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COMO ELABORAR UM FICHAMENTO

Para Gil (1999, p. 86) os elementos importantes obtidos a partir do material

pesquisado devem ser anotados e, embora possam ser realizadas anotações no próprio texto,

recomenda-se que estas sejam feitas em fichas de documentação.

As fichas constituem valioso recurso de estudo de que se valem os pesquisadores para

a realização de uma obra didática, científica e outras. A prática contínua do fichamento pode

levar o pesquisador a perceber que o pequeno trabalho inicial reverte-se em ganho de tempo

futuro, quando precisar escrever sobre determinado assunto. Antes de tudo, o fichário precisa

ser funcional. Portanto, não se devem fichar informações que não sejam úteis no futuro

(MEDEIROS, 2000, p. 96).

O modelo comum de fichas apresentados por autores como Gil (1999), Medeiros

(2000) e Marconi (2001) refere-se ainda ao tempo em que a informática ainda não era tão

utilizada para fins acadêmicos como é atualmente. Nesse sentido, as fichas eram elaboradas

como se fossem pequenas folhas de papel pautado, nas quais erma registradas as informações

fichadas.

Inicialmente, vale apresentar como antigamente eram elaboradas as fichas e, depois,

são apresentados os tipos de fichas que poderão ser elaboradas em qualquer microcomputador

e organizadas eletronicamente.

Exemplos de fichas antigas:

Figura 1: modelo de ficha-subguia

Fonte: Marconi (2001, p. 64).

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Figura 2: modelo de ficha não preenchida

Fonte: Medeiros (2000, p. 97).

BibliográficaGLOBALIZAÇÃO

MUNDIAL

Globalização.

Uma sociedade global. 1.1 A

IANNI, Octavio. Teorias da globalização. 2. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1996.

Sumário

1. Metáforas da globalização. 2. As economias-mundo. 3. A internacionalização do capital. 4. A interdependência das nações. 5. A ocidentalização do mundo. 6. A aldeia global. 7. A racionalização do mundo. 8. A dialética da globalização. 9. Modernidade-mundo. 10. Sociologia da globalização.

Apoiado em extensa bibliografia sociológica, econômica e política, o autor procede a uma análise crítica da globalização. Conclui que, no limiar do século XXI, as ciências sociais se defrontam com um desafio epistemológico novo, pois, pela primeira vez, são desafiadas a pensar o mundo como uma sociedade global.

Livro emprestado pela professora Maria do Socorro.

Figura 3: modelo de ficha bibliográfica (tamanho pequeno)

Fonte: Gil (1999, p. 87) e Medeiros (2000, p. 97).

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Exemplos de fichas novas:

1) Tipos de fichas:

a) Ficha Bibliográfica:

- no corpo da ficha é apresentado um esquema ou sumário do texto e, depois, uma breve

síntese do que o autor discutiu na obra.

b) Ficha de Citação Direta:

- é uma transcrição fiel de trechos da obra;

- pode ser uma citação direta curta (até 3 linhas), longa (4 linhas ou mais), ou ambas;

- havendo erros na escrita da obra consultada, deve-se indicar com (sic) após o erro;

- as supressões de palavras e/ou trechos devem ser indicadas por [...];

- quando for uma citação de uma citação (apud) deve-se indicar, também, a referência da obra

original.

c) Ficha de Resumo (citação indireta ou paráfrase):

- é uma síntese clara e concisa das idéias principais do autor, ou resumo dos aspectos

principais da obra;

- deve-se interpretar e redigir um texto com as próprias palavras, tomando como base a obra

do autor consultado;

- não significa um sumário, um índice ou um esquema, mas uma exposição abreviada das

idéias do autor;

- não consiste em uma transcrição (citação direta), pois deve ser elaborada pelo pesquisador

com suas próprias palavras, interpretando o pensamento do autor;

2) Estrutura das Fichas:

1º item – Tipo de ficha (bibliográfica, citações diretas, resumo).

2º item – Referência completa da obra.

3º item – Assunto a ser fichado.

4º item – Local de onde a obra foi obtida (sala de aula, biblioteca da faculdade, livro

emprestado por um amigo, obra própria, internet, etc.).

5º item – Finalidade do fichamento (elaboração do projeto de pesquisa; estudo para

prova de TGA; reunião de fontes para pesquisa futura da monografia; elaboração do trabalho

de Introdução à Economia, etc.).

6º item – Data do fichamento – dia mês (abreviado) ano.

7º item – Corpo da ficha.

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3) Exemplos de Fichas:

EXEMPLO 1)

Tipo de ficha:

Bibliográfica.

Referência:


Assunto fichado:

Globalização mundial.

Local de onde a obra foi obtida:

Livro emprestado pela professora Maria do Socorro.

Finalidade do fichamento:

Apresentar aula para os alunos da Faculdade Baiana de Ciências (FABAC) e da Faculdade

Delta (FACDELTA).

Data do fichamento:

30 ago. 2006.

Corpo da ficha:

Sumário

1. Metáforas da globalização. 2. As economias-mundo. 3. A internacionalização do

capital. 4. A interdependência das nações. 5. A ocidentalização do mundo. 6. A aldeia global.

7. A racionalização do mundo. 8. A dialética da globalização. 9. Modernidade-mundo. 10.

Sociologia da globalização.

Apoiado em extensa bibliografia sociológica, econômica e política, o autor procede a

uma análise crítica da globalização. Conclui que, no limiar do século XXI, as ciências sociais

se defrontam com um desafio epistemológico novo, pois, pela primeira vez, são desafiadas a

pensar o mundo como uma sociedade global.

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EXEMPLO 2)

Tipo de ficha:

Citação direta.

Referência:

ANSOFF, H. Igor; McDONNELL, Edward J. Implantando a administração estratégica. 2.

ed. São Paulo: Atlas: 1993.

Assunto fichado:

Processo de formulação de estratégias.


Biblioteca da Universidade Salvador (UNIFACS).


Elaborar dissertação para conclusão do Mestrado em Administração Estratégica.

Data do fichamento:

09 nov. 2005.

Corpo da ficha:

Em sua obra, Ansoff e McDonnell (1993, p. 70) conceituam a estratégia como “[...]

um conjunto de regras de tomada de decisão para orientação do comportamento de uma

organização.”

Entre as características da estratégia, Ansoff e McDonnell (1993 p. 71, grifo do autor)

destacam:

1. O processo de formulação de estratégias não resulta em nenuma (sic) ação imediata. Em vez disso, estipula as direções gerais nas quais a posição da empresa crescerá e se desenvolverá.2. [...] a estratégia deve ser usada, em seguida, para gerar projetos estratégicos através de um processo de busca. O papel da estratégia nessa busca é, primeiramente, focalizar a atenção em áreas por elas definidas e, em segundo lugar, identificar e eliminar possibilidades que com ela sejam incompatíveis. [...]4. [...] a formulação de estratégias deve basear-se em informações muito agregadas, incompletas e incertas a respeito das classes de alternativas.5. Quando a busca identifica alternativas específicas, as informações mais precisas e menos agregadas que se tornam disponíveis podem levar a um questionamento da prudência da escolha original da estratégia. [...] feedback estratégico.6. Como tanto a estratégia quanto os objetivos são utilizados para filtrar projetos, eles parecem semelhantes. No entanto são diferentes. Os objetivos representam os fins que a empresa está tentando alcançar, enquanto a estratégia representa os meios para se atingir esses fins.7. A estratégia e os objetivos são intercambiáveis; tanto em momentos distintos quanto em níveis diferentes da organização. Assim, alguns atributos de desempenho [...] podem ser um objetivo da empresa num momento e ser sua estratégia em outro.

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EXEMPLO 3)

Tipo de ficha:

Resumo.

Referência:

PORTER, Michael E. Estratégia competitiva: técnicas para análise de indústrias e da

concorrência. 15. ed. Rio de Janeiro: Campus, 1998.

Assunto fichado:

Rivalidade entre os concorrentes existentes.


Biblioteca da Universidade Salvador (UNIFACS).


Elaborar projeto de pesquisa para disciplina de Metodologia da Pesquisa, do curso de

Mestrado em Administração Estratégica.

Data do fichamento:

05 jun. 2004.

Corpo da ficha:

A rivalidade entre os concorrentes existentes em um setor ocorre, principalmente, pelo

fato de que cada empresa deve possuir uma vantagem única sobre seus rivais e, atrelada à

formulação da estratégia, desenvolve uma vantagem competitiva no setor. Nesse sentido, a

rivalidade entre os concorrentes existentes apresenta-se como uma disputa por posição, onde

cada empresa tenta identificar oportunidades para melhorar sua posição (PORTER, 1998, p.

29).

De acordo com o segmento em estudo, por ser bastante diversificado com relação ao

número de cursos e ao número e tamanho das instituições de ensino superior, a competição

torna-se bastante intensificada. Nesse sentido e conforme Porter (1998, p. 34), a competição

pode se dar pela concorrência de preços, pelos investimentos em publicidade, pela introdução

de novos produtos e pelo aumento dos serviços ofertados e garantias dadas aos clientes.

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4) Como organizar as fichas de leitura no microcomputador:7

Fichas

Assunto

Finalidade

Tipo

Bibliográfica

Citação direta

Resumo

Competição

Economia Brasileira

Globalização

Assunto

Finalidade

Competição

Economia Brasileira

Globalização

Prova TGA

Projeto de pesquisa

Trabalho Economia

Prova TGA

Projeto de pesquisa

Trabalho Economia

Assunto

Finalidade

Competição

Economia Brasileira

Globalização

Prova TGA

Projeto de pesquisa

Trabalho Economia

Assunto

Finalidade

Competição

Economia Brasileira

Globalização

Prova TGA

Projeto de pesquisa

Trabalho Economia

Assunto

Tipo

Assunto

Tipo

Assunto

Tipo

Bibliográfica

Citação direta

Resumo

Bibliográfica

Citação direta

Resumo

Bibliográfica

Citação direta

Resumo

Finalidade

Tipo

Finalidade

Tipo

Finalidade

Tipo

Globalização

Competição

Economia Brasileira

Projeto de pesquisa

Trabalho Economia

Prova TGA

Bibliográfica

Citação direta

Resumo

Bibliográfica

Citação direta

Resumo

Bibliográfica

Citação direta

Resumo

REFERÊNCIAS

ANSOFF, H. Igor; McDONNELL, Edward J. Implantando a administração estratégica. 2. ed. São Paulo: Atlas: 1993.

GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1999.


MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia científica: para o curso de direito. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2001.

MEDEIROS, João Bosco. Redação científica: a prática de fichamentos, resumos, resenhas. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2000.

PORTER, Michael E. Estratégia competitiva: técnicas para análise de indústrias e da concorrência. 15. ed. Rio de Janeiro: Campus, 1998.

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