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A ATUAÇÃO DA ELETROLIPOFORESE EM REGIÃO ABDOMINAL NO CLIMATÉRIO Camila Munaretto 1 Acadêmica do Curso de Tecnologia em Cosmetologia e Estética , da Universidade do Vale do Itajaí, Balneário Camboriú, Santa Catarina (UNIVALI). Luiza Formighieri² - Acadêmica do Curso de Tecnologia em Cosmetologia e Estética , da Universidade do Vale do Itajaí, Balneário Camboriú, Santa Catarina (UNIVALI). Priscilla Barreto da Motta Correa³ Fisioterapeuta; Professora do Curso de Tecnologia em Cosmetologia e Estética , da Universidade do Vale do Itajaí, Balneário Camboriú, Santa Catarina (UNIVALI). Contatos 1 [email protected] ² [email protected] ³ [email protected] RESUMO: As mulheres ao entrarem no climatério, percebem, entre outros sintomas, o aumento da gordura abdominal devido à ação hormonal que ocorre neste período, com isso a busca por recursos disponíveis para minimização desse desagradável sintoma está cada vez mais freqüente. A estética disponibiliza de tratamentos que irão auxiliar na diminuição da circunferência abdominal, como exemplo a Eletrolipoforese. Trata-se de uma técnica destinada ao tratamento das adiposidades e ao acúmulo de ácidos graxos localizados. Caracteriza-se pela aplicação de microcorrentes específicas de baixa freqüência (ao redor de 25HZ) que atuam diretamente no nível dos adipócitos e dos lipídeos acumulados, produzindo sua destruição e favorecendo sua posterior eliminação. Sendo assim, o objetivo desse estudo foi avaliar a eficácia da Eletrolipoforese em região abdominal em mulheres que estão no climatério, devido à deficiência de bibliografias encontradas neste assunto. Foi realizado um estudo de caso em quatro mulheres entre 45 a 50 anos de idade com perfis similares, sendo todas sedentárias, fumantes, que não fazem ingestão de nenhum tipo de terapia medicamentosa relacionada a hormônios e que estão no climatério. Essas foram atendidas duas vezes por semana, no total de 10 sessões. Foi utilizada uma ficha de avaliação de estética corporal, onde consta a perimetria da região abdominal, e o plicômetro, aparelho usado para medir a distância entre um ponto e outro das pregas cutâneas, apontando o componente de gordura corporal. A pesquisa foi realizada no Laboratório de Cosmetologia e Estética da Univali no município de Balneário Camboriú- SC. Após as dez sessões, foi novamente realizada a perimetria abdominal e a utilização do plicômetro, para verificar se houve redução ou não da gordura abdominal. Palavras chaves: Climatério. Eletrolipoforese. Hormônios. Gordura abdominal.

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A ATUAÇÃO DA ELETROLIPOFORESE EM REGIÃO ABDOMINAL NO

CLIMATÉRIO

Camila Munaretto1 – Acadêmica do Curso de Tecnologia em Cosmetologia e Estética , da Universidade do Vale do Itajaí, Balneário Camboriú, Santa Catarina (UNIVALI). Luiza Formighieri² - Acadêmica do Curso de Tecnologia em Cosmetologia e Estética , da Universidade do Vale do Itajaí, Balneário Camboriú, Santa Catarina (UNIVALI). Priscilla Barreto da Motta Correa³ – Fisioterapeuta; Professora do Curso de Tecnologia em Cosmetologia e Estética , da Universidade do Vale do Itajaí, Balneário Camboriú, Santa Catarina (UNIVALI). Contatos 1 [email protected]

² [email protected] ³ [email protected] RESUMO: As mulheres ao entrarem no climatério, percebem, entre outros sintomas, o aumento da gordura abdominal devido à ação hormonal que ocorre neste período, com isso a busca por recursos disponíveis para minimização desse desagradável sintoma está cada vez mais freqüente. A estética disponibiliza de tratamentos que irão auxiliar na diminuição da circunferência abdominal, como exemplo a Eletrolipoforese. Trata-se de uma técnica destinada ao tratamento das adiposidades e ao acúmulo de ácidos graxos localizados. Caracteriza-se pela aplicação de microcorrentes específicas de baixa freqüência (ao redor de 25HZ) que atuam diretamente no nível dos adipócitos e dos lipídeos acumulados, produzindo sua destruição e favorecendo sua posterior eliminação. Sendo assim, o objetivo desse estudo foi avaliar a eficácia da Eletrolipoforese em região abdominal em mulheres que estão no climatério, devido à deficiência de bibliografias encontradas neste assunto. Foi realizado um estudo de caso em quatro mulheres entre 45 a 50 anos de idade com perfis similares, sendo todas sedentárias, fumantes, que não fazem ingestão de nenhum tipo de terapia medicamentosa relacionada a hormônios e que estão no climatério. Essas foram atendidas duas vezes por semana, no total de 10 sessões. Foi utilizada uma ficha de avaliação de estética corporal, onde consta a perimetria da região abdominal, e o plicômetro, aparelho usado para medir a distância entre um ponto e outro das pregas cutâneas, apontando o componente de gordura corporal. A pesquisa foi realizada no Laboratório de Cosmetologia e Estética da Univali no município de Balneário Camboriú- SC. Após as dez sessões, foi novamente realizada a perimetria abdominal e a utilização do plicômetro, para verificar se houve redução ou não da gordura abdominal. Palavras chaves: Climatério. Eletrolipoforese. Hormônios. Gordura abdominal.

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1 INTRODUÇÃO

Para Freitas et al. (2006), o climatério é a fase de transição entre o período

reprodutivo e o não-reprodutivo da vida da mulher, estendendo-se até os 65 anos de

idade. A menopausa é o marco dessa fase, correspondendo ao último período

menstrual, somente reconhecida após passados 12 meses da sua ocorrência. A

perimenopausa se estende desde o início das modificações endocrinológicas,

biológicas e clínicas anteriores à menopausa, até o diagnóstico desta, podendo

preceder a última menstruação em 2 a 8 anos.

Vários estudos indicam que os hormônios sexuais podem influenciar o

metabolismo adiposo em regiões especificas e também exercer um papel na

distribuição da gordura corporal. Assim, nas mulheres no período da menopausa, o

balanço estrogênio/androgênio pode favorecer a disposição gordurosa abdominal,

mas outros fatores (fatores genéticos de obesidade) devem ter influência igualmente

importante (PINOTTI, 1995).

Sabe-se que a evolução tecnológica do mercado da beleza no Brasil é

constante, como conseqüência, a procura das mulheres por tratamentos estéticos

corporais disponíveis aumenta consideravelmente.

Com intuito de avaliar a eficácia do equipamento de Eletrolipoforese, no

tratamento de redução de medidas destaca-se os estudos de Borges (2006) como

indicação para o tratamento de adiposidades e de ácidos graxos acumulados.

Por definição a eletrolipoforese, também chamada de eletrolipólise, é uma

técnica destinada ao tratamento das adiposidades e ao acúmulo de ácidos graxos

localizados. Segundo Soriano (2000) caracteriza-se pela aplicação de

microcorrentes especificas de baixa freqüência (ao redor de 25HZ) que atuam

diretamente no nível dos adipócitos e dos lipídeos acumulados, produzindo sua

destruição e favorecendo sua posterior eliminação.

Estudos histopatológicos vêm demonstrando o efeito desse tipo de tratamento

sobre os adipócitos (diminuição do tamanho, alterações na forma e mudanças

estruturais) que indicam a existência de uma base orgânica para os efeitos clínicos

constatados (BORGES, 2006).

É de grande importância para a instituição de ensino, a realização desta

pesquisa, por ser um estudo ainda muito restrito, e haver uma deficiência de

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bibliografia relacionada ao aparelho de Eletrolipoforese associado à redução de

medidas no climatério.

Sendo assim, o objetivo desse trabalho foi verificar e avaliar a eficácia da

Eletrolipoforese em região de gordura abdominal em mulheres que estejam no

período do climatério.

2 METODOLOGIA

Este estudo caracteriza-se por uma pesquisa que envolve dados quantitativos

e qualitativos, do tipo experimental, sendo que para compor os resultados faz-se

necessário descrever em proporções quantitativas ao redução de medidas, como

também analisar de forma subjetiva as mudanças decorrentes do tratamento. De

acordo com Rodrigues (2007) a pesquisa quantitativa traduz em números as

opiniões e informações para serem classificadas e analisadas, por sua vez

Richardson (1999) destaca que a pesquisa qualitativa tem como abordagem

principal analisar o contexto no qual o sujeito está inserido avaliando os resultados

de forma subjetiva.

Já a pesquisa experimental é quando se determina um objeto de estudo,

selecionam-se as variáveis que seriam capazes de influenciá-lo, definem-se as

formas de controle e de observação dos efeitos que a variável produz no objeto.

Para esse estudo foi analisada uma amostra com quatro mulheres entre 45 e

50 anos de idade, sendo elas funcionárias e acadêmicas da UNIVALI de Balneário

Camboriú, escolhidas de modo aleatório e que se encaixavam no perfil da pesquisa.

Estas possuíam perfis similares, sendo todas fumantes, sedentárias, que não fazem

o uso de nenhum tipo de terapia medicamentosa e que estão no período do

climatério. Foi realizada uma ficha de avaliação de Estética Corporal, sendo feitas

perguntas relacionadas à saúde, hábitos alimentares e queixa principal, constando

também a perimetria da região abdominal que foi realizada com o auxílio de uma fita

métrica, e o plicômetro, aparelho usado para medir a distância entre um ponto e

outro das pregas cutâneas, apontando o componente de gordura corporal, sendo os

parâmetros principais para analisar se houve ou não resultado.

No tratamento foi utilizado o equipamento de Eletrolipoforese fabricado pela

DGM, que atua em quatro fases as quais compõe o estudo, a primeira (retangular

aguda) atua na epiderme diminuindo a resistência da pele, a segunda (retangular

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ampla), atua em nível de derme, estimulando as células que a compõe,

principalmente o fibroblasto e resulta na melhora da tonicidade da pele, a terceira

(trapezoidal aguda) atua diretamente sobre os adipócitos desencadeando a

liberação do AMPc (Adenosina Monofosfato Cíclico) e a quarta e última corrente

(trapezoidal ampla) age sobre a zona muscular ativando mais uma via para

eliminação dos metabólitos gerados pela lipólise, também, com efeito drenante local.

O aparelho é composto por seis canais de onde saem quatro fios de cada, dois

positivos e dois negativos.

Para realização do tratamento as voluntárias foram posicionadas em uma

maca, em decúbito dorsal, onde foi realizada a assepsia prévia da região do

abdômen com álcool 70%. A estimulação elétrica foi por meio de eletrodos cutâneos

de silicone-carbono, um procedimento terapêutico não invasivo e de grande

aplicação nos tratamentos estéticos. Foram colocados dois canais completando um

total de oito eletrodos na região abdominal. Os eletrodos foram acoplados a um gel

neutro, para evitar queimaduras, em uma distância de 5 cm entre eles, com

alternância de um positivo e um negativo e envolvidos em duas faixas de fixação. As

voluntárias foram atendidas duas vezes por semana em um total de dez sessões,

com a duração de 40 minutos cada, com maior tempo na terceira fase por atuar

diretamente nos adipócitos.

O protocolo de tratamento utilizado no aparelho foi uma microcorrente

específica de baixa freqüência (ao redor de 25HZ), que já vem pré-programada pelo

equipamento. A intensidade de cada canal deve ser ajustada gradativamente,

girando os botões para a direita observando sempre se o pesquisado refere

qualquer tipo de sensação dolorosa.

Fase Tempo

1 5 minutos

2 10 minutos

3 20 minutos

4 5 minutos

Quadro 1: Protocolo de Tratamento Fonte: Autoras, 2010.

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As sessões foram realizadas no laboratório de Cosmetologia e Estética na

UNIVALI campus de Balneário Camboriú – SC. As modelos assinaram o termo de

consentimento, onde consta que se trata de um trabalho acadêmico e que as

mesmas estavam sendo atendidas pelas pesquisadoras, com a supervisão da

professora orientadora. A análise foi feita com base nas tabelas representadas por

índice de perimetria abdominal e o componente de massa corporal apontado pelo

plicômetro os quais possibilitam avaliar a redução ou não da gordura abdominal,

como também foi feita uma análise subjetiva da percepção das pesquisadoras em

relação aos demais resultados dentre eles a tonicidade cutânea. As possibilidades

de risco podem ocorrer quanto ao uso de um equipamento eletrônico o qual pode

envolver riscos físicos, portanto faz-se necessário o acompanhamento constante

tanto das pesquisadoras quanto do orientador durante o processo de aplicação. As

sensações provocadas pelo aparelho são de leve formigamento e eventual

contração involuntária dos músculos.

3 REFERENCIAL TEÓRICO

3.1 Menopausa e climatério

De acordo com Guyton e Hall (2006), em média a cada 28 dias, hormônios

gonadotrópicos (FSH e LH) fazem com que cerca de 8 a 12 novos folículos

comecem a crescer nos ovários. Um desses folículos finalmente “amadurece” e

ovula no décimo quarto dia do ciclo. Durante o crescimento dos folículos, é

secretado principalmente o hormônio estrogênio.

Ainda de acordo com o mesmo autor, depois da ovulação, as células

secretoras dos folículos residuais desenvolvem-se em um corpo lúteo que secreta

grandes quantidades dos principais hormônios femininos, estrogênio e progesterona.

Depois de outras duas semanas, o corpo lúteo se degenera, quando então os

hormônios ovarianos estrogênio e progesterona diminuem bastante, surgindo a

menstruação. Um novo ciclo ovariano então se segue.

A adenohipófise secreta dois hormônios que são reconhecidamente

essenciais ao funcionamento adequado dos ovários: o hormônio folículo-estimulante

(FSH) e o hormônio luteinizante (LH). Estes hormônios atuam sobre o ovário

estimulando-o a produzir estrógeno, para o desenvolvimento do folículo, e

progesterona, para a manutenção do corpo lúteo (GUIRRO E GUIRRO, 2002).

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Os dois tipos de hormônios sexuais ovarianos são os estrogênios e as

progestinas. Sem dúvida o mais importante dos estrogênios é o hormônio estradiol,

e a mais importante das progestinas é a progesterona. Os estrogênios promovem

essencialmente a proliferação e o crescimento de células especificas no corpo,

responsáveis pelo desenvolvimento da maioria das características sexuais

secundárias da mulher. As progestinas atuam basicamente preparando o útero para

a gravidez e as mamas para a lactação (GUYTON E HALL, 2006).

Guirro e Guirro (2002) afirmam que a menopausa, também é chamada de

climatério e ocorre entre os 40 e 50 anos, marcando o fim da vida sexual fértil da

mulher. Os ciclos sexuais tornam-se irregulares e há falhas na ovulação durante

muitos desses ciclos. Após poucos meses ou anos, os ciclos cessam inteiramente,

sendo que este fato é denominado menopausa.

Porém para Freitas et al. (2006), o climatério é a fase de transição entre o

período reprodutivo e o não-reprodutivo da vida da mulher, estendendo-se até os 65

anos de idade. A menopausa é o marco dessa fase, correspondendo ao último

período menstrual, somente reconhecida após passados 12 meses da sua

ocorrência. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a perimenopausa se

estende desde o início das modificações endocrinológicas, biológicas e clínicas

anteriores à menopausa, até o diagnóstico desta, podendo preceder a última

menstruação em 2 a 8 anos. A idade média de ocorrência da menopausa é 50 anos,

sendo definida menopausa precoce a que se estabelece antes dos 40 anos e

menopausa tardia quando ocorre após os 55 anos.

Ainda de acordo com Freitas et al (2006), a idade de ocorrência da

menopausa parece ter alguma relação com a idade da menopausa materna

(genética), podendo ocorrer mais cedo (1,4 ano antes) entre as mulheres que

apresentam ciclos mais curtos do que 26 dias na menacme (período que

corresponde a primeira menstruação até a última), e pode ser antecipada de 1 a 2

anos entre as fumantes.

Febrasgo (2000) afirma que a diminuição estrogênica na mulher durante e

após a menopausa, provoca uma série de sintomas em conseqüência de alterações

nos órgãos efetores que apresentam receptores para esteróides sexuais. Esses

sintomas podem ser divididos em três grupos: agudos ou a curto prazo; a médio

prazo; e a longo prazo.

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Os sintomas classificados a curto prazo são os neurovegatativos ou

vasomotores, que seriam ondas de calor, sudorese, palpitações, parestesias

cefaléia, vagina seca, insônia e vertigem e os neuropsíquicos, que seriam labidade

emocional, nervosismo, irritabilidade, depressão, diminuição do libido entre outros.

Os sintomas classificados a médio prazo surgem em geral após os 3 a 5

primeiros anos do climatério e se caracterizam por alterações atróficas irreversíveis

que ocorrem ao nível no sistema geniturinário inferior e também ao nível

extragenital.

Os sintomas a longo prazo surgem em geral cerca de 8 a 10 anos após a

menopausa e referem-se basicamente às alterações metabólicas que ocorrem em

conseqüência do hipoestrogenismo, como a osteoporose e a doença cardiovascular.

Ainda Febrasgo (2000) ressalta que o hipoestrogenismo aumente a incidência

de doença cardiovascular por atuar no vaso através de duas maneiras:

Indireta - Interferência no metabolismo lipídico: a diminuição do estrogênio

durante e após a menopausa levam a um aumento do colesterol, do LDL

colesterol e uma diminuição do HDL colesterol. O nível de colesterol

plasmático tem uma relação direta com o risco de doença coronariana. Por

outro lado existem evidências de que com o aumento do LDL e a diminuição

do HDL colesterol, aumenta o risco para doença cardiovascular.

- Alterações do metabolismo dos carboidratos e insulina: mulheres com

hipoestrogenismo tem maior risco de alteração do metabolismo dos

carboidratos, com o aumento da intolerância a glicose e resistência a insulina,

aumentando o risco para doença cardiovascular. O aumento da insulina, em

virtude do aumento da resistência periférica, aumenta a aterogênese por ação

direta no vaso ou por alterar certos fatores de risco para a doença

cardiovascular, como: aumento da pressão arterial; diminuição do HDL

colesterol e aumento dos triglicerídeos; diminuição da fibrinólise; aumento da

proliferação das células musculares lisas do vaso e sua migração para a

íntima.

Direta – o hipoestrogenismo, atuando diretamente no vaso, provoca

diminuição da vasodilatação e, em conseqüência, diminuição do fluxo arterial

periférico, isto ocorre pelo fato de que o estrogênio age no vaso promovendo

vasodilatação.

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Segundo Pinotti (1995) os hormônios ovarianos afetam a ingestão de

alimentos e o peso corporal. A diminuição da secreção hormonal acompanha-se de

aumento de peso, especialmente ao nível do tecido adiposo. A quantidade de tecido

adiposo resulta do balanço entre a lipogênese e a lipólise. A lipogênese depende da

lípase lipoproteica (LLP - da qual hidrolisa os triglicerídeos circulantes permitindo

seu ingresso e armazenamento no tecido adiposo) e da utilização da glicose. Após a

menopausa, o tecido adiposo utiliza menos glicose, com menor resposta à insulina,

o que resulta em diminuição da lipogênese. Por outro lado, o tecido adiposo, após a

menopausa apresenta lipólise basal diminuída. A conclusão é que a alteração do

equilíbrio hormonal induz a alterações no metabolismo lipídico durante e após a

menopausa, com menor resposta à insulina.

É fato conhecido que as mulheres tendem a acumular gordura ao redor da

cintura (gordura andróide), à medida que se tornam mais velhas, e que acumulam

gordura preponderantemente nos quadris e coxas (gordura ginecóide) quando mais

jovens. É difícil avaliar o quanto esse fato se deve ao envelhecimento em si, ou o

quanto é influenciado pela menopausa (PINOTTI, 1995).

Para Nahoum e Simões (1989), no climatério há tendência a se andar menos

e a não se praticar esportes como se fazia no passado, e sem perceber, aumenta-se

a ingestão de alimentos e diminui-se a “queima” dos nutrientes.

Vários estudos indicam que os hormônios sexuais podem influenciar o

metabolismo adiposo em regiões especificas e também exercer um papel na

distribuição da gordura corporal. Assim, nas mulheres no período da menopausa, o

balanço estrogênio/androgênio pode favorecer a disposição gordurosa abdominal,

mas outros fatores (fatores genéticos de obesidade) devem ter influência igualmente

importante (PINOTTI, 1995).

Febrasgo (2000) cita que nessa fase há maior tendência para ganho de peso,

decorrente das mudanças endócrinas citadas anteriormente.

Muitas mulheres procuram programas de exercícios físicos com o objetivo de

perder peso. O tratamento para redução ponderal com exercícios pode ser frustrante

no inicio, porque, apesar do exercício atuar reduzindo o apetite pela ação das

catecolaminas plasmáticas e de outros neurotransmissores e neuromuduladores, e,

embora haja perda de massa gordurosa, a aquisição da massa muscular pode se

refletir até em certo grau de aumento de peso. Apenas após cerca de três meses de

exercícios regulares há tendência de equilíbrio ponderal, e então começa a haver

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redução. Convém, portanto, associar-se a uma dieta hipocalórica balanceada

(PINOTTI, 1995).

De acordo com Freitas et al (2006), uma grande dificuldade de aderência das

mulheres na menopausa à terapia hormonal é a fantasia de que os hormônios são

responsáveis pelo aumento de peso. Nesta fase da vida há uma diminuição do

catabolismo, que tornará muito difícil a perda de peso, o que é erroneamente

atribuído à hormonioterapia. Na menopausa, os androgênios produzidos nos ovários

e nas supra-renais, com pouca oposição estrogênica, fazem com que a deposição

de gordura se efetue no abdome. Algumas mulheres relatam mastalgia e sensação

de “inchaço abdominal”, principalmente durante o início da terapia hormonal, o que

por vezes é mal percebido como ganho de peso.

A indicação da terapia hormonal deve ser considerada uma decisão

individual, levando-se em consideração os sintomas, os fatores de risco e as

preferências e as necessidades específicas de cada mulher (FREITAS et al, 2006).

3.2 Eletrolipoforese

Atualmente já estão disponíveis no mercado equipamentos que destinam-se a

tratamentos corporais, que atuam diretamente na redução de medidas corpóreas.

Dentre tantos recursos, encontra-se a eletrolipoforese que é considerado um

aparelho indicado para tratar sintomas como a gordura localizada em região

abdominal devido aos seus efeitos fisiológicos.

Por definição a eletrolipoforese, também chamada de eletrolipólise, é uma

técnica destinada ao tratamento das adiposidades e ao acúmulo de ácidos graxos

localizados. Segundo Soriano (2000) caracteriza-se pela aplicação de

microcorrentes especificas de baixa freqüência (ao redor de 25HZ) que atuam

diretamente no nível dos adipócitos e dos lipídeos acumulados, produzindo sua

destruição e favorecendo sua posterior eliminação.

De acordo com os relatos de alguns autores, os principais efeitos fisiológicos

proporcionados pela eletrolipólise são:

Efeito Joule: em virtude do efeito Joule, a corrente elétrica, ao circular por um

condutor, realiza o trabalho que produziria certo tipo de “calor” ao atravessar o

mesmo. O aumento da temperatura produzido na eletrolipólise, não atinge

tecidos orgânicos, visto que se trata de uma corrente com uma intensidade

muito pequena, porém suficiente para contribuir para instalação de uma

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vasodilatação com aumento de fluxo sanguíneo local. Desta forma, é

estimulado o metabolismo celular local, facilitando a queima de calorias e

melhorando o trofismo celular.

Efeito Eletrolítico: em condições normais, a membrana celular é

semipermeável, separando dois meios de composição iônica diferentes: o

meio intracelular (eletronegativo) e o meio extracelular (eletropositivo). O

campo elétrico gerado por essa corrente na eletrolipólise induz o movimento

iônico que traz consigo modificações na polaridade da membrana celular. A

célula tende a manter seu potencial elétrico de membrana normal, e esta

atividade consome energia no nível celular.

Efeito de estímulo circulatório: o ligeiro aumento de temperatura que se

instala no local (efeito Joule) contribui, em parte, para instauração de uma

vasodilatação, pois a corrente atua com estímulo direto nas inervações

promovendo uma ativação da microcirculação. Foi relatado que a freqüência

de 25 HZ é mais eficaz para tratar alterações circulatórias e congestivas. A

microestimulação elétrica ativa as fibras do tecido conjuntivo subcutâneo, que

favorecem também a drenagem linfática e sanguínea, provocando uma

melhora da qualidade e aspecto da pele. Silva (1997) relatou que o estímulo

circulatório produzido pela corrente elétrica tem grande importância na

drenagem da área.

Efeito neuro-hormonal: quando se utiliza uma corrente especifica de baixa

freqüência durante a eletrolipólise, produz-se uma estimulação artificial do

sistema nervoso simpático e, como conseqüência, ocorre a liberação de

catecolaminas com o aumento do AMP cíclico intradipocitário e aumento da

hidrolise dos triglicerídeos. Trabalhos realizados com essa técnica

demonstraram a presença de quantidades significativas de glicerol na urina,

horas subseqüentes ao tratamento (sabe-se que, em condições basais, o

glicerol não é detectado na urina). Segundo alguns autores esse fato indica a

ativação da lipólise, que, produzida em conjunto, e como conseqüência de

todos os efeitos mencionados, ocorre também um aumento do catabolismo

local, que se traduz clinicamente em uma redução do panículo adiposo, desde

a primeira sessão (BORGES, 2006).

O mecanismo de ação dessas correntes aplicadas na eletrolipólise segundo

Zaragosa e Rodrigo (1995), estão sendo muito discutidos; ainda que os resultados

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clínicos são, em geral, concordantes e muito positivos, há pouca experimentação

básica que permita definir claramente a sua forma de atuação. De todos os modos

há, ao menos, dois efeitos claramente envolvidos: o estimulo circulatório produzido

pela corrente continua, interrompida ou não, tem grande importância na drenagem

da área; e o estimulo da lipólise, direta ou indiretamente pela excitação das

terminações nervosas simpáticas e liberação de catecolaminas (adrenalina e

noradrenalina) que atuam sobre os receptores do adipócito e estimulam a enzima

que potencializa a lipólise dos triglicerídeos em glicerol e ácidos graxos.

De acordo com Agne (2009), alguns equipamentos de Eletrolipoforese

oferecem programas pré-definidos que podem variar de 40 a 60 minutos contínua de

estimulação com algumas variações na freqüência geralmente de 50 a 5 Hz de

forma descrescente. Essa variação da freqüência é acompanhada por diferentes

impulsos elétricos, como onda trapezoidal, quadrada e triangular com diferentes

larguras dos impulsos, configurados como curtos e amplos.

Quanto as diferentes freqüências seguem-se em ordem decrescente

respeitando uma faixa preferencial de tecido a ser estimulado. Assim, freqüências de

50 e 40 Hz estariam agindo sobre as primeiras camadas da pele, a fim de diminuir

sua resistência. Freqüências entre 40 e 30 Hz na camada dérmica promovendo

vasodilatação superficial e melhorando a circulação sanguínea no local,

beneficiando o intercambio metabólico celular. As freqüências entre 30 e 15 Hz

seriam as que proporcionam eletrolipólise. A estimulação termina em uma

freqüência de 5 Hz (AGNE, 2009).

Os adipócitos das regiões envolvidas assumem atitude estática, segundo

Parienti (2001) e, estas freqüências promovem a excitação celular, incrementando a

produção do AMPc à produção dos produtos da degradação dos lipídeos.

Estudos histopatológicos vêm demonstrando o efeito desse tipo de tratamento

sobre os adipócitos (diminuição do tamanho, alterações na forma e mudanças

estruturais) que indicam a existência de uma base orgânica para os efeitos clínicos

constatados (BORGES, 2006).

Ainda de acordo com o mesmo autor as principais indicações da

eletrolipoforese estão no tratamento de gordura localizada, lipodistrofia ginóide e

lipodistrofia localizada. Pode-se ainda utilizar a eletrolipoforese para diminuição do

perímetro do abdome, coxa e quadril. Segundo Soriano (2000), não existe nenhuma

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região do corpo onde o método seja contra-indicado, sempre e quando a indicação

seja correta.

Alguns autores descreveram algumas contra-indicações para a eletrolipólise.

Entretanto foi verificado que algumas delas referem-se muito mais a uma atitude

cautelosa em relação à eletroterapia como um todo do que especificamente à

técnica de eletrolipólise, por exemplo: em pacientes que apresentem transtornos

cardíacos e portadores de marca-passo e cardiopatias congestivas, neste caso

acredita-se que se o estímulo elétrico fosse aplicado próximo a área cardíaca talvez

se justificasse tal contra-indicação, mas isso normalmente não ocorre em virtude da

localização das regiões normalmente tratadas pela eletrolipólise; na gravidez, em

qualquer idade gestacional, na trombose venosa profunda, ou estado venoso

catastrófico, nos casos de neoplasias é contra-indicado somente se o estímulo

elétrico estiver passando sobre a área tumoral (BORGES, 2006).

4 ANÁLISE DE DADOS

Conforme relatado anteriormente, foram atendidas 4 voluntárias que

possuíam entre 45 e 50 anos de idade no período do climatério, sendo todas

sedentárias, fumantes e que não mantinham uma alimentação balanceada. Todas

possuíam as mesmas queixas de gordura localizada no abdômen, sendo que nos

últimos anos relataram aumento de peso. Foram realizadas 10 sessões com

duração de 40 minutos no total, na região do abdômen. No tratamento foi utilizado o

equipamento de eletrolipoforese em 2 canais, onde cada um contém 4 eletrodos

sendo um positivo e um negativo dispostos um ao lado do outro com a distância de 4

a 5 cm entre eles. Foi realizada uma ficha de avaliação de estética corporal sendo

feitas perguntas relacionadas à saúde, hábitos alimentares e queixa principal,

contendo também a perimetria abdominal e a medida do componente de gordura

corporal realizada com o auxílio do plicômetro. As medidas foram feitas no início e

no final das sessões.

Em todas as sessões foram utilizados os mesmos parâmetros para o

equipamento de eletrolipoforese, de acordo com o quadro 1, no tempo de 40

minutos, porém o que diferenciava de uma voluntária para a outra eram as

intensidades.

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4.1 Tabelas de resultados

Tabela 1: Resultados voluntária 1

Perimetria

Abdominal

Cicatriz Umbilical

Perimetria

Abdominal

Cicatriz Umbilical

Plicômetro

Primeira Sessão 84 cm 88 cm 25 mm

Décima Sessão 85 cm 89 cm 28 mm

Fonte: Autoras, 2010

A voluntária 1 não obteve resultado, aumentando 1 cm de perimetria

abdominal e 3 mm no plicômetro. Suportava intensidade razoável nas fases 1, 2 e 4,

já na fase 3, relatou menos sensibilidade à corrente.

Tabela 2: Resultados voluntária 2

Perimetria

Abdominal

Cicatriz Umbilical

Perimetria

Abdominal

Cicatriz Umbilical

Plicômetro

Primeira Sessão 90 cm 88 cm 30

Décima Sessão 85 cm 86 cm 25

Fonte: Autoras, 2010

A voluntária 2 obteve resultado, diminuindo 5 cm acima da cicatriz umbilical, e

2 cm abaixo. Diminui também 5 mm no plicômetro. Durante todas as sessões relatou

prurido, sendo normal devido à corrente elétrica, sendo assim foi optado o uso do

chamex (esponja vegetal) umedecida em água para facilitar a transmissão da

corrente. Suportava as menores intensidades comparando com as demais

voluntárias, devido a grande sensibilidade.

Tabela 3: Resultados voluntária 3

Perimetria

Abdominal

Cicatriz Umbilical

Perimetria

Abdominal

Cicatriz Umbilical

Plicômetro

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Primeira Sessão 96 cm 97 cm 30

Décima Sessão 96 cm 99 cm 38

Fonte: Autoras, 2010.

A voluntária 3 não obteve resultado, aumentando 2 cm de perimetria

abdominal abaixo da cicatriz umbilical e permanecendo com a mesma medida acima

da cicatriz umbilical. Aumentou 8 mm no plicômetro. Suportava bem as intensidades,

utilizando-as sempre no máximo com exceção da fase 4, porém sem relato de

sensibilidade.

Tabela 4: Resultados voluntária 4

Perimetria

Abdominal

Cicatriz Umbilical

Perimetria

Abdominal

Cicatriz Umbilical

Plicômetro

Primeira Sessão 95 cm 98 cm 30

\écima Sessão 90 cm 94 cm 25

Fonte: Autoras, 2010

A voluntária 4 obteve resultado satisfatório, diminuindo 5 cm da perimetria

abdominal acima da cicatriz umbilical e 4 cm abaixo da cicatriz umbilical. Diminui

também 5 mm no plicômetro. Suportava muito bem as intensidades, utilizando-as

sempre no máximo, também sem relato de sensibilidade.

Todas as voluntárias relataram aumento de peso nos últimos anos. Como foi

visto as voluntárias 1 e 3 não obtiveram resultando, já as voluntárias 2 e 4

obtiveram. O que diferenciava uma da outra eram as intensidades, da qual variava

de acordo como o limiar de sensibilidade de cada uma. Portanto os parâmetros de

intensidade não são fator determinante para redução de medidas com o

equipamento de eletrolipoforese.

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Pôde-se observar ao realizar o estudo sobre o equipamento de

Eletrolipoforese, que cada organismo reage de uma forma individual, considerando

que no climatério o aumento da gordura abdominal é reconhecido pelas mulheres

que estão nesta fase, e também exige-se um esforço maior tratando de eliminar

essa gordura.

Freitas et al (2006) salienta que toda mulher climatérica, com ou sem terapia

hormonal, deve ser orientada a exercer uma atividade física associada a uma dieta

adequada para atingir e também manter um peso ideal, isto pode ser associado a

tratamentos como a eletrolipoforese para obter melhores resultados.

Sugerem-se a realização de novas pesquisas na qual se utiliza o

equipamento em mais sessões semanais e maior tempo de tratamento. Podem ser

realizados também outros estudos que envolvam voluntárias de outras idades para

ser feita a comparação dos resultados.

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REFERÊNCIAS:

AGNE, J.E. Eu sei Eletroterapia. 1ª ed. Santa Maria: Pallotti, 2009. BORGES, F.S. Dermato-funcional: Modalidades Terapêuticas nas disfunções estéticas. São Paulo: Phorte, 2006. FEBRASGO. Tratado de Ginecologia. V.I Rio de Janeiro: Revinter, 2000. FREITAS, F. et al. Rotinas em Ginecologia. 5ª ed. Porto Alegre: Artmet, 2006. GUIRRO, E. e GUIRRO, R. Fisioterapia Dermato-Funcional. 3ª ed. São Paulo: Manole, 2002. GUYTON, A.C e HALL, J.E. Tratado de Fisiologia Médica. 11ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006. NAHOUM, J.C; SIMÕES, P.M. Climatério e Senilidade. Feminina, 1989. PARIENTI I.J. Medicina Estética. São Paulo: Andrei, 2001. PINOTTI, J.A., HALBE, H.W.; HEGG, R. Menopausa. 1ª ed. São Paulo: Roca, 1995. RICHARDSON, R.J. – Pesquisa Social: Métodos e técnicas. São Paulo SP: Atlas, 1999. RODRIGUES, Prof. William Costa. Metodologia Científica. FAETEC/IST – Paracambi, 2007. SILVA, M.T. Eletroterapia em estética corporal. São Paulo: Robe, 1997. SORIANO, M.C.D., PÉREZ, S.C.; BAQUÉS, M.I.C. Electroestética Professional Aplicada: Teoria y Práctica para La Utilización de Corrientes em Estética. Espanha: Sorisa, 2000. ZARAGOZA, J. R.; RODRIGO, P. Electroestética. Espanha: Nueva Estética, 1995.

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APÊNDICE I - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)

Você está sendo convidado(a) para participar, como voluntário, de um projeto

de extensão universitária. Após ser esclarecido(a) sobre as informações a seguir, no

caso de aceitar fazer parte do estudo, assine ao final deste documento, que está em

duas vias. Uma delas é sua e a outra é do extensionista responsável. Em caso de

recusa você não será penalizado(a) de forma alguma.

A pesquisa em questão que tem como título a atuação da eletrolipoforese em região

abdominal no período do climatério e tem como objetivo avaliar a eficácia do

aparelho de eletrolipoforese em região abdominal no período do climatério.

A pesquisa será realizada no Laboratório de Cosmetologia e Estética da

Universidade do Vale do Itajaí de Santa Catarina (UNIVALI) no Campus de

Balneário Camboriu, no período de Setembro a Outubro de 2010.

Terá como voluntárias acadêmicas do curso de Cosmetologia e Estética do campus

de Balneário Camboriu, que serão selecionadas de acordo com a idade, se estão ou

não no período do climatério, que sejam fumantes, sedentárias e que não fazem o

uso de nenhum tipo de terapia medicamentosa.

Inicialmente você irá preencher uma ficha avaliação corporal, e posteriormente será

realizada a perimetria abdominal e a aplicação do plicômetro, aparelho usado para

medir a distância entre um ponto e outro das pregas cutâneas, apontando o

componente de gordura corporal.

Você será atendida juntamente com outra voluntária, por alunas do curso de

Cosmetologia e Estética supervisionadas pela professora.

Será realizada uma higienização prévia na sua pele com álcool 70% e logo após

serão colocadas faixas com eletrodos de silicone acoplados a um gel neutro, estes

servirão para fazer o contato do equipamento com a pele, serão ligados dois canais

completando um total de oito eletrodos na região abdominal.

O equipamento será programado de acordo com a metodologia do trabalho e então,

dar-se a inicio a sessão;

A eletrolipoforese é uma técnica destinada ao tratamento da gordura localizada que

se caracteriza pela aplicação de microcorrentes especificas de baixa freqüência que

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atuam diretamente no nível das células de gordura, produzindo sua destruição e

favorecendo sua posterior eliminação.

A intensidade será programada de acordo com a sua sensibilidade, sendo que

iremos aumentar esta aos poucos e você irá nos relatar se podemos aumentar mais

ou se já esta bom. Sendo que se em algum momento do tratamento você sentir

qualquer desconforto deverá nos relatar, para que possamos tornar o procedimento

o mais seguro possível.

Com esta pesquisa iremos verificar se o aparelho de eletrolipoforese auxiliará na

diminuição da circunferência abdominal.

As possibilidades de risco podem ocorrer quanto ao uso de um equipamento

eletrônico o qual pode envolver riscos físicos, portanto as pesquisadoras e a

professora orientadora estará sempre presente. As sensações provocadas pelo

equipamento são de leve formigamento e eventual contração involuntária dos

músculos.

Esta é uma pesquisa que poderá trazer grandes benefícios para a ampliação dos

conhecimentos a respeito da eletrolipoforese e de seus reais efeitos, além de ajudar

a esclarecer dúvidas e ampliar o conhecimento dos pesquisadores e também das

voluntárias em relação ao climatério.

Você irá participar desta pesquisa durante 10 sessões com duração de 40 minutos,

que serão estipulados conforme o combinado com cada participante da mesma,

sendo que sua identificação será mantida em sigilo em caso de possíveis

publicações e fica estabelecido a total liberdade para se afastar da pesquisa quando

achar necessário.

Nome do Pesquisador:__________________________________________

Assinatura do Pesquisador: ______________________________________

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CONSENTIMENTO DE PARTICIPAÇÃO DO SUJEITO

Eu,_____________________________________, RG_________________ ou

CNPJ_____________, CPF ____________ abaixo assinado, concordo em participar

do presente estudo. Fui devidamente informado e esclarecido sobre o projeto, os

procedimentos nele envolvidos, assim como os possíveis riscos e benefícios

decorrentes de minha participação. Foi-me garantido que posso retirar meu

consentimento a qualquer momento, sem que isto leve à qualquer penalidade ou

interrupção de meu acompanhamento/assistência/tratamento.

Local e data:_____________________________________________________

Nome:__________________________________________________________

Assinatura do sujeito ou Responsável:_________________________________

Telefone para contato: _____________________________________________

Professora Responsável: Priscilla Barreto da Motta Correa

Telefone para contato: (47) 8415-9912

Pesquisadoras: Camila Munaretto/Luíza Formighieri

Telefones para contato: (47) 9624-3608/(47) 9178-6768/(47) 3065-3608

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ANEXO I - FICHA DE AVALIAÇÃO DE ESTÉTICA CORPORAL

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