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REIKI… Um Presente de Amor do Coração do Universo * versão de E-BOOK

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Um Presente de Amor Do Coração do Universo



PREFÁCIO O Reiki ressurgiu nos tempos actuais para auxiliar a humanidade a

recuperar alguns dos seus dons espirituais, tais como a cura pelas mãos e a capacidade de Cura à Distância pela projecção consciente de energia (temporal e espacialmente), entre inúmeros outros. O Reiki pretende disseminar um maior esclarecimento do Ser-humano a respeito de si próprio e do Universo em que se insere, nestes tempos de difícil transição para uma nova energia em que o planeta está a entrar e que vai determinar todo o destino da nossa raça actual. A aceleração da consciência de cada indivíduo que compõe o grande corpo que é a Humanidade faz-se mister, de maneira a que consigamos transitar para um patamar de co-existência harmoniosa e pacífica a nível mundial. O caos que se tem vindo a instalar à face da Terra, pelo descontrolo psico-emocional dos humanos e pelo culto do egoísmo e da violência tem revelado proporções desmesuradas e esta mesma falta de controlo associada ao desenvolvimento tecnológico conseguido até agora está a colocar em risco toda a nossa ancestralidade planetária. O Universo está a fornecer ferramentas de utilização fácil (embora o trabalho em si não seja fácil) para auxiliar a humanidade a acelerar o seu despertar. Só não anda para a frente quem não quer!!! O Coração tem que acordar e vibrar para activar o coração de todos os humanos através da magnífica Lei Biofísica da Ressonância. A presença de um Ser-humano desperto pode transformar todo um auditório, toda uma cidade! Vários Seres-humanos despertos podem transformar um País! Muitos Seres-humanos despertos podem transformar o mundo.

Trabalhemos na nossa Ascensão, na Mestria Pessoal, o mais elevado de todos os valores humanos! Ser um Mestre de Reiki não significa que se seja um Mestre na Vida. No entanto, nesse ponto já se possuem poderosas ferramentas para se chegar à verdadeira mestria, resta trabalhar nesse sentido. Só a experiência individual de cada um determinará a sua evolução até à verdadeira Mestria. Não existem galardões ou certificados para os verdadeiros Mestres da Vida As iniciações são internas, privadas e intransmissíveis. A Ascensão de cada indivíduo é Secreta e diz apenas respeito a si próprio, ao seu Real Ser e ao Universo. Ocupemos o nosso lugar no Universo e dignifiquemos o grande corpo humanitário a que pertencemos através da nossa entrega à conquista da Perfeição, da Verdadeira Mestria. Só a nós cabe optar pelo CAMINHO DA LIBERDADE SUPREMA! Amorosamente

Mélanie Chaîne



Capítulo I

Conhecendo o Reiki



1. A Génese do Reiki

Existem algumas versões em torno da biografia do primeiro Mestre de Reiki, Mikao Usui pois, com a chegada do seu trabalho ao Ocidente, houve alterações facciosas à história original que pretendiam tornar mais credível o Reiki perante a sociedade ocidental. Quem desejar conhecer cada uma dessas versões encontra no mercado bibliografia informativa diversa. Nesta obra, o que importa realçar são os seguintes factos: durante o século XIX, Mikao Usui, teólogo japonês, leccionava num mosteiro budista quando foi interpelado por um dos seus alunos que pretendia saber como Jesus, Buda, entre outros Mestres, conseguiam curar com as suas mãos. Sem resposta, Usui retirou-se para uma montanha submetendo-se a um intenso período de vinte e um dias de jejum e meditação, após o qual logrou a reactivação das capacidades de Cura pelas mãos em si próprio, entre outras importantes revelações. A partir desse momento, ficou apto a transferir potente energia de cura (que designou REIKI) através de um processo consciente e com objectivos específicos. Com base em certos conhecimentos-chave que lhe foram revelados, Mikao Usui passou a transmitir a outras pessoas a capacidade de canalizarem eficazmente as energias de cura através de si, podendo beneficiar-se a si próprios ou aqueles que as procurassem nesse sentido.

2. Análise Etimológica do Termo

Rei é um termo que se refere à energia que impregna todo o Universo e que permeia toda a criação material e imaterial Ki diz respeito à energia que circula individualmente em cada ser vivo ReiKi pretende referir-se à interacção que resulta entre a Energia Universal (designemo-la por Holocampo) e a energia vital que permeia cada indivíduo (designemo-la por Biocampo). Este intercâmbio será devidamente aprofundado no item 6.

3. Divulgação do Reiki no Ocidente

Um número cada vez maior de pessoas procura assegurar a manutenção de um bom estado de saúde através de métodos que se têm revelado bastante mais eficazes do que aqueles apresentados pela designada “medicina convencional”. Embora se revele bastante eficaz em situações de emergência [tais como operações cirúrgicas, substituição de órgãos ou auxílio de funções fisiológicas prejudicadas - através da aplicação de aparelhos, por exemplo (pace-makers, ventiladores artificiais) entre outros benefícios], no que diz respeito a auxiliar um organismo desequilibrado a repor o equilíbrio de uma forma natural e espontânea por vezes falha, limitando-se a empregar substâncias químicas que, apesar de auxiliarem a reposição de determinadas funções do organismo vão prejudicar outras retardando a reposição do equilíbrio biológico.

Para complementar as lacunas da medicina convencional, diversos métodos equivocamente designados “alternativos” e mais correctamente designados de “complementares”, têm surgido, de entre os quais Acupunctura, Moxibustão, diversos tipos de Massagem, Osteopatia, Fitoterapia, Homeopatia, Kinesioterapia, etc. O Reiki é um destes métodos, um método holístico e



eficiente no âmbito dos objectivos que pretende atingir. Desde que devidamente trabalhada (captada e orientada), a energia que flui do Universo através de cada Ser-vivo está apta a promover a Cura integral de qualquer organismo. Felizmente, técnicas como o Reiki, e semelhantes, são já amplamente utilizadas em hospitais de diversos países, tanto americanos como europeus, num serviço conjunto com a medicina convencional, para lograr uma maior eficiência na recuperação dos pacientes.

A acção do Reiki está muito além de qualquer especulação filosófica, preconceito psíquico, interpretação parapsicológica, efeito de placebo ou crença espiritual. A Ciência actual tem ao seu alcance todos os meios, com base na Física Quântica, Electricidade, Magnetismo, Biologia Celular, Fisiologia, entre outras disciplinas, de explicar e demonstrar eficientemente os efeitos desta terapia, tão antiga como o mundo, simplesmente traduzida e aplicada segundo um método específico, denominado Reiki.

A terapia com Reiki é de tremenda eficiência em questões psicossomáticas e psicoemocionais. Mas toda a doença física é fruto e é consequência de um desequilíbrio que começou em outros níveis que não o biológico, como veremos mais adiante. A energia Reiki consegue abordar a causa do problema, erradicando as suas consequências e portanto a doença física, emocional ou psicológica, chegando mesmo mais longe e reconectando toda a componente somática (corpo físico) com âmago espiritual de cada Ser. Ao longo deste livro ficará mais claro o conceito de “espiritual” e “espiritualidade”, tão obscuro e alvo de permanentes equívocos interpretativos por parte da maioria das comunidades actuais (especialmente ocidentais).

4. As Iniciações

A forma pela qual Mikao Usui promoveu a disseminação da capacidade de canalizar Reiki por várias pessoas designa-se INICIAÇÃO. Uma iniciação de Reiki é um processo pelo qual determinadas capacidades latentes no Ser-humano são activadas. No caso de Mikao Usui, na montanha, essa iniciação, que lhe proporcionou a reactivação da capacidade de cura pelas mãos, foi feita pelas Forças Universais, pelas Forças Cósmicas e, quando um Mestre (neste caso concreto, trata-se do nome conferido a quem trabalhou amiúde e domina minimamente as técnicas de canalização de energia para curar) transmite essa informação energética a outras pessoas, a iniciação é desencadeada por esse mesmo Mestre, por essa entidade humana, que promove a activação de uma determinada capacidade através de um código energético e de uma sequência determinada que vai proporcionar a estimulação do processo no aluno ou discípulo que o recebe. Deste modo, só é praticante de Reiki quem receber as iniciações da parte de um Mestre qualificado na transferência e na transmissão desse conhecimento, dessa energia, dessa vibração.

5. A Acção do Reiki

Na incompleta sociedade ocidental, tão permeada por um ritmo aceleradíssimo e desequilibrado, onde a principal tendência é dar-se demasiada importância ao materialismo, aos cinco sentidos básicos, à racionalização e a todos os processos mentais, em detrimento de outras funções que deviam ser activadas em cada Ser-humano para que se



conseguisse manter todo o equilíbrio geral da sociedade e da humanidade, tudo o que fuja à lógica intelectual costuma ser rejeitado à partida ou relegado para a extensa lista de factos a serem cientificamente demonstrados, para que passem a ser legitimamente aceites pela sociedade.

O intelecto não é capaz de compreender e atingir todas as dimensões da vida. É importante que sejam activadas e compreendidas outras dimensões humanas que não são abordadas pela via mental, mas por outras que não adianta estar agora a designar, mas simplesmente experienciá-las, para começar. O Reiki pode colocar-nos em contacto directo com essas realidades, com essas experiências que estão para além da razão; nem o facto de ainda não estarem cientificamente demonstradas torna estas realidades menos válidas, verdadeiras ou inatingíveis pelo Ser, por serem naturalmente imanentes.

Tomemos por exemplo a luz branca que atravessa um prisma e se refracta em sete cores principais, que compõem o espectro visível ao olho humano. O Reiki é como essa luz branca, indiferenciada em cores, simplesmente pura. E quando atravessa os níveis da matéria, ela refracta-se em outras realidades, com outras características da luz branca original. Ora, sendo o Reiki essa energia branca, digamos assim, a titulo comparativo ele é a capacidade, a potência, a energia original perfeita, indivisível, indissociável e imutável, capaz de com a sua vibração original e por ressonância transmitir novamente a perfeição aos universos e às realidades materiais ou mais subtis onde vai actuar. Vamos compreender esta terminologia no próximo item. De momento fique presente que Reiki é energia pura de elevada vibração, de ritmo e composição perfeitos. O Reiki limpa e lava tudo por onde passa. O Reiki coloca cada célula, cada molécula, cada átomo, em contacto directo com os impulsos vivos do Universo, conduzindo o seu receptor a uma profunda e intensa vivência holística.

6. Holocampo e Biocampo

Na atmosfera que nos circunda pairam inúmeras radiações imperceptíveis aos nossos sentidos físicos, mas nem por isso menos reais, factos mais do que demonstrados pela ciência actual. Desde radiações de luz, som, Ultra-Violetas, Infra-Vermelhos, raios X, electromagnetismo, tudo se encontra em acção permanente num meio de características variáveis que se pode designar por Holocampo (holo = todo). Assim, distingue-se o Holocampo do Biocampo: este último diz respeito ao campo energético individualizado de cada Ser-humano, portanto, à composição energética única que integra o corpo biológico de um ser vivo.

Do intercâmbio energético entre o Holocampo e um Biocampo resultam processos mais ou menos harmoniosos que vão determinar a qualidade existencial de cada indivíduo. Assim, a saúde de cada um depende:

o Da capacidade de homeostase (autoregulação) de cada organismo; o Da forma como cada organismo metaboliza a energia que contacta.

O Reiki pretende transformar cada praticante num agente gerador de

harmonia, capaz de se libertar de bloqueios internos e de ajudar outros a lograrem o mesmo, enquanto que, simultaneamente a todo esse belo trabalho, eleva ao máximo a capacidade de intercâmbio com o Holocampo. Com a prática



todos os que se empenham verdadeiramente, convertem-se em irradiadores naturais dessa harmonia, passando a manifestá-la em todo o organismo, nas naturais actuações do quotidiano, perante quaisquer circunstâncias.

O facto de os seres humanos serem alvos de ciclos e obedecerem a ritmos em diversos níveis na sua existência, levou inclusive os cientistas a designarem o termo bio-ritmo para definir determinadas características que se revelam durante o processo existencial de um indivíduo. No universo físico, a energia encontra-se polarizada. Isto significa que a descrição do universo físico, tridimensional e dual, é feita com base em opostos: branco ou preto, quente ou frio, alto ou baixo, escuro ou claro, entre muitos outros. Então, do equilíbrio, da oscilação e inter-conversão entre ambos os pólos surge um movimento que proporciona a continuidade existencial. Então, o Ser-humano está afectado em todos os seus níveis existenciais por estas características duais. Por exemplo, no seu quotidiano ele tem momentos em que a vida é próspera e avança sem dificuldades e tem outros em que há uma dificuldade imensa em projectar toda a existência para a frente. Esta oscilação é resultado da interferência de inúmeros factores, desde características psicológicas, emocionais, entre outras que interferem em toda a bioquímica orgânica, alterando e induzindo comportamentos ao longo do progresso existencial. Então quando o Ser-humano esta num processo de “baixo” ou de depressão na sua existência e não consegue, quando surge a altura de eclodir, voltar à parte yang – activa – do seu processo existencial, ou seja, quando a vida já flui sem dificuldades, se ele se deixa manter em níveis inferiores, seja por um sentimento de vitima ou uma culpabilização, ira ou inveja, não vai conseguir recuperar da baixa vibração em que esteve anteriormente e este processo pode estar na base de uma depressão, ou daquilo a que os psicólogos designam actualmente por uma depressão. Um estado depressivo resulta de uma pessoa manter-se demasiado tempo em níveis de tão baixa vibração energética que começa a imprimir estados de bloqueio e doença no seu organismo, começando pela sua componente psicológica e emocional. O fenómeno oposto é o daqueles indivíduos que trabalham constantemente e não conseguem estabilizar o seu ritmo em baixas vibrações – baixas no sentido de repouso. Ou seja, estes indivíduos não conseguem baixar de um nível de actividade mental que lhes possa proporcionar, por exemplo, uma noite tranquila ou um descanso satisfatório. Chama-se a isto stress, actualmente, e transforma-se em doença a partir do instante em que se instala e se torna crónico ou mesmo continuado. Portanto, referimos aqui duas situações opostas em relação a resultados bioquímicos em que ambas levarão, com a continuidade, a doenças biológicas que poderão não ser contornáveis. Então, do equilibro, da compreensão e do seguimento consciente dos ritmos individuais de cada um, será possível recuperar-se a saúde naturalmente.

7. Alterando Padrões Equivocados

Para além dos exemplos abordados no item anterior, praticamente todos os problemas e distúrbios, sejam eles de índole espiritual, emocional, mental ou biológica, devem-se fundamentalmente à ilusão de separação em relação aos princípios da vida. As pessoas desligam-se com muita facilidade das leis que regem a sua existência saudável, não apenas no plano físico, porque essas são fáceis de descrever pela ciência, mas fundamentalmente nos planos internos, tanto inferiores como superiores. Movidas pela sensação de solidão



decorrente desta ilusão as pessoas procuram inúmeras formas de compensar esse vazio, umas através de rejeição, seja de regras, religião, ciência ou outra coisa qualquer, e outras através da busca de prazeres e satisfações efémeras e fugazes que não trazem realização e ainda ajudam a aumentar esse vazio e solidão. E por isso que actualmente entre tanto caos e vazio interno existe tanto vicio em álcool, drogas, tabaco, café, chocolate, sexo e outras substâncias. As pessoas buscam pela intoxicação bioquímica o preenchimento desse vazio que enquanto não for atingida a causa original dessa questão, ou seja, a correcção de todos os equívocos vibratórios que foram instalados a existência actual de cada um, não será preencher esse vazio. Há quem se entregue ao vandalismo, há quem se entregue ao perfeccionismo, há quem acredite que tem uma culpa para resgatar (o que vem muito de influências religiosas deturpadas que foram trazidas para os tempos actuais). Estas pessoas lutam uma vida inteira para expiar essa culpa, o que nunca se consegue, pois essa culpa é fictícia; há quem se julgue senhor do mundo, são os heróis que saem por aí a fazer todos os disparates que julgam ter o direito de fazer com o objectivo de se sentirem superiores, fortes, e que nada os pode vencer, quando na realidade não são nada nem ninguém e estão altamente desequilibrados, a necessitar de uma harmonização e de uma correcção urgente. Uns agarram-se ferrenhamente à religião, outros rejeitam sagazmente qualquer conceito esotérico religioso ou que fuja as designações cientificas e racionais que, como já referido noutro item anterior, a sociedade ocidental tanto preconiza e defende. Há quem busque a segurança e o amor exercendo poder sobre os outros. Elas acreditam que podem transformar o mundo para que ele possa vir a atender as suas necessidades.

Como alguém disse outrora, “é mais fácil calçarmo-nos do que alcatifar o mundo inteiro”, e antes de se procurar transformar o mundo, transformemo-nos a nos próprios. Do fortalecimento energético holístico advirá toda a realização pretendida.

8. Compreender, Controlar e Dirigir

a Energia Conscientemente

Através de exemplos simples do quotidiano, é possível compreender que consoante apenas o estado anímico de uma pessoa, o seu nível vibratório varia tremendamente. Quando estamos perante uma pessoa mal-humorada, maldisposta, pessimista, negativa ou depressiva, não nos sentimos da mesma forma que nos sentimos quando estamos perante uma pessoa alegre, dinâmica, positiva, bem-disposta e optimista. Se nos concentrarmos nestes dois fenómenos simples e tão objectivos, desde já se torna possível distinguirmos e compreendermos como nos afecta incrivelmente o estado vibratório de uma pessoa, que no primeiro caso é dissonante e no segundo caso é harmonioso. Assim, como sentimos os outros, também nos próprios nos sentimos melhor ou pior, consoante o momento, ou seja, com mais alta vibração ou com mais baixa. A energia que irradiamos determina o estado anímico e consequentemente a natureza e o fluxo da energia que irradiamos. A nossa mente tem um papel fundamental a determinar a direcção da nossa energia, daí que o pensamento positivo e o cultivar do optimismo, apesar de não serem por si suficientes para alterarem uma situação desagradável, eles são determinantes na manutenção de uma direcção correcta para que possa vir a



ocorrer uma transformação positiva na vida de quem aprender esses métodos de transformação pelo optimismo, pela força positiva da vibração construtiva. Qualquer Ser-humano que pretenda dedicar-se ao plano de cura, seja através do Reiki ou de outra metodologia qualquer, tem que obrigatoriamente aprender a controlar e a regular o fluxo do seu campo, do seu Biocampo, dirigindo intencionalmente a energia com propósitos terapêuticos para os objectivos pretendidos. Este é o objectivo de se executarem práticas e metodologias adequadas, conjuntamente com uma regularidade e uma persistência na aplicação das técnicas que visam determinado objectivo, neste caso, o terapêutico.

9. O Dom da Cura pela imposição das Mãos

Importantes culturas ancestrais conheciam o dom da cura pelas mãos e seguiam-no segundo o seu sistema de tradições. Na Índia há mais de sete mil anos, na China há mais de cinco mil, os campos de energia vital eram conhecidos e a sua energia abordada visando-se a cura do corpo físico através de abordagens a este mesmo campo energético. A capacidade de curar faz parte de todas as pessoas, é um dom inato e latente na maior parte delas, mas qualquer um pode curar-se e proporcionar a experiência de cura a outro ser. A cura instala-se quando a causa do desequilíbrio que deu origem a doença é erradicada. Quando alguém se magoa, por exemplo ao tocar na parte ferida, pode auxiliar na diminuição da dor, do incómodo ou do desconforto. Se em simultâneo a pessoa relaxar, descontrair, concentrar-se e dirigir a sua atenção para o ferimento, os mecanismos de regeneração da parte afectada serão activados e a sua eficiência incrementada. Quando qualquer processo doloroso é empregue para desenvolver a capacidade de interiorização, concentração e transmutação num ser, esse procedimento possibilita a abordagem de toda a circunstância do acidente a um nível mais profundo que poderá possibilitar eliminarem-se as causas relacionadas com o incidente de uma forma definitiva. No entanto, apesar de qualquer pessoa poder curar pela imposição das mãos, só é considerado um praticante de Reiki aquele que tiver recebido pelo menos a iniciação do Nível I por um Mestre qualificado nesta arte-ciência-terapia.

10. Incentivando a Cura

Numa sessão terapêutica com Reiki ou durante uma iniciação de qualquer um dos níveis, desencadeia-se uma activação da percepção do contacto com a energia Universal que flui no organismo, gerando e perpetuando a Vida que flui em cada Ser. O contacto mais consciente com essa energia reencaminha a percepção para os níveis mais profundos e íntimos do Ser para que ocorra um efeito energético de integração na Unicidade Cósmica. Esta vivência é tão mais intensa, esplendorosa e duradoura quanto maior a entrega ao processo; como consequência primordial, são integradas as partes dispersas do Ser-humano que está a ser transformado e, alinhando-se nele todo o propósito existencial com o momento presente que está a ser vivenciado, é possibilitado o regresso a experiência da totalidade. Deste modo revela-se a via pela qual a Essência pode começar a liderar a existência do indivíduo, possibilitando-lhe a reposição do equilíbrio original em todos os seus níveis multidimensionais. A cura acontece sempre que se aceitam as partes



afectadas, possibilitando a sua transmutação no padrão da perfeição original. Consciencializar-se da liberdade a que cada um tem direito, recebê-la e integra-la na sua energia é fundamental em cada Ser-humano. Assim, a aceitação da individualidade é da responsabilidade de cada um, bem como a forma pela qual essa mesma individualidade conduz a Vida, segundo o livre-arbítrio que lhe é intrínseca.

11. Descrição Energética do Processo

O Reiki ao percorrer o corpo vai agir sobre as diversas dimensões humanas, desde a mente, às emoções, aos centros energéticos, desde Chakras a Meridianos de Acupunctura a Plexos Nervosos, bem como todo o corpo físico. A Energia vai relaxar e desbloquear as partes do corpo com as quais tiver permissão, consciente e subconsciente, para contactar. É por isso que por vezes a pessoa pensa que quer a cura, mas subconscientemente uma programação que esteja a determinar o oposto impede a livre circulação da energia que possibilitaria o processo da cura, mantendo-se desta forma o bloqueio original e, consequentemente, a doença, até que a programação equivocada seja substituída por uma programação de cura. Esta reprogramação tem sempre que acontecer, ou o desequilíbrio ou doença será meramente disfarçado e não erradicado. Um bom terapeuta saberá identificar uma situação de bloqueio subconsciente que deverá ser primeiramente resolvida, antes de se continuar o processo de harmonização biológico. A tensão acarreta ansiedade e hostilidade. Assim, a acção do Reiki consegue abrandar inflamações agudas, desequilíbrios crónicos, dores, incómodos, pois todos eles são sintomas de conflitos armazenados, obrigados a manifestarem-se por excesso de sobrecarga de um determinado nível existencial. O Reiki reprograma as estruturas que contacta encaminhando-as por vias funcionais mais harmoniosas, removendo bloqueios e repondo padrões originais de funcionamento optimizado. Após cada terapia ou cada iniciação, cada contacto com a energia Reiki, verifica-se um incremento do metabolismo celular, uma normalização das actividades orgânicas, uma tranquilidade e harmonia psicológica, a nível do pensamento e de todo o processo intelectual, pois uma nova vitalidade circula pelo organismo. Os bloqueios foram removidos a passagem da energia pura do Reiki e as matrizes de funcionamento optimizado original foram repostas Os processos de desintoxicação terão sido reactivados e acelerados, eliminando desta forma antigas toxinas e através da livre circulação de energia e consequentemente do impedimento de estagnação pelo corpo pelas estruturas contactadas, será impedida a acumulação de novos resíduos, pois cada vez mais uma maior área orgânica será preenchida com energia vital dinamizada, proporcionando níveis de qualidade vital cada vez maiores. E assim se gera um mecanismo que proporciona a reposição e o incremento positivo dos índices de saúde através de um feedback positivo. A purificação dos canais subtis e orgânicos aumenta a capacidade de resposta a estímulos do meio ambiente e a eliminação de bloqueios que limitam a percepção existencial possibilitando assim uma visão mais holística da realidade e a inserção harmoniosa na existência actual decorrente.



12. Evoluindo

Quem aplica Reiki com frequência, a si próprio ou a outras pessoas, vai-se apercebendo que inúmeras formas desactualizadas, deficientes e desequilibradas de gestão energética nas suas próprias existências vão sendo substituídas por novas formas de abordagem saudável ao seu quotidiano. Através do seu desenvolvimento pessoal, elas vão logrando uma forma de estar mais desperta, atenta e consciente, que lhes possibilita aperceberem-se e evitarem situações para as quais antes não se encontrariam sensibilizadas. Deste modo, será possível contornar inúmeras situações que anteriormente pareceriam impossíveis de abordar de uma forma saudável e positiva. O Reiki aumenta a criatividade e com ela a expressão individual de cada um. Assim, em vez das pessoas passarem a ser travadas pelo medo, elas deixam-se conduzir livremente pelo fluir natural que a vida lhes concede com entusiasmo, alegria, responsabilidade e satisfação. Todo um comportamento mais estável, equilibrado, se vai instalando e manifestando no quotidiano destas pessoas, que encontram maneira de praticar assídua e regularmente o Reiki, como já dito, sobre si próprias ou sobre terceiros. É muito importante, principalmente se já se trabalhar com energia Reiki sobre outros, manter-se sempre a prática individual. O campo energético de um terapeuta, de um curador ou de um praticante de Reiki, deve ser meticulosamente preservado e alimentado. Um praticante deve sempre ter em atenção como se insere em todos os seus níveis existenciais, deve ter cuidado com os níveis físico, emocional, psicológico e espiritual, impedindo a introdução de elementos desarmonizados em qualquer um deles, pois só assim se conseguira manter em equilíbrio e com a consciência adequadamente sintonizada para que nada de mal o possa atingir. Numa fase inicial, em que inúmeros conceitos equivocados deverão dar lugar a conceitos que possibilitem uma perfeita integração na existência, em que inúmeras situações bloqueadas deverão dar lugar à coragem para uma nova abordagem as situações problemáticas, transformando-as e convertendo-as em liberdade, tudo isto pode originar uma certa insegurança e ansiedade sendo necessário o empreendimento de um certo esforço para equacionar e integrar as novas experiências de um modo salutar e próspero. Na vida de cada um. Até que se instale plenamente uma sensação de realização e bem-estar, é difícil compreender que toda uma situação aparentemente assustadora de desamparo, medo e transformação possa vir a conduzir a um estado de liberdade, de bem-estar, de satisfação e de auto-responsabilidade tão gratificante.

13. Autogestão da vida

Enquanto não se toma consciência e não se atingem os níveis de vibração que permitam segurar as rédeas da própria vida e conduzi-la por onde se pretenda, é importante que se aprenda a ter serenidade e aceitação perante quaisquer circunstâncias que se manifestem. Todo o Ser verdadeiramente consciente sabe que mais importante do que o que a vida revela, é a forma como ele reage perante cada situação. Assim, mais importante do que a quantidade ou o tipo de experiência, é a maturidade emocional e psicológica e a inteligência que possibilitarão a cada um resolver cada circunstância que se lhe apresente no quotidiano de uma forma positiva, próspera e com sucesso absoluto. A forma como se reage exteriormente reflecte parcialmente uma



determinada dimensão do universo interno. Um interior harmonioso, tranquilo, organizado, reflecte através dos comportamentos emocionais e do meio ambiente material externo todas essas qualidades, enquanto que a desordem, desorientação, ansiedade são expressos também através das emoções e do ambiente externo, mas com baixa qualidade, ou seja, desorganizado, desarrumado, ansioso e instável.

14. Missão

Todos podem realizar o propósito que os trouxe a esta existência terrena, física, material, na actual conjuntura espaço-temporal; basta que cada um se encarregue responsavelmente do seu processo de transformação individual. Apesar de todos quererem ser aceites e reconhecidos tal como são, existem características que devem ser transformadas pelo facto de não comportarem a vibração adequada à ascensão e à auto-realização daquilo que a veicula. Deste modo, se uma doença qualquer diz respeito a uma opressão ou a um bloqueio, a única forma de a controlar, podendo-se eliminar e recuperar as características de saúde máxima, é através de um processo individual e intransmissível de auto-reconhecimento e identificação da componente biológica e molecular com o arquétipo de perfeição delineado para o seu organismo e imanente em níveis de vibração superiores ao plano causal. O que se entende por verdadeiramente? Cada ser tem uma vibração original, uma nota, uma tónica, que lhe compete, que lhe corresponde. Aquilo que muitos fazem é semelhante ao darem uma nota numa guitarra eléctrica e ao distorcerem-na, perdem totalmente o sentido da nota original. Muitos fazem isso à sua existência, ao receberem a pureza da melodia da sua própria vida, distorcem-na ao ponto em que já não expressam absolutamente nenhuma harmonia e originalidade, nenhuma da energia que era suposto ser manifestada no plano físico. A única forma de eliminar essas distorções à energia original recebida e emanada pela alma e pelo espírito para a sua manifestação no plano físico é a correcção dos seus veículos de manifestação na matéria. Uma pessoa que revela excessiva raiva vai adulterar de tal modo os seus veículos de manifestação nos diversos planos subtis da sua existência que essas adulterações vão influenciar o plano físico, gerando incontornavelmente doenças no fígado e na vesícula biliar. Se uma pessoa tiver excesso de medo ou culpa acumulados irá sofrer de problemas de rins. Se uma pessoa for demasiado triste gerará posteriormente tuberculose, problemas de pulmões (qualquer pessoa afectada por tuberculose manifesta uma personalidade triste). Se uma pessoa tiver excesso de preocupação terá pouca energia, o baço estará a funcionar insuficientemente; o excesso de alegria, sob a forma de euforia, afecta negativamente o coração (um estudo dos movimentos energéticos à luz da Medicina Tradicional Chinesa revelam explicitamente estas interacções e analogias entre os órgãos e estados psíquicos). Todos estes mecanismos de influência das emoções e dos estados anímicos sobre os órgãos geram um feedback positivo de contaminação gradual e debilitação progressiva do órgão afectado, de maneira a que uma maior raiva dá maiores problemas de fígado, problemas de fígado dão sintomas de irritação - daí que o senso comum diga que “tem maus fígados” das pessoas que são mal-humoradas por natureza.

Se uma pessoa quer eliminar um sistema de feedback instalado e gerador de doença, tem de primeiro consciencializar-se desse processo e depois



empreender o esforço necessário para inverter a degradação instalada e permutá-la em progressivo avanço para um mecanismo de instalação de saúde. Cada um traz a missão de reintegrar harmoniosamente cada energia que constitui cada porção da sua magnitude existencial. Então há que se terminar com todos os bloqueios e todas as divisões entre o sistema consciente e subconsciente. Inserindo-se positivamente na sua existência, abordando de uma forma positiva construtiva e adequada cada circunstância que se apresente no quotidiano, aceitando-se este tal como é, e agindo sempre da forma mais positiva, conseguir-se-á um encaminhar progressivo para padrões de energia cada vez mais elevados e sucessivamente realizadores.

15. Reiki: Seita? Religião? Esoterismo?

Os princípios básicos da actuação do Reiki podem facilmente ser descritos pela física quântica actualmente conhecida e por inúmeros conceitos da biologia, da bioquímica, da biofísica, da ecologia, entre outras ciências actuais que podem descrever todos os processos de interacção da energia cósmica com a energia de cada indivíduo.

O REIKI NÃO É UMA SEITA, pois, etimologicamente o termo seita deriva da

terminologia latina *secta,ae, que significa “partido, causa, princípio, escolha filosófica”; consequentemente o termo pode indicar separatividade e divisão em relação a um todo envolvente quando, na realidade, o que o Reiki preconiza é a integração do indivíduo nessa mesma totalidade, com mais qualidade existencial. O Reiki também não é um princípio nem uma escolha filosófica mas energia pura em moção.

Há, no entanto, predominantemente no Ocidente, uma abundância de pseudo-Mestres-Professores de Reiki que pretendem mesclar as suas adulteradas crenças culturais com os puros princípios Reikianos; alguns fazem-no por ignorância, outros, porém, com explícitos objectivos de domínio e controlo das suas classes de aprendizes. Todo o Mestre-Professor que pretenda manter o aluno de Reiki sob sua subjugação não está a desempenhar adequadamente o seu papel. Todo o aluno de Reiki é livre de viver a sua vida como entender e de expandir os seus horizontes sem qualquer ligação de âmbito obsessivo ao Reiki. Da parte do Mestre, defender a integridade dos métodos e do sistema é uma coisa, manipular e controlar o aluno, seja por que via for, é outra.

REIKI NÃO É RELIGIÃO, porque o termo religião é originário da etimologia

latina *religio,õnis, que significa “culto religioso, práticas religiosas”. Ora, o Reiki não se propõe a qualquer culto ou prática religiosa. Ainda menos a idolatrias, nem sequer a Mikao Usui. Manifestar gratidão ao disseminador original deste método, do mesmo modo que se manifesta gratidão aos pais biológicos pela Vida terrena que nos proporcionam é uma coisa. Idolatria não tem nada a ver com gratidão mas com obsessão e sentimento de inferioridade. A idolatria (de popstars, de clubes, de Jesus, Buda, Krsna,… ) é uma energia dispersiva tremendamente nociva na maioria dos casos. Seguir bons exemplos é diferente de idolatrar quem os manifesta. Seguir uma mente colectiva desequilibrada pode ser extremamente debilitante dos planos internos e da força individual. No entanto, harmonizar-se com um padrão energético colectivo (mental, emocional, espiritual ou outro) pode ser profundamente



enriquecedor e próspero a diversos níveis. É importante que cada indivíduo conquiste a sua auto-suficiência, independência, liberdade e auto-realização totais.

Pelo facto de cada nível de Reiki incluir uma Iniciação (do Latim *initiare que significa dar início, começar) ou Rito (do latim *ritus,us, significando “cerimónia, uso, costume”), o Reiki em si não tem nada de religioso. Trata-se do equivalente a um protocolo que se siga num laboratório de Ciências com o intuito de atingir um determinado resultado, ou como uma receita culinária para confeccionar um determinado cozinhado. Mesmo as sequências terapêuticas abordadas nos primeiros níveis, com a prática vão dando lugar, especialmente em níveis avançados, às abordagens intuitivas baseadas num saber interior totalmente desprovido de rituais, sequências ou especificações pré-estabelecidas.

REIKI NÃO É ESOTERISMO, porque o termo esoterismo é etimologicamente originário do grego esotérikõs, derivado de esotéros que significa “mais íntimo”. Se o conceito de “mais íntimo”se referir ao facto do Reiki apenas poder ser transmitido a um número restrito de indivíduos (como antigamente apenas um número ínfimo de alunos que comungavam mais intimamente com os Mestres de diversas Artes Ocultas, tinham acesso aos ensinamentos a serem transmitidos) é evidente que Reiki não é esoterismo! O Reiki é para todos! Simplesmente, se bem disseminado e ensinado, ao longo dos níveis vai-se processando uma Selecção Natural em prol daqueles que estão de facto aptos a desempenhar este trabalho. Esta selecção não diz respeito ao Mestre, mas implica uma actuação profunda e intensa das Leis que regem todo o Universo e que vão agir sobre o aluno. Além do mais, ainda que “mais íntimo” se refira ao contacto com o mais profundo e Essencial de cada um, a forma como o Reiki é abordada é até bastante exotérica, pelo facto de ser acessível a todos, pelo menos até uma dada etapa. O Reiki apresenta tanto a vertente esotérica como exotérica, mas a forma como se divulga é explícita e isenta de secretismos, ou seja, é declaradamente não esotérica.

Claro que numa determinada fase deste processo todo o aluno se vai ver

confrontado com a sua Missão que, num certo nível já avançado passa por este assumir a sua única, pessoal e intransmissível entrega ao serviço da Humanidade, o serviço desinteressado, que é algo que nasce naturalmente de uma entrega à ascensão interna que o próprio Reiki vai ajudar a activar. É algo que vem com o desabrochar natural e integração da alma e do coração na dimensão física. Se agentes externos à experiência de um praticante equilibrado de Reiki decidirem criticar o seu comportamento, rotulando-o de religioso, esotérico, fanático ou sectarista, problema deles. Estarão certamente a ser guiados pelo preconceito nas suas judiciosas e equivocadas expressões verbais. Afinal, porque haviam outros humanos de ser detentores da verdade? Essas atitudes não passam de mera arrogância intelectual, mesquinhez de alma e mediocridade de espírito. Nem sequer há tempo a perder com gente que pretenda exclusivamente argumentar e esvair-se energeticamente em confrontos verbais para fazer valer preconceitos e estigmas mentais muitas vezes não fundamentados. Esse tipo de diálogos, ainda que pretensiosamente construtivos, não leva a lado nenhum. A Grande Sabedoria é veiculada pelo Silêncio Sagrado e a prática incansável e ininterrupta do bem.



16. Mikao Usui e o fenómeno que lhe revelou o Reiki

Antes que o fenómeno de transmissão do Reiki a Mikao Usui, aquando o seu retiro de meditação de 21 dias, se torne tão enigmática como algumas passagens da Bíblia, tornando passível a especulação e manuseamento oportunista das mentes ignorantes (como muitos falsos praticantes pretendem) passemos a uma breve explicação deste processo - equivalente ao que decorreu com a revelação dos mandamentos a Maomé na Montanha.

Como humanos possuímos, para além da nossa natureza biológica, uma natureza energética humana que é estruturalmente igual para todos os humanos. Da mesma forma que possuímos cérebro, pulmões, coração, fígado, baço, estômago, intestino, bexiga, … todos temos níveis energéticos que podemos designar por corpos subtis1: corpo plásmico, corpo emocional, corpo mental, corpo astral, corpo holográfico, corpo estrela e corpo diamante. Explicando melhor: da mesma forma que a luz branca ao atravessar um prisma se decompõe num espectro colorido dentro do qual se atribui nome a sete cores consideradas principais, a energia universal ao permear um Ser-humano é decomposta em vários corpos.

Agora que se abordou vagamente a composição energética humana, pode-se explicar o fenómeno que conduziu à activação da energia e das bases do Reiki em Mikao Usui.

A. Explicação Simples 1ª fase: O registo de todo o passado humano (registo akáshico) está inscrito

na componente electrónica planetária e pode-se ter-lhe acesso através de uma disciplina mental e de um adestramento energético adequado. Através do jejum, a concentração energética é desviada dos centros inferiores para os superiores (a actividade cerebral é fortemente alterada para padrões de processamento que possibilitam um melhor acesso ao subconsciente que inclui realidades colectivas, do passado e presente). Através da meditação e da concentração, dirige-se a energia para o objectivo pretendido. Quanto mais energia envolvida no processo, mais objectiva e rápida é a resposta pretendida. Assim, Mikao Usui acedeu ao registo pretendido.

2ª fase: Da mesma forma que a leitura de uma biblioteca inteira não nos torna conhecedores de nada, apenas a experiência nos pode transformar verdadeiramente. Mikao Usui não se limitou a traduzir a revelação do processo de Cura com Reiki no seu “Trono Central”, no “Santuário Interior”, no centro do seu cérebro, como toda a experiência telepática traduzida impõe. Ele havia invocado a activação do mecanismo de Cura em si, o que exigiu uma activação por ressonância nas suas células e no seu DNA: ele captou da matriz da memória terrena o padrão vibratório que lhe concedeu a reprogramação biológica completa que lhe permitiu ingressar no processo de abordagem efectiva pela imposição das mãos a qualquer bloqueio energético dos níveis materiais densos, como um corpo físico ou em veículos mais subtis. Isto aconteceu porque reprogramando-se a estrutura molecular biológica e libertando-se esta da influência nefasta de emoções, pensamentos e acções anteriores, a actividade metabólica é normalizada para os padrões de funcionamento contínuo e perfeito. 1 Uma abordagem a estes corpos subtis é encontrada na obra “Conhece-te…e Conhecerás o Universo e os Deuses” de Joyce Orion.



B. Explicação Complexa Na zona da cabeça, nas regiões das glândulas pineal e pituitária e do quarto

ventrículo do plexo coróide do cérebro, encontram-se três importantíssimos centros energéticos designados respectivamente por chakra frontal, chakra coronário e chakra coordenador. Este último está a ser fortemente activado neste início de século para possibilitar um acesso mais rápido e melhor gestão energética de realidades de altíssima vibração.

Na intersecção destes três centros, manifesta-se qualquer forma de comunicação telepática, ou seja, qualquer energia pode ser traduzida em palavras, ainda que esta seja fornecida ao nosso veículo tradutor cerebral de uma forma diferente da nossa língua comunicativa. Isto é aquilo a que chamam o dom do Espírito Santo, na Bíblia, que concede a capacidade de falar várias línguas. Não estamos apenas a falar de línguas humanas, mesmo que nos estejamos também a referir às línguas mortas, como o sânscrito e o latim, mas refere-se a qualquer comunicação telepática. Podemos traduzir com o nosso cérebro comunicações de animais, de plantas e de cristais, portanto é possível comunicar com inúmeras realidades existenciais, extra-terrestres, intra-terrenas, quaisquer energias podem ser traduzidas cerebralmente na língua que nós falamos. A palavra é uma forma de comunicação entre humanos e serve para veicular conceitos e energias. Deste modo, quando captamos telepaticamente uma realidade o nosso cérebro tradu-la e oferece-nos essa tradução exactamente no ponto de intersecção destes três centros. Assim, Mikao Usui através do seu trabalho de meditação e entrega fez um trabalho análogo a uma pesquisa na Internet: “Digitou” o objectivo (imprimindo-o na malha energética mental), sintonizou, aguardou o resultado e, quando o seu cérebro o recebeu e traduziu, registou-o. A partir daí, Mikao Usui iniciou contacto com essa energia, manifestando o seu intuito em activar no seu sistema biológico a capacidade de cura pela imposição das mãos (fazendo “download do programa “Cura pelas mãos”). Através de uma reprogramação cerebral e da activação de um determinado centro anteriormente inactivo, foi possibilitado a Mikao Usui através de fenómenos de ressonância bio-electromagnética, a reprogramação das suas células e da sua estrutura molecular. O sistema genético activou a sequência necessária à manifestação orgânica da Cura Energética.

O facto de muitos dons se encontrarem latentes nos humanos deve-se a que apenas menos de dez por cento, tanto do sistema genético, como da capacidade cerebral, estão desactivados. Agora, o que é que não há-de corresponder aos outros 90% inactivos! É evidente que não é real quando alguns geneticistas afirmam que 90% do genótipo é lixo. Se o inactivarem, o Ser-humano morrerá, pura e simplesmente, porque as suas funções de sustentação da vida (não as funções vitais metabólicas, como a respiração, os batimentos cardíacos, reacções neurológicas, …) serão destruídas. Então, é fundamental compreender-se que cada Ser-humano pode ter acesso a qualquer realidade através de sintonia adequada com esta, como quem sintoniza um rádio sintoniza-se o cérebro com essa realidade e passa-se a vibrar nesse nível. E através do que os antigos e a religião designam de oração, e que nada mais é do que a permissão de cada um para fazer download da informação cósmica pela Internet, como analogia, para o seu próprio sistema biológico.

Todas as pessoas conseguem activar estes processos de conhecimento em si próprias. Através de maior ou menor dedicação as capacidades supra-humanas podem ser activadas.



Capítulo II

Tornando-se

Terapeuta



1. Importância dos Conhecimentos Básicos Um terapeuta de Reiki deve ser portador de determinada informação e

conhecimentos básicos, mínimos, respeitantes à Anatomia Energética Humana e a determinada auto-disciplina quotidiana que lhe permitirão manter-se em altos níveis vibratórios, preservando, desta forma, a harmonia no seu espaço energético individual.

2. Sistemas Bioenergéticos

A energia vital é processada pelos diversos corpos através de vórtices energéticos designados Chakras. (Cada ponto de acupunctura – tsubô - funciona como um mini-chakra). Distúrbios ou desequilíbrios no funcionamento de qualquer centro energético compromete a saúde integral do organismo.

Chakra é uma palavra originária do Sânscrito e significa roda, ou vórtice. Os Chakras são centros psico-energéticos sempre activos no nosso corpo, quer tenhamos ou não consciência da sua existência.

A abordagem aqui processada vai passar pela análise de inúmeros aspectos associados aos sete centros energéticos ou Chakras Principais que se dispõem ao longo da Coluna vertebral e correspondem aos trajectos energéticos dos Meridianos Ren Mai (Vaso Governador) e Du Mai (Vaso da Concepção) da Medicina Tradicional Chinesa.

Cinco dos sete Chakras Principais apresentam dois cones – um frontal e um dorsal - os quais encaixam os seus vértices em determinadas zonas do Sistema Cérebro-espinal, ao longo da Coluna Vertebral. Mais concretamente, os vórtices frontais, intimamente envolvidos com energias de âmbito emocional, têm os seus ápices alinhados ao longo do Meridiano Du Mai; os vórtices dorsais, directamente relacionados com aspectos da Vontade, dispõem os seus ápices ao longo do Meridiano Ren Mai. Numa pessoa equilibrada, os seus vórtices giratórios estão em constante movimento e descrevem espirais harmoniosas, contribuindo para a formação e manutenção de um Biocampo saudável. Um adequado funcionamento destes centros energéticos é sinónimo de perfeita saúde e bem-estar.



3. Análise Sucinta dos Chakras

A abordagem individual aos Chakras que se segue vai visar os seguintes aspectos:

A designação em Sânscrito do respectivo Chakra; O significado etimológico do nome do Chakra em Sânscrito; Outras designações pelas quais o Chakra é conhecido; Localização biológica correspondente; Glândula endócrina administrada; Órgãos e aspectos biológicos influenciados e regidos; O sentido físico associado Aspectos da Consciência liderados Características de um funcionamento adequado Sintomas de bloqueios metabólicos Cor activante Nota Musical estimulante Mantram mais simples (uma palavra de uma sílaba) ressoante Elemento da matéria afinizado

Por analogia vibracional cada Chakra está relacionado com diferentes

aspectos dos recém enunciados. Desde o vermelho ao violeta, os níveis de vibração respectiva vão incrementando; os Centros tornam-se mais rápidos, mais refinados e, consequentemente, as energias e os elementos que lhes são afins reflectem essa subtilização progressiva (observe-se, por exemplo, a velocidade da onda correspondente à cor vermelha muito inferior à velocidade da cor violeta; a capacidade de penetração do som dó, muito inferior da do som si).

Passemos às analogias. 1º CHAKRA Designação em Sânscrito: Muladhara. Significado: Raiz ou Base Outras designações: Chakra Raiz; Chakra Base. Localização: intra-ventral, entre o ânus e os órgãos sexuais. Sistema Endócrino: Glândulas Supra-renais. Relação Física: Sistemas esquelético (dentes e ossos) e linfático; próstata nos homens e vagina nas mulheres; Plexo Sacro e funções por ele controladas (bexiga, sistema excretor, e membros inferiores - coxas, joelhos, pernas, tornozelos, pés, dedos dos pés). Sentido Físico: Olfacto. Aspectos da Consciência: Conhecido no Oriente como o “Portal da Vida e da Morte”, do nascimento e do renascimento; instinto de sobrevivência; segurança (saúde, lar, emprego, dinheiro); confiança; expressão criativa; capacidade de usufruir da abundância do planeta. Bom Funcionamento: Elevação da Energia Física; constância existencial; estabilidade. Bloqueios: Enfermidades nos ossos, nos dentes e na coluna vertebral. Dificuldade de recuperação em diversas doenças e distúrbios do intestino grosso e no ânus. Atitudes mentais de pacifismo extremo, medo existencial, agressão excessiva, medo da morte física, impaciência, obesidade e dependência.



Cor: Vermelho. Nota Musical: Dó. Mantram mais elementar: Lam. Elemento: Terra. 2º CHAKRA Designação em Sânscrito: Swadhisthana Significado: O nosso próprio lugar. Outras designações: Chakra Sacro; Chakra Sexual; Chakra Umbilical. Localização: Entre o umbigo e o osso púbico, no centro do abdómen. Sistema Endócrino: Gónadas. Relação Física: Sistema reprodutor; órgãos sexuais; plexo lombar e funções por ele controladas; língua. Sentido Físico: Paladar; apetite; sensação táctil Aspectos da Consciência: Alimentação; sexualidade; reprodução. Bom funcionamento: sexualidade saudável; curiosidade e interesse pelas coisas; emoções equilibradas; gosto pelas artes; relações afectivas satisfatórias; prazer existencial. Bloqueios: Medo da proximidade física; repugnância pelo corpo; Frigidez nas mulheres impotência nos homens; “mania das limpezas”; baixa auto-estima; Isolamento; excesso racional; desordens do bio-ritmo. Cor: Cor-de-laranja. Nota Musical: Ré. Mantram mais elementar: Vam. Elemento: Água. Nota: Se os dois Chakras anteriores não estiverem em pleno funcionamento e harmonizados, os outros Chakras não conseguem atingir um nível funcional satisfatório e começam a desencadear desequilíbrios em um ou diversos níveis, que mais tarde originam doenças. 3º CHAKRA Designação em Sânscrito: Manipura Significado: Cidade das Jóias. Outras Designações: Chakra do Plexo solar; Chakra do Estômago; Chakra do Baço Localização: Zona do estômago. Sistema Endócrino: Glândulas do Baço e do Pâncreas. Relação Física: Sistemas muscular e dérmico; Plexo Solar; estômago; baço, pâncreas, fígado, vesícula biliar, intestino delgado, intestino grosso; olhos. Sentido Físico: Visão. Aspectos da Consciência: Poder; controlo; liberdade; autenticidade; principal zona de intercâmbio energético com outros humanos. Bom Funcionamento: Vivência optimizada de todos os aspectos psico-físicos; sociabilidade. Bloqueios: Sentimentos de inferioridade; diminuição de capacidades mentais (lógica, razão, …); pretensões ao poder e controlo; ansiedade de status; gasto compulsivo. Cor: Amarelo. Nota Musical: Mi. Mantram mais elementar: Ram. Elemento: Fogo.



Nota: Quando se inicia a exploração, com consequente activação do quarto nível existencial, diversas realidades paralelas podem começar a tomar formas tangíveis aos diversos sentidos integrantes das percepções ultra- -sensoriais.Desta forma, começa-se a percepcionar realidades completas, paralelas à existência física terrena. Quando isto sucede, o medo pode interromper a experiência.

Cada uma das camadas energéticas mais subtis é composta de matéria e energia com vibração e características específicas. Essas camadas fazem parte da multidimensionalidade humana, e cada uma é um mundo complexo e organizado no qual se encontra uma parte do nosso Ser.

Quase toda a gente vivencia esses níveis: durante o sono (ainda que ao acordar não perpetue a sua memória). durante estados meditativos, que ao expandirem a consciência permitem o

rompimento dos selos nas raízes dos chakras, possibilitando viagens conscientes entre os diversos níveis transdimensionais.

4º CHAKRA Designação em Sânscrito: Anahata Significado: Som silencioso. Outras designações: Chakra do Coração; Chakra Cardíaco; Chakra do Peito; Chakra do Amor. Localização: Coração. Sistema Endócrino: Glândula Timo. Relação Física: Plexo Cardíaco; tórax; coração; pulmões; esófago; Sistema circulatório. Sentido Físico: “Sentimento” Táctil (sentimentos despertados ao tacto). Aspectos da Consciência: Equilíbrio entre sentimento-emoção-sexualidade. Confluência e síntese de todos os aspectos dos outros seis Chakras; Amor incondicional. Bom Funcionamento: excelente equilíbrio afectivo, sentimental e emocional; capacidade de dar e receber amor sem imposições. Bloqueios: Incapacidade de amar; Amor sufocante; egoísmo; violência. Cor: Verde. Nota Musical: Fá. Mantram mais elementar: Yam. Elemento: Ar. 5º CHAKRA Designação em Sânscrito: Vishuddha Significado: Com pureza. Outras Designações: Chakra da Garganta; Chakra Laríngeo; Centro da Cornucópia. Localização: Pescoço. Sistema Endócrino: Glândulas tiróide e paratiróides. Relação Física: Pescoço; garganta; traqueia; ouvidos; plexo cervical; braços; mãos. Sentido Físico: Audição. Aspectos da Consciência: Comunicação; compreensão; boa intuição; “porta para a ascensão” – que se inicia através de um trabalho espiritual que possibilite uma comunicação explícita com a Essência e com estados superiores da Consciência.



Bom Funcionamento: Responsabilidade; crescimento harmonioso em todos os níveis. Bloqueios: Medo da desaprovação social; problemas de comunicação; rouquidão; gaguez; voz estridente; postura recolhida ou petulante. Cor: Azul-turquesa. Nota Musical: Sol. Mantram mais elementar: Ham. Elemento: Éter. 6º CHAKRA Designação em Sânscrito: Ajña Significado: Centro de Controlo. Outras Designações: Chakra Frontal; Chakra do terceiro Olho; Chakra da Visão Clarividente; Chakra da Clarividência; Terceira Visão; Terceiro Olho; Olho de Ciclope, Olho de Rá, Trono Central. Localização: entrecenho, ligeiramente acima da linha das sobrancelhas. Sistema Endócrino: Glândula pituitária. Relação Física: Sistema nervoso autónomo; fronte; têmporas; plexo carótico. Sentido (extra-)Físico: Percepções Extra-Sensoriais (conjunto de todos os sentidos internos que correspondem a cada um dos sentidos físicos externos). Aspectos da Consciência: Capacidades psíquicas; coordena os sentidos, permitindo a actuação destes em frequências consideradas paranormais; regulador das percepções Extra-Sensoriais; Gestor subconsciente. Telepatia com o Universo. Bom Funcionamento: Percepção; conhecimento; liderança. Bloqueios: Falta de objectivos e iniciativa; instabilidade na vida; confusão mental; aluamento; falta de memória; visões extra-dimensionais; psiquismo negativo; crises de pânico. Cor: Anil. Nota Musical: Lá. Mantram mais elementar: Om. Elemento: Som Interior (não tem elemento correspondente no mundo físico.) 7º CHAKRA Designação em Sânscrito: Sahashara Significado: Lótus das mil pétalas. Outras Designações: Chakra da Coroa; Chakra Coronário; Chakra do topo da cabeça; Chakra do Eu Sou; Centro da Consciência Cósmica. Localização: Alto da cabeça, numa das “moleirinhas” dos Bebés. Sistema Endócrino: Glândula Pineal. Relação Física: Cérebro superior; cabelo; unhas; produção de melanina. Sentido (extra-)Físico: Empatia; identificação. Aspectos da Consciência: Saber o que os outros sentem. Portal de ligação cósmica; União; Totalidade. Bom Funcionamento: Plenitude; paz; tranquilidade; confiança total. Bloqueios: Puberdade tardia; materialismo; limitação interpretativa; ateísmo. Cor: Violeta, Branca ou Dourada. Nota Musical: Si Mantram mais elementar: Om. Elemento: Luz Interior (não tem elemento correspondente no mundo físico).



Há milénios que o conhecimento dos Chakras acompanha diversas culturas. Para além das abordagens evolutivas e esotéricas que se lhe encontram comunmente associadas, os Chakras são imprescindíveis à ancoragem de Vida num corpo físico e ao funcionamento deste. Da forma como os Chakras funcionam depende a estabilidade orgânica e biológica em geral, pois um bom estado de saúde é indissociável de Chakras saudáveis. Os Chakras estão para os corpos (subtis e físico) como os órgãos e sistemas estão para o corpo físico; e funcionam enquanto estamos vivos, haja ou não consciência da sua existência, pois sem eles não existe Vida no plano material.

O importante relativamente ao Chakras não é o excesso de informação a respeito deles, mas sim saber-se trabalhar essa mesma informação para o aprimoramento funcional desses mesmos centros.

4. Reiki e os Chakras

A informação que se segue é tremendamente específica e importante para o bom terapeuta de Reiki. Visto ela não se encontrar disseminada, devido à fraca investigação científica neste campo, inclui-se aqui para que possa auxiliar os já praticantes de Reiki no seu trabalho de moldagem do campo energético a tratar. Para uma informação mais completa sugiro a leitura da obra “Conhece-te…Para Além da Matéria” e para o aprofundamento da técnica a frequência de um Curso de Reiki.

Os Chakras podem sofrer três desordens ou “lesões” possíveis: deformações “estruturais”, desenraizamento (não conexão com a coluna vertebral) e desalinhamento.

É possível compensarem-se esses desequilíbrios através da aplicação regular de sessões de Reiki (auto ou hetero) No entanto, consoante a gravidade do desequilíbrio instalado, pode ser requerido um vasto período de tempo para que um Chakra desordenado volte a funcionar plenamente. Uma breve imposição de mãos (principalmente aplicada de forma irregular) é de pouca valia.

Um dos principais métodos de tratamento dos referidos distúrbios dos Chakras consiste na colocação de uma das mãos na parte Frontal do Chakra (ponto de saída e de contacto com o mundo exterior) e outro na região dorsal (ponto de origem e de contacto com o mundo interno) - por exemplo, no caso do Chakra raiz, coloca-se uma mão no osso púbico e a outra no cóccix. Quando a Energia Reiki aborda um Chakra lesado, o funcionamento desse centro passa a aproximar-se cada vez mais do padrão de actividade original que lhe corresponde, possibilitando-lhe corrigir qualquer um dos defeitos anteriormente referidos que ele possa apresentar. A par dessas rectificações energéticas, inúmeras outras correcções deverão ser efectuadas (mentais, emocionais, comportamentais, sentimentais, …) para que os efeitos de Cura se possam perpetuar no quotidiano sem que haja retrocessos no processo de recuperação da saúde e do bem-estar. A restituição da correcta circulação de energia pelos diversos centros subtis (Chakras) vais possibilitar a reposição do correcto funcionamento bioenergético na sua totalidade, com consequências inevitáveis de Cura Física, passando o corpo físico a reassumir a sua função natural de organismo vivo saudável.

Um tratamento de Reiki parcial raramente é suficiente, porque um defeito no Chakra irá prejudicar o fluxo de Energia, impedindo a harmonização simultânea de todas as partes do centro energético. Isto é importante, porque cada Chakra está ligado a todos os outros. Então, após um trabalho de Reiki



específico sobre um Chakra, todos os outros devem ser equilibrados, porque o Chakra agora tratado tem uma nova carga energética e não pode mais corresponder às cargas dos outros Chakras, o que pode levar rapidamente a um novo desequilíbrio no centro de Energia que acabou de ser tratado, caso todos os outros centros não sejam “recalibrados” de maneira a haver uma sintonia energética entre todos eles. Este procedimento vai promover um alinhamento completo no novo sistema vibracional promovido pela sessão de cura.

Por vezes o desenraizamento de um Chakra pode ser extremamente difícil de corrigir. Nestes casos, em que poucos resultados se revelam ao longo das primeiras sessões, deve-se canalizar a energia Reiki para a parte posterior do Chakra afectado (ao nível das costas). Dá-se ao paciente dois ou três minutos para absorver a Energia nesse local e em seguida prossegue-se com a técnica conforme foi descrito. Este procedimento pode ser repetido várias vezes. Aqui o tratamento também termina com um equilíbrio dos Chakras e um alisamento da aura, comuns a uma terapia completa de Reiki.

5. Os Corpos Subtis

Para além dos chakras, que se encontram directamente relacionados com importantes plexos neurológicos da Biologia Humana, existem várias formas de manifestação da energia humana, a qual é tão distinta, consoante o seu plano de manifestações que há quem ouse designar essas diferentes formas energéticas por “corpos” (da mesma forma que existem sete cores principais como resultado da refracção da luz branca, existem, também, sete “corpos” principais que se revelam à percepção subtil do “olho” educado). Assim como o pensamento, o sentimento, a emoção, a sexualidade e a moção são manifestações distintas de um mesmo organismo ou corpo humano, também vários níveis energéticos traduzem essas realidades sob formas visuais e palpáveis distintas que se encontram para além da mera percepção sensorial física tridimensional. Quando se abordam os Chakras, indirectamente são abordadas as realidades referentes a esses designados Corpos Subtis. Não sendo este um tema a abordar no âmbito deste livro, limito-me a deixar a referência respeitante à existências destes corpos e, caso pretenda aprofundar esta temática, o livro “Conhece-te… e Conhecerás o Universo e os Deuses”, de Joyce Orion, da presente editora, será útil para um aprofundamento e exploração desta temática.

6. Disciplina do Terapeuta

Para que alguém se torne um terapeuta eficiente de Reiki necessita, em primeiro lugar, de saber cuidar-se com eficiência, reduzindo as hipóteses de entrar em desequilíbrio e aumentando as capacidades de se recuperar, caso não consiga evitar as desarmonias e doenças instaladas. Um terapeuta, não só antes das terapias que vai realizar mas também na sua vida em geral, precisa de ser dedicado à verdade e meticulosamente sincero consigo mesmo em todas as áreas do seu Ser, cultivando harmonia, paz e discernimento permanentes; necessita de apoio dos amigos e de alguma forma de disciplina espiritual que o encaminhe para os processos de purificação com equilíbrio; necessita de Mestres, que o orientem, tanto no plano físico como nos subtis. Precisa de manter o próprio corpo saudável por meio de exercícios físicos adequados, respiração correcta, relaxamentos regulares, descanso satisfatório, um sistema



psico-emocional equilibrado e alimentação saudável (que inclua a ingestão de vitaminas e minerais em doses suficientes, imprescindíveis em maior quantidade a um corpo físico que movimente altos índices de energia). Através de uma conduta apropriada é possível preservar-se o veículo físico num estado que permita a elevação do estado vibratório geral do Biocampo, a fim de se conseguir expandi-lo para cima e para fora, rumo ao campo da Energia Universal e das energias curativas espirituais que fluirão através dele. Assim que o Terapeuta aprende a elevar a sua própria energia a um nível de comunhão e permuta suficientes, com o Holocampo, as energias de cura passam a fluir livremente através do seu Biocampo e Corpo Físico facilitando a circulação das energias de cura, que agem tanto em si próprio como nos pacientes abordados nas Terapias. Um curador tem que ser uma pessoa muito forte, e se não o é, nisso terá que se transformar, pois para além de auxiliar outros indivíduos nos seus processos evolutivos e curativos, essa mesma energia age em si, activando todas as transformações necessárias à sua própria purificação, desintoxicação e aprimoramento. Por vezes é verdadeiramente complicado realizar terapia noutras pessoas quando inúmeras situações internas de transformação estão a ser solicitadas e em revolução total. Esses processos requerem mais atenção do terapeuta sobre si próprio, para que não se atinjam níveis de desequilíbrio e depleção energética que exijam, posteriormente, um recurso urgente à classe Médica ou a outros terapeutas que venham a auxiliar na recuperação (por vezes dificilmente reversível) das desarmonias instaladas). Cuidar dos outros quando não se está bem é possível, mas é necessário conhecerem-se os limites a partir dos quais o trabalho realizado perde em eficiência com prejuízo para o paciente, o terapeuta ou ambos.

Antes de iniciar um dia de tratamento, convém que o terapeuta realize alguma forma de exercícios físicos logo de manhã e alguma meditação, a fim de se concentrar e drenar energeticamente. Este processo poderá demorar entre 30 a 40 minutos. Segue-se um exemplo de um dia de trabalho saudável para um Terapeuta profissional, de forma a que o seu campo energético se mantenha saudável e com a adequada higiene físico-energética. Os exercícios incluem mentalização, vocalização, respiração adequada, posturas, relaxamentos, entre outras sugestões.

6h30 – Acordar (independentemente de estar muito ou pouco ensonado);

sentar-se na cama e realizar uma curta meditação de 15 min.. A posição de pernas cruzadas é adequada – sukha padmasana - e as suas etapas poderão fazer-se acompanhar por alguns mudrás, por aqueles que os conhecerem).

Durante a meditação deve-se: 1.(Shiva Mudrá) recordar pormenores relevantes da noite; 2.(Surya Mudrá) desligar na totalidade das energias nocturnas sintonizando com as diurnas – concentrar-se no sol, no dia, na luz, no acordar, na activação, na alegria, …; 3. (Pronam Mudrá) terminar o exercício mental sentindo gratidão pela Vida e sorrindo; 4. (Pronam Mudrá) Iniciar algumas vocalizações de sons, que podem limitar-se à mera entoação de vogais, à vocalização de palavras lindas e enlevantes (“Amor”, “Paz”, Alegria”,…) ou a cânticos harmoniosos – qualquer canção agradável que alegre e harmonize ou serem entoações estudadas de mantrans, japas ou kirtans, simples ou complexos. O importante é que tudo seja feito com prazer e entrega. Qualquer uma das fórmulas resulta em pleno, desde que praticada com a devida sintonia interior.



6h45 – levantar-se lentamente e colocar uma música suave. Sobre o solo quente, com roupas leves e com o quarto a uma temperatura amena, sentar-se novamente em Sukha padmasana e realizar alguns exercícios respiratórios conscientes durante cerca de 15 minutos. Se não conhecer nenhum, limite-se a respirar profundamente, inicialmente pelo nariz e já no final pela boca, sempre consciente de cada movimento respiratório e das transformações que se realizem na sua mente, consciência e biologia.

7h00 – Coloque-se de pé e inicie uma série de posturas ou exercícios físicos (duração: 20 minutos). O seu corpo deve ser harmoniosamente estimulado e gradualmente activado, de uma forma suave e gentil. Pode seguir uma sequência de Ásanas que conheça ou realizar alguns exercícios de ginástica ou mesmo movimentação ou dança livre que lhe permitam activar os benefícios da moção sobre a Biologia, desbloqueando e restituindo a livre circulação energética e fluídica a todo o organismo.

7h20 – deite-se 10 minutos sobre o solo, integrando os benefícios da prática anterior.

7h30 – Erga-se e tome um duche rápido, começando por lavar a cabeça e terminando nos pés.

7h40 – Seque-se e vista-se (se necessário, seque o cabelo) 7h55 – Inicie a preparação do pequeno-almoço 8h05 – Ingira, saboreando calmamente, os seus cereais, fruta, sumo, pão

integral, mel, frutos secos, oleaginosas,… o que for aconselhado a um pequeno almoço biogénico.

8h25 – lave os dentes e dê os últimos retoques à sua imagem (não se esqueça do sorriso magnético e cativante).

Das 9h00 às 18h00, ainda que seja necessário encontrar-se em labuta permanente ou fora de casa, a postura psico-física é que vai determinar a qualidade do seu dia. Durante a manhã deve consumir um snack de cereais, um yogurte ou fruta; o almoço deve ser predominantemente proteico e com saladas e fruta fresca e/ou seca. A meio da tarde, um lanche com chá, e uma sandes feita com pão integral (por exemplo) ou algo leve e nutritivo será de grande valia.

Finalmente, em casa, poderá tomar um banho relaxante (caso não o tenha tomado de manhã) ou, caso esteja esgotado e já tenha tomado o banho, coloque umas roupas leves e soltas, ponha-se bem confortável, e entregue-se a uma prática, com música suave, de dança livre (se houver excesso de tensões físicas) ou de meditação, exercícios respiratórios, vocalizações, mentalizações, e, como não podia deixar de ser… auto-Reiki.

Procure jantar entre as 19h30 e as 20h00. A refeição deve conter uma predominância de hidratos de carbono e legumes e fruta cozida.

No final da refeição, uma caminhada era aconselhada, mas, se não for possível, um pouco de leitura ou convívio e brincadeira com familiares ou amigos são adequados.

Entre as 9h30 e as 10h00 deve deitar-se. 10 minutos de meditação antes de se aconchegar debaixo dos lençóis ajudam a preparar uma noite serena, minimizando ou mesmo eliminando insónias. Se gosta de ler, evite temáticas pesadas e realize a leitura antes da meditação, evitando a todo o custo entrar com esses procedimentos no horário de dormir.

Qualquer “protocolo” diário que auxilie a manutenção de um campo

energético e, consequentemente, de um corpo físico saudável, é válido. Citei um exemplo. Essa busca de melhorias diárias e de auto-aperfeiçoamento é um



requisito fundamental para que alguém se revele apto a receber uma iniciação de Reiki.

O primeiro passo no contacto com Reiki deve ser a recepção de terapia Reiki. Se se verificar uma empatia, sintonia e apelo interior, então pode-se passar à etapa da frequência do Nível I de Reiki. Passo à descrição de informação fundamental respeitante aos Cursos de Reiki, para que o esclarecimento seja máximo e a capacidade de tomar boas opções relativamente a esta maravilhosa terapia em relação a si se manifeste plenamente.

Nota: O Livro “Conhece-te… e conhecerás o Universo e os Deuses”, d AUTORA Joyce Orion, apresenta uma secção: denominada “Cuidando de Si” que é primorosa em orientações para o quotidiano de um Terapeuta.



Capítulo III

Os Cursos de Reiki



1. O Ensino O ensino do Reiki divide-se em vários níveis: no Nível I forma-se o

praticante, no Nível II o curador, no Nível III o Mestre, e num outro nível o Mestre-Professor. Há quem junte estes dois últimos; eu, particularmente, discordo plenamente desta união, tendo em conta que o objectivo de cada uma destas formações é completamente diferente. Juntar ambos é sobrecarregar, e sobrecarregar o aluno e impedir um bom trabalho referente a cada uma das partes. Mais adiante, ir-se-á compreender o porquê desta divisão, o Nível III de Mestre do nível de Mestre-Professor. Cada curso deve estar dividido em teoria e em prática, e ser um curso teórico-prático. Desta forma, deve existir uma primeira parte de informação, depois cada Mestre fará a distribuição das práticas consoante as matérias que estiver a leccionar e as práticas que pretender transmitir aos alunos, e numa fase final são realizadas as iniciações dos alunos. As iniciações em todos os níveis obedecem a um ritual fixo. A intenção determina o direccionamento energético. Estas acabam por ser ensinadas a todos os alunos no nível de formação de Mestre-Professor. É um equívoco os alunos manterem os olhos abertos só para observarem aquilo que o Mestre está a fazer durante as iniciações. Essa curiosidade leva meramente à dispersão da energia que devia estar nesse momento a ser concentrada com o objectivo da pessoa recepcionar a experiência da iniciação com o máximo de qualidade e entrega ao processo. Mais à frente, ir-se-á descrever o processo iniciático e explicar-se brevemente este em função de chakras e trajectos energéticos, pois inúmeros Mestres não ensinam isto aos recém-iniciados, pelo qual muita gente consegue estar a executar iniciações de Reiki sem fazer a mais pequena ideia do que é que energeticamente está a acontecer ao nível dos corpos subtis de quem recebe a iniciação e, por vezes, da própria pessoa que está a iniciar.

2. Recebendo uma Iniciação

A partir do momento em que o Mestre aborda o campo energético da pessoa a ser iniciada, sentem-se de imediato alterações vibratórias. À medida que o processo prossegue, vários mecanismos emocionais, mentais e espirituais são activados e reprogramados segundo as permissões internas, conscientes e sub-conscientes, disponibilizadas pelo receptor. Tudo o que sucede durante uma iniciação é positivo e serve para desbloquear e recolocar a pessoa num caminho de auto-aperfeiçoamento e de cura. São frequentes descrições de sensações de calor, ondulação, atracção, repulsão, formigueiro, magnetismo, entre outras. No final de uma iniciação, a sensação que prevalece na maioria dos iniciados é de paz, tranquilidade e plenitude. Durante todo o processo de iniciação, cada iniciado deve procurar desenvolver um processo de meditação interno individual, isto caso não esteja a ser desenvolvido nenhum método de meditação colectiva com música ou outra técnica que o Mestre tenha indicado previamente antes de dar início às iniciações. Quanto mais receptivo e interiormente liberto o futuro iniciado se encontrar, mais benefícios irá lograr do processo.

3. Desintoxicação

Após (e por vezes durante) as iniciações, é frequente desencadear-se um processo de desintoxicação, não apenas orgânica, mas emocional, psíquica e



espiritual. Isto significa que inúmeros processos de catarse poderão ser desencadeados e manterem-se activados ao longo dos dias subsequentes à iniciação. Entre outros sintomas, o recém-iniciado poderá sentir-se aéreo, ter sonhos muito vívidos ou de elevada intensidade psico-emocional, apresentar náuseas, diurese elevada, diarreia, vómitos, choro convulsivo, entre outros sintomas que surgirão consoante os níveis que estejam mais intoxicados. É muito bom que surjam estes sintomas, pois é sinal que a energia está a remover todas as toxinas à sua passagem. Se o processo se tornar excessivamente incómodo, um auto-tratamento de Reiki será bastante eficaz para normalizar a capacidade de suportar o processo de desintoxicação instalado. Quando são abordadas outras pessoas a nível de terapias de Reiki, podem também ser desencadeadas desintoxicações no próprio aplicador de Reiki, pois há frequências energéticas à qual o terapeuta pode não estar habituado e que vão desencadear precisamente a adaptação de todo o sistema energético-biológico à nova vibração abordada. Após as iniciações, o corpo e o sistema energético, neste caso o Biocampo, de uma pessoa que tenha sido iniciada, irão ser alvo de adaptações consecutivas a novos níveis energéticos de maior bem-estar e plenitude.

4. Performance energética

Uma vez recebida a primeira a iniciação do Nível I, o recém-iniciado passa a ser um praticante de Reiki. Neste ponto, basta que o iniciado coloque as mãos sobre o corpo de outra pessoa para que a energia comece a fluir naturalmente. A energia actuará em todos os níveis do Ser-humano, tanto do corpo físico como das multi-dimensões.

O Reiki é uma terapia holística, o que significa que ele procura tratar as causas das patologias e mal-estares e não apenas eliminar ou disfarçar os sintomas que se lhe encontrem associados. Para tratar uma dor de cabeça, por exemplo, pode ser necessário abordar-se o fígado, caso as suas causas se encontrem nessa região (causas hepato-biliares), o estômago, caso o problema resida em questões digestivas (causas gástricas), o aparelho reprodutor, se as origens forem do foro ginecológico ou hormonal (o que implica, neste último caso, uma abordagem hormonal geral, também), os rins, caso haja uma situação declarada de stress e sobrecarga psico-emocional com desgaste e hiper-actividade supra-renal ou mesmo todo o sistema, caso as origens sejam neurológicas, electromagnéticas (por diversas causas: excesso de exposição a televisão ou computador - geradores de iões negativos - radiação de telemóveis, antenas emissoras de frequências nocivas, postes de alta tensão, ingestão excessiva de alimentos aquecidos no micro-ondas ou alimentação deficiente, exposição a uma atmosfera excessivamente carregada de aniões - provenientes de alterações climáticas relacionadas com trovoadas e consequentemente com descargas eléctricas do planeta - sobrecarga olfactiva relacionada com poluição atmosférica, esteja ela relacionada com gases tóxicos de automóveis, de tabaco, perfumes ou outros odores, …) e assim por diante. Para tratar e resolver a incómoda situação álgica, o Reiki vai promover a activação de todas as energias bloqueadas que estão implicadas no processo que gera o sintoma, neste caso, de dor de cabeça. Um bom terapeuta sabe quando deve retirar as mãos do local que está a abordar e posicioná-las no novo local solicitado para a terapia. Por vezes, esta deslocação física não se impõe como necessária ou obrigatória, e o equilíbrio consegue ser logrado com as mãos apenas naquele local, mas não é particularmente vulgar ou equilibrante esta situação. O mais frequente é que



as mãos vão percorrendo diversos locais, harmonizando-os e regulando-os bio-energeticamente à sua passagem.

Existem inúmeras situações de sensações e de processos de desintoxicação posteriores aos tratamentos de Reiki, ainda que se trate de um auto-tratamento. Tanto as iniciações, como o auto-tratamento, como a terapia a terceiros, pode causar processos de desintoxicação nos agentes envolvidos. Desta forma, a sensação equivocada de que após uma terapia com Reiki se terá piorado resulta de por vezes os processos de desintoxicação serem tão intensos, que uma pessoa chega a pensar que ficou doente, quando na realidade se trata de uma situação transitória, de sintomas passageiros, passível de ser aliviada através de uma nova actuação de Reiki, ou simplesmente de repouso, e extremamente benéfica para a saúde futura do organismo, pois a energia que não estava a ser drenada e, portanto, estava a gerar bloqueios e consequente doença, passa a ser movimentada, devolvendo-se a saúde, o bem-estar e a capacidade de bom funcionamento às zonas que anteriormente se encontravam estagnadas e portanto doentes.

Concluindo, o Reiki não trata os sintomas, o Reiki aborda e elimina as causas das doenças, repondo o equilíbrio e normalizando as funções metabólicas de todo um organismo.

5. Os Níveis de Aprendizado - do Praticante ao Mestre-Professor

Esta abordagem revelará características importantes inerentes a cada um dos níveis de formação, dos praticantes a Mestres-Professores de Reiki.

NÍVEL I: PRATICANTE Quem é introduzido ao Nível I de Reiki deve, essencialmente conhecer

tudo aquilo que está redigido neste livro. Esta é a teoria base mínima fundamental para que se saiba o que se está a fazer com consciência para que, como consequência, possa advir responsabilidade na prática do Reiki. Um conhecimento mínimo da anatomia energética humana é fundamental para se compreenderem os processos. Não são obrigatórios estes conhecimentos para que o Reiki funcione ou flua, mas auxiliam tremendamente todo o progresso de um terapeuta ou de um administrador de Reiki e podem, inclusive, fornecer importantes ferramentas de trabalho ao nível dos corpos subtis humanos. No Nível I, toda uma sequência de auto-tratamento deve ser ensinada para que o praticante trabalhe a energia assiduamente, de preferência de uma forma diária e regular.

Há quem aconselhe nos seus cursos a aplicação de Reiki durante vinte e um dias seguidos e quando se falham os vinte e um dias, recomeçar esse mesmo processo desde o início. Este pretende ser um processo de homenagem a Mikao Usui e ao seu empenho na redescoberta do Reiki. Nenhum praticante interessado está preocupado com os vinte e um dias de prática, mas sim com a dedicação sincera e regular que lhe possibilitará colher benefícios do trabalho que vai empreendendo. A entrega à prática do Reiki pode lograr poucos ou nenhuns resultados. Há seres que não querem verdadeiramente uma transformação e portanto estagnam, recolhendo apenas benefícios superficiais, como o retirar de uma dor de cabeça, uma dor de barriga ou conseguir manter-



se relaxada no trânsito ou num exame ou numa qualquer outra situação de tensão. Estas são migalhas. O Reiki pode encaminhar uma pessoa para a realização completa da sua missão neste planeta. Desta forma, um importantíssimo passo que se ensina neste primeiro nível, é o auto-tratamento. Na sequência da prática de Reiki, a consciência expande-se e nesta primeira fase é importante que o aluno se consciencialize de tudo aquilo que deve ser eliminado, com coragem e empenho, da sua vida, para que esta possa prosseguir com o mínimo de detritos e bloqueios possíveis, e do que deve ser buscado e introduzido de forma a obterem-se mais benefícios de uma prática quotidiana que vai conduzindo a uma vivência equilibrada.

Tomemos por exemplo, uma pessoa que anteriormente acordava e ia em stress para o trabalho, irritava-se no trânsito, não tinha paciência no trabalho, irritava-se o dia todo, andava num stress imenso, chegava ao fim do dia a casa cansado, estatelava-se à televisão a comer fast-food e no fim ia para a cama. Depois dormia mal ou apenas com comprimidos, porque todo aquele estado de má-digestão física, emocional e psíquica era impossível de proporcionar uma boa noite de sono. De manhã, acordar era o cabo dos trabalhos, tinha que ir tomar café, isto se não andasse a tomá-lo durante o dia inteiro para se manter acordado, etc., etc., etc.. Uma pessoa neste estado pode transformar-se facilmente no seguinte: acordar tranquilamente a horas de se espreguiçar, conseguir um despertar completo, levantar-se ainda que esteja ensonado, passar às actividades do quotidiano de higiene, de se arranjar e de tomar o pequeno-almoço com calma, seguir para o trabalho, colocar uma música tranquila, suave, que lhe agrade e não vá cansar ou stressar, e ir tranquilamente para o trabalho, como se estivesse sentado no seu sofá ou poltrona a ouvir música. Chegar ao trabalho e conseguir manter-se tranquilo perante as circunstâncias, ainda que este seja um trabalho de stress e desafios. Bom, aqui já terá de interferir um processo de consciencialização de outras circunstâncias e direitos individuais: direito a felicidade, direito à capacidade de manter a harmonia sob qualquer circunstância, e direito de se manter calmo pelo facto de saber que não é por stressar que vai conseguir fazer as coisas mais depressa. Assim, esta mesma pessoa irá tomar as suas refeições com mais consciência, irá chegar a casa noutro estado, onde poderá ter ouvido na viagem de regresso uma boa música, nem que a faça de comboio ou de autocarro, porque também existem formas de ir tranquilamente a escutar música calma nesses ambientes, e ao chegar a casa poderá comer algo mais saudável do que fast-food, nem que tenha encomendado ou vá preparar; é sempre muito fácil preparar comida leve, nutritiva e num curtíssimo espaço de tempo. No final da refeição, em vez de se ir “colar” à televisão viciadamente – se o fizer, fá-lo-á com outra postura – provavelmente surgirão coisas bastante mais interessantes para fazer do que esse entretimento pouco criativo. Assim é possível chegar o momento de repouso nocturno noutro estado anímico geral. Quando se quer a transformação ela vem, e acerca disto não há dúvida; poderá demorar mais ou menos tempo consoante a intensidade do desejo de lograr o objectivo e a capacidade de fazer por o atingir, características fundamentais à realização pessoal.

Durante este primeiro nível, para além do auto-tratamento e de uma consequente transformação que pode ser introduzida na vida de cada um, consoante aquilo que é pretendido pela própria pessoa, é importante que sejam ensinadas regras para se aplicar Reiki a outras pessoas. Pois ainda apenas com este primeiro nível, a partir do momento que a pessoa se começar a sentir mais forte, mais energética, mais saudável, mais feliz, mais próspera, ela



poderá começar, com calma, sobriedade e discernimento, a aplicar Reiki a outras pessoas que pretendam usufruir também de transformação em si próprias. Assim, são inúmeras as informações que devem ser transmitidas a respeito de terapia executada a outras pessoas. Como este é um tema não divulgado amiúde será incluído neste livro, na secção respeitante ao Nível III, de formação do Mestre, para que aqueles que já tenham Reiki possam tirar o máximo benefício desta informação.

No final deste livro, em Apêndice, algumas perguntas que surgem habitualmente aquando a frequência deste nível são respondidas de forma a procurar esclarecer aqueles que já tenham sido iniciados no Reiki.

NÍVEL II: CURADOR Neste nível é introduzido um conceito extremamente abstracto para o

ocidental, mas que quando bem explicado se torna de tremenda utilidade e eficiente em inúmeras circunstancias. Estamos a falar de Cura à Distância, tanto a distancia temporal como espacial.

Ao referir-se uma Cura à Distância temporal, pretende-se designar uma harmonização energética que se faz entre o passado e o presente com consequências sobre o futuro. Deste modo, o perdão é uma forma fundamental de se abordar o passado, o presente e o futuro. Através do perdão, eliminam-se culpas, medos, raivas, ressentimentos, e inúmeras emoções não resolvidas. Deste modo liberta-se toda a componente celular e prepara-se a totalidade do organismo para funcionar de uma forma liberta e perfeitamente direccionada para os objectivos propostos para esta encarnação. Então, o momento presente deve ser utilizado para harmonização de todas as energias que surjam. Assim, quando estamos mal devemos empregar todos os métodos que conheçamos para elevar a nossa vibração novamente, visto que apenas esta requalificação energética tornará possível a conquista do bem-estar perdido.

A cura do passado de uma pessoa possibilita uma libertação do seu momento actual e consequentemente do seu futuro. É importante resolver todos os conflitos emocionais que não estejam solucionados; é fundamental esclarecer todos os conceitos psicológicas equivocados que não passam de preconceitos que impedem uma pessoa de ser feliz e liberta na sua existência. Este é um propósito imprescindível em toda a terapia a distância.

Tão importante como esta é a terapia a distancia no espaço, que possibilita a projecção de energia conscientemente pelo espaço com objectivos de se abordarem outras pessoas ou mesmo a natureza, entre outras realidades energéticas ou conscienciais. Se um Mestre de Reiki perante a terapia à distância não tiver a dignidade e a consciência de entregar sempre as leis cósmicas superiores o processo abordado, definindo a forma como gostaria que tudo se desencadeasse, mas deixando a decisão final para as energias cósmicas superiores, ele pode embrulhar-se energeticamente em questões kármicas (designemo-las assim) de difícil transposição. Por exemplo: se alguém interferir na vida de outras pessoas de uma forma explícita, sujeita-se a que essas pessoas se virem contra si, acusando-o mesmo perante um tribunal ou realizando agressões de inúmeras formas, desde verbais a físicas. Se essas imposições da vontade própria (contra as Leis estabelecidas para determinada pessoa) forem realizadas noutros níveis, aplicando-se certos dons que permitem acções psíquicas ou espirituais, mais cedo ou mais tarde esses



poderes serão retirados àquele que deles abusa, contrariando Leis Superiores; como consequência ainda mais trágica, ao ser alvo de todo um emaranhado energético resultante de uma situação mal resolvida ao nível dos universos subtis, todo o processo existencial e de saúde de quem se comporte levianamente com a gestão energética logrará uma espiral de auto-destruição dificilmente contrariada.

A cura a distância deve sempre ser usada com consciência e confiando-se os resultados à energia superior e não aos caprichos da vontade individual. Se a energia cósmica superior não interfere no livre arbítrio de ninguém sem sua devida permissão, ainda menos direito tem um humano de o fazer sobre outro, nem explicita, nem esotericamente. De qualquer modo, como quem coloca dinheiro num banco para que alguém possa usufruir dele, como os pais que colocam dinheiro na conta do filho, nós podemos colocar energia de luz, vibração de cura, para que aquela pessoa a utilize quando estiver preparada. É muito importante este procedimento. Então, a projecção de energia à distância visa precisamente a harmonização de inúmeros factores materiais e biológicos de alguém, que possa vir a receber essa energia dispensada pelo Universo sob nosso pedido e empenho.

Inúmeras perguntas poderão surgir neste ponto e que não irão ser abordadas neste livro, mas será importante que posteriormente, estas venham a ser debatidas. Este é um tema que suscita muita curiosidade e muitas explicações para o cidadão ocidental, tão necessitado de explicação científica para estes fenómenos tão simples de se abordarem pela física quântica, mas que exigem de facto algum estudo e experiência para que a compreensão desabroche e tudo fique demonstrado e evidenciado de um modo claro e inequívoco.

O Nível II aborda portanto a capacidade de projecção de energia no espaço e no tempo, e neste nível são fornecidos três dos cinco símbolos abordados pelo Reiki. É explicada vagamente a sua acção, vagamente no sentido de um símbolo ser uma chave, um código que possibilita o acesso a uma realidade superior, a um arquétipo. Neste caso a realidade superior poderá ser outro tipo de realidade consoante o símbolo em jogo, mas os de Reiki são todos de acesso a uma realidade superior. Aqueles que sabem meditar por contemplação ou por concentração poderão aprofundar o significado de qualquer um destes símbolos de Reiki e contactar directamente a origem, a fonte do qual eles provêm; esta é a forma ideal de se conhecer a fundo o símbolo, pois qualquer descrição verbal é sempre incompleta. A partir deste ponto de compreensão intrínseca, os símbolos começam a ser uma realidade efectiva para o praticante. Algumas dessas súmulas possuem imenso poder de protecção, servindo como escudo, como espada, como chave, servem como determinadas energias necessárias a procedimentos predeterminados; são chaves de Sabedoria e mananciais de amor Universal.

Um dos símbolos que é ensinado durante o Nível II é o da Cura à Distância, que é importantíssimo ser aplicado conveniente, devido a tratar-se de um símbolo-portal, para transporte inter-dimensional da consciência. Deve ser empregue no início e no final de qualquer sessão de Cura à Distância e os limites desta terapia devem estar sempre perfeitamente delimitados pela aplicação dessa figura imponente do Hon-Sha-ze-Sho-Nen (símbolo da Cura à Distância). Falhas em técnicas e protocolos de cura em fases iniciais podem revelar-se altamente perigosas para o equilíbrio psico-somático do praticante. Não pretendendo ser alarmista, admitemos que é preferível não se fazer algo do



que fazer-se mal feito. Há consequências desagradáveis de práticas equivocadas e mal feitas praticadas regularmente, as quais se podem revestir de carácter irreversível, consoante a tenacidade do praticante e a dimensão dos erros cometidos.

Todo o praticante que não se sentir à vontade na prática com os símbolos poderá abdicar desta. Não deixará de ser um praticante qualificado na projecção de energia no tempo e no espaço pelo facto de não praticar os símbolos. Há pessoas que não se conseguem sentir minimamente à vontade com a aplicação destes símbolos. Outras pessoas conseguem utilizá-los durante uns tempos e depois deixam de o fazer, para de seguida os voltar a usar pois, de facto, nem sempre se consegue aguentar o nível de ressonância de um determinado símbolo por questões de desequilíbrios individuais.

Estas são as matrizes de ensino fundamentais de um segundo nível de Reiki. O segundo nível deve visar fundamentalmente o desenvolvimento máximo da intuição. Toda a gente que chega ao segundo nível tem de saber meditar devidamente, tem de saber concentrar-se, tem de saber aplicar o Reiki com eficiência. A partir do segundo nível, toda a capacidade de canalização é altamente amplificada e são, inclusivamente, activados níveis de contacto íntimo, com o Mestre interno, com o Médico interno, procedimentos para os quais é necessária preparação. Quem faz o segundo nível sem preparação NÃO USUFRUI.

A partir do momento em que se faz o segundo nível sem preparação, escusado será dizer que todos os níveis posteriormente adquiridos não surtirão efeitos quase nenhuns; um Mestre-Professor de Reiki saído de uma catástrofe destas não tem qualificação para o trabalho, apesar de o poder exercer e ostentar-se como ultra-qualificado, quando nem sequer sabe “da missa um terço” – como se diria em linguagem popular.

NÍVEL III: MESTRE

1. O Mestrado O verdadeiro mestrado advém da recepção das iniciações por um Mestre

qualificado, da aplicação regular de auto-tratamentos, da aplicação a terceiros pelo menos esporádica, mas quanto mais frequente melhor, e da entrega ao verdadeiro fluir da vida. Um Mestre de Reiki tem que ser uma pessoa humilde. Quando o Mestre não sabe uma resposta, não deve inventar, deve sempre ser verdadeiro. Um Mestre de Reiki não entra em jogos de poder. Um Mestre de Reiki não alinha em conflitos. Um Mestre de Reiki não se desgasta com situações medíocres. Um Mestre de Reiki não é um Mestre da vida, mas há um mínimo de atitudes de integridade, não só pessoal, mas também energética, que deve ser atingido. Um Mestre de Reiki é um ser entregue ao bem e ao culto da paz, da harmonia, da sinceridade, da verdade, da estabilidade e de inúmeras virtudes que devem ser continuamente activadas na sua existência. Em cada nível de Reiki, aprende-se imenso. A experiência colectiva é importante para a aprendizagem, mas no momento de se leccionar, ainda mais importante se tornará, pois um Mestre de Reiki quando passa a Mestre-Professor irá aprender muito com os seus alunos, talvez mais do que em todo o percurso que lhe permitiu conquistar o título de Mestre de Reiki. Um Mestre de Reiki não é um guru nem um médico, não é um guia espiritual, não é um agente de cura incondicional; é um veiculo de energia de alta vibração com



inúmeras capacidades de cura, mas cujos resultados dependem de diversos factores, muitos dos quais alheios a ele próprio. Ele faz a sua parte, o Universo faz a parte dele e os outros agentes receptores farão a parte deles próprios; a perfeita interacção dos referidos factores será tremendamente importante na obtenção de resultados exteriores ao próprio Mestre. Ele é exclusivamente responsável por si próprio, mas não pelos outros. Ele dá o seu melhor, mas não é responsável pelos resultados que dizem respeito apenas a cada indivíduo. Ser Mestre não significa ser superior; ser Mestre de Reiki significa exclusivamente ter atingido um determinado grau de funcionamento e manuseamento de ferramentas específicas que possibilitam certas conquistas.

2. Competição e Comércio

Há pessoas que ingressam no Reiki, que não é oficializado em Portugal, com o mero intuito especulador, negociante e explorador. Deste modo, essas pessoas desvirtuam por completo a integridade holística deste método, mas não será por elas que o Reiki decairá - e este livro fará prova disso. O Reiki manterá toda a sua originalidade através daqueles que o praticam com sinceridade. Da mesma forma, não é por haver inúmeros praticantes de ióga que o verdadeiro Yôga deixa de ter a qualidade original que lhe é inata por direito.

Qualquer desvirtuamento só pode ser combatido através da sinceridade, da prática dos verdadeiros agentes transmissores do Reiki.

3. Ética e Responsabilidade

Independente da linhagem de Reiki a que um Mestre pertença, Reiki é Reiki. Cada Mestre está ligado a energia universal, e pode canalizá-la com uma plenitude, com realização e potência máximas. O praticante de Reiki nunca busca substituir algo, nem médico, nem conselheiro, nem psicólogo. O praticante de Reiki limita-se a harmonizar e a encaminhar o ser que está à sua frente, como quem recoloca um comboio nos carris a que pertence. Então, um Mestre de Reiki tem uma missão e uma função próprias das quais não se deve desviar por nenhum intuito.

No Nível de Mestre, é tremendamente ampliada a potência de canalização de Reiki. Atinge-se um patamar já bastante elevado e o conhecimento adquirido até aí pode ser tremendamente superior ao conhecimento possuído antes de se ingressar nesta disciplina de profundas transformações. Ao chegar a este nível a existência deverá ter sido melhorada. Se assim não é, talvez o Reiki não seja a sua via. Embora possam não se ter verificado transformações nos fenómenos externos, internamente o praticante deverá estar fortalecido e enriquecido relativamente ao momento em que deu início à sua formação em Reiki. A evolução de um ser evidencia-se na forma como ele reage às circunstâncias com que se depara no quotidiano. Ela revela a maturidade espiritual do indivíduo.

Durante o Nível de Mestre, mais dois símbolos são revelados, símbolos de elevadíssima potência, com objectivos específicos; um deles é o Símbolo de Mestre e o outro será empregue durante as iniciações e em circunstâncias definidas.



4. Preparação do Local das Sessões

É importante trabalhar-se numa sala isenta de quaisquer energias negativas de baixa vibração. Para se conseguir este objectivo é fundamental que o local apanhe luz solar directa, tenha janelas que possibilitem o acesso a ar livre e não a estradas movimentadas ou a ares carregados de poluição atmosférica. Devem-se evitar as luzes fluorescentes ou de néon, pois introduzem vibrações dissonantes, tanto ao nível do campo energético subtil, como ao nível da própria vibração da glândula pituitária, alterando por completo a harmonia e o sincronismo de todo o funcionamento biológico e energético subtil. O ideal é, no caso de usar incensos, poder ter uma sala muito arejada, na instância de queimar velas também. O uso de incensos e de velas deve ser eliminado se a sala tiver que estar fechada ou se tiver má circulação de energia. Quando se trata de uma sala sombria, pouco arejada, poderá manter-se essa sala limpa queimando-se nelas determinadas ervas que possibilitam defumar-se o ar, limpar-se o ar de cargas e resíduos electrónicos de baixa vibração. A defumação deve sempre ser feita sem ninguém na sala a não ser o próprio agente que vai realizar a defumação. No final, esta deve ficar fechada durante um bocado de tempo com o fumo, e só então se abrem as portas e as janelas para que haja renovação da atmosfera. Se for possível drenar-se o ar com uma ventoinha, será adequado também. No final de uma defumação, é conveniente fazer-se um trabalho de oração na sala, mas isto é para as pessoas que o sabem fazer e trabalhar estas energias. Quem não souber deverá fazer apenas a defumação e o arejamento posterior, sem mais nada. O jogo de cores, a música, poucos objectos, mas higienizados e adequados, são o ideal para que não haja excessivos recantos e demasiadas possibilidades de estagnação de energia, tanto nos objectos, quanto na própria sala. Os cristais geram uma frequência que interfere intensamente na pulsação das energias que estejam nas imediações. Eles permitem a instalação de uma frequência de alta pulsação nos campos energéticos que entram em contacto com os seus próprios campos, pois possuem um raio de acção espectral altamente salutar.

O problema de não se obedecer às regras do local energeticamente limpo é que um terapeuta, um curador ou um administrador de energia que esteja a trabalhar sem boas condições irá baixar gradualmente a vibração e a qualidade da pulsação do seu Biocampo, sujeitando-se deste modo a adoecer. Curadores que trabalhem em níveis insalubres de qualidade ambiental, poderão ter que interromper o seu trabalho durante semanas, meses ou até anos, para que o seu sistema energético se volte a limpar. E caso insistam em trabalhar, poderão danificar de um modo irreversível todas as capacidades que anteriormente haviam conquistado. Há regras extremamente importantes a serem seguidas para que não haja transtornos num trabalho de tão elevada responsabilidade e beleza. Um curador que vai gradualmente baixando o seu campo energético poderá nem sequer se aperceber da diminuição vibratória das suas energias individuais, porque a sua sensibilidade vai diminuir à medida que todo o processo degenerativo se for instalando. Daí que seja tremendamente importante a auto-consciência e o cumprimento das regras descritas neste item, antes que seja tarde demais.



5. O Ambiente

Há quem aprecie música durante a administração de Reiki. Esta deverá ser sempre suave, tranquila e de baixo volume.

A luz da sala deve ser ténue e indirecta. Como foi referido na alínea anterior, devem-se evitar velas e incensos em ambientes de má circulação aérea, de má drenagem do ar.

O receptor deverá estar deitado ou sentado, numa posição ortopedicamente correcta e descontraída.

O local ideal para se realizarem tratamentos de terceiros é uma marquesa. Nessa marquesa, o receptor deita-se e o terapeuta ou administrador de energia vai sentar-se numa cadeira ou aplicar a energia de pé. Numa cama de colchão duro ou no chão com uma placa de espuma também é viável realizar-se a terapia. De qualquer modo, nestes dois casos (no colchão ou no chão) o terapeuta deverá ser capaz de aguentar bastante tempo de joelhos ou de pernas cruzadas durante todo o processo em que aplique Reiki.

6. Tratamentos Assistidos

Devem ser de todo evitados quaisquer modalidades de tratamentos assistidos. Uma pessoa que receba Reiki deve estar o mais descontraída possível, o mais à vontade possível, e se for necessário haver qualquer libertação emocional, será necessário haver liberdade, confiança e entrega máximas para que tal aconteça; qualquer expressão verbal que seja pretendida permutar-se com o terapeuta deve fazer-se espontaneamente, sem a presença de terceiros que possam inibir o processo. De qualquer forma, poderão abrir-se excepções quando o próprio receptor manifestar necessidade de estar acompanhado. Existem questões de índole psicológica que poderão desencadear a necessidade de o receptor estar acompanhado por uma mãe, por um irmão, por um filho, qualquer agente que seja do seu interesse pessoal. E aí, o administrador de Reiki nunca deverá interferir nestas decisões; pode sempre sugerir, mas jamais impor.

7. Preparação da Sessão Terapêutica

Devido ao facto de se estar em contacto com o corpo e energia densa de outra pessoa, devem lavar-se as mãos antes e depois da sessão. A água tem a capacidade de realizar limpezas a nível do corpo físico e do sistema energético subtil. Há quem prefira usar luvas, caso vá ter que tocar a pele da pessoa, as quais não interferem minimamente com a capacidade de canalização do Reiki, mas não há nada como trabalhar por cima da roupa da própria pessoa. Não há necessidade de se despir uma pessoa a quem vá ser administrado um tratamento de Reiki. O uso de roupas confortáveis, tanto da parte do terapeuta quanto do receptor, é fundamental e de preferências, deverão ser eliminadas bijutarias ou quaisquer peças exteriores ao próprio ser. Objectos de ouro, desde que em “primeira-mão”, poderão ser deixados ficar, não há qualquer problema. De qualquer modo, há quem se sinta mais confortável sem ter qualquer acessório extra no corpo, isso depende de cada um. O próprio terapeuta não deverá ter artefactos, pelo menos nas mãos, a não ser anéis de ouro de casamento, por exemplo; não há qualquer problema neste caso, pois a principal contra-indicação vai para qualquer peça que seja posta aleatoriamente, só naquele dia, por motivos ornamentais; essas deverão ser



retiradas, pois por vezes interferem bastante no processo; agora, quando se trata de uma peça com a qual a pessoa tem uma identificação e essa peça está praticamente integrada naturalmente no campo energético da pessoa, então não há qualquer problema. Portanto, a remoção de bijutaria fica ao critério de cada um; o meu conselho vai para que o terapeuta não tenha, ou ostente um mínimo de bijutaria com ele. Relógios analógicos, por exemplo, devido ao cristal de quartzo, que rege o seu funcionamento, poderão interferir no fluxo de energia e vice-versa; há relógios que param, que atrasam ou adiantam durante uma terapia com Reiki. Mesmo os digitais podem sofrer interferências momentâneas oriundas das flutuações bio-electromagnéticas induzidas durante a terapia.

Os relógios devem, portanto, ser removidos, juntamente com óculos, sapatos, os cintos devem ser afrouxados ou removidos e convém que haja agasalhos por perto, sejam casacos, mantas ou sacos-cama, para o caso de haver frio da parte do receptor. Como vai estar deitado ou em repouso, é natural que o metabolismo vá baixando, com a descontracção e inacção e, consequentemente o frio se possa manifestar como desconforto durante a sessão. Devem-se prevenir interrupções devido a estes factores, portanto convém ter-se à mão todo o material necessário para que o conforto seja máximo durante a sessão terapêutica.

8. Preparação do Terapeuta

Um pequeno ritual de disciplina antes de executar uma bateria de tratamentos que poderá não ser apenas a uma pessoa, mas até a várias, pode auxiliar bastante o terapeuta a manter-se centrado em si próprio, na sua essência, no centro do seu ser, e consequentemente a preservar a elevadíssima vibração do seu campo como curador, sem que haja contágios energéticos, baixas de vibração ou outros fenómenos desagradáveis que se podem instalar quando uma pessoa desleixa de facto a preservação e a qualidade do seu campo energético. Então, antes de se aplicar tratamento a alguém, é fundamental que se obedeçam a algumas técnicas rápidas de equilíbrio dos chakras e desobstrução e protecção dos corpos subtis, e de aumento da sua capacidade de drenagem energética. As costas de um terapeuta devem estar permanentemente rectas e confortáveis. Deve-se fazer uma meditação simples, mas eficiente, bastando para isso conservar-se a consciência na respiração e controlar-se o fluxo de pensamentos, procurando que estes se reduzam ou mesmo desapareçam. A maior parte das mentes é dispersa, é resvaladiça, muito pouca gente consegue adestrá-la convenientemente.

Por vezes, a ingestão de uma boa dose de água antes da terapia e no final é fundamental para se manter a drenagem energética e um nível vibratório de qualidade. Tanto o paciente como o terapeuta podem beneficiar deste procedimento.

9. Cuidados Durante os Tratamentos

Quando se aperceber de que por algum motivo a sua energia está a baixar, seja por um bocejo, pela sensações de peso, por formigueiros contínuos, por respiração lenta e pesada, ou quaisquer outros sintomas, é de exclusiva responsabilidade do terapeuta fazer um intervalo de alguns segundos para repor o seu próprio equilíbrio.



Um excelente auxílio à manutenção de uma pulsação energética activa e saudável reside na utilização consciente de cristais em contacto com o Biocampo. O emprego de cristais deve ser feito com critério e com discernimento, pois ao usar-se um cristal que vibre mais devagar que o próprio campo, estar-se-á a aplicar uma força de atrito e de tracção que irá reduzir a vibração do próprio Biocampo, induzindo deste modo vibrações antagónicas às saudáveis e consequentemente induzindo campos favoráveis à instalação de doenças. Por outro lado, o emprego de cristais mais fortes poderá induzir vibrações demasiado aceleradas relativamente àquelas a que se está habituado. Isto pode gerar ansiedade, insónias, entre outros sintomas que poderão ser bastante incómodos. Portanto, a selecção de um cristal cabe a cada um, com consciência, com intuição ou, se a própria pessoa for radiestesista e souber ela própria optar pelos melhores cristais a utilizar. Não se devem jamais empregar quaisquer cristais antigos ou já usados por outras pessoas quando se forem empreender tratamentos, pois estes provavelmente ainda se encontrarão impregnados das vibrações dos antigos donos. Deverão ser meticulosamente limpos através de inúmeros processos que existem para limpeza de cristais antes de serem empregues com efeitos terapêuticos para terceiros ou individuais.

10. Trajecto da Energia durante o Tratamento

No que diz respeito ao administrador de Reiki, a energia vai entrar pelo Chakra Coronário, fluindo através de todos os chakras dos diversos corpos e concentrando-se intensamente nos centros das palmas das mãos, pelas quais irá ser irradiada para o receptor. Não se devem cruzar braços ou pernas, nem usar nada que aperte ou estanque a energia em qualquer ponto, para que esta flua sem quaisquer bloqueios. Toda a sequência de terapia irá variar consoante aquilo que se pretenda fazer. Numa fase inicial do Nível I, os praticantes ficam a conhecer uma sequência fixa que deverão empregar durante as primeiras vezes que aplicarem energia, pois através dessa aplicação metódica e disciplinada irão começar a compreender a forma adequada que lhes possibilitará mais tarde virem a aplicar o Reiki intuitivamente, e não seguindo uma sequência específica que será de elevadíssima valia numa fase inicial, mas que posteriormente deverá ser substituída pela prática intuitiva e superiormente dirigida.

Antes da realização de qualquer terapia, o administrador de energia Reiki deve seleccionar um código para si próprio para que este funcione como uma chave, tal como existem certas chaves na hipnose. É importante, por exemplo, que a colocação das mãos em forma de oração à frente do coração, ou a realização de uma convocação, como por exemplo: “Harmonizo-me com a Energia Universal, para que esta limpe e purifique todo o meu Sistema Energético, possibilitando que todo o trabalho que aqui vai ser realizado esteja plenamente de acordo com as Leis Universais de Cura para este Ser que vai ser abordado pela Energia Reiki neste instante”. O sentimento de gratidão deve estar constantemente presente no praticante de Reiki, não apenas durante a terapia, mas durante toda a vida do Mestre de Reiki. A gratidão é uma das chaves máximas para a libertação e auto-realização.



11. As Mãos do Terapeuta

Durante a movimentação de energia Reiki pelas mãos, estas devem posicionar-se com as palmas viradas para baixo e os dedos todos juntos. O facto dos dedos se encontrarem afastados dispersa a energia. As mãos devem sempre estar relaxadas e nunca se deve exercer uma pressão excessiva sobre a zona do corpo abordada, posicionando-se sobre o corpo do receptor, ainda que por cima da roupa; no entanto, haverá zonas onde poderá ser necessário um afastamento dos dedos das mãos, pois para terapeutas com bastante experiência poderão ser fornecidas instruções internas que solicitem o afastamento dos dedos para que um melhor efeito de direccionamento energético seja obtido em algumas situações.

12. Posições das Mãos

Durante os tratamentos a terceiros, as posições das mãos ou as zonas abordadas numa sequência pré-estabelecida de terapia por Reiki são análogas às do auto-tratamento. A única coisa diferente é que a postura, a forma como as mãos se posicionam perante o corpo será diferente, uma vez que é diferente colocar em nós ou em alguém que está à nossa frente e dever-se-á ter cuidado para não tocar determinadas zonas privadas do receptor, com as quais podemos não estar completamente à vontade.

Cada posição de mãos num tratamento completo de Reiki tem um significado, o qual deve ser aprendido durante o primeiro nível de Reiki. Roupas, invólucros, cobertores, luvas, não bloqueiam a passagem da energia. Perante feridas, queimaduras, furúnculos, fungos, eczemas, psoríase ou quaisquer outros problemas visíveis nunca se devem colocar as mãos directamente sobre o corpo. Ou existirão luvas ou roupa de permeio, ou se colocarão as mãos afastadas da pele.

13. Sensações nas Mãos

Basta ser-se correctamente iniciado para que, ao se imporem a mãos, a energia flua naturalmente. Afinal um desportista não tem que compreender como o seu corpo funciona e quais os efeitos que o exercício terá sobre o seu corpo para que um bom treino regular surta os seus efeitos. Basta-lhe seguir as orientações de um bom treinador para lograr os benefícios pretendidos; agora, conhecer o seu corpo e os efeitos do exercício sobre ele complementariam a prática. Com o Reiki sucede o mesmo.

Em cada posição durante a sessão de cura, inúmeras sensações se podem manifestar, desde variáveis sensações de temperatura, do quente ao frio, formigueiros, sensação de fluir, sensações ondulatórias, de vibração, tremores, magnetismo, dormências, todas elas com significados específicos. As sensações podem continuar indefinidamente, agravarem-se ou reduzirem. A decisão do que fazer perante elas compete exclusivamente ao terapeuta. Tanto o terapeuta quanto o receptor poderão sentir essas influências, mas não é necessário que essas sensações se manifestem em ambos. É preferível que se executem várias posições ao longo de um tratamento completo de Reiki, do que se permaneça muito tempo numa mesma posição. De qualquer forma, haverá momentos em que se deverá dar mais tempo a determinadas zonas que o requeira. Cabe ao aplicador de Reiki experiente decidir o que fazer a cada circunstância.



14. Processos de Catarse

Diversas reacções podem surgir aquando a aplicação de terapia por Reiki. Pode-se chorar de raiva, de tristeza, de dor, pode-se conversa sobre algo do passado ou sem significado, rir, gritar, ficar-se ansioso, enfim. Inúmeras emoções do leque de emoções humanas podem aflorar, inúmeros pensamentos; o importante é que o terapeuta esteja preparado para saber lidar com quaisquer reacções da parte do indivíduo que esteja a receber Reiki. Estes processos de libertação de energia acumulada são denominados “Catarse”. É fundamental, portanto, que perante descargas emocionais advindas de repressões passadas, haja uma capacidade crescente do terapeuta conseguir conduzir o receptor a níveis de profundidade, de memória e de registos pessoais, tanto psíquicos, quanto biológicos, quanto emocionais, que possam conduzir à libertação definitiva dos bloqueios que anteriormente impediam o progresso efectivo da pessoa na sua própria existência. Um reflexo demonstrativo de uma boa eficiência terapêutica reside na constatação de um aumento de desenvoltura e de uma melhor inserção do agente receptor na sua própria realidade existencial. Se o receptor adormecer durante a terapia, o terapeuta deve continuar a sessão normalmente; o adormecimento não é mais do que uma viagem da consciência para outros planos subtis. Mas todo o sistema continua a receber a energia, e por vezes de uma forma mais intensa do que aquando acordado.

Uma das situações que pode surgir tem a ver com a vivência de vidas passadas ou de vidas paralelas, e é extremamente fácil lidar com estas situações, corrigindo-se a vibração e a energia que for trazida para o momento presente, através do acesso a estas mesmas vivências que geraram bloqueios actuais, seja de vidas passadas, seja de infância. Qualquer vivência que tenha gerado bloqueio, ao ser abordada deverá ser percebida plenamente, para que esse bloqueio seja imediatamente corrigido e não mais gere interferências na vida actual do indivíduo, pelo menos interferências negativas.

15. Situações Complexas

Inúmeras situações difíceis podem aflorar durante as terapias; as mais habituais estão relacionadas com descargas somato-emocionais. Um terapeuta deverá estar preparado para estas reacções, e não se deve aventurar a tratar alguém sem antes ter a maturidade psico-emocional que lhe possibilitará estar a conduzir uma sessão na qual se possam desencadear situações deste âmbito. A outra dificuldade reside nas reacções relacionadas com fenómenos transtemporais (o mais comum é o de acesso a Vidas Pretéritas) que poderão ser de complexa abordagem para um terapeuta não familiarizado com os fenómenos multidimensionais que daí podem advir.

16. Regressão com Reiki

O sistema de regressão com Reiki pode ser utilizado intencionalmente como método terapêutico. No entanto, a minha sugestão vai para que seja sempre aplicado de uma forma natural e espontânea, ou seja, nunca se aplicar o Reiki com o propósito de regressão, a menos que algum processo tenha sido naturalmente desencadeado e não tenha sido resolvido na íntegra numa sessão anterior. Desencadear intencionalmente regressões a vidas passadas pode ser o



forçar de uma abertura de níveis para os quais a pessoa não está preparada para lidar, o que por vezes pode trazer maiores problemas do que se as portas tivessem continuado fechadas e a solução para o bloqueio actual tivesse vindo de uma forma natural. Um exemplo: alguém que tenha sido vítima de violação numa vida passada por alguém que actualmente seja o seu pai ou o seu irmão e com quem já tem problemas emocionais, ao vivenciar as situações passadas, por vezes em vez de a compreensão vir confortar o momento, poderá precisamente acontecer o contrário, adicionando-se mais uma camada de mágoa e dor a todo o processo que está instalado. E não basta o terapeuta ser experiente para conseguir contornar esta situação. A intenção de quem vai aplicar o Reiki deve ser única e exclusivamente uma: que tudo o que se desencadeia durante o processo de terapia esteja de acordo com aquilo que o receptor está preparado para vivenciar e venha a prepará-lo em todos os níveis multidimensionais da sua existência como Ser-humano. Este é o propósito supremo das abordagens com o Reiki.

17. Auxílio Transpessoal

Há quem faça referência aos guias de Reiki quando ensina Reiki. Não vamos aqui introduzir conceitos que poderão confundir mentes menos esclarecidas, como os conceitos de guias de Reiki ou de outros seres com consciências. A tendência humana quando se fala de guias de Reiki é visualizar seres humanos ou guias sobre a forma humana, estejam eles envoltos em luz ou com asas ou com faces de anjo. Não é isso que importa, o que importa aqui e o que serve verdadeiramente como guia energético de Reiki é a intenção, o propósito e a qualidade energética implicadas no processo. Estes são os factores essenciais para o sucesso da terapia. Então é de extrema importância que se manifeste gratidão durante o processo para que, se de facto houver entidades externas de elevada vibração a pretenderem colaborar no processo tenham o caminho aberto para qualquer realização que pretendam efectuar.

18. Finalização da Sessão

Uma sessão de Reiki termina-se suavemente e há uma técnica que se chama scanning energético, carícia energética, alisamento da aura ou varrimento do campo que é excelente para rematar uma terapia. Com as mãos colocadas alguns centímetros acima do corpo da pessoa “penteia-se” todo o campo da pessoa, desde a cabeça até aos pés. Este movimento suave e gracioso induz uma ancoragem, uma reentrada, um reajuste de todo o campo energético na biologia da pessoa, possibilitando um “despertar” com suavidade e no ritmo certo. A pessoa não se deve levantar de imediato, deve abrir os olhos, espreguiçar-se, sentir-se ancorada e bem enraizada no corpo para só então se sentar e colocar de pé. Podem surgir tonturas ou sensações de ligeiro enjoo, mas que serão rapidamente repostas.

19. A Cura

A cura consiste na reposição do funcionamento perfeito em todas as estruturas do Ser-humano. Então, curar e harmonizar, curar e realinhar, devolver e restabelecer a grande perfeição original aos elementos envolvidos no processo vital. Então a cura vai-se sucedendo através de uma dedicação constante e contínua. As transformações vão-se instalando no quotidiano e as



pessoas vão usufruindo do seu trabalho dedicado, do seu empenho. O Reiki cura, e é este o seu objectivo. Cura não apenas o agente que o pratica, mas todos os que forem envolvidos por essa radiação benéfica que desejem de facto receber essa dádiva.

NÍVEL IV: MESTRE-PROFESSOR O caminho pelo qual os Mestres de Reiki enveredam é um só. É o do

Amor e do serviço incondicionais. No entanto, isto pode manifestar-se de diversas formas. Se há quem inicie o Reiki com o intuito de leccionar e no final pode jamais vir a fazê-lo, o oposto também se verifica: quem tenha ingressado por curiosidade ou apenas para lograr benefícios pessoais, poderá vir a tornar-se excelente Mestre-Professor. O desenlace dos processos não pode ser definido nem sequer pelo Mestre de Reiki.

Ao tornar-se um Mestre-Professor, o aluno vai começar a partilhar de uma forma mais intensa e abrangente um bem precioso que recebeu. O Reiki quando transmitido e disseminado por si próprio durante um curso atinge proporções muito elevadas de auto-realização e gratificação íntimas. Sensações como sermos um oceano ou o cosmos são possíveis, e revelam-se como um convite directo do Universo, que nos expressa a sua gratidão perante o serviço por nós prestado, a continuarmos o trabalho que desempenhamos.

Claro que os “baixos” continuarão a existir, as provas, os desafios, por vezes mais intensificados, mas a preparação para os enfrentar e a capacidade de os transcender também será outra. Considerando-se o ensino que se inicia na escola primária e termina na Universidade, verifica-se que não passa pela cabeça de ninguém que esteja na escola primária resolver questões universitárias; Mas o Universitário já pode resolver questões da primária com uma tremenda facilidade; os desafios da primária que pareciam tremendamente difíceis são agora facílimos. Assim, à medida que se progride no trabalho perante a vida, as circunstâncias apresentam-se sob um outro prisma e as soluções manifestam-se mais rápida e eficientemente. Este processo denomina-se crescimento, e o crescimento dentro do Reiki é o crescimento dentro do amor, da luz, da paz e da auto-realização. É um crescimento interior individual e colectivo no qual se deve investir tudo aquilo que cada um tenha de melhor. Ser Mestre-Professor de Reiki é aceitar o desafio do serviço, da entrega, do livre fluir.

No final deste livro, em apêndice, algumas perguntas que surgem frequentemente aquando a participação neste nível são respondidas para esclarecimento de Mestres-Professores recém-formados.

6. Os Níveis de Aprendizado - do Praticante ao Mestre-Professor

Há matérias que deverão obrigatoriamente integrar cada um dos níveis de

formação em Reiki, para que estes sejam o mais completos possível, mas sem excessos e ainda mais, sem desvios em relação ao conteúdo fundamental e puro do Reiki. Misturas que vão para além dos ensinamentos de Reiki e auto-aprimoramentos (legítimos e fundamentais de se leccionarem) são supérfluos quando integrantes das temáticas a leccionar durante os Níveis. Por exemplo, aprender que os cristais são benéficos em determinadas circunstâncias é uma coisa; aprender toda uma série de práticas com cristais é



excessivo. Compreender o que são símbolos e como funcionam energeticamente é uma coisa; conhecer qualquer símbolo exterior ao Reiki durante as iniciações é excessivo. Aprender uma técnica ou uma forma comportamental, a título de exemplo, para compreender como se pode executar uma disciplina de higiene energética é uma coisa (que inclua meditação ou exercícios respiratórios que se exemplifiquem); dar toda uma bateria de exercícios onde nem sequer haja uma vivência directa e uma experiência aprofundada dos seus efeitos é excessivo e equivocado, podendo mesmo ser prejudicial. Falar de Tarot, Mandalas, Astrologia, Artes Marciais… então aí é como ir dar uma aula de Matemática a leccionar Biologia ou de Desenho a falar de Química. Miscelânea é proibida, ou o Reiki Original estará a ser profanado. Não significa que cada aluno, individualmente, não faça as suas adaptações ou explorações, mas Reiki é Reiki… e nada mais.

NÍVEL I: PRATICANTE

Toda a Parte 1 deste livro (poderá excluir-se o item 16). Toda a parte 2 deste livro. Um esquema completo de posições de auto- -tratamento de Reiki.

Um esquema semi-completo de posições de Reiki realizadas em outros.

Uma descrição da acção principal da energia em cada uma das posições referidas (age ao nível das seguintes partes do corpo, tendo os seguinte efeitos psico- -emocionais).

Um Manual completo de questões respondidas sobre Reiki Exemplos de questões (respondidas no Apêndice deste livro):

a) Porque tenho sensações nas mãos? b) Porque nem sempre tenho sensações nas mãos? c) É preciso acreditar no Reiki para funcionar? d) O Reiki pode ser nocivo? e) Reiki é Fé? f) Reiki é poder da Mente? g) Reiki é magia? h) Reiki muda o destino? i) São precisos artefactos para o Reiki funcionar (incensos, meditação, velas?) j) O Reiki cura tudo? k) Há trocas de energias durante um tratamento? l) O sucesso de um tratamento depende do emissor ou do receptor? m) O terapeuta doente pode aplicar Reiki n) O Reiki desgasta? o) O Reiki cansa? p) O Reiki tem limites? q) Porque parece que às vezes nada acontece? r) O Reiki permite fazer diagnósticos? s) Pode-se praticar Reiki com outros métodos? t) Se alguém não quer Reiki pode abordar-se com a Cura à Distância? u) Só se pode curar com as mãos se se for iniciado no Reiki? v) Qualquer pessoa em quaisquer condições pode ser iniciada? w) Se eu não praticar Reiki durante algum tempo ele deixa de funcionar? x) Que tempo deve espaçar as iniciações? y) O meu filho de 2 meses de idade pode ser iniciado? z) Eu posso receber uma iniciação mal feita? E se isso acontecer, eu vou estar a

enganar-me ou aos outros quando aplicar a energia? €) Quantas vezes posso frequentar o mesmo nível? E ser iniciado em cada nível? £) Posso trocar de Mestre?



Introdução a exercícios de auto-aperfeiçoamento: aprender a relaxar, a respirar correctamente, a meditar, a concentrar, a gerir a memória, a dirigir a energia, a comer saudavelmente, a comunicar com harmonia, …

Noções de higiene energética e biológica.

NÍVEL II: CURADOR

Aprofundamento e prática das técnicas de auto-aperfeiçoamento. Prática intensiva de Exercícios de Protecção. Apresentação dos Símbolos integrantes deste nível e descrição de algumas das suas aplicações.

Ensino de duas das inúmeras técnicas de Cura à Distância (uma para a progressão da energia no tempo e outra para a progressão da energia no espaço). Deve-se, posteriormente, comprovar as alterações que a prática tenha provocado no plano físico, relativamente aos seres envolvidos nesses exercícios. NÍVEL III: MESTRE

Fornecimento de uma descrição do significado das diversas sensações que podem surgir ao nível das mãos, aquando uma intervenção terapêutica com Reiki (formigueiros, frio, calor, picadas, electricidade, calor, atracção,…)

Aprofundamento e prática das técnicas de auto-aperfeiçoamento. Prática intensiva de Exercícios de Energização – Chakras, Corpos Subtis,

Meridianos, Plexos Neurológicos,... Apresentação dos Símbolos integrantes deste nível e descrição de algumas das suas aplicações.

Comprovação das práticas de higiene energética e biológica – pela qualidade terapêutica atingida

Alusão às responsabilidades do título conquistado neste nível: Mestre de Reiki NÍVEL IV: MESTRE-PROFESSOR

Prática intensiva de Exercícios de Captação e Direccionamento Energético.

Aprendendo a estabelecer Sintonização Superior. Como preparar um Curso

a) Elaboração de Manuais e Certificados b) Modalidades de Divulgação (Publicidade) c) Preparação da Exposição Temática: O Mestre-Professor como um canal puro e translúcido de Energia Superior d) Montantes de acesso a praticar (Preços) e) Facilitações financeiras de acesso



Durante o Curso:

a) O Mestre perante os alunos b) Alunos específicos: praticantes de outras terapias; com capacidades extra-sensoriais; com limitações físicas, mentais ou doentes; obcecados; fanáticos; cépticos; … c) Acompanhamento posterior dos alunos d) As Iniciações: o Ambiente, os Iniciados, esclarecimentos, preparação, posição Hui Yin, posicionamento do Mestre, descrição completa do Ritual. e) Prática completa do Ritual das Iniciações

Um Manual com algumas questões pertinentes respondidas sobre as Iniciações.

Exemplos de questões (respondidas no Apêndice deste livro): a) O que pode sentir uma pessoa que seja iniciada? b) O que pode sentir um Mestre de Reiki durante uma iniciação? c) Alguém pode sentir-se mal durante uma Iniciação? d) O Ritual é igual para qualquer iniciação de Reiki? e) Existem iniciações especiais? f) O que são harmonizações ou iniciações de intenção? g) Como sei se uma pessoa quer ser iniciada? h) Um bebé no ventre materno pode ser iniciado? i) Como inicio um bebé? j) Como inicio uma criança? k) Como inicio uma pessoa acamada? l) Como inicio alguém com deficiência mental? m) Como inicio alguém com que não pode responder se quer ser iniciado? n) Podem realizar-se iniciações à distância? o) Os animais podem ser iniciados? p) As plantas podem ser iniciadas? q) Os cristais e pedras podem ser iniciados? r) Posso iniciar-me a mim próprio? s) Se me enganar a fazer o ritual a iniciação é mal feita? t) Se me enganar a meio de uma iniciação devo recomeçar ou continuar o ritual? u) Se os alunos quiserem manter os olhos abertos durante as iniciações que devo

fazer? v) Se me fizerem perguntas às quais eu não saiba responder que faço? w) Posso ensinar o processo das iniciações a quem não tenha ensinamentos de

Reiki? x) Treinar o processo das iniciações não é uma profanação? Não devo memorizar e

depois praticar só quando for a sério? y) Só posso realizar iniciações durante os cursos que der ou posso efectuar

iniciações individuais? z) Tenho que cobrar sempre as Iniciações que realize?

f) As Harmonizações ou Iniciações de Intenção (diferenças em relação à Iniciação)

g) Prática completa do Ritual das Iniciações Protocolo Completo do Processo Iniciático (respiração incluída) Protocolo Completo do Processo das Harmonizações (respiração incluída)



SÍNTESE A capacidade de trabalho ao longo dos níveis de Reiki vai aumentando à

medida que se progride. O Primeiro nível é um marco na vida de uma pessoa, grandes transformações se podem avizinhar consoante o intuito pessoal e o desejo de progredir. O segundo é marcante e inúmeros processos anteriormente bloqueados poderão ser desbloqueados e activados, possibilitando a exploração de novas coordenadas de espaço e tempo e de auto-realização no campo da cura e da terapia. O terceiro é tremendamente especial, a capacidade vibratória eleva-se imenso, a energia é belíssima e pura, um ambiente indescritível que deve possibilitar ao praticante a comunhão máxima com as energias universais para que ocorra uma maior evolução, um maior crescimento, uma expansão grandiosa da consciência. O Nível de Mestre-Professor é outro salto na vida daqueles que pretendem dá-lo; aprendem-se as iniciações, e apenas a experiência, pois não há teoria que a ensine, possibilitarão um crescimento gradual, contínuo e seguro daquele que se entrega assiduamente ao serviço dos outros pelo melhor.

Reiki é… AMOR UNIVERSAL.



Capítulo IV

Reiki no Século XXI



O REIKI NO OCIDENTE A partir do momento em que o Reiki é utilizado com fins egoístas não está a

desempenhar os objectivos e a veicular os princípios para os quais foi divulgado por Mikao Usui. No entanto, todo o Mestre de Reiki tem o direito de cobrar pelos seus cursos e terapias, pois a logística e o tempo, da forma como são abordados no Ocidente, assim o exigem. O que não está correcto é a exploração financeira que pode advir do facto de não haver nenhuma legislação a orientar o processo em Portugal. Cobrar 5000 euros por um nível de Reiki é um exagero; o facto de alguns níveis terem 5 horas e outros 25 também é discrepante, apesar de tempo não significar qualidade. Todo o Curso de Reiki deveria incluir, no mínimo toda a informação contida neste livro, para além das matérias correspondentes a cada Nível de Reiki as quais deviam ser confidenciais, embora já estejam disseminadas num ou noutro livro de Reiki publicado, e até na Internet. Não se emprega aqui o termo confidencialidade como sinónimo de secretismo (que não é). Pretende-se simplesmente transmitir que há matérias de Reiki que deviam ser divulgadas apenas nos respectivos cursos, pois apesar de qualquer pessoa poder estudar os livros de Física, Química ou Matemática Universitária não vai ficar a conhece-las e dominá-las na totalidade sem a prática necessária e um bom professor para esclarecer dúvidas e conceitos equivocados. O objectivo dessa confidencialidade seria proteger a essência do Reiki de especulações e desvirtuamento por parte de mentes incultas e depreciativas (se desejarem compreender este fenómeno invasivo e dispersivo à Luz da Física quântica estudem a Lei de Rutherford e a Lei de dispersão de Coulomb. desta forma compreenderão de que maneira a energia do pensamento, como ondas dispersando outras ondas, como se fossem compostas por partículas minúsculas - fotões neste caso específico - consegue produzir uma penetração de intensidade suficientemente grande para romper o campo de energia magnética do pensamento, concentrando o padrão específico da matriz criativa.). Desta forma vários atentados energéticos podem ser feitos a determinada informação energética que nunca deveria ser “contaminada” para manter a sua potência de actuação nos planos vibratórios mais densos (plano material incluído, obviamente, e portanto do corpo físico e da saúde biológica). A parte mais vergonhosa do Reiki em Portugal é a forma comercial como ele é abordado em inúmeros casos. A forma como pseudo-Mestres-Professores desta disciplina espiritual dizem mal uns dos outros como se de um assunto de competição se tratasse, a maneira astuciosa como “roubam” os alunos uns aos outros por difamação mútua…enfim, o Reiki é utilizado por instrutores não qualificados ao nível de integridade e recoberto por uma máscara vibratória densa que altera por completo a qualidade do REIKI ORIGINAL. O Reiki ajuda a lograr transformações benéficas na vida de quem o pratica, desde que haja uma entrega à transformação e aperfeiçoamento. Se essa entrega ao aperfeiçoamento não for profunda, há conflitos que serão acentuados até que sejam resolvidos. O Reiki obedece a todas as Leis Espirituais, Energéticas e Materiais. Pretender que esta disciplina se adapte aos nossos objectivos egoístas é o mesmo que querer que a força de gravidade se adapte ao nosso peso! A consciência deve ser o único orientador activo em cada indivíduo.



Nota Importante: A aplicação das seguintes terminologias:

“terapia” - do vocábulo original grego “therapeía” significando

“cuidado, atendimento”; “terapeuta” - do vocábulo original grego “therapeuthés” significando

aquele “que cura, que trata” ; “terapêutica” (termo adoptado em cultismos do século XIX em

diante) significando “tratamento, intervenção” e “terapêutico” (termo adoptado em cultismos do século XIX em diante)

significando “possuir propriedades medicinais curativas”.

não evidencia qualquer vínculo com os mesmos termos da Medicina Convencional (acima referidos) e são empregues para mera designação de agentes e circunstancias.

Os referidos termos possuem o radical comum “Terap-“, que deriva da etimologia grega “therapeúõ” que significa “curar, tratar, cuidar”. Assim, todos os termos são variantes desta raiz etimológica e, no que diz respeito ao contexto deste livro, visa-se fundamentalmente o cuidado dos indivíduos abordados por este sistema. Com o Reiki cuida-se das pessoas, elas são abordadas de uma forma que lhes permite lograrem a sua própria cura. O Reiki não Cura nem é uma terapia – o Reiki é Energia Natural à disposição. Ao referir em Reiki os termos “terapia”, “terapeuta”, “terapêutico/a” pretendem-se referir os veículos de cura e não o agente de cura que é a própria energia Reiki. Da sua adequada aplicação depende o sucesso na obtenção dos objectivos.

Deste modo, no que diz respeito a estas terminologias, apesar de semelhantes às da Medicina Convencional, elas referem-se a diferentes conceitos: “terapia” refere-se à aplicação da energia por parte de um profissional de Reiki; “terapeuta” é um nome designativo desse profissional; “terapêutico” é o efeito reestruturador e curativo pretendido pela acção dessa energia.



EPÍLOGO Todos podem tratar com a energia que irradia pelas mãos, pois esse é um

dom inato a todos os humanos. Aqueles que acharem que sozinhos não conseguem e preferirem uma ajuda, um suporte mais concreto para auxiliar os corpos inferiores a readaptarem-se a características supra-humanas, poderão ligar-se ao Reiki que poderá, eventualmente, auxiliar a reactivação do contacto consciente com a energia Universal.

Não é por se realizar terapia pela imposição das mãos que se é praticante de Reiki. Só é praticante de Reiki quem for directamente iniciado por um Mestre de Reiki. E não há outra opção. Agora, TODOS PODEM TRABALHAR ENERGIA POR IMPOSIÇÃO DAS MÃOS. Que a luz e o discernimento o acompanhem

Mélanie Chaîne



APÊNDICE

Respostas Simples a Questões

Frequentes



Nível I: Questões Gerais

a) Porque tenho sensações nas mãos? Reiki é energia; quando se posicionam as mãos com o intuito de se realizar

uma abordagem com Reiki, o fluxo de energia que circula no corpo vai ser direccionado e concentrado na região das mãos. Essa activação faz-se acompanhar de um aumento da circulação sanguínea e da temperatura nessas extremidades. Como o sistema nervoso percorre todo um corpo físico, as suas células, de aguçadíssima sensibilidade, vão percepcionar essa alteração de fluxo energético, traduzindo-a (a nível cerebral) segundo critérios verbais conhecidos: formigueiro, calor, pressão, frio, picadas, atracção, electricidade, …

Quando o terapeuta é saudável e está em equilíbrio, as sensações reveladas pelas mãos traduzem circunstâncias bio-electromagnéticas explícitas respeitantes ao que se pode estar a passar biologicamente na região abordada. (havendo conhecimentos da electricidade que circula nos meridianos de acupunctura e em cada sinapse, do magnetismo inerente ao Biocampo e à composição atómico-molecular das células, de bioquímica, de fisiologia e de outras disciplinas humanas, é possível traduzir-se com uma aproximação por vezes de 100% o que se passa nos tecidos que compõem a região abordada por Reiki num dado momento.

As mãos, por serem o ponto de concentração (até da atenção) aquando a aplicação de Reiki, revelam mais facilmente essas sensações; no entanto, estas podem manifestar-se em qualquer região orgânica, tanto do emissor como do receptor.

b) Porque nem sempre tenho sensações nas mãos? O sistema nervoso é o responsável pelo envio de informação perceptiva ao

cérebro e este pela sua tradução. Nem sempre ao aplicar-se Reiki tem que se sentir a energia a fluir. O que pode acontecer é que sejam diversos os factores a desencadear essa ausência de sensorialidade; esses factores vão desde o facto da energia poder não estar mesmo a circular de todo, por falta de diferença de potencial suficiente que o permita (no caso de um auto-tratamento, mas este motivo é muito raro), da energia não circular porque, por algum motivo, a região a receber a energia encontra-se organicamente bloqueada – por algum motivo do receptor - e não é um agente externo que tem o direito de a remover – terão que ser abordadas as causas subconscientes antes de se dar continuidade ao processo.

O excesso de envolvimento com um quotidiano perturbado reduz substancialmente as capacidades perceptivas em diversos níveis (até no nível físico os cinco sentidos apresentam a sua acuidade reduzida); daí que seja natural o facto de não haver percepção das energias, ainda que elas estejam a fluir convenientemente.

O facto da iniciação de Reiki no nível I ser recente também pode interferir na baixa sensibilidade, devido à pouca prática de Reiki.

c) É preciso acreditar no Reiki para funcionar? É preciso acreditar no coração para que ele pulse? No esófago para que

conduza a comida ao estômago? No estômago para digerir? No cérebro para gerir?

É preciso acreditar na bicicleta para ela se deslocar? Ou é necessário exercer um esforço de moção adequado ao seu funcionamento? É necessário acreditar no esquema de musculação para firmar o corpo ou é necessário empreendê-lo?



É preciso acreditar num professor para ele ter valor? Ou ele simplesmente tem ou não tem esse valor, independemente da nossa crença?

Assim é com o Reiki. Pratique-o, mesmo sem intenção, que o Bio-electromagnetismo fará o resto. Claro que se o praticar com energias de entrega e compreensão os resultados serão exponencialmente aumentados e os benefícios serão mais rapidamente constatados. Mas mesmo sem acreditar em nada, o Reiki funciona sempre.

d) O Reiki pode ser nocivo? JAMAIS! Pode-se fazer mal a muita gente, de muitas formas, mas dizer que o

Reiki faz mal é um equívoco magistral! Pode-se fazer mal, a si próprio ou a alguém, mas dizer que foi com Reiki é mentira.

O que acontece, e devido às Leis de Ressonância, é que, como o Reiki é vibração pura de Amor Universal, muita gente possa não suportar facilmente o seu padrão de ressonância. Se a pessoa que contacta o Reiki é bondosa e tem um íntimo belo e com aspirações harmoniosas, então o Reiki, apesar de poder desencadear desintoxicações e situações de limpeza é sempre sentido como benéfico e auxiliar. Se a pessoa for invejosa, odiosa e carregar muito mal consigo, então ela pode sentir que o maior mal do mundo acabou de a atingir, afinal o mal e o bem, interpretados sob a forma perceptiva humana, são subjectivos.

Mas sendo o bem tudo aquilo que liberta, organiza e restitui a harmonia funcional perfeita, então REIKI É O BEM!

e) Reiki é Fé? NÃO. A Fé também é uma energia, mas os seus mecanismos são

completamente diferentes dos do Reiki. A Fé nasce dentro do Ser e propaga-se para o exterior procurando nesse exterior solução para os seus objectivos. O Reiki simplesmente existe, fora e dentro de cada um, e apenas necessita ser convocado através das “chaves” que o activam para que seja dinamizado e entre em funcionamento.

f) Reiki é poder da Mente? NÃO. A Mente é a Mente, uma dimensão humana e característica dos planos

físicos ou materiais. Evidentemente que a Mente é energia, mas se formos a ver bem, tudo é energia, sob diferentes manifestações. A Mente, é uma estrutura energética, o Reiki é um método energético, só por aí, já não são a mesma coisa. Se Reiki não é a Mente, muito menos será o Poder dessa mesma Mente, pois o Poder da Mente é o resultado da quantidade de energia que ela possui e da qualidade com que esta é administrada. O Poder da Mente é uma coisa; o Poder do Reiki é outra coisa. Só que a Mente pode auxiliar a aumentar o Poder do Reiki, e o Reiki pode auxiliar o aumento do Poder da Mente. É uma questão de gestão energética de ambos.

O Reiki sobre o Poder da Mente: se alguém tiver Poder Mental a menos, o Reiki vai aumentá-lo, removendo as origens dessa limitação; se alguém tiver poder mental a mais, outros níveis serão estimulados para que se deixe de estar tão centrado na Mente (desequilibrando-a) e outros níveis, igualmente importantes, passem a ser irrigados por essa energia anteriormente “desviada” e hiper-utilizada pela Mente.

O Poder da Mente sobre o Reiki: Através de um redireccionamento mental de energias, a Mente tanto pode servir de barreira como de catalizador da Energia Reiki. Assim, consoante a postura Mental adoptada pelo agente que trabalha o



Reiki (pró, neutra ou contra) a fluidez do Reiki é intensificada, retardada ou mesmo anulada. Na verdade o Reiki não depende de nada para funcionar, mas o facto de ser contrariado por vibrações antagónicas e dissonantes é evidente que altera a sua eficácia. Dai que nunca se deva aplicar Reiki contra a vontade de alguém; essa atitude prejudica tanto quem envia como quem capta a energia.

A Mente conduz e tem muito poder de liderança. Mas a Mente, com as suas pretensões ao Poder e a dominar, quantas vezes não levanta barreiras à livre circulação das energias e acaba por ser ela, preconceituosamente alterada por vivências e conceitos equivocados, a principal causadora de doenças e patologias em diversos níveis. O Reiki, per si, é entrega pura ao fluxo natural que cura e harmoniza sem conjecturar. Daí que, para que uma cura seja eficiente, a Mente e a energia Reiki devam estar alinhados em objectivos e harmonizados em vibração. Assim, ambos se potencializam mutuamente, logrando benefícios imensuráveis para as estruturas por ambos abordados.

g) Reiki é magia? O que é magia? Se for a capacidade de interferir nos elementos e na Natureza para que eles

se comportem segundo a vontade do agente manipulador, NÃO, Reiki não é magia.

Se for ilusionismo, ainda mais peremptoriamente, NÃO, Reiki não é magia. Se for a capacidade de conduzir o destino segundo a sua própria vontade por

artes e segredos de influências internas sobre o meio exterior, NÃO, Reiki não é magia.

Se houver outra designação que eu não conheça que defina magia… ainda assim duvido que o Reiki se enquadre, pois a Magia implica uma obediência do meio externo segundo a vontade do sujeito manipulador, e no Reiki, simplesmente não existe manipulação, mas entrega.

Mas se magia for simplesmente a capacidade de atenuar ou eliminar dores pela arte-ciência da imposição das mãos, ou a capacidade de se eliminarem distúrbios e transtornos de forma por vezes irreversível, ou se for a capacidade de conceder uma Vida mais qualitativa a alguém que até então se encontrasse imerso em certo tipo de padecimentos… sim, pode-se dizer que Reiki é magia. A grande questão que se coloca é que nada do que foi referido neste parágrafo é magia, mas sim procedimentos que obedecem a leis perfeitamente definidas. Se a cura foi lograda é porque tudo decorreu segundo os princípios que regem o Reiki e regiam o destino do receptor, por forma a normal as situações patológicas, devolvendo a saúde ao indivíduo.

h) Reiki muda o destino?

Qual destino? Alguém traz uma carta escrita quando nasce a dizer o que lhe vai acontecer? Se fosse rígida a existência para que serviria o livre-arbítrio? Existem limitações que vão desde as características genéticas, à personalidade, ao meio exterior, também ele com o seu livre-arbítrio, entre outros factores, mas ninguém tráz uma carta escrita com o seu destino em lado nenhum. Há tendências, segundo determinadas condicionantes, mas a última palavra continua a ser individual. Mesmo a Astrologia determina influências planetárias, aponta tendências, mas não define atitudes nem ultimata comportamentos. Então não há nada a mudar em questões de destino. O que há é uma vida que pode ser vivida e experienciada, com maior ou menor qualidade, e é nessa



qualidade existencial que o Reiki pode interferir. A felicidade não está no que acontece mas na forma como nos auto-gerimos perante os acontecimentos. Expandindo a consciência e optimizando a qualidade da vivência terrena simplesmente se conseguem atingir altos níveis de qualidade existencial: alegria, felicidade, bem-estar, paz, conforto, …

i) São precisos artefactos para o Reiki funcionar (incensos, meditação, velas?) São precisas as mãos. Nada mais. Quem não tiver mãos precisa da intenção, da visualização e da capacidade de conduzir a energia com a Mente. Os artefactos, se auxiliarem na interiorização, concentração, alinhamento energético, sintonização superior e na aquisição de estados de energia mais aprazíveis e elevados são importantes, mas não são imprescindíveis. A auto-suficiência passa por cada um se bastar a si mesmo para lograr a homeostase e bem-estar máximos a cada instante, sem necessidade de ferramentas exteriores a si próprio.

j) O Reiki cura tudo? Não. Mas é sempre benéfico e ajuda indefinidamente onde for aplicado.

k) Há trocas de energias durante um tratamento? A Vida é uma troca de energias permanente, contínua e incessante. Ao respirar, há troca de energias. Ao conversar há trocas de energia, Ao comer há trocas de energia, é evidente que ao aplicar-se Reiki a alguém há trocas de energia. O tipo de qualidade energética com que se sintoniza (tanto no Reiki como na Vida) depende da higiene energética e do estado interior do agente que canaliza o Reiki. Ainda assim, a prática de Reiki por si é sempre um “duche” energético e apenas pode beneficiar ambas as partes envolvidas na terapia. Nunca se deve é aplicar Reiki contra vontade própria; se o terapeuta entende que não deve empreender uma terapia não a deve realizar só porque lhe pedem “por favor” ou por outro motivo qualquer. Há que se conhecerem os seus próprios limites e quem aplica Reiki não é um bom samaritano, carregado de boa vontade e irresponsabilidade sobre si próprio à mistura. Isso não é nada. Se quem pratica Reiki não se sabe acautelar, proteger e escutar internamente, cai na leviandade e no samaritanismo “barato” que podem trazer grandes dissabores e desequilíbrios em que não souber quando dizer “não”. A qualidade das trocas energéticas durante os tratamentos advém exclusivamente do nível de ressonância interna dos agentes implicados. Havendo o correcto alinhamento da parte do agente de cura com as energias puras e originais de Reiki, nenhum risco advém e tudo só pode correr pelo melhor.

l) O sucesso de um tratamento depende do emissor ou do receptor? De ambos e de outros factores. Existe um contexto geral de energia e um contexto individual e ambos têm que se manter em harmonia estável. Ao abordar-se um agente individualmente, existe todo um conjunto de leis que entra em acção e permite que as alterações pretendidas se realizem apenas em função das possibilidades disponíveis para esse momento e em relação as objectivos pretendidos. O trabalho feito com Reiki vai sempre acarretar benefícios onde agir, simplesmente esses benefícios podiam não estar de acordo com os objectivos pretendidos aquando a realização da terapia e, portanto, levar a interpretações equivocadas no que respeita à eficiência do Reiki.



Se “sucesso de um tratamento” significar atingir os objectivos pretendidos de cura a que se tinham proposto, então o emissor e o receptor têm muita influência no sucesso terapêutico, pois ambos vão estar a procurar atingir um objectivo comum, em trabalho de equipe. Mas outros factores de grande influência vão estar a vedar ou a facilitar o progresso terapêutico. Se “sucesso terapêutico” tiver a ver com a certeza de estar a decorrer um fenómeno de maior harmonização e desintoxicação para que se atinjam níveis maiores de bem-estar, saúde e libertação então o emissor e o receptor também têm um papel preponderante e, sem dúvida, quanto maior a entrega de ambos maior a conquista de estabilidade lograda.

m) O terapeuta doente pode aplicar Reiki? Não deve, mas isso depende da doença. Em quase todos os casos o terapeuta de Reiki deve auto-aplicar Reiki, o que o ajudará inequivocamente na sua recuperação em diversos níveis. Ao aplicar a terceiros, ele encontra-se mais vulnerável e em algumas circunstâncias poderá não ser adequado estar a expor-se de uma forma tão imprudente. No entanto, como eu disse, cada caso é um caso. Eu não o faria, a menos que se tratasse de um caso de extrema gravidade da parte do receptor em que a minha intervenção fosse decisiva para a perpetuação da sua Vida.

n) O Reiki desgasta? JAMAIS! O Reiki constrói e harmoniza. Se às vezes uma pessoa possa

sentir-se mais cansada por andar a praticar muito Reiki, isso deve-se ao facto de grandes potenciais de energia de alta vibração andarem a circular intensivamente pelas finíssimas redes energéticas que alimentam as células físicas do Corpo Biológico. Como estas não estão habituadas a tão elevados índices de potencial energético, o que sucede é que o corpo vai manifestar cansaço, para que o agente a ser curado retire a sua atenção e consciência o mais possível dos níveis externos, possibilitando todo o empenho de cura da parte dos níveis celulares; geralmente isto faz-se dormindo ou repousando, deitado, ainda que não adormeça. Muitas vezes, ter muito sono e necessidade de descanso é o corpo a pedir para ser curado. Contrariá-lo com cafés ou de outras formas é o primeiro passo para adoecer irreverssivelmente e perder a magnífica capacidade de se auto-curar.

o) O Reiki pode ser aplicado a mais e prejudicar? O Reiki é tão perfeito, e obedece tão prontamente aos mecanismos universais

(Leis) de harmonização e homeostase que quando o organismo entra em equilíbrio a emissão energética estabiliza. Nunca se aplica Reiki a mais. Pode-se adormecer com as mãos num local, em terapia, que não existe qualquer problema – por vezes até é melhor que assim seja. O Reiki NUNCA prejudica. Essa informação (prejudicar) simplesmente não integra o conteúdo energético desta Arte-Ciência.

p) O Reiki tem limites? Em que sentido? Praticar Reiki 24 sobre 24 horas é obsessivo e toda a

obsessão é prejudicial. Viver só a pensar em Reiki também não é positivo. Estar bem só quando se está em desempenho “Reiki” e durante o resto do dia estar-se “mal” também não é saudável; algo se passa de errado se isso suceder.

O Reiki é uma ferramenta auxiliar ao aprimoramento e progresso individual multidimensional dos Seres da Era actual. Uma ferramenta emprega-se com



critério e discernimento. Não o fazer é desperdiçar um dom e aplicá-lo levianamente, com consequências que podem ser desastrosas. O Reiki tem limites, SIM, segundo os critérios e a composição bioenergética de cada pessoa. Quando associado a uma disciplina de auto-aperfeiçoamento revela resultados esplêndidos, no entanto, essa disciplina é extrínseca ao Reiki propriamente dito, permutando-se e intercambiando-se com ele mas não sendo Reiki (a Matemática integra a Física, mas a Física não é Matemática; a auto-disciplina integra um processo de Cura, mas a auto-disciplina não é Reiki).

Por outro lado, há coisas que se conseguem com o Reiki e outras que não. No que diz respeito ao Reiki ser limitado e não conseguir curar tudo, é evidente que SIM, o Reiki tem limites. Há situações que não se resolvem muitas vezes porque o nível subconsciente do receptor não o permite, faça-se o que se fizer. Por outro lado, o Reiki aplica-se para se resolverem certas situações e é específico consoante o nível a abordar e o tempo disponível para isso. No caso de uma apendicite aguda, por exemplo, pretender-se uma abordagem exclusiva com Reiki é assinar-se o despacho da pessoa para outras regiões, visto que, apesar de se poder minimizar a infecção e proliferação do problema, este não é resolvido, e apenas a cirurgia retira a vítima da situação de risco fatal. Outras situações que às vezes parecem resolvidas, mas cessando a terapia regressam, também exigem, muitas vezes, abordagens terapêuticas diferentes e mais adequadas; por exemplo, perante uma infecção urinária, a aplicação de Reiki pode eliminar os sintomas mas não ser suficiente para eliminar as bactérias (por questões imunitárias ou outras); neste caso está a protelar-se uma situação que com um tratamento adequado à base de Malvas ou um antibiótico, rapidamente se resolveria, devolvendo-se a auto-suficiência energética ao organismo nesse sector patológico (Atenção: o Reiki pode ou não resolver a situação. Há muitos casos em que resolve. Outros não, e aí complementa-se a abordagem com outros meios terapêuticos).

Como complemento o Reiki é sempre uma mais valia auxiliar; em alguns casos é suficiente e basta-se como interveniente terapêutico; noutros casos é como complemento de diversas técnicas que conduz o receptor a uma situação satisfatória ou mesmo completa de Cura.

q) Porque parece que às vezes nada acontece? Muito do que sucede durante a Terapia com Reiki é em níveis não tangíveis

pelos cinco limitados sentidos físicos. Existem inúmeras abordagens que não desencadeiam fenómenos e reacções perceptíveis, mas a cura foi processada e está a decorrer em planos internos de grande importância. Da mesma forma, depois de uma refeição, se tudo correr bem, cada pessoa vai ao seu dia-a-dia sem verificar se a digestão está a decorrer, tanto ao nível do estômago, intestino delgado ou intestino grosso. As coisas simplesmente seguem o seu curso natural. Com a energia Reiki sucede o mesmo. Ela age, mas muitas vezes não se dá por isso. O bom funcionamento de um computador depende da sua correcta programação. O Reiki, para assegurar o bom desempenho age, também, nos outros níveis, havendo trabalhos extremamente profundos, imprescindíveis e fundamentais que não manifestam resultados imediatos.

r) O Reiki permite fazer diagnósticos Não. Com a prática é possível descobrirem-se patologias específicas e

descrevê-las ou identificá-las com exactidão, mas isso resulta de um progresso individual consequente da entrega e de méritos adquiridos por questões pessoais e evolução nesse sentido. O objectivo do Reiki não é esse. Esse pode



ser um complemento que surja, ou que, naturalmente, seja uma faculdade já presente em alguém, praticante ou não de Reiki… A capacidade de fazer diagnósticos deve ser delegada para médicos ou para os verdadeiros e sinceros clarividentes que tenham trabalhado e estudado o desenvolvimento dessa capacidade com objectivos medicinais e de cura.

s) Pode-se praticar Reiki com outros métodos? Sim. É um excelente complemento de tudo! t) Se alguém não quer Reiki pode abordar-se com a Cura à Distância? Se alguém expressou explicitamente que não pretendia ser abordado por esta

energia, não considero ético fazê-lo pela calada. Essa é uma forma muito pouco sincera de se abordar a questão. O respeito pelo livre-arbrítio alheio é fundamental e cada Ser deve ser livre de optar pelo que pretende para si. Se alguém oferecer dinheiro ou um presente a alguém, essa pessoa é livre de o negar. E se isso suceder, outro objectivo será conferido ao dinheiro ou ao presente. Com o Reiki é o mesmo. Agora, se estivermos a referir-nos à hipótese de enviar energia Reiki para alguém, durante uma terapia à distância, sem questionarmos esse alguém a respeito do facto de pretender ou não receber essa energia, aí as coisas funcionam da seguinte forma: Durante a Cura à Distância, deve-se pré-defenir que apenas se vai enviar energia para esse Ser de maneira a que esta beneficie tanto a esse indivíduo como a toda a colectividade. Deste modo, se a energia não for recebida pelo Ser a quem se dirige, o Cosmos conduzi-la-á num sentido harmonizador e construtivo. Mesmo assim, a pessoa até pode receber a energia, mas se o emissor estiver demasiado empenhado em resolver uma situação específica mas a vontade interna do receptor não estiver de acordo, o choque energético gerado pode originar graves discussões posteriores entre ambos ou situações de conflitos delicadas, pois o subconsciente conhece sempre as causas e age em função dos seus registos, ainda que a parte consciente não saiba (quase nunca) porque faz as coisas ou porque reage de uma maneira ou de outra. O receptor vai saber que, de alguma forma, o emissor está a violentá-lo numa opção interna diferente da sua. Isso é uma espécie de magia negra, e já está fora do âmbito do Reiki, sendo que este último jamais contraria o livre-abítrio de cada um. Vê-se aqui, como a Mente, com aquilo que quer e a forma como pensa que pode pôr e dispor das situações, consegue emaranhar as energias de outrem sob pretexto de querer ajudar. Ninguém é detentor da Verdade, portanto não se pode decidir a Vida de ninguém.

A Cura à Distância deve ser isenta de objectivos, quando não há conhecimento da parte do receptor relativamente à abordagem. Apenas ocorre um envio de energia direccionado, que se não for aceite é devolvido ao Universo.

u) Só se pode curar com as mãos se se for iniciado no Reiki? Qualquer pessoa pode curar com as mãos. Trata-se de um dom inerente a

todos os Seres-humanos; mas apenas os iniciados em Reiki podem aplicar a energia Reiki e seguir os respectivos métodos eficientemente. Trabalhar o Reiki sem ter sido iniciado por um Mestre-Professor qualificado é o mesmo que estudar por iniciativa própria: pode-se estudar a Matemática, a Física, a Biologia, o Desenho, a Pintura, Informática,… só que os progressos são



menores e não há quem tire dúvidas, o que pode conduzir facilmente a equívocos ou estagnação.

v) Qualquer pessoa em quaisquer condições pode ser iniciada? Sim, desde que seja sua vontade, consciente e subconsciente.

w) Se eu não praticar Reiki durante algum tempo ele deixa de

funcionar? Nunca. Mas reconheça que se estiver muito tempo sem ir ao ginásio ou sem

fazer exercícios de Matemática, ou sem praticar natação ou mesmo sem andar de bicicleta que a performance não será a mesma. A prática é a Mãe de toda a perfeição.

x) Que tempo deve espaçar as iniciações? Isso depende das pessoas. Da minha experiência constato que raras

excepções são capazes de estar preparados para receber as iniciações com o intervalo de um mês entre cada uma. Mas pessoas com um trabalho espiritual e um avanço razoável na senda interior podem fazer os níveis espaçados de um mês, ainda mais excepcionalmente de uma semana. Mas como o mundo não é feito de excepções, regra geral aconselho espaçamentos de três meses, seis meses ou mesmo doze meses, ao critério do bom-senso de cada um. Desde o nível de Mestre-Professor até leccionar, muito tempo de trabalho pode decorrer, devido à elaboração dos próprios manuais e certificados e da aquisição de prática e arcabouço energético para liderar níveis de grande caudal energético.

y) O meu filho de 2 meses de idade pode ser iniciado? Certamente. Se a criança não o desejar, algum bloqueio natural acontecerá

ao Mestre de Reiki e a iniciação não ocorrerá. Não adianta forçar se isso acontecer. Pode acontecer que ao perguntar-se à criança se ela deseja ser iniciada ela simplesmente comece a chorar, ou a rir, … se a Mãe for iniciada deve aplicar Reiki no seu filho, para que tenha a noção de como ele reage à energia, antes de propor uma iniciação para este tenro Ser.

z) Eu posso receber uma iniciação mal feita? E se isso acontecer, eu

vou estar a enganar-me ou aos outros quando aplicar a energia? SIM, pode. Apesar de o Universo poder rectificar pequenos erros que possam

decorrer durante uma iniciação permeada por pequenos equívocos no seguimento do ritual original, quando a iniciação é mesmo toda mal feita, sem qualquer qualidade ou empenho do Mestre – ainda que esses factores possam ser disfarçados – o Reiki não é corrrectamente activado, e isso pode mesmo vir a transtornar os alunos que receberem iniciações deste género. São tão graves estes procedimentos que os alunos podem ficar com aversão ao Reiki até que lhes apareça um Mestre verdadeiramente qualificado que saiba limpar e harmonizar toda a situação de caos e dissonância energética gerada pelos farsantes desta Arte de Cura, levando, finalmente, essas pessoas anteriormente lesadas à vivência frutífera e gratificante do verdadeiro Reiki.

É difícil você enganar-se, a si ou a outros, em relação a estar a canalizar bem o Reiki. Quando surgem certos bloqueios internos aquando a prática, é evidente que algo não está bem. Resta descobrir se tem a ver com o Mestre ou consigo. Se tem dúvidas, não aplique nos outros, aplique somente a si. Mal não lhe fará e, quem sabe, limpe o bloqueio mais rapidamente e venha a resolver a situação da má iniciação mais brevemente do que pensa, atraindo para a sua



esfera de conhecimentos quem lhe possa vir a recolocar no caminho correcto e desbloqueado.

za) Quantas vezes posso frequentar um mesmo nível? E ser iniciado em

cada nível? Tantas quantas quiser ou puder. Após a primeira frequência de cada nível

deixei sempre em aberto a possibilidade dos meus alunos frequentarem os cursos posteriores livremente, desse mesmo nível, desde que coubessem harmoniosamente no espaço disponibilizado para os cursos. Após a Iniciação de um nível, esta jamais volta a ser repetida! Fazê-lo é desastroso ao nível das energias internas. A única coisa que se pode realizar são as designadas Harmonizações ou Iniciações de Intenção, que poderão rectificar quaisquer equívocos que possam ter originado uma Iniciação sem qualidade e um mau “funcionamento” da canalização de Reiki por parte do aluno.

zb) Posso trocar de Mestre de Reiki?

Pode trocar de Pai, Mãe, Filho ou Filha? Pode trocar de Marido, Mulher ou Amigos? Você faz como entender, mas há vínculos que jamais se desfazem independentemente do rótulo que se aplique a cada relacionamento ou situação. O que se deve é não se escolher um Mestre de Reiki aleatoriamente! Isso é que não se pode fazer, pelo menos para quem pretenda um ensino e acompanhamento de qualidade. Mas se estiver assim tão mal servido que não consiga suportar mais ou identificar-se com o que é veiculado pelo seu Mestre de Reiki durante os cursos ou reuniões, então tem todo o direito de se retirar do ensino preconizado por ele e procurar outro que melhor veicule as suas preferências. Mas fazê-lo por capricho, curiosidade e leviandade é extremamente prejudicial; pior ainda, difamando o instrutor que a conduziu, com os seus defeitos e qualidades mas que investiu em si, apenas pode destruir o pouco de bom que tenha resultado do tempo partilhado e do conhecimento e experiência permutados. A responsabilidade de ter feito os cursos com ele é exclusivamente sua. Se se enganou, troque. Se apenas tiver feito o Nível I, melhor ainda! É por isso que se deve praticar muito antes de se empenhar no segundo nível. Se se tiver enganado pode sempre recomeçar tudo com um novo Mestre mais habilitado. Mas se pretende mudar de instrutor, sinceramente, não chegue lá caído do céu a dizer que pretende fazer o nível II ou III ou de Mestre-Professor, pois isso nunca resulta. Cada Mestre-Professor tem a sua metodologia e apenas acompanhando um aluno desde o nível I será possível estabelecer-se uma ligação positiva e mutuamente construtiva entre ambos. Durante muito tempo permiti aos alunos que me chegavam do exterior, com o primeiro e segundo nível leccionados por outros mestres, assistirem a esses níveis, leccionados por mim, realizando-lhes uma harmonização ou iniciação de intenção (diferente das Iniciações, as quais não podem ser repetidas, a partir do momento em que foram realizadas) em substituição ao ritual clássico da Iniciação. Escusado será dizer que todos esses novos alunos “repetentes”, sem excepção jamais haviam tido acesso à riqueza de conteúdos temáticos e informação como os disponibilizados nas formações por mim leccionadas. O Reiki em muitos casos é uma brincadeira de mau gosto, tão fraca como alguém com a primeira classe pretendesse passar-se por Doutorado em Matemática, Letras, Ciências ou outras matérias universitárias. Quando a troca é induzida pela falta de acesso (de qualquer índole logístico) ao Mestre anterior, o ideal é procurar-se um Mestre que continue o mais possível o acompanhamento do trabalho que tiver sido desenvolvido até esse momento



pelo aluno, pois se houve satisfação e empenho com crescimento significativo da parte do aluno, será mais fácil para um novo Mestre de qualidade assumir esse papel de ”Mestre-Adoptivo” – bastante diferente de quando, devido a insatisfação, ocorre uma troca total de instrutor com corte máximo de ligação e sem grandes frutos de trabalho.

Nível Mestre-Professor: Questões sobre Iniciações

a) O que pode sentir uma pessoa que seja iniciada?

Qualquer coisa que faça parte do leque de sensações e sentimentos humanos. Quando a harmonia é elevada, o mais habitual é desencadear-se uma sensação de beatitude, a qual pode desencadear processos de catarse psico-afectiva que se manifestem por choro de alegria, riso ou euforia. Se houver tensão interior, as mesmas reacções podem ser desencadeadas mas sem a sensação de beatitude, apenas com emotividade inferior, que pode passar por percepção de vazio, abandono, angústia, insatisfação, tristeza, desencanto, ente outras coisas.

b) O que pode sentir um Mestre de Reiki durante uma iniciação? Por norma, coisas boas. Entre elas, algumas bastante transcendentais. Mas sempre positivas. Quando há muita negatividade da parte de um aluno, podem-se desencadear ondas de desconforto, mas a protecção e treino do Mestre-Professor devem ser suficientes para dar continuidade ao processo com segurança e eficiência, apesar de haver mais dificuldades de empatia energética. O Reiki é imune às baixas energias, como a Garça que mergulha no lodo e, no instante seguinte, emerge com as penas imaculadas.

c) Alguém pode sentir-se mal durante uma Iniciação? Sim. Se o choque energético for muito grande, a depuração pode implicar diversas adaptações individuais que se manifestem por tonturas, enjoos, zunidos nos ouvidos, entre outros incómodos, mas trata-se de mal-estares passageiros. O problema não está no Reiki, mas no grau de intoxicação do aluno.

d) O Ritual é igual para qualquer iniciação de Reiki? Externamente, ou seja, em questões coreográficas, SIM. No entanto, o conteúdo energético é manifestamente distinto. Esta diferença é activada pela intenção do Mestre-Professor, colocada no início do processo. Uma observação íntima atenta do que é desencadeado revela as discrepâncias incontestáveis das quatro Iniciações que conduzem à activação completa do Mestre-Professor de Reiki.

e) Pode-se iniciar alguém mais do que uma vez no mesmo nível? NÃO! Isso é que não! Nem mesmo o próprio Mestre-Professor! O que pode ser realizado posteriormente, em diversas circunstâncias, é um outro ritual, que não vai interferir com a base do processo de Iniciação realizado, que está sempre perfeita e completa, mas apenas com características energéticas que possam não estar plenamente activadas e ancoradas de modo ideal. Quando se inicia alguém pela primeira (e única) vez, o processo é assistido por energias de altas hostes energéticas, as quais não voltarão a estar presentes em mais nenhum dos níveis seguintes que se pretendam repetir.



Todas as frequências futuras de cursos desse mesmo nível, que incluam o processo original de Iniciação, não têm qualquer valor energético e podem desencadear graves distorções energéticas internas no aluno. Isto porque o mais íntimo e profundo do processo iniciático fica sempre bem feito à primeira, pois isso é assegurado pelas tais energias de índole muito elevado. Ora, ao repetir-se o ritual da Iniciação, está a mexer-se no âmago que já está optimizado, sem os seus “construtores originais” presentes, nem sequer um plano da “estrutura” executada ou alguém com competência para realizar alterações. Não se brinca com as Iniciações e é bem mais perigoso fazerem-se asneiras do que não se fazer nada. Portanto, quando se pretendem desencadear, em repetições de níveis que se venham a frequentar, melhorias ou correcções no sistema energético interno de processamento da Energia Reiki, a única opção reside na realização de Harmonizações, também designadas Iniciações de Intenção. Isto significa que, apesar da base do processo iniciático ficar sempre bem feito, por corresponder aos Corpos de Energia Superiores do indivíduo, aquelas partes relativas aos corpos inferiores, devido a interferências da personalidade, do aluno, do Mestre ou de ambos (ou mesmo devido à interferência de outras energias de baixa vibração), podem não conseguir a ancoragem plena e aprimorada da energia, na sua totalidade, e futuras correcções venham a ser requeridas. Mas todo o praticante empenhado e diariamente aplicado no Reiki e no auto-aperfeiçoamento realiza essas mesmas correcções em si sem que haja necessidade de interferência de agentes externos. Nota: Quando uma iniciação é mal feita de todo (questão z do bloco de perguntas anterior) e o Reiki não é activado e muito menos corrigido, uma iniciação de intenção pode conter toda a “festividade” de uma Iniciação realizada pela primeira vez, pois aqueles Seres de elevada energia que não conseguiram ancorar a energia nos níveis inferiores da primeira vez fazem-no agora (pessoalmente ou através de “mensageiros”). Mas ao Mestre-Professor apenas compete a realização de uma harmonização. Se o que decorrer for uma verdadeira Iniciação completa isso já é com os planos superiores e de lá é que irradia o plano energético a ser aplicado no momento da Harmonização. Ao Mestre-Professor apenas compete uma total entrega ao processo.

f) O que são harmonizações ou iniciações de intenção? Harmonizações ou Iniciações de Intenção são Iniciações de menor intensidade e profundidade do que as Iniciações correspondentes a cada um dos Níveis. Servem para reprogramações pontuais do sistema de energia de um aluno ou praticante de Reiki e corresponde-lhes um ritual diferente e mais simplificado relativamente ao ritual das Iniciações activadoras de cada Nível. Apenas podem ser realizadas por um Mestre-Professor qualificado.

g) Como sei se uma pessoa quer ser iniciada? Perguntando-lhe e escutando a resposta. Se a pessoa estiver impossibilitada de uma comunicação verbal, escrita ou gestual, aí, há sinais que podem ser lidos sem equívocos pelo Mestre-Professor experiente e treinado na Comunicação com o Universo em geral.

h) Um bebé no ventre materno pode ser iniciado? NÃO. Um bebé no ventre materno está num processo de Iniciação continuado, preparando-se para a sua inserção harmoniosa (pelo menos o mais possível, dentro das circunstâncias disponíveis) na futura Vida no plano



terreno que se lhe encontra reservada. Interferir nesse processo de formação com uma Iniciação de Reiki é imperdoável! É o mesmo que se lhe cortar uma perna para se lhe colocar uma artificial. A criança está em comunhão total com os Universos espirituais, qualquer interferência de um humano nesse trabalho é pura arrogância e má-formação educativa.

i) Como inicio um bebé ou uma criança? Primeiro, perguntando-lhe. Quase todos os bebés não pretendem ser iniciadas antes dos seis meses um ano, e mesmo assim, são raros os que gostariam de ser iniciados tão cedo. O meu filho só me deixou iniciá-lo depois do ano. Quando se coloca a pergunta (ainda que mentalmente – sem qualquer emissão verbal) de um modo concentrado e focalizando a mente do bebé, ele vai responder de imediato: chorando, franzindo o sobrolho, sorrindo, balbuciando, … a resposta dele será inequívoca. O meu filho respondia com um grito sonoro e rabugento, quase todas as vezes. As outras menos vezes virava a cara explicitamente e assim ficava, sem me encarar. A pergunta não deve ser repetida ao bebé antes de passarem três meses desde a última vez. Quem deve fazer a pergunta é o Mestre-Professor de Reiki na presença da Mãe (a menos que o Mestre seja a Mãe). Quando um bebé está receptivo à Iniciação, esta não deve ser realizada ao colo da Mãe, como sugerem alguns Mestres de Reiki (quem quiser que o faça. Eu desaconselho-o com conhecimento de causa, não fundamentado neste livro mas de razões claras). Existem muitos métodos de actualmente se sentar um bebé, e quase nunca eles estão preparados para serem iniciados antes da idade de se sentarem sozinhos, como referi anteriormente. Antes da Iniciação, já atrás do bebé, deve-se confirmar com uma questão mental a situação (o meu filho após a questão mental, virou o pescoço para trás e sorriu abertamente balbuciando umas palavras como que a dizer coisas divertidas; em seguida, voltou a virar-se para a frente e esteve tranquilo desde o início até ao final do processo, apesar de habitualmente ser um bebé imparável, não gostando de estar sossegado). A partir do momento em que a criança fala e já percebe bem o que as coisas são, explicando-se-lhe o que é Reiki ela pode optar se quer ou não ser iniciada. Falamos, como é evidente, do nível I.

j) Existe uma idade mínima para se ser iniciado? O nível II desaconselho-o antes dos seis para alguns alunos e os doze anos para outros. A idade ideal mínima para a iniciação do nível II são os doze anos. Para o nível III, a idade mínima que aconselho são os dezasseis anos e para o nível de Mestre-Professor os dezoito. Evidentemente que a maturidade é o primeiro factor determinante da aptidão de um jovem para ser iniciado. Nos casos em que alguém não deseje ser iniciado, nada invalida que essa pessoa receba Reiki sempre que queira. Há quem adore receber energia Reiki e esteja longe de querer ser iniciado, mantendo essa postura indefinidamente

k) Como inicio uma pessoa acamada? Desde que ela se sente, como outra pessoa qualquer. Se ela tiver que se manter deitada ou recostada, deve arredar-se a cama de maneira a ser possível circular-se em torno dela e realizar-se a iniciação normalmente, visualizando-se os centros energéticos da pessoa a receberem a energia. Muito simples.



l) Como inicio alguém com deficiência mental?

Aqui a barreira não é logística mas comunicativa. Todo o deficiente mental deve ser iniciado. Apenas se eles reagirem violentamente se deve interpretar o fenómeno como uma rejeição.

m) Como inicio alguém que não pode responder se quer ser iniciado? Pelo mesmo método referido para os bebés: questionando-se (ainda que mentalmente – sem qualquer emissão verbal) de um modo concentrado e focalizando a mente da pessoa. A resposta será mais evidente em alguns casos que noutros. Em casos dúbios arrisca-se iniciar a Iniciação. Se tudo decorrer em harmonia, sem bloqueios internos nem externos, é porque está tudo em harmonia com o Universo e a individualidade da pessoa envolvida.

n) Podem realizar-se iniciações à distância? Isso é algo muito estranho. A Biologia, as células, nunca são iniciadas directamente e isso torna o processo incompleto. Na verdade, não existe iniciação à distância. Há coisas que se realizam frente a frente e a Iniciação só é válida com Mestre e aluno no mesmo espaço no momento da Iniciação. Se assim não fosse nem sequer seria necessário um interveniente com corpo físico para realizar as iniciações. Qualquer ser desencarnado poderia fazê-lo. Iniciações só frente a frente, com o ritual completo e as células a participarem activamente do processo. É evidente!

o) Os animais podem ser iniciados? Os animais podem ser tratados com Reiki. Iniciados NÃO. A iniciação não é uma brincadeira. Os animais têm um sistema de individualização incompleto e não possuem uma Alma com as características da dos humanos e ainda têm uma consciência rácica. O sistema Reiki está concebido para uma estrutura bioenergético-espiritual humana. Excepcionalmente, podem ser alvos de uma harmonização, se forem domésticos e de comunicação profunda com os seus zeladores. Ainda assim, é delicado saber quando um animal pode receber uma Harmonização, visto ele ter que se encontrar no final da cadeia evolutiva como Animal e estar próximo do seu salto quântico para a dimensão humana. É arriscado fazer-se uma Harmonização a um animal sem se ser portador de uma grande evolução da capacidade de discernimento. O melhor é a terapia.

p) As plantas podem ser iniciadas? NÃO. Podem ser abordadas com Terapia.

q) Os cristais e pedras podem ser iniciados? Todos os cristais e pedras preciosas podem ser harmonizadas. Todos os outros elementos do Reino Mineral apenas podem receber terapia. No entanto, só adianta harmonizar-se um cristal ou pedra preciosa se esta for de partilha energética regular com o seu portador e ambos estiverem envolvidos em trabalhos comuns de evolução ou terapia.

r) Posso iniciar-me a mim próprio? Por mais projecção de energia que se consiga fazer, é necessário um ser encarnado em individualidade total para realizar uma Iniciação de Reiki a alguém. Pelo mesmo motivo que não se realizam Iniciações à distância, a resposta a esta questão é indubitavelmente negativa.



s) E se me enganar e fizer mal o ritual?

Não necessariamente. Esta questão tem muito que se lhe diga e cada caso em caso. Por vezes o facto de um símbolo não sair convenientemente durante o processo da Iniciação significa que há um bloqueio com a energia do receptor que está a dificultar a recepção do símbolo. Quando o Mestre-Professor sabe fazê-lo, a nível telepático pode-se auxiliar o desbloqueio que facilite a recepção do símbolo e posteriormente ser-se abordada essa questão em terapia de forma a erradicarem-se as raízes danosas que originaram essa situação. Quando o terapeuta não sabe corrigir um equívoco de “performance” mas está em total alinhamento com a harmonia cósmica, não há gravidade no erro. São precisamente estas situações que são salvaguardadas pela realização posterior de Harmonizações, ou um empenho profundo e intensivo posterior do aluno na prática das técnicas do respectivo nível. Uma Iniciação não é comprometida se não ocorrerem equívocos consecutivos. Uma Iniciação é mais facilmente comprometida se a ética e vivência pessoal do Mestre ou do aluno não permitir a ancoragem de energias de alta vibração do que se ocorrer um pequeno equívoco, no desenho de um símbolo, numa troca de respiração ou num desfazer prematuro da posição Hui Yin durante a Iniciação.

t) Se me enganar a meio de uma iniciação devo recomeçar ou continuar o ritual? Se os equívocos estiverem a ser contínuos, com falta de memória do processo Iniciático (não estamos a falar de principiantes) e o processo não estiver a decorrer com fluidez deve-se levar a Iniciação até ao fim e, no final, ter-se uma conversa com o aluno ou marcar-se uma terapia para averiguar o sucedido. Se se suspeitar que a situação foi desbloqueada, deve-se realizar uma Harmonização quanto antes, para corrigir qualquer equívoco. Se os equívocos forem mínimos, leva-se até ao fim e passado algum tempo realiza-se também uma harmonização.

u) Se os alunos quiserem manter os olhos abertos durante as iniciações que devo fazer? Simplesmente deixe-os estar. Se após aconselhar o fecho das pálpebras, explicando-lhes os benefícios do processo, ainda assim insistirem no esgar… problema deles… deixe-os estar. Prossiga o seu trabalho.

v) Se me fizerem perguntas às quais eu não saiba responder que faço? Admita a sua falta de conhecimento nesse âmbito de um modo elegante e encontre uma solução construtiva com o aluno, ou os alunos, para encontrarem resposta. Se se tratar de uma pergunta absurda ou de desafio desvie-se airosamente da abordagem e continue o seu processo.

w) Posso ensinar o processo das iniciações a quem não tenha ensinamentos de Reiki? Pode revelar a sua intimidade a um desconhecido? A opção e (ir)responsabilidade é sempre sua… terá é que acarretar com as consequências. Depois não se queixe de ser zombado e mal interpretado. Para o Reiki isso é indiferente, a energia está acima do seu insucesso e consequências de actos irresponsáveis.



x) Treinar o processo das iniciações não é uma profanação? Não devo memorizar e depois praticar só quando for a sério? O Reiki está acima de qualquer profanação. Isso são conceitos da personalidade. As atitudes são de quem as pratica. Se alguém está a praticar as Iniciações para as realizar de um modo perfeito onde está o desrespeito? Essas noções e preconceitos estão na cabeça de cada um e aproximam-se fortemente de fanatismo e más interpretações.

y) Só posso realizar iniciações nos cursos que der ou posso efectuá-las individualmente? Desde que os procedimentos decorram dentro da ordem estabelecida para o adequado decorrer dos acontecimentos e perfeita ancoragem energética, tanto se pode iniciar uma pessoa como mil. Mas não se pode praticar a Iniciação em pessoas! Apenas no ar ou em bonecos. Não é necessário um curso colectivo para decorrer uma Iniciação, mas é necessária uma base de conhecimentos obrigatória, leccionada e acompanhada (com esclarecimentos) pelo Mestre-Professor. Não basta pôr o aluno a ler sobre Reiki e no final dar-lhe a Iniciação. Brincadeiras de mau gosto não! Negligencias Não! O Reiki de alto grau (como o do nível de Mestre-Professor) não é compatível com estas situações.

z) Tenho que cobrar sempre as Iniciações? Uma Iniciação não se cobra. O que se cobra é a logística implicada no processo, nem que isso passe pelo facto do Mestre-Professor investir nos manuais, nos certificados, na preparação dos cursos, em deslocações, quem sabe no aluguer do espaço, no facto de ter que se alimentar e onde dormir, …Ninguém sobrevive no século XXI, numa sociedade actual, sem a componente financeira. O acesso aos cursos é definido pela consciência e bom senso de cada um. Pode não haver benefício financeiro, algum, mas depois não se queixe que não dão o devido valor ao legado que lhes foi transmitido… a Mente humana é traiçoeira, e quase ninguém consegue perceber (ou recordar) que o melhor da vida é gratuito (como o Sol, o Ar que se respira, o Amor Universal, a própria Vida que em cada um circula a cada instante…). Se assim é, não espere que vão reconhecer a dádiva recebida e fazer bom uso dela. As ofertas devem ser criteriosamente seleccionadas. Cada caso é um caso e as alterações à base estipulada devem ser meticulosamente estudadas, em conjunto com as Energias Universais.



Index Prefácio

CAPÍTULO I - CONHECENDO O REIKI 1. A Génese do Reiki 2. Análise Etimológica do Termo 3. Divulgação do Reiki no Ocidente 4. As Iniciações 5. A Acção do Reiki 6. Holocampo e Biocampo 7. Alterando Padrões Equivocados 8. Compreender, Controlar e 9. Dirigir a Energia Conscientemente 10. O Dom da Cura pela imposição das Mãos 11. Incentivando a Cura 12. Descrição Energética do Processo 13. Evoluindo 14. Autogestão da vida 15. Missão 16. Reiki: Seita? Religião? Esoterismo? 17. Mikao Usui e o fenómeno que lhe revelou o Reiki

A. Explicação Simples B. Explicação Complexa

CAPÍTULOII - TORNANDO-SE TERAPEUTA 1. Importância dos Conhecimentos Básicos 2. Sistemas Bioenergéticos 3. Análise Sucinta dos Chakras 4. Reiki e os Chakras 5. Os Corpos Subtis 6. Disciplina do Terapeuta

CAPÍTULO III - OS CURSOS DE REIKI 1. O Ensino 2. Recebendo uma Iniciação 3. Desintoxicação 4. Performance energética 5. Os Níveis de Aprendizado - do Praticante ao Mestre-Professor

Nível I: Praticante Nível II: Curador Nível III: Mestre



1. O Mestrado 2. Competição e Comércio 3. Ética e Responsabilidade 4. Preparação do Local das Sessões 5. O Ambiente 6. Tratamentos Assistidos 7. Preparação da Sessão Terapêutica 8. Preparação do Terapeuta 9. Cuidados Durante os Tratamentos 10. Trajecto da Energia durante o Tratamento 11. As Mãos do Terapeuta 12. Posições das Mãos 13. Sensações nas Mãos 14. Processos de Catarse 15. Situações Complexas 16. Regressão com Reiki 17. Auxílio Transpessoal 18. Finalização da Sessão 19. A Cura

Nível IV: Mestre-Professor 6. Os Níveis de Aprendizado - do Praticante ao Mestre- -Professor

Nível I: Praticante Nível II: Curador Nível III: Mestre Nível IV: Mestre-Professor

Síntese

CAPÍTULO IV

REIKI NO SÉCULO XXI

O Reiki no Ocidente Epílogo

APÊNDICE: RESPOSTAS SIMPLES A QUESTÕES FREQUENTES



Obras Literárias e Baralhos Artísticos de UNIVERSO PULSANTE

Joyce Orion: - O Segredo do Medalhão Sagrado - Almas Gémeas: Duas Almas, Um só Reino - O Messias: Reino Divino - Chaves de Cura - Conhece-te… e Conhecerás o Universo e os Deuses Mélanie Chaîne: - Reiki… Um Presente de Amor do Coração do Universo Míriam Stella: - Tarot Iniciático: O Segredo das Sete Chamas - Oráculo das 17 Deusas - Oráculo dos 24 Poderes

Informações e Inscrições nos Cursos e Workshops:

Site: WWW.UNIVERSOPULSANTE.COM E-mail: [email protected]



mailto:[email protected]

Início dos Cursos e Workshops em Portugal gradualmente anunciados no site



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