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1 PRÁTICA DE OFICINA – AULA 04 -2015-1 3.3 Filetar (abrir roscas no torno) ABERTURA DE ROSCAS parte 2 3.3.1 Introdução (a) (b) Fig. 3.7 Roscas com ferramenta de filetar (a) externa (b) interna . Para filetar ou rosquear no torno mecânico há necessidade de dois movimentos, rotação da peça e avanço da ferramenta (Fig.3.8). Fig. 3.8 Esquema de uma filetagem. No torneamento cilíndrico os avanços podiam ser aproximados e podia haver variação de avanço de um passe para outro. Para abrir roscas os avanços devem ser precisos e em cada passe, deve-se repetir rigorosamente o avanço anterior. A ferramenta possui a forma do tipo de filete que será aberto (Fig. 3.9) e em cada passe aprofunda mais o rasgo helicoidal que forma a rosca. Fig. 3.9 Formas de ferramentas para filetar (a) Rosca Whitwort, (b) Rosca Métrica, (c) rosca trapezoidal, (d) rosca dente de serra, (e) rosca boleada.

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PRÁTICA DE OFICINA – AULA 04 -2015-1

3.3 Filetar (abrir roscas no torno) ABERTURA DE ROSCAS parte 2

3.3.1 Introdução

(a) (b)

Fig. 3.7 Roscas com ferramenta de filetar (a) externa (b) interna .

Para filetar ou rosquear no torno mecânico há necessidade de dois movimentos,

rotação da peça e avanço da ferramenta (Fig.3.8).

Fig. 3.8 Esquema de uma filetagem.

No torneamento cilíndrico os avanços podiam ser aproximados e podia haver

variação de avanço de um passe para outro.

Para abrir roscas os avanços devem ser precisos e em cada passe, deve-se repetir

rigorosamente o avanço anterior. A ferramenta possui a forma do tipo de filete que será

aberto (Fig. 3.9) e em cada passe aprofunda mais o rasgo helicoidal que forma a rosca.

Fig. 3.9 Formas de ferramentas para filetar (a) Rosca Whitwort, (b) Rosca Métrica, (c) rosca trapezoidal, (d)

rosca dente de serra, (e) rosca boleada.

Page 2: (a) (b) Fig. 3.7 Roscas com ferramenta de filetar (a ...isaac/PRATICA_OFICINA... · 1 PRÁTICA DE OFICINA – AULA 04 -2015-1 3.3 Filetar (abrir roscas no torno) ABERTURA DE ROSCAS

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O movimento de avanço da ferramenta é dado pelo fuso, através da porca bipartida

que deve estar engrenada. Quando o fuso realiza uma volta completa o carro avança uma

distância igual ao seu passo figuras 3.8 e 3.10.

Fig. 3.10 Produção do movimento de avanço através do fuso com a porca partida.

3.3.2 Nomenclatura na filetagem

PASSO É a distância paralelamente ao eixo entre dois pontos correspondentes de dois

filetes adjacentes (Fig. 3.11).

AVANÇO É a distância axial percorrida em uma rotação completa. Na rosca de uma

entrada o avanço é igual ao passo; na de 2 entradas, o avanço é o dobro do passo e

assim sucessivamente (Fig. 3.11).

Fig. 3.11 Passo e avanço de uma rosca.

ROSCA SIMPLES É constituída por um helicóide (rosca de uma entrada Fig. 3.11A).

ROSCA MÚLTIPLA É constituída por mais de um helicóide (rosca de várias entradas Fig.

3.11 B e C).

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FILETE OU FIO É cada uma das voltas completas do helicóide de uma rosca simples ou

de cada um dos helicóides de uma rosca múltipla.

NÚMERO DE FIOS É o número de filetes compreendidos em uma polegada (25,4mm), do

comprimento de rosca (Fig. 3.12).

Fig. 3.12 Número de fios por polegada de uma rosca.

DIÂMETRO MAIOR (d) Numa rosca cilíndrica é o diâmetro de um cilindro imaginário

coaxial com a rosca que passa pelas cristas de uma rosca externa ou pelas raízes de

uma rosca interna (Fig. 3.13).

DIÂMETRO MENOR (d r) Numa rosca cilíndrica é o diâmetro de um cilindro imaginário

coaxial com a rosca que passa pelas raízes de uma rosca externa ou pelas cristas de

uma rosca interna (Fig. 3.13).

DIÂMETRO MÉDIO (dm) É o diâmetro de um cilindro imaginário que corta os filetes em

um ponto onde a largura dos filetes é igual a largura dos espaços, medida paralelamente

ao eixo sobre a superfície do cilindro (Fig. 3.13).

(a) (b) (c) Fig. 3.13 Terminologia para rosca (a) e (c) Rosca externa (Parafuso); (b) Rosca interna (Porcas) d = Diâmetro maior ou nominal (no parafuso é o diâmetro da crista; na porca é o da raiz). dm = Diâmetro médio (outras denominações Diâmetro primitivo dp; Diâmetro de flanco df). dr = Diâmetro menor (no parafuso é o diâmetro da raiz; na porca é o da crista).

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3.3.3 FILETAR EM TORNO COM CAIXA NORTON

A peça a ser filetada e presa na placa.

O filete do fuso é, em geral, trapezoidal e o seu passo pode ser dado em unidades

métricas onde o passo é dado pelo seu comprimento em milímetros ou unidades inglesas

onde o mesmo é especificado pelo número de fios por polegada.

Se a transmissão do movimento ao fuso se fizer sem modificação da velocidade de

rotação da peça, ou seja, com uma relação de transmissão de 1:1, a ferramenta

descreverá um filete de passo igual ao passo do fuso. Se o fuso der duas voltas e a peça

somente uma, a ferramenta descreverá um filete cujo passo é o dobro do passo do fuso e

a relação de transmissão entre a velocidade de rotação da árvore e do fuso será de 1:2.

Variando a relação de transmissão através de mudanças na caixa Norton,

conseguimos os passos desejados (ver tabela 1 no próprio torno).

Fig. 3.14 Filetagem com caixa Norton.

OBS: No torno utilizado para as aulas práticas o fuso possu i (8 f.p.p) oito fios por

polegada. Para roscas com um número de f.p.p múltiplo de 8 f.p.p. (por exemplo 4 ; 8 ; 16

f.p.p.), a porca bipartida pode ser desengatada para retroceder o carro longitudinal pois

nestes casos o encaixe da rosca será perfeito para uma maior profundidade do filete.

Para roscas com um número de f.p.p. não múltiplo d e 8 f.p.p. (por exemplo 12

f.p.p.), a porca bipartida não deve ser desengatada no retorno do carro longitudinal

para o encaixe rosca continuar perfeito quando quer emos dar mais profundidade

no filete.

Fig. 3.15 Retorno da ferramenta (ou do carro longitudinal)

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.Fig. 3.16 Alavanca para avanço ou retorno do carro longitudinal.

Fig. 3.17 Fixação da ferramenta de filetar utilizando o escantilhão.

Fig. 3.19 Rosca Métrica: ângulo de flanco = 60° h = passo t1 = 0,6495 x h r = 0,1082 x h t1 = Profundidade da rosca Mecanismo de avanço da caixa Norton Na prática é a combinação de duas alavancas uma para letras e outra para números que acoplam as engrenagens para a rosca especificada.

Fig. 3.21 Combinações na caixa Norton

Fig. 3.18 Verificação de rosca com pente de roscas (gabarito)

Fig. 3.20 Rosca Whitwort: ângulo de flanco = 55° h = passo t1 = 0,64033 x h r = 0,13733 x h

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PEÇA N.º 03 Filetar (abrir roscas no torno)

SEQÜÊNCIA DE OPERAÇÕES N.º OPERAÇÃO FERRAMENTA VELOCIDADE 01 Fixar lado A e facear lado B Bits Normal 02 Abrir furo de centro lado B Broca apropriada Normal 03 Puxar a peça mais para fora e apoiar o ponto - - 04 Realizar cilindramento ∅ 9,3 x 25 Bits Normal 05 Quebrar canto vivo do lado B externo Bits Normal 06 Sangramento ∅ 7,5 x 4 Bedame Normal (latão)

Reduzida (aço) 07 Abrir rosca W3/8” – 16 f.p.p. No torno (incluindo

determinadas verificações)

Reduzida

Qual a combinação da caixa Norton para a peça 03

Para retroceder o carro longitudinal a porca bipart ida pode ser desengatada : Sim ( ) ou Não ( )

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Exercícios: 1 - Qual a combinação da caixa Norton para a peça c om rosca de 12 f.p.p.

Para retroceder o carro longitudinal a porca bipart ida pode ser desengatada: Sim ( ) ou Não ( ) 2 - Qual a combinação da caixa Norton para a peça c om rosca de 32 f.p.p.

Para retroceder o carro longitudinal a porca bipart ida pode ser desengatada: Sim ( ) ou Não ( ) 3 - Qual a combinação da caixa Norton para a peça c om rosca de 26 f.p.p.

Para retroceder o carro longitudinal a porca bipart ida pode ser desengatada: Sim ( ) ou Não ( ) 4 - Qual a combinação da caixa Norton para a peça c om rosca de 88 f.p.p.

Para retroceder o carro longitudinal a porca bipart ida pode ser desengatada: Sim ( ) ou Não ( )