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AGROECOLOGIA vida digna no campo

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AGROECOLOGIAvida digna no campo

Toma,Duda!

Está bonitaesta goiaba,

né?

Tá sim!

ALTO AÍ,PESSOAL!

ESSAGOIABA NÃO ÉPARA COMER.

É PRAVENDER!

É quenestas frutas

eu usoagrotóxicos!

Quehistória

é esta, seuBenedito?

Ué,compadre! Mas

isso não podeprejudicar os

clientes?

Maseles nemsabem

de nada!

Estão bemlonge!

Mas, seuBenedito, osconsumidoressão nossosparceiros!

O que nãoserve pra gentenão pode servir

pra eles!

Temos quecuidar da saúdee dar exemplo derespeito ao meioambiente, como

defende aagroecologia.

Agro...O quê?

Qualidade de vida

Uso

resp

onsá

vel Integ

ração

Agroecologiaé uma ciência que estuda

a melhor forma de integrara agricultura, o homem e

o meio ambiente.

Terra de roçatem que ser igualà terra de mata, ou

seja, bem viva e cheiade nutrientes!

Graçasàs mudanças napropriedade, o

papai é exemplo deprodutor

agroecológico!

Há, há, há!Isso mesmo,

filhinha!

Chegando lá... Toninho,não quero te

enganarnão...

E aí, seuBenedito?

Bonito,não é?

O pessoalnão tá capinando isto

direito não!

...Mas issotá cheio de

mato!E quem

disse que épra capinar?

A idéia daagroecologia é fazer

com que a plantação nãoestrague anatureza!

...Comoassim?

Ah, é?Então vamos

lá na sua propriedadever o que ela tem de

tão especial!

Comprazer, seuBenedito!

AGROECOLOGIAvida digna no campo

Aumento da vida

Quantidade e qualidadeda vida consolidada

Pragas/doenças

BiomassaComplexidadeEstabilidade

Solo protegido BiomassaComplexidadeDiversidadeEstabilidade

Com a mata,o solo está

sempre protegidopela vegetaçãorasteira e pelas

árvores.

Assim, osol e a chuva

não batem diretoNa terra!

Biomassa

Água dachuva

“Vamos comparar uma plantação consorciada com ÁRVORES com uma lavouracomum, baseada na monocultura. Na plantação consorciada, A diversidade deárvores e de plantas faz com que haja uma Fauna variada. Assim os animais

encontram alimentos e abrigo e não precisam atacar a platanção. Além disso,transportam sementes e pólen, ajudando na reprodução das plantas e

no equilíbrio da natureza. E é isto que precisamos fazer com as nossas terras!”

A água batenas folhas e escorre

pelos troncos, perdendoa força e chegando de

mansinho na terra,onde infiltra, mantendo

o solo fértil.

Na mata, a terraé composta por

uma massa viva (biomassa)formada há milhares de

anos, que é rica embichinhos que vemos

e outros que nãoenxergamos.

Aí cada vezmais terá que

usar estes produtos,prejudicando a terra,as plantações, o meioambiente, a sua saúde,a da sua família e a detodos que comeremos produtos que o

senhor vender.

AGORA Imaginaas suas terras sem

árvores para servirem dequebra-vento e de guarda-

chuva, sem o mato e as folhascaindo no solo para

adubá-lo e sem os animaispara ajudar a evitar

as pragas!

O senhortambém terá que

usar adubos químicose agrotóxicos para

garantir a plantação eisto vai matando aqueles

bichinhos que tornamo solo fértil. É preciso

mudar isto!

O senhor vaiacabar precisando

de gastar dinheiro comirrigação, porque a terra

vai secando e ficandoseca e fraca.

Sem biomassaEmpobrecidoInstabilidade

Solo exposto

(*) Veja aS receitaS na última página.

É um adubo feitona propriedade

com os restos deculturas e esterco

Além destescuidados com a

terra, é importantegarantir o sustentoda família e até umdinheiro extracom a criaçãode animais.

Daíproduzimoscarne, ovos

e leite.

O senhorpode usar o

inseticida natural(*).

E as doenças,como você faz semagrotóxico paraproteger asplantações?

Troncos debananeira

esterco

palha demilho

café

restos deverduras e de

legumes

Mas dámuito trabalho

fazer isso e aindasai mais caro!

É, seu Benedito!Mas tudo do compostoiria para o lixo e a gente

usa de volta,paraenriquecer a terra. E

ainda obiofertilizante (*)

agente faz

!

para ficar maisfácil, a genteprepara O

COMPOSTO E OBIOFERTILIZANTEcom os vizinhos,

usando aenxada rotativa

Achodifícil que omato possaafastarpragas!

ajuda,mas Não ésó isto!

Também temosque fortalecer asplantações paraelas resistiremàs doenças.

Mudar como,Toninho?

As pragasvão atacar meu

café se eu não usaragrotóxico!

Assim elesficam longe dasplantações enão virampragas.

E, além disto,este matinhoprotege osolo.

Bem, umaalternativa énão capinar, sóroçar, porque omato alimenta os

bichinhos.

É assimmesmo!

É difíciluma gripe me

derrubar porqueeu como muito

bem!

Eeu nãosei?

Aqui agente faz assim: usaadubação verde,

plantandofeijão-de-porco, lablab, mucuna anãou guandu.

E,além disto,

a gente preparao compostoorgânico.

Mascomo se faz

isso?

Quando nosalimentamos bem,o nosso corpo

fica mais preparadopara evitar asdoenças.

Porém, quando aparecemmuitos, eu aplico produtos

alternativos, comoo nim indiano (*).

Nossa,Toninho!

Isso parecefuncionar mesmo!

Olha como as folhasestão verdes, sem

ferrugem!

Legal!

Mas oque tem ovento a vercom isso?

“Você não estáde todo errado,seu Benedito!”

“O Sol é um agravante,mas o que resseca asfolhas é o vento.”

“Já reparou comoas roupas secammesmo na sombra?”

E aqui ainda criamos asgalinhas soltas nocafezal para ajudar

a melhoraro solo.

E nem precisamoscomprar ração para elas,que comem as minhocas e

outros bichinhosna terra!

E as galinhase o gado ajudam agente a produzir

esterco!

Daí não épreciso comprarquase nada para

preparar ocomposto.

Também plantamosvários quebra-ventos que

formam barreiras para diminuiros efeitos dos ventos nas

plantações e no solo.

Pramim, o Sol é

que é oproblema!

“Quanto às pragas, comoos carrapatos, a próprianatureza se encarregade controlar.”

(*) veja a receita na última página

É, tudo bem! masO que devo fazer para

tornar a minhapropriedade

agroecológica?

*A utilização exclusiva do composto orgânico, por exemplo, só deve ser feita após a análise do solo .”

É umprocesso

que deve serfeito aos

poucos, mascompensa.*

“Conforme foraprendendo, vaiaumentando aárea beneficiada .”

E a propriedadeque ainda não

produz estercosuficiente como

a minha?

Podecomprar ou

trocar com osvizinhos!

Eu mesmotroco esterco por

milho com o João, umvizinho que está começando

a criar gado e galinha.

“Como a sua terra está acostumada com agrotóxicos e adubos químicos,inicie com algumas carreiras de café, canteiros de verduras, pés degoiaba, etc.”

“É importante a família ter a consciência de que amudança deve ser passo a passo e com todo mundoobservando como a terra e as plantações reagem.”

6 Remexer com um pedaço de madeira ou bambu de 2 em 2 dias

Modo de usar:O biofertilizante pode ser utilizado para

diversas culturas, sendo que, na horta, ele é usado, principalmente, de forma preven-tiva. Deve ser usado pelo menos de 15 em 15 dias pulverizado sobre a cultura na pro-porção de 1 litro de biofertilizante para 19 litros de água, ou seja, 5%.

Pode ser utilizado diretamente no can-teiro com um regador sem crivo na pro-porção de 5 litros de biofertilizante para 15 litros de água.Importante: não usar pulverizador que tenha sido utilizado anteriormente com agrotóxicos

INSETICIDA

Para controle de cochonilhas, pulgões, lagartas

Ingredientes:• 100 gramas de fumo de rolo / 100 gra-

mas de pimenta malagueta / 100 gramas de alho / 100 gramas de sabão em bar-ra neutro / 1 litro de álcool

Modo de preparo:1 Picar o fumo2 Amassar as pimentas3 Amassar os dentes de alho4 Colocar todos os ingredientes dentro

do litro de álcool5 Deixar o litro de álcool descansar em

local escuro dentro por uma semana6 Para aplicar, derreter o sabão em barra

em uma vasilha de água quente e pôr o sabão derretido dentro do pulverizador

7 Coar a mistura e colocá-la dentro do pulverizador

8 Completar o volume com 19 litros de água

Aplicar nas horas mais amenas do dia

Importante: esse inseticida age no contato com os insetos, sendo fundamental aplicar sobre os insetos que estão causando prejuízo à cultura

Composto orgânico

Material não picado irrigado com bananeira

Ingredientes:• Restos de culturas (palhas, poda de

grama, folhas, cascas, etc) / Capim na-pier, Capim Elefante (Pennisetum pur-pureum) / Troncos de bananeiras (Musa paradisíaca)

Modo de preparo:1 Fazer camadas alternadas de capim na-

pier/restos de culturas e de esterco e tron-cos de bananeiras, até a altura de 1m2

2 Fazer a pilha com até 2 m de largura3 Colocar o capim napier sem triturar em

camadas de 15 a 20 cm4 Acrescentar a proporção de esterco de

5% a 15% do volume do composto5 Cortar os troncos de bananeiras ao meio

no sentido do seu comprimento6 Cobrir a última camada do composto

com capim para evitar a perda de umi-dade das bananeiras

7 Triturar o composto com enxada rotati-va (trator) ou com enxada manualmen-te após 60 dias

8 Após ser triturado amontoar o compos-to novamente

9 O composto ficará pronto com aproxi-madamente 150 dias

ADUBOS VERDES

Espécies: Os adubos verdes mais utilizados são:• Feijão-de-porco ( Canavalia sp)• Feijão Guandu (Cajanus cajan)• Crotalária( Crotalaria juncea)• Lab-Lab (Dolichos lablab)• Tefrósia (Tefrósia candida)• Mucunas (Mucuna sp)

Espaçamento:• No caso do feijão-de-porco, devem ser

plantados, a cada 50 cm de distância da planta cultivada (cultura) e 20 cm entre fi-leiras e 20 cm entre plantas de feijão-de-porco. Colocar 2 a 3 sementes por cova

• No caso de feijão-guandu, devem ser plantados a 1 metro de distância da cultu-ra e deve ser plantada entre fileiras a cada 20cm entre plantas e 20cm entre fileiras.

Colocar 2 a 3 sementes por cova

Receita de nim indiano (Azadiractha indica)

Para controle de moscas e carrapatos no gado e insetos nas lavouras

Ingredientes:• 50 litros de folhas verdes e frutos verdes

/ 30 litros de água sem cloro / 5 litros de leite ou 20 litros de soro de leite sem sal / uma bombona plástica com tampa, de

100 a 110 litros ou maior dependendo da disponibilidade

Modo de preparo:1 Esmagar todas as frutas verdes2 Retirar todas as folhas dos galhos e

amassar 3 Colocar as frutas esmagadas e as fo-

lhas no fundo da bombona plástica4 Pôr o soro de leite sobre as folhas5 Completar o restante da bombona com

água6 Tampar e deixar descansar por 5 a 10

dias dependendo da temperatura diá-ria. Mais quente descansa menos, mais frio descansa mais.Após a fermentação, a substância

será um liquido verde-escuro, com chei-ro forte.

Modo de aplicar:

1. Nos animais:Diluir 1 litro de calda para 1 litro de água e molhar bem os animais

2. Nas instalações: Aplicar a calda pura em toda a área princi-palmente no piso e no local onde se acu-mulam fezes (no caso de ripado e calçada de curral e envolta de cochos de sal)

3. Nas culturas agrícolasUtilizar a calda diluída de 1 litro para 4 de água. Pulverizar toda a planta, no início uma vez por semana, até o controle. Depois para manutenção de 15 em 15 dias.Usar o resto do material vegetal que sobrar do preparo para composto orgânico.

“Com a ajudados vizinhos edos técnicos...”

“Teremoscondições demelhorar a nossapropriedade,fortalecer asplantações econservar anatureza.”

... E podemosoferecer produtos

mais saudáveis para osconsumidores.

pois São elesque mantêm o

homem nocampo!

É verdade,Toninho!

Sereiagroecológico

daqui prafrente!

E omelhor...

posso comersem risco!

Hmmm...que fruta

bonita!

Fim

a gente faz parte daassociação, troca experiência

e todo mundo se ajuda.

BIOFERTILIZANTE CASEIRO

Solução prática e barata para proteger as plantas e melhorar o solo das hortas orgânicas

BIO – significa vida Fertilizante – significa adubo

Ingredientes:• 5 litros de leite cru ou 10 litros de soro de

leite sem sal / 3 quilos de açúcar mas-cavo ou rapadura / 50 quilos de ester-co fresco de curral (pastagem que não

foi utilizado HERBICIDA) / 20 quilos de folhas verde diversas (folhas de árvo-res, de mato, restos de culturas, restos de cozinha) / 5 quilos de cinza de fogão ou “muinha” de carvão / Isca produzida na propriedade

Modo de preparo:1 Em uma bombona plástica (tambor) de

240 litros colocar: • Folhas verdes / esterco fresco / água

sem cloro até a metade / leite / açú-car mascavo / cinza de fogão ou car-vão / isca

2 Completar com água até 10 cm da boca da bombona (tambor)

3 Proteger a boca da bombona com tela plástica para evitar moscas e outros in-setos

4 Deixar fermentar por aproximadamente 15 dias no verão e 30 dias no inverno

5 Deixar a bombona na sombra

Rece i tas

IncaperSérie Meio Ambiente 03

ISSN 1519-20591A EDIÇÃO

Tiragem: 10.000julho de 2007

Equipe técnicaMaria da Penha Padovan

Natasha SodréHans Christian Schmidt

Paulo radaik

Projeto gráfico, roteiro, texto, ilustrações e arte-finalização ás Comunicação Ltda / 27 3347.0163 - 3347.2499 - [email protected]

IncaperInstituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural

Projeto DLS-ES - Programa Nordeste-GTZ/Componente Combate à Desertificação-ESRua Afonso Sarlo, 160, Bento Ferreira, Vitória, ES CEP: 29.052-010 Caixa Postal: 391

Fone (27): 3137-9849 [email protected] www.incaper.es.gov.br