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A 55 / S N 1 .
O O 3 1 i3 MAI80 . L r
A C E • PRESIDe CIA DA REPUBLICA
SERVIÇO NACIONAL Ir:FORMAÇÕES
AGENC A DE SÃO PAULO
INFORME N°
DATA: 30 AEIR 80
015 / 750 /ASP/ 80
ASSUNTO: Assassinato de CHARLES RODNEY CHANDLER
REFERÉNciA:RelitOrio do Inquerite Policial n° 19/69
ORIGEM: Dei. Especializada de Ordem Politica - DEOPS/S
AVALIAÇÃO: A.1
DIFUSÃO ANTERIOR:
DIFUSÃO: Arquivo
ANEXOS: Autos de Qualificaçao e InterroctOrio e Encaminhamento nç 424/969/A5áNI.
RelatOrio do Inquérito Policial instaurado pela Dele-
gacia Especializada de Ordem Política do DEOPS/SP, para apurar os
3tos terroristas que culminaram com o assassinato do Cap. CHARLES
RODNEY CHANDLER, do Fxgrcito norte-americano, no dia 12 OUT 68, em
Sao Paulo, Apos o proo.edimento legal do caso, foram os indiciados
enquadrados na LSN, bem como esclarecidos os delitos da ALA MARI-
GEELLA e da VANGUARDA POPULAR REVU!.UCIONtl'IlIA - VPR,
aram vasto pino terrorista consubstanciado através
automOveis, roubo de explosivos, assaltos a bancos,
edifícios e assassinatos.
que desencade
de roubos de
explosgo em
• ;
t ir= 1 ;1
SECRETARIA DA SEGURANÇA PUBLICA
DEPARTAMENTO ESTADUAL DE ORDEM POLTTICA E SOCIAL
8221 DELEGACIA ESPECIALIZADA DE ORDEM POL/TICA SOEZ 1E-',5
INQU RITO POLICIAL NQ 19/69
Indiciados: Carlos Marighella e outros
Vitima: Cap. Charles Rodney Chandler
RELATORIO
Sn PAULO, NOVEMBRO-1969
Pls. 1
DELEGACIA ESPECIALIZADA DE ORDEM POLITICA
a QUALIFICAÇÃO DOS INDICIADOS =
a, 1 - CARLOS MARIGHELLA, de nacionalidaàe
brasileira, nascido a 05.12.1911. 1 em Salvador, estado da Bahia, filho de Augusto Marighella e de Dna: Ma-ria Rita Marighella, de cer branca, DCM profissão, sem residNicia fixa, vulgo "Menezes"; casado;
2 - DIOGENES JOS11 CAT?VAIE0 pn oe nacionalid=rasileira,amasci-do a 15.11.1942 em Julio de Castilho T..stado do Rio Grande do Sul, filha de José Cendido de Oliveira e de Noemia Carvallco de Oliveira, de cr branca, soltairo, desempregado, re-sidente h Rua Major Diogo n. 478 - Apto. 9, S.Paulo, vulgo "Laiz";
3 - DULCE DE SOUZA, de nacionalidade - -Y-i-USTI-Frra7-11aseida a 22.U.1938,em S.Paulo, SP, filha de Penediica Car-los de Souza e de -JalceMaia de Souz zaL de cor branca, sorJeiral rela • çoes públicas, residente h Rua Joa- quim Nabuca n..2.118 em S.Paulo, SP vulgo "Judite";
4 - JOÃO CARLOS KFOURI QUARTIM DE MORAES de nacioaalidade brasileira, nascida -em S.Paulo, filho de Nedy Quartim de Moraes e de Lygia Kfouri Quartim de Moraes, com 28 anos de idade, de cer branca, desquitado, residente em lu-gar ignorado, vulgo "Manoel";
5 - JOÃO LEONARDO DA SILVA ROCHA, de na- cionalidade braal.Lalra, nascido a 04.08.1939 em Salvador, Estado da - Bahia, filho de Mário Rocha e de Ma-ria Anatalia da Silva Rocha, de cor branca, soltairo, professor, residen te à Rua Fortunato n. 291 - 22 aadái: Apto. 201 em S.Puulo, SP, vulgo "Saul"
\"6 - LADISLAS DOWBOR, de nacionalidade fran aesa, natural de Baniuls, França, fl-
110 de Ladislas Dowbor e de Sofia Le- nartevicz, com 28 anos de idade, áe cor branca, solteiro, tradutor, resi-dencia ignorada, vulgo "Nelson"
7 - 11ANWLINA DE BARFOS, de nacionalidade brasflaira, nasclaa a 30.01.1931, em Carandai, -itado de Minas Gerais, fi-lha de Geraldo de :Itarros e de Maria de Barros, de cor parda, solteira, profes
robidonte.h rortunato ,.. 291; 2Q andar - Apto. n. 201, em São Paulo, Capital, vulgo "Manon";
=segue às fls. 2
\
Pis. 2
8 - 0110:4:RE PIN"ffi l de naeionalidade brasileira, nascido a 26-.01.1937 um Jacupiranga, Esta-do de São Paulo, filho de Julio do 3:osario e Ge Maria Pinto do Rosário, de Ar parda casado, ex-sargento do Exéreio, residente h Rua Palmiva:" n. 23, em S.Paulo, SP, vul- go "August"; è
O - PEDRO LOr0 DE ()LIMPA, de nacionalidade - brasileira, nascido a 28.07.1929 em Nativi dada el Serra, "2stado de São Paulo, filhU de Josó Loo le Oliveira e de Maria Fran - cisar., de cr branca, casado, motorista preflional, residente t Rua da Margarida n. 85 em S.raulo, Capital, vulgo "Getulio";
10 COM E= ;AO DE SUN. PUNIBILIDADE, DE ACORDO COM. O D1:.:?0STO NO ARTIGO 1O3 :INCISO I DO CÓDIGO TAL,
ARCOS KNTONIO BRAZ DE CARVALHO, de nacio-fialidadO- basllernaseide a 05/01/1939, am Angra dos Reis, 'rstaGo do Rio de Jauoiro filho de José Carvalho Pilho e de Anna Eraz de Carvalho, de cer branca, solteiro, sem .erofissão definida, falecido, vulgo "Ma.' - quito".
ENMO. Sr. Dr. Juiz Auditor da Justiça Militar Capital
= RAIZES DO CRIME
Apás a definição Ideol6gica de Fidel Castre - ,
se declaraad, Marxista-Lcninista, naturalmente Cuba atrelcu
se c gravita em situação secundária como satélite da Russia.
Como essa tragédia teve repercursão política internacional ,
Moscou determinou aos comunistas de todo o mundo que reali—
zassem congressos e manifestaço-ela pablicea em solidariedade
a Cuba. Em São Paulo, a ardem foi cumprida, uma vez que em 25 de março de 1963, através do Partido Comunista Brasileiro
na ilegalidade, em reunipes e pelos orgãos de divulgação,deu
a almejada solidariedade. Agradecendo o apoio nepontaneon ,
no dia 12 de janeiro de 1966, em Havana, inicia-se a Confe--
rencia Tricoatinental de Solidariedade dos Povos e, ao ensejo
de seu encerramerato lança manifesto conclamando a auto-deter-
minação doa povos e prega a luta armada. Mas a pedra de toque
desse manifesto com referencia à América Latina, onde promete desencadear violenta luta atravéz das guerrilhas e guerras re
'olucionárias subversivas, cria al4o o coflito intermvisando
a conquista do poder pelo contrôle progressivo da Nação. Den-
tro desse conceito estão os movimentos de terrorismo, sabota-
gem e subversão nas zonas urbanas e rurais, nos paizes da Amé
rica Latina. ,,Segue hs fls. 3 =
Fls.
No dia 11.08.1966, ainda em Favann, num Congresso
de :',studantes, cria-tio.a,Organização Continental Latir.o-America-na de Totudantes 0.C.L.A.E. - destinada a 1/remover e desenvol- ver a se lidariedade latino-americana dos estudantes no cc.mbate
ao imperialismo. No manifesto de encerramento, tornou-se pãblica
a solene afirmação: " Sendo a luta armada a m:pressão mais elevada da luta revolucionária, "O.C.L.A.E. apoiará sem re-- servas as lutas armadas que se tenham lugar na
Anrica Latina." Prosseguindo, o documunto esclarece'
/ " E:dstem eondiços favoraveis para o desenvolvi- mento da luta c da ação armada das masvas latino-americanas dirigidas por sua vanguarda reveluJio-
nária e haverá a explosão das guerrilhas urbanas e rurais e que a tarefa fundamental 6 fazer a re-
volução."
E a proclamação termina lançando um dramático ap8
10 h estreita unidade dos estudantes com os operários e campou8-
ses. Agora, com e seu .)rograma definido, os dirigentes
comunistas desde a instalação do regime em Cuba, tomaram três de-
cisoes de suma importância: 1Q) - Assegura) a estabilidade do regime;
22) - Expandir atravs da luta armada o comunismo, com o objetivo da tomada do poder nas Peptiblicas Latino-America-
nas e, 39) - Organizar 02 Cuba, escola guerrilheira, para
preparar os futuros guerrilheiros, que nos seus pulses desanca - dtiem o movimento que os levará.ao poder.
Em conseltineia, milhares de jovens latino-ameri-canos acudiram à Cuba, levados pela propaganda ou por suas convic
çoe's ideo16gicas para °ober nessas escolas, da fonte de verdade
mar:jsta-leninista implantada CA solo americano. Muitos, na ver-
dade, acorreram levados woenas gelo romantismo juvenil, encana.dos nela intçli:;ente propw:anda elaborada Por tcnieos na mat6ric.. Mas, lorjo se decepcionaram e os quw: n,10 conseguiram rc-tornar a seus paises, acabaram nos paredos ou nas marmorras.
Outros, já doutrinados, passaram a freqUentar os cursos d capacitação marxista e os campos de treinameatos dc
guerrilheiros sob a ori,ntação do esnecialistas internacionais
= Segue fls. -1- =
• A Fls. 4
aprendendo cm teoria e na prática, as "ciencias" do terrerismc.
sabotw;em e subversão compiladas por Che" Guevara em seu manu-
al "A Guerra de Guerrilhas". Calcula-se que desde 1959 ató a
presente data, mais de 40 mil jovens latino-americanos cursaram
as escolas cubanas r após se graduarem retiraram paro seus paises
onde se filiaram aos mais diversos movimentos subversivos disse-
minados pelo Continente Americano sob diversas si.glas, mas com o
precipuo objetivo de promover a tomada do pader pela luta armada. Ungidos com o caracter "internacional" de tôdas as gamas°. os mo..ti
vos do maxxismo-leninismo, os jovens despojam-se desde o inicio
de eualquer ' atiwnto Ce patriotismo, incultando-lhes o amor e
a lealdade a um único pais, a "Pátria do Comunismo Internacional".
Não s'" patrícios apenas camaradas, os nomes são
substituidos por psw,- IOnimos e as tradiçoes histórcas, cívicas c
religiosas de seus paises. banidas. PreT)arados, fo.nam crupos que se rennem em "aparelhos" onde pesquisam, piar !iam e exc-utam os
mais arrojados atos e aços. Tedas as pessevs -1e tal,:atus in ele
ctuaiS eu artesanais são anroveitados para se:,"vi. '.1 causa comum.
A infiltração e a camuflagem em organizaçoes demoerática4, nas
Universidades, secundários, profissionais, na. Igrejas (I-. tódas
as eonfissoes religiosas, na literatura, pintusa, másica, teatro
e esporte, de leaf,a data se transformaram em frente do Partici( .
A nedra de toque das últimas monsacens tem sido a rebelião so-
cial de nossa rociedade que alegam apodrecida, retrógads, que
precisa mudar, çue tem que mudar no sentido de uma nova justiça
social. A Cuba de hoje se transformou atrav62 dessas escoas de
doutrinação e campos dç juerrilhas, num centro de subversão para
o Onntinente Ar=icano.
Não há um movimento subversivo em qualquer país da
Amórica Latina lue Cuba não cste3a presente, organizandó ou insti
gando os seus agentes ou com filhos renegados do próprio iy_tis ,
participando de açoes sebretudo fraticidan. Os dirig,ntes cubanos
sustentam a tese de que 6 necessário c iar nevos fócos de guerri
lhas na Amrica Latim, e criticam os, als)s r-;volucionán:es que i- atrasam constantemente o movimento das guarriihas pois, afirmam
que "troa ou quatro Vietnãs acslerar::rm á lula inertadora dos
povos latino americanos." Tanto (; Nu,rdado que nestes dez anos não
cessam do se acumular as Provas stbre a intromissão de Cata nos
assuntos internos dos paises latino-umerleanss, visando impôr sua
filosofia política por interm61io das lutas armaâas, sabotagens,
terrorismo, sequestros, saques e outras açoes de guerra re111 -
cionária.:
.--_egue fls. 5 =
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Fls. 5
A Venezuela, Colômbia, Arguntina, U:mgaai, há muito wu sofron
do as tristes e dolorosa conseqür!neias da nova política cuba--
na,
= In.1.31/AsQ = Em 3 de jiLlho de 19G7, novall.n'e em Cuba realizou
se a "Confcrôncia da OfgaW.zação Latir-Ameicana de Eolidarie-dado - 0.L.A.S.".
Pepresmtnntes comunista do 27 pulses latino.ruo
ricanos assistiram a reunião destinada cspecialmente a elaborar
tática da luta revolucionária na An(,rica Latina, entre as quais,
as guerrilhas. Políticante essa eeaferNicia -oL,ercutu inter-
nam_nte no Drasil, em conseqUncia do rompim:mto de Carlos Mnri
ghella com o Comitô Central er Partido Cmu-nsta Brasileiro; em
virtude do telegrama TIO O Comitô Central do Partido enviou ao
Comitô Central do Partido Comunista Cubnnc informando oficial -
mente que Carlos Marghella não representava o l'Irtido c nem
estava autorizado a expôr em plenário o seu pensamento. Em de - A correncia a essa desmorallação politica de que foi alvo, Carlos
Marighella rompe e envia a 301152, liderados as famosas 'Cartas de
Havana". Nelas explica:
"Não vim a Caba ecmõ delegado do Comitô Central e
apenas como convidado do Comitô organizador da 'con
forôncia da "O.L,A,S,. 5 evidente que compareci sem pedir permissão ae Comitô Central, primeiro -
que não tenho de pedir licença para »raticar atos revolucionárlo; segundo porque não reconheço ne-
nhuma autridade revolueionria nesse CJ)mitô.Cen
tral para det,rm*Lnar o Tuo devo ou não fazer. O
que há entre minha posiço o a co Comit Central
6 uma profunda div--rNicia,poli:tica e ideol3gica.
O ComitcT esta contra a 0.L:A,9. e afastoa-7-se da
Revolução Cubana, Ea cstea a favo..: da 0A,S, e
me considero integrado na Rovo1ução Latino,Puricri
cana, da qual a Revolução Cuba:-.a 6 pioneira, A minha Presença 6 siMuolizar oue no flrasil "ode-
ver de todo rev:;11:)-r,o 6 ffir re-fo7_r,- ão."
A divergônci quo tenho e':m a Executiva, da cual
me demJti em data anterior, são as mesmas diver -
gnneias que terLho com o atual Ocmitô CenLral. Uma direção pcsala como 6, cem pouca eu rica ma inoLi- lidado, -;Ipula ideologia da barEr;sia,
• = seage fls, 6
Fls. 6
nada pode fazer nela revolução o eu não posso con
tinuar pertencendo a oaaa csoácie de acadêmia de
lttras, cuja ánica função consisto em reanir."
Estava Galado o rompimento definido o definitivo.
Carlos Marighella alaindona o velho lidar Luiz Carlos Prestes o
ingressava na linha revolucionária para tentar submeter o Bra-
sil na luta mais inglória que a Histária Pátria, infelizmantn,
iflirisIrou pois os qne já tombam oão irmãos.
" Falta ao Comitê Central, dizia ainda Carlog. Ma
rhelia cm suas carta, a condição mais importante para a li-derança marxista-leniniatal que á aabor -.nfrentar e conduzir a
luta ideológica. E como não podo fazÉ-lo, recorre a medidas -
adminiatrativas constantes, susaendando, afastando, expalsando
militantes, apreendendo documentos proibidos à leitura de mat6
:_ias dos que discordam. o Comitê Central da censura, das re-
primendas, das desautorizaçoês do crê ou morre.
Rompendo com o Comitê Central, repito aqui, o que
disse em minha carta de demiasão à Eaccutiva: desejo tornar -
páblico que minha disposição 6 lutar revnlucionariamenta junto
com as massas e jamais ficar a csnora das regras do Age pol_f.a.
tico burocrático o convencional que impera na liderar;n," ",..
Segundo meu modo de ver, a luta guarrilheira á a 1.nica maneira
do unir os ravolucionários brasilairos o do lcvar nosso privo a
conquista do poder. Recursos 1-almanos o condiçoZ.Is não faltam ao
Brasil. A conscincia revolucionária, que brota da luta, se
imcumbirá do resto. A guerrilba 4 o -lua pode haver de mais ant::
convencional c de mais antiburocrático, o que mais se distancia
do sistema tradicional de um Parti-lo da ciaade.
Em minha cond.Ição de comunirta, Yqual jamais ro-
nunciarei, e qw não pode sor dada nem retirada pelo Comitê Cen
trai, pois Partido Comunista o o marxismo-lcninismo não tem
donos nem monopólio da ninguem, prosseguirei pelo eammhc da
luta armada, aaafirmando minha atitude revolucionária e rompendo
em definitivo com vocês".
A 18 de agosto do 1967, ainda de Havana, Carlos
TAarihella escreve à J?idal Castro hinoteeando aolidar:ieJade Na
resoluço'ãs tomadas.nor.Fidol no discurso de cncerramenta da Conferência da 0.L.A.S. o alám disso, comunicando-lhe seu ram-pimanto com o Comitê Cantral do Partido Comunista Brasilciro ,
ressaltando-se daquela missiva os saruinte trechos: - "O caso
dn Brasil 6 típico e constitue uma lição.. Um pais de quase
Segue fia. 7 =
Fls. 7
noventa milhos do habitantes, com uma área continfaatal e um partido comunista amplo, acaba sendo laArado h derrota, porque a liderança comunista do deixa Cominar por ilus&50 do classes, deposita confiança nos generais e nu diaseaitiim mi1 i'va4- da bur 3ues1a, e não ao prepara, nem prepara o Purtidu az o povo para desencadear a luta armada."
" O caso de evba 6 intuiramonte d rerso. A expe- ritncia da Revolução Cnbana ensinea, camprovandc o acerto da teoria marxista-leninistaa que a única maneira de reSolver os problemas do povo 6 a connW.Ata do Poder peia violencia das mas sus, a destruiçUo do apnrelho lairuarático militar do Estado a serviço das classes dominantos e do imperialismo, e sua substl-tuf,çao pelo povo armad". Finalmente, tamb6m do Favana, a 2c; de setembro, Carlos Marighella enderoa uma carta a Cândido de Aragão, destacando-se da mesma, o seguinte: " O que nes brasi-lcires precisamos fazer 6 unir :oss.-9 forças, partindo da luta do Guerrilhas e da criação de um núcleo armado com base na ali ança operária-camponesa, h qual deve se juntar o combativo mo-vimento estudantil, a intelectualidade, a juventude, a mulher brasileira, os funcionários públicos o oamilitarea revolucio-nários de dentro e de fora das forças armada."
E no mesmo documento traça o plano para sua cou- oretização
" O meio principal para isso 6 organizar o povo pela base, confiar nos nossos e não nos lideres burgueses. Os brasileiros que aprendam a atirar, e que se preparem e se orga nizem em pequenos grupos elandratinos o comecem a agir. 2 che- gado o momento de fazer a ta de fundos, comprar e capturar arma& o muniço3s, fr,brica-loa clandestnamonte, selecionar e adestrar combatentes, preparar m6licos o onfermciros, recolher remédios, roupas, calça:cs, alimentos e estabelecer apeio lo - gistico hs guerrilhas, O poder do povo - o único que podemos admitir - começa a ser consVatuido donde quando os nossos em praendem as marchas para conqui.staalo pula violência armada tomando cm suas mãos a tarefa de organizar-se com tal finando. de. O dilema 6 realmente sabmissão ou rabelj_ão, pacifismo ou luta armada, organizar o novo para a violncia _aitima e .JCOO sária ou ficar no conformira. Jboquo da burguesia.
E finaliaa de mu,. amítico: "Diante desse dilema já temos uma poaiçã'o definida. Somos pela luta alwada e pela uaiãade das forçai raaolucialárlas e por isso mesmo estamos juntos. 9
Segue fls. f:
• .
4
Fio. 8
Marighalla é um adapto fervoroao da luta no eam
PO e mas nunca o Comitn Central atondeu tal proaoata. 'anto 6 verdade que, na narta-rompimento, numa
euforia confassa: 'ara mim ehagou o momento cm que os esfor-ços revolucionários devem ser concentrados na orla rural. O papel de uma direção proletária marxista-loninista, pulo' mo-ncs na Am6rica Latina, 6 estar no campo e não na cidado.
O ComitC Central de Partido Comunista Erasilei
rol diante dossa atittatu de rob idia nartidária, não vacilou em wapuloar Carlos Marighella o outros-"camaradas" da velha
guarda ala; deram longos anos do serviço no partido. A couuni cação cfiaial foi publicada no oro central do Partido - "A
Voz Operária". A dissidCncia doravanto passa a ser conhecida -
nos moviwntos revolucionários do pais como n "Ala garigholla". Com o adv,.nto das nassaço3s, os miliaros atina.Idoa pelos Atos se organizam e formam a Vana:uarda Popular Revo..lucionária -
V.P.R. com os mesmos objtivos rovolucionários. sao independentes, sendo a primeira chefiada -
aer Carlos Marighella e a segunda palo ex-sargerto dc Exérci
ta ONOIME PINTO, 'lago "Augusto". O °lamenta do ligação no começo das açoãs era
JUQUIM CARA PERREIRA, vulgo "Toledo".
= AS AÇOS
Essas duas organizaço3s, 2.9;ora unidas dantro daa
mesmas Ciretrzos. descncadearam vasto plano terrorista nesta Capital, com duplo objetivo: - inicialnento desorientar as au-tcridades e, implanta.:- N.populaço um terror visando impedir qualquer roação imediatc.
Essas aços militarizadas foram consubstancia-das atrav6s de roubos do tuttom6veis, roubos de explosivos , assaltos h bancos, cxploso7a cm cdificios, culminando com a8 sassinatov do sentinelas e de estudante bolsista CHARLES RO-NEY CHANDLER, da Univeraidado de São T'au_Lo e capitão do Exor cito Horto-Americano.
Contudo, a reação não no foz esperar o cCrca de aossonta e oito indiciados foram ..nqundrados na Lei de Segu-rança Nacional.
O procodimento legal foi arevidido pelo ilustro Delegado dc Policia Dr. Newton Pernandes, Delegado Adjuato da Esnecializada Ce Ordem Socialt.eom cr)ren de 21 volumes uns itais
oguo fls. 9 =
Fls. 9
nos quais os dolits Ga Vanguarda Popular Rovolucionária - V.
P.R. foram esclarecidos e, atualmento asse .fito tramita peran
te asso digno Juizo. Pote inqubriti Policial tem por escai.mo çt oukoida
9go Go ,Aac,,,r7:4no.-tn CULPLE9 rODNRY =DUM.
O PLANO =
No m,)s do setoml o do ano transato, o indiciado ONOFRE PINTO recebeu atrwrós do DIOGENES_JI, APVALHO DE OLI. VEIRA, uma nroposto 'ue lhe ."Ora endereçado po MARCOS ANTONIO
BRAZ DE CARVALHO, vulgo "Marquito", repreocntonto de Carlos Na righella nesta Cnpitall no s,Aer (studautill a proposta de assa
ssinar CHANDLER, aduzindo na oportunidade para justificar ass.o
bárbaro crime, as seguintes razoas: 12 - Sr aGento da Central Inteligency Agency
C.I.A. - e peprsontante do Imperialismo Americano; 22 - Haver lutaGe no Vietnã; 32 - Na Bo1ivi , orientou os cliefes do 7"',xf:rcito
Boliviano na relressão das guerrilhas, cl.c culminou com a mor to do "Che" Guovara;
42 - Apoiava a guerra amJricana no Vielmã e 52 - Procedia levantamentos no Brad.l.
Como chefe da V.P.R., ONOFRE, diano das razoas invocadas, não tomou inicialmente uma decisão mas convocou. - seus companheiros para um julgam( nto e posterior veredicto.
. 0 TRIBUNAL SINISTRO =
O Conselho convocado ficou assim constituido: Presidente: ONOFRE PINTO, chefe da V.P.R. Mor:roo:NJoão Carlo. rfouri Quar+im do Moraes
Chofe da Coordenação do Setor Urbaao\R Ladislau Dowbor, Cho- lo da Coordenação do Setor Rural.
Após n proposta ter sido debatida sob todos os
ângulos, numa d.:cisão sui-ganoris foi neolnida o, nandieí - condenado h morte "ín absíntio".
A V.-7.1'., dacompou a ação dc execução c. DIO-W:NES levou n trágica sentença a MI.RQUITO. Pote 7nrticipou na quoiidadr; do colaborador, uma vez que não integrava como mombro a Organização, pois pertencia N :"aMnrighella.
Verifica, portz.-.nto, V, Excin, que estava selada a sorte da vitima Chandlor. Para sut: connscução foram mobili-zados todos recursos Iniwnos e materiais, no eito tango o efe-
= Sejaa fls. 10 =
Fls. 10
a efetivação da pana quo sorla dia 8 do outubro de 1968, pri- • l'
avir(' anivcrsário da morte do "Cho" Guevarn e tam16m porque - ao comemoraria a Scaana de Solidariedade ao VietnN.
a O L11=1:"NTO =
Procedeu-ao rigoroso levantamento dos hábitos ao tidianos Da vitima Chandlor. Écale trabalho foi O liaado pela indiciada DULCE, o p-los indiciadou DIOG-ITES, Pr.D110 LOBO o MANQUITO.
,leitadaraa tOdas as situaçoa locais, inclusive a intansidado Ca correm-te do tráfego da Pua Potr6polis, onde re sidia a vítima. Concluidcu os trabalhes, fixou-se dcfinitiva-mente a lata da ação, para o dia 8, iostcriorncnto transferi-do para o dia 11 o, como a vitiaa nessa dia não se ausentou - de sua rosidealcia, marcou-ao a execação para o dia seguinte.
= A 'aECUÇXO
No dia 12 de outubro de 1968, sábado, PI:31RO LOBO levantou cedo, nrea?arou o carro marca VolkowEigen que havia furtado dias antes de uma residraicia localizada no baLrro de Boa,1f1nta, emplacado com a chapa 23-6729, furtada no do D.E.T., pelo p/áprio FrIDRO LOBO quandç nto ainda servia no :!al.talhão do Trt,.nsito da Força Páblica.
Saindo de sua reaidncia, Lobo do dirigiu h Ave-nida S.. no Amaro onde se annontrou com Diogenes o em seguida rumou para a Avenida Dr. Arnaldo, parando num ponto de 'ónibus defronto a Nua Cardeal Areova.,ale, em cujo local os oaalardava MLRQUITO. Após recolhe-lo, Lobo se encaminhou para a Pua Pe-tropolis n. 375, bairro do Sumar6, onde residia a vítima. A caravana sinistra chegou Ns 8,00 horas, indo o carro ostacio nar no local /IQ 3 do desenho do fie. 287, com a frarita volta da para a Rua Petropolis rumo h Aaanida Dr. Arnaldo. D3sse pOnto, dac.a a aituaçrlo topogr. fica da casa ,.ta vítima, pode - se obsarvar todo o movimanto no qulntal onde se creontra garagem, parmitindo, desao modo, verificar o mom nto exato cm que a vítima saias° do interior da residncia para antra_ no seu carro. Nossa observação permaneceram por quinze ininu-tos e, às 8,15 horas a vítima saiu pala porta da cozinha o adentrou em seu carro marca Chovrolot Impila, tipo rural. Sou filho Darryl saiu pela mesma porta e, pulo corredor, foi at o parto da rua para abri-lo e tamb6m para oricntar seu pci uma voz que o carro ora grana° o vinha do marcha a r6 e
Fls. 11
o a Rua Petrópolia 6 cstroia, necesitando afenção para não colidir com ou veiculoa que por ali transitam em direção h
Avenida Dr. Arnaldo. No exat,1 ,tom nto • 1 que o carro da \vítima Chan-
el_r eu N guia da calçada, não poude manobrar porluo nE-DM LOBO avançou com c leu carro Volkawa,am, outacionando- o junto a !)arte trazei2-a Ca vítima Clandler, bloqueando c coa
soquentemente impedindo do qualquer manobra. Incontinenti com extrama rapidez, visto que o banco dlantoiro do vcicu
r' tirado próviamente por plwo LOBO para facilitar vim2ntação doa ccupantes do banco trazeiro, DIOGENES de
0. MO
SCOU
lo
do carro em priur.iro lugar e, empunhando um revolver marca
"Taurust, calibre 38, comnletamente carregado, apro;:i mou- se da vítima Chandler que estava na direção do carro, h distan-
cia do um metro c pouco e, desfechou Lros con tra o cor- _ po de Chandler. Ato continuo, MARQUIZO tambám sai u do carro empunhando uma mctralhadora marca INA calitre 45 dirigiu-se em direção h vítima o a uma distancia de mais o u menoa um metro, dou uma rajada no corpo do Chandler. LODO, que perma-necia no carro fia funcioanmant(' nara .ualquer eventualidade aproveitou a oportunidade e lançou no local vários panfletos subversivos que recera de MARQUITO. Durante a execução, a esposa da vítima Dna. Joan Koteletz Chandlr que se ancontra va t norta da frente, viu DIOGWES o.MARQUITO atirando con-tra seu aspas° o gri-,:ou: "Não" "Não". Darryl também auaistiu ao fuzilamento sumário de seu pai, eis quo se achava no jar4 diM. Viu DICGENES e MAQUITO lia;pararam suas armas a PEDRO - LOBO lançar os boletins. Quando gri'ou horrorizado, DIOGENES lhe apontou o revólver. Aterrorizado, fugiu Para 'a casa da
O INST- TUTO PE PO LICTA TnCNICA
Ou peritos Paulo Pinto e Rubens de Almeida Lima, procederam ao 1-;wntamentc no local dr. homieidio. O laudo ng, 13.044, de fls. 46 do 19 volume, relata, num trabalho minucio se, o local, e :ncoatro e o exame do cadáver e as coract í. ticas dos projeteis.
. O UST1TU TO MtDICO WCAL
Os m,',Iicos lecistas Drs. Paulo Faundes Alton—felder Silva a Abeylar d de Queiroz Orsini, forTA deaignados para u:,- ocaderam ao e7... ame de carpo do Cali-uo.
..-.Segue Fls. 12 .=
no. 12
Nn ..audo n. 31032 do fls. 79 do 12 volume, os le-
giJtas conclutram que virtude dos inámuros foriwentos rece- bidos, 'a morto ocorr(u de maneira instantftnon em conseqUncía das loso7:s traumáticas criLlo encorólicas, cardíacas, hemorra-
gia interna proffl..z.1/1.aa por proj&tois dc arma do fogo". ( Vido
C....rtldão do Obito do fio, 87).
INY.UTI9A9QM =
Dada a repercussão do crime, esta D.E.O.P. - De-legacia rsv..cializadc do Ordem Política - com a colaboração do todos 00 G::'! vts, iniciou divorsas inventigaço3s o,
com a nrisãe de PEDRO LOBO DE OLiWIR&, esto confessou sua participação o ipontou os delmis ildiciados que ailiante terão nominalmente ana.:isaaas au mas ,iGividados.
. PERÍCIA BAL1STICA =
No clj.o. 8.11.968, às 19,35 horas, na Rodovia BR.-116, no Km. 69 - M,iniciplo do Vassouras - Estado do Rio do Ja-
neiro, Ja0 ANTONIC IJOS SArTOS ABI-EÇAB, dirigindo o carro mar ca Volkswagen ano 150 cOr verdol placa no 34-9884 do São Pau- lo, entrou na parto do tida da carroceria do caminhão waren De Soto chapa 44-11-52 do Pio do Janeiro, conduzido 1.210 moto-rista C-)roldo Dias da i1va. Em conneqttncia do iffioacto falo - ceram João Anonio dos Santos /0)i-Eçab e mia cope= CATARINA
XAVIER PWIRA ABI-EÇAB. No interior do uma maleta dr) cr pro-ta que estava .13ntro do cairo foi encontrada uma motralha,lora
do marca I.N.%,,.calibre 45. C. mo o finado era natural do São Paulo, o D.O,P.S. do Rp) do Janeiro comunicou a ocorr3neia h Delegacia r.socializada do Ordem Política que, na ocasião, es-tava desenvolvendo intensas investigaços visando localizar 0. metralhadora utilizada por MARQU-TO para assassinar Chandlor. Posquizando ou arquivos deste DLow.tamento, verificou-0o qao João Antonio dos Siritos Abl-Eçab ozitava cursando o. 4g ano da secção de Filosofia da Faculdade do Filosofia da U,S.P. e em 20.01.1967, fera inditado pela Delegacia Esoeciali'inda de Or-dem Social por ato de sabotajem praticado na Mhrica de mous Good-Year. Aldm do maio, muli'iro da organização 1a base 0.B. - do Partido Comunista. OD Paulo Bonchriotiano, lelegado adjun to denta :7'specializada incoutinenti se transnol'tou para o muni cípio de Vassouras e posteriormente ao Estado da Guanabara, com
o objetivo do investigar os fatos. O relatório da diligencia - estó Ns fls. 20 do 1Q,w7v,me1 inclusivo as informaço5s do mas atividades ?As fls. 44
, Segue fls. 13
Fls. 13
Os peritos Milton Farignoli c Gualter N=23 Filho
concluiram que: " não se apuraram nnsto remate, coincidancias que viessem afirmar ou discropancias que viessem con-testar ter a metralhadora I.N.A. de n2 00188 ati-rado os projótois blindados encontrados no autom6 vel do Cap. Charles R. Chandler."
Contudo, DIOGENES no Auto de Reconhecimento de fls 285 do II volume, afirmou "ser c. mes"..:a idnntica em tbdas suas características com n arma que MARQUIM, por ocasião do hbmici dio, portava.
Os indiciados DULCE e PEDRO LOBO, nos respectivos interrogatórios de fls. 197, 178 e 204 do II volume, afirmaram que MAnUITO portava uma metralhadora marca I.N.A. . Eçab volta vn do Rio do Janeiro onde naturalwntc tinha ido a fim de reco ber instruços ec CARLOS MARIGHLLA. '. -v-identemente, emprestou de MARQUITO a refwida arma para scr utilizada em qualquer ovem turlidade. Nas buscas em vários apartamentos em que morou MAR-QUITO não se encontrou a referida metralhadora. Eçab era estu-dante da Faculdade de Filosofia - U.S.P. e MARQUITO apesar de não estudar :Jstava cm contacto diário com os estudantes pois, uarticipava de tOda- as assemblóias e passeatas integrando o bloco da Facyldade de Filosofia - vide fotografia hs fls. 152 do volume 12.
O revólver marca Taurus calibre 38 apreendido na residricia de DIOGENES, - vide fls. 243 do 2g volume - tambóm foi submetido a exame 1-) ricial aos peritos Paulo Pinto e Rober to Damas Salgado, no laudo 112 20.745 de fls. 3101 do II volume, coneluiram que "os elementos colhidos por meio de confronto dos projóteis autorizam deduzir terem ambos partido da mesma arma."
No scu interrogatório do fls. 245 usque 252 - ver so, DIOGENES reconhece a.arma alie se utilizou para desfechar os tiros na vítima Chandlcr.
= O BOWTTM SUBVERSIVO
Consumado o crime,.o indiciado LODO lançou no local boletins subversivos - vide fls. 7 e 8 do 19 volume cujo texto esclarece as causas determinantes do homicídio:
" O assassinato do Comandante Che Guevara na Boli-via foi cometido por ordem e orientação de crimino sos de guerra como este agente imperialista Chan - dler que praticou initmeros crimes dc guerra no
. Segue fls. 14 =
Fls. 14
no Vietnã e veio ao Brasil Para preparar outros criminosos sob es auspícios do Pentágono Militar doe ratados Unidos da Amrica.
Brasil, Vietnãn da Amárica Criar um, dois; trôo Vietnãsm eis a palavra de or dom do Comandante Che Guevara que foi cruelmente
assassinado na por agentes imperialistas
do nívrl dnst Chandlcr, notório criminoso do
guerra no Vietnã, e hoje punido e executado pela justiça Rovolueionria pelos seus crimes de guer
ra no Vietnã".
DIOG= recebeu os panflotos de MARWITO c oa
entregou a LOBO para que fUsem lançados após a oxecração de
Chandler. Em 15 do agoutL do 19C9, WLOS MARIGHELLA ocupou
às 8,33 horas a cabine do transmiseJis da Rádio Nacional com
12 homens armados, no município de Diadema e divulgou uma men sagem h Nação - vide r.s. 303 -22 volume- na qual confessa:
" O justiçamento do Capitão A-:ericano Chan-
dler,.que veio da guerra do Vietn:5. para fazer espionagem da C.I.A. no Brasil 6 outra prova que os grupos revolucionários - 'armados estão atentos na defesa da nossa soberania e na preser Vação dos interesses nacioaais,"
Os boletins foram redigidos polo indiciado João
Leonardo da Silva Rocha. Em seu interrogatório de fls. 208 usque 2157 22
volume, JOTIO LEONA2D0 negou que tivesse redigido o boletim nti rado h Rua Petropolis. Em sua reeidemriia foi .apreendida grando quantidade de materiai subversivo, -vide fls. 141 do 12.volume do qual se destaca a revista "Amórica Latina": vide fls. 396 -
32 volúme em cujas fls. 435 verso, segunda ante-capa, lego abaixo do uma citação de Fidcl Castro, está a legend:7t:
" O dever do revolucionário 6 fazer a reyolução" Essa frase integra o contexto do boletim,
Alóm do mais, LEONARD.) era professor de portugu8s do Instituto de Educação Cel, Bonifácio de Carvalho, no mun-Lel pio de São Caetano do Sul e colaborava na imprensa universitá-ria.
Em 22.901964, escreveu um artigo sob o títalot - "Nós e a cabeça" insultando as Fórças Armadas, o que lhe valeu
ser indiciado em Inquárito Policial como incurso na LA d3 SO-gulença Nacional - Vide Certidão de fls. 220 o2volume,
Segue fls. 15 -
Fls. 15
Tinha facilidade cm redigir e revisou para Carlos
Marighclla a "Mensagem nos Brasileiros", cujo original fó-
ra buscar no Ri') de Jan,iro. - vida fls. 390 do 32 volume.
TESTEMUNHAS
Deguscram em tórmo dc doclaraço-és o Dr. Jair da
Ponseca i?ocha e Da. Cenira do Meneses Godoi. nsclareceu o pri-
meiro que no dia do crime estava tomando café, as 5,15 horas 1
quando ouviu uma rajada o instantes depois, gritos. 'Saindo h
rua, viu Darryl, filho da vitima, correndo cm direção N casa
de Dna. Ledi. Agroximou-se Co carro e viu que no banco diantei
ro estava a vitima Chandlor, todo unsanguentado em conseqüencia
dos vrios tiros recebidos e vhdos bol(tins no chgo.
232 Distrito Policial N Pua Jogo Emalho, onde relatou
dado de plantão a ocoiAncia.
A segunda testemunha - vido fls. 15 do 12
informou que desde o dia 8 do outubro, por volta das 8
Foi no
N Autvri
volume-
horas ,
um carro 'marca Volkswagen estacionava na pracinha quc fica no
lado opoc,to de sua residóncia e do sou interior dois homens que
estavam sentados, observavam o local e anota -am dados num papel.
DeJ:cenfiada, atravós do um binóculo verificou que
realmente era essa a atividade dos ocupantes do carro. Nessa
oportunidade avisou ao seu patrgo, mas quando rate saiu h Jane
la o cagro jd se tinha deslocado. Mai.3 tarde, como o mesmo car
ro retornasse, Da. Cenira saiu h rua c anotou a placa trazeira
do carro Volkswagen, que era 21-67-29.
No dia 12 do outubro, hs 8 horas, ao abrir a janó
la do quarto da frente, viu quo o rcferido carro estava esta -
cionado no mesmo local. Nova=to usou o binóch:o e observou os
dois homens no banco trazeiro, constatando tamb(,m que o nilmero
da placa era o mesmo, isto 61 21-67-29. ;,visou o seu patrgo e
no instante em ,Luc se achava no quarto do filho do 'atro para
acordd-1o, ouviu estampidos, barulho do carro o gritos de crian
ça pedindo socorro. Voltou N janela o nessa ocasião .viu Darryl,
gritando, amparado por Dna. Lide, vis'Alha da. vitima.
Duns testemunhas
)(aram perfJitamonto o evento:
verso, do 12 valume, declarou
dividuo moreno, altura média,
metralhadora em uma das mos,
estava Centro Co vLiculo". E
ter visto uma outra pcssOa se
vivaais, em Sous depoimentos, fi-
Dna. Albertina Claro, fls. 16 - quedc., jarina, viu quando um in
cabelos escuros, portando 'una continuava a atirar na vitima que
rojo adiante: "tem a imgressão de
aproximar do veiculo".
scu.- fls. 16
•
Fls. 16
Dna. Maria Aparecida de Oliveira, vide fls. 16 do 1° volume - elucida: "que, no dial' de outubro hs 8,30 horas ,
stava fazendo n limneza Co cseritério da residt3ncia onde tra- ball,n, qu=do ouviu gritos Ge criança seguidos de tiros. Indo
janela viu um homem que dontro de um carro Volkswagen jogava papéis para o alto através da janéla do veiculo que se dirigia para a direção da Avenida Dr. Arnaldo.
= OS INDICIADOS
na síntese o homicídio foi relatado - endo em vista as investigaçoZs, W.ig8ncins, exames periciais, depoimentos e interroxitórios'realiz.J.os.
Agora, analizaremos a responsabilidade criminal - de cada um dos indiciados. Será feito por ordem onomásticL.
CARLOS MARIGHELLA - Vulgo "Mences"
Chçfe e líder do movimento terrorista que hájui-to tempo v,.m colocando em sobren'Ialto a população ordeira nsto Bstado. %.1a organização possui bases nos 7-:stados: Guanabara , Minas Gerais, Paraná, São Paulo, Rio Grande do Sul, Goiás, Rio de Janeiro e Brasilia. M.aliza em suas aços o cre sempra pre-conizou durante o longo tempo em oue militou no Partido (omu - nista Brasileiro - LUTA ARMADA.
Neste inqu(-,:ito sua :esponcabilidade está Irovada vide fls. 306 do 22 volume:
" O justimente do Canitão Charlas Chnndler, que veio da 'uerra do Vietnã pare. fazer espionagem da CIA no Brasil, 1; outra prova qun os grupos revo lucionários armados estão atntos na defesa da nossa soberania e na preservação dos interesses nacionais." Em 1968, Marighella esteve na residncia de João
Leonardo aliciando-o na7ra o movimento. Deu instraços, dinheiro e documentos para_ João
Leonardo imprimi-los e dvulgzi-los nr;ste Botado, nos locais on do efetuassem aço3s. A mensagem distribuida tinha.° titulo: - "MARIGHELLA - Mensagem nos Brasileiros': (Vido fls. 390 e 392 do 3° volame.
Detrminau caie Marquito procurasse DiogrJnes c pro2uzesse h V.P.R. a eliminação da vitima Chandler. Aceito , designou Marquito para intLlwar o grupo que executou a infortu nada vitima.
= Segue fls. 17
Fls. 17
Carlos Marighella pineja, or -denal orienta e
instrui o sou grupo. Nada se resolve ou E • ,a0eUte. sem a sua
ordem. n assessorado por JOAQUIM CÂ1A FERREIRA, vulgo "Tole- do", velho militante o tamYm expulso do Partido Comunista Bra
silo iro.
DIOGENES JOSr, CARVALHO DE olavrinA vulgo "Luiz" - Do Setor Logístico
Em seu longo interrogatório de fls. 245 usque 2520
Diogenea esclarece o2w nilitou cm Pôrto Alegre, lon-o tempo no
P.C.B. e sPós a Revolução de 1964, ingressou, em 1966, numa
organização clandestina dirigida por Leonel Brizola, exilado no
Uruguai. De Montewl.deu, seguiu para a França, em Paris. Max de
Castro Santos o encaminhou para Praga e daquela Capital, seguiu
para Cuba, onde permaneceu um ano, fazendo curso completo de
guerrilhas. L1 ,'m das au-..ao teóricas abro Malutismo, aprendeu a
manejar vários tipos de armas como: fusil-metralhadorau e re--
vólvcres. Aprondeu o fabrio de exL.losivon e bombas. Retornando
ao Uruguai, procurou TIrizola, informando-o de seu estágio em
Havana e nessa oportunidade sorbe do fracasso das guerrilhas de
Capara6 e Uberindia. Cono Brizola estivesse vacilante, voltou
para Pôrto Alegre e, na Canital gaucha conheceu Paulo Mello e
este o encaminhou a São Paulo, onde deveria aoresentar-se à O-
nofre Pinto. Nessa poca, 1967, Onofre Pinto reorutou elementos
para a Vanguarda Popular Revolucionária - V.P.R. visando a to-
mada do poder pele luta armada. Diogenes, já diplomado em Cuba,
engajou-se nOsse movimento participando de todas as aços vio-
lentas assim descriminadas: assalto ao Yosoital do Exórcito -
explos7-lo do Quartel General do II Ex6reito, na qual pereceu o
soldado Mário Kezel Filho; roubo Co dinamites em várias pedrei
rua desta Capital; roubo de vários automóveis, depois utiliza-
dos nas aços da V.P,R.; assaltos a bancos e quartóis da FÔrça
Páblica; assassinato do sentinela de Barro Branco. Em 1968, co
nheccu rarquito e atravós dna unntove contactos com Carlos Ma
righella C, doie meses depois em companha de Joaquim Cnmara
Ferreira, vulgo "Toledo'', novamente participou de um encontro
com Marighella, ocasião em que palestraram sôbre a necessidade de se incentivar a ação revolucionária.
= CASO. CHANDLER =
Nesta operaçEo, juntamente com Dulce e Pedro Lobo,
Diogenes .)rocedeu ao levantamento topográfico cio local onde residia a vitima e várias vezes sbzinho esteve na Rua Petrópoiis
= Scsue fls. 18
Fls. 18
Rua Petrópolis com o objetivo de estudar os hábitos. Juntamen
te com Lobo e Marquito, no da do crime, Participou do assas-
sínio do infortunado Canitâo Chandler e assim descreveu a ação:
(vido fls. 251 do 2° volume) " o interrogado desceu eu primeiro lugar do carro
que estava h uma distância de um metro e pouco :Y\ :arte dianteira da perua de Chandler e, jA
empunhndo un revólver marca Taurus, calibre 38,
total=to carregado o, aproximando-ou do Capit-ao
Chandler -,ue estava na direçâo da perua, contra
":.le desfechou seis tiros".
Na busca aue se procedeu no quarto onde residia o
indiciado Dicenes, cwontrou-se o revólver marca Taurus e uma
apostila sob o titulo - "O Movimento studantil e Luta Popular"
(vtde fls. 243 do 22 volume). A apostila está jantada N fls.
256. Quanto N arma já esclarecemos no narágrafo "Pericia Ba -
listica". O ¡indiciado Diogenes confessou plenamente sua parti
cipação, com riqueza dc pormenores e minúcias, no se permi -
tindo qualquer dúvida no tocante N. sua responsabilidado no
homicídio.
DULC DE SOUZA - vulgo "Judith"
Em seu interrogatório de fls. 197 usque 200 ver-
so, a indiciado. Dulce esclarece que conheceu em 1967 o ex-sar
cnto Onofre.Pinto, cassado pela :evolução. rm 1968, ela in -
gressou na V.P.R. integrando o setor lo6:istico. Participou de
vários atos terroristas violentos dentro do e,..mema do luta -
armada com a finalidade precípua da tomada do poder; princi -
palmente no atentado do Quartel General do II Exórcito no qual
pereceu trhgiccnente e soldado Mario Kozel Filho. Assaltou ban
co e estava n-m7re em contactos com Carlos Lamarce, como ele-
mento de ligaçao. No caso Onandler confessa que integrou o -
grupo encarrega do do 1, =tomento do local. No dia 8 qo outu-
bro, hs 13,00 horas, dirigindo o carro marca "Volkswagen" do
cOr azul de uso da terrorista Renata Ferraz Guerra de Andrade,
vulgo Cecilia, levcu Diogencs, Lobo e Marquito h Rua Petrópo-
lis com a finalidade de se Proceder o levantaaento topográfico
do local, a intensidade do tráfego e os hábitos domósticos..da
vitima -g= cjw nEiu :,JUVCSSC n falha no dia do evento.
Após a execução, a indiciada encontrou-se com Dio,a.cnes e este
lhe relatou minuaiosamente o delito.
- segue fls. 19
•
Fls. 19
= jt.""Yrt0 CALOS KFOUTII PTIM i•TORkES
vulgo -Mnnoel"
Çefia o accor urbano da coordenação gorai da V. P.R.. Integrou o grupo mao assa'tou o UcrYpital Militar e o
CO Estdo São Paulo, agencia da Rua iguatemi. Como momb TO do tribuml sinistro, condmou o Capitão Çhnndler .h morto. Esta forajdo qu-lificado indir.tamento. (vide fls..
282 do 22 volume).
JOn liotwpo DA `S'IL,iA ROCHA - vul3o "Saul"
ileml,ro do Grupo Marigella - Participou das se - guint.:.s açor: assalto so trfm pmador da Estrada de .:erro San
tos h Jundini; assalto ao carro pnjndor da Massey Fergusson do Brasil S.A.; assalto no carro pagador do I.P.E.G. - Instituto de Preyiencia o staGo da Guanabara. fim s(.0 interrogatório-
do fls. 208 usquo 215, 22 volume, confessa -ue seu apartamen-
to era "aparelho" da orjulização o sito N Rua Fortunato iQ
21 - 22 andar - n. 201. Lá Marishclla e Mnrquito foram várias
vezos; Tá, Leonardo redigiu o llolotim de fls. 7 c 8 do 12 vo-lubto, InnçaGo por Loo na Rua Putropolis após o fuzilam.-nto - sumário do Capi2o,Chandlcr; Lá„Marquito residiu com sua a--mant_ Paula. do 20.12.68 a 13.01.1969, poríodo cm que Leopardo vio4ou para a Balia; Lá, Loonardo fez o crucifino sacrílego , cuja fotografia cncentra-se h fls. 221 do 22 volume; lá, fo -
ram rJacontrados os seus livros subversivos, seu rev61= c cai xas de balas utilizados para assaltar, a boina, as luvas o as botas que usava para sa disfarçar qunndo participava das cpe-raços; lá, foi encontrada a - laca n2 10-26-82 que usava no carro de sua companhoira quando assaltava, e, finalmente, lá mor= Marquito no transcorrer de um tiroteio travado
policiais dote D.O.P.S. quando foram, no estrito cumprim=o legal, prondt-lo como assassino de Chandler (vide fls. 141 ,
168 e 169 do 12 volume). Untro seus documentos sprendeu-se tup caderno -ra cuja fls. 383, há um Pomintário Abre os atos do sabotagem e a morte de Chandlcr. Nne 30 ra:
" A morto do capitão Norte Amricano teve reper-cussão bastanto fn;orável o me pnrecc ter coloca do em pinice a reação e seus seguidores o bastan
te acoito polo povo e pelos militantes do Parti-do Comunista."
- o, uc fls. 20
Plsç20
Portanto, por m'is que t Alto disimular, o indi-cir.(10 João L ()nardo, atravs dos derumentos que se si)renCou -
no "aprOlho", fixou de .r.n.ira irretorquí\-)1 sua responsabili dado eyiminal na dep1or6.1 ocorrOncia na qual pereceu a víti ma Clandler. Foi trocado )clo Embaixador A=icano.
= LADISLLS DOVBOR - Vulgo Nelson
3-t indiciado 6 elemento inteligente o integran
te ativo da V.P.R.. Participou do assalto no r,anco Mercantil,
agOncia da :110. Floriano. r o coorenador do setor do campo. - Foi membro do Tribunal Sinistro que condenou N. morte Chandler. ( vide fls. 27G) -
Y210:.LINA DE MUROS vulgo Manon
Em :1967, Passou a vivçr maritalmente com o indi-ciado João Leonardo da Silva ./ocha. Enamorou-se perdidamonte
de Lr.onardo e desconhecia completamcnte suas atividades de
terrorista. Viu o revólver, balas, boiyias ç luvas, mas às out.s
indauaçoUs Lconardo resoondia com evasivas. Conheceu Marquito em sua casa, posteriormente transformada em "aparOlo" por Leo
nardo. Sun vida .;oi profundamentç investigada e não se lhe en
controu nenhuma participação em c]alquer ato subversivo aa terrorista. Era quem mantinha a easa, --,aganeto todas as despe-
zas, uma vOz 1.10 Leonarde não contribuia com nçnhuma importi-ln cia. Comprou um carro marca Volkswngen placa n. 40-55-72 e como não fosso :labilitada, sbmente Leonardo dirigia. Jamais sout- das ativdades dr Leonardo. A sua desdita foi amar 'esse homem, despido Ce -Jenso moral. Em cbcorrtmcia de suas ativida dos criminosas acarretou à sua comoanheira.dias a=gos e ve:sl tórios.
uNOFPE PINTO - vulgo "Augusto
Membro da coornação geral do V.P.R., "ox-sargen to do c;:6rcito, cassado pelo Ato Institucional. Participou das seguintes aços: assalto h pedreira Cajal-dar; assassínio da sen tincla Co Barro Branco; atentado ao Quartel General do II Exdr
cito. Em seu interrogatório de fls. 275 a 276, confessou que presidiu o Tribunal Sinistro que julgou Chandler e o condenou ' h morte.
Determinou aue a V.P.R. colocasse h disposição do
grupo encarregado de eliminar Chandler, todos os recursos, ho-mens, economias e materiais. Sua periculosidade e sua imr,loriãn
cia no esquema t=orista nacional foi ovideiada ao ser exi
- Segue fls. 21 .
Fls. 21
ser oxic;ido, juntamente com J0(i LEONARDO DA SILVA ROCHA? como
parte de resgata do EmbaixaCor Nortr Americano Charles Burko 'Elbrick, sequcstrado nor clo=tos Co grupo Mariholla. Por 'tIsso motivo acha-so prosentemante em liberdade, o mesmo ['conto
condo com João Le.nardo da Silva Rocha.
PEDRO LOM DE OLMIRA, vulgo "Getulia'
Participou das seguinte aços: assalto hs pdrai-
ras do Cajamar e Fortaleza; atentados terroristas contra o Con Galado norte-a=icano, jornal "O Estado do S.Paulo", quartel
Gonaral C.o II Tbcército, Soars; asaassinio da sentinela da For-ça Pblicat assalto ao Hospital Militar, a vários bancos, bom
como roubo de carro para a organização. um dos mais arrojados
membros da V.R.R. Em seus intorrogat6rios de fls. 178 a 180 e 204
a 207 do II volume, o indiciado confessa e descrevo sua parti-cipação na oxocução do Chnndler, d. :armo ostarrecodora. Parti cipou do levantamento do 13cal do crime e no dia do evento di-rigiu o carro marca Volkswagen de c Or beijo roubado dias an-tes no 'bairro da Boa Vista 9 emplacado con a chapa 21-67-29 ,
placa essa furtada do DJ,;T. no tcm)o em que trabalhava como
elemento da Força."?ública no Batalhão do Trânsito. No seu in -
tcrior estavam Marquito e Diogenes, o primeiro com uma metro. - lhadora a o segundo com um rcvd1vor marca Taurus. Lobo, quando
viu a vitima dirigindo seu narro para a rua, interceptou a ma-nobra e ato contínuo, Dioganos c Marquito disparando suas ar-mas executaram Chandler. Nosso intarim Lobo lançou ?..1. rua os bo latins que tinha recebido de Diogenos.
mAnco AWA.ONIO BRAZ DE CARVALHO, vulgo Tiarquito"
Ex-membro do ;;ru-o Marigholla o seu homem Co con-fiança nesta Capital. Recrutava dr-mantos para o grupo o parti cipava das aços revolucionárias de lutas armadas do maior ro-
levancia. No dia 12 do Maio, chefiou a baderna na Praça da S3 contra o Sr. Governador do Estado, invadindo c quoi:rando opa-ianque onde se encontravam as autoridades (vide as fotografias de fls. 152 do I volume). Levou Leonardo para o grupo e alicia va estudantes visando intográ-los no movimento. Destacou--se - principàlmento na ação contra Chandlor. Disparou várias raja - das da metralhadora qua portava contra a vítima indefe-sa..
Sd conhecia a lin,juagbm da vio18ncia. Não se apie-dou do grito de desos-o7ro da ospiisa da vítiva que estava h porta
= Segue Fls. 22 =
-Á
,J
Fls. 22
h corta da casa e nem n.-)s nprlon do filho menor que so,nohava
junto ao portEo. Fuzilou friamento Chandlor.-No dia 26.1.1969, hs 18 horas, localizno no "aparrlho" da Tua Fortunato n. 291, 29 andar - ri. 201, roagiu contra os policiais o no Uroteio
morreu (Vido CertUão do Obito do fls. 223).
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Ap6s lonuo o árduo trabalho, esta Delegacia Espo
cializada Jc Ordem Política des~aou um crime que teve inter.
se repercussão, uma voz que era o ínicio Co um movimento san-
grento que há muito vem perturbando a Nação.. r a a•erri. rsv7)1uoionária (rue gera conflito inter
no, 5,-ra1munt:, inspirado 'In una ideologia, ou auxiliado do ex-terior, qu-. visa n conquista subversiva do poder pelo eontrôle
progressiva da Nação; Visa, naturalmnte, a so::urança interna, integra-
da na Segurança Nacional o prejudica a consecução dos objetivos
nacionais. Com ecessão dc Manoelina do rarros, vulgo "Manon',
contra a qual nada se aPurou u, port-mtoi r,or dever de consicin
cia solicitamos a exclusão da m:,sma da denilncia; os indiciados
CARLOS MARIGHELLA, DIOGENES á0St DE %Juin° D- CLIM"RA, DULCE Dr. SOUZA, JOÃO flARLOS KFOURI WARTIM DE MORAES, JOÃO LEONARDO
DA SILVA ROCHA, LADISLAS DOV7,30R, 0110FRE PINTO E PEDRO L0130 DE OLIVEIRA, todos já qualificados, então incursos no Art. 28 do
Decreto Lei 510/68 que assim reza:
"Matar por motivos de facciosismo ou inconformis-mo político-social, qu<:m exerça autoridade Pábli-ca ou estrenoiro que se encontro no ranil,
convite do Govrrno Brasilciro, a serviço de seu pais ou em missão de estudo. Pena: Reclusão de
12 a 30 anos."
A vitimr. Capitão Charles Rodncy Chandler, estava no Er i, em missão de estudo cursando em São Paulo a "Escola
de Socioloia e Política da Fundação Alvares Pcnteado",.(vido fls. 233 a 237) Escola 3.,,6s Graduada de Ciencias Sociais.
A -PRIS70 PrEN-NTIVA =
Nos -Wrnos do Art. 48 do Decreto-Lei 510/68 ,
tendo ou vista as circunsVinotas do lito praticado Pelos in alojados Carlos Marighella, Diogones José de Carvalho de Oli-veira: Dulce de Souza, João Carlos Kfouri Quartim do Moraes ,
= Sega, fls. 23
Pis. 23
JoRo Leonardo da Silva Rocha, Ladislas Dowbor, Onofre Pinto
o Pedro Lobo do Oliveira; tendo em viste, o grem de periculo- siando e inadaptaçRo gar' o convívio social revelados po-los seus ant,.00dentes o, por outro lado, considsrando-se que tuito a matrinlidnde do delito quantG h responsabilidade de seu autores jK se encontrnA amplamento provados nr:stc Inque
-.ato Policial, representamos a Uso Egrégio Conselho, depois de ouvido o ilustro Dr. Promotor de Justiça Militar dessa diz
na Auditoria, a necessidade 3.0 sor decretada a Prisão Preven-
tiva dos referidos indiciados com fundamento no Art. 149 do
C.J.M. Dcortando-ns L4990 Egrégio Conselho resguardará
os r.l.os interCuses da oegurança Nacional e cs sagrados da
JUSTIÇA SRo Paulo, 03 da novembro de .;p69
ALCIDES CINTRA PUNO FILHO DELEGADO ADJUNTO DE ORDR1 POL/TflA
Ao encerrar o presente Inquérito Policial, desejo externar TAGUS agradecim:rítos nos escrivães José "nonedito Neves
e 'T'alter Longo pela dedicaçRo na sua elaboraçRo. Esclareceucs, finalwalte, que'N exceção da metra-
lhadora que já se acha entr gue a 6£3a digno Juizo, as armas c demais objetos relacionados no /luto do Busca o Apreensão do fls. encontram-se num caixote lacrado que ficara depositado na Delegacia de Eyplosivos, ArAns e Muniço3s dtste D.O.P.S. h dis posição dessa digna AW.itoria.
RR. o esento Inquerito Policial N Justiça Mili-tar - 2a. Auditoria - após cum2ri:las as formalidades de praxe.
T'aulo, C3 de novembro de 1969
ALCIDES CINTRA BUENO rum DEW!GADO ADJUNTO DE ORW!" POLÍTICA
Dectlii.ente :- 1 p nia, 19/69 DCPS
,ssurito :- ae_lalprio Qobre m_çrt_q CliARLEa It. rnvoix,ra ....a... _slç
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Pa'v ia ,-teher •,t.le a interro-mea rt.t. • setz!.e s a a
disse nul lhe Ni rd.rrtintbds• itclo e , clatia est! :mo v•I .1davitaa.ante acsinori• kela autorid•de, ala laterrefada, ,e1.3 ,1 Ira. / L. 'atar, Nradaileire, caaaési esmerei:rio. resit`to "t21
Ninada, 15'7 ot eir., ir j , 11 .-`• • 'rá3 3.& reg /
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Encrivint •••
COMME.NIC!AL
si rN Aith , DEiVITAMENTO DE ORDEM l'OLVICA E 3k..CIAL
!O rAuLo
álnu IE ,UALUI a,lu I“--. , \;TIO
X. dimaneis horaa do dia vinte • sete do mia doi Janeiro do
ano de mil noVecantom e sesainta e nove, nesta cidade Cle ao :aula, na eieacia r.opecializada de Ordem :tlitica do Departamento de urdem o-
1ciae .,at.1, ,reconte, o aenhor r. 1 LO10E'IM -!eldoraAo titular riraiEsiVu, ce=!..go eoCrivio ao anu cirro ao final acainado, ai CoMpA- ✓000110inntetmein JT:nRo LuDG oLIsrsI4 A • os fine do artigo 135 do Odd. de tkce. ;anal Braelletiro,preuentco se tootemunhas ao final quaaificaáae gruo" aneistiram a todo o interrolt Wrio • ousisaa a itara i41111tie at.to, o qual :aa 1.t'7, fo- ram feitas 00a referincia a rua wialift:ação, reepondeu-ao 48 engainte maneirai
mal o 130a amas'? 17.1JRO 1,030 OLInIRA
a sua nacion . didade e naturalida~ brasileira, natural / de , , atividade da .erra, atado de io
-.uai o ama estado °iria'. casado
,:aal 4 Jus 1.-1.:M" 33 (21/7'1,?
Qual a th.,,,a flilaa,ao Soca Loou a Oi:ANoira e da. 4.:afia Fran..
-.4,441 4 tua rell.eàa .ál.ea, j, j~U rande
,.ual o seu meio de vida ou prtifÁuLa0 aocuriosa profissional
urine choroa a sua ativitaas ouo livra (-raça .ioão Ácidas)
Qual a sua inatrisio
:m seguida cientificado da acusação, inter-roça.o na forma do A‘
artino 1'3 daquele mesmo 1ddtio, ree;ondeu como adia, ntl no segue àe perrçantas formuladas liela Qitii
1. tt n1 partiollau ',lu a eratas qua c-,11inaram 00j, 4 ,x:àrto dj 7.nr-:.-1, lu xdiojtn Vnerinanot- ricle o interro gar.do , juntamente c,ra nous companheiros, membros da organinação revolta.
CONFIDL,
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Is..E ~aluo ion Iria, decidiram aqPinare O.4.o CHANDLSR, visto terem a2, allevilgenco de sua k•-rosençu ao 3rosil onde reprementaria a "US-t",drgla oonzro.t.ador da politioa Interneeional, agindo 401 no:... do Gov;ino ..kao-
rioaaos que a ás 311 er - 3.1., a•gundo souberam, re;:tiolpsirn .is aula de / quarenta ~abatia t. slietniv's que a aliainat;rto le Cd ...: ....; Alo in - tdrrodo e sec.ià cozu!..i....isirOs, rsprodahuuria 'um "dti‘..'..1,...,....:20 invoia Ca"'.;X*100; gal 4 ldia nra r'iooutidu t.r. Stia Ure4W.G9401 94,1 a flua presença, mas o interroaado int.eirado ain hint)unirto doo utespenholroa v.rantifictou-.e • l'4ruloip3r; quo os prinairoa isvantamausur force fel tna FOr ,a...1441, mama °do guerra'', de -.'.'.:. . ne ;a1, Gzol . rama , jun-
twislto c ,-fn e interro40.d4oj r....e, n.4 o con.ascinc-it doa habltoe do - ao ni t teor do .4. -.1:1t, ..';. ; , deoldirtua :1kW.:#41( ..t •;ti4 Xlral4,X0 l'ARA i --Z; '.. •::".•''..11k. . . e ,•. • ,,, .'',";:‘ -e.:1 4 0ii'. ;I' I ..1f ". .1.' I dia 11 ou. 12 de outubre I,. ..„; ;1..0 o lstorrodnando, n 0 dia do 'tt,to o In te rrogand o 111
till,-tte-itx da um Vw...;zowaduat da o:Nr belppe, furc.tho, rias ante, pe-lo prSyrio Lizterrot.4. -Ántly, da xota residênoia, no Alto da :Jim aeta,quea. lo 0 .81.7 íroprietário p.......a.oaitt-od ,J..rm cuardito na garagem; q413 O La tarrcdo :41;za adio, va.Leu-ao da opurv - Lção do ",..x tJ:, _'., alcunha ./ do ,,i,Ittd.,., r"...stwenco domeendeute um mitottesee • memoro do 44; O; que , daquolo eia, dirigirmaa-‘e vo.r& o local, minutos 4414118 u49 oito horas, esIan... o intorrov:i.do C:r:.¡Luac G NrGii.:141u, u aot: :-..u,10 Lu.!.- noa* ou - bN
re•IL0 ._9 Yir.., U ,, ''.:- ii. C ia--t.,-, • U0 44210u digo, ambos do ban00 tramei-XMaamma~~- rom foto o intsrrordo, tilaxe o aidento lateral uara facilitar o re trirau dou -41.em~' em ~d.C& ,1. tifeava,.:4, em tarefa; que aréa a0 11
do do" 2.12'..ã" im "À:4J:.;, elemento deaoonneoido do interro6anco; L.
- ..i nrk toe a^do, o látterrogaudo nowm que ama parus azul saia em narolut-rd (14 ~a lliino léz 13 Capito; que, de lamelato, manobrou o seu carro .
• Imvazde-o a obetar a marcha do veiculo, dirigido ,,ele t.,:'. 1 J. Vairtc£
14%-1 quere de loopino, *alma os dois oompanhairo• do int,er..•ucl.ado, tea do "Ika", 1.IOGINES ';3 CaliVAiai....,ativado ()uni" o t. Lt :a(), ácuogirregando toda Área, algo toda a oarga de abo ravolvor, ,;,soul.Yoli-,..».., w'rAUrusa
e Ga-11bl"; "3", (b-"N -.'.:.a "IttiC't):1" vortinxic tAnn zobtr..1:.v.,..',..4..^u "111.k", a-cienwa. u.ma oar.;a 3untra 4 cum iftâtt; que, coLoolte;..d..ta,o intir-rormz.do viu. o filho rio ,e :14-, l_ener à* Coa anuo, al:roxi-to,amont• , 14II gritos, 0OrreU Iara G inuerior da oaoa, disr.:.lo ".•:..7..:x.', "mama" ; 'lu** a:aut4... 0 (MIM 00, o ate:or lidado, asela que rj jx11111
1 • O -' • z. retord. 4ra trazia , 1..nlo-/ 4.1: fL,$ LS1 i3za ,.!ia o ta ;iiirrogaddo alo íode 2.11r:dar • preserva de "JUDITH", alcunha usada por MT= lir TAL, no local "da a-silo araada", ou "soá* do fusllaaanto'l que o intorm4ando afirma sa- ber 4rra rIbreU, -1117:. OntiTrrn soai:1:10,C dado:, • anota
do oe mencionados hiteitee lo 3.04.ttIS
N7.1' f"•)7r. ' ."(1=4-4:), 1..414.pne adhado conf:,zne, vaITUVidaronte - soei-
nado "-ela 'Iatorte.aes, interroi740.0, 1r tectenw:nas da loitura dilu- to auto Plotvio J.In.1.1 :atter, brasileiro, lIntor, volteiro, comarzian-
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cçrsgretInte, rgtileute a av, napiekratrig ,gclslding, 1( 4, api- tal g '11g gortzta loa ':.avtges, brasileiro, z.aior,
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Documento 231c no h711/69
Origem SN I/AC
Assunto
Data VI J 9
0483G Previ.; nQ DISTRIBUIÇÃO
1 7 1?q , E m
DATA PROVIDÉ,NCIAS RUBRICA
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LEONFIDENCIAL
PRESIDÊNCIA DA REPtBLICA
SERVIÇO NACIONAL DE INPORMAÇu 2:7
AGÊNCIA CENTRAL
ENCAMINHAMENTO No>(- SN CENTRAL L.
(5316/055)
U írilat u
1?
Data 14 de julho.
Acsunto s Comando de Libertação Nacional (COLINA)_- Quadrilhas e Conírabliao.
Referiu:eia :
Dia:ribuição: SNI/ARJ ASP LER - ACT e APA. deemeiela, • Aiaiiiewrq
Esta Agãncia sacqminha o seguinte: 4.\
- Cópia de carta-relatório de'ANGRJ%0 MOLITERNO, Investigador Po- --- licial, narrando as investia Obus realizadas em ternr., do Comando de Libertação Nacional (CO ), quadrilhas do e:c-Major hángaro JANUS STRONFIELD„ do paraA.p ou e contrabandc do amae.
* * * * * * * *
; D'.)::;I:311.0 1 (Ar!. C2 - Oac. i'4." C30,4'.7/(17 pra Sd uard. rio As5JrCg:
.:1(1
C 0 11V. W C:1AC:5-1
N O 1
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• 6044
(JU HUiNCIAL J
Zi 1dri:J.C.C.U.Jcifivina°3 relet,ndo Auxiliar da QuartA DivizZo Po1iciP1
G 6YrR
• lin cinco meses, quando recrudreian os • kor-orios e assPlton às organizaçUes banedrías (m tolo pf ..peoi:Jr.-me a investigar tais fotos com o eseigin Uni.co
cem a repartigne policial A clue pertenço, b ,,ez.22 PutorizaçIes vertu-411 de V.Sa. e de 'Ars')
Cer3?, Ry„:"..,joséjuná MoLa Apc4s lndmagãos 9ar.ci e : •
nr‘s E.saca da Guanabara,Jio dg. Jnnr:/:oo. rlaá. rp-irtenilad que fora% skAvY1^'..o prine :c1 eif:3 reLre pOUdNii.V.A respr.npvc: crinciz.
f.t.l.iarlit inq, ÇAntteVa RIc.1^:ot; 0 c :1r!.ei.-os de outubr)i dn
du que no subv,m-IJA fy› conuJw::,z: u:). a c :: S r..1:'.1:5 1 .
:r ti mel or:;.entadua otí C4e.
,..4108T4 OP.
Clur.rM ainda cm Vaaenur,-3 A ccias,n1 informos z.cteúantet..
ro.ilantç-; da t_WW2 LuLAr:o, P ;-31 çuÉ,
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