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8ª Congresso Brasileiro de Gestão em Laboratórios Clínicos - Hospitalar Impactos da Contratualização na Saúde Suplementar e as várias visões do Relacionamento Comercial Sandro Leal Alves 22 de maio de 2014

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8ª Congresso Brasileiro de Gestão em Laboratórios Clínicos - Hospitalar

Impactos da Contratualização na Saúde Suplementar e as várias visões do Relacionamento Comercial

Sandro Leal Alves 22 de maio de 2014

Pauta

2

1) FenaSaúde

2) Economia dos Contratos – teoria e prática

3) Modelo de financiamento da Saúde Suplementar e indicadores econômicos

4) Restrições Regulatórias

5) Desafios para sustentabilidade do setor

FenaSaúde

ALLIANZ SAÚDE S.A

CARE PLUS MEDICINA ASSISTENCIAL LTDA

CAIXA SEGURADORA ESPESCIALIZADA EM SAÚDE S.A

GRUPO AMIL SAÚDE

GRUPO BRADESCO SAÚDE

GRUPO INTERMÉDICA

GRUPO SUL AMÉRICA SAÚDE

GOLDEN CROSS ASSISTENCIA INTERNACIONAL DE SAÚDE LTDA

ITAUSEG SAÚDE S.A

MARÍTIMA SAÚDE SEGUROS S.A

METLIFE PLANOS ODONTOLÓGICOS LTDA

ODONTOPREV

OMINT SERVIÇOS DE SAÚDE LTDA

PORTO SEGURO - SEGURO SAÚDE S.A

SALUTAR SAÚDE SEGURADORA S.A

TEMPO SAÚDE

UNIMED SEGUROS SAÚDE S.A

Grupos associados a FenaSaúde

3

FenaSaúde

Associadas à FenaSaúde:

17 grupos empresariais 31 operadoras

13 seguradoras

12 medicinas de grupo

6 odontologias de grupo

Beneficiários :

27,1 milhões de pessoas – 38,1% do total (Dez/2013)

Despesas assistenciais :

2013 - R$ 35,7 bilhões - 38,9% do total do mercado

4

Economia dos Contratos – teoria e prática

5

Economia dos contratos

• Sociedade de Contratos (formais/informais/custos de transação)

• Contratos servem para materializar as promessas

• Respeito aos contratos depende do ambiente institucional e cultural

• São sempre incompletos, imperfeitos por não preverem todos os eventos futuros;

• Quanto maior o risco, maior o investimento das partes na especificação dos contratos

• Dois problemas diferentes:

• Formalização dos contratos versus garantias de cumprimento

• Na saúde suplementar há um elemento adicional: informação assimétrica

Operadoras Prestadores

Beneficiários

Indústria

Operadoras Prestadores

Beneficiários

Indústria

• Conflitos de interesses

• Problemas de agência: seleção adversa, risco moral, indução de demanda

• Custos de monitoramento

Economia dos contratos

Contratualização

Necessidade de estabelecer uma relação

de equilíbrio e transparência entre as

OPS e os prestadores de serviços.

2013 – Criadas a Câmara Técnica

de Monitoramento da Contratualização

e o GT de Contratualização (IN 49)

2014 – Realizada a 1ª Audiência Pública sobre boas práticas na relação entre operadoras

de planos e prestadores de serviços de saúde.

Consulta

PúblicaObjeto

Resolução

NormativaAno

CP 09Contratualização de entidades hospitalares pelas

Operadoras RN 42 2003

CP 12

Requisitos para celebração de contratos entre operadoras

e prestadores de serviços auxiliares de diagnóstico e

terapia e clínicas ambulatoriais

RN 54 2003

CP 16Requisitos para celebração de contratos entre operadoras

e consultórios médicos e odontológicos RN 71 2004

CP 54Boas Práticas na relação entre operadoras de planos e

prestadores de serviços de saúde- 2014

Contratualização – Visão das OPS

Expectativas:

• Convergência de objetivos: Negociação e formalização de objetivos de desempenho, incluindo os econômicos, com os prestadores de serviços de saúde, resultando dessa negociação e respectiva formalização de compromisso explícito entre ambas as partes;

• Eficiência e sustentabilidade do sistema: Deve estar associada a um planejamento de longo prazo de busca da eficiência e sustentabilidade do setor

• Diversidade: Baseada na livre negociação entre as partes, que permita a formalização de objetivos comuns considerando a diversidade do setor;

Contratualização – Visão das OPS

Convergência de objetivos : Exemplos

• Melhorar o nível de saúde da população beneficiária

• Responder c/ efetividade às necessidades em saúde dessa população

• Alcançar eficiência e eficácia no uso dos recursos disponíveis, maximizando o nível de bem-estar dos pacientes atendidos

• Disponibilizar, em tempo útil, a informação de produção de serviços, desempenho, qualidade, de forma a garantir adequados níveis de informação ao cidadão, às operadoras e à ANS

• Controlar o crescimento dos custos assistenciais a partir do uso adequado dos recursos técnicos disponíveis

Contratualização – Visão das OPS

Convergência de objetivos : Exemplos

• Modernizar o sistema gerencial das instituições;

• Adotar modernas tecnologias de gestão que contribuam para a eficácia e eficiência do sistema de saúde e à segurança ao usuário;

• Obs. Objetivo geral contido nos instrumentos de contratualização entre o Ministério da Saúde, como financiador, e os prestadores de serviços contratados para atendimentos ao SUS

• Estrutura tecnológica e capacidade instalada

• Definição de metas físicas (internações, atendimento ambulatorial, urgência e emergência e SADT), com quantitativos e fluxos de referência e contra-referência)

• Definição de metas de qualidade

• Descrição das atividades de aprimoramento e aperfeiçoamento da gestão hospitalar

• Melhorar a gestão hospitalar sobre as pelas práticas médicas: controle das práticas e conformidades, etc.

Eficiência e sustentabilidade:

UM MODELO ECONÔMICO SUSTENTÁVEL: SOLVÊNCIA DO SISTEMA

Premissas:

Saúde é um bem meritório;

Transações no mercado de assistência são realizadas em um ambiente privado.

Contratualização – Visão das OPS

𝜋𝑒 ≥ 0 ⇒ 𝑅𝑇 ≥ 𝐶𝑇 = 𝐶𝐴 + 𝐷𝐴 + 𝐷𝐶 + 𝑂𝐷

πe = lucro econômico

RT = receita total;

CT = custo total;

CA = custo assistencial

DA = despesas administrativas;

DC = despesas de comercialização;

OD = outras despesas

Para ser sustentável, as operadoras precisam ter resultado econômico positivo. Do contrário, é preferível ir para outro ramo.

Modelo de Financiamento indicadores

econômicos

13

Fonte de arrecadação: Prêmios ou

Contraprestações Mensais

Muitos beneficiários

com pouca

utilização

Poucos beneficiários

com muita utilização

Operadora de Planos de Saúde

Despesas per capita Elevadas

Despesas per capita Baixas

Receitas

Pagamento do Total de Despesas

Mutualismo

Modelo de Financiamento

14

Fontes e usos da receita - Mercado

Fontes: DIOPS/ANS - Extraído em 11/4/14 - IBGE- Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor - Extraído em 18/3/14.

Notas: ¹Variação entre 2008 e 2013. ²Contempla as despesas comerciais. 15

Bilhões R$

Indicadores Econômico-financeiros

VCMH: Preço x Quantidade

(Frequência)

• Evolução dos indicadores de utilização

– Evento: internação

Nº eventos por segurado/ano Sinistro médio - R$

0,12

0,130,13

0,12

0,000

0,020

0,040

0,060

0,080

0,100

0,120

0,140

1º Período 2º Período 3º Período 4º Período

Prêmio de risco per capita/mês R$

-3,87% 13,69%

9,29%

6.167,93

8.178,48

8.673,30 9.860,58

25,00

2.025,00

4.025,00

6.025,00

8.025,00

10.025,00

12.025,00

1º Período 2º Período 3º Período 4º Período

65,32

86,22

95,07

86,99

10,00

20,00

30,00

40,00

50,00

60,00

70,00

80,00

90,00

100,00

1º Período 2º Período 3º Período 4º Período

4º/3º 4º/3º

4º/3º

Obs.: valores ajustados para manter o perfil etário

-8,96%

4º/1º

59,87%

4º/1º

45,55%

4º/1º

16

-2%

0%

2%

4%

6%

8%

10%

12%

14%

16%

Annual Increase in NHE per Capita

Annual Increase in CPI

SOURCE: Kaiser Family Foundation calculations using NHE data from Centers for Medicare and Medicaid Services, Office of the Actuary, National Health Statistics Group, at http://www.cms.hhs.gov/NationalHealthExpendData/ (see Historical; National Health Expenditures by type of service and source of funds; file nhe12.zip), and CPI data from Bureau of Labor Statistics at ftp://ftp.bls.gov/pub/special.requests/cpi/cpiai.txt (All Urban Consumers, All Items, 1982-1984=100, Not Seasonally Adjusted, U.S. city average).

Percent Annual Increase in National Health Expenditures

(NHE) per Capita vs. Increase in Consumer Price Index

(CPI), 1980-2012

818,0%

216,3%

17

Variação anual acumulada da despesa

assistencial (DA) e do IPCA

Fontes: Documento de informações periódicas das operadoras de planos de assistência à saúde - DIOPS/ANS. SIB – Tabnet. IBGE.

Elaboração FenaSaúde

100,5

Diferença entre a variação acumulada da despesa assistencial per capita e o

IPCA em 11 anos é de 100,5%

18

Restrições Regulatórias

19

104%

52%

Fonte: Pesquisa Unidas 2012. Nota: Segmento de Autogestão (Custo médio assistencial/beneficiário/ano por faixa etária Lei 9.656/98 – 7 faixas etárias.)

Custo assistencial para 7 faixas etárias

20

Algumas Restrições

101%

Fonte: Pesquisa Unidas 2012. Nota: Segmento de Autogestão (Custo médio assistencial/beneficiário/ano, por faixa etária (RN N°63/2003) – 10 faixas etárias.) 21

Custo assistencial para 10 faixas etárias

Custo médio por idade

22

CDC Setembro/19

90

Lei 9.656/98 Janeiro/1999

Estatuto do Idoso Janeiro/2004

7 faixas etárias, última a partir de

70

10 faixas etárias, última a partir

dos 59

faixas etárias – sem regulação, mas admitidas em contrato

Aplicabilidade do Estatuto do Idoso

22

Controvérsia

Pressão Regulatória

Ano RN² ³

2002 23

2003 42

2004 22

2005 35

2006 20

2007 24

2008 19

2009 25

2010 33

2011 42

2012 32

2013 27

2014¹ 5

Total 349

Resoluções Normativas publicadas

Fonte: Site ANS

Notas: ¹dado até maio.²inclui as RN revogadas. ³No total foram publicadas 59 RN referente ao Regimento Interno da ANS

23

Evolução do registro de operadoras - Mercado

2011 2012 2013

Registros cancelados 74 100 79*

Liquidação extrajudicial¹ 16 20 24

Instauração de Direção Fiscal 71 48 37

Encerramento de Direção Fiscal 24 18 23

Encerramento de Direção Fiscal e posterior cancelamento do registro 24 20 14

Instauração de Direção Técnica 0 9 8

Encerramento de Direção Técnica 0 1 1

Registros novos 56 37 31*

Operadoras em atividade 1.598 1.535 1.469

Operadoras com beneficiários 1.369 1.322 1.258

Médico-hospitalares 1.006 964 913

Exclusivamente odontológicas 363 358 345

Operadoras sem beneficiários 229 213 211

Fontes: Caderno de Informação da Saúde Suplementar/ANS - dezembro/2013. Sistema de informações de beneficiários - SIB/ANS/MS - Tabnet -

Extraído em: 18/3/14. Resoluções Operacionais ANS.

Nota: ¹Foram desconsideradas as Resoluções Operacionais revogadas.

*Dados até setembro/13

Pressão Regulatória

24

Envelhecimento

populacional

Transição

Epidemiológica

Seleção adversa

Risco Moral

Aumento de

coberturas

Revisão do Rol Demandas

judiciais

Pressão de

Demanda

Pressão de

Oferta

Novas

Tecnologias

Mecanismos de

Remuneração

Aumento de

preços

Aumento do custo

assistencial

Preços dos Planos

Renda disponível

da população

Restrição

orçamentária das

empresas

Sensibilização

do Judiciário

Diluição

do custo

Consumo

consciente Incorporação

custo-efetiva

Diretrizes

terapêuticas

Novos modelos

de pagamento

Avaliação de

Tecnologia de Saúde

Gestão do Custo Assistencial

Programa de Prevenção de Doenças

e Promoção da Saúde

Sustentabilidade

Desafios para sustentabilidade do setor

25

Obrigado

Sandro Leal Alves Gerente-Geral

[email protected]