a biblioteca 2.0 e as bibliotecas públicas: o caso português

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A Biblioteca 2.0 e as bibliotecas públicas O caso português Doutoramento em Ciências da Informação | IIFA | Universidade de Évora |2014 Doutorando: Paulo Jorge Oliveira Leitão Orientador: Doutor José António Calixto

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Apresentação das conclusões da investigação realizada para o doutoramento em Ciências da Infromação na Universidade de Évora.

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Page 1: A biblioteca 2.0 e as bibliotecas públicas: o caso português

A Biblioteca 2.0 e as bibliotecas públicas

O caso português

Doutoramento em Ciências da Informação | IIFA |Universidade de Évora |2014

Doutorando: Paulo Jorge Oliveira Leitão

Orientador: Doutor José António Calixto

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Doutoramento em Ciências da Informação | IIFA |Universidade de Évora |2014

Estrutura da Apresentação

1. Fins, objetivos e objeto da investigação

2. Abordagem metodológica

3. Resultados e discussão

4. Conclusões e desenvolvimentos futuros

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1. Fins, objetivos e objeto da investigação

Contribuir para o desenvolvimento das bibliotecas públicas portuguesas no

contexto da Biblioteca 2.0:

Caracterizar e compreender as práticas e as representações das bibliotecas e

dos seus profissionais no âmbito da Biblioteca 2.0;

Elaborar contributos para uma teoria sobre a participação das bibliotecas

públicas portuguesas na Web 2.0

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2. Abordagem metodológica

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3. Resultados e discussão

Ano 2006 Ano 2007 Ano 2008 Ano 2009 Ano 2010 Ano 2011 Ano 20120

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10

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20

25

30

35

Ritmo de adesão das bibliotecas da RNBP às plataformas

Blogues Facebook Twitter YouTube Flickr Slideshare Scribd

Nº d

e bi

blio

teca

s

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3.1 Construção da identidade nas plataformas

Aspeto pouco valorizado, muitas vezes ausente

Autodescrições valorizam sobretudo a biblioteca como espaço físico

O passado como forma de transmitir a perenidade

Frequente ausência de definição dos objetivos da participação (menos frequente nos

blogues)

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3.1 Construção da identidade nas plataformas

O Internauta em apuros (1):

Identificar o autor da conta

Compreender o que pretendem as bibliotecas com a participação

Tomar a decisão de seguir ou não a Biblioteca

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3.2 Compromisso de socialização

As bibliotecas não usam os mecanismos de socialização das plataformas

As bibliotecas são seguidas pelos internautas

MAS

Raramente seguem alguém

As bibliotecas não estão nas plataformas para se integrar numa comunidade

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3.2 Compromisso de socialização

O Internauta em apuros (2):

Tarefa da descoberta da sua exclusiva responsabilidade.

Jamais será “encontrado”

Expetativa de reciprocidade gorada

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3.3 Os Conteúdos: produção / publicação

Semana 1 Semana 2 Semana 3 Semana 4 Semana 5 Semana 6 Semana 7 Semana 8 Semana 9 Semana 100

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Padrões tipo dos ritmos de publicação de conteúdos

Tipo 1 Tipo 2 Tipo 3

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3.3 Os Conteúdos: tipologias

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3.3 Os Conteúdos: organização

Ausência: conteúdos publicados sem qualquer descrição

Não normalizada: conteúdos do mesmo tipo podem ser descritos de forma diversa

Pouca sistematicidade: conteúdos descritos VS não descritos

Ausência de exploração das formas de representação do conteúdo: o caso das

“tag’s”Mas Também

Conteúdos descritos de forma sistemática e normalizada

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O Internauta em apuros (3):

Dificuldade em descobrir os conteúdos publicados

Dificuldade em identificar / avaliar a publicação

Impossibilidade de criar uma expetativa quanto à regularidade dos conteúdos

Dificuldade em manter o interesse

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3.4 As plataformas da Web 2.0 na prática das bibliotecas públicas

Máquinas de difusão de notícias sobre as atividades

Canais de promoção do Livro e da Leitura

Leitura de lazer e uma cultura “cultivada”

Baixo nível de interação com os públicos

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3.4 As plataformas da Web 2.0 na prática das bibliotecas públicas

Completa ausência da prestação de serviços

Reduzida aposta nas potencialidades das plataformas para organização e

descoberta de conteúdos

Experimentação VS Consistência de utilização

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OLD WINE NEW BOTTLES

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3.5 E no entanto…eles movem-se: a reação dos públicos à participação das bibliotecas

Quantitativamente significativa, embora não ao nível da grande popularidade de outros

As 2.198 publicações das bibliotecas no FB em jun/jul 2012 receberam 215.212 reações do público

Diferente impacto das plataformas consoante a sua popularidade

Reações predominantemente passivas: visualizações, “gostos”, etc.

Partilha da mesma perspetiva quanto ao Livro e à Leitura

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3.5 E no entanto…eles movem-se: a reação dos públicos à participação das bibliotecas

Utilização das plataformas para interação com a biblioteca: questões, correções…

Construção de capital social para a Biblioteca

Resposta positiva a uma estratégia de solicitação / motivação da participação

Um fenómeno de difícil compreensão: mesmo as bibliotecas que nada ou muito pouco

publicam têm seguidores

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3.6 O discurso sobre a prática ou quando o puzzle ganha sentido

A ausência de uma estratégia O impulso intuitivo da experimentação e a dificuldade de ultrapassar este patamar

Uma conceção operacional das plataformas: Divulgar…divulgar…divulgar atividades,

livros…

As plataformas servem para conduzir os utilizadores à biblioteca física

A abertura da biblioteca ao Mundo

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3.6 O discurso sobre a prática ou quando o puzzle ganha sentido

A completa subalternização do novo ambiente

Um participação reconhecidamente:

episódica

desorganizada

amadora

A ausência de know-how e as dificuldades da formação

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3.6 O discurso sobre a prática ou quando o puzzle ganha sentido

Públicos e comunidades:

O clássico modelo da intermediação e o público como um recetor

O público como produtor e a obsessão do controle

O utilizador do território VS os outros

A verdadeira cidadania é ganha quando se acede ao templo

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3.6 O discurso sobre a prática ou quando o puzzle ganha sentido

Um certo desencanto pelo nível de participação, embora se reconheça que ela resulta da prática organizacional

Um utilizador à imagem do bibliotecário

O público que invade o espaço sagrado: celeridade e qualidade da resposta

“Podemos estar todos com a cabeça a prémio”

A difícil integração das comunidades: a pré-validação como condição

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3.6 O discurso sobre a prática ou quando o puzzle ganha sentido

3.6.1. A caminho da mudança

Uma estratégia (assumida!) pela diferenciação. A importância do Local.

A biblioteca como agregadora de informação e de indivíduos

A participação consentida e motivada embora contaminada pela ânsia do

controle

Uma certa subordinação do utilizador: o público como coadjuvante do

trabalho de identificação e descrição dos conteúdos

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3.6 O discurso sobre a prática ou quando o puzzle ganha sentido

3.6.2. A caminho da mudança

Diversificação de conteúdos publicados

A possibilidade de um efetivo serviço: o caso do serviço de referência

A exigência de equipas mais “culturalmente” qualificadas

A centralidade do novo universo

Um discurso não reconhecidamente aplicado

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4. Conclusões e desenvolvimentos futuros

Uma biblioteca completamente autocentrada com dificuldade de sair do seu ambiente

Transposição para o novo ambiente do clássico modelo da intermediação

Um modelo finito de participação que depende de variáveis não controláveis

A crónica dificuldade com as tecnologias da informação e da comunicação

O privilégio das missões tradicionais

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Uma Biblioteca Pública perdida nos anos 80 do século XX com… bolsas de inovação

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