a bênção apostólica

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Os quatro espíritos que sugam o sangue da igreja Texto: Provérbios de Agur - 30:11-14 11 Há daqueles que amaldiçoam a seu pai e que não bendizem a sua mãe. 12 Há daqueles que são puros aos próprios olhos e que jamais foram lavados da sua imundícia. 13 Há daqueles—quão altivos são os seus olhos e levantadas as suas pálpebras! 14 Há daqueles cujos dentes são espadas, e cujos queixais são facas, para consumirem na terra os aflitos e os necessitados entre os homens. 15 A sanguessuga tem duas filhas, a saber: Dá, Dá. Há três coisas que nunca se fartam, sim, quatro que não dizem: Basta! 16 Elas são a sepultura, a madre estéril, a terra, que se não farta de água, e o fogo, que nunca diz: Basta! 17 Os olhos de quem zomba do pai ou de quem despreza a obediência à sua mãe, corvos no ribeiro os arrancarão e pelos pintos da águia serão comidos. 1. HÁ QUATRO MALDIÇÕES QUE ATINGEM A VIDA DA IGREJA - Primeira geração: Geração que não honra sua paternidade espiritual. - Segunda geração: Geração da hipocrisia, falsa santidade. - Terceira geração: Geração dor orgulhosos e altivos.

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Page 1: A bênção apostólica

Os quatro espíritos que sugam o sangue da igreja

Texto: Provérbios de Agur - 30:11-14

11 Há daqueles que amaldiçoam a seu pai e que não bendizem a sua mãe.

12 Há daqueles que são puros aos próprios olhos e que jamais foram lavados da sua imundícia.

13 Há daqueles—quão altivos são os seus olhos e levantadas as suas pálpebras!

14 Há daqueles cujos dentes são espadas, e cujos queixais são facas, para consumirem na terra os aflitos e os necessitados entre os homens.

15 A sanguessuga tem duas filhas, a saber: Dá, Dá. Há três coisas que nunca se fartam, sim, quatro que não dizem: Basta!

16 Elas são a sepultura, a madre estéril, a terra, que se não farta de água, e o fogo, que nunca diz: Basta!

17 Os olhos de quem zomba do pai ou de quem despreza a obediência à sua mãe, corvos no ribeiro os arrancarão e pelos pintos da águia serão comidos.

1. HÁ QUATRO MALDIÇÕES QUE ATINGEM A VIDA DA IGREJA

- Primeira geração: Geração que não honra sua paternidade espiritual.

- Segunda geração: Geração da hipocrisia, falsa santidade.

- Terceira geração: Geração dor orgulhosos e altivos.

- Quarta geração: Geração dos fofoqueiros, amaldiçoadores e maledicentes.

2. A SANGUESSUGA É UM ESPÍRITO DE COBRANÇA

Estes demônios sanguessugas são espíritos enviados para atingir aqueles que pecam nestas quatro maldições. Eles tiram a força e o vigor do crente, prejudicando diretamente a vida da igreja.

Veja como eles atuam em cada uma delas.

Na deficiência da cobertura espiritual: Sepultura (morte espiritual)

Na religiosidade: Madre estéril – falta de fruto.

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No orgulho e altivez: Terra seca (lugares áridos)

Na maledicência, calunia a fofoca: Fogo estranho e consequente inferno.

3. NO ORIGINAL O TEXTO FALA: HÁ GERAÇOES

- Como funciona? Com a mesma arma que somos feridos, acabamos ferindo também... estes hábitos foram herdados de alguém. Talvez você tenha vindo de alguma igreja ou família que já praticava uma destas quatro iniquidades. Você só repetiu o que aprendeu.

- Trazemos maldições espirituais de religiosidade passada

4. REMOVENDO A SANGUESSUGA

- Ela remove suga e contamina o sangue.

- Ela é pegajosa.

- Algumas vezes elas saem voluntariamente.

- Sai com fogo (fogo de Deus).

- Sai com sal (testemunho de santidade legítima)

Nos versículos 18 e 19 mostram os que não tem heranças geracionais. Vivem sem rastros passados

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A SANGUESSUGA E SUAS FILHAS: DÁ, DÁ

Uma sanguessuga é um animal hematófago, isto é, que se alimenta do sangue de suas vítimas, depois de aderir ao corpo do ser vivo de que se alimenta, podendo ingerir uma quantidade de sangue 10 vezes superior ao seu próprio volume. Existem mais de 300 espécies, podendo ser encontradas em todo o mundo e algumas vivem na lama...

“A sanguessuga tem duas filhas, a saber: Dá, Dá. Há três coisas que nunca se fartam, sim, quatro que não dizem: Basta! Elas são a sepultura, a madre estéril, a terra, que se não farta de água, e o fogo, que nunca diz: Basta!” – Provérbios 30.15-16.

Não sem propósito a sanguessuga está neste par de versículos. A maldade do coração do homem caído é insaciável, pois, como declara Gênesis 6.5 e 11: “Viu o Senhor que a maldade do homem se havia multiplicado na terra e que era continuamente mau todo desígnio do seu coração. A terra estava corrompida à vista de Deus e cheia de violência”.

Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, na parábola da figueira (Mateus 24.37ss), adverte: “Pois assim como foi nos dias de Noé, também será a vinda do Filho do Homem”.

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A impunidade e a frouxidão dos princípios reguladores da sociedade humana degradam o homem criado à imagem, à semelhança de Deus para glorificar a Deus, ou seja, para refletir o caráter de Deus. Mas o que se vê? A Bíblia responde: “Eis o que tão-somente achei: que Deus fez o homem reto, mas ele se meteu em muitas astúcias” – Eclesiastes 7.29.

Na Queda, o homem tornou-se rebelde contra Deus (rejeita deliberadamente o governo de Deus, o propósito de Deus), reverso (pensa pensamentos contrários aos pensamentos de Deus) e inverso (o homem, e não Deus, é o referencial do homem).

O resultado dessa desordem humana não poderia ser outro: a síndrome de sanguessuga, a insaciável sede por maldade. Mas a palavra de Deus – inerrante, infalível, autoritativa, normativa e suficiente Palavra – informa: “A ira de Deus se revela do céu contra toda impiedade e perversão dos homens que detêm a verdade pela injustiça [...] porquanto tendo conhecimento de Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, se tornaram nulos em seus próprios raciocínios, obscurecendo-se-lhes o coração insensato [...] Por isso, Deus entregou tais homens à imundícia, pelas concupiscências de seu próprio coração” – Romanos 1.18, 21, 24. “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos”, disse o Senhor Jesus Cristo (Mt 5.6).

“A sanguessuga tem duas filhas, a saber: Dá, Dá”. Gente que só sabe pedir. Gente insaciável, gente injusta, gente do mal. Mas com o Senhor, jamais haverá impunidade.

“Agora, pois, seja o temor do Senhor convosco; tomai cuidado e fazei-o, porque não há no Senhor, nosso Deus, injustiça, nem parcialidade, nem aceita ele suborno” – 2 Crônicas 19.7.

Consagremos nossas vidas ao Senhor! Oremos por nossa igreja e por nossa pátria!

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Paternidade espiritual

-Tema: DISCIPULADO

“meus filhos, por quem, de novo, sofro as dores de parto, até ser Cristo formado em vós”

Gálatas 4.19

-Introdução: Vivemos em um tempo onde a paternidade tem sido muito desvalorizada. Muitos problemas psicológicos advêm da ausência da figura paterna ou problemas de identificação com progenitores. O ser humano precisa de uma referência paternal que lhe dê segurança. Por isso Jesus chamava a Deus de Pai (Mateus 6.9). Na igreja este mesmo problema tem sido reproduzido porque muitos novos convertidos não têm pais espirituais para ensinar em sua nova vida.

Até onde se sabe o apóstolo Paulo não se casou (I Coríntios 9.5) e provavelmente não teve filhos. Contudo tratava seus discípulos como se fossem seus filhos. Em suas cartas às igrejas que pastoreava, escrevia chamando-os de filhos, como por exemplo, às

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Igrejas em Roma como “filhos de Deus” (Romanos 8.16 e 19), em Corinto “como a filhos meus amados” (I Coríntios 4.14), na Galácia “porque vós sois filhos” (Gálatas 4.6) e em Éfeso “filhos amados” (Efésios 5.1).

A paternidade espiritual não é nada fácil, por isso Paulo diz que sofria mais de uma vez as dores de parto e seu objetivo era que Cristo fosse formado em seus discípulos. Ou seja, não os abandonaria ‘até’ que se tornassem parecidos com Jesus, o modelo do Pai celestial. Paulo é um grande exemplo de paternidade espiritual porque cuidava de seus discípulos.

Você tem um pai espiritual?

Vamos refletir sobre o cuidado de Paulo com seus discípulos chamados de filhos:

1- TIMÓTEO > Filho na Fé: I Timóteo 1.2 “a Timóteo, verdadeiro filho na fé, graça, misericórdia e paz, da parte de Deus Pai e de Cristo Jesus, nosso Senhor”.

Timóteo é o mais conhecido filho espiritual de Paulo. Com base no texto acima que usamos e expressão ‘filho na fé’. Paulo o conheceu em Listra sendo já “um discípulo chamado Timóteo, filho de uma judia crente, mas de pai grego” (Atos 16.1). A partir de então passa acompanhar Paulo nas viagens missionárias (Atos 17.14,15) principalmente na Ásia (Atos 19.22 e 20.4). Também chegou a ser preso por causa do evangelho como Paulo (Hebreus 13.23).

Escrevendo às igrejas, Paulo quase sempre cita a presença de Timóteo na abertura das cartas ou no encerramento, tornando um coautor junto com Paulo. Aos Coríntios, Paulo o indica para ser recebido “Timóteo, que é meu filho amado e fiel no Senhor” (I Coríntios 4.17) e devia ser bem recebido “porque trabalha na obra do Senhor, como também eu” (I Coríntios 16.10). Testemunha sobre ele que “conheceis o seu caráter provado, pois serviu ao evangelho, junto comigo, como filho ao pai” (Filipenses 2.19-22). Era um representante de Paulo nas visitas às igrejas para trazer notícias para o apóstolo (Filipenses 2.19). Aos cristãos de Roma Paulo chama “Timóteo, meu cooperador” (Romanos 16.21). Através destas palavras percebemos que era algo notório a todos o tratamento de Paulo com Timóteo como pai e filho.

Nas cartas que escreveu a Timóteo, Paulo o chama de filho várias vezes ensinando-o “o dever de que te encarrego, ó filho Timóteo” (I Timóteo 1.18), com muito carinho “ao amado filho Timóteo” (II Timóteo 1.2) e abençoando-o “tu, pois, filho meu, fortifica-te na graça que está em Cristo Jesus” (II Timóteo 2.1). O tratamento paternal de Paulo para Timóteo ensina muitos conselhos de um mestre a seu discípulo.

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Com Paulo aprendemos que devemos gerar filhos na fé através da pregação do evangelho e Timóteo nos ensina a desejar aprender sobre esta fé, sendo pessoas ensináveis. Um pai sempre deve estar pronto a ensinar e um filho pronto a aprender.

Se você for filho na fé também será um pai espiritual!

2- TITO > Filho na Comunhão: Tito 1.4 “a Tito, verdadeiro filho, segundo a fé comum, graça e paz, da parte de Deus Pai e de Cristo Jesus, nosso Salvador”.

O que sabemos de Tito é que seria também um jovem pastor como Timóteo e assim como este era discípulo de Paulo. Tito viajava com Paulo (Gálatas 2.1) e quando este estava preso, Tito fazia as viagens representando Paulo até que foi enviado pelo apóstolo para a ilha de Creta (Tito 1.5) como pastor ou bispo como diz a tradição histórica¹. Sua origem era grega (Gálatas 2.3) e chegou a pregar na região da Dalmácia onde hoje é a Croácia (II Timóteo 4.10)

A comunhão entre Paulo e Tito era tão grande que Paulo lamente quando está ausente e o chama de ‘meu irmão Tito’ “não tive, contudo, tranquilidade no meu espírito, porque não encontrei o meu irmão Tito” (II Coríntios 2.13). Depois Paulo declara que “Deus, que conforta os abatidos, nos consolou com a chegada de Tito” (II Coríntios 7.6). Paulo dizia que chegou a “a recomendar a Tito” (II Coríntios 8.6) sabendo que tinha “Tito a mesma solicitude por amor” (II Coríntios 8.16) falando para todos que “Tito, é meu companheiro e cooperador” (II Coríntios 8.23) e ainda o defendia o tempo todo perguntando “porventura, Tito vos explorou? Acaso, não temos andado no mesmo espírito? Não seguimos nas mesmas pisadas?” (II Coríntios 12.18). Na segunda carta aos Coríntios, Tito aparece várias vezes como um representante de Paulo sendo um personagem de destaque neste livro.

Parece que Tito era um jovem muito alegre porque Paulo fala várias vezes que “nos alegramos pelo contentamento de Tito, cujo espírito foi recreado por todos vós” (II Coríntios 7.13), chegando até mesma a ter “exaltação na presença de Tito” (II Coríntios 7.14). Além disso, Tito era um filho obediente a Paulo porque não aceitou a circuncisão pregada pelos judeus (Gálatas 2.3). Tito também é chamado de filho na fé, mas Paulo diz que tinham uma fé comum, ou seja, uma grande comunhão havia entre eles.

Com Paulo aprendemos que devemos ter comunhão com nossos discípulos e não nos sentir superior a eles de forma arrogante. Tito nos ensina que precisamos dar alegria para nossos líderes espirituais não levando apenas problemas, mas também os consolando em suas dificuldades.

Viva em comunhão e alegria com seus filhos espirituais!

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3- ONÉSIMO > Filho nas Algemas: Filemom 1.10 “sim, solicito-te em favor de meu filho Onésimo, que gerei entre algemas”.

Onésimo foi outro filho espiritual de Paulo que este conheceu quando já estava preso em Roma por causa do evangelho. Era natural de Colosso, por isso Paulo o enviou para lá com a missão de pregar e dar notícias sobre o apóstolo “vos envio Onésimo, o fiel e amado irmão, que é do vosso meio” (Colossenses 4.9). Onésimo era um escravo de um homem chamado Filemom que também era amigo de Paulo (Filemom 1.16) e fugiu por ter roubado de Filemom (Filemom 1.18). Converteu-se quando conheceu Paulo na prisão e assim que foi possível Paulo o mandou de volta para seu senhor com uma carta “ao amado Filemom, também nosso colaborador” (Filemom 1.1).

Ao falar do escravo Onésimo, Paulo testemunha sobre sua mudança de vida dizendo que “ele, antes, te foi inútil; atualmente, porém, é útil, a ti e a mim” (Filemom 1.11). O amor de Paulo por Onésimo era como de pai e filho dizendo que “envio de volta em pessoa, quero dizer, o meu próprio coração” (Filemom 1.12). Paulo não queria se afastar dele, mas “queria conservá-lo comigo” (Filemom 1.13) tendo tanta consideração que pede que “recebe-o, como se fosse a mim mesmo” (Filemom 1.17). Paulo assume a paternidade de Onésimo e se dispõe a pagar suas dívidas se fosse preciso (Filemom 1.19) e pede ao seu dono que o receba de volta “não como escravo; antes, muito acima de escravo, como irmão caríssimo” (Filemom 1.16). Ainda na prisão Paulo gerou um filho e o preparou para enfrentar a vida assumindo seus erros e testemunhando sua mudança de vida.

Com este filho Paulo nos ensina que mesmo diante de dificuldades devemos gerar filhos espirituais, pois embora estivesse com mãos algemadas, tinha a boca livre para pregar. Onésimo é um exemplo de que sempre há esperança e nunca é tarde para recomeçar, além de que precisamos assumir e enfrentar nossos erros.

Um pai encoraja o filho e este enfrenta com apoio do pai!

Seja um filho!

-CONCLUSÃO:

Estes três discípulos de Paulo que foram chamados de seus filhos nos ensinam muitas coisas. A Igreja cuidar daqueles que passam pelo novo nascimento, como crianças recém-nascidas que precisam primeiro de um leite espiritual (Hebreus 5.12,13). Paulo disse aos coríntios que “leite vos dei a beber, não vos dei alimento sólido; porque ainda não podíeis suportá-lo” (I Coríntios 3.2). A desnutrição espiritual dos novos convertidos tem causado muitos abortos e órfãos espirituais que se tornam pessoas feridas, resistentes ao evangelho e rebeldes não aceitando serem filhos porque não tiveram pais.

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Certa vez ouvi que ‘o título mais importante para Deus é o de filho’, porque não importa o que a pessoa seja, quando se torna filho de Deus tudo pode ser mudado (João 1.12). Muitos líderes não conseguem gerar filhos porque não tiveram pais, mas Deus quer curar esta esterilidade espiritual e tratar com esta irresponsabilidade para que todos os seus filhos tenham como pais pessoas que os orientem em sua nova vida.

Quem nunca foi filho não saberá ser pai!

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A BÊNÇÃO APOSTÓLICA

A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo seja com vós todos. Amém (II Co. 13:13).

É interessante que passemos para a Igreja o entendimento acerca da bênção apostólica porque pode haver pessoas que não compreendam o que acontece no final do culto, quando o pastor, o ministério impõe as mãos e impetra a benção utilizando o texto bíblico acima. A Igreja agora precisa entender que a benção apostólica não é apenas uma repetição de palavras, um ato cerimonial, mas ela está intimamente ligada com esta revelação do Senhor a respeito do culto de sexta-feira.

A BENÇÃO DO SENHOR NO VELHO TESTAMENTO

A bênção Sacerdotal - Nm. 6:22-27

V. 22 - E falou o Senhor a Moisés, dizendo:

V. 23 - Fala a Arão e a seus filhos, dizendo: Assim abençoareis os filhos de Israel, dizendo-lhes:

V. 24 - O Senhor te abençoe e te guarde;

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V. 25 - O Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre ti, e tenha misericórdia de ti;

V. 26 - O Senhor sobre ti levante o seu rosto, e te dê a paz.

V. 27 - Assim porão o meu nome sobre os filhos de Israel, e eu os abençoarei.

Desde o Velho Testamento, Deus já havia revelado um modo de abençoar todo o seu povo. Era a bênção sacerdotal porque era ministrada por Arão e seus filhos, para que todos aqueles que estivessem participando do culto ao redor do tabernáculo (e mais tarde do templo) recebessem a bênção do Senhor. A bênção era dada e todo o povo voltava para casa sabendo que o nome do Senhor estava sobre ele, que o Senhor já o havia abençoado.

A BÊNÇÃO DO SENHOR NO NOVO TESTAMENTO

A bênção Apostólica - II Co. 13:13:“A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo seja com vós todos. Amém”.

Hb. 10:1 a – “Porque tendo a lei a sombra dos bens futuros, e não a imagem exata das coisas...”.

Nós entendemos que as coisas passadas eram a sombra das coisas que haveriam de vir. O Antigo Testamento está repleto de coisas ocultas que só seriam reveladas no Novo Testamento.

A bênção sacerdotal é a sombra da bênção apostólica.

Na bênção apostólica foram revelados os elementos que eram apenas sombra na bênção sacerdotal.

Quais são esses elementos agora revelados?

A REVELAÇÃO DA TRINDADE

Na bênção sacerdotal - O nome do Senhor aparece três vezes:

O Senhor te abençoe e te guarde;

O Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre ti, e tenha misericórdia de ti;

O Senhor sobre ti levante o seu rosto, e te dê a paz.

Esse número três é característica de uma revelação que seria dada no Novo Testamento, que era a presença da Trindade, que era a presença do Pai, e do Filho e do Espírito Santo, manifestada diante da Igreja Fiel.

Na bênção sacerdotal a Trindade estava em oculto, sob o nome Senhor.

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Na bênção apostólica - A Trindade está bem identificada. Aparecem os nomes do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Está tudo muito claro.

Essa clareza é o cumprimento de uma profecia dada a Joel. Jl. 2:28 - E há de ser que, depois, derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos mancebos terão visões.

Agora todos passam a entender a revelação que estava oculta na bênção sacerdotal.

Portanto, o nosso entendimento como Igreja deve ser de que quando se dá a bênção apostólica, está-se mencionando o nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo, porque na bênção sacerdotal a promessa era: Assim porão o meu nome sobre os filhos de Israel e eu os abençoarei. Quando a bênção apostólica é ministrada no final do culto é o nome da Trindade que está sendo colocado sobre a Igreja, é em nome dela que a bênção está sendo dada.

A revelação das bênçãos concedidas pelo Senhor.

As dádivas que o Senhor manifestava no Antigo Testamento vão ser agora reveladas no meio do seu povo. Quais são elas?

I) A graça = O Favor de Jesus

Na bênção sacerdotal era dito: O Senhor te abençoe e te guarde. Quando o Senhor diz abençoar e guardar, Ele está falando das bênçãos necessárias nas questões de saúde, nas questões familiares, nas questões econômicas, tudo aquilo que está relacionado às necessidades do seu povo. Tudo isso são favores imerecidos, é a graça do Senhor sobre nós.

Na bênção apostólica se diz: A graça do Senhor Jesus Cristo. Assim como Moisés passou este ensinamento a Arão, o apóstolo Paulo passa para a Igreja, quando diz: A graça do Senhor Jesus Cristo.

Nós não somos merecedores, mas temos os favores do Senhor naquilo que precisamos, tudo nos é dado pela graça do Senhor Jesus Cristo. Quando a bênção apostólica é ministrada acontece a mesma operação que acontecia no Antigo Testamento. Hoje nós sabemos que é a Trindade porque ela não está mais oculta, o Senhor nos revelou a sua atuação na bênção que Ele dá ao seu povo.

Quando se diz: A graça do Senhor Jesus, os favores de Jesus estão sendo colocados à disposição de todos aqueles que estão debaixo da imposição de mãos. Este momento é mais uma oportunidade que o servo tem para colocar a sua necessidade diante do

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Senhor. O servo vai para a igreja levando aquela necessidade, passa o culto inteiro pedindo uma bênção ao Senhor sobre aquele assunto, e quando a bênção apostólica é ministrada, uma imposição de mãos está sendo feita sobre aquele servo, o Senhor Jesus está colocando a sua graça, o seu favor, sobre a vida daquela pessoa.

É na bênção apostólica que vai se consolidar toda a operação de Deus na vida do necessitado.

O que o servo deve fazer durante a ministração da bênção apostólica?

Ele se coloca como necessitado da graça do Senhor Jesus. Ele diz: Senhor, eu preciso do seu favor, da sua graça neste momento sobre este assunto.

II) A misericórdia = O Amor do Pai

Na bênção sacerdotal era dito: O Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre ti, e tenha misericórdia de ti.

Na bênção apostólica se diz: E o amor de Deus. A revelação da misericórdia do Senhor vem para o Novo Testamento no ensinamento de Paulo sobre o amor de Deus, sobre o amor do Pai.

Todos os apóstolos finalizam as suas cartas mencionando a bênção apostólica porque é uma revelação do Senhor passada para a sua Igreja. É a interligação da misericórdia do Senhor com o amor do Pai. A misericórdia do Pai era uma necessidade porque o destino do pecador era a morte, era o afastamento eterno de Deus na sua vida.

Quando o sacerdote dizia: O Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre ti, e tenha misericórdia de ti, ele estava dizendo: Senhor, nós precisamos de um escape, nós precisamos de uma bênção porque se formos levados pelas considerações do nosso pecado, estaremos eternamente afastados de Ti.

Por este pedido de misericórdia, o amor de Deus se revela no Novo Testamento. De que maneira?

Jo. 3:16- Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.

A misericórdia vai se consolidar em Jesus Cristo, que foi dado pelo Pai para a salvação do homem. Nesse momento da bênção apostólica a pessoa precisa estar mais achegada ao Senhor, ela precisa do amor do Senhor, da misericórdia do Senhor, por isso nesse momento ela diz: Senhor, eu falhei, eu preciso sair daqui deste culto pleno da tua misericórdia, do teu amor pela minha vida. Então vemos que quando o amor do Pai está sendo mencionado, a misericórdia do Senhor está sendo dada àquela pessoa.

III) A PAZ = A COMUNHÃO DO ESPÍRITO SANTO

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Na bênção sacerdotal era dito: O Senhor sobre ti levante o seu rosto, e te dê a paz. É a paz do homem com Deus e com a Igreja. Na bênção apostólica se diz: E a comunhão do Espírito Santo.

É o Espírito Santo quem nos dá a paz do Senhor. É Ele quem faz a comunhão entre Deus e a Igreja. É Ele quem leva as nossas orações. É Ele quem traz as revelações do Pai para a Igreja, que é corpo do Filho. É Ele quem intercede por nós - Rm. 8:26 - E da mesma maneira também o Espírito ajuda as nossas fraquezas; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis.

Is. 53:5 -Mas ele foi ferido pelas nossas transgressões, e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.

O profeta Isaías estava falando do Senhor Jesus. O castigo era o derramar do sangue, era a nossa morte. Jesus derramou o seu sangue puro, inocente em favor da nossa vida. Ele deu a sua vida, o seu sangue, que é o Espírito Santo, para nos dar a paz.

A COMUNHÃO COM A IGREJA

“Procurando guardar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz. Há um só corpo e um só Espírito. O vínculo que nos une é o da paz, é o da comunhão concedida pelo Espírito Santo, ela nos faz um só povo, uma só fé, por ela temos um só Senhor, um só batismo, um só Deus e Pai de todos, e por todos e em todos” (Ef. 4:3-6)

IV) O NOME DO SENHOR = A AUTENTICIDADE

Na bênção sacerdotal era dito: Assim porão o meu nome sobre os filhos de Israel.

Na bênção apostólica se diz: A graça do Senhor Jesus, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo seja com vós todos. Na bênção apostólica estão sendo concedidas a graça do Filho, o amor do Pai e a comunhão do Espírito Santo, tudo isso em nome do Senhor, da Trindade.

O nome do Senhor é a bandeira que nós levamos quando vamos de encontro ao adversário. É pelo nome do Senhor e em nome do Senhor que somos vencedores.

V) A VITÓRIA = A FIDELIDADE DO SENHOR

Na benção sacerdotal era dito: E eu os abençoarei. Na bênção apostólica é dito: Amém.

No Novo Testamento estão reveladas as bênçãos concedidas pelo Senhor ao seu povo. A Igreja precisa entender agora que esse é o momento das bênçãos do Senhor. É uma revelação, está na Bíblia, é a confirmação de uma promessa, é uma palavra revelada

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pelo Senhor para a sua Igreja. O que é a benção apostólica na prática? No dia-a-dia da Igreja?

1º) É uma revelação.

2º) É uma imposição de mãos. O ministério impõe as mãos sobre a Igreja e aquela pessoa que necessita de uma bênção sobre um determinado assunto não vai precisar levantar a mão pedindo oração, nem vai precisar esperar para ser atendido e receber imposição de mãos porque ela já foi dada durante a bênção apostólica impetrada pelo ministério.

3º) Ela alcança todas as necessidades do povo de Deus. Nessa bênção estão incluídos todos os atos de justiça do Senhor. É a sabedoria que ele vai usar na conversa com o filho. É o sucesso daquela cirurgia. É a entrevista de emprego que ele vai fazer. Tudo o que ele necessita.

É preciso que o povo do Senhor aprenda a valorizar a bênção apostólica e compreendê-la como revelação, como imposição de mãos do ministério. A partir daí não será mais necessário enfrentar fila para ser atendido e receber imposição de mãos. Todos receberam imposição de mãos durante a bênção apostólica e podem ir para casa sabendo que foram abençoados, com a certeza de que o Senhor já concedeu a vitória sobre todos os assuntos. Se a pessoa não entender essa revelação A pessoa pode pedir. Ninguém vai chegar e dar um empurrão nela.

Olha, acabou essa doutrina... A pessoa pode vir ao bispo(a), ao ungido, ao pastor e pedir uma imposição de mãos, mas ela tem que estar ciente de que está pedindo uma segunda imposição de mãos pelo mesmo assunto. Aquele assunto já foi colocado diante do Senhor no momento em que a bênção apostólica foi ministrada e foi tratado por Ele. Às vezes a pessoa precisa ir embora, mas não tem tempo para esperar naquela fila e vai pensando que não foi abençoad’ ‘’’’’’’’’’’’qqqQa\sição de mãos e com a bênção do Senhor sobre a sua vida.

Se a pessoa entender essa revelação A pessoa quer uma orientação. Ela compreendeu bem esta doutrina. O que ela vai fazer? Ela vai dizer ao diácono: Olha, eu não preciso mais de imposição de mãos, mas eu queria uma orientação para lidar com determinado assunto. Como devo tratar essa questão? Ela vai ser orientada pelo ungido, pelo pastor.

À medida que a Igreja for entendendo isso, ela vai receber a bênção sem perder tempo.