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A casa de Joo, ao cabo de algumas semanas, se transformou num ponto de assemblias adorveis, onde as recordaes do Messias eram cultuadas por espritos humildes e sinceros. Maria externava suas lembranas. Falava dele com maternal enternecimento, enquanto o apstolo comentava as verdades evanglicas, apreciando os ensinos recebidos. Vezes inmeras, a reunio somente terminava noite alta, quando as estrelas tinham maior brilho (H. de Campos, Boa Nova, 30, pg 196).

Decorridos alguns meses, grandes fileiras de necessitados acorriam ao stio singelo e generoso. A notcia de que Maria descansava, agora, entre eles, espalhara um claro de esperana por todos os sofredores. Ao passo que Joo pregava na cidade as verdades de Deus, ela atendia, no pobre santurio domstico, aos que a procuravam exibindo-lhe suas lceras e necessidades. (H. de Campos, Boa Nova, 30, pg 202).

Sua choupana era, ento, conhecida pelo nome de casa da santssima. Quem no lhe devia o favor de uma palavra maternal nos momentos mais duros? E Joo consolidava o conceito, acentuando que o mundo lhe seria eternamente grato, pois fora pela sua grandeza espiritual que o Emissrio de Deus pudera penetrar a atmosfera escura e pestilenta do mundo para balsamizar os sofrimentos da criatura. (H. de Campos, Boa Nova, 30, pg 202).

Na sua humildade sincera, Maria se esquivava s homenagens afetuosas dos discpulos de Jesus, mas aquela confiana filial com que lhe reclamavam a presena era para sua alma um brando e delicioso tesouro do corao. O titulo de maternidade fazia vibrar em seu esprito os cnticos mais doces. Diariamente, acorriam os desamparados, suplicando a sua assistncia espiritual. Eram velhos trpegos e desenganados do mundo que lhe vinham ouvir as palavras confortadoras e afetuosas, enfermos que invocavam a sua proteo, mes infortunadas que pediam a bno de seu carinho. (H. de Campos, Boa Nova, 30, pg 202).

A velhice no lhe acarretara nem cansaos nem amarguras. A certeza da proteo divina lhe proporcionava ininterrupto consolo. Como quem transpe o dia em labores honestos e proveitosos, seu corao experimentava grato repouso, iluminado pelo luar da esperana e pelas estrelas fulgurantes da crena imorredoura. Suas meditaes eram suaves colquios com as reminiscncias do filho muito amado. (H. de Campos, Boa Nova, 30, pg 203).

Viso esprita da BBLIAEscola de Estudos EspritasA chegada do Cristo,o MessiasA idia de um salvador no originria do povo hebreu ou judeuEmmanuel, em A caminho da luz, nos explica:Os Capelinos, ao serem acolhidos por Jesus, guardaram reminiscncias de seu planeta de origem e das promessas consoladoras, fortalecidas ao longo do tempo, por meio da vinda peridica dos seus missionrios e mensageiros.Os enviados do Infinito falaram da celeste figura do Salvador na China milenria...Os iniciados do Egito esperavam-noNa Prsia idealizaram sua trajetriaNa ndia vdica era conhecida quase toda a histria evanglica.Nas massas populares, uma secreta intuio do Messias.

Nos ltimos 3 sculos aC, os profetas silenciaramJheovah sai de cena e um clima intuitivo de espera de um salvador toma conta das massasA rede de apoio na infncia A rede de apoio na vida pblica Joo BatistaIsabel e ZacariasJos Maria JacMoissAna e SimeoDanielIsaacAbraoSalomo

PedroJoo EvangelistaOs apstolosElias

Paulo de TarsoJos do EgitoRei DaviSomente com o concurso de figuras como Simeo, Ana, Isabel, Joo Batista, Jos, bem como da personalidade sublimada de Maria, poderia Jesus lanar na Terra os fundamentos da verdade inabalvel (A Caminho da Luz, cap. XI, pg 106)10Foi o implacvel combatente da idolatria, restaurador da f em Jahveh e da disciplina moral.

Misso: preparar os caminhos do Senhor,pregando a disciplina, combatendo a hipocrisia e a maldade.Inaugura a era evanglica no Planeta, anunciando o Messias. Foi o patriarca cujos 12 filhos se tornaram as matrizes organizacionais do povo hebreu.Foi o estadista, legislador, implantador da disciplina e da justia, sob os auspcios de um s Deus.

Como Jac 20 sc. aCComo Moiss Sc 12 aCComo Elias Sc 9 a CJoo Batista

O SENHOR Todo-Poderoso diz: Eu enviarei o meu mensageiro para preparar o meu caminho. E est chegando o mensageiro que vocs esperam, aquele que vai trazer a aliana que farei com vocs. (Malaq, 3-1)Um anjo resumiu a obra de Joo para o seu pai Zacarias, no Templo. A cena narrada por Lucas: "Ir adiante do Senhor no esprito e poder de Elias, para converter os coraes dos pais aos filhos, converter os desobedientes prudncia dos justos e habilitar para o Senhor um povo preparado" (Lucas 1:17).

Eu no sou o Cristo. E perguntaram-lhe: Ento, quem s, pois? s tu Elias? E disse: No sou. s tu o profeta? E respondeu: No. Disseram-lhe, pois: Quem s, para que demos resposta queles que nos enviaram? Que dizes de ti mesmo? Disse: Eu sou a voz do que clama no deserto: Endireitai o caminho do Senhor, como disse o profeta Isaas. (Joo, 1:19)E toda a provncia da Judeia e todos os habitantes de Jerusalm iam ter com ele; e todos eram batizados por ele no rio Jordo, confessando os seus pecados. E Joo andava vestido de pelos de camelo e com um cinto de couro em redor de seus lombos, e comia gafanhotos e mel silvestre, e pregava, dizendo: Aps mim vem aquele que mais forte do que euEle ser mandado por Deus como mensageiro e ser forte e poderoso como o profeta Elias. Ele far com que pais e filhos faam as pazes e que os desobedientes voltem a andar no caminho direito. E conseguir preparar o povo de Israel para a vinda do Senhor. Lc 1.14-17O que pensava Jesus sobre Joo Batista: Em verdade vos digo que, entre os que de mulher tm nascido, no apareceu algum maior do que Joo Batista; mas aquele que o menor no Reino dos cus maior do que ele. (Mateus, 11:11)Porque todos os profetas e a lei profetizaram at Joo. E, se quereis dar crdito, este o Elias que havia de vir. Quem tem ouvidos para ouvir que oua (Mateus, 11:13-15) "MAIOR QUE PROFETA (Mateus, 11:09-11) Mas digo-vos que Elias j veio, e no o conheceram, mas fizeram-lhe tudo o que quiseram. Assim faro eles tambm padecer o Filho do Homem. Ento, entenderam os discpulos de que lhes falava de Joo Batista.(Mateus, 17:09-13) "Aquele que vem depois de mim mais poderoso do que eu, cujas alpercatas no sou digno de desatar; Ele vos batizar com o espirito e com o fogo" (Mt 3:11; Lc 3:16)." necessrio que ele cresa e eu diminua" (Jo 3: 30)."No dia seguinte, Joo viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. Este aquele do qual eu disse: aps mim vem um homem que foi antes de mim, porque j era primeiro do que eu. (Jo, 1:19-30).O que disse Joo Batista sobre Jesus:

Significado doBATISMO e daPregao de JooMetfora de renascimento Renovao dos hbitos Fora do templo, na natureza "Preparai o caminho do Senhor; endireitai as suas veredas (Mt 3:11) Toda carne como erva e toda a sua beleza, como as flores do campo, mas a palavra de Deus subsiste eternamente". (Lc 3:7-18) Joo alertava para a vinda prxima do Messias e insistia no preparo da Penitncia, atravs do Batismo e do arrependimento. (Mt 3:11) Aos saduceus e fariseus:

Raa de viboras, quem vos ensinou a fugir da ira futura? Produzi frutos dignos de arrependimento. Arrependei-vos! Colocai-vos limpos diante de Deus! Estejais prontos para o fim; preparai-vos para o aparecimento de uma ordem nova e eterna de assuntos sobre a terra, o Reino do cu.

Existem outros seres, que no so propriamente agneres, que pertencem muito mais ao plano extrafsico do que ao fsico. So, sem dvida, humanos, mas cuja ligao biopsicofisiolgica com a matria densa a mnima possvel. Espritos sublimes, de imensa superioridade evolutiva, que s encarnam na Terra em raras e altssimas misses, de singularssima importncia para a humanidade. O maior desses espritos foi a me Maria de Nazar, a virgem excelsa, rainha dos anjos.Expresses de Aureo, em Universo e Vida:16

A presena material de Maria na Crosta Terrquea foi indispensvel para a materializao do Messias divino entre os homens.Coube a ela fornecer ao Mestre a base ectoplasmtica necessria sua tangibilizao.Foi ponto de referncia e de equilbrio de todos os processos espirituais, eletromagnticos e quimiofsicos que possibilitaram, neste orbe, a presena crstica.Tudo o que o Senhor Jesus sentiu, na sua jornada messinica, repercutiu diretamente nela.A ela coube assentar-se direita de Jesus para superintender, sob a sua soberana influncia, as benevolncias do amor.Virgem excelsa, rainha dos Anjos, se fez para a humanidade a grande me, a grande advogada e a grande protetora.Mulher, eis a o teu filho. Depois disse ao discpulo: Eis a tua me. E desde quela hora o discpulo a recebeu em sua casa.(Joo 19:26,27)

Papel de MariaHumberto de Campos, Boa NovaAnurio esprita, 1986Memrias de um suicidaAo e Reao Os emissrios de Maria SOCORRO AOS SUICIDASAd Diem Illum Sec. XVA MEDIANEIRA

Retrato de MeMaria Dolores

Depois de muito tempo,sobre os quadros sombrios do calvrio,Judas, cego no alm, errava solitrio...Era triste a paisagem, o cu era nevoento...Cansado de remorso e sofrimento,Sentara-se a chorar...Nisso, nobre mulher de planos superiores,nimbada de celestes esplendores,que ele no conseguia divisar,chega e afaga a cabea do infeliz.Em seguida, num tom de carinho profundo,quase que em orao ela diz:- Meu filho, por que choras?Acaso no sabeis? replica o interpelado,claramente agressivo.Sou um morto e estou vivo.Matei-me e novamente estou de p,sem consolo, sem lar, sem amor e sem f...No ouvistes falar em Judas, o traidor?sou eu que aniquilei a vida do Senhor...A princpio, julguei poder faz-lo rei,Mas apenas lhe impus, sacrifcio, martrio, sangue e cruz.E em flagelo e aflioEis que a minha vida agora se reduz...Afastai-vos de mim,deixai-me padecer neste inferno sem fim...Nada me pergunteis, retirai-vos, senhora,nada sabeis da mgoa que me agita...o assunto que lastimo unicamente meu...No entanto a dama calma respondeu:- meu filho, sei que choras, sei que lutas,sei a dor que causa o remorso que escutas...Venho apenas falar-teque Deus sempre amor em toda parte...E acrescentou serena:- A bondade de Deus jamais condena.Venho por me a ti, buscando um filho amado.Sofre com pacincia a dor e a prova.Ters, em breve, uma existncia nova...no te sintas sozinho ou desprezado!Judas interrompeu-a e bradou, rude e pasmo:- Me? No venhais aqui com mentira e sarcasmo.Depois de me enforcar num galho de figueira,para acordar na dor,sem mais poder fugir vida verdadeira,fui procurar consolo e fora de viverao p da pobre me que forjara o ser!... Ela me viu chorando e escutou meus lamentos.Mas teve medo dos meus sofrimentos.Expulsou-me a esconjuros,chamou-me monstro, por sinaldisse que eu eraunicamente o esprito do mal.Intimidou-me a terrvel retrocesso,mandando que apressasse o meu regressopara a zona infernal de onde eu vinha... Ah ! Detesto lembrar a horrvel me que eu tinha...No me faleis de mes, no me faleis de amor,sou apenas um monstro sofredor...Inda assim disse a dama docemente:- Por mais recuses, no me altero,amo-te, filho meu, amo-te e querover-te de novo a vidamaravilhosamente revestidade paz e luz, de f e elevao... Virs comigo terra,perders, pouco a pouco, o nimo violento,ters o coraonas guas de bendito esquecimento.Numa existncia de esperana,levar-te-ei comigoa remansoso abrigo.Dar-te-ei outra me ! Pensa e descansa!... E Judas, nesse instante,como quem olvidasse a prpria dor gigante,ou como quem se desgarrade pesadelo atroz,Perguntou: - quem sois vsque me falais assim, sabendo-me traidor?Sois divina mulher, irradiando amor,ou anjo celestial de quem pressinto a luz? No entanto ela a fit-lo frente a frente,respondeu simplesmente:- Meu filho, eu sou a me de Jesus!!!

JUSTIAAMORTodos os decretos lavrados pelo sublime chanceler da Justia somente so homologados pelo Cristo depois de examinados e instrudos pela excelsa advogada da humanidade, a fim de que nunca falte, em qualquer processo de dor, as bnos da misericrdia e da esperana. (Aureo, UV)