniciado os seus passos na época dosDescobrimentos e incrementada com a introdução da Inquisiçãono nosso país. Mas é, sobretudo no século XX, no Governo do Dr.Salazar que ela é formalmente implantada na decorrência dapromulgação da nova Constituição Portuguesa de 1933.É com efeito a partir dessa situação que a regulamentação dosdireitos fundamentais dos cidadãos corresponderá à supressãoprática da liberdade de associação, de expressão e de reunião emtoda a sua amplitude.Cria-se o Secretariado Nacional de Informação sendo AntónioFerro o seu primeiro Director.Doravante a constituição de quaisquer associações – politicas,culturais, recreativas, desportivas, sociais, etc. – ficam sujeitas àapreciação e autorização prévia desta Entidade Governamental,bem como todos os actos e acções que se prendam com aliberdade de expressão e de pensamento que ficam igualmentedependentes da análise antecipada desta mesma Entidadeaparecendo, aqui, o famoso lápis azul, situação que se manteveaté à revolução de Abril de 1974.
Como se censurava:
Lápis Azul:
O “lápis azul” riscou notícias, fados, peças de teatro e livros,apagou ainda anúncios publicitários, caricaturas, pinturas deparede e também filmes. Poucas eram capazes de conseguir ver omaterial que era censurado, pois era proibido.
Haviam várias formas de censurar podia ser a partir de umcarimbo de Salazar que era CORTADO, porém quando eramcortes integrais, AUTORIZADO COM CORTES quando eramparciais, e também apunha o carimbo de SUSPENSO, nos casosem que era requerida decisão superior.
No tempo de Caetano, o Exame Prévio era diferente, ou seja,existiam algumas diferenças, como por exemplo quando eramprovas cortadas na íntegra era carimbado com PROIBIDO, depoisas que sofressem cortes parciais eram carimbadas como sendoAUTORIZADO PARCIALMENTE e ainda haviam as que eranecessário uma instância superior. Haviam ainda umas que nãoeram carimbadas e então levavam a designação de VISADO ( notempo de Salazar) ou VISTO (no tempo de Caetano).
Imprensa:
A 22 de Junho de 1926, no tempo da Ditadura Militar de Gomesda Costa, instituiu a Censura Prévia na Imprensa.A Constituição de 1933, Salazar pressiona ainda mais nosaspectos da censura.
Cinema, Música e Teatro:
A censura foi aplicada primeiro na imprensa, e em Maio de 1927 passou a ter mais um sistema a ser censurado, o Cinema. A pouco e pouco a censura já existia em quase todos os pontos do país, passando a abranger praticamente todos os espectáculos, como a música, o teatro.Vários artistas eram censurados como por exemplo Fernando Lopes Graça, Zeca Afonso, Adriano Correia de Oliveira, Padre Fanhais, Barata Moura, Manuel Freire, estes foram alguns dos mais atingidos.
Livros:
Para controlar os livros que a população lia, eram necessárias váriostipos de autoridade como: a PIDE/DGS, GNR, A PSP e a Alfândega.Os CTT também estavam envolvidos com as autoridades, para ocaso de terem de apreender livros ou até a serem obrigados aexecutar uma violação na correspondência. A apreensão e os autosde busca exemplificavam o processo de apreensão e de destruiçãode milhares de livros.
Conclusão:
Esperamos que tenham ficado a saber um pouco mais sobre o queé a censura, como se censura e em que órgãos se censurava naépoca. Na nossa opinião achamos que é um tema que merece serestuda mais a fundo, pois realmente é muito interessante.
Bibliografia:
Livros –História de PortugalDicionário de Ciências Naturais, publicações Dom QuixoteSites –Wikipédia