a assistÊncia hospitalar no grande abc uma questão regional experiência inovadora santo andré e...

54
A ASSISTÊNCIA HOSPITALAR NO GRANDE ABC uma questão regional Experiência Inovadora “Santo André e a Assistência Hospitalar: uma questão regional”, resultados do projeto apoiado pelo REFORSUS - MS/ BID/ BIRD, II Componente – Subprojeto “Fomento, análise, avaliação e disseminação de experiências inovadoras no SUS”, mediante convênio entre Ministério da Saúde e PMSA. Autores: Vânia Barbosa do Nascimento; Dora Maria Zanovello Bergantini; Gilmar Silvério; Joana Pereira Alves; Maria Aparecida Teixeira das Neves; Maria Cecília Piovesan; Rogério A. Bigas; Savério Gagliardi.

Upload: internet

Post on 18-Apr-2015

103 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • Slide 1
  • A ASSISTNCIA HOSPITALAR NO GRANDE ABC uma questo regional Experincia Inovadora Santo Andr e a Assistncia Hospitalar: uma questo regional, resultados do projeto apoiado pelo REFORSUS - MS/ BID/ BIRD, II Componente Subprojeto Fomento, anlise, avaliao e disseminao de experincias inovadoras no SUS, mediante convnio entre Ministrio da Sade e PMSA. Autores: Vnia Barbosa do Nascimento; Dora Maria Zanovello Bergantini; Gilmar Silvrio; Joana Pereira Alves; Maria Aparecida Teixeira das Neves; Maria Ceclia Piovesan; Rogrio A. Bigas; Savrio Gagliardi.
  • Slide 2
  • O PRINCIPAL EIXO DA PROPOSTA Paralelamente tendncia dos entes municipais no ABC de solucionar a crise da assistncia hospitalar no limite restrito da gesto de cada municpio, tm-se observado algumas iniciativas na Regio que procuram trazer a questo para o escopo de um projeto de articulao regional.
  • Slide 3
  • A REGIO METROPOLITANA DE SO PAULO
  • Slide 4
  • Os Municpios da Regio Metropolitana de So Paulo
  • Slide 5
  • 1989: Frente de Prefeitos do ABC vai at o Governo Estadual e Federal para discutir a questo da falta de leitos para internao no ABC e pedir a retomada das obras do Hospital Regional de Clnicas; A CRISE DA ASSISTNCIA HOSPITALAR NO ABC 1988: incio do processo de descredenciamento dos hospitais privados junto ao INAMPS aparecem os primeiros reflexos disso;
  • Slide 6
  • Slide 7
  • 1990: municipalizao da sade A lgica municipal de enfrentamento da questo hospitalar na regio do ABC A CRISE EM FOCO
  • Slide 8
  • ......Os municpios do ABC enfrentaram a complexidade da assistncia sade Santo Andr ampliou e adequou as instalaes do seu antigo Hospital Municipal, implantou o PID e diversificou as especialidades de internao hospitalar;
  • Slide 9
  • So Bernardo do Campo reabriu o HE da FUABC, passando a mant-lo em co-gesto com a Fundao, alm de ter construdo uma nova unidade hospitalar, com cerca de 100 leitos; Hospital de Ensino Hospital Municipal Universitrio
  • Slide 10
  • Mau apesar das dificuldades que enfrenta para a manuteno dos cerca de 200 leitos instalados no municpio, reformou e adequou as instalaes da sua unidade hospitalar - o Hospital Nardini
  • Slide 11
  • Diadema passou a contar com trs hospitais, com a incorporao recente da terceira unidade, o Hospital Serraria sob a gesto estadual na forma de Organizao Social; Hospital Infantil Hospital Serraria Hospital Pblico Municipal
  • Slide 12
  • Ribeiro Pires inaugurou em 2001 a sua maternidade pblica, pretendendo ampliar a internao s demais especialidades; So Caetano do Sul est em processo de recuperao de uma estrutura hospitalar praticamente desativada Rio Grande da Serra apesar dos esforos para a construo de uma Unidade Mista, no conseguiu viabiliza-la at o presente momento.
  • Slide 13
  • Slide 14
  • 1990 1999: avanos importantes na gesto da sade em todos os municpios do ABC. O SUS no ABC
  • Slide 15
  • Municpios da Regio do Grande ABC segundo populao e condio de gesto, em 2001. GESTO PLENA DO SISTEMA GESTO PLENA DA ATENO BSICA Fonte: DATASUS
  • Slide 16
  • o Melhorou, mas melhorou desigualmente; o Dificultou o acesso para determinadas especialidades o Aumentou a tenso entre as esferas de governo horizontal e vertical o Ausncia de um planejamento adequado para a regio e por conseqncia uma dificuldade de gerenciamento das unidades hospitalares SE MELHOROU, ONDE ESTO OS PROBLEMAS PERCEBIDOS ??
  • Slide 17
  • ASPECTOS QUE INTERFEREM NA LGICA MUNICIPAL DE CONDUO DA PROBLEMTICA
  • Slide 18
  • Os aspectos polticos e scio-culturais da organizao territorial TERRITRIO SEM FRONTEIRAS
  • Slide 19
  • A DINMICA DE UTILIZAO DOS SERVIOS
  • Slide 20
  • O elevado grau de autonomia das unidades de governo no ABC
  • Slide 21
  • O padro autrquico de gesto e de soluo dos problemas;
  • Slide 22
  • As desigualdades entre os municpios do ABC
  • Slide 23
  • Slide 24
  • Receita Prpria e Despesa Total na Sade por habitante e % de Gasto Total na Sade na Receita Total dos Municpios da Regio do Grande ABC, em 2001 Fonte: SIOPS (*) Ribeiro Pires sem informao
  • Slide 25
  • AS DISTINTAS CAPACIDADES DE OFERTA DE SERVIOS DE SADE
  • Slide 26
  • A fragilidade dos mecanismos de cooperao e coordenao, tanto horizontal, como vertical entre as esferas de governo;
  • Slide 27
  • CIR Comisso Intergestores de Sade Comisso formada pelos gestores municipais e estadual, no mbito das regies do Estado de So Paulo, operacionalizao das diretrizes do SUS, entre elas na Regio do ABC.
  • Slide 28
  • O ENFOQUE REGIONAL NO ABC
  • Slide 29
  • CONSRCIO INTERMUNICIPAL 7 Prefeituras CMARA DO GRANDE ABC Gov. do Estado Consrcio Frum Entidades Empresariais Parlamentares FRUM DE CIDADANIA Entidades da Sociedade Civil AGNCIA DE DESENVOLVIMENTO A SADE NO ARCABOUO INSTITUCIONAL DA REGIO Grupos de Trabalho
  • Slide 30
  • Concluso do Hospital Serraria, como hospital de carter regional (complementar a rede existente); Definio da Gesto e Financiamento do Hospital Nardini / Mau; Retomada e concluso das obras do Hospital Regional de Clnicas, mantendo o seu carter regional; Ampliar leitos em maternidade para partos de baixo risco; Instalao de oficina regional manuteno de equipamentos mdico- hospitalares; Ampliao e fortalecimento da rede pr-hospitalar (sistema de resgate), promovendo a integrao dos servios de resgate existentes; Criao de hemocentro regional; (1999) AGENDA REGIONAL PARA A ASSISTNCIA HOSPITALAR
  • Slide 31
  • A concretizao da Agenda para a Sade Trmino do Hospital Serraria sob gesto estadual 2001 Concluso das obras do Hospital Regional de Clnicas - 2002 Demais itens em processo de negociao Hospital Regional Hospital Serraria
  • Slide 32
  • Os problemas que tm interferido no acompanhamento e conduo das estratgias regionais melhoria da assistncia sade no ABC. Ausncia de incentivos financeiros e de estrutura mobilizao das propostas regionais planejamento execuo => voluntarismo dos agentes envolvidos com a questo; Competio eleitoral; Ausncia de uma poltica para as reas metropolitanas; A competitividade na regio por diversos interesses; Conflito entre as instncias do SUS (CIR) e a Cmara Regional
  • Slide 33
  • Os espaos de negociao regional Procura estabelecer e atualizar uma agenda de prioridades ao desenvolvimento econmico e social do ABC. Constitui, portanto, uma mesa de negociao e busca viabilizar as suas propostas atravs de consenso; Restrita aos assuntos da sade que deve pactuar e operacionalizar as propostas no mbito do SUS; Cmara Regional CIR Trata das questes regionais nas diferentes reas sociais e econmicas Trata de questes municipais e regionais da sade Envolve diversos atores da regio Envolve apenas o setor governamental especfico da sade
  • Slide 34
  • At 1999 Lgica municipal: se por um lado individualiza a problemtica da questo hospitalar no mbito de cada municpio, por outro demonstra o compromisso da gesto municipal para com a sade. A partir de 1999 Lgica regional: traz a problemtica para o conjunto dos problemas a serem enfrentados pela regio. A questo da assistncia hospitalar deixa de ser encarada apenas como de responsabilidade da gesto municipal, mas sobretudo da regio, a ser assumida pelas suas instncias regionais.
  • Slide 35
  • Propiciar o encontro das lgicas municipal e regional melhoria da qualidade e da eqidade no acesso assistncia hospitalar na Regio do Grande ABC OBJETIVO GERAL
  • Slide 36
  • OBJETIVOS ESPECFICOS ACADMICO Analisar o processo de articulao regional nas questes pertinentes sade; TCNICO Realizar um diagnstico da situao da assistncia hospitalar na Regio do Grande ABC, atravs de indicadores e fontes de informao existentes; POLTICO Estimular a reflexo, o debate e a negociao dos interesses quanto assistncia hospitalar no ABC, bem como subsidiar o debate entre os demais segmentos sociais da Regio do Grande ABC.
  • Slide 37
  • METODOLOGIA 1) Realizao de oficinas de capacitao e sensibilizao dos profissionais da rea de informao em sade sobre anlise de dados e indicadores gesto regional da ateno mdico-hospitalar e de urgncia; 2) Realizao de um diagnstico preliminar sobre as condies da assistncia hospitalar no ABC; 3) Realizao de Encontro Regional: possibilidades e limites ateno regional da assistncia hospitalar na Regio do ABC.
  • Slide 38
  • OFICINAS DE SENSIBILIZAO E CAPACITAO
  • Slide 39
  • AS OFICINAS Qualificao e democratizao da discusso sobre a poltica de assistncia hospitalar para o ABC, passando a influenciar na conduo da NOAS e nos fruns internos da FMABC, quanto sua participao no Hospital Regional de Clnicas; Identificou a indefinio das responsabilidades pela informao e o planejamento de mbito regional; Mostrou a necessidade de sensibilizao dos representantes dos municpios e demais tcnicos para a importncia da informao na qualificao da gesto. As oficinas propiciaram um avano nesse sentido, mas foram insuficientes para a plena capacitao tcnica dos profissionais que atuam neste setor;
  • Slide 40
  • O GRUPO DE DISCUSSO [email protected]
  • Slide 41
  • Grupo de discusso [email protected] contou com 35 membros e fluxo de 49 [email protected] um recurso poderoso que poder ser mais bem utilizado.
  • Slide 42
  • DIAGNSTICO DA SITUAO HOSPITALAR NO ABC
  • Slide 43
  • Slide 44
  • Slide 45
  • Slide 46
  • Porcentagem de internaes por causas evitveis na DIR II Fonte: SIH 2000 e arquivo do GTNAC da SES
  • Slide 47
  • Slide 48
  • DIAGNSTICO PRELIMINAR N de internaes por 100 habitantes/ano baixo, quando comparados a mdia do Estado de So Paulo e parmetro do MS. 3,82% na Regio do ABC 5,56% no Estado de So Paulo 8% parmetro do Ministrio da Sade. A Atendimento de residentes de munic pios de fora do ABC de 6,4%; a evaso de 18%; Elevado nmero de internaes que poderiam ser evitadas; Grande quantidade de internaes em salas de observao; Falta de sintonia entre os gestores e diretores dos hospitais pblicos para a organizao do setor.
  • Slide 49
  • Bancos de informao alimentados precariamente, distorcendo a realidade existente; Gestores/equipes municipais pouco qualificadas no manuseio e manuteno das informaes necessrias. Precariedade dos registros; ausncia de um fluxo adequado coleta, Aspectos que no so contemplados pelos sistemas de informao do SUS importantes ao planejamento regional da sade; O Sistema de informao disponvel contempla as necessidades de anlise para o mbito nacional, mas no para o mbito loco-regional; Problemas identificados para a realizao do diagnstico
  • Slide 50
  • O FRUM REGIONAL
  • Slide 51
  • PROPOSTAS E ENCAMINHAMENTOS Fortalecimento da rede bsica de sade; Criao de um Conselho Regional de Sade, contando com o apoio de uma Cmara Tcnica; Maior investimento em uma adequada poltica de medicamentos; Humanizao do atendimento hospitalar; Investir em capacitao e valorizao dos profissionais de sade; Observatrio sistemtico das unidades hospitalares; Garantia de funcionamento de conselhos gestores nos hospitais; Aplicao de recursos estaduais nos hospitais pblicos; Participao ativa da Cmara Regional do Grande ABC e da CIR s questes regionais de sade; Inserir as aes de melhoria do atendimento hospitalar no ABC no contexto da Regio Metropolitana de So Paulo.
  • Slide 52
  • O carter regional da assistncia hospitalar uma modalidade assistencial que incorpora grande densidade tecnolgica. Em termos racionais, precisa ser pensada no somente no mbito municipal, mas a partir de distintos espaos territoriais e acordos interorganizacionais, que a viabilize.
  • Slide 53
  • REGIONALIZAO Deve ser entendida, tambm, como uma construo local, a partir dos resultados da interao dos agentes polticos, tcnicos e sociais na vida cotidiana dos territrios que compe uma regio.
  • Slide 54
  • OS ASPECTOS INOVADORES DA PROPOSTA APONTARAM PARA: O fortalecimento da conscincia regional ao aprendizado regional , j fomentado na Regio do ABC; O envolvimento do governo estadual e de outros setores da sociedade; A importncia da criao de redes e de aes cooperadas;...a existncia de uma quantidade maior de atores, por um lado torna mais complexo um processo de cooperao porque exige acordos envolvendo atores muito diferenciados. Porm o fato de os atores serem muito diferenciados ajuda a mitigar os interesses. No ABC, o maior conflito de uma ao regional o conflito entre os diferentes municpios... Celso Augusto Daniel