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ATUALIDADES ORNITOLÓGICAS N.127 SET/OUT.2005, Pág.29 A AVIFAUNA DO PARQUE ESTADUAL DO CERRADO (J AGUARIAÍVA,PARANÁ) E A CONSERVAÇÃO DO CERRADO EM SEU LIMITE MERIDIONAL DE OCORRÊNCIA Fernando Costa Straube 1 Alberto Urben-Filho 2 Cassiano Gatto 3 Mülleriana: Sociedade Fritz Müller de Ciências Naturais. Caixa Postal 19.093. Curitiba, Paraná, Brasil. 81531-980. E-mails: 1. [email protected]; 2. [email protected]; 3. [email protected]. I NTRODUÇÃO O bioma do Cerrado corresponde ao chamado "Domínio Morfoclimático do Cerrado", a segunda maior região ecológica em toda a América do Sul, com 1,5 a 1,8 milhões de quilômetros quadrados (Ab'Saber, 1977, 1983; Silva, 1995a, b,c); predomina em uma grande área nuclear no centro do Brasil, mas ocorre pontualmente em diversas manchas isoladas no entorno, tanto na região norte brasileira (estados do Amapá e Roraima) quanto na sul (Paraná, limite meridional da vegetação) e mesmo nordeste (Piauí e centro-leste da Bahia) (Dias org., 1992; Pinto, 1994; MMA, 1999). A vegetação de savana encontrada fora dessa área core possui importante função para questões de biogeografia histórica, uma vez que se tratam de remanescentes disjuntos de natureza relictual, apontando para um processo de retração (Silva, 1995a, 1995b, 1995c, 1996, 1997). O Paraná não está inserido no bioma core do cerrado (vide limites geográficos em Ab’Saber, 1977); entretanto, a fitofisionomia característica da vegetação, a constituição morfológica das espécies vegetais, bem como grande parte de sua flora, aparecem em alguns locais isolados desse estado (Maack, 1981). A representação dessa vegetação em território paranaense é uma repetição meridional de episódios que ocorrem em todo o Brasil, ou seja, fragmentos isolados (chamados de encraves ou refúgios) na sua região periférica (Straube, 1998). A composição biológica do cerrado do Paraná carece de estudos que suportem seu manejo e conservação, haja vista que dispõe apenas de exemplares depositados em acervos científicos e escasso material publicado (Pelzeln, 1871; Pinto, 1938, 1944; Straube, 1993; Straube & Scherer-Neto, 2001). Apesar do trabalho de pesquisa em campo, apenas os resultados obtidos de aves (Scherer-Neto et al., 1991, 1996; Carrano & Ribas, 2000), mamíferos (Nicola & Silva, 1998; Silva & Nicola, 1999; Braga & Vidolin, 2001; Vidolin & Braga, 2001a, 2001b, 2004; Uchoa & Moura-Britto, 2004), abelhas (Urban, 1988; Moure, 1992; Laroca & Almeida, 1994) e alguns outros insetos (Sari & Ribeiro-Costa, 2004; Sari et al., 2004) foram até então publicados. Além de esparsos espécimens coletados, há uma rápida apreciação sobre questões fisiológicas de algumas espécies vegetais, realizada por Coutinho e Ferri

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ATUALIDADES ORNITOLÓGICAS N.127 SET/OUT.2005, Pág.29

A AVIFAUNA DO PARQUE ESTADUAL DO CERRADO(JAGUARIAÍVA, PARANÁ) E A CONSERVAÇÃO DO CERRADO

EM SEU LIMITE MERIDIONAL DE OCORRÊNCIA

Fernando Costa Straube1

Alberto Urben-Filho2

Cassiano Gatto3

Mülleriana: Sociedade Fritz Müller de Ciências Naturais. Caixa Postal 19.093. Curitiba, Paraná, Brasil.81531-980. E-mails: 1. [email protected]; 2. [email protected]; 3. [email protected].

INTRODUÇÃO

O bioma do Cerrado corresponde ao chamado "Domínio Morfoclimático doCerrado", a segunda maior região ecológica em toda a América do Sul, com 1,5 a 1,8milhões de quilômetros quadrados (Ab'Saber, 1977, 1983; Silva, 1995a, b,c); predominaem uma grande área nuclear no centro do Brasil, mas ocorre pontualmente em diversasmanchas isoladas no entorno, tanto na região norte brasileira (estados do Amapá eRoraima) quanto na sul (Paraná, limite meridional da vegetação) e mesmo nordeste(Piauí e centro-leste da Bahia) (Dias org., 1992; Pinto, 1994; MMA, 1999).

A vegetação de savana encontrada fora dessa área core possui importante funçãopara questões de biogeografia histórica, uma vez que se tratam de remanescentesdisjuntos de natureza relictual, apontando para um processo de retração (Silva, 1995a,1995b, 1995c, 1996, 1997). O Paraná não está inserido no bioma core do cerrado (videlimites geográficos em Ab’Saber, 1977); entretanto, a fitofisionomia característica davegetação, a constituição morfológica das espécies vegetais, bem como grande parte desua flora, aparecem em alguns locais isolados desse estado (Maack, 1981). Arepresentação dessa vegetação em território paranaense é uma repetição meridional deepisódios que ocorrem em todo o Brasil, ou seja, fragmentos isolados (chamados deencraves ou refúgios) na sua região periférica (Straube, 1998).

A composição biológica do cerrado do Paraná carece de estudos que suportemseu manejo e conservação, haja vista que dispõe apenas de exemplares depositados emacervos científicos e escasso material publicado (Pelzeln, 1871; Pinto, 1938, 1944;Straube, 1993; Straube & Scherer-Neto, 2001). Apesar do trabalho de pesquisa emcampo, apenas os resultados obtidos de aves (Scherer-Neto et al., 1991, 1996; Carrano& Ribas, 2000), mamíferos (Nicola & Silva, 1998; Silva & Nicola, 1999; Braga &Vidolin, 2001; Vidolin & Braga, 2001a, 2001b, 2004; Uchoa & Moura-Britto, 2004),abelhas (Urban, 1988; Moure, 1992; Laroca & Almeida, 1994) e alguns outros insetos(Sari & Ribeiro-Costa, 2004; Sari et al., 2004) foram até então publicados.

Além de esparsos espécimens coletados, há uma rápida apreciação sobrequestões fisiológicas de algumas espécies vegetais, realizada por Coutinho e Ferri

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(1960) em Campo Mourão e outras publicações pertinentes (Uhlmann et al., 1996,1997, 1999; Linsingern et al., 2000). Além disso, um extensivo estudo fitossociológicofoi realizado no Parque Estadual do Cerrado constituindo-se de ponto de partidafundamental para pesquisas posteriores e atividades de conservação (Uhlmann 1995 eUhlmann et al. 1998). Questões ligadas ao turismo, utilizando-se do Parque Estadual doCerrado como estudo de caso, foram apresentadas por Medeiros et al. (2004).

O presente estudo visa apresentar os resultados de um inventário avifaunísticorealizado na única unidade de conservação paranaense que protege a vegetação decerrado: o Parque Estadual do Cerrado, traçando um panorama sobre a sua relevânciapara a conservação desse tipo de vegetação em seu limite meridional de ocorrência.

MÉTODOS

O inventário da avifauna foi realizado no Parque Estadual do Cerrado (PEC),situado no município de Jaguariaíva (Paraná) a 24º10'S e 49º39'W em altitudes entre750 e 900 m. Esse parque consiste de uma unidade de conservação de âmbito estadual(sob jurisdição do Instituto Ambiental do Paraná/IAP), criada pelo Decreto nº 1232 de27 de março de 1992, totalizando 426,62 hectares de uma chapada arenítica distante 7km a nordeste do núcleo urbano de Jaguariaíva (Uhlmann et al., 1998) e encravada nachamada Área de Proteção Ambiental Estadual da Escarpa Devoniana, com quase400.000 ha.

Maior parte da vegetação local constitui-se de cerrado em suas mais variadasrepresentações (campo cerrado, cerrado sensu stricto e cerradão), mas também estãopresentes outros tipos fitofisionômicos a ele associados: uma estreita faixa de floresta degaleria dos rios Santo Antônio e Jaguariaíva, nos limites norte e nordeste do parque,campos higrófilos (sudeste) e afloramentos rochosos com solos rasos (norte e nordestemargeando a floresta de galeria) (para descrição da vegetação e fitossociologia videUhlmann et al., 1998) (Figuras 1, 2, 3, 4 e 5).

Para esse estudo foram utilizadas as técnicas tradicionais em estudosornitológicos qualitativos: observações por visualização, com auxílio de binóculos, ereconhecimento de vocalizações, com uso de gravadores, bem como eventuais coletasde espécimes, os quais foram depositados no acervo do Museu de História NaturalCapão da Imbuia (Prefeitura Municipal de Curitiba).

Foram realizadas seis viagens de campo para a área de estudo: 14-16 de maio,15-17 de junho, 18-20 de agosto, 25-28 de outubro de 1999, 17-20 de janeiro e 5-7 deabril de 2000, totalizando cerca de 170 horas de trabalho de campo, das quaisparticiparam os três autores. Registros obtidos anteriormente por CG, em datas nãoanotadas entre 1998 e 1999, foram também considerados.

Com base na literatura, foram adicionados os registros obtidos em outroslevantamentos do alto vale do rio das Cinzas (para classificação das áreas com cerradono Paraná vide Straube, 1998), compondo uma lista de avifauna abrangente (anexo).Várias dessas informações, obtidas em tipos de ambientes diferentes do cerrado (p.ex.mata de araucária, campos, etc), foram incluídas para facilitar a compreensão daavifauna da macro-região como um todo.

Por sua vez, os apontamentos alusivos à ocupação de hábitat (anexo): "cerrado(s.l.)" ou "outro ambiente" baseiam-se exclusivamente nas observações levadas a efeitono PEC.

A classificação e ordenamento nomenclatório segue CBRO (2005).

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FIGURA 1. Mapa da vegetação do Parque Estadual do Cerrado, modificado de Uhlmann et al. (1998).

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FIGURA 2. A paisagem no Parque Estadual do Cerrado, embora seja formada principalmente por cerrado(sensu stricto), alterna vários tipos de sub-vegetações, inclusive florestas ciliares com pinheiro (Araucariaangustifolia) e outros tipos de vegetação ribeirinha. Foto: Harvey Schlenker.

RESULTADOS

O Parque Estadual do Cerrado (PEC) situa-se em uma região paranaense em quepredomina uma matriz de floresta de araucária entremeada por campos planálticos(Maack, 1981; Straube, 1998). Pouco se conhece da riqueza específica de aves dessesdois biomas, que não por indicações esparsas obtidas em levantamentos pontuais (Anjos& Graf, 1993; Anjos & Bóçon, 1999; Scherer-Neto et al. 1994, 1996). Entretanto,apreciações mais detalhadas em outras áreas comparáveis (Straube et al., 2005) têmindicado que se tratam de ambientes com avifauna especialmente diversificada, não

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somente pela riqueza de hábitats definidos por gradientes altitudinais e orográficos, mastambém pela influência biogeográfica decorrente da contigüidade geográfica com aMata Atlântica sensu stricto.

FIGURA 3. O cerrado em relevo levemente acidentado é a paisagem predominante no Parque Estadual doCerrado. Foto: Harvey Schlenker.

A macro-região onde se inserem as manchas de cerrado no Paraná temregistradas até o momento 319 espécies (anexo), sendo que nesse rol incluem-se tantoaquelas espécies efetivamente constatadas na vegetação de cerrado sensu lato como asverificadas em áreas adjacentes onde não existe, obrigatoriamente, esse tipofitofosionômico. Essa imprecisão se dá porque nenhum autor, até o presente,discriminou a ocupação de hábitats de cerrado pelas aves registradas nessa regiãoparanaense.

Apesar desse detalhe metodológico, a manutenção de tais espécies na lista geralsuporta-se pelo fato de que há uma grande influência da mata de araucária e campos naavifauna do cerrado paranaense e, ao menos regionalmente, a afinidade de taiscomposições é inseparável para fins de avaliações ecológicas em larga escalacartográfica.

A lista de aves do PEC (anexo) pode ser considerada em adiantado grau dedefinição, na qual constam 180 espécies, número esse considerável, se confrontadas asreduzidas dimensões da unidade de conservação e a pequena riqueza específica,tradicionalmente assumida para esse tipo de vegetação em outras regiões brasileiras(Silva, 1995a, 1995b, 1995c). Deve-se mencionar que pouco mais da metade (56,4%)das aves assinaladas para a macro-região ocorrem nos limites do PEC, fato que pode serexplicado pela presença de espécies tipicamente florestais ao cômputo geral.

O Parque Estadual do Cerrado apresenta quase que a totalidade de sua áreacoberta por vários tipos de cerrado, com pequenas representações de campos e mata de

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araucária; por esse motivo, ainda que aprioristicamente, sua composição é típica erepresentativa do bioma.

FIGURA 4. O tipo vegetacional predominante no PEC é o cerrado, em suas diferentes apresentações,assim como porções com florestas ecotonais. Foto: Alexandre Uhlmann.

Em termos gerais, a avifauna do PEC compreende espécies com pequenarestrição à vegetação de cerrado. Estimou-se que apenas 50,5% (n=91) do totalverificado nesta unidade de conservação foram constatadas efetivamente no cerrado(s.l.) e somente 37 espécies (40,6 % deste valor) ocorrem exclusivamente nessavegetação. É evidente que junto a esse total, há espécies sabidamente ocorrentes emoutros tipos de vegetação, cuja fisionomia assemelha-se à do cerrado (p.ex. Nothuramaculosa, Rhynchotus rufescens, Xolmis velatus, Ammodramus humeralis,Emberizoides herbicola e várias outras) e, ainda, em zonas de pastagens e cultivo, bemcomo áreas periantrópicas do sul do Brasil (p.ex. Crypturellus parvirostris, Patagioenascayennensis, Zenaida auriculata, Crotophaga ani, Guira guira, Colaptes campestris evárias outras). Além disso, parece óbvio que embora os resultados obtidos neste estudoapontem para uma restrição de certas espécies à vegetação de cerrado isso decorreapenas como efeito de subamostragem. Novas avaliações com igual enfoque, dessamaneira, passam a ser importantes para um cálculo mais realista desse panorama, umavez que maior parte da avifauna constatada no PEC apresenta grande distribuiçãogeográfica e, em particular, compreende táxons peculiares a diversos tipos de hábitatsabertos, ocupando o cerrado apenas oportunisticamente.

Por outro lado, é uma parcela pequena da avifauna do PEC que merececonsideração mais aprofundada e que se enquadra nas reais e objetivas argumentaçõesem prol da conservação desse tipo vegetacional no Paraná, assim como na importânciado PEC nesse contexto regional.

Tratam-se das espécies endêmicas ou com distribuição muito restrita àsadjacências do bioma do cerrado (Silva, 1997). Esses táxons, embora alguns deles játenham sido registrados em outros locais no Paraná, mostram variados graus deafinidade com o cerrado. Com relação a isso observou-se que tais espécies tendem a

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ocupar locais particulares e de forma muito sedentária no PEC. Isso foi constatado paraCariama cristata, Lepidocolaptes angustirostris, Xolmis velatus, Myiarchus tyrannulus,Neothraupis fasciata e Cypsnagra hirundinacea. No caso especial de Cyanocoraxcristatellus foi percebido que embora a espécie apresente uma área de deslocamentobastante grande, ela acaba por frequentar, no PEC, os mesmos pontos geográficos comconsiderável precisão. Essa espécie, ainda, freqüentava um pequeno agrupamento deeucaliptos plantados em uma propriedade contígua ao PEC, provavelmente utilizando-seda mesma para abrigo noturno.

FIGURA 5. Uma das espécies mais características da paisagem de cerrado do PEC é a Ochnaceae Ourateaspectabilis. Foto: Alexandre Uhlmann.

Ainda que o pequeno esforço de campo despendido no presente estudo nãopermita maiores conclusões quanto à fragilidade de tais táxons, decorrente dapontualidade local de ocorrência, cabe lembrar que alguns deles figuram na listaestadual de espécies ameaçadas de extinção ou encontram-se indicadas por váriosmecanismos de proteção nacional e internacional. Destacadamente, podem ser citadastrês espécies ameaçadas (EN: Cyanocorax cristatellus, Cypsnagra hirundinacea eNeothraupis fasciata) e três quase-ameaçadas (NT: Cariama cristata, Amazona vinaceae Tangara cayana) no âmbito paranaense (Straube et al. 2004). Por sua vez, todos ospsitacídeos (5 espécies no PEC), troquilídeos (6), estrigídeos (4) e ranfastídeos (1)encontram-se mencionados no Apêndice II da CITES (2004). No caso específico deAmazona vinacea, embora não protegida regionalmente, é considerada ameaçada (EN)

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pela IUCN (2003) e Birdlife International (2003) e vulnerável (VU) pela legislaçãofederal (MMA, 2003).

Com relação à fauna como um tudo, cabe ressaltar que a vegetação de cerrado(savana arborizada), embora presente pequena parcela do território do Paraná, enquadra-se como um importante domínio para espécies oficialmente protegidas pela legislaçãovigente (n=10, das quais 6 espécies de aves e 4 espécies de abelhas), comparávelnumericamente à riqueza de espécies ameaçadas na mata de araucária (n=11) e mesmoda mata atlântica sensu stricto (n=16) (Mikich et al., 2004). Levando-se emconsideração essas espécies protegidas mais as quase-ameaçadas (NT) e aquelas queapresentam dados deficientes (DD), o Parque Estadual do Cerrado, por sua vez, abrigapelo menos 26 espécies com grande interesse conservacionista, ficando atrás - nacategoria "parque estadual" - apenas dos parques estaduais de Vila Velha (n=35) e daMata dos Godoy (n=28) e em sétima posição no total de áreas protegidas paranaenses(Mikich et al., op.cit.).

Adicionalmente, merecem reflexão certas espécies de aves ainda não verificadasno PEC, mas constatadas em áreas adjacentes e que figuram com importância nessecontexto, visto a potencialidade de ocorrência e ressaltando a importância dessa áreaprotegida no cenário conservacionista estadual. Nesse sentido, pode-se enumerar avescom menores necessidades territoriais (p.ex. Taoniscus nanus, Eleothreptus anomalus,Culicivora caudacuta, Xolmis irupero, Alectrurus tricolor, Sporophila plumbea,Sporophila cinnamomea, Sporophila palustris, Sporophila melanogaster) que poderiamocupar o PEC de forma sedentária, mas também aquelas de natureza nomádica queutilizar-se-iam desse local como parte de sua extensa área de vida (p.ex. Rheaamericana, Mergus octosetaceus, Ara chloropterus, Primolius maracana).

Além da destacada importância do PEC para a manutenção dessas espécies,ainda há questões que merecem discussão em relação à ocupação de hábitats. Comotratado anteriormente, há outros hábitats particulares inseridos no PEC ou contíguos aele e que se constituem de importante estrutura para ocupação de algumas espécies. Ocampo rupestre (por vezes apresentando-se como meros afloramentos de rocha),localizados no limite norte do PEC, é um exemplo pela presença restritiva (ouconcentrada) de algumas espécies, dentre elas o canário-da-pedreira (Sicalis citrina),que inclusive utiliza-se desse hábitat para se reproduzir. É nesse mesmo local, ainda,que foi possível constatar a nidificação do curiango-tesoura (Hydropsalis torquata),espécie noturna pouco conhecida. É sabido, ainda, que essas duas espécies realizamdeslocamento sazonal acompanhando variações climáticas e, dessa forma, esseambiente merece enfoque especial por se tratar de área de trânsito.

Pequenas quedas d'água apresentando margens escarpadas e com inúmerasfendas, presentes no interior do PEC, são propícias à presença de apodídeos que daquelaconformação se privilegiam para decanso noturno e reprodução; duas espécies dessafamília (Cypseloides senex e Streptoprocne zonaris) foram ali encontradas, emconsideráveis números, em especial no período crepuscular.

Com base nas informações aqui apresentadas, pode-se constatar a importânciado Parque Estadual do Cerrado para a conservação da avifauna paranaense, com umnúmero de espécies considerável para uma área protegida de pequeno porte tal como seapresenta. A restrição de ocupação de hábitats parece pequena, uma vez que envolvetáxons com grande plasticidade, em geral representados por elementos peculiares dehábitats abertos. Por outro lado, trata-se da única unidade de conservação paranaenseque protege efetivamente os últimos remanescentes de cerrado no território estadual,agindo consideravelmente na proteção de espécies de aves restritas a esse tipo

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vegetacional, algumas delas ameaçadas de extinção ou de relevante interesseconservacionista.

AGRADECIMENTOS. Nossa mais sincera gratidão a Evandro Pinheiro, pela amizade,companheirismo e especialmente pela dedicação com que gerenciou o PEC,transformando-o em uma unidade de conservação modelo em todo o cenário brasileiro.Colaboraram com vários aspectos técnicos e auxílio nos trabalhos de campo: FernandaG.Braga, Alexandre Uhlmann, Marcelo M.Braga, Sérgio A.A.Morato e MariseP.Petean. A eles, os nossos agradecimentos! Menção especial merece nosso amigoHarvey Schlenker pela cessão das fotos que ilustram esse trabalho.

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Silva, J.M.C.da. 1995a. Birds of the Cerrado Region, South America. Steenstrupia 21:69-92.Silva, J.M.C.da. 1995b. Biogeographic analysis of the South American Cerrado avifauna. Steenstrupia

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Bird Conserv.Internat. 5:315-328.Silva, J.M.C.da. 1996. Distribution of amazonian and atlantic birds in gallery forests of the cerrado

region, South America. Ornit.Neotrop.7(1):1-19.Silva, J.M.C.da. 1997. Endemic bird species and conservation in the Cerrado Region, South America.

Biodivers.Conserv. 6:435-450.Silva, C. B. X. & Nicola, P. A. 1999. Inventário preliminar da mastofauna do Parque Estadual do

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Cadernos de Biodiversidade 1(2):12-24Straube, F.C. & Scherer-Neto, P. 2001. História da Ornitologia no Paraná. In: F.C.Straube ed.

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Straube, F.C.; Urben-Filho, A. & Kajiwara, D. 2004. Aves. In: S.B.Mikich & R.S.Bérnils eds. Livrovermelho da fauna ameaçada de extinção no estado do Paraná. Curitiba, Instituto Ambientaldo Paraná. P: 143-496.

Straube, F.C.; Krul, R. & Carrano, E. 2005. Coletânea da avifauna da região sul do estado do Paraná(Brasil). Atualidades Ornitológicas 125, p.10 (resumo). Disponível online em URL:http://www.ao.com.br/download/sulpr.pdf.

Uchoa, T. & Moura-Britto, M. de. 2004. Hábito alimentar e uso do hábitat por canídeos no ParqueEstadual do Cerrado: avaliação da situação atual da família Canidae no limite sul do biomacerrado no Brasil. Cadernos da Biodiversidade 4(2):5965.

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Uhlmann, A.; Curcio, G. R.; Galvão, F. & Silva, S. M. 1997. Relações entre a distribuição de categoriasfitofisionômicas e padrões geomórficos e pedológicos em uma área de savana (cerrado) noestado do Paraná, Brasil. Arquivos de Biologia e Tecnologia 40(2):473-483.

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Urban, D. 1988. Novas espécies de Melissoptila do cerrado paranaense (Hymenoptera, Apoidea). ActaBiologica Paranaense 17(1):1-10.

Urben-Filho, A.; Gatto, C.A.F.R. e Straube, F.C. 2000. Avifauna do Parque Estadual do Cerrado,Jaguariaíva, Paraná. In: Straube, F.C. et al. (eds.) 2000. Ornitologia brasileira no Século XX.Curitiba, Universidade do Sul de Santa Catarina/UNISUL e Sociedade Brasileira deOrnitologia/SBO. p.347-348.

Vidolin, G.P. & Braga, F.G. 2001a. Carnívoros do Parque Estadual do Cerrado, Jaguariaíva, Paraná.Anais 26º Jornada Argentina de Mastozologia, Mendoza, Argentina.

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Vidolin, G.P. & Graba, F.G. 2004. Ocorrência e uso da área por carnívoros silvestres no Parque Estadualdo Cerado, Jaguariaíva, Paraná. Cadernos da Biodiversidade 4(2):29-36.

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ANEXO. Avifauna da macro-região do "Cerrado do Vale do Rio das Cinzas", nordestedo Paraná e as respectivas espécies registradas no Parque Estadual do Cerrado,Jaguariaíva (PR). Legenda: Fontes bibliográficas de registros na macro-região (Fontesbibl.): 1, Fazenda Morungaba (Pelzeln, 1871; Straube, 1993; Fraga & Bates, 2005;exemplares colecionados por Emmet R.Blake em 1937 e depositados no Museum ofComparative Zoology/MCZ e Field Museum of Natural History/FMNH: vide Straube &Scherer-Neto, 2001); 2, Jaguaraiba; 3, Porto do Jaguaraiba (bei Postinho) (Pelzeln,1871; Straube, 1993); 4, Ytarare (Pelzeln, 1871) ou Itararé (Pinto, 1938, 1944); 5,Fazenda Chapada de Santo Antônio e Rio das Perdizes (Scherer-Neto et al., 1996); 6.Rio das Mortes; 7. Fazenda Marco Chama, Sengés; 8. Rodovia PR-151, Sengés; 9. Riodas Cinzas; 10. Faz.Chapada de Santo Antônio; 11. Sertão de Cima (Carrano & Ribas,2000). Ocupação de hábitat no PEC: Ce, cerrado s.l.; OA, outro ambiente; Campanhas(1998-2000): I. 14 a 16 de maio de 1999; II. 15 a 17 de junho de 1999; III. 18 a 20 deagosto de 1999; IV. 25 a 28 de outubro de 1999; V. 17 a 20 de janeiro de 2000; VI. 5 a7 de abril de 2000; CG, registros anteriores (1998, 1999) obtidos por CassianoA.F.Gatto. O sinal "+" refere-se a espécie coletada no PE-Cerrado e chaves [ ]assinalam espécies que foram observadas apenas no entorno do PEC.

Registros no P.E. do CerradoCampanhas (1998-2000)Táxons Fontes

bibl. Ce OA I II III IV V VI CG

Ordem StruthioniformesFamília RheidaeRhea americana 4

Ordem TinamiformesFamília TinamidaeTinamus solitarius 4Crypturellus obsoletus 1,4,7 x x x x x x x x xCrypturellus parvirostris 5 x x x x x x xCrypturellus tataupa x xRhynchotus rufescens 4,5 x x x x x xNothura minor 4Nothura maculosa 2,4,5 x x x x xTaoniscus nanus 2,4

Ordem AnseriformesFamília AnatidaeDendrocygna viduata 7 [x] [x]Cairina moschata 4Amazonetta brasiliensis 5,7 [x] [x]Mergus octosetaceus 4Nomonyx dominica 4

Ordem GalliformesFamília CracidaePenelope supercilliaris 4Penelope obscura 1,4,7 x x x xPipile jacutinga 4

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Registros no P.E. do CerradoCampanhas (1998-2000)Táxons Fontes

bibl. Ce OA I II III IV V VI CG

Ordem CiconiiformesFamília ArdeidaeButorides striata 4,7 xBubulcus ibis 7Ardea alba 5Syrigma sibilatrix 1,4,5 x xEgretta thula 7

Família ThreskiornithidaeTheristicus caudatus 1,2,4,5 x x x x x x x x x

Ordem CathartiformesFamília CathartidaeCathartes aura 4, 5 x x x x x x x x xCoragyps atratus 5 x x x x x x x x xSarcoramphus papa 1,4, 5

Ordem FalconiformesFamília AccipitridaeElanoides forficatus 5Elanus leucurus 4,5 x xAccipiter striatus 1Accipiter bicolor 1,7Buteogallus urubitinga 4Heterospizias meridionalis 2,4,5 x xHarpyhaliaetus coronatus 4Rupornis magnirostris 1,4,5 x x x x x x x xButeo albicaudatus 1,4,5 x x x xButeo melanoleucus 1,4,5 x x xButeo brachyurus x xSpizaetus ornatus 7

Família FalconidaeCaracara plancus 5 x x x x x x xMilvago chimachima 1,5 x x x x x x x xHerpetotheres cachinnans 9 x x xMicrastur ruficollis 4,7Falco sparverius 5 x [x] xFalco femoralis 4,5 x x x

Ordem GruiformesFamília RallidaeAramides saracura 1,7 x [x]Porzana albicollis 5Pardirallus sanguinolentus 7

Família CariamidaeCariama cristata 5 x x x x x x x x x

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Registros no P.E. do CerradoCampanhas (1998-2000)Táxons Fontes

bibl. Ce OA I II III IV V VI CG

Ordem CharadriiformesFamília JacanidaeJacana jacana 7 [x] [x]

Família CharadriidaeVanellus cayanus 4Vanellus chilensis 2,4,5 x x x x x x x xPluvialis dominica 1

Família ScolopacidaeGallinago paraguaiae 10Gallinago undulata 1,2,4

Ordem ColumbiformesFamília ColumbidaeColumbina talpacoti 1,5 x x x xColumbina squammata 1,5 x xColumbina picui 4 x xPatagioenas picazuro 5 x x x x x x x x xPatagioenas cayennensis 4,5 x x x x x x x xPatagioenas plumbea 4Zenaida auriculata 4,5 x+ x x x x x x x xLeptotila verreauxi 1,2,4Leptotila sp. 5 x x x x xGeotrygon montana 1

Ordem PsittaciformesFamília PsittacidaeAra chloropterus 1Primolius maracana 1,4Pyrrhura frontalis 1,4,5 x x xBrotogeris tirica 1Pionopsitta pileata 5 x xPionus maximiliani 4,5 x xAmazona aestiva 1,2,4,5 x x xAmazona vinacea 14, x x

Ordem CuculiformesFamília CuculidaeSubfamília CuculinaeCoccyzus melacoryphus 5Piaya cayana 1,4,5 x x x x x x x

Subfamília CrotophaginaeCrotophaga ani 1,5 x x [x] xGuira guira 5 x x x [x] x

Subfamília NeomorphinaeTapera naevia 4,5 x x

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Registros no P.E. do CerradoCampanhas (1998-2000)Táxons Fontes

bibl. Ce OA I II III IV V VI CG

Ordem StrigiformesFamília TytonidaeTyto alba 5 x x

Família StrigidaeMegascops choliba 4,6,7 x xMegascops atricapilla 11Pulsatrix koeniswaldiana 7 x xStrix hylophila 6Athene cunicularia 4,5 x x x x xAsio stygius 1,4Asio flammeus 1,5 x x

Ordem CaprimulgiformesFamília NyctibiidaeNyctibius griseus 6 x x

Família CaprimulgidaeLurocalis semitorquatus 6Chordeiles acutipennis 5Chordeiles minor 4Podager nacunda 1,2,9Nyctidromus albicollis 11 x+ x x x xCaprimulgus parvulus 4Hydropsalis torquata 4,5 x x+ x x x xMacropsalis forcipata 5Eleothreptus anomalus 4

Ordem ApodiformesFamília ApodidaeCypseloides sp. x x x x xCypseloides senex 5 x+ xCypseloides fumigatus 4,5Streptoprocne sp. x x x x xStreptoprocne biscutata 1Streptoprocne zonaris 1,5 x x+ xChaetura cinereiventris 5 x x xChaetura meridionalis 4,5

Família TrochilidaePhaethornis pretrei x xPhaethornis eurynome 7,9Eupetomena macroura 5 x x x xFlorisuga fusca 1,7Colibri serrirostris 1,4,5 x x+ x x xAnthracothorax nigricollis 1 x xStephanoxis lalandi 1,5Lophornis magnificus 1Thalurania sp. (cf. glaucopis) x+ x xThalurania glaucopis 1Chlorostilbon aureoventris 1,5 x x x x

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Registros no P.E. do CerradoCampanhas (1998-2000)Táxons Fontes

bibl. Ce OA I II III IV V VI CG

Leucochloris albicollis 1,5 x xAmazilia versicolor 5Amazilia lactea 5Calliphlox amethystina 1

Ordem TrogoniformesFamília TrogonidaeTrogon surrucura 1,7 x x

Ordem CoraciiformesFamília AlcedinidaeCeryle torquatus 6 x xChloroceryle amazona 1,4,6 x xChloroceryle americana 1,6 x x

Ordem GalbuliformesFamília BucconidaeNystalus chacuru 1,4,5 x x xMalacoptila striata 1,4

Ordem PiciformesFamília RamphastidaeRamphastos toco 4,5Ramphastos dicolorus 1,4,5 x xPteroglossus aracari 4Pteroglossus bailloni 1

Família PicidaePicumnus cirratus 1,5 x+ x x x x x xPicumnus nebulosus 5Melanerpes candidus 4,5 x x x x [x] x xMelanerpes flavifrons 1,4Veniliornis spilogaster 1,5 x x x x xPiculus aurulentus 1,5Colaptes melanochloros 1,2,4,5 x x xColaptes campestris 1,5 x x x x x x x x xCeleus flavescens 5 x x x xDryocopus lineatus 1,7,9 x x x xCampephilus robustus x x

Ordem PasseriformesFamília MelanopareiidaeMelanopareia torquata 4

Família ThamnophilidaeBatara cinerea 1Mackenziaena leachii 1,7 x x x xThamnophilus caerulescens 1,5 x x x x x x x x xThamnophilus ruficapillus 5 x+ x x x x x x xDysithamnus mentalis 5 x xHerpsilochmus rufimarginatus 5

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Registros no P.E. do CerradoCampanhas (1998-2000)Táxons Fontes

bibl. Ce OA I II III IV V VI CG

Drymophila malura 1,5 x x x x x x xPyriglena leucoptera 1,7

Família ConopophagidaeConopophaga lineata 5 x x x

Família FormicariidaeChamaeza campanisona 5 x x

Família ScleruridaeSclerurus scansor 1,7Geositta poeciloptera 4

Família DendrocolaptidaeSittasomus griseicapillus 1,5 x xDendrocolaptes platyrostris 1,4 x x xLepidocolaptes angustirostris 5 x+ x x x x x xLepidocolaptes falcinellus 1,4,5

Família FurnariidaeFurnarius rufus 1,5 x x [x]Leptasthenura setaria 1,5 x [x]Synallaxis ruficapilla 1,4,5 x xSynallaxis frontalis x xSynallaxis albescens 4,5 x+ x xSynallaxis cinerascens 1Synallaxis spixi 1,5 x x x x x x x xCranioleuca obsoleta 5 x xClibanornis dendrocolaptoides 5Anumbius annumbi 2,4,5 x xSyndactila rufosuperciliata 1 x xAutomolus leucophthalmus 7Lochmias nematura 1,5 x x xHeliobletus contaminatus 1,4,5

Família TyrannidaeSubfamília PipromorphinaeLeptopogon amaurocephalus 7 x xPoecilotriccus plumbeiceps 1,7 x x x

Subfamília ElaeniinaePhyllomyias fasciatus 1Myiopagis viridicata 7Elaenia flavogaster 5 x x x x xElaenia parvirostris 1 x x xElaenia mesoleuca 1,5 x x xElaenia cristata x x+ x xElaenia chiriquensis 5 x+ x x x xElaenia obscura 1,5Camptostoma obsoletum 1,5 x x x x x x x xSuiriri suiriri 5

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Registros no P.E. do CerradoCampanhas (1998-2000)Táxons Fontes

bibl. Ce OA I II III IV V VI CG

Serpophaga nigricans 9Serpophaga subcristata 1,5 x x x x xPhaeomyias murina 5Euscarthmus meloryphus 5 x+ x x x xPhylloscartes eximius 1Phylloscartes ventralis x+ xCulicivora caudacuta 4Myiornis auricularis 1,5Platyrinchus mystaceus 1,7 x x

Subfamília FluvicolinaeMyiophobus fasciatus 1,5 x x xHirundinea ferruginea 4,5 x x+ x x x x x x xLathrotriccus euleri 1,5 x x x x x xCnemotriccus fuscatus 4,5Contopus cinereus 5Pyrocephalus rubinus 2,4,5Knipolegus cyanirostris 5Knipolegus lophotes 2,4,5 x x+ x x x x x x xKnipolegus nigerrimus 1Satrapa icterophrys 5Xolmis cinereus 5 x x x x xXolmis velatus 5 x+ x xXolmis dominicanus 1,3,5Gubernetes yetapa 5Muscipipra vetula 1,4,5Alectrurus tricolor 2,4Colonia colonus 1,7Machetornis rixosa 5

Subfamília TyranninaeLegatus leucophaius 1,5Myiozetetes similis 5Pitangus sulphuratus 1,5 x x x xMyiodynastes maculatus 1,5 x x xMegarynchus pitangua 1,4,7 x xEmpidonomus varius 1,7Tyrannus melancholicus 1,5 x x x x xTyrannus savana 1,5 x x x xSyristes sibilator 7 x x xMyiarchus ferox 1Myirachus swainsoni 1,5 x+ xMyiarchus tyrannulus 5 x+ x x x x x x

Família CotingidaePhibalura flavirostris 1Procnias nudicollis 1

Família PipridaeChiroxiphia caudata 4,7 x x x x x x x x x

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Registros no P.E. do CerradoCampanhas (1998-2000)Táxons Fontes

bibl. Ce OA I II III IV V VI CG

Família TityridaeSchiffornis virescens x x xPachyramphus viridis 1Pachyramphus castaneus 5 x x xPachyramphus polychopterus 1,4,5 x xPachyramphus validus 1,5 x x xTityra cayana 1,4,6 x x

Família VireonidaeCyclarhis gujanensis 1,4,5 x x x x x x xVireo olivaceus 1,4,5 x x x xHylophilus poicilotis 1,2 xHylophilus amaurocephalus 4,7 x+ x x

Família CorvidaeCyanocorax caeruleus 1,2,4,5Cyanocorax cristatellus 4 x x x x x x x x xCyanocorax chrysops 1 x x

Família HirundinidaeTachycineta leucorrhoa 1,5 x xProgne tapera 5 x xProgne chalybea 5 x x xPygochelidon cyanoleuca 1,5 x x x x x x xAlopochelidon fucata 4,11Stelgidopteryx ruficollis 1,5 x x x x x xHirundo rustica 5Petrochelidon pyrrhonota 4 x x

Família TroglodytidaeCistothorus platensis 4,5Troglodytes musculus 1,5 x x x x x x x x x

Família TurdidaePlatycichla flavipes 1,4Turdus subalaris 1,5 x xTurdus rufiventris 1,5 x x x x x x x x xTurdus leucomelas 5 x x x x x x x xTurdus amaurochalinus 1,4,5 x x x x

Família MimidaeMimus saturninus 1,5 x x x x x x x x x

Família MotacilidaeAnthus lutescens x x xAnthus correndera 4Anthus hellmayri 1Anthus nattereri 1Anthus sp . 5 x x

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Registros no P.E. do CerradoCampanhas (1998-2000)Táxons Fontes

bibl. Ce OA I II III IV V VI CG

Família CoerebidaeCoereba flaveola 6,7

Família ThraupidaeSchistochlamys ruficapillus 5 x x+ x x x x x x xCissops leverianus 1Pyrrhocoma ruficeps 5Cypsnagra hirundinacea 4,5 x+ x xTrichothraupis melanops 1,5 x xPiranga flava 1,2,4Tachyphonus coronatus 1,7 x x xThraupis sayaca 1,4,5 x x x xThraupis palmarum x x xThraupis bonariensis 6Stephanophorus diadematus 1,5Pipraeidea melanonota 5 x xNeothraupis fasciata 4,5 x+ x x x x xTangara desmaresti 2Tangara cayana 1,4,8 x+ x x x x x x xTangara peruviana 5Tersina viridis 1,5 x x x xDacnis cayana 7 x x xHemithraupis ruficapilla 1Hemithraupis guira 6 x x xConirostrum speciosum 6,7

Família EmberizidaeZonotrichia capensis 1,5 x x x x x x x x xAmmodramus humeralis 4,5 x+ x x x x x x xHaplospiza unicolor 4Poospiza lateralis 1,5 x x xSicalis citrina 1,2,4 x x+ x x x x xSicalis flaveola 1,2 x xSicalis luteola 5Emberizoides herbicola 4,5 x+ x x x xEmberizoides ypiranganus 5Embernagra platensis 3,5 x xVolatinia jacarina 1,4,5 x [x]Sporophila plumbea 4,5,6,9Sporophila lineola 8Sporophila caerulescens 1,5 x+ x x x x xSporophila bouvreuil 4,6,9Sporophila hypoxantha 6,11Sporophila cinnamomea 6Sporophila melanogaster 4,6,11Sporophila angolensis 7,11Amaurospiza moesta 1 x xCharitospiza eucosma 4Coryphaspiza melanotis 4Coryphospingus cucullatus 1,4,5 x+ x x x x x x

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Registros no P.E. do CerradoCampanhas (1998-2000)Táxons Fontes

bibl. Ce OA I II III IV V VI CG

Família CardinalidaeSaltator similis 1,5 x x x x x xSaltator atricollis 8Cyanoloxia glaucocaerulea 6,9Cyanocompsa brissonii 1,7

Família ParulidaeParula pitiayumi 1,5 x x x x x x x xDendroica striata 7Geothlypis aequinoctialis 1,4,5 x xBasileuterus culicivorus 1,4,5 x+ x x x x x xBasileuterus leucoblepharus 1,4,5 x x xPhaeothlypis rivularis 4 x x

Família IcteridaeCacicus haemorrhous x xCacicus chrysopterus 1,7Icterus cayennensis 7Pseudoleistes guirahuro 1,4,5 x [x] xGnorimopsar chopi 1,5 x x x [x]Molothrus rufoaxillaris 10,11Molothrus bonariensis 1,4,5Sturnella superciliaris 5 x x

Família FringillidaeCarduelis magellanica 1,2,4,5 x x xEuphonia chlorotica 6,7 x xEuphonia violacea 5

ATUALIDADES ORNITOLÓGICAS N.127 SET/OUT.2005, Pág. 29