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Sociedade da Mesa87
Junho 2010
Estrada Creek 2006 Bogle 2008 Simoninha Da pedra ao Hashi
Direção Dario Taibo
Direção da revista Dario [email protected]
Desenho e direção de arte
Atendimento ao cliente Karla [email protected]
Contato de Publicidade [email protected]
Impressão 6.200 exemplares
Sociedade da MesaRua Branco de Moraes, 248/11Chácara Santo AntônioSão Paulo - SP - BrasilCEP 04718-010(55-11) 5181-4140www.sociedadedamesa.com.br0800-7740303
Este informativo é uma edição exclusiva para os associados da Sociedade da Mesa. Pertencente a um grupo internacional, a Sociedade da Mesa é um clube de vinhos, seleciona vinhos para seus associados, publica um informativo mensal além de organizar cursos e eventos.
EDITO
RIAL
sócio-diretorDario Taibo
02 03
comunicação e designOOC
Sociedadeda Mesa
índice
tem
sent
ido?
04 Seleção do MêsEstrada Creek 2006
Artigo especialDa pedra ao hashi
Seleção Grandes VinhosBogle 2008
EntrevistaSimoninha
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Programa Saca-Rolha
Vinhos em Estoque
Acessórios
Próximas Seleções
VINHOS EM ESTOQUE
É muito comum, muito cotidiano, que ao comprar carne para moer peçamos um corte de inferior qualidade. Se temos como habito pedir filé ou contra para o bife, pedimos patinho para a carne moida, faz parte da nossa cultura.
Tem sentido ? Pode ter algum mas também tem total sentido, e até maior em meu ver, pedir a mesma carne, aquela de cujo sabor você gosta, seja para o bife seja para a carne moida uma vez que não é por que seja para moer que o Jornal de ontem por exemplo se torna algo comestível ou palatável.
Estamos em junho. Mês de festa Junina e de vinho quente. Serve o mesmo raciocinio ? Devemos usar o pior vinho possível somente por que é para esquentar numa panela e acrescentar açucar ?
Dificil responder. É possível criticar ou condenar quem usa um exelente vinho para esse fim ? Somente vejo argumentos emocionais para responder sim a essa questão.
Tanto no caso da carne quanto do vinho qualquer postura é respeitável e eu para não entrar em contradição, tomo quentão.
Familia Barberis Cabernet Sauvignon 2007
GRANDESVINHOS
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TEXTO CATA
Seleção Vinho do Mês
JOÃO CALDERÓN DARIO TAIBO
Estados Unidos
ESTRADA CREEK 2006
A nossa seleção do mês de junho aterrissa nos Estados Unidos, mais precisamente na Meca dos vinhos americanos, a Califórnia. É na costa norte deste estado, que se estende de São Francisco para cima que se encontram quatro importantes condados, no que se diz respeito ao vinho: Vale do Napa, Sonoma, Mendocino e Lake.
O Estrada Creek 2006 vem deste primeiro condado, o Vale do Napa, que já produz vinho há mais de um século, tendo quase todas as suas terras produzindo o que é considerado melhor vinho tinto de todo o país. A cabernet sauvignon ainda reina absoluta, mas também algumas cepas costumam se dar bem nesta pequena porção de terra americana.
É justamente este o caso da zinfandel, a cepa com maior presença no corte de nossa seleção do mês. A uva californiana zinfandel é considerada o cartão de visitas do estado, sua origem parece ser croata e é muito semelhante a uma vinha do sul da Itália, a primitivo, mas foi na Califórnia que ela ganhou sua personalidade.
Cultivada desde o século XIX, principalmente por imigrantes italianos que se fixaram nesta mesma costa norte, originava vinhos encorpados que remetiam aos vinhos encontrados no sul do continente que por eles havia sido deixado. Muitos destes vinhedos ainda hoje sobrevivem, com baixa produtividade, uma vez que não costumam ser irrigados, mas ainda produzindo uvas de sabores intensos.
Enfim, era isso que tínhamos para conversar, agora vamos ao que interessa, degustar e ver se aprovamos este tal cartão de visitas, e quem sabe assim podemos compará-lo às praias californianas.
DO: Napa Valley – California
Safra: 2006
Vinicola: Anders – Lane
Uvas: 92% Zinfandel /8% Carignane
Grad. Alcoolica: 14%
Minha cata: Vermelho rubi intenso. Nariz fruta vermelha e compotada. Harmonico. Em boca,tipicidade, grande passo, volume de sabor e final largo.
Temperatura de serviço: Entre 18 e 24°
Harmonização: É um vinho versátil, um classico vai com tudo.
Guarda: Esstá em excelente momento de consumo e manterá essas boas condições por dois ou tres anos.
Estrada Creek 2006
TEXTO CATA
Seleção Vinho do Mês
JOÃO CALDERÓN DARIO TAIBO
Estados Unidos
DO: Russian River Valley – Cafornia
Safra: 2008
Vinicola : Bogle Vineyards
Uvas: Pinot Noir
Grad. Alcoólica: 14,2 %
Minha cata: Vermelho brilhante. Em nariz complexo, cheio de nuances onde se destacam tostados e baunilha. Em boca sabores em profusão e dificeis de conseguir com a Pinot Noir. Cereja, ervas finas, o frecor da menta. Delicado, bem acabado, final enorme. Este vinho será lembrado pelos associado por muito tempo. Fará historia.
Harmonização: Versátil mas eu reservaría para este vinho somente os pratos finos também de sabores delicados. Evitaria molhos fortes como tomate ou picantes por exemplo. É também um vinho fantastico para ser bebido sozinho, simplesmente.
Guarda: Estão tão bom que da até medo de guardar. Tem robustez para guarda e segundo os canones melhorará nos proximos 4 ou 5 anos mas temo pelo seu frescor que eu não trocaria por uma promessa de elegancia.
Temperatura de serviço: Entre 19 e 23°
Bogle2008
Neste mês de junho temos novamente a Seleção de Grandes vinhos, que traz em sua bagagem o Bogle 2008, um pinot noir também californiano mas que por sua vez não vem do Vale do Napa e sim do Vale do Rio Russian, uma AVA, Área Viticultora Americana, como são chamadas as regiões vinícolas. Uma região que possui cerca de quatro mil hectares, fria e propensa a nevoeiros, e é também de lá que, para muitos, vem o melhor pinot noir da Califórnia.
Aliás, quando este assunto vem à pauta costuma-se perder um bom tempo nele, os admiradores desta cepa adoram discutir em qual região californiana que se produz o melhor pinot noir. E é lógico que nunca se chega à uma conclusão, o único consenso está em seus principais concorrentes, Sonoma Coast, Carneros e Vale do Rio Russian.
Os vinhedos de Sonoma Coast são ainda muito jovens para comprovar o seu real potencial, mas podem ter um bom perfume e serem muito elegantes. Já o de Carneros, em geral, é mais fresco e frutado, mas em contrapartida muito raramente exprimem complexidade. E por fim o Vale do Rio Russian, que apresenta uma capacidade de envelhecer em médio prazo, além de alguns traços de sua terra natal, a Borgonha.
Convido-lhes a participar desta discussão para sabermos se a nossa seleção veio da região correta.
GRANDESVINHOS
SELE
ÇÃO
BOGL
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ENTREVISTA
Wilson Simoninha é um produtor, músico e cantor paulistano, autor de quatro discos, o mais recente, Melhor, lançado em 2008. Integrou a banda de Jorge Benjor, fez parte do projeto Artistas Reunidos e desde o ano passado cuida, com o irmão Max de Castro, do resgate da obra de seu pai, Wilson Simonal, morto em 2000, com o projeto Baile do Simonal.
SimoninhaFotos: Divulgação
Branca Rodrigues
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Que hora é a ideal no seu cotidiano para tomar um bom vinho?As vezes no almoço, mas a noite é mais comum.
Qual a relação entre o vinho e a música na sua vida?O prazer.
Um bom vinho combina com o processo de criação?Com certeza ajuda. Um bom vinho alimenta a alma.
Quais são os seus rótulos preferidos hoje?Barón de Oña, o Quinta da Bacalhoa e Maestro Raro, såo muitos só para citar alguns.
Qual foi o mais caro que você já pagou por uma boa garrafa de vinho?Talvez um Brunello di Montalcino mais antigo.
Tomar vinho é algo que está na sua formação desde cedo ou foi um hábito que você adquiriu num determinado ponto da vida?Foi a primeira bebida que tomei na minha vida, devia ter uns dezesseis anos. O bacana é que foi com meu pai ele abriu uma garrafa de Casillera del diablo e me convidou para tomar com ele, para mim foi como um rito de passagem.
Em São Paulo, onde você gosta de ir para tomar vinho?Em casa ou na casa de amigos, em bons restaurantes, na expand.
O vinho tem fama de ser uma bebida que agrada ao paladar feminino. Você já o usou como arma de sedução, quando era solteiro?Usei sim, na esperança de facilitar minha sedução. Mas para a minha surpresa depois de umas duas garrafas eu já estava bem alegre e a moça bem inteira.
Qual foi a garrafa que você bebeu e nunca esqueceu?Um Brunello na Toscana na casa de um pequeno produtor na minha primeira viagem a Itália.
Seu pai gostava de vinho?Gostava, como já disse ele que me apresentou ao vinho.
Que música sua harmoniza perfeitamente com um bom tinto e com um bom branco?Um branco Essência, um tinto Mais um Lamento.
Você é mais dos vinhos do Novo Mundo ou do Velho Mundo? ExpliquePela tradição do Velho mundo, mas bons vinhos tem surgindo acho que o importante é experimentar sem preconceitos.
Quando você não está tomando um vinho, gosta de beber o quê?Eu só bebo vinho e cerveja.
No palco, antes, durante ou depois de um show, o vinho cai bem? Viaja com você nas turnês?Sim principalmente durante o inverno.
Qual foi a última garrafa de vinho que você bebeu e como?Ontem a noite em uma festa. Mas ele não merece comentários.
Que cantora de soul music você botaria no toca-disco para acompanhar um tinto encorpado?Muitas, de Aretha Franklin a Jill Scott
E que som combinaria com um dia ensolarado à beira da piscina com um bom espumante?Sinatra, Francis Albert Sinatra.
Em viagens, já teve oportunidade de visitar regiões vinícolas? Quais e como foi?A Toscana com mais dois amigos, minha primeira experiência mais a fundo nesse universo em 1994.
E o vinho brasileiro, você gosta? Pode apontar alguns da sua preferência?Não tenho preferências, mas é um fato que muito se tem melhorado.
08 09
PING-PONG
último vinho que bebeu?Um Bardolino que me serviram ontem em uma festa, a cabeça ainda dói.
próximo vinho que pretende beber?Um Maestro Raro que ganhei recentemente do meu sócio.
melhor vinho que bebeu?O primeiro com meu pai.
um vinho que sonha beber?Não sei, são muitos. Vou ligar pro Ed Motta (risos).
o lugar perfeito para apreciar um bom vinho?Para mim o lugar não importa. o momento é mais importante.
MESA
textoEder Peres
da pedra Quando aquele forte e desengonçado hominídeo saiu da caverna, pegou uma pedra e a transformou num objeto pontudo e cortante, usando-o para caçar e se defender, não podia imaginar que estava dando início à fabricação de uma peça que, aperfeiçoada, faria parte das refeições de quase todos os seus descendentes, como também praticava um ato decisivo para a futura criação de esquisitas regras de etiqueta. Posteriormente, na Idade do Bronze, referido objeto adquiriu contornos mais próximos da faca atual e passou a ser feita com esse metal, além de adquirir a função de também descascar frutas. A evolução acrescentou um cabo às facas que, assim, passaram a levar os alimentos à boca.
Concomitantemente e inspiradas no formato das conchas, surgiram as colheres. Não é difícil imaginar um homem primitivo se apropriando de qualquer objeto côncavo e o usando para reter líquidos e matar sua sede. Com formas e materiais variados, a colher chegou aos dias atuais, em diferentes tamanhos, prestando-se inclusive como medidor de quantidades para fins culinários.
Na época medieval, a faca era tida como um dos artigos pessoais dos nobres e apresentava “mil e uma” utilidades, entre elas matar, escalpelar, caçar e comer. Como todos sabem, naquele período, nossos ancestrais não perdiam tempo com questões de higiene, de sorte que o mesmo instrumento perfuro contundente utilizado para matar e escalpelar se transformava, sem qualquer limpeza, no meio para conduzir alimentos à boca, ajudado com a mão desocupada. Quantos filmes já reproduziram cenas de reis, príncipes e cortesãos que levavam à boca um belo pedaço de pernil com uma das mãos e com a outra cortavam a carne perto dos dentes com a faca que seguravam.
É assim que acontecia pois, não obstante a existência desses dois instrumentos -- a faca e a colher, até o século XI o hábito era comer com as mãos: felicidade geral, principalmente para as crianças! Contudo, mesmo em meio às agruras do feudalismo, pessoas mais refinadas procuravam usar tão somente três dedos para tal fim, evidenciando assim finura de maneiras e insinuando com isto o início de regras de etiqueta em matéria alimentar. No entanto, ainda faltava o garfo para segurar os alimentos sólidos a serem cortados, sem a intervenção das mãos.
Diante da falta de meios apropriados para cortar alimentos de porte maior, era comum a comida ser encaminhada à mesa cortada em pedaços ou moída em um almofariz. Acreditava-se naquela época que o alimento era sagrado, por ter sido fornecido por Deus, de sorte que deveria ser comido com as mãos. Razões religiosas, portanto, postergaram a utilização dos talheres.
Consta que ainda no início do século XI, Domenico Salvo, membro da corte de Veneza, casou-se com a princesa Teodora Dukaina Kommena, de Bizâncio, filha do imperador Constantino X. A noiva levou no enxoval, entre outras “futilidades”, um objeto pontudo, semelhante ao estandarte de Lúcifer, com dois dentes, que usava para espetar os alimentos e comê-los: tratava-se do primeiro esboço de um garfo. Embora a princípio a sua conduta tenha sido considerada uma heresia, passou a ser adotada pelos membros da nobreza e do clero, incentivados mais tarde pelo Cardeal francês Richilieu.
O garfo acabou por assegurar definitivamente sua presença entre os talheres nos banquetes do rei francês Luís XIV, o “Rei Sol”, famoso precursor das boas maneiras à mesa. Foi em sua corte que as missas foram substituídas por festas, onde eram exibidos todos os objetos que pudessem caracterizar a distinguir os nobres dos plebeus, entre os quais se incluíam os talheres, que atuavam como fator de distinção social.
A partir de então, as requintadas mesas da nobreza passaram a observar rigorosa distribuição dos talheres, propiciando assim facilidades para quem serve e para quem é servido, além de denotar poder, boas maneiras e refinação. A forma dessa distribuição revelava também intenções ocultas, firmadas ao longo dos séculos, como no caso de virar a faca para dentro, posição adotada na Idade Média e que servia para demonstrar que o anfitrião estava desarmado. Era uma espécie de sinal de paz para o banquete.
Divulgam alguns autores que, no século XIV, os reis da França tinham facas adaptadas ao calendário religioso: as de cabos escuros, em ébano, eram usadas na Quaresma e as de madeira com marfim serviam para as comemorações de Pentecostes.
Tal diferenciação foi se solidificando e se dissociando das datas religiosas e, atualmente, existem talheres diferenciados para cada tipo de alimento e até mesmo um especial para comer escargot. Desenvolveu-se uma cutelaria sofisticada, com facas específicas para várias atividades culinárias, como para descascar, para bolear, cortar e decorar legumes e frutas; para abrir ostras; para limpar a carne, desossar, cortar ossos, retirar nervos ou gorduras e para preparar fiambres, cujo manuseio com conhecimento e segurança garante melhores resultados ao bom Chefe de cozinha.
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“O brinde, por sua vez, teria origem na Antiguidade, e servia como saudação para selar acordos de paz. A partir daí, surgem duas versões para explicá-lo: a de que os copos se tocavam para demonstrar que ambos foram bem servidos em quantidade, num gesto de delicadeza, ou para que o soar das taças se tocando somasse a audição aos demais sentidos (visão, olfato, paladar e tato), completando assim a experiência sensorial de degustação. .”
ao hashi
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INGREDIENTES250 g de camarões250 g de lulas, sem os tentáculos 250 g de vieiras250 g de linguado sem peleAlfaceSal2 limões2 dentes de alho1 pimenta verde4 colheres de sopa de molho de peixe2 colheres de sopa de açúcar
RECEITA
PREPAROLimpe, lave e seque os frutos do mar com papel toalha. Corte as lulas
em 4 a 5 pedaços. Deixe o camarão inteiro. Enxágüe o peixe e o seque.
Numa panela grande coloque água à altura de 10 cm e ponha para ferver com sal, reduzindo a chama assim que alcançar a fervura. Coloque as lulas para ferver por no máximo 2 minutos, retirando-as após com uma escumadeira. Seque-as em seguida em papel toalha. Proceda de igual forma em relação aos camarões, às vieiras e ao peixe. Este pode ser cortado em 2 ou 4 pedaços grandes. Reserve.
Descasque o alho e pique bem miúdo. Corte a pimenta no sentido longitudinal, tire as sementes e os filamentos brancos. Pique-as, após. Descasque 1 dos limões e corte a casca em tirinhas bem finas. Esprema o suco deste e do outro limão. Misture numa vasilha o alho, a pimenta, a casca do limão e o suco, acrescentando o molho de peixe e o açúcar.
Coloque os camarões, as lulas e as vieiras numa tigela grande e despeje o tempero sobre os frutos do mar. Mexa bem. Acrescente o peixe e mexa com cuidado para não parti-lo. Se necessário acrescente mais suco de limão ou molho de peixe.
Arrume as folhas de alface nos pratos individuais e por cima coloque o peixe e os frutos do mar. Enfeite com rodelas de limão.
Bom apetite!
RECEITA DE SALADA PICANTE DE FRUTOS DO MAR
manuseado com a mão direita, deve ser segurado perto da parte final e serve para pegar pedaços de comida ou empurrá-los da tigela para a boca. Com isto, a cultura culinária oriental desenvolveu alimentos que dispensam o uso da faca e do garfo.
Como os talheres ocidentais, apresentam formas diferenciadas segundo a finalidade, como também foram estabelecidas regras de etiqueta para seu uso. Para os orientais, espetar o hashi no arroz, chupá-lo, lambê-lo ou deixá-lo na vertical constituem faltas graves. Os palitos não devem ser cruzados e muito menos usados para apontar pessoas ou objetos. Nas pausas durante a refeição, o hashi deve ser colocado em paralelo, no suporte apropriado, chamado hashioki.
Em conclusão, um emaranhado de peças e de regras de etiqueta se desenvolveu do simples ato de nosso ancestral que, num dia ensolarado, estando com fome, deixou a preguiça de lado, saiu da caverna e, enquanto esperava um animal passar para lhe servir de alimento e pensava nas dificuldades que teria para surpreendê-lo e matá-lo, viu e colheu uma pedra simpática que estava no chão e a foi calmamente boleando, afiando, até transformá-la num protótipo de uma faca.
O sentimento do inventor naquele dia, penso eu, não era diferente do que assola algumas pessoas, entre as quais me incluo, ao se depararem, num jantar formal, com um monte de talheres dispostos nas laterais de nossos pratos e vários copos à frente: como usá-los? Por isso também, só me restar louvar a sabedoria oriental que utiliza tão somente dois singelos palitinhos para, de forma hábil e respeitosa, efetuar qualquer refeição, ainda que formal.
Se você é daqueles que domina a arte, utilize o hashi; do contrário, experimente o “finger food”, pois a moda voltou! De qualquer maneira, delicie-se com a salada Yum pla talay , em homenagem aos nossos irmãos orientais.
Independentemente da versão que se adote, sua popularização ocorreu no século XVI, na Inglaterra. Em inglês, brindar é traduzido por “toast” e solidificou-se com a prática de colocar pão torrado no cálice para dar sabor ao vinho, o que obrigava a pessoa a consumir toda a bebida para alcançar o ingrediente depositado no fundo do copo, como um ato em louvor à saúde do companheiro.
Chegou a vez do guardanapo, que tem uma história engraçada, quiçá folclórica. Conta um historiador que os medievais, que comiam com as mãos, as limpavam nas roupas, em toalhas ou nos pelos de cães, gatos e coelhos mantidos nos salões justamente para tal finalidade.
Parece certo que em Roma, antigamente, usavam-se duas espécies de guardanapos: um pequeno somente para os lábios, denominado mappa e um maior para secar as mãos e o rosto, chamado sudarium. Atribuem a Leonardo da Vinci a idéia de unificá-los, colocando um pano de tamanho médio sobre a mesa para limpeza das mãos e da boca, o que na época não vingou. O uso oficial do guardanapo teria ocorrido em 1887, nos Estados Unidos.
Em que pesem os avanços verificados, constata-se atualmente uma tendência gastronômica do serviço chamado finger food (comida para pegar com os dedos), epidêmico nos bufês onde são servidas pequenas porções, possibilitando uma degustação prática feita com as mãos, de forma simples e, dizem, refinada. Na verdade, os velhos e bons canapés ressurgem das cinzas, numa nova leitura da alta gastronomia, reduzidos no tamanho e com apresentação aprimorada.
E não se pode deixar de falar dos milenares palitinhos usados na alimentação oriental, chamados de hashi, em japonês, ou k’uai-tzu, em chinês, que surgiram por volta do século IV. Podem ser feitos com diversos materiais: madeira, ossos, dentes de elefante, marfim, bambu, metais e atualmente até de plástico, admitindo inclusive pinturas decorativas. O hashi mede entre 21 a 36 centímetros, é
De outra feita, são poucas as pessoas que sabem utilizar os talheres como manda a etiqueta. Segura-se a faca com a mão direita para cortar alimentos, enquanto o garfo permanece na esquerda. Até essa fase, americanos e europeus são concordes, mas divergem em relação à posição dos talheres no momento de levar o alimento à boca: o americano coloca a faca no topo e na borda do prato, com a lâmina para dentro, aproveitando para passar o garfo para a mão direita e assim comer o que foi cortado; o europeu continua com os talheres nas mesmas mãos, levando a comida cortada à boca com o garfo na mão esquerda, mantendo-o sempre com os dentes para baixo.
A organização da mesa inclui também a dos copos. As taças dos vinhos brancos são menores e algumas mais estreitas, para manter a concentração do aroma: devem ser colocadas à direita. As de vinho tinto são mais arredondadas, permitindo maior contato da bebida com o ar, enquanto as de espumante têm a forma de tulipa, para auxiliar o crescimento da espuma. As de sobremesa configuram um pequeno cálice, direcionando o vinho para a ponta da língua. Recomenda a etiqueta que todas sejam seguradas pela haste para evitar o contato com as mãos e o conseqüente aquecimento do líquido.
O brinde, por sua vez, teria origem na Antiguidade, e servia como saudação para selar acordos de paz. A partir daí, surgem duas versões para explicá-lo: a de que os copos se tocavam para demonstrar que ambos foram bem servidos em quantidade, num gesto de delicadeza, ou para que o soar das taças se tocando somasse a audição aos demais sentidos (visão, olfato, paladar e tato), completando assim a experiência sensorial de degustação.
YUM PLA TALAY
Aqui nesta coluna publicaremos bares e restaurantes onde você, associado da Sociedade da Mesa, poderá desfrutar de bons ambientes e boa gastronomia com a liberdade de levar seu próprio vinho sem pagar a rolha!
Sociedade da Mesa é muito bem-vinda e não paga rolha
PROGRAMA SACA ROLHA
22 23
Rua Mourato Coelho, 1267Vila Madalena - São Paulo(11) 3032-8605
Rua Orobó, 125Alto de Pinheiros - São Paulo(11) 3022-2424
Rua Bandeira Paulista, 387Itaim-bibi - SP(11) 3078-6704
Rua Pedroso Alvarenga, 1170Itaim bibi - São Paulo(11) 3167-0977
Rua Girassol, 67Vila Madalena - São Paulo(11) 3031-6568
Rua Normandia, 12Moema - São Paulo(11) 5536-0490
Av. Brigadeiro Faria Lima, 2705Jardim Paulistano - São Paulo(11) 3031-0005
Rua Dr. Mario Ferraz, 213Itaim bibi - São Paulo(11) 3816-4333
Rua Dr. Sodré, 241AVila Olímpia - São Paulo(11) 3845-7743
Rua Bandeira Paulista, 520Itaim bibi - São Paulo(11) 3167-2147
Rua Conselheiro Brotero, 903Santa Cecília - São Paulo(11) 3664-8313
Rua Tabapuã, 838Itaim bibi - São Paulo(11) 3168-6467
Rua Oriente, 609Serra - Belo Horizonte(31) 3227-6760
Rua Lisboa, 191Pinheiros - São Paulo(11) 3082-7904
Rua Melo Alves, 294Jardins - SPwww.chakras.com.br
Rua Alexandre Dumas, 1152 Chácara Santo Antônio - SP(11) 5181.4422
Av. Pedro Paula de Morais, 749Saco da Capela - Ilhabela - SP(12) 3896-5241
Rua Manuel Guedes, 545Jardim Europawww.limonn.com.br(11) 2533-7710
Av Eng. Paulo Brandão Nogueira, 85Jatiuca - Maceió - Alagoas(82) 3235-1016
Rua Lisboa, 346 tel. (11) 3064-3438 Pinheiros - SPGenova
Rua Joaquim Távora, 1266Vila Mariana - SP(11) 5549.3210Calá del Grau Rua Joaquim Floriano, 466
Itaim-bibi - SP Brascan Open Mall (11) 3079.3500
Rua Fradique Coutinho, 1664tel. (11) 3037-7223 Vila Madalena - SP
Rua Harmonia, 117Vila Madalena - SP(11) 3816-7848
Rua Haddock Lobo, 1159Jardins - SP(11) 3068-9797
Rua Julio de Castilhos, 1074 Belém – São Paulo/SP(11) 2309.1248
Av. Carinás, 592Moema - São Paulo(11) 2308-1091r e s t a u r a n t e e d e l i v e r y
Rua Francisco Leitão, 713Pinheiros - São Paulo(11) 3032-7403
Rua Joaquim Antunes, 224 Pinheiros - SP(11) 3068-9888
Rua Harmonia, 277Vila Madalena - SP(11) 2691-7628
Rua Costa Aguiar, 1586 Ipiranga - SP(11) 2068-3000
MARIA REDONDA
Rua Bento Albuquerque, 386Cocó - FortalezaTel. (85) 3249-9000
Horários e dias de funcionamento: Terça a sábado, das 19h às 24h. Domingo, das 12h as 15h e das 19 as 23h.Delivery: 3a a domingo das 19 as 23h, no telefone (85) 3249-9000
Inaugurado em outubro de 2002, o Maria Redonda nasceu com uma proposta simples: aliar gastronomia italiana de qualidade com boa arquitetura e conforto. Surgiu desta forma um espaço que combina perfeitamente sofisticação com rusticidade. Suas paredes toscas e caiadas e seu piso de cimento queimado vêem passar pratos tradicionais da culinária italiana e pizzas de massa fina e crocante.
Nestes 8 anos de vida, o chef-proprietário Aldo Ruggieri (filho e irmão de imigrantes italianos da Lazio) desenvolve os cardápios e comanda sua cozinha. Buscando adequar ingredientes locais às suas receitas, introduziu elementos como carne de sol, abóbora, quiabo e mandioca em antepastos, lasanhas e massas recheadas. Não abre mão, porém, das tradições de sua família no que diz respeito aos molhos e brodos.
A gerência da casa cabe ao competente Thiago Silva, que comanda o salão com profissionalismo e seriedade, estabelecendo o elo necessário entre confecção e serviço para o bom funcionamento do restaurante.
Ingredientes (para 4 pessoas):
1 pacote de penne
150 g de bacon cortado em cubos médios (5 x 5 mm)
1 dente de alho cortado ao meio
1 pimenta dedo de moça picada (sem as sementes)
3 latas de tomates pelados italianos
Cozinhe a massa em uma panela com cerca de 5 litros de água e sal a seu gosto até que esteja ao dente (siga as instruções do produtor da massa).
Enquanto a massa cozinha, coloque o bacon em uma frigideira e frite-o. Enquanto frita o bacon, adicione os dois pedaços de alho e retire-os quando estiverem ligeiramente dourados (usamos o alho apenas para aromatizar a gordura do bacon). Retire então o excesso da gordura do bacon, adicione os tomates pelados e a pimenta picada. Amasse os tomates e adicione sal a seu gosto. Cozinhe por 5 ou 6 minutos. Escorra a massa e monte os pratos.
A Sociedade da Mesa agora abre espaço para sua empresa.
No salão, nossa maior exigência: serviço tecnicamente correto e cordialidade, que sempre foram dignos de elogios e considerado um dos melhores da cidade.
O cardápio hoje conta com massas, pizzas, risotos, carnes e peixes. Destaque para o ‘Spaghetti Caprese’ (azeite, alho, mozzarela de búfala, tomate concassê e manjericão fresco), ‘Spaghetti aos frutos do mar’ (azeite e alho ou ao sugo, com frutos
do mar e salsinha picada), ‘Saltimbocca alla Romana’ (filé grelhado com presunto de Parma e sálvia, acompanhado de risoto de funghi secchi) e o ‘Peixe Maria Redonda’ (filé de badejo com molho de maracujá, acompanhado de risoto de alho poró).
Nos antepastos, destaque para as bruschettas, feitas com pão italiano e fermento natural (ambos de produção própria).
Neste mês de junho, a partir do dia 10 e até dia 10 de julho, o Maria Redonda promove o Mês do Ragu, com ragus de ossobuco, rabo de boi, costela suína, bovina e de lingüiça calabresa.
11-5531 9218 / 11-5096 [email protected] Barão do Triúnfo, 1.770São Paulo - S.P.
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Não deixe que nada atrapalhe os grandes prazeres da sua vida.
Cuide da sua saúde bucal.
A clínica WW Odontologia oferece o que tem de melhor, através de profissionais especializadospara que você tenha tranqüilidade, segurança e conforto. Temos diversos tratamentos, incluindo: implantes,Reabilitação Neuro Oclusal (RNO), Endodontia, Estética Oral, Próteses, Ortodontia. Marque sua consulta e venha nos conhecer.
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PROGRAMA SACA ROLHANovidade do Mês
A Itália em Fortaleza
PENNE ALL’ AMATRICINA
RECEITA
Porque brindar bons negócios é com a gente mesmo
Sociedadeda Mesa
Peça o midia-kit agora mesmo.Envie e-mail para [email protected]
é isso mesmo!
Vinho em consigna Informativos
SACA ROLHAS
Modelo Somelier
Preço para associado:R$ 28,00
VACUVIN
Bomba de vácuo com rolhas para melhor garantir as características do vinho.
Preço para associado: R$ 57,00
Se você vai fazer um evento, festa, jantar, e precisa de vinhos, consulte-nos. Consignamos o vinho para você e assim nem sobrará nem faltará, já sem contar que será um prazer ajudá-lo a escolher o vinho mais adequado para a ocasião.
Atendendo a vários pedidos, muito justos temos que dizer os informativos estão disponíveis para consulta, pesquisa e curiosidade. Acesse nosso site e faça download de nosso acervo. Boa leitura !
ACESSÓRIOS
Faça suas compras por telefone (0800-7740303) ou site e receba juntamente com sua próxima caixa de vinhos.
SERVIÇOS
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BOLSA
De lona vermelha modelo engradado.Prática e ideal para carregar até 6 garrafas
Preço para associado:R$ 84,00
TAÇAS BORGONHA
Par de taças de Cristal
Preço para associado:R$ 50,00 (o par)
Sociedadeda Mesa
24 25
Lembrete: Recordamos aos associados que comuniquem quaisquer alterações no envio do mês, tais como de alteração de quantidades, pedidos de seleção especial, acréscimo de vinhos do estoque ou suspensão até o dia 10 de cada mês.
VINHOS EM ESTOQUEAbaixo nossos vinhos em estoque.Faça seu pedido por telefone (0800-7740303) ou site e receba juntamente com sua próxima caixa de vinhos.
Gran Feudo Edición 2008
Casa de Illana Selección
Casa de Illana Tradición
Postales Roble Malbec 2006
Terra D’Alter 2008
DO: Navarra - EspanhaUvas: Tempranillo, Garnacha e MerlotGrad.: 13.5%Preço para associados: R$ 36,60
DO: Ribera del JúcarUvas: 80% Cabernet Sauvignon e 20% MerlotPreço para associados: R$ 88,00
DO: Ribera del JúcarUvas: 50% Petit Verdot e 50% SyrahPreço para associados: R$ 37,50
DO: Patagônia - ArgentinaUvas: MalbecGrad.: 13.5%Preço para associados: R$ 36,90
DO: Terras de Alter C.V. - PortugalUvas: 50% Touringa Nacional, 50% Cabernet SauvignonGrad.: 14%Preço para associados: R$ 37,50
GRANDESVINHOS
Mas aqui você pode ficar com todas!
Aqui a gente só não decide por você.Aí já seria demais!
vida é feita de opções.ASELEÇÃO
MêsSELEÇÃOgrandesvinhos
Sociedadeda Mesa
seleção mensal
valor referência por garrafa de R$ 37,00
opção de caixa de 4 ou 6 garrafas
Inscreva-se já na Seleção do Mês, na Seleção Grandes Vinhos e por que não nas duas?www.sociedadedamesa.com.br 0800-774 0303
seleção trimestral
valor referência por garrafa de R$ 90,00
opção de caixa de 4 ou 6 garrafas
A Seleção do Mês procura vinhos excelentes tendo como critério a variedade e a relação
qualidade preço, permite descobrir o melhor das diferentes zonas de produção bem como
uma clara comparação entre as diferentes elaborações, estilos e uvas, uma seleção mais divertida. “O aspecto mais largo da
produção mundial”.
A Seleção Grandes Vinhos nos permitirá visitar todo o mundo de vinhos que estavam fora do alcance do valor da Seleção do Mês. Vinhos das melhores regiões, vinhos emblemáticos de produtores consagrados. Vinhos para guardas mais longas e para situações especiais, uma seleção mais formal. “O aspecto mais alto da produção mundial”.
Julho
Sele
ção
do M
ês
A “Seleção Especial do Mês”, ao contrário da “Seleção do Mês”, não é de envio automático, mas somente sob pedido. Peça antes do dia 10 para recebê-la juntamente com seu vinho.
PRO
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Familia Barberis Cabernet Sauvignon 2007Argentina
26 27
Neste mês não haverá “Seleção Especial do Mês”.
Um avant premiere, novamente um pré lançamento exclusivo para os associadoda Sociedade da Mesa. De vinhedos de Vistalba e Maipu que não superam osquatro mil quilos de produção por hectárea e com uma idade media de 50anos. Parte do vinho permaneceu 12 meses em barris de alliers e americanopara então descansar mais 12 meses em garrafa em bodega. Receitainfalível.
Preço para associados: R$ 38,60
Preço estimado no mercado: R$ 60,00
Você indica.A gente explica.Ele se associa.Você ganha.
Simples assim!
Amigo é pra essas coisas!
Traga um novo associado para aSociedade da Mesa e receba duas taças Borgonha
com a próxima entrega. São taças de cristal perfeitas para os melhores
momentos com os grandes amigos.
Sociedadeda Mesa
Os dados de seu amigopodem ser enviados ao mail
[email protected],site ou podem ser fornecidos
pelo telefone 0800-7740303.Nos envie seu nome completo com
telefone particular e comercial.Promoção válida apenas em caso da associação de seu amigo.