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A AVALIAÇÃO SOB A PERSPECTIVA DO ALUNO
Naassom Gonçalves de Paula
Professora Orientadora: Mestra Núbia Paula Ferreira Ramalho
Faculdade Pitágoras
Polo Contagem
Docência do Ensino Superior
RESUMO
Avaliação é um tema polêmico, mas aberto a discussões. É o ponto de partida
muitos problemas e soluções, daí porque colocar em pauta a questão com o
objetivo de contribuir, gerando reflexões, dúvidas, certezas e questionamentos.
Foi preciso fustigar o próprio aluno e saber dele qual a ótica a respeito da
avaliação. Como já se esperava o professor ficou na mira todo o tempo, mas
como quem há de ser ajudado com ferramentas capazes de tornar mais bem
sucedida a sua tarefa. Assim, a práxis, a troca de experiências e as sugestões,
amparados por uma pesquisa de campo, são colocados à disposição dos
educadores e alunos para conhecimento e prática.
Palavras-Chave: Avaliação, prova, aprendizagem, ensino, aprovação,
reprovação.
ABSTRACT
Assessment is a controversial topic, but open to discussions. It is the starting
point of many problems and solutions, hence why put on the agenda the issue
with the aim of contributing, creating reflections, doubts, certainties and doubts.
It took harass the student himself and know what his viewpoint regarding the
evaluation. As expected the teacher was in sight all the time, but as those who
will be helped with tools to become more successful in their task. Thus, the
practice, the exchange of experiences and suggestions, supported by field
research, are available to educators and students to knowledge and practice.
Keywords: Evaluation, evidence, learning, teaching, approval, disapproval.
1. INTRODUÇÃO
Na última década o número de IES cresceu como nunca visto em toda a
história deste país. Assim como o Ensino Fundamental e Médio estão em crise
de qualidade, resta saber se a qualidade do ensino superior também está em
crise; e em que área essa crise se situa.
A avaliação surgiu em meados de 1940, pelo trabalho de Ralph Tyler;
citado por (VIANA, 2000). Na década de 60, Scriven (1967) citado em Hadji, (2001)
passou a utilizar os resultados obtidos nas avaliações para emitir julgamentos.
Dada a sua importância, os conceitos de avaliação foram aprofundados, indo
além dos conceitos de avaliação diagnóstica, formativa e somativa.
A avaliação na forma anômala apresentada ao aluno é o objeto de estudo
desta pesquisa, cujo tema tornou-se preocupante. Para Teresa Esteban:
Avaliar o aluno deixa de significar um julgamento sobre a sua aprendizagem, para servir como modelo capaz de revelar o que o aluno já sabe; os caminhos que percorreu para alcançar o conhecimento, o que o aluno não sabe; o que poderá vir a aprender, o que é potencializado e revelado em seu processo, suas possibilidades de avanço e suas necessidades para superação, sempre transitória do saber.
A avaliação é valorizada em detrimento do aluno e da aprendizagem. E a
rotina em sala de aula, muitas vezes, se resume ao ensino e à avaliação. O
professor tem o poder de ensinar e avaliar, sem ser avaliado por seus alunos.
Essa inversão leva o aluno a preocupar-se mais com a aprovação do que
com a aprendizagem; chegando a casos em que alunos que não aprenderam
serem mais bem pontuados que alunos que aprenderam. Segundo Luckesi
(1996, p. 76):
O conceito "avaliação" é formulado a partir das determinações da conduta de atribuir um valor ou qualidade a alguma coisa, ato ou curso de ação que por si, implica um posicionamento positivo ou negativo em relação ao objeto, ato ou curso de ação avaliado.
Atribui-se o sucesso ou o fracasso da qualidade de ensino ao professor,
o qual está em contato direto com o aluno; tendo, em tese, os meios necessários
à produção e provocação dos saberes. Jean Piaget (1996) disse que professor é
o que desperta no aluno a vontade de aprender.
Avaliação significa ação provocativa do professor, desafiando o educando a refletir sobre as situações vividas, a formular e reformular hipóteses, encaminhando-se a um saber enriquecido. (HOFFMANN: 1994, p. 58)
É inegável que no ensino haja professores estressados, mal humorados,
ríspidos, impacientes e irritadiços; e isso contribui com o fracasso escolar, pois
gera um bloqueio no relacionamento com os alunos prejudicando o processo de
ensino e aprendizagem, impedindo a transferência e contratransferência.
Conforme Kupfer (1989):
A transferência é mediadora da relação entre aluno e professor, a qual lhes impõe um paradoxo; isto é, o inconsciente do aluno coloca o professor no lugar ideal do seu próprio eu; por outro lado o inconsciente do professor coloca o aluno no lugar do seu eu ideal.
Somente haverá aprendizagem se houver transferência. “[...] a afetividade
depende, para evoluir, de conquistas realizadas no plano da inteligência, e vice-
versa." (DANTAS, p.90, 1992).
A avaliação poderia ser entendida como estratégia utilizada pelo aluno na
resolução da tarefa e não apenas como forma de pontuar as potencialidades do
aluno. De acordo com Moretto (1996, p. 1):
A avaliação tem sido um processo angustiante para muitos professores que utilizam esse instrumento como recurso de repressão e alunos que identificam a avaliação como o "momento de acertos de contas", "a hora da verdade", "a hora da tortura”.
O educando pode ser um coadjuvante no processo avaliativo, o qual, para
ele, traz um enorme peso de conteúdo, seletivo, classificatório; ignorando o fato
de ter havido ou não aprendizagem. o que importa é a nota e não os conteúdos
apreendidos.
O próprio aluno é capaz de avaliar-se. O professor atuaria como um
facilitador ajudando os alunos a se avaliarem. Isso, além de aliviar o professor
da carga de trabalho, faria da correção da avaliação um novo momento de
aprender. Como resultado da pesquisa de campo, 88,89% dos alunos reconhece
ter condições de avaliar o seu desempenho acadêmico; contra 11,11% que
declararam não serem capazes. Mesmo estes poderiam fazê-lo se encorajados e
ajudados pelo professor.
Este signatário teve um professor de Filosofia que deixava os alunos
escolher a modalidade avaliativa. Isso contraria a maioria dos professores, pois
as pesquisas revelaram que 29,62% dos professores nunca pediram sugestões
aos alunos quanto ao tipo de avaliação a ser aplicada; para 55,55% raramente o
professor pediu-lhes sugestões; 11,11%, muitas vezes e 3,72%, poucas vezes.
Outro professor fazia exercícios de revisão semanal e os pontuava,
livrando os alunos das provas bimestrais.
OBJETIVOS
O objetivo deste trabalho é:
Conhecer a visão do aluno acerca das diversas modalidades avaliativas
Analisar a práxis docente nas avaliações
Objetivos específicos:
Identificar, por meio de pesquisa de campo, o parecer dos alunos.
Verificar, por meio de análise crítica à luz de outras bibliografias,
se são procedentes ou não tais opiniões;
Contribuir para sucesso na avaliação do desempenho dos alunos e
dos professores.
1. JUSTIFICATIVA
Todo estudante tem seus processos de desenvolvimento, aprendizagem e socialização potencializadas e canalizadas de acordo com as práticas educativas vivenciadas na instituição de ensino. O estudante constrói suas rotas desenvolvimentais a partir da qualidade (boa ou ruim) das mediações vivenciadas a partir dos diferentes agentes sociais e educativos. (COLL e COLLS, 1996).
A eficiência no ensino e na avaliação pertence ao professor e não à
Instituição de Ensino. Mas o fracasso do aluno significa o fracasso do professor
e da instituição que fracassaram no desempenho eficiente do seu papel.
Portanto as avaliações não testam apenas os conhecimentos e
habilidades cognitivas desenvolvidas pelos alunos; antes, apontam a
capacidade dos professores e das instituições em despertar interesse pela
aprendizagem, em produzir conhecimento e em transmitir esse conhecimento
com uma dinâmica viva e crescente; ou seja, se o aluno foi reprovado, a
instituição foi igualmente reprovada.
Isso acontece porque muitos professores apresentam problemas em sua
formação, daí acreditam que avaliar é aplicar prova na qual se requer respostas,
cujo resultado será apenas a atribuição de um conceito pontual que reprovará
ou não o estudante; atendendo a uma expectativa rasa, arbitrária e medíocre.
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
3.1. Conceituação
O conceito de avaliação está relacionado à sua aplicação, em quais
princípios pedagógicos se apoia e o que espera alcançar. O seu estudo
delimitará a abrangência dos aspectos avaliativos; não o limitando, mas
especificando-o para melhor compreensão e aplicação de seus recursos.
Segundo o Aulete Dicionário de Língua Portuguesa, avaliação é:
1. Ação ou resultado de avaliar 2. Estimativa do valor ou importância de algo 3. Valor atribuído por quem avalia. 4. Consideração objetiva sobre as reais condições de algo; 5. Exame para avaliar conhecimento adquirido por aluno, competência de profissional etc.
O conceito de avaliação dado pelo Dicionário de Psicologia é:
Avaliação do rendimento escolar, teste de Conjunto de questões administradas com a finalidade de avaliar os conhecimentos de um aluno acerca de um determinado conteúdo escolar. A > docimologia tem desenvolvido estudos que permitem definir dois grandes grupos em que se divide este tipo de testes: 1. testes de resposta curta ou de correcção objectiva - podem
apresentar modalidades de itens de completação, verdadeiro/ falso, associação ou combinação e escolha múltipla; 2. testes de resposta longa - podem apresentar itens de resposta livre ou de resposta orientada.
Conforme Luckesi (1996, p. 33), "é como um julgamento de valor sobre
manifestações relevantes da realidade, tendo em vista uma tomada de decisão".
Luckesi (2002) amplia o seu conceito ao dizer que: "[...] a avaliação é uma
apreciação qualitativa sobre dados relevantes do processo de ensino-
aprendizagem que auxilia o professor a tomar decisões sobre o seu trabalho”.
Isso significa um juízo de valor acerca da realidade, e não da teoria; do que é, e
não do que se espera; levando professores e educandos a uma ação que seja
efetiva, prática e construtora da aprendizagem. Para Hoffmann, (1994, P.18):
Nessa tarefa de reconstrução da prática avaliativa, considero premissa básica e fundamental a postura de "questionamento" do educador. A avaliação é a reflexão transformada em ação. Ação, essa, que nos impulsiona as novas reflexões. Reflexões permanentes do educador sobre sua realidade, e acompanhamento, passo a passo, do educando, na sua trajetória de construção do conhecimento. Um processo interativo, através do qual educandos e educadores aprendem sobre si mesmo e sobre a realidade escolar no ato próprio da avaliação.
3.2. A avaliação e a formação do corpo docente
Esta pesquisa constatou que a avaliação aponta problemas no ensino
que, por sua vez, pontuam problemas na formação docente. 81,48% dos alunos
intrevistados informaram que se o professor é bem sucedido em ensinar, os
alunos são bem sucedidos nas avaliações. O mesmo percentual apontou que se
o professor é mal sucedido no ensino, os alunos fracassam nas avaliações.
Uma aluna observou que, exceto os pedagogos, os professores, não
veem matérias pedagógicas suficientes para lhes dar eficiência na docência.
Os professores mais bem aparelhados com recursos pedagógicos em sua
formação são aqueles que comunicam a educação de forma mais eficaz. Esses
são os responsáveis por preparar e aplicar avaliações que respeitam as funções
diagnóstica, formativa e somativa, as quais são inseridas no cotidiano do
processo formativo dos educandos. Consequentemente os alunos têm
segurança e não sentem desconforto emocional ou medo, porque, houve
aprendizado significativo. O resultado é o sucesso nas avaliações, não apenas
dos alunos, mas de todo o sistema educacional em que estão inseridos.
De forma inversamente proporcional, os professores mal aparelhados de
recursos pedagógicos em sua formação, são os que participam de conflitos na
relação ensino, aprendizagem e avaliação.
Villas Boas (2004) constatou que o desenvolvimento da avaliação
formativa nas escolas brasileiras é incipiente, pois essa modalidade de
avaliação está presente de maneira “informal”. A avaliação formativa é um
conhecimento que começa a ser construído com a prática dos professores, mas,
ainda sem uma reflexão consistente.
Um alunos entrevistado transcreveu o seu parecer nos seguintes termos:
[...] porém, em se tratando do ensino na [...] o qual lido desde 2002; penso que as provas da Instituição jamais testaram os conhecimentos dos alunos. Testou sim, a vivacidade, uma vez que são provas extremamente maliciosas, repletas de “pegadinhas” em situações em que uma vírgula muda totalmente o contexto da pergunta; e o corpo docente; pasmem; se orgulha do seu feito, quando conseguem elaborar questões as quais estrangulam os discentes.
Com má formação e por não saberem avaliar, os professores repetem
modelos vivenciados por eles, cedendo espaços para os indesejáveis recalques.
Diante disso é fundamental que o corpo docente, de forma individualizada
ou coletiva, mantenha sempre atividades de pesquisa e formação permanente; o
que deve, ser fomentado pelas IES e suas coordenações pedagógicas.
É necessário ao processo de construção de saberes que os alunos
saibam de seus professores, os objetivos de cada avaliação a que são
submetidos; contudo isso não tem acontecido. Conforme resultados da
pesquisa que fundamentou este trabalho, acerca das funções avaliativas e seus
objetivos, 96,29% dos alunos nunca receberam informações dos professores
acerca do que é uma avaliação diagnóstica; 85,19% nunca ouviram o que é uma
avaliação formativa; e o mesmo aplica-se quanto à avaliação somativa.
É possível que os professores não saibam dessas funções ou que não
julguem importante esclarecer isso aos alunos. Ambos os fatos denotam má
formação do corpo docente, principalmente no quesito avaliação.
3.3. Três funções da avaliação
A avaliação, conforme pesquisas pedagógicas; foram categorizadas por
Bloom (1956) citado em Silva e Fernandes( 2006) em três funções: diagnóstica,
formativa e somativa. A aplicação dessas funções rompeu o tempo, e sua
utilização é bastante atual e específica, sendo utilizadas em todas as etapas do
processo de ensino e aprendizagem, e com o sucesso dos meios avaliativos.
Scriven (1967) citado por Hadji (2001), dimensiona a avaliação apenas em
avaliação formativa e somativa. O ponto de vista de ambos coincide ainda ao
considerarem a avaliação como um instrumento de orientação capaz de nortear
as práticas docentes. Assim, como critério de prática docente, a avaliação deve
detectar problemas na aprendizagem e resolvê-los.
5.3.1. Avaliação diagnóstica
A avaliação diagnóstica visa o conhecimento da realidade, e é aplicada no
início do processo de ensino-aprendizagem, e objetiva verificar a situação de
cada aluno diante dos saberes que ele deveria ter. Essa avaliação é também um
prognóstico revelando a nivelação cognitiva dos estudantes. “Para não ser
autoritária e conservadora, a avaliação tem a tarefa de ser diagnóstica, ou seja,
deverá ser o instrumento dialético do avanço, terá de ser o instrumento da
identificação de novos rumos” (LUCKESI, 1999, p.43).
Sem a avaliação diagnóstica os professores não poderão iniciar bem o
seu trabalho, pois não terão o nivelamento cognitivo nos alunos; nem saberão
por onde começar o trabalho com uma nova turma. Esses cometerão erros e
injustiças ao presumir determinado conhecimento por parte dos alunos, sem
que isso seja comprovado por meio de um diagnóstico.
5.3.2. Avaliação formativa
A avaliação formativa é aplicada em períodos mais curtos, ao longo do
processo formativo; pois o educando aprende em todo o processo. Assim, ele
poderá reestruturar seu conhecimento por meio das atividades que realiza.
Nesta pesquisa considera-se a avaliação formativa mais importante que
as demais, sem desprezá-las; pois, ao ser distribuída em curtos períodos de
tempos, aliviará os alunos do peso das provas finais, a avaliação somativa. Além
disso, a avaliação formativa servirá como um diagnóstico contínuo do
desenvolvimento dos educandos. Hadji (2001, p.22), concorda que a “avaliação
formativa é analisada sob a perspectiva de prognóstico, sendo uma avaliação
que precede à ação de formação e possui como objetivo ajustar o conteúdo
programático com as reais aprendizagens”.
A avaliação formativa se ajusta aos modelos teóricos de Piaget e
Vygostsky, os quais, com suas visões interacionista e construtivista,
contemplam o desenvolvimento dos processos cognitivos como algo a ser
processado continuamente. A continuidade somente é possível se houver uma
avaliação positiva de cada momento. Assim o processo avaliativo contribuirá
com a aprendizagem, ajustando aluno e professor ao ensino, formando ambos.
Matui (1995) declarou que a avaliação formativa centra-se em
compreender o funcionamento da construção do conhecimento. Tem um caráter
dialógico por permitir uma resposta à situação atual acerca do crescimento
cognitivo dos alunos; satisfazendo à proposta construtivista de ensino.
Para Perrenoud (1999) a avaliação formativa proporciona regulações
retroativas das aprendizagens, uma vez que as dificuldades são detectadas após
o processo de ensino-aprendizagem, normalmente, por meio do teste.
Mesmo com os problemas constatados nesta pesquisa, verificou-se que
48,15% dos alunos são avaliados constantemente ao longo do curso. 14,81% em
provas bimestrais (somativa); 18,60% em provas semestrais (somativa); e
18,60% em provas mensais.
5.3.3. Avaliação somativa
A avaliação somativa apresentada no site da Faculdade de Educação da
Universidade Federal de Juiz de Fora tem essa visão panorâmica:
É uma modalidade avaliativa pontual que ocorre ao fim de um processo. Atém-se à determinação do grau de domínio de alguns objetivos pré-estabelecidos propondo-se a realizar um balanço somatório das sequencias de um trabalho de formação. É também chamada de avaliação das aprendizagens.
Como a avaliação somativa busca o resultado da aprendizagem obtida
pelos educandos, ela pretende revelar à IES, aos professores e aos aprendentes
o que, de fato, foi assimilado. Seu caráter é informativo e classificatório. Por ser
classificatória e somativa, ao ser aplicada, ao final do período poderá apresentar
informações inúteis, pois se o estudante foi desclassificado por baixas notas,
para nada servirá, senão para informar a sua reprovação.
O site da FEUFJF corrobora com o ponto de vista deste pesquisador:
Para que servem os seus resultados? A avaliação somativa fornece informações sintetizadas que se destinam ao registro e à publicação do que parece ter sido assimilado pelos alunos. Ou seja, seus resultados servem para verificar, classificar, situar, informar e certificar.
Muitos docentes não conhecem as funções avaliativas e sua aplicação no
processo educacional. Assim, eles abusam do poder que têm, pois aplicam
provas arbitrariamente e distribuem pontos com intenção coercitiva. Entretanto,
se os professores conhecessem as funções avaliativas e o seu emprego, suas
competências para avaliar, de modo positivo e construtivo, potencializar-se-iam.
5.4. A influência da avaliação no fracasso escolar
As avaliações favorecem o fracasso escolar em pelo menos três
aspectos: se as funções avaliativas não são respeitadas; se avaliação não é
incorporada ao processo educativo; e se é utilizada como forma de punição.
A responsabilidade pelo fracasso, imputada ao aluno é, na realidade, o
resultado de uma inexplicável dispedagogia imposta ao estudante.
A preocupação com a avaliação da aprendizagem, medida e/ou avaliação do rendimento escolar, constitui a vertente mais antiga. Buscar as suas origens é voltar pelo menos ao início do século, ao movimento dos testes educacionais desenvolvidos com Robert Thorndik, nos Estados Unidos, resgatando o valor de mensurar as mudanças comportamentais; (SAUL, 1994, p.26).
O poder de avaliar traz consigo a ideia de poder, de controlar, de julgar
valores, de atribuir méritos, de aprovar ou reprovar. Isso concede domínio sobre
o sujeito avaliado. O aluno é avaliado em vez ter o seu progresso como
educando avaliado. O aluno é reprovado, e não o processo educacional. A
submissão por medo traz consigo ódio que se manifesta como rebeldia.
Rebeldia em não aprender, em não se calar, em não se comportar, em disputar e
desafiar o professor, uma forma inconsciente de se vingar, a qual põe para fora,
em forma de recalque, as repressões sofridas.
Quando a avaliação não é parte do processo formativo ela destoa das
demais atividades, sendo isolada em datas privilegiadas.
Para 55,56% dos entrevistados a avaliação não os leva a construir o
aprendizado; para 44,44%, a avaliação leva a construir o aprendizado.
Essa proximidade de índices é boa e ruim. É boa por indicar que os
professores estão em direção à compreensão adequada da avaliação. E é ruim
por significar que muitos alunos ainda estão sofrendo com o despreparo do
corpo docente de sua IES.
Hoffmann (1993) acredita que muitos professores fazem da avaliação um
mero verificador de rendimento escolar, e, a partir disso, os alunos são
classificados como bons ou ruins.
Para Reboul (1982) muitos professores, por pressa de liberar os
conteúdos, apresentam aos alunos avaliações mal feitas, improvisadas, sem
revisão e corrigidas superficialmente. Isso causa no aluno ódio e desprezo à
docência. Essas avaliações são colaboradoras da desistência de cursos, do
fracasso escolar e das provas de recuperação.
Constatou-se que um baixo índice de alunos 29,62% desistiu de algum
curso ou disciplina por causa de processos avaliativos. Os que não desistiram
70,37% devem esse fato à equilibração, fenômeno elaborado pela inteligência
humana em busca de adaptação, ou seja, desenvolvimento de processos
cognitivos por meio de assimilação e acomodação. Para Piaget (1991), a
inteligência dispõe de poderosos recursos adaptativos capazes de levar o
indivíduo a se ajustar ao meio, e ajustar o meio a si mesmo, levando-o a superar
dificuldades de sobrevivência.
Quanto à avaliação na modalidade EAD, esta também sofre com práticas
antididáticas e contraproducentes, cujas IES distribuem, em uma só avaliação, a
metade ou mais da pontuação do período letivo, com provas sobrecarregadas de
conteúdos explorando exageradamente a memorização. É preciso compreender
que uma nova modalidade de ensino exige novos critérios avaliativos.
Sandra de Fátima Krüger Gussoi, em seu artigo: O TUTOR-PROFESSOR E
A VALAIÇÃO DA APRENDIZAGEM NO ENSINO A DISTÃNCIA, apresenta a
seguinte consideração final acerca da avaliação na modalidade EAD:
Podemos, então, dizer que a avaliação na modalidade de ensino a distância deverá partir do bom planejamento e do uso correto das opções de ferramentas fornecidas pelo sistema utilizado. Ao tutor-professor cabe a responsabilidade de conhecer, elaborar e experimentar maneiras diversificadas de avaliar e de aprender a realimentar o processo, buscando sempre a melhor forma de avaliação.
A avaliação faz parte de todo o processo avaliativo inserido em um
contexto de equilíbrio cartesiano: ensino, aprendizagem e avaliação. Esses três
pontos determinarão o equilíbrio se, somente se, vierem nessa ordem e de forma
acumulativa; ou seja, deve haver ensino que produza aprendizagem e somente
em seguida deve haver avaliação. Sem o binário ensino/aprendizagem não pode
haver avaliação. Se houve fracasso no resultado da avaliação é porque não
houve ensino e aprendizagem.
Avaliar não é punir, nem se pune avaliando. Quando um educador utiliza-
se da avaliação com intenção de punir, ele já perdeu o seu papel de educador.
Nesse contexto, um aluno entrevistado disse que: “alguns professores, ao
aplicarem provas, provocam um pavor inquisitório nos alunos. Entretanto outros
são tratáveis e aplicam prova com encorajamento dando aos alunos convicção
do que eles já sabem”.
A Dra. Maria Aparecida Lemos Silva em sua Dissertação de Mestrado
defendida na PUCSP, 1989; apresentou o seguinte relatório de sua pesquisa:
Vários alunos, serem entrevistados, afirmaram desanimar da escola porque, diante dos conteúdos transmitidos, sentiam-se incapazes de aprender Matemática. Comentaram sobre a complexidade desses conteúdos e que seus professores não tinham paciência para ensinar aos com maior dificuldade de aprendizagem. Explicavam mal a matéria, nas provas aplicavam conteúdos mal transmitidos, e não transmitidos. Em sua maioria, os alunos afirmaram ter horror às provas, medo dos professores, e medo de apresentar aos pais notas tão baixas. Na opinião desses professores os alunos não aprendiam porque eram desligados, não estudavam, não faziam as tarefas e apresentavam defasagens de conteúdos das séries anteriores.
Corroborando essas considerações, 48,15% dos entrevistados já
vivenciaram “muitas vezes” a punição travestida de avaliação; 7,41% a
vivenciam sempre; 22,22% a vivenciaram “poucas vezes”. 14,81% nunca a
vivenciaram; e 7,41%, raramente.
5.5. A avaliação como instrumento de aprendizagem
Poucos professores fazem da avaliação um novo momento de
aprendizagem. A maioria se limita a marcar “certo e errado” nas respostas
gabaritadas, e despreza os conhecimentos apresentados em questões erradas,
cujo raciocínio poderia ser considerado.
Um aluno disse que a maioria dos seus professores de sua IES ignora
completamente a avaliação depois de devolvida ao aluno; e que a expressão
utilizada: “o professor corrigiu a prova e a entregou aos alunos” é totalmente
inadequada, pois os professores não “corrigem” as provas, eles riscam de
vermelho o que não foi acertado. “isso não é corrigir prova. Corrigir prova é
rever cada questão discutindo quais seriam as respostas mais adequadas”.
Os resultados desta pesquisa apontam coerência com o que o aluno
disse, pois 59,25% dos resultados indicam que os professores não conferem as
provas com os alunos após a sua devolução. 40,74% indica que muitos dos
professores, fazem revisão da avaliação com os alunos, favorecendo um novo
momento de aprendizado. O que significa que muitos professores compreendem
avaliação como um novo papel no processo de ensino e aprendizagem.
A avaliação deve ser vista pelos educadores e IES como um instrumento
capaz de aferir a eficácia da didática adotada, a qual poderá revelar a qualidade e
a eficiência do ensino oferecido aos educandos; norteando as necessárias
mudanças e adaptações a serem incrementadas no processo educativo;
direcionando o que se ensina, quando e como se ensina; porque medir a
qualidade não significa melhorar a qualidade. Em congruência com esse ponto
de vista, Demo (2000, p.97) disse: “Avaliar não é apenas medir, mas, sobretudo,
sustentar o desenvolvimento positivo dos alunos”
Para 59,26% dos alunos a avaliação induz à memorização de informações;
enquanto para 40,74% não induz à memorização de conteúdos. Esse contraste
pode se dar devido à extensão dos conteúdos exigidos nas provas, pois 37,03%
declararam que o que mais dificulta as provas são os conteúdos extensos.
Para Luckesi (1996), a avaliação deve ter um caráter diagnóstico, o que
contribuirá para a formação dos educandos, uma vez que não se limitará a
aprovar ou reprovar; antes, indicará os pontos a serem trabalhos, e pontuará os
aspectos já consolidados pelos alunos. A avaliação deve promover o ensino e
dirigir os passos dos educadores e de suas instituições.
A avaliação é um processo abrangente da existência humana que implica uma reflexão crítica sobre a prática, no sentido de captar seus avanços, suas resistências, suas dificuldades e possibilitar uma tomada de decisão sobre o que fazer parar superar os obstáculos. É a forma de acompanhar o desenvolvimento dos educandos e ajudá-los e suas eventuais dificuldades (VASCONCELLOS, 2000, p. 43).
Um professor, ao terminar um conteúdo, aplicava a avaliação e cada
aluno permanecia com a sua prova para que o professor a corrigisse no quadro.
Os alunos conferiam os seus erros e acertos, questionavam o que fosse preciso
e com a orientação do mestre atribuíam a nota à sua prova. Eles aprendiam mais
com as provas do que com outras modalidades de ensino. Os alunos tinham
expectativa por essa prova; diferentemente do que acontecia em outras provas.
A avaliação deve ser interativa e bilateral na qual o professor descobrirá o
quanto ele ensinou e não apenas o quanto o educando aprendeu. A avaliação
deve ser aplicada com a intenção de avaliar um sistema de mão dupla: ensinar e
aprender. Nesse sistema é importante que o aluno saiba que o professor e a IES
são avaliados juntamente com ele. Não é possível seccionar partes de um
mesmo corpo, sob o risco de fracassos em todas as partes. DEMO (1998, p. 33-
34) lembra: “Da mesma forma, se avalio, não posso impedir que me avaliem,
pois avaliar e ser avaliado fazem parte da mesma lógica. Como decorrência
quem foge da avaliação perde a autoridade de avaliar”.
Quando a avaliação é trabalhada como parte do processo educacional, o
professor e instituição querem que o aluno seja bem sucedido, e não apenas
avaliado; querem que o aluno agregue novos conhecimentos às suas
experiências anteriores, e não apenas que o conteúdo programático seja dado
aos educandos.
Com outro professor, os alunos trocavam as provas entre si e cada um
corrigia a prova do outro, conforme orientações recebidas. O índice de
aprendizagem nesse modelo era muito significativo. Os professores envolviam
os alunos no processo de avaliação criando uma ótima ocasião de
aprendizagem, revisão e consolidação do que foi aprendido.
Outro professor solicitava aos alunos que, como tarefa pontuada,
preparassem duas questões de prova com respostas. Dessas questões ele
extraía as questões da avaliação. Por mais simples e elementares que fossem as
questões apresentadas, os estudantes sempre aprendiam mais, tanto para
elaborar as questões quanto para resolvê-las.
Noutra situação os alunos elaboravam questões de prova e as explicavam
aos colegas. Das melhores questões eram extraídas as questões para a
avaliação. O efeito positivo da transferência era declarado pelos alunos que
diziam: “quando eu for professor, vou fazer assim também!”
A avaliação, para ser parceira do crescimento cognitivo, deve avaliar os
resultados e os meios intelectuais, cognitivos e psicomotores utilizados para se
chegar a eles.
Segundo Dolle (1995), Piaget percebeu que crianças participantes de
pesquisas pedagógicas cometiam os mesmos erros, de acordo com suas faixas
etárias. Piaget concluiu que os erros indicavam uma forma de pensar correta
para a idade das crianças. Não eram “erros”, e sim uma lógica coerente com o
seu desenvolvimento cognitivo. A lógica do raciocínio é tão importante quanto o
resultado correto a que se chegou. Os meios avaliativos deveriam contemplar
essas particularidades em vez de considerar apenas se o resultado final se
enquadrou nos parâmetros pontuáveis do gabarito.
Um os alunos entrevistados e que também é professor, declarou:
Nunca hesitei em dar um questionário na véspera da prova, e deste questionário, tirar questões da prova. [...] Precisamos respeitar os discentes e dar a eles oportunidade de se manifestarem. Creio que a máxima do ensino é o professor trazer o assunto ao debate e, alunos e professores construírem o conhecimento. Como professor, eu sempre procurei ser um parceiro do aluno em seu aprendizado. Creio que a função do professor é de “pegar o aluno pela mão e juntos chegarem ao conhecimento”, a pergunta deve conduzir o aluno à resposta esperada e não ao equivoco.
3. ANÁLISE DOS RESULTADOS
A figura 1 contém com os resultados percentuais dos resultados da
pesquisa.
Tabela 1: Principais resultados de pesquisa
Para que a questão do tema avaliação fosse adequadamente abordada,
foi requerido aos alunos que informassem acerca de sua prática de estudos fora
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
100
Raramente
Nunca
muitas x
Sim
Não
da sala de aula e a relação desse fato com os processos avaliativos. Constatou-
se que os alunos, em geral são estudiosos, pois, 67% deles estudam pelo menos
o obrigatório, o que, sem utopia é uma boa marca. 74% estudam mais que o
normal quando estão na iminência de realizar provas.
Quanto à qualidade de uma boa prova, 88,89% afirmaram que uma boa
prova é aquela que contempla os conteúdos ensinados de forma clara e
objetiva; o que se contrapõe às provas mascaradas de “pegadinhas”, conteúdos
longos e a exigência de informações meticulosas.
A ineficiência dos métodos avaliativos, ortodoxos e impessoais se
revelou; como já era esperado, no fato de que 55,55% dos educandos
responderam que, não obstante terem estudado muito, por muitas vezes, não
conseguiram resolver as questões propostas na provas.
Foi surpreendente e bom constatar que para 85,19% dos estudantes o
objetivo das avaliações é verificar o que foi aprendido, contra 14,81%, os quais
acreditam que as avaliações buscam verificar o que não foi aprendido. Em
coerência com esse resultado, a maior parte dos entrevistados, 55,56%,
informou que as avaliações são aplicadas com o fito de se verificar o que foi
aprendido, contra 44,44% que acreditam ser apenas um meio de aprovação. Não
obstante isso, os índices não são ruins, mas também não são bons, devido à
grande proximidade de valores.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A avaliação deve ser incluída como parte no processo formativo. E
mesmo assim, ela deve ser o mais diversificado possível, sendo pulverizada ao
longo do período letivo, evitando que a avaliação se concentre em uma só data,
carregando elevado percentual da pontuação distribuída.
Diante das lacunas deixadas pelas instituições que se propõem à
formação docente, cabe às escolas e demais instituições de ensino aprimorar a
formação de seu corpo docente realizando seminários, simpósios e congressos
voltados para a busca da excelência no ensino, cuja participação dos docentes
deve ser compulsória. Com isso o corpo docente poderá agregar à sua bagagem
ferramentas pedagógicas não adquiridas em sua formação, favorecendo o
sucesso no processo educacional; pois, é a construção contínua de recursos
que capacita o professor para o exercício eficiente de sua tarefa docente.
Na avaliação aparecem os sedimentos do processo educacional, daí
porque os resultados obtidos nessa pesquisa servirão para estabelecer padrões
de qualidade de ensino, servindo como uma avaliação diagnóstica. Por isso, a
Coordenação Pedagógica das IES (do ensino fundamental e médio) deverá
acompanhar o desenvolvimento dos processos avaliativos e, se necessário,
impor a metodologia que cada professor deve utilizar.
Os professores devem conhecer e informar aos alunos os objetivos das
avaliações, além de buscar maior interatividade e meios dialógicos para fazer do
corpo discente um aliado no processo: ensino, aprendizagem e verificação.
O fracasso escolar é um mal curável, desde que queira e saiba como. Se
nesta pesquisa a avaliação foi apontada como um dos elementos causadores de
fracasso, é certo que os docentes poderão combater tal anomalia fazendo da
avaliação um útil instrumento de aprendizagem, conforme críticas e sugestões
alçadas no escopo desta pesquisa. Os coordenadores pedagógicos deverão
intervir a fim de qualificar educadores com ferramentas adequadas com o
objetivo educacional bem sucedido que se espera.
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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