a aurora do homem
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A Aurora do Humano
Prof. Jorge Miklos
Março/2012
• UNIVERSO: 7 BILHÕES DE ANOS
• TERRA: 5 BILHÕES DE ANOS
• VIDA: 2 BILHÕES E MEIO
• VERTEBRADOS: 600 MILHÕES DE ANOS
• RÉPTEIS: 300 MILHÕES DE ANOS
• MAMÍFEROS: 200 MILHÕES DE ANOS
• ANTROPÓIDES: 10 MILHÕES DE ANOS
• HOMINÍDEOS: 4 MILHÕES DE ANOS
• HOMO SAPIENS: 100.000 A 50.000 ANOS
• CIVILIZAÇÃO: 10.000 ANOS
• FILOSOFIA: 2.500 ANOS
• CIÊNCIA: 500 ANOS
História Natural, História Social
• O animal homem
• Ponto de vista Natural: o ser humano é inadequado
• Do ponto de vista cultural: o mais poderoso de todos os animais
• Na história humana no lugar de pêlos, garras,presas, e instintos os seres humanos usam roupas, ferramentas, armas.
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História Natural, História Social
• Principal questão:
• Como nos tornamos humanos,como evoluímos ou involuímos até chegar as sociedades complexas que temos
hoje?
Criacionismo
Os Mitos de Criação
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Evolucionismo
• Foi a partir de Darwin, criador de uma sofisticada teoria evolucionista e de escavações e descobertas de fósseis que começou-se a responder às questões do tipo como nos tornamos humanos e como evoluímos.
Transformações
• O grande mérito de Darwin foi o de ter desafiado a visão religiosa e rompido com a teoria Criacionista que defendia que todas as espécies foram criadas por Deus, e permaneciam imutáveis no decorrer do tempo.
Viagem de Circunavegação 1831-1836
• Darwin por meio de pesquisas, observações a viagens adquiriu a convicção que as espécies seriam passíveis de transformações.
• Darwin defendia a Seleção Natural.
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Seleção Natural
• A teoria da seleção natural está baseada na idéia da competição entres os seres vivos diferentes por alimento e na reprodução dos mais aptos e por conseguinte na não reprodução dos menos aptos.
• O grupo mais nutrido torna-se dominante e com mais chances de se reproduzir.
• De alguma forma a teoria darwinista reflete o que aconteceu com nossos ancestrais.
Marx e Darwin
• Marx quis dedicar a Darwin a versão inglesa de sua grande obra, O capital, mas Darwin não aceitou. Quando Marx morreu, um ano depois de Darwin, seu amigo Friedrich Engels disse: “Assim como Darwin descobriu a lei da evolução da natureza orgânica, Marx descobriu a lei da evolução da história humana”.
Como Marx compreende o trabalho, consequentemente, desvelando a relação homem—natureza:
• O trabalho é, em primeiro lugar, um processo de que participam igualmente o homem e a natureza, e no qual o homem espontâneamente inicia, regula e controla as relações materiais entre si próprio e a natureza.
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Como Marx compreende o trabalho, consequentemente, desvelando a relação homem—
natureza:
• Ele se opõe à natureza como uma de suas próprias forças, pondo em movimento braços e pernas, as forças naturais de seu corpo, a fim de apropriar-se das produções da natureza de forma ajustada a suas próprias necessidades. Pois, atuando assim sobre o mundo exterior e modificando-o, ao mesmo tempo ele modifica a sua própria natureza. Ele desenvolve seus poderes inativos e compele-os a agir em obediência à sua própria autoridade.
Como Marx compreende o trabalho, consequentemente, desvelando a relação homem—
natureza:
• Não estamos lidando agora com aquelas formas primitivas de trabalho que nos recordam apenas o mero animal. Um intervalo de tempo imensurável separa o estado de coisas em que o homem leva a força de seu trabalho humano ainda se encontrava em sua etapa instintiva inicial. Pressupomos o trabalho em uma forma que caracteriza como exclusivamente humano.
Como Marx compreende o trabalho, consequentemente, desvelando a relação homem—natureza:
• Uma aranha leva a cabo operações que lembram as de um tecelão, e uma abelha deixa envergonhados muitos arquitetos na construção de suas colmeias. Mas o que distingue o pior arquiteto da melhor das abelhas é que o arquiteto ergue a construção em sua mente antes de a erguer na realidade.
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Naturalismo
• Marx havia dito que a consciência humana era um produto da base material (confronto Homem X Natureza) de uma sociedade.
• Darwin mostrou que o homem era o produto de uma longa evolução biológica.
• Freud deixou claro que as ações dos homens freqüentemente são devidas a certos impulsos ou instintos “animais”, próprios de sua natureza.
Controvérsias
• Em 1859 foi a data de publicação da Origem das Espécies, sendo colocada a primeira dúvida do papel de Deus na criação do mundo, como consta no Livro do Gênesis. Uma guerra se inicia contra tal teoria. Até mesmo o primeiro professor a lecionar o evolucionismo nos EUA foi preso e multado. A palavra que afirmava sobre a existência de cada um devia-se a um milagre divino, era mantida. Mas tratava de estudos científicos, e não á um “ataque” à religião.
Posição oficial da I. Católica
• Em 1998 o papa João Paulo II aceitou oficialmente, em nome da Igreja, a Teoria da Evolução, identificada hoje ao nome de Charles Darwin.
• O papa não mais considera a Evolução com uma mera hipótese, mas como um postulado científico incontrovertido.
• Encíclica Fides et Ratio
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Fides et Ratio
• “A fé e a razão (fides et ratio) constituem como que as duas asas pelas quais o espírito humano se eleva para a contemplação da verdade. Foi Deus quem colocou no coração do homem o desejo de conhecer a verdade e, em última análise, de O conhecer a Ele, para que, conhecendo-O e amando-O, possa chegar também à verdade plena sobre si próprio.”
História Natural, História Social
• Ramapithecus – o patriarca
• 12 milhões de anos
• Viviam em florestas - árvores
• Afastaram-se das árvores e foram viver em savanas
• Bípedes
• Pisar\agarrar
• Postura ereta - liberar as mãos
• Utilizavam pedras e pedaços de pau
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História Natural, História Social
• 3 milhões de anos – Australopithecus africanus
– Australopithecus bolsei
– Homo habilis
Australopithecus africanus
Australopithecus africanus
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Australopithecus bolsei
Australopithecus bolsei
Homo habilis
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Homo habilis
Homo habilis
História Natural, História Social
• Por que a linha Homo obteve sucesso e a linhagem Australopithecus desapareceu?
• Não há resposta
?
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História Natural, História Social
• 1 milhão de anos
• Descendente do Homo habilis
• Homo erectus
• Marcha – da África para a Ásia e Europa
Homo erectus
Homo erectus
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A aventura humana
• O que o fez sair da África?
• Questão antropológica e filosófica
A aventura humana
• O Homo erectus que saiu da África oriental não será, com certeza um telespectador padrão de Silvio Santos.
• Viver para ele era ousar, ousadia própria.
• Simone de Beauvoir em Todos os homens são mortais demonstra que a consciência da morte não deve ser uma limitação à vida, mas sua própria razão de ser
A aventura humana
• Nossos ancestrais não leram Simone de Beauvoir, mas não estavam dispostos a perder a vida pensando nos seus riscos
• Saíram para a aventura humana, a própria razão de ser da vida.
• Vida perecível – vida com intensidade.
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A aventura humana
• Sugestão de leituras:
• Tempo de Transcendência: O Ser Humano como um Projeto Infinito de Leonardo Boff.
• A Alma Imoral – de Nilton Bonder
Caçadores e Coletores
• Perigos do etnocentrismo e do eurocentrismo
• O Homo erectus:
• Homo neanderthalensis
– Desapareceu 30 mil anos
• Homo sapiens sapiens
• 30 mil anos
• Domínio do Fogo
LINGUAGENS
SISTEMAS E CÓDIGOS DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
REPRRESENTAÇÕES
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LOCUS
Caverna de ALTAMIRA, Espanha, quase uma centena de desenhos feitos a 14.000 anos, foram os primeiros desenhos descobertos, em 1868. Sua autenticidade, porém, só foi reconhecida em 1902.
http://museodealtamira.mcu.es/
Caverna de LASCAUX, França, suas pinturas foram achadas em 1942, têm 17.000 anos. A cor preta, por exemplo, contém carvão moído e dióxido de manganês.
http://www.lascaux.culture.fr/
Caverna de CHAUVET, França, há ursos, panteras, cavalos, mamutes, hienas, dezenas de rinocerontes peludos e animais diversos, descoberta em 1994.
http://www.culture.gouv.fr/culture/arcnat/chauvet/fr/
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PARQUE NACIONAL SERRA DA CAPIVARA - Sudeste do Estado do Piauí, ocupando áreas dos municípios de São Raimundo Nonato, João Costa, Brejo do Piauí e Coronel José Dias. Nessa região encontra-se uma densa concentração de sítios arqueológicos, a maioria com pinturas e gravuras rupestres.
http://www.fumdham.org.br/parque.asp
Pinturas Rupestres ALTAMIRA
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Pinturas Rupestres ALTAMIRA
Este costume de se exprimir
graficamente é uma manifestação do
sistema de comunicação social.
Pinturas Rupestres ALTAMIRA
Como tal, a representação gráfica é
portadora de uma mensagem cujo
significado só pode ser compreendido no
contexto social no qual foi formulado.
Pinturas Rupestres - CHAUVET
Trata-se de uma verdadeira linguagem, na
qual o suporte material é composto por
elementos icônicos, cuja completa
significação perdeu-se definitivamente no
tempo por não conhecermos o código
social dos grupos que o fizeram.
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Pinturas Rupestres - CHAUVET
Não podendo decifrar este código, resta
uma possibilidade de se conhecer mais
sobre os grupos étnicos da pré-história
através da identificação dos componentes
do sistema gráfico próprio de cada grupo e
de suas regras de funcionamento.
Pinturas Rupestres CHAUVET
Efetivamente, cada grupo étnico possui um
sistema de comunicação gráfico diferente,
com características próprias.
Pinturas Rupestres - CHAUVET
Fica então excluída qualquer possibilidade
de interpretação de significados, pois toda
afirmação se situaria em um plano de
natureza conjectural.
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Pinturas Rupestres CHAUVET
Pinturas Rupestres COSQUER
Pinturas Rupestres COSQUER
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Pinturas Rupestres COSQUER
Pinturas Rupestres GAUME
Pinturas Rupestres GAUME
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Pinturas Rupestres LASCAUX
Pinturas Rupestres LASCAUX
Pinturas Rupestres LASCAUX
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Pinturas Rupestres LASCAUX
Pinturas Rupestres LASCAUX
Pinturas Rupestres
LASCAUX
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Pinturas Rupestres LASCAUX
Pinturas Rupestres LASCAUX
Pinturas Rupestres LASCAUX
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Pinturas Rupestres Parque Nacional Serra da Capivara
Pinturas Rupestres Parque Nacional Serra da Capivara
Pinturas Rupestres Parque Nacional Serra da Capivara
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Pinturas Rupestres Parque Nacional Serra da Capivara
Pinturas Rupestres Parque Nacional Serra da Capivara
Pinturas Rupestres Parque Nacional Serra da Capivara
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Pinturas Rupestres Parque Nacional Serra da Capivara
Pinturas Rupestres Parque Nacional Serra da Capivara
Pinturas Rupestres Parque Nacional Serra da Capivara
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A Vênus de Willendorf
O PENSADOR
A VÊNUS DE SAVIGNANO
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A experiência da grande arte é o significado da existência humana.
Caçadores e coletores
A reconstrução do passado
A reconstrução do passado
• Como refazer seus passos?
• Como recompor seu cotidiano, imaginar suas práticas, conhecer seus valores?
• Como saber se esses homens viviam isolados ou em grupos, formavam famílias, desenvolviam crenças?
• Como chegar a seres tão distantes no tempo, considerando que só de poucos milênios para cá o homem inventou a escrita?
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A reconstrução do passado
• Cientistas e pensadores contemporâneos têm tentado responder a essas questões através de, basicamente, três formas, isoladas ou combinadas:
1. o raciocínio lógico e a teoria;
2. escavações e análise de vestígios;
3. observação de grupos contemporâneos que, supostamente, tenham padrões de existência semelhantes.
Etnocentrismo
• Durante muito tempo chegou-se a comparar o homem "primitivo“ a uma criança, no sentido de que sua mente era pré-lógica. Segundo alguns, a lógica seria uma criação dos gregos, momento de ruptura entre civilização e barbárie...
Etnocentrismo
• Hoje, porém, quando questionamos as conseqüências desse progresso, que aparentemente tinha como meta a felicidade humana, não podemos continuar repetindo a mesma divisão.
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Etnocentrismo
• Sabemos que riqueza técnica e progresso material não representam, necessariamente, garantia de riqueza espiritual ou artística, ou de organização social.
• E que dizer da felicidade de seus membros, objetivo final de qualquer grupo?
• Ou não será essa a meta das sociedades humanas?
Etnocentrismo
• Será que a evolução da humanidade, em termos materiais e de teorias, cada vez mais sofisticadas, vem garantindo à grande massa da humanidade uma boa qualidade de vida? E mesmo entre aqueles que possuem batedeiras e videocassete e moram em apartamentos com sauna e guarita, vive-se uma vida sem tensões e competitividade, plena de paz, compreensão e solidariedade?
Etnocentrismo
• O perigo das grandes teorias é que, quando confrontadas com fatos, tomam aparência de dogmas de fé. Entre a teoria imaginada e fatos comprovados, os místicos da ciência abstraia decidem, sem dó: pior para os fatos; quem mandou eles ousarem enfrentar nossa bela concepção teórica?
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Etnocentrismo
• De repente, os ocidentais "civilizados" passaram a se perguntar a respeito dos "primitivos".
Etnocentrismo
• Seriam eles tão primitivos assim? Em vista dessas interrogações, cientistas resolveram fazer observações sistemáticas, tanto em grupos de primatas, como chimpanzés, gorilas e gibões, como em algumas tribos que sobrevivem como caçadoras-coletoras, forma de existência que se pretende tenha sido universal desde 1 milhão até pouco mais de 10 mil anos atrás.
Etnocentrismo
• O caso mais interessante talvez seja o dos
• pesquisadores da Universidade de Harvard em uma comunidade dos !Kung, coletores-caçadores que vivem no deserto de Calaari entre Angola, Namíbia e Botsuana.
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Etnocentrismo
• Por que o autor afirma que o estilo de vida dos Kung não é inferior ao nosso, mas ao contrário, revela um estilo de vida muito positivo?
Etnocentrismo
• Etnocentrismo é um conceito antropológico, segundo o qual a visão ou avaliação que um indivíduo ou grupo de pessoas faz de um grupo social diferente do seu é apenas baseada nos valores, referências e padrões adotados pelo grupo social ao qual o próprio indivíduo ou grupo fazem parte.
Etnocentrismo
• Essa avaliação é, por definição, preconceituosa, feita a partir de um ponto de vista específico. Basicamente, encontramos em tal posicionamento um grupo étnico considerar-se como superior a outro. Do ponto de vista intelectual, etnocentrismo é a dificuldade de pensar a diferença, de ver o mundo com os olhos dos outros.
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Etnocentrismo
• O fato de que o ser humano vê o mundo através de sua cultura tem como consequência a propensão em considerar o seu modo de vida como o mais correto e o mais natural. Tal tendência, denomindada etnocentrismo, é responsável em seus casos extremos pela ocorrência de numerosos conflitos sociais.
Etnocentrismo
• Não existem grupos superiores ou inferiores, mas grupos diferentes. Um grupo pode ter menor desenvolvimento tecnológico, se comparado a outro mas, possivelmente, é mais adaptado a determinado ambiente, além de não possuir diversos problemas que esse grupo "superior" possui.
Etnocentrismo
• A tendência do ser humano nas sociedades é de repudiar ou negar tudo que lhe é diferente ou não está de acordo com suas tendências, costumes e hábitos. Na civilização grega, o bárbaro, era o que "transgredia" toda a lei e costumes da época; este termo é, portanto, etimologicamente semelhante ao selvagem na sociedade ocidental.
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Recomendação
• O filme se passa na Austrália e mostra um grupo de uma multinacional que pretende explorar o solo a procura de urânio. Mas o impasse maior é de convencer os aborígenes que lá vivem. A partir o que vemos é o choque de cultura, o raciocínio, o abismo enorme criado e a natural prepotência do homem branco. É um filme sobre as coisas pequenas e simples que vão além de qualquer ganância ou providência que o dinheiro pode tomar.
Recomendação
Recomendação
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A Revolução Agrícola
E o surgimento das civilizações
A Revolução Agrícola
• O período que abrange o aparecimento dos primeiros hominídeos até a invenção da escrita em torno de 3.500 a.C., convencionamos chamar de Pré- História. Esse longo período está divido em duas fases:
• PALEOLÍTICO - (Inferior e Superior) 4.000.000 a.C. A 10.000 a.C.
• NEOLÍTICO - 10.000 a.C. A 3.500 a.C.
Neolítico - Revolução Agrícola
• Sobre o surgimento da agricultura - e seu uso intensivo pelo homem - pode-se afirmar que ocorreu, em tempos diferentes, no Oriente Próximo (Egito e Mesopotâmia), na Ásia (Índia e China) e na América (México e Peru).
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Neolítico - Revolução Agrícola
• Além disso é preciso ressaltar que a passagem da atividade coletora para a agrícola foi lenta cujas raízes são multifatoriais, dependendo do tempo e do espaço.
• Há quem afirme que a convivência entre a agricultura e a coleta foi um fenômeno comum durante muito tempo.
Neolítico - Revolução Agrícola
• Qual o impacto da Revolução Agrícola para o homem?
• O primeiro desdobramento foi a gradual sedentarização, isto é, a fixação dos grupos humanos em locais apropriados.
Neolítico - Revolução Agrícola
• Locomovendo-se menos, usando mão de obra numerosa para a agricultura e tendo um maior suprimento alimentar, os homens passam a se reproduzir mais, provocando o primeiro grande crescimento demográfico registrado na história
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Neolítico - Revolução Agrícola
• Estima-se que no ano 8.000 a.C. a população humana era de aproximadamente 10 milhões e que, logo após a Revolução Agrícola, ela se multiplicou indo para 300 milhões no primeiro século da era cristã.
Neolítico - Revolução Agrícola
• Outro grande efeito da Revolução Neolítica foi a domesticação de animais.
• Segundo a avaliação dos especialistas os animais teriam se aproximado das primeiras comunidades agrícolas em busca de alimentos e proteção, transformando-se em atividade complementar a agricultura.
Revolução Urbana
• Por volta de 6.000 a.C., alguns grupos humanos descobriram a técnica de produção de cerâmica pelo aquecimento da argila.
• Na mesma época aprenderam a converter fibras naturais em fios e estes em tecidos.
• Aos poucos começaram a trabalhar com metais para produzir instrumentos.
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Revolução Urbana
• Os indivíduos que trabalhavam com cerâmica, metais e tecelagem tornaram-se artesãos. Eram os primeiros sinais de mais uma divisão social do trabalho (antes apenas entre homens e mulheres).
Revolução Urbana
• A diversidade na produção, a especialização do trabalho e as novas funções na sociedade contribuíram para que algumas comunidades de agricultores se transformassem em vilas e cidades, constituindo o que alguns historiadores chamaram de Revolução Urbana.
Revolução Urbana
• Em geral, as vilas desenvolveram-se em regiões onde os solos eram férteis e propícios à agricultura.
• Elas tinham inúmeras funções.
• Na América, por exemplo, estavam associadas a cultos religiosos, mas podiam também servir de abrigo para artesãos e de espaço de troca de produtos.
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Revolução Urbana
• Dessa forma, o surgimento das vilas e cidades facilitou a prática do comércio e o desenvolvimento de novas técnicas, como a olaria (fabricação de peças de barro) e da metalúrgica (fabricação de peças de metais).
Revolução Urbana
• Assim, percebe-se que o processo de consolidação das vilas está associado ao aumento da organização social.
• Em outras palavras, está relacionado com a prática da religião e do comércio, com o aumento da população e com a diversificação das atividades produtivas.
Cidades
• As cidades representam a segunda grande revolução da humanidade. Elas permitem o trabalho organizado de um grande número de pessoas, sob uma liderança que vai adquirindo tamanha legitimidade,a ponto de estabelecer sanções para os que se recusam a cumprir as tarefas estabelecidas.
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Rios e Vales
• Desde o inicio da Pré História, o homem tem procurado os rios para se orientar no espaço e obter água.
• Foi ao longo dos rios que floresceram, no começo da História, as civilizações agrícolas, as primeiras a submeterem o espaço terrestre e a natureza a seus desígnios.
Rios e Vales
• E foi junto aos grandes rios da Antiguidade que se desenvolveram as civilizações que deram um novo rumo à História da humanidade, por vezes chamadas de Civilizações Fluviais, por que foram os rios o fator decisivo para o desenvolvimento agrícola.
Rios e Vales
• As grandes civilizações fluviais, que eram economicamente dependentes das culturas irrigadas e contavam com uma população numerosa e em grande parte urbanizada, floresceram nas planícies aluviais formadas pelas enchentes de um dos dois grandes rios.
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Rios e Vales
• Assim, os berços das civilizações chinesa, indiana, sumério-babilônica e egípcia foram, respectivamente, os rios Amarelo e Azul Indo e Ganges, Tigre e Eufrates e Nilo
Rios e Vales
• A primeiras plantações agrícolas se deram, portanto, nos vales, as regiões férteis que margeiam os rios.
• Cidades como Çatal Huyuk, Dura Europos, Ur, Urak e muitas outras das primeiras sociedades sedentárias se formaram ao longo de rios, devido à necessidade da fertilidade do solo para as práticas agrícolas.
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Mas o que é civilização?
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civilização
• Deriva do latim civita que designa cidade e civile (civil) o seu habitante.
civilização
• Durante muito tempo, e por inspiração dos filósofos racionalistas do século XVIII, a palavra civilização significou um conjunto de instituições capazes de instaurar a ordem, a paz e a felicidade, favorecendo o progresso intelectual e moral da humanidade.
civilização
• Dessa forma, haveria um corte nítido entre pré-civilizados e civilizados, sendo que os primeiros, por terem comportamento muito distinto do nosso (enquanto ocidentais e europeus), seriam uma espécie de homens inferiores, criando sociedades primitivas e à margem da lei.
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civilização
• O importante é despir essa palavra de conotações valorativas.
• Evitando isso, poderemos estabelecer com maior facilidade e precisão as características que definem uma civilização.
civilização
• Uma civilização, via de regra, implica uma organização política formal com regras estabelecidas para governantes (mesmo que autoritários e injustos e governados;
civilização
• implica projetos amplos que demandem trabalho conjunto e administração centralizada (como canais de irrigação, grandes templos, pirâmides, portos, etc.);
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civilização
• implica a criação de um corpo de sustentação do poder (como a burocracia de funcionários públicos ligados ao poder central, militares, etc.);
civilização
• implica a incorporação das crenças por uma religião vinculada ao poder central, direta ou indiretamente (os sacerdotes egípcios, o templo de Jerusalém, etc.);
civilização
• implica uma produção artística que tenha sobrevivido ao tempo e ainda nos encante (o passado não existe em si, senão pelo fato de nós o reconstruirmos;
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civilização
• implica a criação ou incorporação de um sistema de escrita (os incas não preenchem esse quesito, e nem por isso deixam de ser civilizados); implica, finalmente, mas não por último, a criação de cidades.
Civilização não é cultura
• Cultura: é o atributo fundamental da humanidade. É ao mesmo tempo a característica mais elementar de qualquer grupo humano (sem importar o seu tamanho), e que diferencia a qualquer ser humano dos animais. A arte, a escritura, a ciência, as instituições (Estado, escola, família), o pensamento e atos mágicos só existem na sociedade humana. Somos os únicos seres dotados de pensamento simbólico.
civilização
• Podemos dizer que o indígena brasileiro tinha cultura, mas não tinha civilização.
• Os “civilizados” europeus destruíram, dizimaram e empreenderam o genocídio e o etnocídio.
• Eles eram melhores?
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civilização
• Sem cidades não há civilização.
• A civilização não apenas decorre de um determinado grau de desenvolvimento das técnicas e do conhecimento humano, em geral.
• A civilização também impele a espécie humana a crescer.
Referências
• ENGELS, Friedrich. Sobre o papel do trabalho na transformação do macaco em homem:
• _____. A origem da família, da propriedade privada e do Estado. São Paulo, Global, 1984.
• FENTON, Edwin. A importância da Revolução Neolítica. In: 32 problemas na história universal: leituras básicas e interpretações. São Paulo: Edart, 1974.
• FISCHER, Steven Roger. Uma breve história da linguagem: introdução à origem das línguas. Tradução: Flávia Coimbra. São Paulo: Novo Século Editora, 2009.
• LARAIA, Roque de Barros. Cultura, um Conceito Antropológico. Jorge Zahar Editor. 22ª edição. Rio de Janeiro, 2001.
• LEACKEY, Richard. A evolução da humanidade. São Paulo/Brasília, Melhoramentos/Círculo do Livro/Ed. da Univ. de Brasília, 1981.
• MARCO, Nélio. O que é Darwinismo. São Paulo: Ed. Brasiliense, 1987
• MORIN, Edgar. O enigma do homem. 2a ed. Rio de Janeiro, Zahar, 1979.
• PINSKY, Jaime. As primeiras civilizações. São Paulo: Atual, 1994 (Discutindo a História).
• RIBEIRO, Darcy. O processo civilízatóno. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1968.
• ROCHA, Everardo. O que é etnocentrismo. São Paulo: Brasiliense, 1998.
• SANTOS, José Luiz dos. O que é Cultura. São Paulo: Brasiliense, 1991.