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INSTITUTO EV ANDRO CHAGAS,-,

FUNDAÇAO NACIONAL DE SAUDE, MSE

CONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTOCIENTÍFICO E TECNOLÓGICO (CNPq)

SEMINÁRIO INTERNO DO PIBIC (CNPq/IEC): PRIMEIROS DOZEMESES

26 DE JUNHO DE 1997

LIVRO DE RESUMOS

Belém , ParáJunho de 1997

INSTITUTO EV ANDRO CHAGAS, FNS

DIRETORDr. Jorge F. S. Travassos da Rosa

CHEFE DO SERVIÇO DE ADMINISTRAÇÀODr.João Carlos L. da Silva

CHEFE DO SERVIÇO DE P ARASITOLOGIADra. Marinete Marins Póvoa

CHEFE DO SERVIÇO DE VIROLOGIA GERALDr. Alexandre C. Linhares

CHEFE DO SERVIÇO DE HEPATOPATIASDr. ManoeI do Carmo P.Soares

CHEFE DO SERVIÇO DE BACTERIOLOGIADr. Francisco Lúzio de P. Ranlos

CHEFE DO SERVIÇO DE ARBOvíRUSDra. Amélia P. A. Travassos da Rosa

CHEFE DO SERVIÇO DE PATOLOGIADra. Vera Lúcia Reis S. Barros

CHEFE DO SERVIÇO DE ECOLOGIA HUMANA E MEIO AMBIENETEDra. Elisabete C. de Oliveira Santos

CHEFE DO SERVIÇO DE BIOTÉRIOSDr. Reinaldo Amorim Carvalho

ASSESSORA (Hepatites)Dra. Gilberta Bensabath

ASSESSOR (Leishmanioses)Dr. Ralph Lainson

COMITÊ PERMANENTE INTERNO DE AVALIAÇÃO DO pmIC

Dra. Gilberta Bensabath

Dra. Amélia P. A. Travassos da Rosa

Dr. Wyller A. de Melio

Dr. Alexandre C. Linhares.

Dr. Dr. José Maria de Souza

Dr. Ralph Lainson

Dr. Jeffrey Shaw

Dra. Zéa Lins-Lainson

Dr. Edvaldo Carlos B. Loureiro

* Coordenador do processo seletivo interno

COMITÊ EXTERNO DE A V ALIAÇÃO DO PIBIC

Dr. Isàac Roitman, Universidade de Mogi das Cruzes, São Paulo

Dra. Jussara Nascimento, Instituto Biomédico, Universidade Federal Fluminense, RJ

COMISSÃO ORGANIZADORA DO SEMINARIO

Alexandre C. Linhares

Joana da Felicidade Favacho

"-José Paulo Cruz

Manoel do Carmo Soares

Socorro Souza

Wyller A. de Mello

I

ORIENT ADORES E RESPECTIVOS BOLSISTAS, PIBIC 96 (CNPq I IEC)

Dr. Alexandre C. LinharesBolsista Rita de Cássia S. de Oliveira

Dra. Amélia P. A. Travassos da RosaBolsista Denise Irene S. CerqueiraBolsista Márcio Roberto T. Nunes

Dr. Edilson BraboBolsista Kléber Raimundo F. FaialBolsista Maria Concebida C. Lima

Dr. Edvaldo C. Brito LoureiroBolsista Adjanny Estela S. de SouzaBolsista Lena Lillian C. de Sá

Dr. Francisco Lúzio de Paula RamosBolsista Valnete das Graças D. A. de Holanda

Dra. Gilberta BensabathBolsista Ciane Cistina C. de Oliveira

Dr. JetTrey Jon ShawBolsista André Luís P. Magalhães

Dr. José Maria de SouzaBolsista Andreza C. TeixeiraBolsista George Maurício N. BarrosBolsista Tatiany Oliveira de A. Silva

Dra. Lourdes Maria G. dos SantosBolsista Patrick abdala F. GomesBolsista Railson Acioli de Souza

Dr. Manoel do Carmo P. SoaresBolsista Lilia Sybelle C. Teixeira

Dra. Marinete Marins PóvoaBolsista Ediclei Lima do Cam10

Dr. Pedro Fernando da Costa VasconcelosBolsista Gisele de Cássia B. Araújo

Dr. Wyller Alencar de MelloBolsista Claúdia Alessandra da S. CardiasBolsista Fernando Henrique das M. Ribeiro

I

AGRADECIMENTOS

Os Organizadores do Seminário Interno do PIBIC (CNPq / IEC) : PrimeirosDoze Meses formulam os seus agradecimentos à Direção e ao Serviço de Administraçãodo IEC pelo efetivo suporte proporcionado ao evento.

SUMÁRIO

1. APRESENTAÇÃO 7

2. PROGRAMAÇÃO 8-10

3. PARASITOLOGIA 11-17

4. VIROLOGIA 18-25

5. BACTERIOLOGIA E MEIO AMBIENTE 26-30

$

APRESENTAÇÃO

Decorridos os primeiros doze meses do Programa Institucional de Bolsas de IniciaçãoCientífica (PIBIC) do CNPq, no âmbito do Instituto Evandro Chagas, é tempo de fazer umbalanço acerca dos resultados obtidos. A julgar pelo conteúdo deste Livro de Resumos,entendemos que, no mínimo, se revelam promissores. Com efeito, não obstante aindareflitam parcela das metas originalmente estabelecidas nos múltiplos projetos de pesquisa -previstos para execução em dois anos, bem traduzem o esforço conjugado de nossos vintebolsistas e seus treze orientadores.

Bem mais do que a originalidade e relevância que possam reservar os achadoscientíficos aqui reunidos, entusiasma-nos o vislumbre de tantos jovens talentos entre osuniversitários ora submetidos a exame. E visando a assegurar o futuro de uma instituiçãocomo a nossa, nada mais ponderável do que investir nessa verdadeira geração emergente depesquisadores.

O PIBIC, à luz de sua concepção básica, tem-nos oferecido instrumentos paraidentificar autênticas vocações científicas entre nossos estagiários.

A Comissão Organizadora

,

A expectativa é de que o "Seminário Interno do PIBIC (CNPq/IEC): Primeiros DozeMeses", a par de constituir-se em uma literal "prestação-de-contas" técnica do primeiro anode atividades, enseje estimulantes debates e promova o fortalecimento do ideal de quecertamente estão imbuidos os bolsistas de iniciação científica do IEC.

PROGRAMAÇÃO

ENTREGA DO LIVRO DE RESUMOS 8:00-8:30

ABERTURA

Dr. Jorge F. S. Travassos da Rosa L- 8:30-8:40

Diretor do IEC

PALESTRA SOBRE BIOÉTICA E PESQUISA CIENTÍFICA 8:40-9:30

Dr. Aristóteles G. Miranda L Membro do Conselho Regional de Medicina do Estado do Pará

Intervalo 9:30-9:45

Sessão I. PARASITOLOGIA 9:45-11:45

Moderador: Dr. Marco Antônio Vasconcelos Santos L--

* Patrick Abdala F. Gomes L--

Infecção experimental de Cebus apella (Primates: Cebidae) por Leishmania (~.)

amazonensis: avaliação da resposta humoral por ELISA utilizando antígenos homólogo e

heterólogo (1)

* Railson Acioli de Souza L~

Diagnóstico sorológico da leishmaniose tegumentar através do ELISA: definição de

parâmetros para comparação com a infecção experimental no modelo ~ ~

(Primates: Cebidae) (2)

* André Luis P. Magalhães L -

Estudo sobre polimorfismo genético de Leishmania (Viannia) ~ pela técnica do

RAPD (3)

I* Ediclei Lima do Carmo /

Levantamento preliminar ãa prevalênc~e Toxoplasma gondii através de testes

sorológicos em um grupo de grávidas e crianças de 0-2 anos da cidade de Belém, Pará (4)

* Andreza C. Teixeira L Estudo clínico da toxicidade da primaquina em dose dobrada e tempo reduzido no

tratamento da malária por Plasmodium ~ (5)

* Tatiany Oliveira de A. Silva /

Avaliação laboratorial da toxicfuãa'éd~rimaquina em pacientes com malária vivax,

tratados com esquemas em dose dobrada e tempo reduzido (6)

I

~

~~~~~~~

~~~~~

* George Maurício N. de Barros L--~

Estudo da atividade anti-malárica da espécie vegetal Momordica charantia k emcamundongos da espécie ~ musculus infectados com Plasmodium berghei (7)

( ) = Número do Resumo no Livro

$

~~~~~~

Sessão II.VIROLOGIA 14:00-16:00

Moderadora: Dra. Suely Guerreiro

* Denise Irene S. Cerqueira

Monitoramento das arboviroses endemo-epidêmicas utilizando provas sorológicas eacompanhamento de epidemias na Amazônia (8)

* Gisele de Cássia B. Araújo

Pesquisa de anticorpos IgG para Hantavírus Sin Nombre em várias capitais daAmazônia brasileira (9)

* Márcio Roberto T. Nunes

Avaliação do uso da RT-PCR (transcriptase reserva-reação em cadeia da polimerase)para diagnóstico rápido e específico do vírus Dengue (10)

*Cláudia Alessandra da S. CardiasPesquisa de vírus respiratórios em casos de IRA na Amazônia (11)

* Femando Henrique das M. Ribeiro

Pesquisa de papilomavírus humano (HPV) em portadores de neoplasias genitais naAmazônia (12)

* Rita de Cássia S. de Oliveira

Pesquisa de tipos Ge P de rotavírus em neonatos de Belém, Pará, Brasil (13)

*Ciane Cristina C. de OliveiraResposta imunogênica da vacina contra a hepatite B em hansenianos no Pará, Brasil

(14)

*Lilia Sybelle C. TeixeiraAlguns parâmetros bioquímicos (AL T , AST, CGT e proteinograma) no

acompanhamento de hepatites agudas notificadas como não-B no sistema de vigilância dashepatites virais (15)

* Intervalo 16:00-16:15

Sessão III. BACTERIOLOGIA I MEIO AMBIENTE 16:15-17:45

Moderadora: Dra. Maria Luiza Lopes

* Valnete das Graças Dantas A. de Holanda

Pesquisa de sífilis em puérperas assistidas no Hospital da Santa casa de Misericórdiado Pará (16)

18

* Kléber Raimundo F. Faial

Avaliação dos níveis de mercúrio em amostras de peixes e cabelo de uma comunidadeindígena na Bacia Hidrográfica do Tapajós, Pará (17)

* Maria Concebida C. Lima

Mercúrio em sedimento de sistemas aquáticos de uma área indígena com atividadegarimpeira no Pará (18)

* Adjany EsteJa S. de Souza / --Ocorrência dos gêneros Yili!:iQ, Ae!õiiíõ~~esiomonas em águas de poços freáticos

no município de Ananindeua, Pará (19)

* Lena Líllian C. de Sã L-

Ocorrência dos gêneros Salmonella e Shigella em águas de poços freáticos no municípiode Ananindeua, Pará, sua importância em saúde pública (20)

ENCERRAMENTO 17:45-18:00

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~

~

MS .FUNOAÇAO NACIONAL DE SA~E

a-~~ Ií;)\ ~~~~L DE DESENVOLVIMENTO-,,~ IC \ \ C/ENTIF/CO E TECNO'-ÓG/CO

..Diretoria de Desenvolvimento Científico e Tecnológico -DCT

1Título do Trabalho: INFECÇÃO EXPERIMENTAL DE CEBUS APELLA(PRIMATES:CEBIDAE) POR LEISHMANIA (LEISHMANIA) AMAZO,:,ENSIS:AVALIAÇÃO DA RESPOSTA HUMORAL POR ELlSA UTILIZANDO ANTIGENOSHOMÓLOGO E HETERÓLOGO.

Bolsista: Patrick Abdala Fonseca GomesOrientador (a): Lourdes Maria Garcez dos Santos Silveira, MSc e Jeffrey Shaw, D.Sc.

Serviço: ParasitologiaResumo:O presente estudo constitui parte de um projeto que pretende avaliar aimunogenicidade e eficácia da Leishvacin@ .Os principais objetivos deste experimentoforam: (i) determinar a dose infectiva mínima de Leishmania (Leishmania) amazonensisque seria confiável para desafiar animais experimentalmente vacinados e (i i) estudar aresposta humoral do primata Cebus apella a infecção/doença por L. (L.) amazonensisutilizando diferentes antígenos pelo Ensaio Imunoenzimático (ELlSA), com o intuito decomparar a eficiência de antigenos homólogos e heterólogos. Promastigotas de cultura(12 dias) foram suspensas em solução salina/glicose para preparo do inóculo queconsistiu de 1,6 x 106 parasitas em 0,1 mio Um total de sete animais recebeu inóculo

único, intradermicamente, na face dorsal da cauda. Amostras de sangue heparinizadoforam tomadas antes da inoculação e a intervalos de aproximadamente 15 dias pós-ínoculação (p.i). Tendo sido utilizado o plasma para detecção de anticorpos. Antígenospara ELlSA consistiram de promastigotas de cultura de L. (L.) amazonensis e L.(Viannia) brazi/iensis rompidas por 10 ciclos de congelamento (-182°C) edescongelamento (37°C). As leituras dos testes foram realizadas em espectofotômetro a492 nm, tendo sido utilizado conjugado anti-lgG humano/peroxidase e substrato de orto-fenileno-diamino para revelação. Foi utilizada a análise de variância (aos 60 dias, p>0,05e aos 82 e 91 dias, p<0,05) dos títulos transformados em logarítmo neperiano paradetectar eventuais variações nos títulos obtidos pelo uso de diferentes antígenos. Todosos animais desenvolveram lesões eritemato-nodulares 15 a 20 dias p.i, tendopermanecido até aproximadamente 3 meses p.i, e atingindo em média maior diâmetro(8,7mm, sendo a maior com 13mm e a menor com 3mm) aos 2 meses p.i. A infecção foi

comprovada parasitologicamente em 4 animais. Os títulos obtidos no curso da infecçãoprimária variaram de 40 a 320 , sendo os mais altos níveis detectados aos 2 meses emeio com, antigeno homólogo; com antigeno de L. (V) braziliensis variaram de 40 a 80com pico aos 3 meses p.i. Houve diferença significativa nos resultados pelo uso dediferentes antígenos. O antígeno homólogo apresentou melhor desempenho nadetecção da resposta humoral de C. ape//a à infecção experimental por L.(L.)amazonensis. O inóculo de 1,6 x 106 promastigotas foi suficiente para produzir doençanos sete primatas e a resposta humoral é compatível com observações de infecçõesnaturais em seres humanos, sendo, portanto, indicado para inoculação-desafio de

primatas experimentalmente imunizados com a Leishvacin@ .

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Título do Trabalho: DIAGNÓSTICO SOROLÓGICO DA LEISHMANIOSETEGUMENTAR ATRAVÉS DO ELlSA: DEFINiÇÃO DE PARÂMETROS PARACOMPARAÇÃO COM INFECÇÃO EXPERIMENTAL NO MODELO CEBUS APELLA

(PRIMATES: CEBIDAE)Bolsista: Railson Acioli de SouzaOrientador (a): Lourdes Maria G. dos Santos Silveira, Msc e Jeffrey Shaw, D.Sc.

Serviço: ParasitologiaResumo: A utilização de modelos de primatas para o estudo da LeishmanioseTegumentar Americana fundamenta-se na maior probabilidade destes animaisdesenvolverem resposta imune semelhante ao que se observa em seres humanos. Opresente estudo tem por objetivo geral definir parâmetros de diagnóstico imunológico daL.T.A, utilizando o teste de ELlSA, para futura comparação com resultados obtidos emestudos de infecção experimental no primata Cebus apelfa. Os objetivos específicosdeste experimento foram: (i) Avaliar a eficiência de antígenos homólogos e heterólogospara o diagnóstico da L.T.A., através do teste de ELlSA, (i i) Confrontar os achados dediagnóstico sorológico da infecção natural em humanos com aqueles obtidos eminfecção experimental de primatas C. apelfa. Métodos: Foram testadas pela técnica deELlSA 27 amostras de plasma de indivíduos portadores de infecção por Leishmania(Leishmania) amazonensis , parasitologicamente confirmada: 19 da forma localizada e 8da forma difusa. Além disso, também foram testadas amostras de indivíduos normais(53). Antigenos para ELlSA consistiram de promastigotas de cultura de L. (L.)amazonensis e L. (Viannia) braziliensis rompidas por 10 ciclos de congelamento (-182°C) e descongelamento (37°C). As leituras dos testes foram realizadas emespectofotômetro a 492nm, tendo sido utilizado conjugado anti-lgG humano/peroxidasee substrato de orto-feníleno-diamino para revelação. A análise de variância foi aplicadapara detectar eventuais variações nos títulos obtidos pelo uso dos diferentes antígenos.Resultados: Os títulos de ELlSA obtidos no diagnóstico de pacientes com a formadifusa por L. (L.) amazonensis foram mais altos quando se usou antígeno homológo. Asensibilidade do teste para detecção da forma localizada variou em função do antígenoutilizado, os valores foram 100% com antígeno de L. (L.) amazonensis e 47.4% com L.(V.) braziliensis. O valor da análise de variância (p=0.002684) mostrou diferençasignificativa nos títulos quanto aos diferentes antígenos. Em indivíduos-controle normais,a especificidade foi de 67.9% para antígeno de L. (L.) amazonensis e 86.8% para L. (V.)braziliensis. Conclusões: O teste de ELlSA foi sensível para o diagnóstico da L.T.A.,sendo que o antígeno homólogo proporcionou maior sensibilidade, sendo o maisindicado para o diagnóstico da forma cutâneo-localizada, onde ocorrem baixos níveis deanticorpos. Este é um importante parâmetro comparativo sobre a resposta humoral deprimatas C. apelfa à infecção experimental por L. (L.) amazonensis. O melhordesempenho foi do antígeno homólogo quando comparado ao antigeno de L. (V.)braziliensis.

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Título do Trabalho: ESTUDO SOBRE O POLlMORFISMO GENÉTICO DELEISHMANIA (VIANNIA) SHAWI, USANDO A TÉCNICA DE AMPLIFICAÇÃOALEATÓRIA DE DNA POLlMÓRFICO (RAPD).Bolsista: André Luiz Perez MagalhãesOrientador (a): Jeffrey Jon Shaw Serviço: ParasitologiaResumo: Recentemente, técnicas de Biologia Molecular tem sido aplicadas em estudosde polimorfismo genético de diferentes espécies de Leishmania. Este trabalho tem porobjetico avaliar a existência de polimorfismo genético em populações de Leishmania(Viannia) shawi oriundas de diferentes localidades do Estado do Pará (Carajás,Paragominas e Benevides). Todas as amostras foram previamente caracterizadas poranticorpos monoclonais e apresentaram um perfil sorodêmico semelhante ao padrão deL. (V.) shawi. As amostras utilizadas foram: MHOM/BR/87/M11044,

MHOM/BR/87/M11104,MHOM/BR/87/M11185,MHOM/BR/88/M11911 ,MHOM/BR/88/M12078,MHOM/BR/96/M12332,MHOM/BR/91/M 13478,MHOM/BR/97/M11541 ,I HW/BR/83/M7731 ,IHW/BR/87/M11367 ,MCEB/BR/84/M8408. Foram incluídas no trabalho duasamostras isoladas de Belém (M15729 e M15819) apesar de não apresentarem o mesmoperfil sorodêmico de L. (V.) shawi, além das cepas-referência de Leishmania (Viannia)braziliensis (M2903), Leishmania (Viannia) guyanensis (M4147), Leishmania (Viannia)

panamensis (M4037). Realizou-se a extração de DNA das formas promastigotras (faseestacionária) pelo fenol-clorofórmio e precipitado com etanol absoluto. Um nanograma (1ng) do DNA extraído foi amplificado numa reação com volume final 1 O ~I, contendo 0.8unidades de Taq DNA polimerase, 120 ~M de cada dNTPs, 1,5 mM MgCI, 50 mM KCI,100 mM Tris-HCI, pH 8.5 com 6.8 pmoles do primer M13-40 (5'- GTT TTC CCA GTCACG AC -3') e submetídos a 32 ciclos nas seguintes condições de temperatura: 95 °Cpor 30 segundos, 40 °C por 2 minutos e 72°C por 1 mínuto. Os produtos amplificadosforam fracíonados em gel de poliacrilamida com concentração de 5% e corados pelonitrato de prata. Os dados dos fragmentos amplificados foram inicialmente registradosno programa DNA-POP que determinou o grau de similaridade. No pacote MEGArealizou-se a construção do fenograma através do método da UPGMA. A análise dofenograma mostrou a inexistência de polimorfismo genético significativo entre aspopulações de L.(V.) shawi de três localidades do Estado do Pará. Pelos dadosepidemiológicos destes parasitas presumimos que esta espécie é relativamentehomogênea. No entanto, duas amostras de Paragominas (M11044 e M11104)

apresentaram-se genéticamente distantes. Devido a não caracterização de todas asamostras por ísoenzimas e a falta de um anticorpo monoclonal específico para L. (V.)

shawi, possivelmente esta pode não ser da mesma espécie, apesar da semelhança doperfil sorodêmico com anticorpos monoclonais. As amostras de Belém, mostraram-sediferentes dos padrões de L.(V.) shawi, bem mais semelhantes a espécie L. (V.)braziliensis. Concluimos que serão necessários novos estudos para maioresconhecimentos desses parasitas, apoiado em outras técnicas.

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Título do Trabalho: LEVANTAMENTO PREUMINp;-R DA PREVALÊNCIA DEToxoplasma gondii ATRAVÉS DE TESTES SOROLOGIc;:;OS EM UM GRUPO DE

GRÁVIDAS E CRIANÇAS (0-2 ANOS) DA CIDADE DE BELEM-PA.

Bolsista: Ediclei Lima do Carmo

Orientador (a):Dra. Marinete Marins Póvoa Serviço: Parasitologia

Introdução: A toxoplasmose é uma zoonose, cosmopolita, que infecta o homem eoutros animais e é causada pelo pelo protozoário Toxoplasma gondii. Normalmente éassintomática, porém sintomas e sinais podem se tornar evidentes em pessoasimunodeprimidas (portadores de SIDA, transplantados, fetos, etc.). A forma congênita detoxoplasmose (adquirida em qualquer fase da vida intra-uterina) pode ocasionar abortosou sequelas no concepto com manifestação precoce ou tardia. O diagnóstico écomumente feito através de testes sorológicos, devido a dificuldade de se realizar o

diagnóstico clínico ou parasitológico.Objetivo: Realizar levantamento sorológico para detecção de anticorpos anti- T. gondii,em um grupo de grávidas e crianças (0-2 anos), através de testes sorológicos que serãoavaliados quanto as suas sensibilidades e/ou especificidades nos dois grupos

estudados.Material e Métodos: Foi estudado um grupo de 192 grávidas e 88 crianças. Nesteestudo foram empregados os testes sorológicos de hemaglutinação passiva (HAP),imunofluorescência indireta (IFI) para detecção de anticorpos das classes G e M, eensaio imunoenzimático (ELlSA) para detecção de anticorpos da classe G, M e A. Paraanálise dos resultados foí calculada a sensibilidades de cada teste e o grau designificância estatística da sensibilidade entre os testes através do cálculo de p peloteste de McNemar.Resultado:.Todas as amostras foram testadas pelo IFI, 138 (71,9%) soros de grávidase 22 (25%) de crianças pelo ELlSA (lgG e IgM), 88 (100%) de crianças pelo ELlSA paraIgA, e pelo HAP 54 grávidas (28,1%) e 66 (75%) crianças. O teste de !FI para os doisgrupos estudados foi mais sensível do que o HAP. Em ambos os grupos o teste deELlSA e IFI para IgG apresentaram um indice de sensibilidade semelhantes. Paradetecção de IgM o teste de ELlSA foi mais sensível do que IFI (p < 0,001, McNemar) no

grupo das grávidas e no grupo das crianças a sensibilidade foi equivalente. Quanto aoteste de ELlSA-lgA, grupo de crianças, foi observada maior sensibilidade quandocomparado com IFI (lgM) e ELlSA (lgM), fato comprovado pelo teste de McNemar (p <

0,001 ).Conclusão: A partir dos resultados obtidos conclui-se que há transmissão congênita nacidade de Belém; que o método de IFI (lgG e IgM) pode ser utilizado como teste detriagem, que o método de ELlSA (lgM) deve ser utilizado como teste de detecção deínfecção recente em grávidas e que o mesmo método, porém para detecção de IgA,deve ser utilizado como marcador para diagnóstico de infecção congênita.

li




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Título do Trabalho:ESTUDO CLÍNICO DA TOXICIDADE DA PRIMAQUINA, EM DOSEDOBRADA E TEMPO REDUZIDO, NO TRATAMENTO DA MALÁRIA VIVAX.Bolsista: Andreza Corrêa TeixeiraOrientador: Or. José Maria de Souza Serviço: ParasitologiaCo-orientadora: Or.a Ana Yecê das Neves PintoResumo: Introdução:Muitos ensaios terapêuticos têm sido feitos na tentativa dediminuir o tempo de tratamento dos doentes de malária, principalmente em relação àmalária vivax, visando maior aceitação da terapêutica, e contribuindo diretamente com atendência atual dos Regimes de controle de malária no sentido de tratamento rápido eeficaz. Material e método: O estudo consta de 60 pacientes, entre 18 e 60 anos deidade, pesando acima de 45 kg, portadores de malária vivax, excluindo-se gestantes enutrizes. Estes paciente são distribuídos segundo lista randomizada em 3 grupos detratamento: A) 20 pacientes tratados com cloroquina 10 mg/kg de peso em dose única eprimaquina 0,50 mg/kg/dia durante 5 dias; B) 20 pacientes tratados com cloroquina por 3dias nas dosagens de 10mg/kg de peso no 10 dia e 7,5 mg/kg/dia nos 2 dias seguintesassociada à primaquina 0,25 mg/kg/dia por 14 dias; C) 20 pacientes tratados comcloroquina 10 mg/kg de peso em dose única e primaquina 0,50 mg/kg/dia por 7 dias. Oacompanhamento clínico-parasitológico é diário com avaliação dos sintomas até que opaciente apresente duas lâminas negativas, sendo reavaliado no 80 dia de tratamento ouquando necessário. O controle de cura é realizado através do exame de gota espessanos dias 30, 60, 90, 120, 150 e 180, conforme preconiza a FNS.Resultados: Até o momento, o estudo incluiu 28 pacientes, dos quais 3 obtiveram cura,10 estão em controle de cura, 12 abandonaram o controle de cura e 3 recaíram (2esquema A e 1 esquema C). Já os principais sinais e sintomas julgados como prováveisefeitos colaterais da droga utilizada, podem ser vistos conforme a tabela abaixo.

~-

Sinais / Sintomas Esquema A Esquema B Esquema C~. "~ ~ --, -Eplgastralgla 1 (10%) --Prurido 1 (10%) 1 (10%) -Icterícia --1 (12,5%)Náuseas e vômitos 2 (20%) 1 (10%) -Diarréia e vômitos 1 (10%) --Diarréia e epigastralgia -3 (30%) -Epigastralgia e prurido --1 (12,5%)NDN 5 (50%) 5 (50%) 6 (75%)Total 10 10 8

Discussão/Conclusão: A partir destas observações, vemos que os sinais e sintomasconstatados estão descritos na literatura como sendo habituais nas dosagens usuaisrecomendadas pela FNS. Todavia, pretende-se, ainda, a continuidade do estudo comampliação do número de casos, assim como a possibilidade de análise estatística dosdados para melhor compreensão dos resultados obtidos.Palavras-chave: malária, primaquina, efeitos tóxicos

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G

Título do Trabalho: AVALIAÇÃO LABORATORIAL DA TOXICIDADE DA

PRIMAQUINA EM PACIENTES COM MALÁRIA VIVAX TRATADOS COM ESQUEMAS

EM DOSE DOBRADA E TEMPO REDUZIDO.

Bolsista: Tatiany Oliveira de Alencar SilvaOrientador (a): Dr. José Maria de Souza Serviço: Parasitologia

Introdução: O esquema atual de tratamento da malária vivax ainda é o esquema

clássico de 14 dias recomendado pela Fundação Nacional de Saúde(FNS), que apesarde ser eficaz, predispõe o paciente ao abandono precoce da medicação compossibilidade de recaidas. O desenvolvimento desta pesquisa decorre justamente da

necessidade de se desenvolver esquemas mais operacionais.Objetivo: Investigar possíveis efeitos tóxicos, da primaquina, a nível laboratorialadministrada em doses dobradas e tempo reduzido, em pacientes infectados por

P/asmodium vivax .Material e Métodos: Foram incluídos no estudo 30 pacientes, adultos de ambos ossexos, excluídas mulheres gestantes ou nutrizes, procedentes da demanda espontâneado ambulatório do Programa de Malária do Instituto Evandro Chagas. Após aconfirmação do diagnóstico de malária vivax, os pacientes foram submetidos a umquestionário clínico-epidemiológico, assinaram um termo de participação no estudo eforam alocados através de uma lista randomizada em 3 diferentes grupos de tratamento:grupo A (cloroquina 10mg/Kg dose única no 10 dia e primaquina 0,50mg/Kg do 10 ao 50dia); grupo B (cloroquina 10mg/Kg no 10 dia; 7,5mg/ Kg no 20 dia e 7,5mg/ Kg no 30 dia eprimaquina 0,25mg/Kg do 10 ao 140 dia); grupo C (cloroquina 10mg/Kg dose única no10 dia e primaquina 0,50 mg/Kg do 10 ao 70 dia). Foram submetidos também nos dias O,3, 9, 12, 15 aos seguintes exames laboratoriais: hemograma completo,reticulocitometria, velocidade de hemossedimentação das hemácias (VHS),plaquetometria e dosagens de bilirrubinas, uréia, creatinina e transaminases. Foiutilizado o programa EPI-INFO versão 6.04 para análise estatística dos dados obtidos. Oteste empregado foi o de Kruskall-Wallis que se baseia na análise de variância.Resultados: Dos 30 pacientes 33% foram locados no esquema A, 40% no esquema B e27 % no esquema C. A análise de variância demonstrou haver significância, em 015,nos padrões hematológicos relacionados com esquema B, em relação aos outrosesquemas, porém esta significância não foi confirmada quando feita a análise entre

coletas O e 15.Discussão/Conclusão: Os esquemas A e C não demonstraram toxicidade traduzidanos parâmetros laboratoriais avaliados na população estudada. Entretanto, como estetrabalho só se completará dentro de mais alguns meses quando todos os pacientesestiverem incluídos ainda não se pode recomendar o uso desses esquemas

terapêuticos.

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.7

Título do Trabalho: ESTUDO DA ATIVIDADE ANTIMALÁRICA DA,ESPÉCIEVEGETAL Momordica charantia L EM CAMUNDONGOS DA ESPECIE Mus musculus

INFECTADOS PELO Plasmodium berghei.

Bolsista: George Maurício Navarro BarrosOrientador (a): Dr. José Maria de Souza Co-Orientadora: Salma G. Oliveira

Serviço: Parasitologia

Resumo:Introdução: Segundo dados da OMS, a malária representa problema de saúde públicaem aproximadamente 90 paises, atingindo cerca de 280 milhões de pessoas infectadas.Dentre os motivos que dificultam o controle e tratamento desta endemia, existe aresistência do Plasmodium falciparum a diversas drogas, tornando urgente a procura denovos antipalúdicos. Do ponto de vista natural, espécies vegetais empregadas namedicina popular contra diversas doenças, podem vir a representar importantealternativa terapêutica. Neste projeto foram avaliados os possíveis efeitos antimaláricosde Momordica charantia L em camundongos(Mus musculus) infectadosexperimentalmente pelo P. berghei.MetodoloQia: A planta foi administrada por via oral, sob a forma de infuso aquoso, nasdoses equivalentes à humana (Grupo I), 666,66% superior à humana(Grupo 11); e sob aforma de extrato etanólico(Grupo 111), na dosagem de 1000mg / kg / dia, em um períodonão superior a 10 dias. O efeito foi avaliado através do acompanhamento diário dasparasitemias dos animais. Além destes grupos, foram utilizados os GruposIV(cloroquina) e Grupo V( água destilada), ambos grupos controles.Resultados: Os valores individuais obtidos mostraram grande variabilidade. Aplicando-seanálise de variância como teste estatístico, e utilizando-se as parasitemias do 6Q diaapós o início do tratamento, todos os valores de p não apresentaram significância

(p<0,05 significativo).Discussão/Conclusão: Embora a M. charantia L venha sendo utilizada popularmentecontra a malária humana, neste experimento, de acordo com as condiçõesestabelecidas, não foi constatada atividade antimalárica contra formas eritrociticas do P.berhei in vivo. Contudo, não descarta-se a possibilidade da existência de atividadeantimalárica em Plasmodium spp.

Palavras-chave: Momordica charantia L ; Plasmodium berghei; antimalárico.

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Título

do Trabalho: MONITORA~ENTO DAS ARBOVIROSES ENDEMO-EP~DEMICASIUTILIZANDO PROVAS SOROLOGICAS E ACOMPANHAMENTO DE EPIDEMIAS NA

AMAZÔNIA BRASILEIRA

Bolsista: Denise Irene Soeiro Cerqueira.Orientador (a):Dra Amélia P.A Travassos da Rosa. Serviço:Arbovírus

Resumo: Introdução: Dentre as viroses que ocorrem na Amazônia, as arbovirosesiocupam posição de realce. A diversidade e a alta densidade de vetores e hospedeiros Ivertebrado existentes no ambiente silvestre da região, elementos básicos para a

imanutenção dos arbovírus, justificam a existência da grande variedade de arbovírus naAmazônia. O homem comporta-se como hospedeiro incidental ,sendo infectadotangencialmente, ao penetrar nos focos enzoóticos naturais e ser picado por vetoresinfectados. A febre do Oropouche e o dengue são exceções a essa regra, pois sãomantidos em ambiente urbano, de pessoa a pessoa, através da picada do Cuilcoidesparaensis e Aedes aegypti, respectivamente.

Objetivos: Realização de inquéritos sorológicos para detectar a circulação daSjprincipais arboviroses endemo-epidêmicas e estudos das epidemias causadas por esses

agentes na região Amazônica brasileira.Justificativa: Alguns arbovírus constituem importante problema em Saúde PÚbliCa

lglobal ou regional, em termos de morbidade e mortalidade, ou em termos de medidasque são necessárias para a prevenção ou contenção de epidemias. Os mais importantesem nossa região são: febre amarela, Mayaro, Oropouche e Dengue. Conseqüentemente,o monitoramento sorológico constante desses vírus tem interesse, para que medidas deicontrole eficazes possam ser efetuadas.Metodologia: Foram analisadas amostras de pacientes suspeitos de infecção pelos

lvirus Dengue e Oropouche, procedentes dos estados do Pará, Maranhão, Amazonas eAcre .Utilizou-se rotineiramente os teste de Inibição da Hemaglutinação(IH) e o Ensaio

Imunoenzimático para a captura de IgM, MAC-ELlSA.

Result~d.os: ~oram testad~s 576 amostras para o vírus Oropouche com positividadedej64%(Orlxlmlna),68%(Altamlra), 65%(Xapuri) e 67%(Novo Airão). Em relação ao dengue.foram diagnosticado como infecção recente 3,475 soros que corresponde a positividadede (48%).Utilizando-se teste estatísticos, foi observado uma diferença estatisticamente

lsignificante na distribuição das freqüências das amostras positivas de acordo com osexo, sendo mais elevada no sexo feminino (Yates x2= 78,18; p<0,0001). Em relação a

iidade, a positividade variou de (34,2%) 15-30 e (31,1%) 31-45 anos. O maior númerosde casos ocorreu no bairro do Marco com 969(18,6%),seguido da pedreira 496(9,5%) eMarambaia 446(8,6%).Palavras-Chaves: Inibição da Hemaglutinação(IH); Ensaio Imunoenzimático.

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Título do Trabalho: PESQUISA DE ANTICORPOS IgG PARA HANTAVIRUS SINNOMBRE EM VÁRIAS CAPITAIS DA AMAZÔNIA BRASilEIRA.

Bolsista:GISElE DE CASSIA BARRA ARAÚJOOrientador (a):PEDRO FERNANDO VASCONCELOS Serviço: ARBOVIRUS

Introdução: O vírus Hantaan foi isolado pela primeira vez no ano de 1976 , sendo oagente etiológico da febre hemorrágica coreana , também conhecida como febrehemorrágica com sindrome renal (FHSR). Estudos sorológicos mostraram que ashantaviroses eram endêmicas na Europa e Asia, com índices de letal idade variandoentre 1 % a 5%.Em 1993, um novo Hantavirus que foi denominado Sin Nombre, foi identificado comoresponsável por uma epidemia de doença respiratória grave, diagnosticada na regiãosudeste dos Estados Unidos,com letalidade de até 60%. Posteriormente essa mesmaenfermidade foi observada em 21 outros estados daquele país, bem como na Argentinae região sudeste do Brasil.Objetivo: realizar um inquérito sorológico prospectivo acerca da prevalência deanticorpos IgG para o Hantavirus Sin Nombre em várias capitais da Amazônia Brasileira.Material e métodos: O método utilizado no estudo para a pesquisa de anticorpos IgGespecíficos para o vírus Sin Nombre foi o ensaio imuno enzimático (ELlSA),desenvolvido no CDC (Atlanta), e que utiliza o SN Recombinant Nucleocapsid IgGELlSA. Os soros testados foram obtidos dentre os que deram entrada no Serviço deArbovirus, do Instituto Evandro Chagas, no período de novembro de 1996 a abril de1997. Foram adotado dois critérios de seleção:1)Soros procedentes da área metropolitana da Belém: foram selecionadas 20 amostrasde 15 bairros, bem como do município de Ananindeua. A seleção das amostras foialeatória de acordo com a idade;2)Todos os soros provenientes das outras capitais localizadas na Amazônia Brasileiraforam submetidos ao teste.Resultados: Foram testadas 550 amostras sorológicas; provenientes de cinco capitaisda Amazônia Brasileira. Sendo 320 oriundas da área metropolitana de Belém e 230 dasoutras capitais. Destes 29 procederam de Rio Branco (AC) , 40 de Porto Velho(RO), 115de Boa Vista (RR) e 46 de Manaus (AM). Nenhuma amostra de Belém foi positiva. Domesmo modo, não houve positividade nas amostras de outras capitais.Conclusões: Dos resultados obtidos podemos concluir que:a) A amostragem testada foi pequena, não sendo ainda suficiente para detectar aocorrência de infecções pelo vírus Sin Nombre que deve ser baixa ou;b) O vírus Sin Nombre não ocorre nas capitais da Amazônia Brasileira ou;c) Há necessidade de testar amostras provenientes de áreas rurais da Amazônia para sesaber se esse Hantavírus ocorre na região Norte do Brasil.

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10Título do Trabalho: AVALIAÇÃO DO USO DA RT -PCR ( Transcriptase Reversa -

Reação em Cadeia da Polimerase ) PARA O DIAGNÓSTICO RÁPIDO E ESPECíFICODOS VíRUS DENGUE.

Bolsista: Márcio Roberto Teixeira NunesOrientador (a): Amélia P .A. Travassos da Rosa Serviço: Arbovírus

Resumo:Introdução :0 dengue é hoje a mais importante arbovirose que afeta o homem econstitui um sério problema de saúde pública no mundo. Quatro sorotipos do vírusdengue ( DEN 1,2,3 e 4 ) têm sido descritos, pertencentes ao gênero Flavivirus dafamília Flavivirídae. É um vírus de RNA fita simples não segmentado, encapsulado e

envelopado.

Objetivo: Este trabalho objetiva utilizar a RT -PC R para detecção e identificação dosvirus dengue a partir de soros de pacientes virêmicos cujos resultados serãocomparados aos obtidos por isolamento em clone de células C6/36 ( Aedes albopictus )e identificação por imunofluorescência indireta (I FI). A seguir serão analisados pormétodos estatísticos para avaliar a sua sensibilidade e especificidade.

Justificativa: A gravidade potencial do Dengue Clássico, bem como as possibilidadesde epidemias de Febre Hemorrágica do Dengue fundamentam a necessidade do estudode técnicas alternativas para o díagnóstico rápido e específico.

Resultados: Das 46 amostras trabalhadas em RT -PCR, , 38 ( 83% ) apresentaramconcordância de resultados entre RT -PCR e isolamento em cultura celular e 8( 8,7%)

apresentaram resultados discordantes. Ademais, 19 amostras foram positivas ( 41% )para sorotipo DEN 1. Tais resultados foram submetidos a análise estatística pelométodo de Yates ( x2=O.O5 e p=O.831)

Conclusão: Com base nos resultados obtidos, pode-se concluir que as discordânciasobservadas entre isolamento em cultura celular e RT -PC R não são estatisticamente

significantes demonstrando a real sensibilidade e especificidade da técnica RT -PCR.

Obs: Posteriormente as amostras que apresentaram discordância de resultadosentre as técnicas RT -PC R e Isolamento em cultura celular serão repetidas emambas as técnicas para verificar a reprodutibilidade dos resultados.

Palavras-chave: Dengue, sorotipo, Imunofluorescência, RT -PCR, Isolamento, cloneC6/36, Yates.

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11Título do Trabalho: PESQUISA DE VíRUS RESPIRATÓRIOS EM CASOS DEINFECÇÃO RESPIRATÓRIA AGUDA (IRA) NA AMAZÔNIA

Bolsista: Claudia Alessandra da Silva CardiasOrientador (a):Wyller Alencar de Mello Serviço: Virologia Geral

Resumo: Objetivando a caracterização das ocorrências virais nos pacientes portadoresde infecção respiratória aguda (IRA) em nossa região, o laboratório de vírus respiratóriosdo IEC, através de uma rede de observação em um posto de atendimento laboratorial euma creche infantil, examinou, no período de janeiro de 1996 a maio de1997,espécimens clínicos (aspírados nasofaríngeos e lavados de garganta) de 307pacientes com esta patologia. Os individuos investigados pertenciam a diversas faixasetárias havendo no entanto, um predomínio (64%) de menores de quatro anos de idade.A metodologia de diagnóstico empregada envolveu a utilização de técnicas deisolamento de vírus em cultivo de células e ovos embrionados, pesquisa direta deantígenos virais por imunofluorescência(IF) e sorologia por inibiçâo da

hemaglutinação(IH).A etiologia viral ficou estabelecida em 18,2% do total de espécimens examinados noperiodo. Todos os vírus normalmente associados a doenças respiratórias foramdetectados, a exceção de influenza C e rinovírus. O agente mais frequentementedetectado foi o VRS (50%), em segundo lugar encontramos as infecções ocasionadaspelos adenovírus (14,2%) e influenza A (10,7%). Com uma menor ocorrência foramregistradas infecções por influenza B (8,9%), parainfluenza (5,3%) e enterovírus (3,5%).Estes últimos, a exemplos de outros relatos, mostraram uma paticipação significativacomo agentes ocasionadores de IRA considerando-se as precárias condições dehigiene, em geral presentes na população abordada.Um surto de gripe registrado na cidade de Belém, durante o mês de outubro, permitiu aanálise de diversos espécimens, oriundos de pacientes pertencentes a diversas faixasetárias. Embora, o isolamento de vírus não tenha sido obtido o surto em questão foiassociado ao vírus da influenza A (cepa A/Wuhan/359/95) e B (cepa B/Guangdong/8/93)através do diagnóstico sorológico.O perfil sazonal das IRAs causadas por vírus revelou a ocorrência de casos em todo o

período, havendo, entretanto, maior incidência nos meses de maio e outubro.

Palavras-chave: Vírus Respiratórios, Epidemiologia, Amazônia

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12Título do Trabalho: PESQUISA DE PAPILOMAVíRUS HUMANOS (HPV) EM

PORTADORES DE NEOPLASIAS GENITAIS NA AMAZÔNIA

Bolsista: Fernando Henrique das Mercês RibeiroOrientador(a): Wyller Alencar de Mello Serviço: Virologia Geral

Resumo: Os papilomavírus humanos (HPV) estão implicados na gênese de váriasformas de neoplasias epiteliais. No momento, são conhecidos mais de 70 tiposdistintos de HPV detectados tanto em lesões papilomatosas da mucosa oral e da

laringe bem como em carcinomas da região genital.A incidência de carcinoma no colo do útero é muito alta em países emdesenvolvimento, especialmente na América Latina. O Brasil é considerado umadas áreas de alto risco para o carcinoma cervical e a sua associação com HPV temsido relatada em cidades como São Paulo, Recife e João Pessoa. Contudo, poucose sabe sobre a presença desses vírus em espécimes provenientes da região nortedo país, considerada uma região de elevada prevalência de tumores dessalocalização anatômica. Foi portanto com esse objetivo que o laboratório de vírus doInstituto Evandro Chagas, estabeleceu um projeto de pesquisa para avaliar apossível associação de tipos específicos de HPV a processos neoplásicos queocorrem na região Amigazônica.Na investação, 224 biópsias de colo uterino, provenientes do Instituto Ofir Loiola(Hospital de Referência para Câncer) foram examinadas quanto a presença do DNAde HPV, pela técnica de reação de polimerização em cadeia (PCR) possibilitando aamplificação do gene L 1 de vários tipos de HPVs. A tipificação dos HPVsencontrados foi realizada com emprego do método de hibridização em pontos (Dot

Blot).Os resultados revelaram a presença do DNA de HPV em 62% (139/224) dasamostras examinadas. A determinação dos diferentes tipos de HPVs mostrou o tipo16 como o mais frequentemente detectado (57,5%). Infecções pelos tipos18,33,45,52,53,58,59 e 73 também foram evidenciadas em menores percentuais.No momento estes resultados, ainda que preliminares, sugerem que umasignificativa proporção de casos de neoplasia cervical está associada com ainfecção por HPV em nossa região. Entretanto, investigações mais amplas sãonecessárias para avaliar a influência de possíveis co-fatores no estabelecimento docarcinoma cervical.

Palavras-chave: Papilomavírus humano, Epidemiologia, Amazônia

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13Título do Trabalho: PESQUISA DE SOROTIPOS G e P DE ROTAVíRUS DO GRUPO A

EM NEONATOS DE BELÉM, PARÁ, BRASIL

Bolsista: Rita de Cássia OliveiraOrientador (a): Alexandre da Costa Linhares Serviço: Virologia Geral

Resumo: O gênero rotavírus constitui nos países de Terceiro Mundo, a principal causade mortalidade na primeira infância. Nas regiões tropicais, e em particular no brasil, aincidência de infecção neonatal tem sido registrada entre o total de óbitos na faixa dostrês primeiros meses de vida. Pertencente à familia Reoviridae, o rotavírus apresentauma estrutura viral de 70 nm de diâmetro aproximadamente, não apresentandoenvelope, sendo dotado de capsídeo com simetria icosaédrica. É constituído, também,por uma dupla camada protéica com capsídeo interno, VP6, e externo, VP4 e VP7;centralmente o core viral encerra o genoma com onze segmentos de ARN, de cadeiadupla, bem como a enzima transcriptase e as proteínas VP1, VP2, VP3. Os objetivosnesta fase do projeto visam estabelecer a freqüência com que os rotavírus e outrosenteropatógenos infectam neonatos em um berçário de Belém, correlacionando essesagentes com a severidade de episódios diarreicos e, ainda, a freqüência com que ossorotipos G e P de rotavírus incidem entre estes neonatos. No período de maio/96 aabril/97 foram analisadas 289 amostras fecais obtidas de 202 neonatos internados noberçário do Hospital da Santa Casa de Misericórdia do Pará. Pelo métodoimunoenzimático (ELlSA), antígenos de rotavírus foram detectados em 26 (9,25%)amostras fecais;18 (8,14%) apresentaram positividade para o rotavírus pelo teste deeletroforese (PAGE); O teste de PCR foi utilizado para detectar os tipos G e P maisfreqüentes, sendo 12 positivas para o tipo G2 e 9 para o tipo P6. Além destes, asamostras foram submetidas a testes bacteriológicos e parasitológicos, revelando umtotal de 72 (35,64%) infectadas por Enterobacter sp, não tendo sido registradasamostras positivas para parasitas. A infecção mista ocorreu em uma minoria dos casos,corespondendo a 11,11 % da situação. Alguns neonatos apresentaram-se diarreicos, 27(13,36%),porém, nenhum dos neonatos apresentou quadro severo de diarréia.Observou-se que, no período de janeiro de 97 a fevereiro do mesmo ano ocorreu umsurto cuja provável fonte de infecção foi uma criança de dois meses de vida admitida noberçário. Pelos resultados obtidos, verificou-se que uma única cepa circulava noberçário, a G2 P[6], pois as amostras se caracterizaram com o mesmo padrão genômico.Com estes dados, justificam-se os esforços no sentido de desenvolver uma vacinaeficaz contra esses enteropatógenos. Por outro lado, revelam que as infecções porrotavírus entre neonatos são, em grande parte, assintomáticos.

Palavras-chave: rotavírus -neonatos -tipos G e P

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14Título do Trabalho: RESPOSTA IMUNOGÊNICA DA VACINA CONTRA HEPATITE BEM HANSENIANOS DO PARÁ, BRASIL.Bolsista:CIANE CRISTINA CORR~A DE OLIVEIRAOrientador (a): GILBERTA BENSABATH Serviço: HEPATOPATIAS

Introdução: A bilbliografia sugere que diferentes variáveis afetam a resposta do sistemaimunológico dos individuos. Diante disto foi que propomos um projeto que teve comoobjetivo avaliar a resposta imunogênica da vacina contra hepatite B em hansenianos.Metodologia: Foi estudada a comunidade localizada na Vila Santo Antônio do Prata quefoi originada de uma colônia de hansenianos. A vila foi dividida em quadras e apopulação em familias para estudo estatistico.A população estudada inclui 20hansenianos internos suscetíveis dos 52 existentes nos abrigos(média de idade de 62+/-20,4 anos) e 95 dos 112 selecionados por sorteio dos domicilios.Dos 95, oito sãohanseníanos (média de 36 +/-19,7 anos) e 87 sadios(média de 15,1+/-13,4 anos). Avacina é derivada de levedura por engenharia genética(Engerix-B) e aplicada em 03doses de 10mcg para crianças e 20mcg para os adultos, o intervalo médio entre as duasprimeiras doses foi de 33,43 dias e de 193,81 dias entre a primeira e a terceira dose.Foram coletadas amostras de sangue para a sorologia antes da primeira dose da vacinae outra com 50,8 dias após a terceira dose. Foi realizado por enzimaimunoensaio

qualitativo para os soros pré-vacinais e testados para anti-HBs, anti-HBc eHBsAg(Abbott e Organon) e anti-HBs quantitativo(Abbott) para os soros pós-vacinal. Osresultados do anti-HBs quantitativo serão apresentados em miliunidades internacionais.Foi realizado também o proteinograma dos pacientes hansenianos. Resultados: Ostestes sorológicos pré-vacinais , mostraram que no universo em estudo não existiupositivos para o HBsAg, os imunes encontram-se em torno de 7,1% da população sadiae 55,8% dos hansenianos. Os suscetíves, após a vacinação e testes sorológicosmostraram os seguintes resultados:(tabela1)Coversões e MG nos sadios e hansenianos segundo a idade média e desvio padrão -Colônia Santo Antônio do Prata -1997

Estadode Saúde Examinados Idade Conversão MGMédia DP Positivos %

Sadio 87 15,16 13,4 80 -9~:0 475,61Hansenianos internos 20 62,00 20,4 06 30,0 5,57Hansenianos externos 08 36,00 19,7 08 100 O 555 96

A ,. '- ---,--Quanto as conversões e média geométrica no grupo dos sadios foi verificado umadiminuição acentuada a partir dos 40 anos(60%) com média geométrica de 48.19 mlUinternacionais. A maior conversão foi encontrada entre 10 e 19 anos com 100% depositividade para o anti-HBs e média geométrica de 1763.71. A vacina mostrou-se eficazna comunidade. Os resultados entre os hansenianos internados podem sugerir que entre

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Título do Trabalho: ALGUNS PARÂMETROS lABORATORIAIS (AlT, AST, GGT EPROTEINOGRAMA)NO ACOMPANHAMENTO DE HEPATITES AGUDAS NOTIFICADASCOMO NÃOA, NÃOB, NO SISTEMA DE VIGilÂNCIA DAS HEPATITES VIRAIS.

Bolsista: Lilia Sybelle Cardoso TeixeiraOrientador (a): Dr. Manoel do Carmo Pereira Soares Serviço: HepatopatiasIntrodução:Em 1994, foi instituída a Vigilância Epidemiológia para as hepatites agudasvirais A e B no âmbito do Ministério da Saúde. Nesse contexto, o Instituto EvandroChagas (IEC) atua como um dos laboratórios de referência. Dentre outros aspectos, estetrabalho objetiva levantar a etiologia e a evolução das hepatites não-A e não-B (HNANB)notificadas nos munícípios de Belém e Ananindeua, avaliando a importância das "provasde função hepátíca" associadas a outras informações, e, assim, contribuir com aVigilância Epidemiológica do agravo em questão.Metodologia: Das amostras de soro enviadas ao Laboratório de Hepatopatias do IECno período de julho/94 a dezembro/96, 160 foram selecionadas obedecendo critérios deprocedência, aminotransferases acima de três vezes o valor de referência e sorologianegativa para A e B, realizada pelo LACEN/PA e confirmada pelo lEGo Inicialmente,após emissão de correspondência, retornaram 39 pacientes para reavaliação clínico-epidemiológiga e laboratorial, quando então foi ralizada uma busca ativa, somando umtotal de 91 pacientes reavaliados, acrescentando-se a pesquisa do anti-HCV (parahepatite C), anti-HEV (para hepatite E) e anti-EBV IgM (para mononucleose).Resultados:Nos 91 pacientes reavaliados, a média de idade foi de 36,10:!:17,08 anos,sendo 48(52,7%) do sexo masculino. Dos 77(84,6%) pacientes submetidos a exame

fisico, 24(32,9%) apresentaram alguma anormalidade. Doenças associadas foramobservadas em 50(54,9%) pacientes e, 40(43,9%) referiram uso de medicamentosidentificados hepatotóxicos. O consumo de algum tipo de bebida alcoólica, foi referidopor 39(42,9%). Quanto à sorologia virar, 13(14,3%) foram anti-HCV+, 5(5,5%) anti-HIV+(diagnosticado no momento da notíficação pelo serviço de Referência de AIOS).Dos 69 pacientes com sorologia para anti-HEV, apenas 1 (1 ,5%) foi positivo. Para o anti-EBV IgM em 83 examinados, foram detectados 4(4,1%) positivos. A nível da bioquimica,na reavaliação, 49(53,85%) pacientes mostraram alguma alteração deaminotransferases e/ou Gama-GT; no estudo do proteinograma, em 81 (94,5%)

pacientes, 43(53%) apresentaram inversão da relação albumina/globulina.Discussão/conclusão: Os dados demonstram a necessidade de reavaliação dospacientes com HNANB, inclusive para monitorar pacientes cuja doença de base oumedicamentos administrados possam causar transtornos hepáticos. A dosagemcombinada de AL T, AST e GGT mostrou-se como importante método para o

seguimento destes pacientes. O proteinograma juntamente com o traçado gráfico podeconstituir-se num indicador de doença hepática crônica em evolução. Sugere-se incluir apesquisa do anti-HCV na seleção sorológica no momento da notificação.

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Título do Trabalho: PESQUISA DE SIFILlS EM PUÉRPERAS ASSISTIDAS NOHOSPITAL DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DO PARÁBolsista: Valnete das Graças D. A. HolandaOrientador (a): (Francisco Lúzio de Paula Ramos)Serviço: (Bacteriologia e Micologia) Programa: (DST)Introdução e objetivos: Apesar da sífilis congênita constituir uma enfermidadecompletamente prevenivel a taxa de transmissão vertical dessa nosologia, por mulheresnão tratadas, pode chegar a faixa dos 70 a 100% e pode a mesma levar a morte fetal ouperinatal em até 40% das crianças infectadas. Por isso o Programa Nacional deControle das DST e AIDS estabelece como prioritária a erredicação da sífilis congênitaaté o ano 2000. Este trabalho objetiva demonstrar a frequência de sorologia positivapara sífilis em puérperas assistidas em um hospital público de Belém -Pará, a fim deavaliar a qualidade da assistência pré-natal no serviço público em nosso meio, assimcomo a influência desse atendimento como estratégia para prevenção e erradícação dasífilis congênita.Materiais e métodos: Foram analisados, até o momento, soros de 267 puérperas cujoparto foi realizado na maternidade do Hospital da Santa Casa de Misericórdia do Pará,no período de 06 de maio a 19 de setembro de 1996. O sangue foi colhido logo após oparto e centrifugado no próprio hospital e posteriormente encaminhado, em baixatemperatura, ao laboratório de DST do Instituto Evandro Chagas (IEC), onde foramestocados em freezer a 20°C negativos. As análises foram feitas através dos testes deVDRL(Reação de floculação) e FTA-abs(Reação de imunofluorescência indireta); sendoo primeiro uma prova inespecifica, na qual utiliza-se como antígeno a cardiolipina, e osegundo uma prova especifica onde o antígeno empregado é o próprio Treponemapalidum. São os mesmos, por isso, denominados, respectivamente, de testes nãotreponêmico e treponêmico.Resultados: Do total das amostras até aquí estudadas logrou-se obter 22 (8,24%)positivas. Desse universo analisado 228 (85,39%) das pacientes haviam feito o pre'-natal, das quais, 192 (84,21%) tiveram mais de 4 consultas durante o mesmo. Das 22pacientes com sífilis, 17(77,27%) compõem o grupo daquelas que haviam realizado opré-natal sendo que 13(76,47%) delas tiveram mais de 4 consultas durante a referidaassistência. Ressalte-se que entre as amostras positivas a concomitância da reatividadeentre os dois testes foi observada em 20 (90,90%) das mesmas. Em 2 dos casos o testedo VDRL mostrou-se não reativo enquanto o FTA-abs revelou-se reativo. A idade daspacientes variou entre 13 e 47 anos com média de 22,61 anos. Por tratar-se de umserviço público, todas as pacientes eram de nível socio econômico baixo.Conclusão: A frequência de mulheres que chegaram ao final da gravidez com sorologiapositiva para sífilis revelou-se alta nesta amostragem. Considerando que a grandemaioria delas completou o pré-natal com mais de 4 consultas, conclui mos que essaassistência não foi suficientemente capaz de eliminar os riscos da sífilis congênita

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do Trabalho: AVALIAÇÃO DOS NívEIS DE MERCURIO EM AMOSTRAS DEPEIXES E CABELO DE UMA COMUNIDADE INDíGENA NA BACIA HIDROGRÁFICADO TAPAJÓS -PARÁ.

Bolsista: Kleber Raimundo Freitas FaialOrientador (a): Edilson da Silva Brabo

Serviço: Ecologia e Meio Ambiente

Resumo: As populações ribeirinhas na região amazônica residentes nas proximidadesde áreas onde se desenvolve a atividade garimpeira, tem sido objeto de estudos comenfoque ambiental e da saúde pública, em função do risco que representa acontaminação mercurial para o equilibrio dos ecossistemas e o grau decomprometimento da cadeia alimentar. O Posto Indígena Sai Cinza situa-se no sudoestedo Estado do Pará, no município de Jacareacanga, na Reserva Munduruku. O estudoconsiste em avaliar os niveis de Hg nas espécies de peixes referidas como de maiorconsumo,

e associar com a presença do metal em amostras de cabelo, que é oindicador biológico utilizado para avaliar a exposição através da ingestão de alimentoscontamínados. Foram coletadas 80 espécimes de peixes de diferentes hábitosalimentares e niveis tróficos, 324 amostras de cabelo de indios e analisados porAbsorção

Atômica sem Chama. A concentração média de Hg nas espécies carnívoras-tucunaré, traíra, piranha, barbado e surubin -foi de 0,293 I.1g/g. Nos herbivoros

representados por jaraquí, caratinga, jandiá, aracu, pacu, aruana e mandiá, a média foi0,112 I.1g/g e variou entre 0,026 e 0,201 I.1g/g. As espécies de peixes relatadas como maisconsumidas foram tucunaré (86,4%), pacu (82,1 %), jaraqui (79,7%), traíra(65,5%),aracu(54,2%),

matrinchâ (15,8%) e caratinga (4,2%). A concentração média deHg nas amostras de cabelo na população geral foi 16,0 I.1g/g. Em indivíduos na faixaetária

entre O e 2 anos, que constituem 12% do universo amostrado, a média foi de14,4 I.1g/g. Nas mulheres em idade fértil (15-45 anos), que representam 19% dapopulação,

a média de Hg foi de 15,9 I.1g/g. Em indivíduos com idade superior a 60 anos,que abrangeu 3,0% da população, o valor médio de Hg foi 15,4 I.1g/gr. As espéciescarnívoras,

com destaque para tucunaré, traira e barbado foram as que apresentaramas concentrações mais elevadas de Hg. Entre os herbivoros, jaraqui e aracu foram asque mostraram níveis mais altos de mercúrio, os quais são de elevado consumo. Estesdados indicam que, embora os níveis médios de mercúrio nos peixes estejam abaixo doque

estabelece a legislação brasileira (0,5I.1g/g). A frequência de consumo é umelemento importante na avaliação do risco da contaminação mercurial .Os níveis dometal no cabelo refletem uma exposição contínua a contaminação por mercúrio.~

.'alavras

-chave: Peixes, Contaminação mercurial, Comunidades indígenas.

à poluiçã~Projeto do Orientador: Estudo de ~ Indígena ~duas suj~

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Título

do Trabalho: MERCÚRIO EM SEDIMENTOS DE FUNDO DE SISTEMASAQUÁTICOS DE UMA ÁREA INDíGENA COM ATIVIDADE GARIMPEIRA NO PARÁ.

Bolsista: Maria Concebida Lima CavalcanteOrientador (a): Edilson da Silva Brabo Serviço: Ecologia e Meio Ambiente

Resumo: A atividade garimpeira praticada na região amazõnica possui entre os seuslaspectos mais polêmicos a utilização, de maneira intensiva, de mercúrio metálico noprocesso de recuperação de ouro. A liberação deste metal para o ambiente, sobretudopara o ecossistema aquáticos, tem como agravante os risco da contaminação da biota.IEntre

os compartimentos ambientais mais afetados põr estas emissões, os sedimentosde fundo mostram uma resposta mais imediata da contaminação, pois atuam comoelemento receptores e acumuladores de substâncias. A área selecionada para o estudo(PIN Sai Cinza) está situada no sudoeste do estado do Pará, no município deJacareacanga dentro da reserva Munduruku. Esta investigação tem entre seus objetivosverificar os níveis de mercúrio em sedimentos, observando a importância das suacaracterística física e química como condicionantes dos processos de acumulação. Asamostras foram coletadas no rio Tapajós e alguns de seus principais afluentes na áreade influência do PIN Sai Cinza (rio Cabitutu, rio Cadiriri, rio e lago Muiuçú), em 16pontos de amostragem. No labolatório, as amostras foram secadas a temperaturaambiente,

desagregadas e separadas em três frações granulométrica. A decomposiçãoquímica para dosimetria de mercúrio foi feita com uma místura de HN03/HC104 (1:1),H2S04 e H20 e analisadas põr absorção atõmica sem chama. As concentrações maiselevadas de Hg foram verificadas na fração granulométrica mais fina (> 250 mesh). Ossedimentos do lago Muiuçú apresentaram uma variação entre 0,415 e 2,03 ~g/g comuma média de 1 ,09 ~g/g. No rio Tapajós na confluência com o rio Muiuçú a

concentração média foi O, 724 ~g/g. No rio Cabitutu, a média alcançou O, 196 ~g/g e norio Cadiriri 0,495 ~g/g. Estes resultados mostram a importância de ambientes lênticos(lagos),

onde as características hidrodinâmicas permitem sedimentação de materialpartículado transportado pelos rios durante o período da cheias, nos processos de'acumulação de metais pesados.

Palavras- chave: Sedimentos de fundo, Sistemas aquáticos, Contaminação mercuriallArea indígenas.

Projeto do Orientador: Estudo de Saúde Indígena em Duas Areas Sujeitas à POlUiÇãO!Ambiental, No Estado do Pará.

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_IllTítulo do Trabalho: OCORRENCIA DOS GÊNEROS Vibrio spp, Aeromonas spp ePlesiomonas shige//oides EM ÁGUAS DE POÇOS FREÁTICOS NO MUNiCíPIO DEANANINDEUA,

PARÁ.

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Bolsista: Adjanny Estela Santos de SouzaOrientador: Edvaldo Carlos Brito Loureiro Serviço: Ecologia e Meio Ambiente

Resumo: A água subterrânea constitui a principal fonte de recurso hídrico disponívelpara consumo humano.O crescimento demográfico e a progressiva e desordenadaurbanização das cidades, vêm comprometendo a qualidade deste recurso, o queproporciona sérios riscos à saúde da população. Foi avaliada a qualidade higiênico-sanitária da água de poços freáticos no município de Ananindeua, através da pesquisade indicadores de poluição fecal(coliformes totais e fecais) e enteropatógenosbacterianos( Vibrio, Aeromonas e Plesiomonas).Este município dista 9 quilômetros deBelém, possui 267.786 habitantes, mas apenas 17,5% da população é servida pelosistema de abastecimento público de água. No período de maio de 1996 a abril 1997,foram avaliadas amostras de águas de poços freáticos provenientes de 100 residênciasdos bairros Central, Aurá, Águas lindas e Distrito Industrial. Volumes de 5 litros dasamostras foram filtradas em membrana de éster de celulose(Millipore, 0,45i-!m). Para apesquisa de Aeromonas e Plesiomonas procedeu-se ao enriquecimento em águapeptonada tamponada(APT, pH7.0) e água peptonada alcalina(APA,pH8.5) durante 18 e24 horas a 35°C, e isolamento em Mac Conkey, SS e TCBS(Difco); na pesquisa deiVibrio utilizou-se enriquecimento em APA,pH8.5 por 6 horas e isolamento em TCBS.Aidentificação bioquímica dos agentes em questão, seguiu as recomendações do ManualBergey's. A pesquisa de coliformes totais e fecais foi realizada pelo método dos tubosmúltiplos. Os resultados mostram que 53 % das amostras de água detectou-seAeromonas spp , 34 % Aeromonas hydrophila. 4 % A.jandaei. 1 % A.caviae e 10 %Plesiomonas shigel/oides .O gênero Vibrio não foi isolado em nenhuma dasamostras. O NMP/1 OOml de coliformes totais e fecais variaram de <2 a 2,3 x 10 5 ( x=7,3 x 103) e <2 a 2,3x10 5 ( x =3,8 x 103). respectivamente; o pH variou de 3,74 a5.97 ( x = 4.5) e a temperatura de 24 a 33°C ( x = 28,5°C). A presença de coliformes

fecais em 93 % das amostras e 66 % de Aeromonas e Plesiomonas, indicam acondição inadequada da água para consumo, e associado ao fato de que 79 % nãopromovem qualquer tipo de tratamento da água de beber, ficam aumentados os riscosda transmissão de enteropatógenos.

Palavras-chave:Aeromonas,Plesiomonas e Vibrio; poluição fecal; água subterrânea.

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Título do Trabalho: OCORRÊNCIA DE Sa/monella e Shigella EM ÁGUAS DEPOÇOS FRERÁTICOS NO MUNiCíPIO DE ANANINDEUA,PARÁ, E SUAIMPORTÂNCIA EM SAÚDE PÚBLICA.

Bolsista:Lena Líllian Canto de SáOrientador (a): Edvaldo Carlos Brito Loureiro Serviço: Ecologia e Meio Ambiente

Resumo: No Brasil, e particularmente na região Norte, as condições do saneamentoambiental ainda são insatisfatórias. A deficiência do sistema de abastecimento de águano município de Ananindeua deixa 82 % da população dependente da utilização deáguas subterâneas , em particular do lençol freático, que encontra-se precariamenteprotegido contra excretas humanos ou de animais, que pode introduzir uma série deorganismos patogênicos, tornando a água um veículo na transmissão de doenças. Foiavaliada a qualidade higiênico-sanitária da água de poços freáticos no município deAnanindeua, através da pesquisa de coliformes totais e fecais e dos enteropatógenosSalmonella e Shigella. Em cada domicílio sorteado foi realizado um diagnóstico sobreos procedimentos e condições sanitárias, através da aplicação de um questionário. Noperíodo de maio de 1996 a abril de 1997, foram avaliadas amostras de águas de poçosfreáticos provenientes de 100 residências dos bairros Central, Aurá, Aguas Lindas eDistrito Industrial. Volumes de 5 litros das amostras foram filtradas em membrana deéster de celulose(Millipore, 0,45I.1m). Para a pesquisa de Salmonella procedeu-se pré-enriquecimento em água peptonada tamponada (35°C, 24horas) e enriquecimento emcaldo Rappaport (Difco) e Selenito-novobiocina, incubando-os nas temperaturas de42,5°C e 35°C por 24 horas. Para o isolamento foi empregado os meios seletivos-indicadores ágar sulfito de bismuto, ágar SS, ágar xilose-lisina-descarboxilase e ágarverde brilhante. O enriquecimento de Shigella foi realizado em caldo GN (Difco) e após6 horas de incubação a 35°C, inoculado em ágar Mac Conkey e ágar SS. Acaracterização bioquímica e antigênica dos agentes em questão, seguiu asrecomendações de Edwards & Ewing. A pesquisa de coliformes totais e fecais foirealizada pelo método dos tubos múltiplos. Das 100 amostras de águas analisadas,obteve-se o isolamento de Salmonella em 8 (8%) oportunidades. A sorotipagem das133 cepas de Salmonella isoladas está sendo realizada no Instituto Adolfo Lutz/SP.O gênero Shigella não foi isolado em nenhuma das amostras; o NMP/100mL decoliformes totais e fecais variaram de <2 a 2,3 x 105 ( x =7,3 x 103) e <2 a 2,3 x10 5( x =3,8 x 103), respectivamente.; o pH de 3.74 a 5.97 ( x = 4.45) e a temperatura de24 a 33°C ( x = 28,5°C). Constatou-se a presença de coliformes fecais em 93% das

amostras e Salmonella spp em 8%, demonstrando a precariedade do saneamentobásico e risco potencial à saúde da população.

Palavras-chave: Salmonella e Shi ella. coliformes fecais. á ua subterrânea.

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chefe do serviÇo de p arasitologia chefe do … · dr. jorge f. s. travassos da rosa chefe do...

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