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A ATUAÇÃO DA EQUIPE DA DOR NO CONTROLE DO 5º SINAL VITAL Dr. João Carlos Boza – TSA/SBA Chefe Médico do Centro Cirúrgico do Hospital Pilar Chefe do Serviço de Anestesiologia do Hospital Pilar Chefe do Serviço de Combate a Dor Aguda do Hospital Pilar

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Page 1: A ATUAÇÃO DA EQUIPE DA DOR NO CONTROLE DO 5º SINAL VITAL Dr. João Carlos Boza – TSA/SBA Chefe Médico do Centro Cirúrgico do Hospital Pilar Chefe do Serviço

A ATUAÇÃO DA EQUIPE DA DOR NO CONTROLE DO 5º SINAL VITAL

Dr. João Carlos Boza – TSA/SBAChefe Médico do Centro Cirúrgico do Hospital PilarChefe do Serviço de Anestesiologia do Hospital PilarChefe do Serviço de Combate a Dor Aguda do Hospital Pilar

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Sinais Vitais

Pressão Arterial Freqüência Cardíaca Freqüência Respiratória Temperatura DOR

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DOR – 5º SINAL VITAL

Experiência psíquica e/ou sensorial desagradável, associada ou não com lesão tecidual real ou potencial.

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Alívio da Dor (Analgesia)

Repercussões humanísticas, sociais e econômicas.

Objetivo do tratamento: Remissão completa.

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Dor Aguda X Crônica

Aguda: Tempo curto

(dias) Tendência a

Remissão Ex: Dor Pós-

Operatória

Crônica:

• Tempo maior (meses)

• Difícil Tratamento

• Ex: Dor Oncológica, Dor Lombar Crônica

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Avaliação da Dor

Escala numérica: Praticidade

Para crianças: Escala Visual (Carinhas, desenhos).

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Fraca Moderada Forte

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Conseqüências da DOR

Emocionais: Insônia Ansiedade Irritabilidade Medo Fadiga Depressão

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Conseqüências da DOR

Metabólicas: Liberação de catecolaminas Taquicardia Hipertensão Maior trabalho cardíaco Maior consumo de oxigênio

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Conseqüências da DOR

Gastrointestinais: Náuseas Vômitos Íleo Paralítico

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Conseqüências da DORRespiratórias: Capacidade Vital Volume Corrente Volume Residual Freqüência Respiratória Hipóxia e hipercapnia Prejuízo das trocas gasosas,

atelectasias, estase de secreções, PNEUMONIA.

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Conseqüências da DORDIVERSAS: Diminuição da oxigenação tecidual:

INFECÇÃO Diminuição da motilidade vesical e

uretral: RETENÇÃO URINÁRIA Imobilidade: TROMBOSE Imunidade: IMUNOSSUPRESSÃO Aumento tempo internação e de

afastamento do trabalho: CUSTOS

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Analgésicos

Periféricos Centrais

Antálgicos AINES Opióides Antipiréticos

Paracetamol Fenacetina Aspirina Dipirona

Cetoprofeno Diclofenaco Piroxicam Ibuprofeno Cetorolaco

Fortes Fracos

Morfina Meperidina Fentanil Oxicodona Buprenorfina Metadona

Codeína Tramadol Propoxifeno

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Escada da Prescrição - OMS

Dores fracas

Analgésicos Periféricos

+/- Co-analgésicos

Dores Moderadas

Opióides Fracos

+/-

AINES + Co-analgésicos

Dores Fortes

Opióides Fortes

+/-

AINES

+/-

Co-analgésicos

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MORFINA E DOR AGUDA

O Brasil tem baixo consumo de morfina per capita = DOR SUB-TRATADA

MORFINA EM DOR AGUDA NÃONÃO VICIA!!!

A dor aguda DEVE ser prontamente tratada

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TIPOS DE ANALGESIA

Sistêmica: Prescrição de fármacos por várias vias (EV, IM, SC, VO)

Intervalos regulares “Se necessário” PCA (Analgesia controlada pelo paciente)

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PCA (Analgesia Controlada pelo Paciente)

Infusão programada + bolus controlados pelo paciente conforme a necessidade

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TIPOS DE ANALGESIA

Segmentar Bloqueio dos estímulos nociceptivos de

um segmento do corpo Vias - Local - Troncular - Interpleural- Paravertebral - Intercostal - Raquidiana- PERIDURAL

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TIPOS DE ANALGESIAPeridural contínua Feita através de um cateter colocado no

espaço peridural Infusão contínua, bolus ou PCA Drogas mais usadas: anestésicos e

opióides

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TIPOS DE ANALGESIA

Hiperestimulação Estimulação apropriada do sistema

nervoso para ELEVAR O LIMIAR À DOR.

Técnicas mais usadas: - Eletroestimulação transcutânea (TENS)- Eletroacupuntura

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DOR ONCOLÓGICA

Afeta 40% dos pacientes (metástases)

Associada a depressão e ansiedade

Tratamento adequado da dor: Melhora qualidade de vida

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DOR ONCOLÓGICA

CAUSAS- Tumor infiltrativo (ossos, nervos, vasos)- Efeitos colaterais da terapia- Síndrome do membro fantasma- Neuropatia periférica- Fibrose após radiação

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DOR ONCOLÓGICA

Tratamento

- Multidisciplinar- Multimodal (várias atitudes)- Polimedicamentoso (os medicamentos

são a base do tratamento)

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DIFICULDADES NO TRATAMENTO

Legislação Mitos Preconceitos Desconfiança Estrutura hospitalar Desinteresse dos médicos Desconhecimento da farmacologia Reconhecimento pelos convênios

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DOR ONCOLÓGICA

Uso dos analgésicos- “Pela boca”- “Pelo relógio”- “Pela escada”- “Individualização”- “Atenção ao detalhe”

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ABORDAGEM TERAPÊUTICA

Psicológica- Entendimento- Suporte- Companheirismo- Terapia Ocupacional

Medicamentosa- Analgésicos- Antidepressivos- Anticonvulsivantes- Ansiolíticos- Neurolíticos

Imobilização-Repouso

-Cirurgia Ortopédica

-Colete gessado

Modificação do Processo Patológico

- Cirurgia

- Radioterapia

- Quimioterapia

-Hormonioterapia

Interrupção das vias da dor

- Anestésicos locais

- Agentes neurolíticos

- Neurocirurgia

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HOSPITAL PILAR O alívio da dor é um direito do paciente,

um ato humanitário e é eticamente inaceitável negligenciá-lo.