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Ano LVIII • junho e julho • 2018 • n o 517 A Caminho do Santuário de Fátima Balanço Demonstrações Financeiras 2017 Enviando fotos para a Carta Mensal C ARTA

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Page 1: A Caminho - ENSÍ N D I C E 01 Editorial Super-Região 02 Nunca deixeis de ser namorados! 03 Ser Santos 04 Irradiando 06 A Igreja e seus Santos 08 Secretaria e Tesouraria vinculadas

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17

A Caminhodo Santuário de Fátima

Balanço Demonstrações Financeiras 2017

Enviando fotos para a Carta Mensal

CARTA

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Í N D I C E

01 Editorial

Super-Região02 Nunca deixeis de ser namorados! 03 Ser Santos04 Irradiando06 A Igreja e seus Santos08 Secretaria e Tesouraria vinculadas à obra do Senhor09 Demonstrações Financeiras 2017

13 Colóquio sobre Padre Caffarel15 Visita a Troussures17 Henri Caffarel, o homem e sua missão 19 O Rosário 22 XII Encontro Internacional Fátima 2018

Correio da ERI 24 A minha alma glorifica ao Senhor e o meu

espírito se alegra em Deus, meu Salvador

26 Última viagem

Igreja Católica 27 Ano do Laicato29 Palavra do Papa

Car ta Mensa lno 517 • junho • 2018

Carta Mensal é uma publicação periódica das Equipes de Nossa Senhora, com Registro “Lei de Imprensa” Nº 219.336 livro B de 09/10/2002. Responsabilidade: Super-Região Brasil - Hermelinda e Arturo - Equipe Editorial: Respon-sáveis: Fernanda e Martini - Cons. Espiritual: Padre Flávio Cavalca - Membros: Regina e Sérgio - Salma e Paulo - Pa-trícia e Célio - Jornalista Responsável: Vanderlei Testa (Mtb. 17622), para distribuição interna aos seus membros. Edição e Produção: Nova Bandeira Produções Editoriais - R. Turiassu, 390, Cj. 115, Perdizes - 05005-000 - São Paulo SP - Fone: 11 3473-1282 Fax: 11 3473-1284 - email: [email protected] - Responsável: Ivahy Barcellos - Fotos: Capa, fotográfo Ricardo Perna - Shutterstock; p. 2, 3, 5, 6-7, 25, 30, 33, 35, 44, 45: Pixabay - Diagramação, preparação e tratamento de imagem: Nádia Tabuchi e Samuel Lincon Silvério - Tiragem desta edição: 27.800 exs. Cartas, colaborações, notícias, testemunhos, ilustrações/imagens devem ser enviados para ENS - Carta Mensal, Av. Paulista, 352, 3o Conj. 36 - 01310-905 - São Paulo - SP, ou através de email: [email protected] A/C de Fernanda e Martini. Importante: consultar, antes de enviar, as instru-ções para envio de material para a Carta Mensal no site ENS (www.ens.org.br) acesso Carta Mensal.

Vida no Movimento31 Visita Pastoral da Super-Região Brasil à Província Sul I (Santos)

Raízes do Movimento33 Fale com Ele

Testemunho35 Aprender a ser Equipista36 Crescer no Amor37 A Evangelização começa a partir da família

Reflexão39 “Espiritualidade Conjugal e Familiar”39 PCE Um caminho para Deus

Formação41 EEC Encontro de Equipes a Caminho41 Equipes em Caminho

Serviços nas ENS43 Casal Responsável pelos Intercessores

na Super-Região Brasil 44 A oração em nossa vida45 Enviando fotos para a Carta Mensal

47 Notícias

Equipes de Nossa Senhora

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editorial

Fernanda e MartiniCR Carta Mensal

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Tema 2018: “A MISSÃO DO AMOR”

Queridos equipistas,

Junho é um mês alegre, cheio de festas e comemorações.

Santo Antonio, São João e São Pedro, testemunhos de santida-de, renúncia, fidelidade e profundo amor a Deus são lembrados ao longo do mês, assim como o dia dos namorados. Com a co-laboração do Padre Paulo Renato, SCE SRB, e Hermelinda e Ar-turo, CR SRB, dois artigos sobre estes temas abrem nossa Carta.

Antes de mais nada, importante lembrar que o Casal Respon-sável pela Secretaria e Tesouraria, Cidinha e Vail, nos apresenta nesta edição o balanço financeiro de 2017. Muito trabalho e carinho com nosso Movimento.

Nesta Carta, viajem com os participantes do Colóquio do Padre Cafarrel que visitaram Troussures, onde o padre morou depois de ter se retirado da animação do Movimento.

Outra importante nota é que o XII Encontro Internacional de Fátima está chegando. Seremos mais de 50 mil brasileiros parti-cipando. Alguns irão até Portugal, enquanto a maioria ficará no Brasil. Todos unidos de coração e em oração.

Durante os encontros internacionais das ENS, que ocorrem a cada seis anos, faz-se a troca dos casais da ERI. Os testemu-nhos, já com uma “pitadinha” de despedida de Tó e Zé, CR ERI, e Padre Jacinto, SCE ERI, estão imperdíveis.

Por fim, damos continuidade ao estudo do Documento 105, referente ao ano do Laicato, a história da vida do Padre Caffarel e ao relato dos acontecimentos de sua vida no Colóquio.

Vamos anunciar ao mundo a alegria do matrimônio!

Desejamos a todos um mês de muito crescimento. Estaremos novamen-te juntos após as férias de Julho.

A paz e alegria do Cristo.

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No mês de junho celebra-se o Dia dos Na-morados. Costumamos associar essa data à alegria apaixonada e apaixonante de jo-vens casais de namorados que experimen-tam uma das fases mais importantes da vida. Contudo, essa associação é simplis-ta porque a realidade do namoro, com to-dos os carinhos e gestos surpreendente-mente apaixonados, deve durar para toda a vida. Sendo assim, podemos afirmar que o namoro é um processo que não se in-terrompe com o casamento. Caso essa in-terrupção acontecesse o namoro seria na prática uma “propaganda enganosa”.Quero aproveitar meu espaço nesse mês para recordar a palavra da Igreja sobre duas fases do namoro. Primeiro o Papa Bento XVI, falando aos jovens namorados. Sugiro ainda que convide seus filhos, netos, sobri-nhos, afilhados... e leia também com eles as riquíssimas palavras que seguem:“Como namorados estais a viver uma fase única, que abre para a maravilha do encon-tro e faz descobrir a beleza de existir e de ser preciosos para alguém, de poder dizer um ao outro: tu és importante para mim. Vi-vei com intensidade, gradualidade e verda-de este caminho. Não renuncieis a perseguir um ideal alto de amor, reflexo e testemunho do amor de Deus!... Não vos esqueçais de que, para ser autêntico, também o amor exi-ge um caminho de amadurecimento: a par-tir da atração inicial e do ‘sentir-se bem’ com o outro, educai-vos a ‘amar’ o outro, a ‘que-rer o bem’ do outro. O amor vive de gra-tuidade, de sacrifício de si, de perdão e de respeito do outro” (Bento XVI, Praça do Ple-biscito, Ancona, 11 de setembro de 2011).O Papa Francisco, não menos inspirado que Bento XVI, olha adiante e fala para você, caro casal equipista, dando conselhos so-bre um namoro para toda a vida. Enfren-

tando desafios o namoro amadurece, sem deixar de ser namoro.“O alongamento da vida provocou algo que não era comum noutros tempos: a relação íntima e a mútua pertença devem ser man-tidas durante quatro, cinco ou seis décadas, e isto gera a necessidade de renovar repeti-das vezes a recíproca escolha. Talvez o côn-juge já não esteja apaixonado com um de-sejo sexual intenso que o atraia para outra pessoa, mas sente o prazer de lhe pertencer e que esta pessoa lhe pertença, de saber que não está só, de ter um ´cúmplice´ que conhe-ce tudo da sua vida e da sua história e tudo partilha. É o companheiro no caminho da vida, com quem se pode enfrentar as dificul-dades e gozar das coisas lindas. Também isto gera uma satisfação, que acompanha a deci-são própria do amor conjugal. Não é possí-vel prometer que teremos os mesmos senti-mentos durante a vida inteira; mas podemos ter um projeto comum estável, comprometer--nos a amar-nos e a viver unidos até que a morte nos separe, e viver sempre uma rica in-timidade” (Amoris Laetitia, 163). “Por isso, é muito importante recuperar o amor através do sonho de cada dia. Nunca deixeis de ser namorados!” (Papa Francisco, Encontro das Famílias, Manila, 2015).Caros equipistas, que Deus continue aben-çoando o namoro de vocês. Que a serieda-de dos compromissos assumidos com o ma-trimônio não seja mo-tivo para que a espon-taneidade dos gestos apaixonados do na-moro desapareça. Fe-liz Dia dos Namora-dos!!!!

Pe. Paulo Renato F. G. CamposSCE Super-Região

super-região

Nunca deixeis de ser namorados!

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Não nos contentemos com uma exis-tência medíocre, vamos viver os riscos, os desafios e oportunidades de hoje. A cada um de nós, independente da ida-de, é concedido um talento. Não pode-mos, como o servo da parábola, escon-der o dom recebido, e justificar assim: “Tive medo e fui esconder o talento na terra” (Mt 25, 25). Hoje o mundo é mui-tas vezes habitado pelo medo e pela rai-va. Os temores concentram-se em quem é diferente de nós, como se fosse um inimigo, e muitas vezes nos esquivamos, dizendo com indiferença: “Que tenho a ver com isto? Quando não partilhamos os dons com o outro, conservando-o só para nós mes-mos, ficamos sós...Se permanecemos sós, somos facilmen-te arrebatados pelo medo; devemos olhar juntos para o futuro. O futuro do mundo global consiste em viver juntos: edificando pontes, mantendo o diálogo aberto, indo ao encontro do outro, com a missão de reunir, a verdadeira missão do amor.Todos somos chamados a ser santos onde estivermos, vivendo com amor, oferecendo o próprio testemunho nas ocupações de cada dia. Somos santos quando vivemos com alegria esta nos-sa doação.Se somos casados, sejamos santos, aman-do e cuidando do marido ou da esposa.

Se temos filhos, sejamos santos, crian-do-os e educando-os com amor.Se somos trabalhadores para levar o pão de todo dia para casa, sejamos san-tos, cumprindo com honestidade e com-petência o nosso serviço aos irmãos.Se somos avós, sejamos santos, ensi-nando com paciência as crianças a se-guirem Jesus.Se somos investidos de autoridade, seja-mos santos lutando pelo bem comum, re-nunciando aos nossos interesses pessoais.Os idosos, os consagrados, os jovens que se preparam para o futuro, todos somos chamados a ser santos. O que não significa pensar que somos melhores do que os outros, porque fa-zemos ou sabemos mais, e não vale o cumprimento cego das regras sem amor, mas sim confiar na graça de Deus, para poder alcançar a santidade. Um olhar misericordioso compromete--nos na audácia criativa do amor, tão ne-cessária hoje em dia! Sejamos irmãos de todos, e, por isso, profetas de um mun-do novo. A audácia não pode ser a cora-gem de um dia, mas a paciência de uma missão diária na cidade e no mundo. Te-mos que tecer pacientemente o tecido humano das periferias, que a violência e o empobrecimento dilaceraram, anunciar o Evangelho através da amizade pessoal, criar uma sociedade sem inimigos.

Ser Santos

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“Deus criou o homem à sua imagem, à imagem de Deus Ele o criou” (Gn 1, 27a). Deus os abençoou e lhes disse: “Sede fecundos, multiplicai-vos” (Gn 1, 28a) Trazemos em nós, no nosso ser, esta se-melhança de quando fomos criados, so-mos semelhantes a Deus, não podemos nos esquecer disto.Participando de um evento, já faz mui-to tempo, ouvimos uma palestrante, uma irmã Carmelita dizer: o cristão é diferen-te. Mas que diferença é esta? Sim, aque-le que acredita em Cristo é diferente, ele irradia o Amor de Cristo, ele transmite para os que o cercam a presença de Cris-to. O casal cristão irradia este Amor onde ele estiver. Palavras do Papa Francisco: o Cristão deve ser Alegre, viver a Esperança e dei-xar-se surpreender por Deus. O cristão deve ser sal da terra e luz no mundo (Mt 5, 13-14). Sabemos que não é fácil ser sal e luz num mundo tão imediatista, num mundo em que os valores parecem estar invertidos.

E o mundo acha que é tudo normal. Em uma Sessão de Formação realizada, em nossa Região, tivemos a Graça de con-tar com a sábia presença do saudoso Pe. Mário José Filho, então Sacerdote Conselheiro Espiritual da ECIR.Em sua fala ele nos disse: “Não pode-mos confundir o que é normal com as coisas que hoje são comuns. O normal é o correto, o comum é o corriqueiro e nós não podemos confundir o que é co-mum com as coisas normais”. Pe. Má-rio também dizia: “Eu acredito na Fa-mília”.Relembro estas palavras de Pe. Mário porque os acontecimentos da vida são tão fortes que o comum acaba pare-cendo normal. E nós vamos nos acostu-mando. Na nossa vida de casal cristão, equipistas, devemos permanecer firmes em nossos princípios, valorizando o Sa-cramento do Matrimônio, dando teste-munho da nossa vida de casados por onde formos. Devemos levar o nosso testemunho aos nossos filhos, aos nos-sos amigos e aos filhos dos nossos fi-

Jesus nos mostra sempre o Caminho, Ele é o Caminho, e crer não é ter as solu-ções, mas habitar o Caminho, habitar a tensão, viver dentro da procura, e segui--Lo é andar contra a corrente, não igno-rando os sofrimentos nem as injustiças deste mundo.Temos que ser ousados, guerreiros, mas, ao mesmo tempo, humildes e alegres.“Não tenhamos medo de ser san-tos!”, nos diz o Papa Francisco. Abraçamos a todos.

Hermelinda e ArturoCR Super-Região

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Irradiando

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lhos. Nós devemos irradiar esta presen-ça de Deus em nossas vidas, não podemos escon-der esta Graça. Muitas vezes, o que enfrentamos por onde vamos, e o que vemos, é tão chocante que temos vontade de nos esconder, porém não é esta a solução, não é isto que de-vemos fazer. Devemos sim ter a coragem de testemunhar que somos casais casa-dos, com o Sacramento do Matrimônio, que nos amamos, que somos felizes, e já fizemos bodas de Prata, de Esmeraldas, de Rubis.... Isto para que, principalmen-te aqueles que não acreditam em uni-ões verdadeiras e duradouras, possam pelos menos se perguntar: E isto exis-te? Muitas vezes já ouvimos isto. Exis-te sim e vai continuar existindo, vamos continuar irradiando o amor de Cristo que mora dentro de nós, e que fazemos questão de não escondê-Lo em nós, te-mos a obrigação de levar por onde for-mos. Divulgar o amor que Cristo tem por nós e por toda a humanidade, não pode ficar escondido em nós este Amor. Esta Luz que trazemos conosco tem que bri-lhar em todos os lugares, nos mais dife-rentes e nos mais distantes.Jesus irradiou o seu Amor, a sua Luz por todos os lugares por onde passou, transmitiu o seu amor sem reservas a todas as pessoas, porque Deus não faz acepção de pessoas (Rm 2,11).Há pessoas, que mesmo em leitos de hospitais, sofrendo, se conservam se-renas, esperançosas, sorridentes, con-fiantes em Deus que nunca nos aban-dona, independente da sua condição de vida, estão sempre com um sorriso no rosto, distribuindo alegria aos ou-tros, mostrando que tem um Deus su-perior a tudo que estão vivendo. Estas

pessoas sabem o quanto é importante ter fé. Pessoas que em grandes dificul-dades são resilientes e superam as di-ficuldades por maiores que sejam, isto porque tem um Deus que lhes dá for-ças e coragem para lutar e também para ajudar outras pessoas em suas dificul-dades. A fé e o amor de Deus devem ser permanentes em nós casais, em nós equipistas e em nossas famílias, para as-sim continuarmos irradiando o amor de Deus. Porque precisamos viver a Missão do Amor. Que Nossa Senhora nossa boa Mãe nos conceda a Graça de vivermos esta mis-são, a Missão do Amor.

Maria e AmâncioCR Província NE II

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No Sermão da Montanha Jesus exor-ta as multidões a viverem a santidade a exemplo do Pai. “Sede santos como o vosso Pai Celeste é Santo” (Mt 5, 48). A Igreja é conduzida pela efusão do Espí-rito Santo, e por isso ela mesma é Santa e assim conduz os seus fiéis no caminho da santidade. Sendo transmissora da Graça Divina no mundo, a Igreja na Santa Liturgia cele-bra inúmeros Santos e Santas que pude-ram experimentar por diversos meios a Via da Santidade. Dentre tantos, que celebra-mos no mês de junho há três grandiosos que não só se destacam na devoção popu-lar, mas pelo testemunho de santidade, re-núncia, fidelidade e profundo amor a Deus.O que dizer de Santo Antônio, o primeiro deles? Um santo casamenteiro? Seria mui-to pouco olhar simplesmente este aspecto diante de tamanha grandeza de santida-de que exala na Igreja, ao longo dos sé-culos. Destacam-se também sua grande capacidade intelectual e seu conhecimen-to teológico. Este santo português nasceu em Lisboa em 1195, e faleceu em Pádua (Itália), no dia 13 de junho de 1231, com

apenas 36 anos. Foi primeiramente religio-so agostiniano, só depois, tornou-se francis-cano, teve a graça de conhecer e de convi-ver com São Francisco, que o nomeou para a formação dos frades da Ordem. É cha-mado de “santo dos pobres”, pois jamais admitiu que alguém passasse necessidade sem que fosse, sempre assistido com amor e esmerada caridade.Se temos tanto o que falar de Santo Antô-nio, imaginem de São João Batista, o gran-de precursor. Grande na coragem, ousadia e fidelidade à vontade de Deus, e tão pe-queno diante do Cristo, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo 1,29). Foi o único profeta a anunciar a chegada do Messias e a mostrá-lo no meio do povo. São João Batista, cujo nome significa Deus dá a graça, é de fato a voz que ainda cla-ma no deserto: “Preparai os caminhos do Senhor e endireitai suas veredas” (Jo 1,23).São João Batista, segundo a narrativa do Evangelho de São Lucas, é filho de Zaca-rias e de Isabel que eram idosos, e ainda como agravante Isabel era estéril. O nasci-mento de João Batista de forma bem clara é para todo o povo de Israel, a manifesta-

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A Igreja e seus Santos

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ção do poder, e sobretudo do amor mise-ricordioso de Deus. Podemos sentir muito bem nas palavras encorajadoras do anjo a Virgem Maria: “Também Isabel, tua paren-ta, concebeu um filho na velhice, e este é o sexto mês daquela que era considerada es-téril, porque para Deus, com efeito, nada é impossível” (Lc 1, 36). De fato, como o pró-prio nome João diz, DEUS É PROPÍCIO. É também o único dos santos que tem duas datas celebrativas na Liturgia da Igreja, sua natividade no dia 24 de junho e sua morte (martírio) no dia 29 de agosto.Finalizando esta breve colocação sobre os santos juninos, o que dizer do célebre Simão Pedro? São Pedro, ora dotado de coragem, ora cheio de fraquezas, sempre mostrou traços de um líder, impulsivo nas iniciativas e nos apelos ao seguimento do Mestre, foi o primeiro a responder ao cha-mado de Jesus juntamente com seu irmão André (Lc 6, 14). Assim como Santo Antô-nio e São João Batista, São Pedro também ganhou espaço na devoção popular, po-rém não podemos só olhar simplesmente por este ponto da impulsividade, do medo (negação) e da falta de fé: “Senhor, salva-

-me!“ (Mt,14, 30b). Assim como foi o pri-meiro a seguir o Cristo, foi também o pri-meiro a professar a fé. “Tu és o Messias, o Filho do Deus Vivo” (Mt 16,16). O Apóstolo Pedro, cujo nome significa ro-cha, nasceu na cidade de Betsaida na Ga-lileia no ano 1 a.C. e morreu em Roma aos 67 anos. É venerado em toda cristandade. A Igreja Católica o considera primeiro Bis-po de Roma e, por isso, o primeiro Papa. Governou a Igreja de Cristo na terra por 37 anos, sendo considerado pela Igreja Cató-lica o Pontificado mais longo da História.Que estes grandes santos da Tradição da nossa fé interce-dam por nós no Céu e nos inspirem uma vida de santidade aqui na terra.

Frei Paulo Sérgio O. CarmSCE Província NE II

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A Igreja é conduzida pela efusão do

Espírito Santo, e por isso ela mesma é Santa

e assim conduz os seus fiéis no

caminho da santidade.

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Ao prepararmos essa Carta, quando estamos passando as responsabilidades da Secretaria/Tesouraria para outra equipe, refletimos um pouco mais sobre alguns momentos que compartilhamos durante nossa trajetória nessa função. Por exemplo, um deles, a ideia dos trabalhos burocráticos ao atender todas as instituições, às quais devemos prestar contas. Parecia que esse trabalho estava desvinculado da vida cristã. Hoje, ao apresentarmos as Demonstrações Financeiras não podemos deixar de render graças ao nosso Pai Celestial pelas bênçãos que Ele nos proporcionou, dando-nos a visão correta para exercer nosso dever. Verificamos mais uma vez o quanto o trabalho de Secretaria/Tesouraria está vinculado à obra do Senhor e no nosso caso às ENS, com a missão de contribuir com a saúde e santidade da família por meio do fortalecimento dos laços sagrados do matrimônio em suas diversas formas, sob a iluminação do Espírito Santo, sempre pautada nos ensinamentos de Jesus. Com a experiência adquirida pudemos entender que nada veio de nós. Tudo nos veio pela misericórdia e amor do nosso Pai. Foi Ele que nos concedeu os dons e o ministério. A ele toda honra e toda glória.Algo que nos chama a atenção ao refletirmos sobre os papéis que desempenhamos, tais como a ideia de organização, secretaria, tesouraria, coordenação, parece novidade, coisas da modernidade, mas não é. Neemias, por volta do ano 444 a.C., foi responsável pela reconstrução dos muros de Jerusalém. Para conseguir os objetivos propostos, fez-se necessário alguém que se responsabilizasse pelo trabalho aparentemente burocrático:

“Confiei a intendência dos armazéns ao sacerdote Selemias, ao escriba Sadoc, e a Fadaías, um dos levitas, com o seu auxiliar Hanã, filho de Zacur, filho de Matanias, porque tinham reputação de integridade. Foram encarregados de fazer a distribuição aos seus irmãos” Neemias, 13:3 (Bíblia Ave Maria).

Temos ainda muito a aprender sobre a Palavra de Deus e agradecemos a Ele que nos ajudou nesse propósito. Contamos com Sua orientação para os novos desafios que virão e desejamos que vivamos com fé e todos juntos , como povo escolhido de Deus, reconhecidos como íntegros e irrepreensíveis.

Cidinha e VailCR Secretaria/Tesouraria SRB

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SECRETARIA E TESOURARIAVINCULADAS À OBRA DO SENHOR

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Com as Graças de Deus e a contribuição leal e generosa de cada casal equi-pista, apresentamos as Demonstrações Financeiras do exercício encerrado em 31 de dezembro de 2017, compostas pelo Balanço Patrimonial, Demonstração de Resultado e as Notas Explicativas, para o devido conhecimento de todos vo-cês, equipistas do Brasil.

BALANÇO PATRIMONIAL EM 31/12/2017 (em R$) RESULTADO DO EXERCÍCIO 2016

31/12/2017 31/12/2016

ATIVOCirculante 8.472.693,20 6.293.787,35 Circulante – E. Internacional 2018 47.484,35Circulante – III E. Nacional Não Circulante 874.139,50 926.346,16TOTAL ATIVO 9.346.832,70 7.267.617,86

PASSIVOCirculante 162.855,86 195.043,57Provisões Outras Obrigações – Encontro 2.583.734,97 47.484,35Patrimônio Líquido 6.600.241,87 7.025.089,94 TOTAL PASSIVO 9.346.832,70 7.267.617,86

RECEITASContribuições 4.290.276,45 4.083.580,79 Receitas Diversas 208.689,62 510.424,95Receitas Financeiras 498.250,62 700.695,69

TOTAL DE RECEITAS 4.997.216,69 5.294.701,43

DESPESAS Despesas com Encontros 2.684.544,98 1.783.470,53Doação (Contribuições p/ Canonização e Seminários) 317.655,27 307.240,00Carta Mensal e Desp. Postais 1.216,457,75 1.104.701,89 Impressos Doutrinários 392.723,79 560.136,74Despesas c/ Adm. de Equipes 476.591,72 194.544,27 Despesas c/ Pessoal 214.881,33 212.533,95 Despesas Gerais 119.209,92 97.598,62 TOTAL DAS DESPESAS 5.422.064,76 4.260.226,00

RESULTADO Resultado do Exercício -424.848,07 1.034.475,43 Fundo Patrimonial 7.025.089,94 5.990.614,51

RESULTADO ACUMULADO 9.183.832,70 7.025.089,94

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017Equipes de Nossa Senhora

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NOTAS EXPLICATIVASEXERCÍCIO 2017

1. Ativo1.1 - A diferença de R$ 2.079.214,84 no Ativo de 2016 para 2017 se

deve ao pagamento das parcelas referentes às inscrições dos equipis-tas brasileiros para o XII Encontro Internacional de Fátima (Portugal).

2. Passivo2.1 - No Passivo Circulante está registrado o valor de R$ 2.583.734,97

correspondente ao saldo já recebido referente ao XII Encontro In-ternacional de Fátima 2018.

3. Receitas 3.1 - As Contribuições leais e espontâneas no ano de 2017 totalizaram

R$ 4.290.276,45, o que representa um aumento de 5,1% em re-lação ao ano de 2016.

3.2 - Receitas Diversas registram o valor de R$ 208.689,62 relativo ao ressarcimento de livros e documentos do Movimento, ressarcimen-to de despesas e outras contribuições.

3.3 - Receitas Financeiras registram o valor de R$ 498.250,62 referen-te ao valor bruto auferido com aplicações financeiras.

Receitas Financeiras R$ 498.250,62

Receitas Diversas

R$ 208,689,62

10%4%

86%ContribuiçõesR$ 4.290.276,45

RECEITAS 2017

RECEITAS

2013 2014 2015 2016 2017

R$ 4.054.651,00

R$ 4.769.814,68

R$ 5.294.701,43

R$ 3.522.808,00

2013 2014 2015 2016 2017

84,1%

78,2%

80,8%

77,1%

R$ 4.997.216,69

CONTRIBUIÇÕES

85,9 %

CONTRIBUIÇÕES (% em relação a Receita Total)

R$ 4.290.276,45R$ 4.083.580,79

R$ 3.852.721,02

R$ 3.169.190,00

R$ 2.961.665,00

2013 2014 2015 2016 2017

10 CM 517

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DESPESAS

R$ 3.145.584,00

R$ 3.841.418,39

R$ 4.260.226,00

80,5% 80,5%

R$ 2.506.459,00

2013 2014 2015 2016 2017

R$ 5.422.064,76

77,6%

80;5%

71,1%

2013 2014 2015 2016 2017

108,5%

DESPESAS (% em relação as Receitas)

80;5%

CM 517 11

4. Despesas 4.1 - No ano de 2017 houve um crescimento no total das Despesas do

Movimento de 27,3% em relação ao ano anterior.

4.2 - Despesas com Encontros registram todas as despesas do Colegiado Nacional, Encontros Provinciais, Colegiados Provinciais, Reuniões da Equipe da Super-sRegião, Encontro de Novos Responsáveis (CRR e CRS), Encontros Provinciais de Conselheiros Espirituais, Encontros de Equipes Novas (EEN), Sessões de Formação e Formação Permanente, bem como todas as despesas de transportes relacionadas a estes eventos.

4.3 - Despesas com Pessoal incluem os gastos com os funcionários do Secretariado, salários, encargos e benefícios, bem como todo o serviço de terceiros com os respectivos encargos.

4.4 - Despesas Gerais correspondem aos gastos gerais, como a edição de livros, impressos e documentos do Movimento, despesas bancárias e financeiras, despesas de custeio do Secretariado, Projeto Vocacional e outros gastos administrativos.

4.5 - O total das despesas com Encontros, Carta Mensal, Livros e Correios somou R$ 4.293.726,52, representando nossa prioridade na aplicação de 85,9% das receitas anuais em “Formação”.

4.6 - Doação em dinheiro (Contribuições Canônicas e Seminários) no valor de R$ 317.655,27.

4.7 - Observar que as Despesas Totais pelo segundo ano seguido ultrapassaram o valor das contribuições espontâneas.

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12 CM 517

22%

DESPESAS 2017

2013 2014 2015 2016 2017

R$ 1.698.790,00

R$ 2.295.346,00

R$ 3.099.443,75

R$ 3.448.309,16

DESPESAS com Formação e Carta Mensal

DESPESAS com Formação e Carta Mensal

2013 2014 2015 2016 2017

48,2%

56,6%

67,8%

73,0%

% em relação as Receitas

2013 2014 2015 2016 2017

ImpressosDoutrinários

R$ 379.544,52

Carta Mensal e Despesas PostaisR$ 1.216.457,75

Comentários adicionais:

Algumas considerações que achamos necessárias e relevantes para o conhecimento dos equipistas, que vão além do balanço e das notas explicativas onde constam todas as receitas e despesas com nosso Movimento.

Ressaltamos a importância dos investimentos realizados, que novamente foram superiores ao valor das contribuições espontâneas e seus efeitos. Realizamos o Colégio da ERI em Florianópolis, que muitos frutos trouxe para o fortalecimento do Movimento. A expansão sustentada não se consegue dimensionar, tão grandes as distâncias das regiões que foram beneficiadas. Com a graça do Senhor as metas foram alcançadas como planejado.

DESPESAS (% em relação as Contribuições)

84,6%

99,3% 99,7%104,3%

126,4% Depesas Gerais R$ 119.209,92

Depesas c/ Adm. de Equipes

R$ 476.591,72

Despesas com EncontrosR$ 2.684.544,98

Doação (Contribuições p/ Canonização) R$ 317.655,27

Depesascom Pessoal

R$ 214.881,33

4%9%

7%

6%

R$ 4.293.726,52

65,0%

80,7%

65,1%

80,9% 79,2%85,9%

% em relação as Despesas

2%

50%

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A manhã do segundo dia do Coló-quio, que teve como tema “Hen-ri Caffarel, Mestre de Oração e Conselheiro Espiritual”, conti-nuou com uma rica reflexão sobre “O casal, as Equipes de Nossa Se-nhora e o Conselheiro Espiritu-al”. Esse momento foi conduzido por José Antônio Marcén Echan-di (Amaya, sua esposa, não pôde es-tar presente por motivo de doença na família), casal da ERI responsável pela ligação com a Zona Euráfrica, e pelo Pe. Gabriel Larraya Aguinaga, ofm cap, Conselheiro Espiritual da SR Espanha de 2010 a 2013.

O Pe. Caffarel atribuía grande im-portância à presença do padre nas ENS e junto aos casais. O padre é si-nal e presença de Cristo na equipe e faz parte dela de uma maneira di-ferente; na Equipe ele está a servi-ço do Amor Conjugal, do Magisté-rio e da comunhão, e não como um simples observador. Foi assim que o Pe. Caffarel desenvolveu a comple-mentariedade dos sacramentos da

Ordem e do Matrimônio. “Por um lado, os padres acompanham os casais no difícil discernimento que eles são chamados a fazer todos os dias, e, por outro lado, a proxi-midade com os casais que rezam e que se amam ajuda os sacerdotes a exercerem seu ministério com mais dinamismo e profundidade” (José Antonio).

Pe. Gabriel deu seu testemunho contando que na equipe ele se colo-ca a serviço: “Sou um servo da Igre-ja”. Em diferentes momentos ele expressa os seus sentimentos como SCE:

Eu recebo muito! [falando da sua participação na equipe].

Eu, em contato com os membros da minha equipe e suas famílias, en-contro sempre “uma alegria sacer-dotal, uma presença fraterna, um equilíbrio afetivo e uma paternida-de espiritual”.Não ser pai biológico foi a grande renúncia da minha vida. Mas minha

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Colóquio sobre Padre Caffarel (Colóquio Internacional – 8 e 9 de dezembro de 2017)

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experiência nas Equipes de Nossa Senhora me ajudou a compreender que a fecundidade do padre passa por esse vazio, por essa privação de mim mesmo, para dar a vida dan-do Deus.Eu sinto também a alegria de ver a Igreja se enriquecer com as contri-buições de tantos casais maduros em sua fé.Por seu lado, José Antônio reforçou que o Conselheiro Espiritual não é um observador. É alguém que com sua presença, discreta e sábia, com sua escuta respeitosa, compassiva e engajada, ajuda os casais a encarnar a Escritura em suas vidas, a aumen-tar pouco a pouco a compreensão dos sacramentos e a discernir o que se passa no mundo e em suas vidas.E José Antonio termina: “É na equi-pe que nós aprendemos a aco-lher e a honrar os sacerdotes, como expressamente pediu o Pe. Caffarel. No entanto, é um propósito que não fica restrito ao seio das equipes, mas que se prolonga e se estende a todos os outros sacerdotes, especialmen-te aos nossos pastores diocesa-nos. Somente uma santa inquie-tude cria em nós esse vínculo tão forte com o nosso conse-lheiro espiritual: se a sua alegria é de ‘nos dar vida’, como nós o ajudaremos se nós não nos mos-trarmos vivos, ativos, em contí-nuo crescimento? ”Finalizando esse bloco foi lido o tes-temunho, vindo de Camarões, da viúva Monique Cheuleu. Ela nos re-lembrou que na sequência lógica do acompanhamento dos casais,

e da difusão da Teologia do Matri-mônio, o Pe. Caffarel foi solicitado, logo em 1941, por jovens viúvas de guerra. Ele procurou dar sentido a esta nova situação para as mulheres que ficaram viúvas prematuramen-te. A espiritualidade da viuvez está na continuidade do Sacramento do Matrimônio e mostra que “o amor é mais forte do que a morte”. Com-plementou dizendo que a oração da viúva se alicerça na intercessão, no louvor e na oferenda.Dando continuidade, tivemos a mesa-redonda da qual participaram o Mons. Jérôme Beau como mode-rador, Jacques Gauthier, o casal Elai-ne e John Cogavin da Irlanda, mem-bros da ERI de 2001 a 2007 e o Pe. Patsy Kelly, também da Irlanda (é SCE e passou algum tempo em Troussures com o Pe. Caffarel nos primeiros tempos da Casa de Ora-ção).Os testemunhos em videoclips nes-ta Sessão vieram de Portugal (teste-munho de uma viúva sobre a espi-ritualidade da viuvez), da Polônia (a importância da oração para um ca-sal), dois da França (um casal teste-munhando a prática da oração con-jugal e uma antiga colaboradora do Pe. Caffarel) e do Líbano (um casal e um SCE, a oração como comple-mento da vocação).A última sessão teve como tema “Henri Caffarel, profeta para o casal e para o matrimônio”. Dela falaremos no mês que vem.

Vicélia e MagalhãesCR da Associação dos Amigos

do Pe. Caffarel no Brasil

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No dia 10 de dezembro de 2017,

2º domingo do Advento, os equipistas participantes

do Colóquio Internacional sobre o Pe. Caffarel fizeram uma peregrinação à

Maison de Troussures, onde Pe. Caffarel fun-dou uma escola de oração, depois de ter-se reti-

rado da animação do Movimento das ENS em 1973.Chegamos todos debaixo de muita chuva e frio, e logo nos

dirigimos ao túmulo do Pe. Caffarel para uma celebração conjun-ta, feita nos cinco idiomas do Movimento.

Houve uma primeira leitura do Evangelho de Marcos (10,17-22), que conta a história do jovem rico, em que a tônica é “vem e segue-me”. São estas as pala-

vras de Jesus que estão inscritas na sepultura, porque em março de 1923 foi este o chamado que iria nortear toda a vida de Henri Caffarel. Ao contrário do jovem rico, Caffarel recusa a “segurança das riquezas” e segue o convite de Jesus Cristo.

Depois do canto Laudate Dominun, foram lidas algumas pequenas reflexões extraí-das de textos do Pe. Caffarel. O primeiro referia-se ao amor (“o amor vem de Deus”). Nele destaca que o amor conjugal é um caminho que leva a Deus. Por ser um caminho de santidade, é uma grande escola de doação, de encontro, de desapego, de missão.

O segundo texto falava do “amor mais forte do que o sofrimento”, referindo-se ao momento de viuvez de um dos cônjuges, em que o amor conjugal se torna mais for-te do que a morte. A terceira reflexão tratava da oração. Oração como um momen-to de estar sendo esperado pelo Pai, pelo Filho e pelo Espírito Santo, a Família trini-tária. Oração como um momento essencial na vida da pessoa, por estar na presença de Deus, de receber seu amor, como o Pai que acolhe seu filho.Em conclusão, e ainda em frente ao túmulo do Pe. Caffarel, cantou-se o Magnificat e foi feita a oração por sua canonização.

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VISITA A TROUSSURES

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Em seguida, todos se deslocaram para o interior da Maison de Troussures, que hoje é um centro espiritual de retiros e encontros de formação, onde fomos re-cebidos e acolhidos pelos irmãos da co-munidade religiosa que segue a esco-la de São João Evangelista (Frères de Saint-Jean) e que dirigem a casa.

Eles nos mostraram as várias partes da casa onde viveu Pe. Caffa-rel neste período de 1973-1996. Visitamos a capela onde celebra-va as missas, o escritó-rio onde tinha seus li-vros e onde recebia as pessoas, o refeitório e outras partes impor-tantes da casa.

E uma informação bem curiosa: disse-ram-nos que Pe. Caffarel, antes de fa-lecer, lhes havia pedido que suas “coi-sas pessoais”, inclusive escritos, fossem queimadas e destruídas.Foi um momento muito emocionante es-tar nestes lugares onde Pe. Caffarel viveu um tempo precioso de aprofundamento e ainda pôde partilhar com milhares de pessoas o sentido de sua vida, sempre baseada na oração e no fiel seguimento ao chamado que o Senhor lhe havia fei-to ainda jovem. São lugares de constan-te peregrinação por equipistas do mun-do todo e por outros casais e famílias.Em seguida fomos convidados a partici-par de um almoço em Massabielle, que é uma casa das ENS da França, conhecida como “a casa do casal” ou “a casa das famílias das ENS”, onde se realizam reti-ros, encontros de formação e evangeliza-ção para casais e famílias, inclusive exten-sivos a pessoas que não são equipistas.

Ao final da visita tivemos a celebração da Santa Missa, cujo Evangelho fala-va precisamente de João Batista como mensageiro do advento de Jesus Cristo, e que veio para preparar os caminhos do Senhor.Dois profetas, cada um em seu tempo – João Batista e Pe. Henri Caffarel –, que souberam preparar os caminhos que tra-zem o Senhor e que nos levam até Ele.

Mariola e Elizeu CalsingEq.19 - Setor C - Região Brasília I

Província Centro Oeste

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No ano de 1939, Pe. Henri Caffarel com quatro casais iniciam o que virá a ser o Movimento das Equipes de Nos-sa Senhora; desta “fonte” irradiam ou-tros movimentos de casais, o de viúvas e várias publicações. Pe. Caffarel ava-lia o significado deste desenvolvimento como “uma manifestação interna, que é sinal da Graça”.Nas publicações, Henri Caffarel tem oportunidade de apontar a origem des-te esforço dos casais para elaborarem uma espiritualidade conjugal e familiar e se pergunta: “Não seria possível pen-sar que no século XX se abre a santida-de dos leigos casados?”E vai relembrar no futuro, avaliando o início do Movimento, falando com sim-plicidade do primeiro encontro com os quatros casais, na belíssima reflexão sobre o Carisma ENS, em 3 de maio de 1987, que ficou conhecida como o “Discurso de Chantilly”: “Há quaren-ta anos houve alguma coisa junto com aqueles quatro casais – não foi só uma boa ideia; foi alguma coisa a mais do que o simples entusiasmo; a Providência e o Espírito Santo ali estavam de algum modo”. Comenta que “lhe faltou coragem” quando se viu confrontado por aqueles casais, porque tivera uma infe-liz experiência anterior com um

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Henri Caffarel,o homem e sua missão

4. Nas fontes da Espiritualidade Conjugal O Amor e a Graça

grupo de escoteiros. “Mas, apesar dis-so, fui à primeira Reunião, que foi mui-to alegre, a partir dessa grande alegria que estes casais tinham de se amar e de amar a Cristo. Apresentaram-me trinta e seis perguntas e imediatamente per-di minhas apreensões. Eu próprio fiquei admirado por me sentir tão à vontade. E compreendi por quê: havia dez ou quin-ze anos que eu vivia com Cristo uma re-lação de amor; e, diante desses casais a me falarem de seu amor, descobri que se repetiam na vida do casal as mes-mas leis que eu havia descoberto na mi-nha relação com Cristo. E foi isso que me conquistou e entusiasmou. Íamos, portanto, poder ajudar-nos uns aos ou-tros: eles iam trazer-me a realidade em que viviam, e eu levar-lhes-ia algumas noções de espiritualidade que possuía. Quantas vezes disse a mim mesmo que, se em vez de encontrar esses quatro ca-sais, tivesse começado meu ministério numa paróquia, fazendo a descoberta do casamento no confessionário, não teria evoluído da mesma maneira!”

E lá em1945, no primeiro número especial de l’Anneau d’Or, nosso Conselheiro espiritual marca eta-pa na busca e na reflexão sobre a espiritualidade do casal cris-tão e debruça-se sobre a vo-cação para o amor; e em ou-tros artigos sobre o “mistério

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do amor”: “O amor cristão é autenti-camente humano, e ao mesmo tempo, sobrenatural; a caridade, esse amor que desce do coração de Deus como seiva, ativa-o e faz com que desabroche em frutos de santi-dade”. Mais tarde, em 1956, vai reto-mar seu pensamen-to sobre o amor con-jugal em seu livro O Amor e a Graça, onde voltará o pensamento sobre o amor, o casa-mento e os recursos da Graça.Apesar de seu trabalho com casais, Pe. Caffarel vê-se, a partir de 1940, con-frontado com jovens viúvas que perde-ram o marido na guerra e que o pro-curam. Em 1943 realizam um retiro em Lourdes com reflexões e conver-sas que impressionam Caffarel e esta bela iniciativa das viúvas que querem consagrar a Cristo sua viuvez “no pro-longamento de seu amor conjugal” é atendida por Caffarel, que as assiste e lança um periódico para congregá-las: a revista, Offertoire, em janeiro de 1947. Estas viúvas organizam-se em grupos, que se desenvolvem e consolidam na

oração, formando a “Fraternidade Nos-sa Senhora da Ressureição”. Padre Ca-ffarel sempre fez questão de associar

espiritualmente esta comunidade ao seu apostolado junto aos casais, por-que depositava uma fé muito gran-de na fecundidade toda especial da oração das viúvas, oferecida pela santificação do amor. E assim, nas fontes da Espiritualidade Conjugal, fica marcada a presença e a ternu-ra de Deus no coração das viúvas.Todos aqueles casais e viúvas, orientados por Pe. Caffarel, acei-tam suas exigências e têm a con-vicção de serem pioneiros de uma

grande obra. Partilham amizades na pre-sença do Senhor e o que lhes é mais caro, e se assumem uns aos outros em suas alegrias e provações, com entusiasmo, caminhando de descoberta em desco-berta no reino do amor e da Graça.

FONTES: “O Carisma Fundador - Discur-so de Chantilly”, Pe. Henri Caffarel. Su-per- Região Brasil. 3 de maio de 1987.

- “Henri Caffarel. Um homem arrebata-do por Deus”, Jean Allemand. Tradução de Gerard François Duchêne e Monique Du-chêne. ENS, 1997.

- “O Amor e a Graça”, Henri Caffarel. ENS. Edição na França, 1956. Edição no Bra-sil, 1961.

- “O amor mais forte que a morte”. H. Caffarel. Carré. Lochet. Rouguet. SP, 1972.

- “Espiritualidade Conjugal, uma pala-vra suspeita”. H. Caffarel. Tradução de I’Anneau d’Or, 2009.

Paulo José (da Yara), Salma e PauloEq.01B - N. S. da Esperança

São José dos Campos-SP

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MISTÉRIOS GLORIOSOS

1o MISTÉRIO GLORIOSO - A ressurreição de JesusO anjo disse às mulheres: Não tenham medo! Sei que buscais a Jesus que foi cru-cificado. Ele não está aqui, ressuscitou, como havia dito. Venham ver o lugar onde Ele jazia (Mt 28, 5-6). Iluminados pela ressurreição de Cristo, pe-regrinamos (física ou espiritualmente) até o Santuário de Fátima, Deus sabe o cami-nho que cada um teve que percorrer para chegar até aqui,mas como é consolador

estar diante da imagem de Nossa Senhora! Seu olhar nos transmite uma doçura imensa, sua ternura nos envolve como num abraço de mãe. Aquele abraço com que a mãe recebe o filho que chega, e não dá para definir de quem é a maior alegria do fi-lho ou da mãe. E assim em seu colo, sem precisar de palavras, todas as nossas dores, lágrimas, nossas misérias, pecados, se transformam. Seu olhar atravessa o mais ínti-mo de nossa alma, e nossa vida inteira nos parece ser compreendida. Sentimos-nos amados, sem reservas, infinitamente. Então recostados em seu colo ousamos dizer: “Mãe, cheguei!” E ela com toda sua ternura nos diz: “Filhinhos!” E o som de sua voz fica gravado em nosso coração, como sinal de ressurreição, vida nova que começa.

Pai Nosso, 10 Ave Maria, Glória...

2o MISTÉRIO GLORIOSO - A ascensão de Jesus ao céuDepois de lhes ter falado, o Senhor Jesus foi elevado ao céu e assentou-se à direita de Deus (Mc 16,19).O nosso coração se expande diante da gra-ça e aos poucos o mistério vai se revelando, então descobrimos que nosso coração bate ritmado pelo mistério da vida de Cristo e de sua ascensão ao céu, ritmado pela pre-sença maternal de Maria, que sempre es-teve ao nosso lado. E até os recantos mais

escuros de nossa alma parecem agora descobertos, em paz. Uma pessoa que se sen-te assim tão amada sente também o desejo de amar, de devolver ao mundo esta gra-ça. Sentemos ao lado da mãe e façamos da oração que o anjo ensinou aos pastori-nhos, a nossa oração para pedir a graça de Deus pelo mundo. No ritmo tranquilo da

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O ROSÁRIOMISTÉRIO DE CRISTO, “MISTÉRIO” DO HOMEM

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nossa respiração rezemos: Eu creio, adoro, espero e vos amo. Peço-vos pelos que não creem, não adoram, não esperam e não vos amam (repetir três vezes).

Pai Nosso, 10 Ave Maria, Glória...

3o MISTÉRIO GLORIOSO - A vinda do Espírito Santo sobre Nossa Senhora e os Apóstolos

E viram o que parecia línguas de fogo, que se separaram e pousaram sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo... (Atos 2, 1-4).O Espírito Santo derramou-se sobre os após-tolos e a Mãe estava com eles. A presença da Virgem Maria no nascimento da Igreja é prelúdio de seu auxílio na vida de todos os que se deixam tocar pela certeza da sua pre-sença. Mistério que palavras não podem ex-

pressar, mas que é sentido pela nossa alma. Em Fátima a Virgem Maria pede aos pas-torinhos para rezar, rezar muito e fazer sacrifício pelos pecadores, pois muitas almas se perdem por não haver quem se sacrifique e peça por elas. Mãe, nós te pedimos e a ti confiamos os nossos lares, felizes e os que vivem em conflito. Confiamos aos teus cuidados os nossos jovens, pois quem segura na tua mão não erra o caminho. Confiamos aos teus cuidados, os que estão aflitos, pelas suas dores ou daqueles que amam. Pedimos-te pela conversão de todos nós pecadores. Que o teu olhar de mãe ilumine os caminhos da nossa vida, aumentando em nós a fé, esperança e caridade.

Pai Nosso, 10 Ave Maria, Glória...

4o MISTÉRIO GLORIOSO - A assunção de Nossa Senhora ao céuPorque olhou para a humildade de sua ser-va. De agora em diante, todas as gerações me chamarão bem-aventurada, pois o po-deroso fez grandes coisas em meu favor, santo é o seu nome (Lc 1, 48-49). “O meu coração Imaculado será o teu re-fúgio e o caminho que te conduzirá até Deus”, prometeu Maria a Lúcia em Fátima, em 1917. Esta promessa não é só para a Lúcia. É para todos nós, que hoje oramos

no Santuário de Fátima ou nos muitos lugares onde Deus nos espera. Nos aconteci-mentos de Fátima vimos o amor, a profunda sensibilidade de Deus face aos homens e mulheres. Os corações de Jesus e de Maria estão atentos à voz das nossas súplicas. Supliquemos também nós pelo Movimento das Equipes de Nossa Senhora, que cada

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casal, cada sacerdote, cada equipe tenham como desejo primeiro caminhar para a santidade, nem mais nem menos. Que Nossa Senhora, que hoje invocamos sob o tí-tulo de Nossa Senhora de Fátima, rogue a Deus por cada um de nós.

Pai Nosso, 10 Ave Maria, Glória...

5o MISTÉRIO GLORIOSO - A coroação de Nossa Senhora, como rainha do céu e da terra

Apareceu no céu um grande sinal: uma mulher vestida de sol, com a lua debaixo dos seus pés e uma coroa de doze estrelas sobre a cabeça (Ap 12. 1).Deus tem um desejo em relação a nós. Ele conhece a nossa história, as nossas carac-terísticas, as nossas capacidades e limi-tes muito mais profundamente do que nós mesmos. Ele confia e espera que nossa vida seja um reflexo do seu amor pela humani-

dade. Jacinta, Lúcia e Francisco, embora pequeninos, se fizeram luz para o mundo, acolhendo e anunciando a mensagem daquela que foi escolhida por Deus para ser a Rainha do céu e da terra, porque mãe do nosso Rei Salvador, Jesus Cris-to. E Ele continua passando nas ruas e cidades e lançando o seu convite. Pe. Caffa-rel ouviu a sua voz: “Oh, nada de extraordinário naquele longínquo dia de março eu soube que era amado e que amava”, isto permeou todo o sentido de sua existência. Homem de grande sabedoria e profundo conhecimento, mostrava-se humilde e sim-ples ao convidar os irmãos a segui-lo no caminho de Jesus Cristo. Agora no céu, jun-to à Virgem Maria, olha por nós. Os filhos que gerou pela fé. E nós aos pés de Nossa Senhora, no Santuário de Fátima, lugar de bênção e graças, vimos pedir a Deus: que apresse o dia em que a igreja há de proclamar a santidade de sua vida.

Oração: Santíssima Virgem, que nos montes de Fátima vos dignastes revelar aos três pastorinhos os tesouros das graças que podemos alcançar, rezando o Santo Ro-sário, ajudai-nos a apreciar sempre mais essa santa oração, a fim de que, meditan-do os mistérios da nossa redenção, alcancemos as graças que insistentemente vos pedimos (pedir a graça).

Ó meu Jesus, perdoai-nos, livrai-nos do fogo do inferno, levai as almas todas para o céu e socorrei principalmente as que mais precisarem.Nossa Senhora de Fátima, rogai por nós.

Pai Nosso, 10 Ave Maria, Glória...

Maria Goretti e MoacirCasal Intercessor Nacional

[email protected]

CM 517 21

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XII ENCONTRO INTERNACIONAL

FÁTIMA 2018

Nove mil cristãos em Fátima!

“Turistas em busca de sensações? Não. Mas peregrinos em bus-ca de Deus.” Pe. Caffarel , CM 1959-9

Caros peregrinos. Estamos responsáveis pelas inscrições dos 3.200 brasileiros que estarão fisicamente presentes ao XII En-contro Internacional em Fátima, Portugal, de 16 a 21 de julho de 2018, e crescendo no espírito peregrino com o Estudo do Tema “A Missão do Amor”.

Consultando o site das ENS, no arquivo da CM, conhecemos a história das peregrinações e Encontros Internacionais e a participação do Brasil. Destacamos alguns trechos da CM 1959-5, da primeira peregrinação das ENS de cará-ter internacional, em Roma: “A Peregrinação é do Movi-mento... somos todos nós que iremos participar deste grande elã comum e das graças que o Senhor reserva àqueles que o procuram desse modo”. Compreen-demos que por ser uma iniciativa coletiva, todos os que ficam são peregrinos como aqueles que foram. Somos todos chamados a assumir o es-pírito peregrino: romper a rotina, caminhar com outro, acolher suas alegrias e suas dores e ofe-recer a Deus e comunicar com alegria o Senhor Ressuscitado.

Destacamos ainda: “É o Movimento todo que se movimentou, uns poucos receberam a incumbên-cia de serem os delegados dos demais... O auxí-lio mútuo permitiu a viagem de alguns... E estes ao partirem levaram consigo as preces, as súpli-cas, os anseios e as ações de graças daqueles que ficaram. Testemunhamos o empenho dos aproxi-madamente 8.000 equipistas que fizerem a ins-crição para 3.200 participações do Brasil: pagar os boletos, e-mails, telefonemas e aguardar na lis-ta de espera. Solidarizamo-nos com aqueles que cancelaram a inscrição, por diferentes motivos.

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CM 1959-7/8, um trecho da mensagem de três casais brasileiros, entre eles Nancy e Pedro Moncau, enviados como delegados das primeiras equipes do Brasil. “Foi em nome de vocês todos – vocês para isso nos tinham dado poderes – que afirmamos solenemente, ao mesmo tempo que os mil casais da Pere-grinação, a nossa fé no Sacramento do Matrimônio, a nos-sa firme disposição de envidar todos os esforços para levar a tantos casais que ignoram em nosso país a grandeza do Sa-cramento do Matrimônio... Mas também trazemos, particular-mente, a decisão – também tomada em nome de vocês – de trabalhar com energia, com dedicação, com ardor, para tornar conhecida das famílias brasileiras a vida cristã do lar. Somente quando esta decisão for também de vocês, só então nos considera-remos desincumbidos da missão que nos foi confiada”.Tivemos duas participações em Encontros Internacionais. A primeira em Fá-tima, 1994. Éramos Casal Regional, recebemos uma cota da solidariedade da coordenação internacional, a ERI. Vivemos a preparação Convidados às Bo-das de Caná e experimentamos uma conversão na convivência com casais e con-selheiros de culturas tão diferentes. Guardamos o testemunho de um casal equi-pista africano que vivia a monogamia no meio da cultura da poligamia. Foi dádiva de Deus cada dia vivido em Fátima. Ainda hoje estamos em missão conscientes de que somos todos convidados às Bodas de Caná. A segunda em Santiago de Compostela, 2000. Fomos enviados numa bonita cerimônia, recebemos envelo-pes para serem lidos a cada dia, com mensagens e pedidos de orações do Se-tor. Vivemos a indescritível experiência de estar tão distante fisicamente e ao mesmo tempo tão próximo dos irmãos que ficaram em oração no Brasil. No entanto, com os afazeres diários corremos o risco de não captar o espí-rito peregrino. Deixar passar o kairós, tempo de Deus em nossa vida. Apro-veitemos das orientações das ENS quanto à reza do Rosário, do Tema de Estudo, das iniciativas da nossa equipe e programações do Setor, visite-mos o site oficial do encontro end.fatima2018.pt para acompanhar as transmissões ao vivo.Que a motivação maior para atravessar o Atlântico seja o espí-rito de peregrinação. Que sejamos dignos representantes dos primeiros casais peregrinos brasileiros em Roma. Que a nossa participação seja efetiva e frutuosa, porque hoje, como on-tem, grande parte dos casais, sem exclusão dos equipistas, tem necessidade de serem ajudados com as graças do ma-trimônio cristão. Que caminhemos como Maria, a Senho-ra de Fátima, peregrina na fé.

Vera e José Renato LucianiCasal Coordenador Nacional

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Em Fátima, chegamos ao fim de um lon-go itinerário, começado há cerca de seis anos no grande Encontro Internacional de Brasília 2012.

O nosso pensamento é de um cânti-co reconhecido de alegria e de ação de graças, no qual gostaríamos de expres-sar o nosso orgulho, esperança e louvor.

OrgulhoPelo que foram, são e continuarão a ser as Equipes de Nossa Senhora!

Esperança Esperança para que o chamamento do Senhor encontre sempre em todos uma abertura confiante à responsabilida-de, porque alterando a nossa realida-de transforma profundamente a forma como vivemos essa mesma realidade.

Esperança ainda que as diversas lín-guas e culturas existentes nas Equipes

de Nossa Senhora, apesar das suas di-ferenças, vivam na alegria da pertença a uma grande família.

LouvorLouvor a Deus por nos ter dado a luz de nos pormos mais uma vez a Caminho e esclarecer-nos que servi-Lo é ocasião de o amarmos cada vez mais

O caminho que fizemos mostrou-nos bem como o Evangelho é sempre novo todos os dias e que os frutos resultan-tes do seu aprofundamento e saber são para ser transmitidos em todos os tem-pos e a todos os corações.

A revelação de Deus ao homem, no iní-cio do Gênesis com a pergunta “onde estás?”, é bem o sinal de como Ele quer caminhar conosco e frequente-mente nos procura e pergunta: “Onde está o teu irmão?”É uma pergunta pessoal, que exige uma

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correio da ERI

A minha alma glorifica ao Senhor e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador

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resposta pessoal, para nos mostrar bem, sem hesitações, o valor da resposta que lhe damos. Questionados com estas perguntas in-quietantes, tentamos nunca impor, mas sempre propor uma grande entreajuda, onde no conhecimento mais profundo e terno de Cristo, nosso Pai e irmão, ten-tamos dividir com os outros o pão que nos alimentava. Ao nosso querido fundador, Padre Henri Caffarel, uma ação de graças eterna, por ter sido sempre para nós a bússola que nos orientava no rebuliço das nos-sas vidas. Como foi importante o seu ensinamento para criarmos espaços de silêncio, onde a sua voz nos chegava mais clara… Sair e partir, conhecer muitas Supra-Regi-ões e Regiões, conviver e guardar no co-ração o olhar de centenas de equipistas, tornou-nos testemunhas das suas vidas.O Encontro com o Outro e a abertura do coração às suas necessidades foram ocasião de nos sentirmos privilegiados e darmos graças a Deus. Muitas destas visitas foram motivo de conversão, quando encontrávamos Deus vivo de onde regressávamos novos, por-que nos mostrava que ninguém se con-verte verdadeiramente a Deus se não aceitar os homens como irmãos.Vivemos um tempo de grande riqueza, quando ensaiamos mantermo-nos fiéis ao Amor de Deus, ao carisma das Equi-pes de Nossa Senhora e ao Amor dos homens que fomos conhecendo. Com a ERI vivemos a alegria de nos sen-tirmos irmãos, na qual partilhávamos tudo no verdadeiro sentido da palavra. A amizade que nos une não é apenas

uma mera união de grupos, mas antes uma vida de comunhão de cristãos que partilham a vida de Deus. A todos nos foi dado o espírito de Deus, e o espírito de Deus é harmonia, cami-nho e paz.Podemos proclamar dizendo sem medo a verdadeira mensagem do Evangelho: “Vede como eles se Amam”.À Patrícia e à Guénola, verdadeiras pe-dras angulares de todo um trabalho enorme, o nosso reconhecimento ao da-rem testemunho de como é mais impor-tante o Amor do que a lei. Ao saberem ultrapassar com dedicação, profissiona-lismo e paciência tantos entraves que as obrigavam por vezes a um trabalho su-plementar, respondiam com prontidão e eficácia a todas as SR/RR que recorriam ao Secretariado Internacional.Queridos amigos, nesta hora de despe-dida, queremos abraçar-vos a todos e a cada um em particular, apesar das nos-sas misérias, das nossas recusas, e mui-tas vezes do nosso silêncio, dizer-vos mais uma vez quanto vos amamos:Até sempre!…

A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador.

Tó e Zé Moura SoaresCR ERI

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Caríssimos casais,

Muito recentemente o Papa Francisco pu-blicou uma Carta Apostólica em forma de “motu próprio” dirigida aos Bispos em que lhes recorda que é preciso “aprender a despedir-se”. O Papa referia-se à resig-nação a que os bispos são convidados, ao atingirem a idade de 75 anos. Depois de uma vida dedicada ao serviço da Igreja nas mais elevadas responsabilidades, os bispos têm necessidade de descansar e de pre-pararem, segundo uma bela expressão de Bento XVI, a “última viagem”.Depois destes longos seis anos em que tenho estado ao serviço do nosso Mo-vimento como Conselheiro Espiritual da ERI (Equipe Responsável Internacional), também eu sou convidado a “aprender a despedir-me”. No princípio, parecia qua-se uma eternidade; agora, passados seis anos, parece que tudo se passou tão rapi-damente, como se fosse ontem. É verdade que esta ainda não é propria-mente a hora da “despedida”, que será no final do Grande Encontro, no próximo mês de julho, em Fátima. Por isso, agora é o momento da aprendizagem, de apren-der a despedir-me de todos vós, caríssimos casais. Gostaria de vos agradecer a vossa atenta leitura das minhas cartas ao longo destes seis anos. Foi gratificante ouvir al-guns de vós me dizerem, nos Colégios e em outras circunstâncias: “Agora podemos conhecê-lo pessoalmente, para além das cartas!”. Encontrei em vós muito estímulo para continuar neste serviço de animação, de confirmar os irmãos na fé e no entusias-mo de viver a santidade do Sacramento do Matrimônio, em casal e em família.Como sabeis, não tenho feito outra coisa senão exortar-vos a serdes fiéis à mística e à pedagogia do nosso Movimento; a ser-

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des fiéis aos pontos concretos de esforço, com particular insistência em dois: na ora-ção conjugal e no dever de sentar-se. Jun-tamente com os outros, estes dois pontos concretos de esforço são mesmo indispen-sáveis, pois se não fordes capazes de re-zar juntos como haveis de viver à luz da fé a vosso matrimônio? O dever de sentar na presença de Deus e em clima de oração ajuda o casal a centrar a sua vida n’Aquele que é a razão de ser do cristão que vive a sua união conjugal no Senhor. E a mis-são para a qual hoje os casais são espe-cialmente convocados, se não for o irradiar do testemunho da vivência da santidade como casal e em família não será nada!Se no princípio o desejo dos casais funda-dores e do Padre Caffarel era como viver a santidade em casal e na família, hoje esse desejo é mesmo uma missão: num mundo que já não acredita, proclamar pela pala-vra e pelo testemunho que vale a pena vi-ver o ideal do matrimônio cristão, pois será ele que, como fermento, salvará o mundo do caos em que hoje se encontra. Não há esperança para o mundo sem o fermento, sem a presença da família cristã.Este é o meu testamento, o meu desejo mais forte para todos vós. Que o Senhor que vos uniu no laço do Sacramento do Matrimônio vos abençoe e proteja. Que o Coração Imaculado de Maria seja o vosso refúgio e o caminho que vos conduz para Deus. Vamos este ano no Grande Encontro em Fátima pedir esta proteção e este refú-gio maternal de Nossa Senhora para o nos-so Movimento e para cada um de vós em particular. Levo-vos todos no coração e na minha oração sacerdotal.P. José Jacinto Ferreira de Farias, scj

Conselheiro Espiritual da ERI

Última viagem

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Caríssimos equipistas, no artigo anterior abordarmos o tema referente ao Segundo Congresso Mundial do Laicato. O artigo deste corrente mês tratará sobre a noção jurídica

dos fiéis leigos no Concílio Vaticano II.

No Concílio Vaticano II, os leigos encontram uma etapa histórico-jurídi-ca fundamental, de grande relevância eclesiológica, pois um dos gran-des méritos do Vaticano II, sem dúvida nenhuma, é a noção primordial da Igreja como Povo de Deus, onde cada batizado, segundo a sua pró-pria condição, participa de modo ativo na missão da Igreja. Ainda que o Vaticano II não dê uma definição ontológica dos leigos, é no documen-to conciliar que encontramos uma descrição tipológica dos leigos como uma novidade fundamental de uma eclesiologia enquanto mistério de co-munhão.

O momento central da reflexão conciliar é a tomada de consciência que a Igreja tem de si mesma e de sua missão. A eclesiologia conciliar exposta na Constituição Dogmática Lumen Gentium se fundamenta na compre-ensão sobre a participação de todo o Povo de Deus na ação missionária da Igreja. Logo, os dois princípios constitutivos estruturais da Igreja são a igualdade fundamental e a diversidade funcional. A Igreja vem mais de-finida como communio, uma categoria que assume, de modo compreen-sivo, todos os elementos constitutivos da Igreja, emanados da reflexão eclesiológica do Concílio Vaticano II:

Entre os elementos que exprimem a verdadeira e autêntica imagem da Igreja, cumpre mencionar, sobretudo, os seguintes: a doutrina que pro-põe a Igreja como Povo de Deus (cf. Const. Lumen Gentium 2) e a autori-dade hierárquica como serviço (Lumen Gentium 3); a doutrina, que, além

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igreja católica

Ano do Laicato

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disso, apresenta a Igreja como comunhão e, por conseguinte, estabele-ce as relações que devem existir entre Igreja particular e Igreja universal, e entre a colegialidade e o primado; a doutrina, segundo a qual todos os membros do Povo de Deus participam, a seu modo, do tríplice múnus de Cristo: sacerdotal, profético e régio. A esta doutrina está unida também a que se refere aos deveres e direitos dos fiéis e expressamente dos leigos (Sacrae Disciplinae Leges, 9).

Dessa forma, partimos do pressuposto de que todos os leigos na Igre-ja são fiéis. Mas nem todos os fiéis são leigos. Praticamente, o termo lei-go tem um significado preciso, serve para designar aquele que pertence como membro do Povo de Deus, mas que não determina todo o Povo de Deus. O que caracteriza todos os membros do Povo de Deus corresponde a um outro termo: fiéis.

Pode-se afirmar, sem dúvida nenhuma, que é de grande importância, na doutrina do Concílio Vaticano II, a noção de fiel, a noção de leigo e a mis-são deles no interior da Igreja Povo de Deus. Retomando e interpretando um clássico texto de Santo Agostinho, a título de comparação, podemos afirmar que o vocábulo fiel é um nomen gratiae, o vocábulo leigo é um nomen officci. Assim sendo, o vocábulo fiel define a con-dição comum de todos os batizados, do Romano Pontífice até o último recém-nascido incorporado na Igreja. O ter-mo leigo, segundo a reflexão conciliar, é o fiel que se em-penha em uma determinada função na Igreja. Isto é, a luz do princípio da diversidade funcional.

Prof. Dr. Pe. Orivaldo Pereira Filho* SCER Região SP Oeste II

Província Sul [email protected]

*Mestre em Missiologia pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma

Mestre em Direito Canônico pela Pontifícia Universidade Gregoriana

Doutor em Direito Canônico pela Pontifícia Universidade Lateranense de Roma

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No dia em que a Igreja reverenciou a São Francisco de Sales, padroeiro da imprensa católica, Papa Francisco divulgou a mensagem para o Dia Mundial das Comunicações Sociais, comemorado em 13 de maio, com o tema: “A verdade vos tornará livres (Jo 8, 32). Fake news e jornalismo de paz”. Papa Francisco pediu para que se busque sempre a verdade e seja sempre “comprometido em indicar soluções alternativas à violência verbal”.Na primeira parte da Mensagem, o Papa analisa o fenômeno das fake news. As falsas notícias, observa, visam “enganar e até mesmo manipular o destinatá-rio... sua difusão visa influenciar as escolhas políticas e favorecer os lucros eco-nômicos”. Esse sistema “pode contar com um uso manipulador das redes so-ciais que tornam virais as notícias falsas”. O drama da desinformação, adverte Francisco, é “o descrédito do outro, a sua representação como inimigo” que pode até mesmo “fomentar conflitos”. Francisco destaca que muitas vezes as notícias falsas fundam suas raízes “na sede de poder” que “se move de falsi-dade em falsidade para nos roubar a liberdade do coração”. O Papa, na segunda parte da mensagem, voltando ao Livro do Gênesis, observa que, na base das notícias falsas, há a “lógica da serpente” que, de alguma for-ma, tornou-se “artífice da primeira fake news”. O tentador“assume uma apa-rência credível” e concentra-se “na sedução que abre caminho no coração do homem com argumentos falsos e sedutores”. Precisamente como as notícias falsas. Este episódio bíblico mostra que “nenhuma desinformação é inofensi-va; antes pelo contrário, fiar-se naquilo que é falso produz consequências ne-fastas”, já que também “uma distorção da verdade aparentemente leve pode ter efeitos perigosos”. E precisamente a verdade é o antídoto mais radical ao “vírus da falsidade”. Na visão cristã, a verdade não é uma realidade apenas conceitual, que diz respeito ao juízo sobre as coisas, definindo-as verdadei-ras ou falsas. A Bíblia reúne os significados de apoio, solidez, confiança, como sugere a raiz aman (daqui provém o próprio Amen litúrgico). A verdade é aqui-lo sobre o qual podemos nos apoiar para não cair. Neste sentido relacional, o único verdadeiramente fiável e digno de confiança sobre o qual se pode con-tar, ou seja, a única verdade é o Deus vivo. Eis a afirmação de Jesus: “Eu sou a verdade” (Jo 14, 6). Só isto liberta o homem: “A verdade vos tornará livres” (Jo 8, 32). Lembra também o Papa que a grandeza da informação não está na

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Palavra do Papa

A verdade vos tornará livres (Jo 8, 32)

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velocidade em comunicá-la nem no impacto sobre o público, mas nas consequ-ências às pessoas que a leem, daí nossa grande reponsabilidade com os grupos de comunicação eletrônica e mídias sociais. Pensamos nisso ao compartilhar e publicar notícias? Pensamos nas consequências às pessoas que recebem uma falsa informação que enviamos, mesmo que involuntariamente?Viver a verdade, como o Papa nos pede, está na base das Equipes de Nossa Senhora. Desenvolver a capacidade para a verdade1 é uma das atitudes que o Movimento procura despertar em nós por meio da vivência dos pontos concre-tos de esforço e da partilha destes na reunião mensal, que são o coração do nosso Movimento. Significa desenvolver nossa capacidade de tomar consciên-cia de nós mesmos, de assumir nossa verdade, de construir e trabalhar a par-tir dela e não a partir da imaginação, das evasivas, da alienação, das meias-ver-dades, da mentira... Este é o sentido da “Regra de Vida” que devemos “fixar”, ou “adotar”, ou “revisar”... Para viver na verdade a equipe pede-nos que nos-sa oração seja um “verdadeiro encontro” e não uma justificação ou uma proje-ção de nós mesmos; que a “Oração Conjugal” seja um encontro entre marido e mulher, cada um na sua verdade; que o “Dever de Sentar-se” seja um “ver-dadeiro diálogo”, e não uma conversa baseada em nossas próprias máscaras ou na tentativa de manipular o outro. Por fim Padre Caffarel ainda nos deixa a seguinte mensagem de como viver a verdade na espiritualidade conjugal: fazer aparecer a luz é procurar as causas do mal. As mais visíveis nem sempre são as finais reais; não nos deixemos hipnotizar por elas. É preciso ir mais além. Sem temer descobrir os erros do cônjuge, deve-se sobretudo não fechar os olhos para os próprios. É necessário olhá-los de frente. Não tanto para se lastimar ou desanimar – o desespero não é solução – quanto para os reconhecer diante de si mesmo e talvez, na hora oportuna, diante do outro. Creio que muitas situa-ções se envenenam porque os esposos recuam diante de um esforço de pes-quisa e de franqueza. Façam esse esforço, e verão como tudo se desfará rapida-mente. A verdade liberta2.

Adaptado da mensagem papal para o Dia Mundial das Comunicações Sociais em 24 de janeiro de 2018, por

Cristiane e Brito, Casal Responsável pela Comunicação da Super-Região Brasil

1 Equipes de Nossa Senhora, Mística dos Pontos Concreto de Esforço e Partilha, pp. 9 e 102 Henri Caffarel, Aos Casais Desunidos, l’Anneau d’Or, disponível em O Amor e a Graça, p. 106

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Nada substitui o contato pessoal!Em agosto de 2017, recebemos com muita alegria a notícia de que a equipe da Super- -Região Brasil, faria a sua Visita Pastoral em abril de 2018, em nossa região SP Sul I, sen-do a cidade de Santos a escolhida.Todos os detalhes que envolveriam esta vi-sita começaram a ser pensados e discutidos com a equipe da região, cada detalhe foi re-visto inúmeras vezes.A ansiedade aumentava na medida em que a data ia se aproximando, tudo estava pron-to, local de acolhida, os cuidados com am-biente da reunião, os mimos preparados com tanto carinho por casais de base, a Celebra-ção Eucarística e a convivência com os equi-pistas locais, o ponto alto da visita.A Celebração Eucarística foi realizada na bela Catedral de Santos, e para nossa alegria

estava lotada, com muitos equipistas, todos usando a camiseta da província, azul royal, uma demonstração de pertença ao nosso Movimento.Estavam presentes vários Sacerdotes Conse-lheiros Espirituais, que concelebraram com o Pe. Paulo Renato, Sacerdote da Super-Região Brasil.Em sua homilia Pe. Paulo Renato nos disse que seremos sinal de ressurreição somen-te, quando estamos reunidos, por isso que, como Equipe de Nossa Senhora, se faz ne-cessário estarmos sempre em unidade para que não percamos a experiência de fazer-mos o encontro com o Ressuscitado.Nas palavras de Hermelinda e Arturo, trans-mitidas com tanta alegria e entusiasmo, tes-temunhando a coragem e o estímulo, que os levaram a aceitar o chamado para a nova

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vida no movimento

Visita Pastoral da Super-Região Brasil à Província Sul I (Santos)

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missão, ser Casal Ligação da Zona América, nos animaram ainda mais a continuar ser-vindo aos casais, ao Movimento e à Igreja. Nos emocionou vê-los falar do amor dedi-cado à missão de animar a Super-Região Brasil e que muitos foram os desafios, mas que todos foram superados com carinho e responsabilidade. Também tivemos a ale-gria de conhecer o novo Casal Responsá-vel da Super-Região Brasil, Lu e Nelson, que atualmente responde pela animação da Província Centro-Oeste, que conduzirá nos próximos cinco anos o Movimento nesse imenso Brasil, a partir de agosto deste ano.No momento da convivência, comemora-mos os 60 anos de fundação das Equipes de Nossa Senhora na cidade de Santos, com direito a bolo e tudo mais.Tivemos também a graça de ouvir o teste-munho de um equipista da primeira hora, o Sr. Fernando Martins, da Idalina (in me-moriam), homenageado por pertencer à

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ENS Monte Serrat, 1a equipe do setor. Em seus 95 anos de vida, esbanjava sabedo-ria e muito conhecimento do Movimento, o qual ainda é assíduo colaborador com textos mensais no blog do setor, um equi-pista respeitado e admirado por todos.Na alegria do encontro, no abraço sin-ceros, no sorriso de cada um presente, sentimos, naquelas poucas horas que passamos juntos, o espírito de fraterni-dade, que nos anima e fortalece nossa caminhada e que ficaram gravadas em nossa memória e em nosso coração.Agradecemos a Deus acima de tudo por termos dado a graça de pertencer a este lindo Movimento, que cresce e se forta-lece a cada dia.

Glaucia e Bianchi CRR São Paulo Sul I

Pe. Jailson SCER São Paulo Sul I

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fale

ELE1

1 Editorial Pe. Caffarel. Carta Mensal nº 4, junho de 1971.

Algumas semanas atrás, fui ter a um convento de Trapistas. O padre que me recebeu conduziu-me através de longos corredores, claros, pobres, silencio-sos, até a cela do prior. Entro num quarto pintado a cal, sem ornamentos, sem imagens, onde sou recebido por um homem todo silêncio e serenida-de. Seu rosto é um misto de rudeza e doçura, de uma doçura toda espiri-tual que atenua as rugas da sua face ascética. Em seu olhar se misturam a candura da criança e a sabedoria do ancião. Conversamos abertamente. E, no decorrer da palestra, vem ele a falar do dia já longínquo que decidiu a orientação de sua vida.

Quando adolescente, frequentava ele, com outros jovens de sua ida-de, uma associação paroquial onde, ao lado de jogos nos quais se en-tretinham amistosamente, ouviam do vigário algumas orientações para a vida que se abria perante eles. Naquela tarde tinha falado da oração. Nosso adolescente, aparentemente para ajudar a pôr um pouco de or-dem, deixou que os companheiros partissem. Na realidade, tinha al-guma coisa a pedir ao vigário, mas não sabia como abordar o assun-to. Foi assim que, com aparente indiferença e enquanto arrumava a sala – é menos embaraçoso do que frente a frente –, disse ao vigário:

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raízes do movimento

com

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“Padre, o senhor nos repete sempre que é preciso rezar, mas não nos ensina como devemos proceder” “É verdade! Você quer apren-der a rezar? Pois bem, Paulo, vá até a capela e, ali, fale com Ele”. “Fui até a capela – disse-me o velho prior– e, naquele entardecer, devo ter-me demorado bastante, pois lembro-me que, ao chegar em casa, fui severamente advertido por minha mãe. Pela primeira vez eu tinha rezado. E creio que, desde então, nunca mais deixei de falar com Ele”.Acabada a sua confidência, o padre prior calou-se. Pela inflexão de sua voz eu compreendera que não fora sem emoção que evocara esta antiga lem-brança, primeiro elo de uma longa intimidade com o seu Deus. O silêncio, que eu não ousava romper, se prolongava: estava certo que ele Lhe falava. Certamente rendia graças por ter encontrado, aos quinze anos, o padre que o orientara no caminho da oração. O conselho do vigário só era banal na aparência. Na realidade revelava um homem de oração, aquele que, em lugar de um longo discurso, limitara--se a responder com essas breves palavras a um adolescente desejoso de aprender a rezar: Fale com Ele. Não se fala a uma sombra. É preciso pois tomar consciência da presença de Deus, para com Ele falar. E para saber o que Lhe dizer, é preciso avivar a fé. E para formular as palavras torna-se necessário não se contentar com impressões inconsistentes, mas sim ex-primir pensamentos, desejos, sentimentos preciosos. São grandes, na reali-dade, os méritos de tal método – se podemos chamar de método um con-selho tão simples.São tantos aqueles que, na meditação, deixam-se embalar por devaneios imprecisos, enternecer sobre si mesmos, entorpecer no doce calor de vagas emoções piedosas, sem nunca chegar a fixar o espírito incapaz de concen-tração. Por que não ouviriam eles, por que não adotariam o conselho sim-ples daquele vigário! Talvez o menosprezem, seja por orgulho, seja por pre-guiça espiritual, seja porque se julgam mais adiantados nos caminhos da oração, seja por aversão ao esforço.Se desejamos, nós também, aprender a rezar, ouçamos e ponhamos em prática o conselho do jovem vigário. Dia virá em que a meditação dispen-sará as palavras, quando tivermos, se assim me posso exprimir, adquirido a tarimba. Ou, mais exatamente, quando a graça tiver lentamente realizado o seu trabalho. Mas não nos preocupemos em acelerar a marcha e, por en-quanto: Falemos com Ele.

Henri Caffarel

Colaboração Maria Regina e Carlos Eduardo

Eq. N. S. do Rosário Piracicaba-SP

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“Amai a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”. (Mt 22, 37-39). Essa imagem retrata a comunhão e o amor que aprendemos a viver como cristãos nessa pequena igreja chama-da Equipe 01 Nossa Senhora Aparecida. No período de Quaresma, realizamos um encontro da equipe em uma Cele-bração Eucarística, presidida por nos-so SCE Monsenhor Afrânio, para a co-memoração de ação de graças dos 15 anos de nossa equipe e pelos 30 anos de matrimônio de Mirene e Adilson e os 48 anos de sacerdócio de nosso SCE, o qual, com o carinho e acolhimento que lhe são peculiares, nos proporcionou um encontro com o sacramento da reconci-liação, para vivemos de forma mais ple-na esse momento da alegria cristã na celebração da Eucaristia. Ao iniciarmos a caminhada nas ENS, temos nossas ne-cessidades em foco, um olhar individua-lista e muitas vezes egoísta. Nada que a perseverança, disponibilidade e ora-ção não possam transformar... Aprende-mos a minimizar o “Eu” e a multiplicar o “Nosso”, aprendemos que sozinhos a caminhada é mais difícil, e juntos so-

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testemunho

mos mais fortes. Aprendemos a respei-tar o olhar do outro, aprendemos que nem sempre nossas verdades são ab-solutas... aprendemos que para atingir longas jornadas não precisamos ir mais rápido e sim caminharmos juntos. Esse olhar acolhedor, que as equipes nos levam a exercitar, nos encanta cada dia mais. Aprendemos que a alegria de estarmos reunidos em Cristo nos forta-lece, aprendemos que muitas vezes es-ses irmãos se transformam em anjos em nossas vidas. Aprendemos que temos a missão cristã, de amar, e de levar amor, compreensão e acolhimento por onde passamos. Tendo a certeza de que so-zinhos estamos mais vulneráveis às cila-das do mundo, e unidos a Cristo somos capazes de ir além de nossas limitações. E assim o tempo vai passando e nossa equipe vai caminhando, na certeza de que o ponto final não existe, e que a fe-licidade cristã estamos construindo dia a dia em equipe e em família, e o apren-dizado continua...

Luciana e Fábio Eq.01 - N. S. AparecidaSetor A - Arapiraca-AL

Aprender a ser Equipista

... Aprendemos a minimizar o “EU” e a multiplicar o “NOSSO”, aprendemos que sozinhos a caminhada é mais difícil, e

juntos somos mais fortes.

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Crescer no Amor

Estamos com o coração palpitando de alegria, pois aconteceu mais um Casamento Comunitário regado aos temas do livro “Crescer no Amor” na Paróquia de São Miguel em Barreiros-PE. A experiência de vivenciar o li-vro “Crescer no Amor” é maravilhosa! O uso desse material está fortalecen-do e enriquecendo o Casamento Comunitário em nossa Paróquia, que até agora já promoveu 53 casamentos dos grupos que utilizam o livro “Crescer no Amor”. Um serviço gratificante para os casais equipistas que coordenam os grupos e tantos outros que colaboram para que tudo aconteça e seja inesquecível para aqueles noivos que decidiram dar o sim ao Sacramento do Matrimônio. Uma realização para os noivos e uma doação de amor dos casais equipistas que trabalham meses com a maior dedicação, trocando experiências e colaborando para o cresci-mento do Reino de Deus. São 10 encontros com temas que ajudam para uma melhor caminhada de vida. São tantas vidas enriquecidas, sem dú-vida, o “Crescer no Amor” veio para fortalecer casais que almejam no dia a dia melhor qualidade de vida na busca da felicidade da vocação de ser casal cristão. Todos os casais do setor colaboram nesse grande evento em nossa Paróquia, seja coordenando os grupos, no curso de noivos, organizando a cerimônia ou promovendo uma recepção para os noivos. Os casais equipistas, assim como os noivos, crescem no amor!

Adriana e Alcides Eq.02 - N. S. das Graças

Setor II - Barreiros-PE

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A Evangelização começa a partir da famíliaCaminhar com Cristo, pessoalmente e em casal, viver no dia a dia o Sacra-mento do Matrimônio e dar fruto: acreditamos que é este o objetivo dos membros das Equipes de Nossa Senhora. Dizer ao outro “amo-te” tam-bém quer dizer que: “faremos tudo para que o nosso amor cresça, para que o projeto que vamos tentar seja uma aventura apaixonante, vamos construir alguma coisa juntos, sob o olhar e com a ajuda de Deus”. Desta forma, com este pensamento e disposição que tudo começou em nossa família, através de nossos pais, irmãos, cunhados, tios e avós. A razão de ser das Equipes de Nossa Senhora é ajudar os casais a descobrir as rique-zas do Sacramento do Matrimônio e a viver o seu casal na fé.

Baseado neste exemplo de casal e família, acreditamos que todo amor verdadeiro é fecundo, produz frutos, pois ao se doar inteiramente ao ou-tro, para que o outro seja feliz, aquele que ama vê seu amor frutificar, se reproduzir, vê o crescimento e amadurecimento do outro. No penúlti-mo capítulo do livro tema do ano de 2017, “Pontes sim, muros não”, foi abordado sobre a fecundidade dos cônjuges, realizada em três modos: a conjugal, que se efetiva na construção do próprio casal; a biológica e pa-rental, que se dá por meio da vida e se educam os filhos, e a social, como esposos e família, somos chamados a testemunhar perante o mundo. Foi exatamente isso que este casal, como família, fez. Demonstrou que: par-tindo do compromisso de viver uma relação em Deus, aí começa a fecun-didade do casal. Como uma semente lançada na terra e da qual se espe-ra que venha a dar flor e depois fruto.

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Através do exemplo, da coerência entre fé e vida e da descoberta das riquezas do Sacramento do Matrimônio, acontece à evangelização. E foi assim que se evangelizou nossa família. Primeiramente as fi-lhas, posteriormente irmãs e sobrinhos. A evangelização na família, não parou por aí. Vieram os netos, frutos da fecundidade biológica. Que crescidos dentro de famílias cristãs, que se preocupam em orien-tá-los a seguirem o Cristo, não somente com palavras bonitas, mas com gestos e atitudes dignas do cristão praticante, ingressaram nas EJNS nossos filhos.

Evangelizar nos dias atuais, quando o mundo clama pelo pecado, não é tarefa fácil. O trabalho é árduo e demanda muita fé e perseverança. A família possui um papel fundamental na missão de levar a Palavra de Deus aos homens. O Papa nos diz que a família é o objetivo principal da nova evangelização.

“A Igreja promove que a família seja o âm-bito onde a pessoa nasce, cresce e se edu-ca para a vida, e onde os pais, amando com ternura seus filhos, vão os preparan-do para saudáveis relações interpessoais que encarnem os valores morais e huma-nos em meio a uma sociedade tão marcada pelo hedonismo e a indiferença religiosa”,afirma o Pontífice na Conferência Episcopal. Precisamos nos manter alertas na educação religiosa de nossos filhos; eles são o futuro da nos-sa Igreja e da nossa Fé católica. É na família que começa a formação dos homens e mulheres novos para o mundo novo que há de vir! Pre-cisamos estar sempre vigilantes e amar muito nossos filhos como afir-mou o nosso Papa. Levemos as crianças, os jovens para a Igreja, mas, com amor. Com nosso exemplo conseguiremos levar Jesus ao coração dos nossos filhos e parentes. Bom demais é ser de Deus. Melhor ainda é ter uma família de Deus!

Deus abençoe nossas famílias!Jonilda e Valdir

Eq.02B - Famílias Freitas e Gama Região Norte I –

Setores A, B, C, D Manaus-AM

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“FRUTOS DO AMOR”

Quando falamos em espiritualidade conjugal e familiar, falamos em mudan-ça de vida. A espiritualidade conjugal e familiar acontece, na vida do equipis-ta, somente quando existe uma forma-ção de consciência e com a graça de Deus em nossas vidas. A graça de Deus desceu sobre nós a partir do momento em que dissemos o sim para a ENS, em Guará II-DF. Foi em 1988 que tivemos a gra-ça de entrar para o Movimento das Equipes de Nossa Senhora. Tivemos uma caminhada cheia de turbulências, um caminho com pe-dras e tropeços, que o mundo nos ofereceu em toda a nossa trajetória. A nossa espiritualidade conjugal se de-senvolveu diante das nossas fraquezas, pois como diz o Apóstolo Paulo: “é dian-te de minhas fraquezas que sou forte”,

deixamos que a graça de Deus se derra-masse sobre nós e sobre nossa família. Hoje, já podemos perceber os “Frutos do Amor de Deus”. E quais são estes frutos? Nossas três filhas, três genros e cinco netos, sendo duas delas já engajadas no Movimento das ENS e uma engajada em grupo de Pastoral (casais de segunda união). Deus não abandona seus filhos ama-dos, os acolhe sobre graças derrama-das. Agradecemos a nossa Equipe e aos nossos conselheiros espirituais por todo apoio fraterno que nos deram durante todo este tempo, para que as Graças de Deus pudessem se ramificar sobre todos nós, e para que melhor colhamos os fru-tos do amor de Deus.

Carminha e Lúcio Eq.02-E

Brasília-DF

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reflexão

“Espiritualidade Conjugal e Familiar”

PCE Um caminho para Deus

Este foi o título de uma reportagem da Carta Mensal de junho de 1989, após o princípio da caminhada da Segunda Ins-piração. O que nos fez refletir muito e ainda o fazemos.

Quando entramos para o Movimen-to e já faz muito tempo, em plena Pi-lotagem, percebemos que os PCEs se-riam o esteio de nossa caminhada. Aqui podemos dizer que ao nos apresenta-

rem os PCE, os casais eram apaixonados por eles e assim nos colocaram o que ti-nham de melhor para vivenciarmos a es-piritualidade conjugal. Claro que no pa-cote vinham os temas, a vida de equipe, a reunião de equipe e tudo o que o Mo-vimento propõe. Fomos sabiamente pilo-tados pela nossa equipe, que num gesto de solidariedade e fraternidade retomou para si também a Pilotagem, vivenciando

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novamente os antigos Cadernos Verdes, material utilizado na Formação da Pilo-tagem.

No começo sentíamos que algo diferen-te estava acontecendo em nosso coti-diano. Começou a brotar uma vontade enorme de olhar um para outro procu-rando uma maneira de fazermos que o outro sorrisse mais, que as horas do dia que passávamos juntos eram gas-tas para nos conhecer mais, para nos di-zermos o quanto nos amávamos, que o outro fosse pleno na sua humanidade. Hoje sabemos que era a Graça do Se-nhor que inundava nosso casamento.

E assim fomos caminhando. A cada Es-cuta descobríamos o que Deus queria de nós. O Dever de Sentar-se nos leva-va a uma sintonia. Rezar juntos passou a nos dar uma paz interior nunca sen-tida. E assim fomos aprendendo o real valor dos PCE – um caminho para Deus.

As quedas foram muitas, e ainda acon-tecem. Mas quem um dia conheceu a Cristo levanta sempre, e os recomeços são muitos na caminhada. O rezar jun-tos nos fortalece para levantarmos.

O tempo passou… e hoje buscamos mais do efeito PCE.

Buscamos na vivência dos PCE o interior de Deus. Viver neste interior. Por quê? Porque entendemos que somos unidos no Senhor. Viemos até Ele como bati-zados e fizemos uma aliança com Ele em nosso matrimônio. A partir daí esta-mos indo em direção deste interior para compreender melhor o seu amor e acei-tar o alimento que vem Dele para fazer-mos o caminho.

Às vezes nos assustamos porque este interior é exigente, mas também é muito amoroso, respeitoso com nosso tempo. Hoje temos certeza de que Deus vai es-tar sempre não ao nosso lado simples-mente, mas Ele está dentro desta nossa busca de seu interior. É itinerário para as nossas transformações como um ca-sal cristão, como um ser humano que-rendo ser a imagem e semelhança do Pai. É o itinerário para a nossa conver-são diária. Costumamos dizer que são pílulas diárias de conversão.

Temos consciência que ao vivenciar os PCE em sua grandeza é apaixonar-se por Cristo e colocá-lo na vida do casal é o objetivo na caminhada, é um esfor-ço diário de sermos mais próximos das pessoas, do povo de Deus.

E este objetivo tem nos levado à porta aberta do Pai e tem nos convidado a vi-ver plenamente, cotidianamente, de uma maneira especial a vida do casal. E esta-mos aqui falando em tudo que envolve, material e espiritual, a nossa vida.

Descobrimos no querer de Deus que construir nossa vida de Casal Cristão foi caminhar com e nas equipes bus-cando sempre a intimidade do Amor de Deus, e a proposta do Movimen-to é viver os PCE. É para nós a gran-de novidade experimentar uma nova perspectiva, viver os PCE no interior de Deus. Na extrema intimidade, esta que nos permite errar e acertar, mas sempre nos braços Dele como casal. Isto é Espiritualidade Conjugal.

Cleusa e Luis Fernando Eq.37 - Setor A

Região Brasília IV

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Pensando na Formação Inicial dos equipistas, o Movi-mento das Equipes de Nossa Senhora organizou a For-mação Permanente, considerando-se três etapas, que se

podem identificar na história do Movimento. A Formação Inicial parte das Experiências Comunitárias, estudo dos Estatutos, da Pilotagem com o livro “Vem e Segue-me” e o Encontro de Equipes Novas. A Pilotagem encerra quando toda equipe participa do Encontro de Equipes Novas.

Depois da Pilotagem, as Equipes começam a sua caminhada, um percurso ca-racterizado por temas necessários à consolidação inicial da equipe, Primeiro as Equipes têm como Tema de Estudo o livro Reunião de Equipe, no ano se-guinte estudam o Tema Casamento, Sacramento do dia a dia. A reflexão des-tes temas conduz aos principais aspectos do amor conjugal, da vida de fé do casal e da pedagogia das Equipes de Nossa Senhora. Encerrada esta fase ini-cial de formação, as equipes estudam o tema do ano das demais equipes. Passados de três a quatro anos que a equipe fez o Encontro de Equipes No-vas, é chegada a hora de participar do Encontro de Equipes a Caminho.

O fio condutor do percurso de formação é a descoberta e a valorização dos dons que Deus confiou a cada casal. É isto que transforma os homens e mu-lheres em filhos de Deus, plenos de alegria e gratidão.

Que Nossa Senhora, junto com o seu amado filho Jesus Cristo, conduza a to-dos os equipistas, novos ou antigos no nosso Movimento.

Maria e AmâncioCRP NE II

As Sessões de Formação Permanente são oportuni-dades dadas pelo Movimento para refletirmos sobre nossa caminhada espiritual em casal e em equipe. Em julho do ano passado, tivemos a graça de parti-cipar da Sessão de Formação Permanente “Equipes em Caminho”.

Os testemunhos dados pelos Casais Formadores nos recordaram o quan-to nossas vidas podem ser transformadas à medida que nos doamos. Os

formação

EEC Encontro de Equipes a Caminho

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momentos de oração e as realidades partilhadas conduziram à abertura de coração de todos os casais.

Refletimos sobre a Oração Conjugal, o Dever de Sentar-se, o Sacramen-to do Matrimônio e o Caminhar em Equipe. Inspirados pelo Espírito San-to, reunimo-nos em Equipes Mistas para trocar experiências sobre cada um destes temas. Nestes momentos, as diferentes realidades apresenta-vam em comum o fato de serem transformadas pela vivência dos Pon-tos Concretos de Esforço.

Reforçamos, assim, nossa consciência acerca dos benefícios das Equipes de Nossa Senhora para o Sacramento do Matrimônio. Foi com este espí-rito que deixamos as Equipes Mistas para reunirmos nossa Equipe e fa-zermos um balanço, um verdadeiro Dever de Sentar-se em Equipe, que nos fez refletir sobre nossos erros e acertos. Alguns rumos foram defi-nidos e, fortalecidos pela Celebração Eucarística, retornamos com espí-rito e ânimo renovados para continuarmos nossa caminhada, acompa-nhados de Cristo.

Sinara e José AntonioEq.24B - N. S. da Rosa Mística

Setor B Curitiba - Região Paraná Sul III

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A responsabilidade do Casal Intercessor Nacional é confiada a um casal convidado pelo Casal Responsável da Super-Região Brasil e faz parte da Equipe de Apoio.

O Casal Intercessor Nacional tem a missão de animar, ligar e organizar os in-tercessores na Super-Região Brasil, acolhendo e orientando cada intercessor. É sua missão receber as adesões dos novos intercessores respondendo a elas e encaminhar para o cadastro junto ao Secretariado. É sua missão receber e fazer chegar aos intercessores os pedido de oração que lhes são confiados. Os pedidos chegam através dos próprios equipistas e de outras pessoas que ouviram falar do Movimento. Diariamente cada pedido que chega é confia-do a um intercessor que possui email cadastrado, mensalmente, todo dia 26, o Casal Intercessor Nacional os apresenta em uma missa e trimestralmente os pedidos são encaminhados a todos os intercessores. Pela intercessão dos seus membros, assegura-se uma cadeia contínua de oração, todo dia, toda hora, de dia e de noite, a sempre alguém em oração pelos pedidos confia-dos aos intercessores.E por que é que a oração possui um poder tão grande? Porque, mais uma vez, não é a atividade do homem, mas de Deus no homem, à qual o homem é as-sociado. Cristo dizia: “Meu Pai e Eu agimos sem cessar”; o homem que reza une-se, em si mesmo, à onipotente atividade divina, entrega-se-lhe, coopera com ela, oferece-lhe o meio de penetrar num mundo que, de outra maneira, se lhe fecharia (“Cem Cartas sobre a Oração Interior”, p. 138).

Oração, jejum e oferta diária da sua vida são as três possibilidades propostas ao intercessor:Compromisso de uma hora de oração mensal, em uma data fixa. Compromisso de um dia de jejum por mês, igualmente em uma data fixa.Oferta da sua vida diária, das suas provações e alegrias para estar em união com os intercessores.Ligado ao Secretariado, o Casal Intercessor Nacional deve organizar o mate-rial que será distribuído trimestralmente aos intercessores, incluindo a “carta trimestral”, traduzida em cinco línguas, ponto de unidade entre os interces-sores. Zelando para que todos os pedidos de oração que lhes são confiados cheguem até os irmãos intercessores.

serviços nas ENS

Casal Responsável pelos Intercessores na Super-Região Brasil

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O Movimento das Equipes de Nossa Senhora sem-pre nos cativou pela sua essência: a espiritualidade conjugal. Sempre procuramos dar a nossa contribui-ção ao Movimento fazendo o que estava ao nosso al-cance, especialmente oferecemos ao longo destes 24

anos de equipe a nossa oração, silenciosa e feliz. Assumir a missão como Casal Intercessor Nacional foi para nós um grande desafio e uma gran-de bênção. Deus nos introduziu mais intimamente no mistério de dor dos irmãos com tantos pedidos que nos chegam, com tan-tas dores que nos são confiadas, que fazem nossa alma chegar às lágri-mas. Deus nos introduziu mais intimamente no mistério de ale-gria de ver tantos irmãos que se oferecem pelos irmãos como intercessores. Há tanto amor tanto amor que é impossível descrevê-lo. E é assim encantados, agradecidos, compadecidos, que dizemos: Obri-gado, Senhor por ter confiado em nossa pobreza, aqui estamos, faça-se conforme a tua vontade.Com carinho e oração,

Maria Goretti e MoacirCasal Intercessor Nacional

Super-Região Brasil

Venha se unir a nós: seja também um intercessor!

[email protected]

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A oração em nossa vida

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A Carta Mensal ganha uma “cara” bem bacana quando traz fotos que marcam os diferentes eventos, testemunhos, ho-menagens, etc.

No entanto isso de fato acontecerá se a foto publicada tiver uma boa resolução, ou seja, ficar nítida, clara.

Para que isso aconteça a equipe da Car-ta Mensal depende de quem tirou a foto, ou enviou a foto. Se ela não chegar com “boa resolução” será muito difícil de garantirmos uma boa qualidade na versão em papel da Carta Mensal.

Equipista: Pode explicar melhor isso?

Carta Mensal: Hoje, quase todo mun-do usa os recursos fotográficos dos apa-relhos celulares e sua grande maioria tira fotos de boa qualidade. Ou seja, a foto que está armazenada no aparelho celular provavelmente atende as neces-sidades da Carta Mensal.

Ocorre que ter a foto “boa” no aparelho ainda não garante tudo.

O meio de enviar a foto faz diferença e pode, se não soubermos ajustar os recursos, reduzir a resolução da foto, quesito fundamental da qualidade.

Equipista: Entendi. Como isso acontece?

Carta Mensal: Com o avanço da tec-nologia as pessoas têm diferentes for-

Enviando fotos para a CARTA

mas de se relacionar através do mun-do virtual. O “trânsito de fotos” faz parte desse dia a dia e das ferramentas de relacionamento em geral; por exem-plo: facebook, instagram e whatsapp. Para não congestionar o sistema e faci-litar o trânsito de mensagens e até por questões de custos, os usuários acabam reduzindo a resolução dos arquivos de imagens, que acaba não sendo percep-tível no aparelho celular ou mesmo no computador.

Equipista: Faz sentido. Mas se todas essas ferramentas reduzem a resolução das fotos como faço para que a Carta Mensal receba uma foto de boa quali-dade?

Carta Mensal: As ferramentas de ges-tão de e-mails mantêm a resolução das fotos e a de SMS reduz um pouco, mas ainda mantendo resolução suficiente para a Carta Mensal, e estas devem ser as opções escolhidas.

Equipista: Que bom que tenho alter-nativas. Como faço então?

Carta Mensal: Abaixo colocamos uma sequência para facilitar sua compre-ensão. Lembramos, entretanto, que se o objetivo não é a Carta Mensal e sim para o site, facebook ou instagram, aí basta enviar as fotos por qualquer meio.

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1. Selecione a foto em seu álbum

2. Selecione seu pro-grama de email ou sms

2-A. SMS: Escolha o nome da pessoa para

quem vai mandar a foto

3. Alguns programas de email perguntam qual o tamanho do arquivo que quer mandar: Cli-que em tamanho real.

2-B. Email: Adicione o endere-ço de email que quer en-viar a foto

Caso não tenha um programa de email em seu aparelho celular você deverá baixar a foto de seu celular para um computador e depois enviá-la via email:

Arquivo no computadorCelular ligado ao computador

A mesma foto:

IMG_3519 JPEG File 2,84 MB

IMG_3519JPEG File98,3 KB

Enviada via e-mail

Enviada via whatsapp

2,84 MB = 2.840.000 bytes 98,3 KB = 98.300 bytesSignifica que a foto enviada por whatsapp

tem uma resolução 28 vezes menor.

Nota:

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notícias

ANIVERSÁRIO DE EQUIPE

25 anosEq. N. S. Aparecida

25/4/2018Dois Córregos-SP

BODAS DE PRATA

Marli e Orlando23/1/2018

Eq. N. S. do TrabalhoCanoas-RS

Sônia e Alexandre 6/3/2018

Eq. N. S. de LourdesItuiutaba-MG

50 anosEq. N. S. da Paz

1/3/2018Bauru-SP

Daniela e Waldemar Jr.18/2/2018

Eq. N. S. da SabedoriaJosé Bonifácio-SP

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BODAS DE OURO

Cidinha e Miguel2/12/2017

Eq. N. S. Rainha da PazSão José dos Campos-SP

JUBILEU SACERDOTAL DE PLATINA

Maria Elena e Sérgio6/3/2018

Eq. N. S. das GraçasCamboriú-SC

JUBILEU DE PRATA SACERDOTAL

Pe. Reni Bresolin27/2/2018

SCE Região São Paulo/NordesteBatatais-SP

Fráter Nicácio Huiskamp19/3/2018

SCE da Eq.04 - N. S. da Luz Congregação dos Fráteres

de N. S. Mãe de MisericórdiaBelo Horizonte-MG

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MEDITANDO EM EQUIPE

Pe. Flávio Cavalca de Castro, cssrSCE Carta Mensal

Anunciando o Amor pelo AmorO amor conjugal é uma forma da caridade, do amor que Deus infunde na pessoa, tornando-a capaz

de amar participando do próprio amor divino. E amor, mais que um mandamento é possibilidade de

felicidade e realização. Vivendo a felicidade do amor, o casal pode ser um reflexo do amor de Deus, que

é nossa alegria e felicidade.

A palavra de Deus (Jo 13,34-35)“Eu vos dou um novo mandamento: que vos ameis uns aos outros. Assim como eu vos amei,

amai-vos uns aos outros. Nisto todos reconhecerão que sois meus discípulos: se vos amais uns aos outros”.

ReflexãoO amor por essa pessoa, com quem se casou, certamente encheu coração de alegria e felicidade. E

continua sendo sua felicidade e alegria, porque você o cultivou cuidadosamente. Marca sua vida e é

parte de seu louvor a Deus. E mais que isso: é seu melhor jeito de mostrar para todos um pouco do

amor infinito de Deus, na Trindade e por nós.

Isso significa que vocês podem e devem, amar-se cada vez mais intensamente, para como casal mais

claramente nos mostrar, do jeito humano possível, a grandeza e a beleza do amor divino.

- Seu amor é a alegria de sua vida? Você o agradece a Deus todo dia?

- Como você pode aumentar seu amor?

- Que você vai fazer para que seu amor seja reflexo mais claro do amor divino?

Oração espontânea- Agradeça a Deus o amor de sua vida.

- Peça que o Senhor o aumente ainda mais.

- Diga a Deus o que vai fazer para mostrar mais claramente a face do amor divino?

Oração litúrgica (Do Salmo 92)

(O amor é talvez a maior criação de Deus...)

É belo louvar a Javé

e celebrar vosso nome, ó Altíssimo;

anunciar de manhã vosso amor,

e vossa fidelidade durante a noite,

na harpa de dez cordas e na lira,

com o tom suave da cítara.

Porque me alegrais, Javé, com vossas maravilhas,

exulto diante das obras de vossas mãos.

Como são grandes vossas obras, Javé,

quão profundos vossos pensamentos! ...

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Equipas de Nossa Senhora

A história de

Nossa Senhora de Fátima

Nossa Senhora de Fátima - também conhecida como Nossa Senhora do Rosário de Fátima - é uma das

designações atribuídas à Virgem Maria que apareceu 6 vezes seguidas a 3 pastores que, na época das apari-

ções eram ainda crianças. Lúcia, de 10 anos, Francisco, de 9 anos e Jacinta, de 7 anos, enquanto vigiavam um peque-no rebanho na Cova da Iria, viram um clarão, que julgaram ser um relâmpago. Mas logo depois outro clarão teria ilu-minado o espaço. Nessa altura, teriam visto, em cima de uma pequena azinheira (árvore) onde agora se encontra a Capelinha das Aparições, uma “Senhora mais brilhante que o sol”. A primeira aparição aconteceu no dia 13 de Maio de 1917, e nos próximos 6 meses ela apare-ceu sempre no mesmo dia e local para as 3 crianças (exceto no mês de agosto, em que ela apareceu no dia 15 porque as crianças tinham sido levadas para Vila Nova de Ourém pelo administrador do Con-celho no dia 13 de agosto). Segundo os testemu-nhos recolhidos na época, a senhora disse às três crianças que era necessário rezar muito o terço e

o rosário e as convidou a voltarem ao mesmo local no dia 13 dos próximos cinco meses à mesma hora.

As três crianças assistiram a outras aparições de Nossa Senhora. No dia da última aparição, 13 de outubro, estavam

presentes na Cova da Iria cerca de 50 mil pessoas e Nossa Se-nhora teria dito às crianças: “Eu sou a Senhora do Rosário” e teria

pedido que fizessem ali uma capela em sua honra, que atualmente é a parte central do Santuário de Fátima.

Av. Paulista, 352 • 3o andar, cj. 36 • 01310-905 • São Paulo-SPFone: (11) 3256.1212 • Fax: (011) 3257.3599

[email protected][email protected] • www.ens.org.br

Equipes de Nossa Senhora