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Contabilidade para Iniciantes – Turma 02/2012 Teoria e Questões Comentadas Professor Thiago Ultra Prof. Thiago Ultra www.estrategiaconcursos.com.br 1 AULA DEMONSTRATIVA – CONTABILIDADE PARA INICIANTES – TURMA 02/2012 – Teoria e Questões Comentadas SUMÁRIO PÁGINA 1. Apresentação 2 2. Cronograma 5 3. Conceituação da Contabilidade 7 4. Objeto da Contabilidade 8 5. Objetivo da Contabilidade 11 6. Campo de Aplicação 11 7. Usuários da informação contábil 12 8. Funções da Contabilidade 14 9. Técnicas Contábeis 16 10. 1ª Série de Exercícios 17 11. Princípios de Contabilidade 23 11.1 Princípio da Entidade 24 11.2 Princípio da Continuidade 26 11.3 Princípio da Oportunidade 26 11.4 Princípio do Registro pelo Valor Original 27 11.5 Princípio da Competência 31 11.6 Princípio da Prudência 32 12. Características qualitativas das informações contábeis 34 12.1 Características qualitativas fundamentais 35 12.2 – Características qualitativas de melhoria 37 12.3 – Restrição de custo na elaboração e divulgação de relatório contábil-financeiro útil 39 12.3 – Outras alterações na NBC TG Estrutura Conceitual 40 13. 2ª Série de Exercícios 42 14. Lista de exercícios comentados na aula 62 15. Gabarito 75

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Contabilidade para Iniciantes – Turma 02/2012

Teoria e Questões Comentadas

Professor Thiago Ultra

Prof. Thiago Ultra www.estrategiaconcursos.com.br 1

AULA DEMONSTRATIVA – CONTABILIDADE PARA INICIANTES – TURMA 02/2012 – Teoria e Questões Comentadas

SUMÁRIO PÁGINA1. Apresentação 22. Cronograma 53. Conceituação da Contabilidade 74. Objeto da Contabilidade 85. Objetivo da Contabilidade 116. Campo de Aplicação 117. Usuários da informação contábil 128. Funções da Contabilidade 149. Técnicas Contábeis 1610. 1ª Série de Exercícios 1711. Princípios de Contabilidade 2311.1 Princípio da Entidade 2411.2 Princípio da Continuidade 2611.3 Princípio da Oportunidade 2611.4 Princípio do Registro pelo Valor Original 2711.5 Princípio da Competência 3111.6 Princípio da Prudência 3212. Características qualitativas das informações contábeis 3412.1 Características qualitativas fundamentais 3512.2 – Características qualitativas de melhoria 3712.3 – Restrição de custo na elaboração e divulgação de relatório contábil-financeiro útil

39

12.3 – Outras alterações na NBC TG Estrutura Conceitual 4013. 2ª Série de Exercícios 4214. Lista de exercícios comentados na aula 6215. Gabarito 75

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Teoria e Questões Comentadas

Professor Thiago Ultra

Bem vindos! Meu nome é Thiago Rodrigues Ultra Soares, 30 anos, e sou

Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil aprovado no concurso de 2009.

Estou aqui com o objetivo de ensinar Contabilidade Geral, do jeito fácil!

Sou formado em Turismo e Hotelaria e atualmente curso Ciências

Contábeis. Pra relaxar, costumo ler um livro ou desenhar. Aliás, os

desenhos do Zé Luís (já já descobrirão quem é) que vocês encontrarem no

curso foram feitos por mim, beleza? A corujinha queridinha, por sua vez, é

do Estratégia ☺.

Hoje diversos concursos exigem conhecimento multidisciplinar, abarcando

matérias que eventualmente nos são estranhas, mas que precisamos

aprender ao longo da trajetória de conquista do cargo público. Meu

primeiro contato com a Contabilidade foi na Faculdade de Turismo, mas de

maneira superficial. Aprendi, mesmo, depois de muita dedicação para

conquistar meu cargo. Hoje estou aqui com essa proposta de curso em

exercícios, a fim de lhes ajudar a alcançar o tão sonhado cargo público.

Ao longo de quase 10 anos de concursos, fui reprovado em alguns e

aprovado em outros. O que mais me marcou em toda essa caminhada foi o

legado que a atitude de concurseiro me deixou. Tornei-me mais focado,

mais organizado e mais confiante. Aprendi que a vida é um grande

concurso, que exige disciplina, preparação intelectual (e física!),

constante superação e muito foco. Além disso, as maiores barreiras que

enfrentei nesta carreira de concurseiro não foram as provas, mas as

inseguranças e dúvidas que persistiam até eu chegar ao momento da

guinada, quando decidi por me tornar concurseiro e passei a canalizar

todos os meus esforços neste sentido. A partir daí, tudo foi uma questão

de tempo (e muita determinação) para que meus sonhos se tornassem

realidade (e se tornaram!). Por isso, se você está aqui disposto a aprender,

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1 Apresentação

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tenho certeza que o seu momento da guinada já ocorreu, e, portanto, a

sua hora de vencer nas provas está chegando! Basta seguir determinado,

focado e com muita disciplina. Ao final, seus esforços valerão a pena!

Meu histórico de aprovações é o seguinte:

• Técnico Bancário da Caixa Econômica Federal (2000)

• Técnico Judiciário - Tribunal Regional Federal da 2ª Região (2007)

• Técnico Administrativo do BNDES (2008)

• Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil (2009)

Mais uma coisinha! Já pedi que vocês se desfizessem de qualquer má

impressão da contabilidade, né? Agora, vou pedir mais uma coisa (prometo

que será a última): livrem-se dos padrões! Não existe padrão de sucesso

para concurseiro. Se você trabalha, se estuda, se é casado e tem filhos, se

é solteiro, se acabou de se formar, ou se não estuda há vários anos, você

também tem chances de passar nas provas! Você que já passou pelo seu

momento da guinada só precisa persistir com dedicação e abdicação até

alcançar o êxito! Não se limite!

Pretendo dar uma abordagem bastante didática a este curso, sempre

almejando a facilitação do aprendizado. Porém, ao mesmo tempo, iremos

aprofundar a matéria a fim de deixá-los “casca-grossa” para suas provas.

Tenho certeza que ao final do curso todos estarão preparados. Figura

muito importante neste processo de aprendizado da Contabilidade é o Zé

Luís.

Olha o Zé Luís aí gente!

Zé Luís é o nosso mascote. O cara é gente boa, concurseiro, dedicado e

brincalhão. É um cara de bom coração, e com sua enorme compaixão e

sentimento de colaboração com o grupo (de concurseiros alucinados,

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obviamente rsrs) pôs-se à disposição para toda e qualquer necessidade

que se apresente. Estará permanentemente às ordens. Sempre que

chamado, deixará seus estudos de lado (só por um tempinho) e aparecerá

por aqui para nos ajudar.

O Zé Luís é um personagem de ficção e, por isso, deixo claro que não me

inspirei em nenhum Zé Luis da vida real, ok? Como nas novelas, qualquer

semelhança é mera coincidência. Quem deu esse nome foi a minha esposa

e, como sempre, não pude deixar de atender à sua ordem, digo, sugestão

(rsrs). Segundo ela, nosso querido mascotinho tem “cara de Zé Luis”... só

não me perguntem o porquê dela ter achado isso, não faço a menor idéia.

Sobre o Curso

Gente, o Contabilidade para Iniciantes é um curso completo de

Contabilidade Geral. O “iniciantes” está aí apenas para indicar que ele foi

preparado e conduzido de maneira a facilitar, ao máximo, a compreensão

dos assuntos atinentes à Contabilidade, visando auxiliar, principalmente,

aqueles que nunca tiveram contato com a matéria ou, ainda, os que não se

deram bem com a disciplina em contatos anteriores.

Além disso, como se trata de um curso regular cujo único foco é ensinar

contabilidade (sem ser direcionado a um ou outro concurso), as questões

comentadas ao longo do curso são sortidas, selecionadas dentre diversas

provas das principais bancas: ESAF, FGV, CESPE, FCC e CESGRANRIO.

Confie, dedique-se e embarque conosco nesta jornada!

2 - Cronograma do curso

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Nosso curso será dividido da seguinte forma:

Aulas Data Conteúdo

Aula 00 -

Conceituação, objeto e finalidade da contabilidade, campo de aplicação, usuários da informação contábil, funções e técnicas contábeis. Princípios da Contabilidade. Características qualitativas das demonstrações contábeis.

Aula 01 20/06/12Atos e Fatos Contábeis. Escrituração contábil: Partidas dobradas e Lançamentos. Teoria das Contas.

Aula 02 30/06/12Escrituração de Operações Diversas. Erros de escrituração e suas correções. Livros obrigatórios.

Aula 03 10/07/12

Balancete de Verificação. Apuração do Resultado do Exercício. Balanço Patrimonial: Estrutura, forma de evidenciação, critérios de elaboração e principais grupamentos de acordo com as modificações introduzidas pelas leis n.º 11.638/2007 e n.º 11.941/2009

Aula 04 20/07/12

Balanço Patrimonial: Ativo. Estrutura, evidenciação, conceitos, formas e métodos de avaliação do ativo. Tratamento contábil das provisões incidentes. Método da Equivalência Patrimonial. Teste do valor recuperável (impairment). Arrendamento mercantil.

Aula 05 30/07/12

Balanço Patrimonial: Passivo Exigível. Composição, classificação das contas, critérios de avaliação, aderência aos princípios e normas contábeis e tratamento das provisões. Resultado de exercícios futuros: extinção e tratamento dos saldos remanescentes.

Aula 06 10/08/12

Balanço Patrimonial: Patrimônio líquido. : Itens componentes, evidenciação, métodos de avaliação, tratamento contábil, classificação, formas de evidenciação, distribuição dos resultados, constituição e reversões de reservas, ações em tesouraria. Mudança no tratamento dado à contabilização de prêmios na emissão de debêntures e subvenções e doações para investimento

Aula 07 20/08/12Demonstração do Resultado do Exercício. Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulados.

Aula 08 30/08/12Demonstração do Fluxo de Caixa e Demonstração do Valor Adicionado.

Aula 09 10/09/12 Operações com Mercadorias

Ótimas aulas! Estou certo que todos aproveitarão esta experiência!

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3 - Conceituação Da Contabilidade

“Contabilidade é a ciência que estuda e controla o patrimônio das

entidades mediante o registro de todos os atos e transações comerciais”.

E aí, todos preparados? A definição acima é clássica e apresenta de

maneira bastante sintética a conceituação da Contabilidade. Entretanto,

como estamos em nossa aula zero, possivelmente alguns dos termos acima

não estão muito claros. Por isso, vamos destrinchar alguns elementos

chaves dessa conceituação.

3.1 - Contabilidade é ciência

A contabilidade é uma ciência em razão de possuir métodos, sistemas,

princípios e teorias próprias, desenvolvidas exclusivamente para o estudo

de seu objeto, o patrimônio. Ao contrário do que se possa imaginar, a

Contabilidade, apesar de ser amplamente baseada em números, não é uma

ciência exata. É, antes, uma ciência social, pois se ocupa de estudar os

efeitos das ações humanas sobre o seu objeto de estudo. Os números são

meros instrumentos de medida das alterações ocorridas no patrimônio.

3.2 – Registro de todos os atos e transações comerciais

A contabilidade, por meio da escrituração contábil (que será explicada

na seção de técnicas contábeis), registra todos os atos e transações

comerciais ocorridos, conhecidos por fatos contábeis. E por todos,

entendam todos mesmo! Todas as situações que, de alguma maneira,

possam impactar o patrimônio da entidade (aumentando ou diminuindo

seu valor, ou simplesmente mudando sua composição) são acompanhadas

e registradas pelos sistemas de informações contábeis. Este

acompanhamento minucioso possibilita que seus usuários extraiam

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informações atualizadas, de maneira clara e simples, sobre a situação da

entidade. E tem mais, há preocupação inclusive por registrar

acontecimentos futuros que, ainda que com algum grau de incerteza,

possam vir a ferir o patrimônio das entidades. A título de exemplo, a

contabilidade se preocupa em registrar tanto a aquisição de canetas ou de

um novo veículo, quanto prováveis perdas futuras que possam impactar

negativamente no conjunto no patrimônio da entidade. Isso tudo será visto

com bastante calma no decorrer do curso.

4 – Objeto Da Contabilidade

O objeto da Contabilidade é o Patrimônio das entidades

econômico-administrativas.

O Patrimônio corresponde ao conjunto de bens, direitos e obrigações

vinculados a uma pessoa física ou jurídica (ou apenas entidades

econômico-administrativas). Os bens e direitos são considerados os Ativos

da entidade, enquanto que as Obrigações são o Passivo. O Balanço

Patrimonial é a demonstração que evidencia os componentes

patrimoniais. Do lado esquerdo do Balanço são registradas as contas do

Ativo, e do lado direito, as do Passivo. O patrimônio líquido, em se tratando

de uma entidade economicamente saudável, ficará ao lado direito (caso em

que a situação líquida é positiva). Porém, ele poderá ficar localizado à

esquerda do balanço ou simplesmente não aparecer no balanço

patrimonial. Estas nuances serão vistas detalhadamente na aula

apropriada.

BALANÇO PATRIMONIAL

ATIVO (A)

- BENS

- DIREITOS

PASSIVO (P)

OBRIGAÇÕES

PATRIMÔNIO LÍQUIDO

PL = A - PSoma do Ativo = Soma do passivo + PL

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Bens – bens são coisas que a entidade possui e que podem ser

avaliadas monetariamente. Os bens podem ser tangíveis (ou

materiais) e intangíveis (ou imateriais).

Bens tangíveis ou materiais – são aqueles que possuem forma

física e podem ser tocados. Dividem-se, ainda, em móveis (dinheiro,

veículos, utensílios, etc) e imóveis (prédios, terrenos, etc).

Bens intangíveis ou imateriais – são bens “virtuais”, sem forma

física, a exemplo das ações, das propriedades intelectuais (marcas),

dos softwares, entre outros.

Direitos – engloba tudo aquilo que a entidade tem a receber (e

que pode exigir) de outras pessoas. Se a entidade vende uma

mercadoria a prazo a um terceiro, ela passa a ter direito a receber o

pagamento por aquela mercadoria, no prazo estipulado em contrato.

Se, por outro lado, ela antecipa a um terceiro um determinado valor,

ela tem o direito de reaver o valor antecipado ou exigir a entrega do

bem a que se referir. A entidade pode até mesmo se creditar de

impostos pagos na aquisição de matéria-prima, nos termos da

legislação tributária, e escriturar esses créditos como valores a

recuperar do governo. Alguns exemplos de direitos são as contas de

“Duplicatas a Receber”, “Aluguéis a Receber” e “ICMS a Recuperar”.

Obrigações – As obrigações correspondem a valores que a

entidade está obrigada a pagar ou entregar a Terceiros. Nas

obrigações se incluem tanto os valores a serem pagos a terceiros,

frutos de compromissos assumidos, como aqueles bens ou valores

que foram recebidos de terceiros e que deverão ressarcidos. Alguns

exemplos são as contas de “Empréstimos a pagar”, “ICMS a recolher”

e “adiantamentos de clientes”.

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Patrimônio Líquido

O Patrimônio Líquido (PL) é dado pela diferença entre o Ativo (A) e o

Passivo (P) da entidade. PL = A – P (equação fundamental). Numa

entidade saudável, o PL será sempre positivo (já que os Ativos serão

maiores que os Passivos). Como o Ativo são os bens e direitos da entidade,

e o Passivo corresponde às obrigações com terceiros, o Patrimônio

Líquido é a parcela do patrimônio que pertence à entidade. Em

outras palavras, o PL é o que sobraria para o proprietário da entidade caso

todos os bens e direitos fossem realizados (transformados em dinheiro,

basicamente) e todas as obrigações quitadas. Diz-se, também, que o PL é

o valor residual do patrimônio após quitadas todas as obrigações.

Em razão deste caráter residual, temos que o Patrimônio líquido

representa os Recursos Próprios da Entidade. O Passivo, por outro

lado, representa os Recursos de Terceiros, que podem ser exigidos

contra a entidade, já que decorrem de obrigações. É por esse caráter de

exigibilidade contra a entidade que o Passivo é também conhecido por

Passivo Exigível.

O passivo total, por outro lado, corresponde ao somatório do Passivo

Exigível com o Patrimônio Líquido. Ou seja, o total de recursos que a

entidade tem a sua disposição.

Em decorrência da equação fundamental do patrimônio, conclui-se que o

somatório dos ativos é necessariamente igual ao total do passivo

somado ao patrimônio líquido. Em outras palavras, o lado direito

balanço deverá totalizar o mesmo montante que o lado esquerdo do

balanço! O porquê dessa igualdade será visto na próxima aula, quando

estudarmos as partidas dobradas!

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5 – Objetivo Da Contabilidade

O objetivo da Contabilidade é estudar e controlar as variações

ocorridas com o Patrimônio, com a finalidade de fornecer

informações atualizadas para que os usuários da Contabilidade

possam tomar suas decisões.

Esquematicamente, podemos resumir o objeto e o objetivo da

Contabilidade da seguinte maneira:

6 - Campo De Aplicação Da Contabilidade

O patrimônio não existe por si só e não tem vontade própria. À exceção de

alguns amigos que são possuídos por seus video-games, a regra é que o

patrimônio seja possuído por alguém, que irá gerenciá-lo de maneira a

preservá-lo e multiplicá-lo, a depender do fim social ou econômico ao qual

se destina.

Então pessoal, como o objeto da Contabilidade é o conjunto de bens,

direitos e obrigações que constituem o patrimônio, o campo de aplicação

da ciência contábil corresponde ao patrimônio considerado conjuntamente

com as pessoas que possuem poderes de gestão e disponibilidade sobre

ele. Este conjunto (patrimônio + gestão) é chamado de entidade

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Objeto Objetivo

Patrimônio: bens, direitos e Obrigações

Estudar e Controlar as variações ocorridas no Patrimônio

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econômico-administrativa, ou apenas Azienda (palavra italiana que

significa fazenda). Esquematicamente:

Com isso, enquadram-se no sentido de Azienda (e fazem parte do campo

de aplicação da Contabilidade) as pessoas físicas, os templos religiosos, os

clubes, as micro-empresas, os partidos políticos. Assim, a Contabilidade se

preocupa tanto com as entidades que visam ao lucro, quanto com as

organizações sem finalidades lucrativas.

7 - Os Usuários Da Informação Contábil

As informações produzidas pela Contabilidade são

valiosíssimas e, por isso, tem muita gente esperando

ansiosamente pelas informações preparadas no âmbito desta

ciência social. Estes interessados, os usuários das informações contábeis,

acompanham a situação patrimonial (bens, direitos e obrigações),

econômica (receitas e despesas, de maneira geral) e financeira (fluxo de

caixa, disponibilidades financeiras) da entidade por meio das

demonstrações contábeis produzidas. Uma delas eu já apresentei a

vocês, apesar de sinteticamente: O Balanço Patrimonial. As demais serão

vistas no decorrer do curso. Os usuários dividem-se em dois grupos:

Internos e Externos.

Os usuários internos da informação contábil são aqueles que atuam na

entidade e se aproveitam dos sistemas de informações para a tomada de

decisões sobre o patrimônio, como é o caso do administrador da

entidade. Com base na contabilidade, o gestor pode decidir qual o melhor

momento para adquirir uma nova fábrica, ampliar seu processo produtivo

ou contratar funcionários. Pode, ainda, controlar os estoques, prever uma

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possível falta de disponibilidades financeiras no futuro e desde já se

preparar para a tomada de empréstimos, entre outros.

Usuários externos, por sua vez, correspondem a todos os interessados

externos à entidade que não possuem poderes de gestão sobre o

patrimônio, mas, ávidos por acompanhar seu desempenho, fazem uso

das informações produzidas pelos sistemas contábeis. Vejam alguns

abaixo:

Governo: Interessa-se pelas informações contábeis pois, a partir

delas, o governo pode avaliar a ocorrência de aumentos

patrimoniais e eventuais fatos geradores de tributos, como

também fiscalizar a correta apuração de créditos de impostos a

restituir/compensar;

Investidores: por meio das informações contábeis podem avaliar a

saúde econômico-financeira da empresa, a distribuição de

dividendos e compará-la a outras opções no mercado, subsidiando

a tomada de decisões de investimento (compra de ações e de

quotas de capital social).

Bancos: através das informações contábeis, as instituições

financeiras podem realizar análise de risco de crédito das

entidades e, com isso, definir taxas de juros, determinar a

capacidade de pagamento da entidade ou exigir garantias

adicionais;

Clientes: Antes de assinarem um contrato de longo prazo, os

clientes precisam ter certeza de que a empresa contratada

continuará operacional até o termo final do contrato,

informação que pode ser obtida por meio das Demonstrações

Contábeis.

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A estes, também podemos incluir os empregados da entidade (em busca

de informações sobre os lucros auferidos pela empresa, para distribuição),

os fornecedores (que se preocupam em saber se receberão o pagamento

pelas mercadorias no vencimento) e o público em geral.

8 – Funções Da Contabilidade

No item anterior, dissemos que os usuários das informações contábeis

acompanham a situação patrimonial, econômica e financeira das

entidades por meio das demonstrações contábeis produzidas pelos

sistemas de informação. Agora, entenderemos estas situações.

O acompanhamento da situação patrimonial da entidade está

relacionado à função administrativa da contabilidade, que cuida do

controle do conjunto de bens, direitos e obrigações. Este controle pode

ocorrer pelo ponto de vista estático, que considera a posição patrimonial

em dado momento, ou pelo aspecto dinâmico, que controla as mudanças

qualitativas e quantitativas do patrimônio ao longo do tempo. Vamos

aproveitar e chamar o Zé Luís para nos dar uma mãozinha.

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de uma obrigação - uma conta a pagar), o controle do patrimônio será

realizado pelo aspecto dinâmico. Bi! Bi!

O acompanhamento da situação econômica da entidade, por outro lado,

corresponde à função econômica da contabilidade. Em regra, cuida de

apurar o resultado (também conhecido por rédito) por meio da

comparação das Receitas e Despesas incorridas pela entidade, e

consequente determinação do seu Lucro ou Prejuízo.

A Contabilidade também realiza a análise da situação financeira das

entidades econômico-administrativas. A análise financeira está relacionada

aos estudos dos itens de alta liquidez do patrimônio (cujo melhor exemplo

é a moeda, ca$h) e engloba análises como total de recursos financeiros

disponíveis, capital circulante líquido e outras coisas. Isto é importante

porque uma entidade pode estar incorrendo em lucro, mas pode não ter

dinheiro em caixa para pagar uma conta a vencer em breve. Esta “falta de

caixa” demanda um estudo financeiro da entidade, a ser conduzida pelo

contador.

As variações do patrimônio podem ser qualitativas ou quantitativas:

Alterações qualitativas no patrimônio são aquelas que alteram a sua

composição, sem, contudo, alterar o seu valor. Por exemplo, quando uma

entidade tira dinheiro do caixa e adquire títulos de investimento, a

composição do patrimônio irá se alterar (a quantidade de numerários

reduzirá, aumentando os valores de títulos em investimento). Contudo,

quantitativamente, o patrimônio não alterará, visto que esta “aplicação”

não logrará alterar o seu montante (o patrimônio da entidade não

aumentará ou diminuirá por conta disso).

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Alterações quantitativas, por outro lado, são aquelas que promovem a

alteração de valor no patrimônio, por exemplo: quando a entidade recebe o

pagamento de um aluguel, os recursos recebidos irão aumentar, para

mais, seu patrimônio. Por isso, diz-se que a alteração foi quantitativa.

9 – Técnicas Contábeis

Para alcançar o objetivo de controlar e estudar o patrimônio, bem como

para atender à finalidade de fornecer informações aos usuários internos

e externos, os estudiosos da Contabilidade desenvolveram diversas

técnicas que lhes possibilitaram facilitar e racionalizar o estudo do

patrimônio. As principais técnicas contábeis desenvolvidas foram a

Escrituração, as Demonstrações Contábeis ou Financeiras, a Análise

das Demonstrações Contábeis ou Financeiras e a Auditoria.

Escrituração – É a técnica contábil desenvolvida para registrar as

transações que afetem o patrimônio das entidades. Essas transações

são chamadas de Fatos Contábeis (que serão estudados nas próximas

aulas). O registro dos fatos é feito mediante a sua descrição em

livros contábeis específicos. O ato de descrever um fato contábil é

chamado de Lançamento. Assim, a escrituração nada mais é que

um conjunto de lançamentos realizados nos livros contábeis.

Demonstrações Contábeis – É a técnica contábil de recuperação

dos fatos registrados nos livros contábeis. Demonstrações são

relatórios que evidenciam a situação patrimonial, econômica ou

financeira da entidade. As Demonstrações podem conter notas

explicativas sempre que for necessário esclarecer algum detalhe para

a correta interpretação das Demonstrações.

Análise das Demonstrações Contábeis – É a técnica contábil que

cuida de Analisar as informações econômicas e financeiras

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apresentadas nas Demonstrações Contábeis. São realizados

cálculos de índices e quocientes das informações presentes nas

Demonstrações contábeis, tomadas isoladamente ou

comparativamente umas com as outras. Estes cálculos

possibilitam concluir a respeito do desempenho operacional da

entidade.

Auditoria – É a técnica contábil encarregada de verificar a

fidelidade das informações contábeis produzidas. Divide-se em

Auditoria Interna (desenvolvida por empregados da entidade, no

sentido de apresentar melhorias aos sistemas de controle interno) e

Auditoria Externa (desenvolvida por um Auditor Independente, sem

vinculo empregatício com a entidade, que emite uma opinião imparcial

e técnica a respeito das demonstrações). Em geral, a Auditoria faz

com que os usuários sintam-se à vontade para confiarem nas

Demonstrações e decidirem.

01 – (FGV – Fiscal de Rendas SEFAZ/RJ – 2010) No momento da

elaboração das demonstrações contábeis, o profissional de

contabilidade responsável deverá definir a estrutura do balanço

patrimonial, considerando a normatização contábil. Esse

procedimento tem como objetivo principal:

A) aprimorar a capacidade informativa para os usuários das

demonstrações contábeis.

B) atender às determinações das autoridades tributárias.

C) seguir as cláusulas previstas nos contratos de financiamento

com os bancos.

D)acompanhar as características aplicadas no setor econômico de

atuação da empresa.

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10 - 1ª Série de Exercícios!

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E) manter a consistência com os exercícios anteriores.

Comentários:

Muito bem pessoal, já estão todos aquecidos! A definição da estrutura do

balanço patrimonial (que é uma demonstração contábil) deve ser pensada

de maneira a deixá-lo o mais compreensível possível, facilitando a

obtenção de informações por parte dos usuários. Logo, a sua estruturação

tem como objetivo principal aprimorar a capacidade informativa para os

usuários.

Gabarito Letra A.

02 – (ESAF – Fiscal de Rendas ISS/RJ – 2010) Assinale abaixo a

única opção que contém uma afirmativa falsa.

A) A finalidade da Contabilidade é assegurar o controle do

patrimônio administrado e fornecer informações sobre a

composição e as variações patrimoniais, bem como sobre o

resultado das atividades econômicas desenvolvidas pela entidade

para alcançar seus fins.

B) A Contabilidade pode ser conceituada como sendo “a ciência que

estuda, registra, controla e interpreta os fatos ocorridos no

patrimônio das entidades com fins lucrativos ou não”.

C) Pode-se dizer que o campo de aplicação da Contabilidade é a

entidade econômico-administrativa, seja ou não de fins lucrativos.

D) O objeto da Contabilidade é definido como o conjunto de bens,

direitos e obrigações vinculado a uma entidade econômico-

administrativa.

E) Enquanto a entidade econômico-administrativa é o objeto da

Contabilidade, o patrimônio é o seu campo de aplicação.

Comentários:

Essa está fácil. As alternativas de “A” a “D” estão corretas, foram todas

vistas em aula. A alternativa E, no entanto, inverteu as definições de

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objeto e campo de aplicação da contabilidade. Como apresentado

esquematicamente ao longo da aula, o objeto da contabilidade é o

patrimônio, enquanto que o campo de aplicação é a entidade econômico-

administrativa que possui patrimônio, ou Azienda.

Gabarito Letra E.

03 – (FGV – Analista Legislativo (Contabilidade) Senado Federal –

2008) Em relação aos interesses dos principais usuários da

informação contábil, assinale a afirmativa incorreta.

A) Os acionistas atuais da empresa têm grande interesse na sua

rentabilidade atual.

B) Os investidores que podem se tornar acionistas futuros efetuam

um confronto da rentabilidade da empresa comparando com as

diversas opções existentes no mercado.

C) O governo foca na análise do fluxo de caixa da empresa para

determinar o imposto a ser pago.

D) Os financiadores concentram-se na capacidade de a empresa

pagar os valores dos financiamentos e dos juros.

E) Os empregados analisam a capacidade da empresa em efetuar o

pagamento dos salários e em sua capacidade de expansão.

Comentários:

Letras “A”, “B” e “D” e “E” estão tranquilas, foram vistas em aula. A

alternativa incorreta é a letra “C”. Esta alternativa exige conhecimento

tributário, em especial no que diz respeito às bases de cálculo dos

impostos. O Fluxo de Caixa não é base de cálculo de imposto (como a

alternativa dá a entender). O governo, ao avaliar a contabilidade da

empresa, costuma sair a busca de informações patrimoniais e

econômicas, sustentadas principalmente pelo Balanço Patrimonial e pela

Demonstração do Resultado do Exercício. O governo quer saber se a

empresa realmente faturou aquilo que declarou, se ela de fato teve as

despesas que disse incorrer, entre outros.

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Gabarito Letra C.

04 – (ESAF – TTN (atual Analista Tributário da RFB) – 1994)

“... o patrimônio, que a Contabilidade estuda e controla,

registrando todas as ocorrências nele verificadas”.

“... estudar e controlar o patrimônio, para fornecer informações

sobre sua composição e variações, bem como sobre o resultado

econômico decorrente da gestão da riqueza patrimonial”.

As proposições indicam, respectivamente:

A) o objeto e a finalidade da Contabilidade;

B) a finalidade e o conceito da Contabilidade;

C) o campo de aplicação e o objeto da Contabilidade;

D) o campo de aplicação e o conceito de Contabilidade;

E) a finalidade e as técnicas contábeis da Contabilidade.

Comentários:

A primeira proposição do enunciado define o Objeto da Contabilidade: o

Patrimônio. A segunda proposição define a finalidade da Contabilidade:

estudar e controlar o patrimônio, visando o fornecimento de informações

aos usuários.

Gabarito Letra A.

05 – (Simulado) Azienda é comumente usada em Contabilidade

como sinônimo de fazenda, na acepção de:

A) conjunto de bens e direitos;

B) mercadorias;

C) finanças públicas;

D) grande propriedade rural;

E) patrimônio, considerado conjuntamente com a pessoa que tem

sobre ele poderes de administração e disponibilidade.

Comentários:

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Esta também está tranquila. Como vimos, o Campo de aplicação da

contabilidade é a Azienda, que corresponde à entidade econômico-

administrativa (patrimônio + gestão).

Gabarito Letra E.

06 – (CESPE – SECGE / PE – AUDITOR EXTERNO – 2010) A

contabilidade é uma ciência exata.

Comentários:

Aprendemos na aula que a contabilidade é uma ciência social. Os números

são meros instrumentos de medida das alterações ocorridas com o

patrimônio. Portanto, não há que se falar em ciência exata.

Gabarito: ERRADA.

07 - (CESPE - Embasa - Assist de Saneamento - Téc. Contábil -

2009) A principal finalidade da contabilidade é prover informações

para auxiliar a tomada de decisões.

Comentários:

Isso mesmo! A finalidade da contabilidade é fornecer informações aos

usuários, para que eles possam tomar suas decisões com mais segurança.

Gabarito: CERTA.

08 - (CESPE – FUB – Auditor – 2009) As funções da contabilidade

incluem a orientação dos usuários, assim entendida a prestação de

informações úteis que possam evidenciar as mutações

patrimoniais, tanto qualitativas quanto quantitativas.

Comentários:

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Também está certa, gente! A contabilidade precisa apresentar informações

úteis (que sejam relevantes e confiáveis) de maneira a informar seus

usuários sobre as alterações quantitativas e qualitativas ocorridas com o

patrimônio.

Gabarito: CERTA.

09 - (CESPE – MPU – CONTABILIDADE – 2010) O patrimônio não é

objeto de estudo exclusivo da contabilidade, haja vista que ciências

como a administração e a economia também se interessam pelo

patrimônio, mas é a única que restringe o estudo do patrimônio a

seus aspectos quantitativos.

Comentários:

Este é mais um besteirol “cespeano” rsrsrs.. De fato, o patrimônio das

entidades é objeto de estudo de outras ciências, como a administração e a

economia. No entanto, o erro da questão está em afirmar que a

contabilidade “restringe o estudo do patrimônio a seus aspectos

quantitativos”! Ta aí o besteirol!

A contabilidade cuida de estudar e controlar todos os atos e transações

comerciais (fatos contábeis) que logrem alterar o patrimônio, tanto

em termos quantitativos, quanto em termos qualitativos.

Gabarito: ERRADA.

10 - (CESPE – TRE/BA – 2009) Para os usuários da informação

contábil, é dispensável que as demonstrações contábeis

apresentem as Correspondentes informações de períodos

anteriores, pois seu interesse é em informações futuras.

Comentários:

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Pessoal, o desempenho passado de uma entidade é fundamental para os

usuários das informações contábeis, pois, por meio das informações de

períodos anteriores, os usuários podem determinar “tendências” futuras e

avaliar a repercussão econômica e financeira de projetos anteriores. O

desempenho passado diz muito sobre a atuação da administração na

gestão da entidade, dando mais segurança aos usuários da informação

contábeis para decidir sobre o futuro.

Vejam que as informações de períodos passados auxiliam na

avaliação de desempenhos futuros mas, jamais, dão absoluta

garantia de que, no futuro, tudo correrá como planejado. Já diz o ditado,

“o futuro a Deus pertence!”.

Portanto, o erro da afirmativa está em afirmar que as informações de

períodos anteriores são “dispensáveis”! Ao contrário, elas são

importantíssimas para a correta aferição do desempenho das entidades ao

longo do tempo e, por isso, servem de subsídios para a tomada de

decisões sobre o futuro das companhias!

Gabarito: ERRADA.

11 – Princípios de Contabilidade

Esse tópico não cai em prova,

DESPENCA!

Todo post-it na corujinha é pouco!!!

Mas antes, uma coisa. Como os princípios contábeis estão normatizados na

Resolução 750/93 do Conselho Federal de Contabilidade – CFC – e

considerando que algumas bancas cobram a literalidade da norma, irei

reproduzir, um por um, os artigos da resolução, e em seguida comentá-los

para facilitar a fixação.

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Os princípios da Contabilidade estão elencados na Resolução CFC 750/93, e

são os seguintes: da Entidade, da Continuidade, da Oportunidade, do

Registro pelo Valor Original, da Competência e da Prudência.

A observância dos Princípios de Contabilidade é obrigatória no exercício da profissão, e constitui condição de legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade! (Art. 1º, § 1º da Res. CFC 750/93).

Os Princípios de Contabilidade representam a essência das doutrinas e teorias relativas à Ciência da Contabilidade, consoante o entendimento predominante nos universos científico e profissional de nosso País. Concernem, pois, à Contabilidade no seu sentido mais amplo de ciência social, cujo objeto é o patrimônio das entidades. (Art. 2 º da Res. CFC 750/93)

Vejam que os princípios não são “meros enfeites” na contabilidade. Os

artigos 1º e 2º da Resolução CFC 750/93, transcrito acima, evidenciam que

os princípios constituem verdadeiros fundamentos nos quais se alicerça a

ciência contábil, e são de observância obrigatória no exercício da profissão

de contabilista.

11.1 Princípio da Entidade

Res. CFC 750/93

Art. 4º O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por consequência, nesta acepção, o Patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição.

Parágrafo único – O PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE, mas a recíproca não é verdadeira. A soma ou agregação contábil de patrimônios autônomos não resulta em nova ENTIDADE, mas numa unidade de natureza econômico-contábil.

Se o objeto da contabilidade é o patrimônio, é necessário que se adotem

mecanismos no sentido de DIFERENCIAR e IDENTIFICAR cada patrimônio

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individualmente, caso contrário seria impossível estudá-los (se todos se

confundissem entre si). Por isso, o princípio da Entidade reconhece o

patrimônio como objeto da contabilidade e afirma a autonomia

patrimonial. Por autonomia patrimonial entende-se a necessidade de

diferenciação de um patrimônio particular no universo dos

patrimônios existentes, independente de quem o possua (pessoa física

ou jurídica, com ou sem finalidade lucrativa). Com isso, todo patrimônio

pertence a alguma entidade, mas a recíproca não é verdadeira.

É necessário ressaltar que o patrimônio da entidade não se confunde

com o dos sócios ou proprietários (em caso de pessoa jurídica). Além

disso, o princípio da entidade está fortemente alicerçado no direito

de propriedade, afinal, sem esta garantia jurídica, a diferenciação do

patrimônio no conjunto de patrimônios existentes na sociedade não seria

possível.

O princípio da Entidade também diz que a soma ou agregação contábil

de patrimônios autônomos não resulta numa nova entidade, mas numa

unidade de natureza econômico-contábil. A “soma ou agregação

contábil” de patrimônios representa a consolidação, numa mesma

demonstração, de informações contábeis de entidades diferentes que

compõem um grupo econômico. Um grupo econômico consiste na relação

entre pessoas jurídicas, onde uma delas é controladora das demais. Apesar

de o patrimônio de cada uma dessas empresas ser autônomo, a

demonstração contábil delas pode vir a ser unificada (consolidada) com a

finalidade de demonstrar a situação patrimonial do grupo econômico. Essa

consolidação das informações numa única demonstração não constitui um

novo patrimônio, mas tão somente uma unidade de natureza econômico-

contábil para fins informativos.

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11.2 Princípio da Continuidade

Res. CFC 750/93

Art. 5º O Princípio da Continuidade pressupõe que a Entidade continuará em operação no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos componentes do patrimônio levam em conta esta circunstância. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10)

O princípio da continuidade pressupõe que a entidade continuará em

operação no futuro e, portanto, a apresentação e mensuração dos

componentes do patrimônio levam em conta esta circunstância. Este

princípio é muito importante porque diversos ativos que a entidade possui

são avaliados com base na sua capacidade de geração de receitas no

futuro. Se, por qualquer motivo, há a indicação de quebra na continuidade

da entidade, encerra-se a possibilidade de geração de receitas e, com isso,

vários ativos precisarão ser reavaliados, reduzindo substancialmente seu

valor. A avaliação de alguns componentes do Passivo também

depende da observância ao princípio da continuidade, pois o encerramento

das atividades poderá dar ensejo à antecipação do vencimento das

obrigações, além da alteração de seus valores.

11.3 Princípio da Oportunidade

Res. CFC 750/93

Art. 6º O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas. Parágrafo único. A falta de integridade e tempestividade na produção e na divulgação da informação contábil pode ocasionar a perda de sua relevância, por isso é necessário ponderar a relação entre a oportunidade e a confiabilidade da informação. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10)

O princípio da Oportunidade relaciona-se ao processo de mensuração e

apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações

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íntegras e tempestivas. A Integridade orienta o registro completo das

informações, sem omissões nem excessos. A tempestividade, por sua

vez, está relacionada ao registro das informações no momento em

que ocorrem. Esta dualidade entre Integridade e Tempestividade das

informações contábeis é fundamental para a aferição da relevância das

informações, e conseqüente confiabilidade das demonstrações contábeis.

11.4 Princípio do Registro pelo Valor Original

Res. CFC 750/93

Art. 7º O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os componentes do patrimônio devem ser inicialmente registrados pelos valores originais das transações, expressos em moeda nacional.

Este princípio determina que os componentes do patrimônio devem ser

inicialmente registrados pelos valores originais das transações,

expressos em moeda nacional.

O registro inicial dos componentes do patrimônio obedece à regra do

Custo Histórico (inciso I, § 1º, Art. 7º - Res CFC 750/93):

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Avaliação pelo Custo HistóricoAtivos Passivos

Ativos são registrados pelos valores

pagos ou a serem pagos em caixa ou

equivalentes de caixa ou pelo valor

justo (valor de mercado) dos recursos

que são entregues para adquiri-los na

data da aquisição.

Passivos são registrados pelos valores dos

recursos que foram recebidos em troca da

obrigação ou, em algumas circunstâncias,

pelos valores em caixa ou equivalentes de

caixa, os quais serão necessários para

liquidar o passivo no curso normal das

operações.

Ex: Um Veículo adquirido será

registrado pelo valor de aquisição.

Ex: Empréstimo contratado será

registrado pelo valor recebido mais os

juros e taxas a serem pagos até o final do

prazo (no curso normal da operação).

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No entanto, uma vez registrados, os componentes patrimoniais poderão

sofrer alterações de valor. Estas alterações são avaliadas pelos

seguintes métodos:

• Custo Corrente (item a, inciso II, § 1º, Art. 7º - Res CFC 750/93)

• Valor Realizável (item b, inciso II, § 1º, Art. 7º - Res CFC 750/93)

Avaliação pelo Valor RealizávelAtivos Passivos

Os ativos são mantidos pelos valores

em caixa ou equivalentes de caixa, os

quais poderiam ser obtidos pela venda

em uma forma ordenada.

Os passivos são mantidos pelos valores

em caixa e equivalentes de caixa, não

descontados, que se espera seriam pagos

para liquidar as correspondentes

obrigações no curso normal das operações

da Entidade. Em outras palavras, o ativo é

avaliado pelos valores que seriam

obtidos na sua realização (venda).

Pelo curso normal da operação

entenda-se “ao longo do tempo”, ou

seja, não se considera o valor de

liquidação naquele momento, mas sim o

valor que precisará ser desembolsado

ao longo do tempo (por isso é não-

descontado).

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Avaliação pelo Custo CorrenteAtivos Passivos

Os ativos são reconhecidos pelos

valores em caixa ou equivalentes de

caixa, os quais teriam de ser pagos se

esses ativos ou ativos equivalentes

fossem adquiridos na data ou no

período das demonstrações contábeis.

Os passivos são reconhecidos pelos

valores em caixa ou equivalentes de

caixa, não descontados, que seriam

necessários para liquidar a obrigação na

data ou no período das demonstrações

contábeis.

O ativo é avaliado pelos recursos que

deveriam ser empregados para adquiri-

lo na data ou período das

demonstrações.

Os passivos são avaliados pelo valor

necessário para a sua liquidação na data

ou período das demonstrações.

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• Valor Presente (item c, inciso II, § 1º, Art. 7º - Res CFC 750/93)

Avaliação pelo Valor Presente (descontado)Ativos Passivos

Os ativos são mantidos pelo valor

presente, descontado do fluxo futuro

de entrada líquida de caixa que se

espera seja gerado pelo item no curso

normal das operações da Entidade.

Os passivos são mantidos pelo valor

presente, descontado do fluxo futuro de

saída líquida de caixa que se espera seja

necessário para liquidar o passivo no

curso normal das operações da Entidade.

Em outras palavras, estima-se a

capacidade de geração de caixa de um

ativo ao longo do tempo para, em

seguida, descontar esse fluxo de caixa

a um taxa determinada, a fim de

estimar seu valor no presente.

Estima-se o montante total a ser pago ao

longo do tempo e se desconta estes

valores a um taxa específica, trazendo-os

a valores presentes.

• Valor Justo (item d, inciso II, § 1º, Art. 7º - Res CFC 750/93): É o

valor pelo qual um ativo pode ser trocado, ou um passivo liquidado,

entre partes conhecedoras, dispostas a isso, em uma transação sem

favorecimento. Pode-se entender valor justo por valor de mercado,

mas apenas para fins didáticos! O Valor Justo é mais específico, pois

pressupõe partes conhecedoras e ausência de favorecimento a

qualquer uma delas. Esta ponto é importante pois há casos em que

as empresas manipulam o valor de mercado, principalmente em

relação entre pessoas jurídicas integrantes de um grupo econômico,

destoando do “valor justo”.

• Atualização monetária (item e, inciso II, § 1º, Art. 7º - Res CFC

750/93): Os efeitos da alteração do poder da moeda nacional devem

ser reconhecidos nos registros contábeis mediante o ajustamento

dos valores dos componentes patrimoniais. Resultam da adoção da

Atualização monetária as seguintes acepções:

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o A Moeda, embora aceita universalmente, não é constante em

termos de poder aquisitivo em razão da inflação.

o Para que o patrimônio mantenha o valor das transações

originais, é necessário atualizar a sua expressão formal (seu

valor) em moeda nacional, a fim de deixar substantivamente

corretos os valores dos componentes patrimoniais e, por

consequência, o Patrimônio líquido.

o A Atualização Monetária não representa nova avaliação dos

componentes patrimoniais, mas, apenas, o ajustamento dos

valores originais, a fim de refletir a variação do poder

aquisitivo da moeda nacional em determinado período.

Detalhe importante. A Atualização Monetária não é um princípio

Contábil, beleza pessoal? Digo isto, porque a Atualização Monetária já foi

um princípio, mas desde a Resolução CFC 1282/10 ela passou a integrar o

Princípio do Registro do Valor Original, como um método de ajustamento

dos componentes patrimoniais!

Apenas para deixar bem claro, valores descontados ou não descontados se

referem às operações de Desconto, lá da matemática financeira, ok? E tem

mais um detalhe, estes diversos métodos de avaliação dos componentes

patrimoniais não existem para serem utilizados arbitrariamente. É que a

legislação, em especial a lei 6.404/76 (Lei das Sociedades por Ações)

determina nos seus artigos 183 e 184 a aplicação de métodos específicos

para a avaliação de determinados componentes patrimoniais e, portanto,

dependendo do caso utiliza-se um ou outro método. Vejam que estes

métodos (exceto a atualização monetária) constituem exceções ao

princípio do Registro pelo Valor Original, já que têm o condão de

alterar o valor original do componente patrimonial. Iremos aprofundar

estes assuntos nas próximas aulas.

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11.5 Princípio da Competência

Res. CFC 750/93

Art. 9º O Princípio da Competência determina que os efeitos das transações e outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou pagamento.

Parágrafo único. O Princípio da Competência pressupõe a simultaneidade da confrontação de receitas e de despesas correlatas. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10)

O princípio da competência determina que os efeitos das transações e

outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem,

independentemente de recebimento ou pagamento. Além disso, as

Receitas e Despesas deverão ser apresentadas simultaneamente,

sempre que se correlacionem.

Por exemplo, se o Zé Luís, agora empresário (olha a graça... ), realiza

uma venda hoje, com pagamento apenas para daqui a 60 dias, ele deverá

registrar a receita de venda na data de hoje, ainda que o pagamento se dê

no futuro. Da mesma maneira, se uma empresa contrata o serviço de um

terceiro, a despesa por esta contratação deverá ser integralmente

registrada na data de prestação do serviço, ainda que o pagamento seja

realizado em diversas parcelas no futuro.

Além do Regime de Competência, existe o chamado Regime de Caixa.

Pelo Regime de Caixa, as receitas e despesas devem ser registradas

no momento do efetivo recebimento e pagamento,

respectivamente. Vejam a diferença.

Se pelo Regime de Competência o Zé Luís registraria a venda no momento

de sua concretização (ainda que o pagamento ocorresse no prazo de 60

dias), pelo regime de Caixa, a mesma venda só deveria ser reconhecida a

partir do recebimento do efetivo pagamento. Esse regime é bastante

intuitivo e provavelmente vocês utilizam o Regime de Caixa em suas

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finanças pessoais. Assim, receitas e despesas só são registradas no

momento do seu efetivo recebimento e pagamento, respectivamente.

11.6 Princípio da Prudência

Res. CFC 750/93

Art. 10. O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.

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Parágrafo único. O Princípio da Prudência pressupõe o emprego de certo grau de precaução no exercício dos julgamentos necessários às estimativas em certas condições de incerteza, no sentido de que ativos e receitas não sejam superestimados e que passivos e despesas não sejam subestimados, atribuindo maior confiabilidade ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10)

Prudência é Precaução. Sempre que se apresentem alternativas

igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que

alterem o patrimônio líquido, deveremos adotar aquela que represente o

menor Patrimônio Líquido (menor valor para os componentes do

ativo ou o maior valor para os componentes do passivo).

Se a fórmula para cálculo do patrimônio líquido é dada por PL = A – P, o

menor PL será obtido quando: 1) reduzirmos o valor do ativo; 2)

aumentarmos o valor do passivo.

Porém, há de se fazer um ressalva. O princípio da prudência não é uma

“carta branca” para a entidade manipular a sua composição

patrimonial de maneira a, artificialmente, atingir um PL menor. Ele

orienta apenas que, em caso de incertezas e dúvidas, em alternativas

igualmente válidas, a entidade adote aquela que implique menor valor dos

componentes do ativo ou maior valor dos componentes do passivo.

Em essência, o princípio da prudência existe para dar maior

confiança às demonstrações contábeis. Na prática, adota-se uma

posição conservadora para que os usuários tomem suas decisões e fiquem

menos sujeitos a “surpresas” desagradáveis (como uma redução do lucro,

ou mesmo um prejuízo imprevisto). Ademais, o princípio da prudência

trabalha com incertezas de grau variável, em mutações

patrimoniais posteriores ao registro inicial. Havendo certeza, ou

quando se tratar de registro original de componentes patrimoniais,

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não há que se falar em princípio da prudência, pois nestes casos cabe

reconhecimento pelo valor efetivo do componente.

O exemplo clássico de aplicação do princípio da Prudência ocorre na

constituição de Provisões. Provisões representam uma expectativa de

obrigações ou de perdas de ativos, e a sua constituição representa

uma despesa incorrida para a entidade. A título de exemplo, se uma

entidade é alvo de uma ação judicial de indenização por danos materiais,

com o risco de ser sentenciada a pagar entre 10.000 e 20.000 reais de

indenização, ela deverá constituir uma Provisão para refletir essa possível

perda. No momento da constituição da Provisão a empresa deverá escolher

o “pior dos cenários possíveis”, em obediência ao princípio da prudência,

razão pela qual o valor provisionado deverá ser de 20.000 reais (dentre as

alternativas igualmente válidas e tecnicamente estimáveis, adotou-se

aquela que implica no maior Passivo e, portanto, menor Patrimônio

líquido). Como o princípio da Prudência não autoriza excessos, a entidade

não poderia, por exemplo, constituir uma provisão de 30.000 reais,

simplesmente para “garantir um pouco mais”, beleza? Vamos seguir em

frente.

12 – Características Qualitativas Das Demonstrações Contábeis

“Se a informação contábil-financeira é para ser útil, ela

precisa ser relevante e representar com fidedignidade o que

se propõe a representar. A utilidade da informação contábil-

financeira é melhorada se ela for comparável, verificável,

tempestiva e compreensível. “

Resolução 1.374/11 CFC – NBC TG Estrutura Conceitual

Gente, a NBC TG Estrutura Conceitual forma os pilares para a divulgação

dos relatórios econômico-financeiros (as demonstrações contábeis) de

maneira a proteger a qualidade das informações a serem passadas aos

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usuários, de maneira a garantir que elas sejam úteis na tomada de

decisões.

Até Dezembro de 2011, as característica qualitativas das demonstrações

contábeis eram as seguintes: compreensibilidade, relevância,

confiabilidade e comparabilidade. Contudo, em Dezembro de 2011 a

Resolução nº 1.374/11 alterou a redação da NBC TG Estrutura Conceitual e

inseriu no universo contábil as seguintes características qualitativas:

Características qualitativas fundamentais:

• Relevância: materialidade

• Representação Fidedigna: completa, neutra, livre de erros

Características qualitativas de melhoria.

• Comparabilidade

• Verificabilidade

• Tempestividade

• Compreensibilidade

Vamos estudá-las.

12.1 – Características qualitativas fundamentais

A informação para ser útil (que é o que interessa para os

usuários) precisa ser, ao mesmo tempo, relevante e

fidedigna. De nada adianta uma informações relevante não fidedigna, ou

uma informação não relevante e fidedigna.

Relevância

“Informação contábil-financeira relevante é aquela capaz de fazer

diferença nas decisões que possam ser tomadas pelos usuários. A

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informação pode ser capaz de fazer diferença em uma decisão mesmo

no caso de alguns usuários decidirem não a levar em consideração, ou

já tiver tomado ciência de sua existência por outras fontes.” Resolução

1.374/11 CFC - QC6 – NBC TG Estrutura Conceitual

Rapaziada, as demonstrações contábeis devem ser úteis e, por isso, não

podem apresentar qualquer informação. As Demonstrações precisam

conter informações relevantes às necessidades dos usuários na tomada

de decisões.

A relevância é afetada pela materialidade da informação. A materialidade

toma por base o valor, em termos monetários, que a informação

representa. Assim, quanto maior o valor, mais material e de maior

relevância é a informação, e sua omissão ou distorção irá alterar

consideravelmente as Demonstrações Contábeis, em última análise

prejudicando a tomada de decisões pelos usuários, porque embasadas em

demonstrações incorretas.

Representação Fidedigna

Para ser útil, a informação contábil-financeira, além de representar um

fenômeno relevante, tem que representá-lo com fidedignidade. Para

que a representação seja perfeitamente fidedigna ela deverá retratar a

realidade de forma completa, neutra e livre de erro.

O retrato completo deve incluir toda a informação necessária para que os

usuários das informações contábeis consigam entender a situação que está

sendo retratada nas demonstrações contábeis, incluindo todas as

descrições e informações necessárias para tanto.

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Para ser confiável (fidedigna), a informação contábil também precisa ser

neutra, imparcial. As demonstrações não neutras (e não confiáveis) são

aquelas que apresentam informações manipuladas, no sentido de induzir a

tomada de decisões com um desfecho ou resultado predeterminado.

Por último, a ausência de erros é fundamental para a fidedignidade das

demonstrações contábeis. Uma demonstração livre e erros ou omissões,

contudo, não pressupõe informações absolutamente exatas, pois a

contabilidade também trabalha com estimativas que, por si só,

representam uma incerteza. O que se pretende pela característica da

ausência de erros é que, mesmo em caso de estimativas, a informação

pode ser considerada fidedigna se os valores obtidos pela estimativa forem

descritos claramente e precisamente como sendo uma estimativa, e as

técnicas utilizadas no desenvolvimento das estimativas tenho sido

empreendidas com ausência de erros.

12.2 – Características qualitativas de melhoria

com fidedignidade. São as seguintes: comparabilidade, verificabilidade,

tempestividade e compreensibilidade.

Comparabilidade

A característica da Comparabilidade leva em conta a necessidade que os

usuários têm de comparar as demonstrações contábeis de uma

entidade ao longo do tempo, a fim de avaliar as variações patrimoniais

e financeiras ocorridas. Os usuários também têm interesse em comparar

demonstrações contábeis de diferentes entidades para, em termos

relativos, avaliar seu desempenho e variações patrimoniais. Assim, a

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comparabilidade das demonstrações orienta que as entidades mensurem

e apresentem as informações contábeis de maneira consistente ao

longo do tempo, informando sempre que houver alterações nas práticas

contábeis. Vejam que a comparabilidade não pressupõe “uniformidade”

ou “congelamento” das práticas contábeis. O que se pretende é

consistência e, portanto, alterações são bem-vindas, desde que

informadas!

Verificabilidade

Verificabilidade é a característica que ajuda os usuários a terem

mais segurança de que a informação apresenta está condizente com

a realidade da entidade. O ideal é que as informações sejam verificáveis,

mas é certo que, em vista da enorme quantidade de informações

existentes nos sistemas contábeis, nem sempre essa verificação

pormenorizada é viável.

A Resolução nº 1.374/11, no item QC27, estabelece que a verificação pode

ser direta ou indireta. A verificação direta é aquela em que o usuário

verifica, diretamente, as informações apresentadas. Por exemplo, se ele

quiser se certificar de que o saldo do Caixa está correto (dinheiro em posse

da entidade), ele poderá contá-lo para realizar esta verificação.

A verificação indireta, por sua vez, é aquela em que o usuário recalcula

os resultados de um determinado item, utilizando-se da mesma

metodologia, para ver se ele também chega ao mesmo resultado

apresentado nas demonstrações. Um exemplo é a verificação do valor

contábil dos estoques por meio da checagem do seu saldo inicial, das

entradas e saídas de mercadorias, a partir de onde o usuário poderá

recalcular o saldo final dos estoques, utilizando-se do mesmo método

aplicado pela entidade.

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Tempestividade

Por tempestividade devemos entender a necessidade de a informação

contábil ser apresentada a tempo de poder influenciar a tomada de

decisões de seus usuários. Uma informação ainda que relevante e

fidedigna, pode perder sua utilidade se for apresentada muito tardiamente.

Compreensibilidade

As demonstrações contábeis precisam ser compreensíveis para que os

usuários consigam encontrar com razoável facilidade as informações de

que precisam. Afinal, qual seria a utilidade de uma demonstração contábil

incompreensível para alguém? Nenhuma, né? No entanto, a característica

da compreensibilidade presume que o usuário tenha razoável

conhecimento da contabilidade e do negócio da entidade, não basta ser

leigo. E tem mais, se houver alguma informação indispensável à

tomada de decisões, ela deve ser incluída nas demonstrações contábeis,

ainda que muito complexa e específica.

12.3 – Restrição de custo na elaboração e divulgação de relatório contábil-financeiro útil

A preparação das informações contábeis envolve custos, que se

apresentam como restrições ao processo de elaboração e

divulgação das demonstrações contábeis. Por isso, é importante que o

benefício gerado pela divulgação da informação contábil justifique

os seus custos.

Este processo de análise do custo-benefício das informações contábeis

envolve consultas a fornecedores da informação (pessoas de dentro da

entidade), usuários, auditores independentes, acadêmicos e outros

agentes. Estas pessoas irão dar sua opinião sobre a natureza e

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quantidade esperada de benefícios e custos envolvidos na

elaboração e divulgação das informações. A partir destas opiniões, a

entidade a administração da entidade deverá traçar um padrão para avaliar

a viabilidade de produção de determinadas informações.

12.3 – Outras alterações na NBC TG Estrutura Conceitual

A nova redação dada à NBC TG Estrutura Conceitual, trazida pela

Resolução CFC nº 1.374/11, suprimiu duas características qualitativas de

seu texto e que, por isso, merecem destaque.

Na redação anterior pela Resolução CFC nº 1.121/08, a NBC TG Estrutura

Conceitual trazia como características explícitas a Primazia da Essência

sobre a Forma e a da Prudência. Vamos vê-las:

Primazia da Essência sobre a Forma

Este é um desdobramento da característica da Confiabilidade (hoje,

fidedignidade). As Demonstrações Contábeis, pelo requisito da primazia

da essência sobre a forma, devem informar o que de fato acontece no

mundo real, a sua substância ou realidade econômica, ainda que outra

seja a forma legal atribuída à transação. A Res. CFC 1.121/08

apresentava um exemplo interessante para esta situação:

Uma entidade vende um ativo a um terceiro de tal maneira que a

documentação indique a transferência da propriedade, mas,

entre as partes, é firmado um acordo que assegure à entidade a

fruição dos futuros benefícios econômicos gerados pelo ativo,

com possibilidade de recompra ao final do prazo.

Esta operação é chamada de Arrendamento Mercantil Financeiro e, em

geral, realizada com o objetivo de obter Capital de Giro.

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Pelo requisito da essência sobre a forma, ainda que a forma legal da

transação seja de Transferência de Propriedade (venda), a Contabilidade

não poderá dar este mesmo tratamento à informação, uma vez que, em

sua essência, existem outras circunstâncias envolvidas. Assim,

reportar a operação de venda não representaria adequadamente a

transação formalizada e reduziria a confiabilidade da Demonstração. No

caso do Arrendamento Mercantil Financeiro, o bem vendido deverá

permanecer no ativo da entidade vendedora (arrendatária), e, em razão do

contrato de arrendamento, surgirá uma nova obrigação no Passivo.

condição de integrante da representação fidedigna (confiabilidade). Mas

isso, apenas, porque o CFC entendeu que isto se tratava de uma

redundância. Portanto, a apresentação da essência econômica das

transações nas demonstrações contábeis (ainda que outra seja a forma

legal da transação) continua indispensável à fidedignidade das

informações.

Prudência

A prudência, além de ser um princípio contábil, também era

apresentada como uma característica qualitativa das demonstrações. A

prudência se traduz em confiabilidade, desde que a entidade não incorra

em excessos, como a subavaliação deliberada de ativos ou superavaliação

deliberada de passivos.

ser inconsistente com a neutralidade. Subavaliações de ativos e

superavaliações de passivos, com consequentes registros de desempenhos

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posteriores inflados, são incompatíveis com a informação que pretende ser

neutra.

É isso! encerramos a nossa aula zero por aqui! Espero que tenham

aproveitado e aprendido tudo! Qualquer dúvida, escrevam! Fico à

disposição de vocês! Forçaaaaaaa e até a próxima aula!

Thiago Ultra

[email protected]

www.aromacontabil.com.br

11 – (FCC – Auditor Fiscal ISS/SP – 2007) A Cia. Beta possui bens e

direitos no valor total de R$ 1.750.000,00 em 31/12/2005.

Sabendo-se que, nessa mesma data, inexistem resultados de

exercícios futuros e que o passivo exigível da companhia

representa 2/5 (dois quintos) do valor do Patrimônio Líquido, este

último corresponde a, em R$:

A) 1.373.000,00

B) 1.250.000,00

C) 1.050.000,00

D) 750.000,00

E) 500.000,00

Comentários:

O patrimônio líquido é calculado pela seguinte fórmula: PL = A – P. Os

bens e direitos de que trata o enunciado compõe o Ativo, portanto A =

1.750.000,00. O passivo exigível representa as obrigações, que são 2/5

do patrimônio líquido da companhia. Então, P = 2/5.PL. Aplicando a

equação fundamental, temos que:

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13 - 2ª Série de Exercícios!

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PL = 1.750.000,00 – 2/5.PL

PL + 2/5.PL = 1.750.000,00

7/5.PL = 1.750.000,00

PL = 1.750.000,00 . 5/7 = 1.250.000,00

Esta questão introduz a noção de Passivo Exigível, que na terminologia

contábil representa as Obrigações (que são exigíveis da entidade). Existe

também o conceito de Passivo Total, que considera o passivo exigível

somado ao patrimônio líquido da entidade.

Gabarito Letra A.

12 – (ESAF – Técnico da Receita Federal - 2003) Com relação aos

Princípios Fundamentais de Contabilidade, assinale a opção

incorreta:

A) O princípio da Prudência determina a adoção do menor valor

para os componentes do ativo e do maior para os do passivo,

sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a

quantificação das mutações patrimoniais que alterem o Patrimônio

Líquido.

B) O princípio da Prudência impõe a escolha da hipótese que

resulte menor Patrimônio Líquido, quando se apresentarem opções

igualmente aceitáveis diante dos demais princípios da

contabilidade.

C) O Princípio da Prudência somente se aplica às mutações

posteriores, constituindo-se ordenamento indispensável á

aplicação correta do princípio da competência.

D) A aplicação do princípio da prudência ganha ênfase quando,

para definição dos valores relativos às variações patrimoniais,

devem ser feitas estimativas que envolvem incertezas de grau

variável.

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E) O princípio da prudência refere-se, simultaneamente, à

tempestividade e à integridade do registro do patrimônio e das

suas mutações, determinando que este seja feito de imediato e

com a extensão correta, independentemente das causas que

originaram o registro.

Comentários:

Alternativas de “A” a “D“ estão corretas, e foram vistas ao longo da aula! A

Alternativa “E” está errada, pois define o princípio da Oportunidade, e não

o princípio da prudência! Lembrem, o princípio da Oportunidade relaciona-

se ao processo de mensuração e apresentação dos componentes

patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas. As bancas

adoram esse tipo de “troca” para confundir o candidato! Fique atento.

Gabarito Letra E.

13 – (FGV – Auditor Fiscal Angra dos Reis/RJ - 2010) A afirmação

de que as demonstrações contábeis são normalmente preparadas

partindo da ideia de que a entidade se manterá em operação no

futuro previsível está vinculado com qual conceito da

contabilidade?

A) Postulado da Entidade

B) Convenção da Consistência

C) Pressuposto da Continuidade

D) Característica qualitativa da essência sobre a forma

E) Característica qualitativa da comparabilidade.

Comentários:

Tenho certeza que todos acertarão essa aí! Como vimos ao longo da aula,

é o princípio da continuidade que adota a presunção de que a entidade

continuará operacional ao longo do tempo, e essa presunção afeta

diretamente a mensuração e avaliação dos itens patrimoniais.

Gabarito Letra C.

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14 – (FGV – Cia das Docas - Contador - 2010) Assinale a alternativa

que apresente, na ordem, de cima para baixo, o relacionamento

entre o fato e as características qualitativas das Demonstrações

Contábeis conforme o Pronunciamento Conceitual Básico emitido

pelo CPC.

• não antecipação de lucros e antecipação de prejuízos;

• capacidade de analisar a demonstração contábil de uma

empresa de diversos exercícios;

• reconhecimento do ativo e passivo decorrente de um contrato

de arrendamento mercantil financeiro;

• não omissão de nenhuma transação econômica realizada pela

empresa nas Demonstrações Contábeis.

A) Prudência, Confiabilidade, Primazia da Essência sobre a Forma,

Integridade

B) Integridade, Confiabilidade, Prudência, Primazia da Essência

sobre a Forma

C) Integridade, Comparabilidade, Prudência, Confiabilidade

D) Prudência, Confiabilidade, Primazia da Essência sobre a Forma,

comparabilidade

E) Prudência, Comparabilidade, Primazia da Essência sobre a

Forma, Integridade

Comentários:

1ª alternativa – Tanto a não antecipação de lucros como a antecipação de

prejuízos reduzem o patrimônio líquido da entidade e, portanto, obedecem

ao princípio da prudência.

2ª alternativa – a capacidade de analisar a demonstração contábil de uma

empresa de diversos exercícios correspondente à Comparabilidade -

característica qualitativa das demonstrações contábeis.

3ª alternativa – A alternativa trata da característica da Primazia da

essência sobre a forma. No arrendamento mercantil financeiro ocorre a

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transferência de um bem, porém, este bem transferido deverá permanecer

no ativo da entidade, que continuará a se beneficiar economicamente dele.

No entanto, em função do contrato de arrendamento, deverá ser

escriturada uma nova obrigação no Passivo.

4ª alternativa – Não omissão de nenhuma transação econômica

corresponde à característica qualitativa da Integridade, e reza que todas as

transações econômicas devem ser escrituradas, desde que materialmente

relevantes e que os benefícios de sua informação superem os custos para

produzi-la!

Gabarito Letra E.

15 – (ESAF – Fiscal de Rendas ISS/RJ - 2010) Assinale abaixo a

única opção que contém uma afirmativa verdadeira.

A) Pelo princípio da continuidade, a entidade deverá existir durante

o prazo estipulado no contrato social e terá seu Patrimônio

contabilizado a Custo Histórico.

B)Para obedecer ao princípio contábil da prudência, quando houver

duas ou mais hipóteses de realização possíveis de um item, deve

ser utilizada aquela que representar um maior ativo ou um menor

passivo.

C) Segundo o princípio da competência, as receitas e as despesas

devem ser incluídas na apuração do resultado do período em que,

efetivamente, ocorrerem os recebimentos ou pagamentos

respectivos.

D)O princípio da oportunidade determina que os registros

contábeis sejam feitos com tempestividade, no momento em que o

fato ocorra, e com integralidade, pelo seu valor completo.

E) Existe um princípio contábil chamado “Princípio da Atualização

Monetária” que reconhece que a atualização monetária busca

atualizar o valor de mercado e não o valor original, por isso, não se

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trata de uma “correção”, mas apenas de uma “atualização” dos

seus valores.

Comentários:

Alternativa A – Incorreta. O princípio da continuidade pressupõe que a

entidade continuará em operação indeterminadamente no futuro, e que as

demonstrações deve levar em consideração este pressuposto.

Alternativa B – Incorreta. A alternativa inverteu as orientações do princípio

da prudência, que informa devem ser adotadas as hipóteses que implique

o menor patrimônio líquido (menor ativo ou maior passivo).

Alternativa C – Incorreta. O princípio da competência determina que as

receitas e despesas sejam incluídas na apuração do resultado do exercício

em que ocorreram, ainda que outro seja o momento dos recebimentos ou

pagamentos respectivos.

Alternativa D – Correta! A definição está perfeita.

Alternativa E – Incorreta. Até o ano de 2010 havia o Princípio da

Atualização Monetária (que atualmente foi incorporado ao princípio do

registro pelo valor original). No entanto, como explicado na aula, a

Atualização Monetária é meramente uma correção do valor original, a fim

de deixá-lo substantivamente correto, refletindo as alterações no poder

aquisitivo da moeda. Não se trata de atualização do valor de mercado,

como diz a assertiva.

Gabarito Letra D.

16 – (FCC – Auditor Fiscal ISS/SP – 2007) Em relação ao princípio

contábil da Competência, é correto afirmar que:

A) o reconhecimento de despesas deve ser efetuado quando houver

o efetivo desembolso financeiro por parte da pessoa jurídica que

efetuou o gasto.

B) uma despesa é considerada incorrida quando há um surgimento

de um ativo, sem o concomitante desaparecimento de um passivo.

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C) as perdas involuntárias de ativos por razões fortuitas ou por

força maior não devem ser computadas na apuração do resultado

do exercício, porque não estão correlacionadas com a realização de

receitas.

D) as receitas são consideradas realizadas, nas transações com

terceiros, quando estes efetuarem o pagamento.

E) a extinção, mesmo que parcial, de um passivo, sem o

desaparecimento concomitante de um ativo, de valor igual ou

maior, é considerada realização de receita.

Comentários:

Alternativa A – Incorreta. O reconhecimento das despesas com base no

efetivo desembolso financeiro corresponde ao Regime de Caixa.

Alternativa B – Incorreta. Quando há o surgimento de um ativo, sem

concomitante desaparecimento de um passivo devemos considerar que

houve uma Receita.

Alternativa C – Incorreta. As perdas involuntárias de ativos devem ser

reconhecidas como Despesas, como ocorre na perda de um veículo

incendiado, por exemplo.

Alternativa D – Incorreta. Mais uma vez a alternativa trata do Regime de

Caixa.

Alternativa E – Correta!

Gabarito Letra E.

17 – (FCC – Auditor Fiscal ISS/SP – 2007) A tempestividade e a

integridade do registro do patrimônio e suas variações,

independentemente das causas que as originaram, constitui o

fulcro do Princípio Contábil da:

A) Oportunidade.

B) Competência.

C) Entidade.

D) Prudência.

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E) Continuidade.

Comentários:

Já estão feras, né? Como vimos na aula, o enunciado define perfeitamente

o princípio da oportunidade.

Gabarito Letra A!

18 – (ESAF – Auditor Fiscal da RFB – 2009) O Conselho Federal de

Contabilidade, considerando que a evolução ocorrida na área da

Ciência Contábil reclamava a atualização substantiva e adjetiva de

seus princípios,

editou, em 29 de dezembro de 1993, a Resolução 750, dispondo

sobre eles. Sobre o assunto, abaixo estão escritas cinco frases.

Assinale a opção que indica uma afirmativa falsa.

A) A observância dos Princípios Fundamentais de Contabilidade é

obrigatória no exercício da profissão e constitui condição de

legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC).

B) Os Princípios Fundamentais de Contabilidade, por

representarem a essência das doutrinas e teorias relativas à

Ciência da Contabilidade, a ela dizem respeito no seu sentido mais

amplo de ciência social, cujo objeto é o patrimônio das Entidades.

C) O Princípio da entidade reconhece o Patrimônio como objeto da

Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial e a desnecessidade

da diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos

patrimônios existentes.

D) O patrimônio pertence à entidade, mas a recíproca não é

verdadeira. A soma ou agregação contábil de patrimônios

autônomos não resulta em nova entidade, mas numa unidade de

natureza econômico-contábil.

E) São Princípios Fundamentais de Contabilidade: o da entidade; o

da continuidade; o da oportunidade; o do registro pelo valor

original; o da competência e o da prudência.

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Comentários:

O princípio da entidade reconhece o patrimônio como o objeto da

contabilidade e afirma a autonomia patrimonial e a necessidade de

diferenciação de um patrimônio particular no universo dos patrimônios

existentes. Pegadinha, não? Um prefixo invalidou a alternativa. Portanto, a

única alternativa incorreta é a letra C.

Gabarito Letra C.

19 – (ESAF – TCE/PR – 2003) Abaixo estão cinco assertivas

relacionadas com os Princípios Fundamentais de Contabilidade.

Assinale a opção que expressa uma afirmação verdadeira.

A) A observância dos Princípios Fundamentais de Contabilidade é

obrigatória no exercício da profissão, mas não constitui condição

de legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade.

B) O Princípio da Entidade reconhece o Patrimônio como objeto da

Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, exceto no caso de

sociedade ou instituição, cujo patrimônio pode confundir-se com o

dos sócios ou proprietários.

C) Da observância do Princípio da Oportunidade resulta que o

registro deve ensejar o reconhecimento universal das variações

ocorridas no patrimônio da Entidade, em um período de tempo

determinado.

D) A apropriação antecipada das prováveis perdas futuras, antes

conhecida como Convenção do Conservadorismo, hoje é

determinada pelo Princípio da Competência.

E) A observância do Princípio da Continuidade não influencia a

aplicação do Princípio da Competência, pois o valor econômico dos

ativos e dos passivos já contabilizados não se altera em função do

tempo.

Comentários:

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Alternativa A – Incorreta. Os princípios da contabilidade constituem

condição de legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade,

conforme Resolução CFC 750/93.

Alternativa B – Incorreta. O patrimônio da entidade não se confunde com o

dos sócios, conforme rege o princípio da entidade.

Alternativa C – Correta! O princípio da oportunidade determina que as

variações ocorridas sejam integralmente registradas (reconhecimento

universal). O período determinado ao qual se refere a alternativa é o

exercício social, que em geral corresponde ao ano civil, e serve de base

para a apuração das demonstrações contábeis e do resultado.

Alternativa D – Incorreta. A apropriação antecipada das prováveis perdas

futuras (prováveis, portanto, estimadas e com certo grau de incerteza) é

determinada pelo princípio da Prudência, que antigamente era conhecido

por Convenção do Conservadorismo.

Alternativa E – Incorreta. O princípio da continuidade está intrinsecamente

relacionado ao valor econômico dos ativos, pois uma vez indicada a quebra

de continuidade da empresa, os componentes patrimoniais terão seus

valores alterados de maneira a refletir o encerramento das operações.

Gabarito Letra C.

20 – (ESAF – AFC/STN – 2005) Assinale a opção que contém a

afirmativa incorreta sobre princípios fundamentais de

contabilidade.

A) O princípio da competência estabelece diretrizes para

classificação das mutações patrimoniais resultantes da observância

do princípio da oportunidade.

B) Observando-se o princípio do registro pelo valor original, o

princípio da prudência somente se aplica às mutações posteriores,

constituindo-se ordenamento indispensável à correta aplicação do

princípio da competência.

C) A observância do princípio da continuidade é indispensável à

correta aplicação do princípio da competência, pois se relaciona à

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quantificação dos componentes patrimoniais e à formação do

resultado, sendo importante para aferir a capacidade futura de

geração de resultado.

D) Segundo o princípio da entidade o patrimônio a ela pertence,

mas a recíproca não é verdadeira. A agregação contábil de

patrimônios resulta em nova entidade.

E) A observância do princípio da continuidade influencia o valor

econômico dos ativos e, às vezes, o valor ou o vencimento dos

passivos.

Comentários:

A única afirmativa incorreta é a “D”, pois a agregação contábil de

patrimônios não resulta em nova entidade, mas somente numa unidade

econômico-contábil com finalidade informativa (lembrem dos grupos

econômicos que consolidam as informações contábeis!). Essa questão

explora a interdependência existente entre os princípios contábeis. Eles não

existem isoladamente, mas complementam uns aos outros.

Gabarito Letra D.

21 – (CESPE – TCU - 2008) Os princípios fundamentais de

contabilidade representam a essência das doutrinas e das teorias

relativas à ciência da contabilidade, consoante o entendimento

predominante nos universos científico e profissional brasileiros.

Concernem, pois, à contabilidade no seu sentido mais amplo de

ciência social, cujo objeto é o patrimônio das entidades.

Relativamente a esse assunto, julgue os itens a seguir:

1) De acordo com o princípio da competência, considera-se

realidade uma despesa, quando da extinção, parcial ou total, de um

passivo, qualquer que seja o motivo, sem o desaparecimento

concomitante de um ativo de igual ou maior valor.

2) A aplicação do princípio da prudência ganha ênfase quando,

para definição dos valores relativos às variações patrimoniais,

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devam ser feitas estimativas que envolvam incertezas de grau

variável.

3) Como resultado da observância do princípio da oportunidade, o

registro deve ensejar o reconhecimento universal das variações

ocorridas no patrimônio da entidade, em um período de tempo

determinado, base necessária para gerar informações úteis ao

processo decisório da gestão.

4) A receita de serviços deve sempre ser reconhecida de forma

proporcional ao recebimento das parcelas contratuais.

5) A suspensão das atividades de uma entidade pode provocar

efeitos na utilidade de determinados ativos, com a perda, até

mesmo integral, de seu valor.

Comentários:

1ª alternativa – esta afirmativa está incorreta. O desaparecimento de um

passivo (de uma obrigação) sem concomitante desaparecimento de um

ativo (como dinheiro no banco) é uma RECEITA e não despesa como diz o

enunciado.

2ª alternativa – alternativa correta.

3ª alternativa – alternativa correta.

4ª alternativa – esta afirmativa está incorreta. A receita de serviços deve

ser reconhecida a partir do momento em que o serviço for efetivamente

prestado, em obediência ao princípio da competência. No entanto, vocês

devem atentar para o seguinte: se o serviço for prestado ao longo dos

meses (de maneira continuada) a receita também deverá ser reconhecida

de maneira continuada e proporcional aos serviços prestados, também em

obediência ao princípio da competência!

5ª alternativa – alternativa correta.

Gabarito E,C,C,E,C

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22 – (CESPE – Analista Jud. STF - 2008) (adaptada) Acerca dos

princípios fundamentais de contabilidade e divulgação das

demonstrações contábeis, julgue os seguintes itens.

Ocorrendo o registro dos ajustes a valor presente dos ativos

advindos de operações de longo prazo, o princípio do registro pelo

valor original não será obedecido.

Comentários:

O princípio do Registro pelo Valor Original estabelece que os componentes

patrimoniais devem ser registrados pelos valores que lhes deram origem. A

Resolução CFC 750/93, porém, estabelece exceções ao valor original dos

componentes e prevê métodos para ajustamentos posteriores a fim de

garantir a confiabilidade das demonstrações contábeis. Como estes

ajustamentos posteriores (Valor Presente, Valor Justo, Custo Corrente) são

exceções ao valor original, pode-se dizer que eles desobedecem ao

presente princípio, razão pela qual a afirmativa está correta.

Gabarito Certa.

23 – (CESPE – Analista BACEN) O princípio da prudência determina

a adoção do menor valor para os componentes do ativo e, do maior,

para os do passivo, sempre que se apresentem opções igualmente

válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que

alterem o patrimônio líquido. Com base nessa afirmação, julgue os

itens abaixo:

A) A contabilidade deve manter um comportamento prudente e

reconhecer as despesas mesmo antes que surja o fato gerador,

sempre que puder prever um acréscimo do passivo.

B) O princípio da prudência impõe a escolha da hipótese da qual

resulte em maior patrimônio líquido, quando se apresentarem

opções igualmente aceitáveis diante dos demais Princípios

Fundamentais de Contabilidade.

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C) A aplicação do princípio da prudência ganha ênfase quando, para

a definição dos valores relativos às variações patrimoniais, devam

ser feitas estimativas que envolvam incertezas de grau variável.

D) O princípio da prudência é perfeitamente coerente com o

registro no ativo de depósitos judiciais, relativos a processos cuja

probabilidade de sucesso é remota, sem que haja lançamento de

provisão para contingência correspondente no passivo.

Comentários:

Alternativa A – Incorreta. O princípio da prudência só se aplica a mutações

posteriores ao registro original dos componentes patrimoniais! Além disso,

o reconhecimento das despesas antes de corrido o seu fato gerador ofende

ao princípio da competência.

Alternativa B – Incorreta. O princípio da prudência impõe a escolha da

hipótese da qual resulte menor patrimônio líquido (menor ativo e

maior passivo) quando se apresentarem opções igualmente válidas e

aceitáveis diante dos demais princípios contábeis.

Alternativa C – Correta! O princípio da prudência diz exatamente isso.

Alternativa D – Incorreta. Como você já aprenderam, o princípio da

prudência pede que a entidade adote o “pior dos cenários”. Com isso, caso

a entidade esteja inserida numa disputa judicial em que a sua

probabilidade de sucesso é remota, ela deverá necessariamente escriturar

uma provisão para contingências a fim de refletir essa possível perda no

patrimônio. Ao mesmo tempo, caso a entidade tenha sido a obrigada a

realizar um depósito judicial, este depósito deverá estar escriturado na

conta de ativo correspondente. Vejam que o depósito judicial é um direito

da empresa (um valor que ela depositou) enquanto não houver decisão

definitiva do processo.

Assim, é incoerente com o princípio da prudência o registro no ativo de

depósitos judiciais sem o correspondente lançamento de provisão para

contingências no passivo.

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Gabarito E, E, C, E.

24 - (CESPE – CONTADOR AGU – 2010) Em contabilidade, define-se

patrimônio como um conjunto de bens, direitos e obrigações

pertencentes a determinada entidade, sendo autônomo em relação

aos demais patrimônios existentes.

Comentários:

Certíssima! Como já vimos nesta aula, o patrimônio é definido como o

conjunto de bens, direitos e obrigações pertencentes a uma determinada

entidade. Contudo, trecho final desta afirmativa ainda não foi abordado no

curso. A autonomia do patrimônio de uma entidade em relação aos demais

patrimônios existentes está amparada no princípio da entidade (tema da

próxima aula, mas que tratarei de adiantar um pouquinho).

Se o objeto da contabilidade é o patrimônio, é necessário que se adotem

mecanismos no sentido de DIFERENCIAR e IDENTIFICAR cada patrimônio

individualmente, caso contrário seria impossível estudá-los (se todos se

confundissem entre si). Por isso, o Princípio da Entidade reconhece o

patrimônio como objeto da contabilidade e afirma a autonomia

patrimonial. Por autonomia patrimonial entende-se a necessidade de

diferenciação de um patrimônio particular no universo dos

patrimônios existentes, independente de quem o possua (pessoa física

ou jurídica, com ou sem finalidade lucrativa). Com isso, todo patrimônio

pertence a alguma entidade, mas a recíproca não é verdadeira.

É necessário ressaltar que o patrimônio da entidade não se confunde

com o dos sócios ou proprietários (em caso de pessoa jurídica).

Gabarito: CERTA.

25 - (CESPE – EMBASA – Ana. Saneamento – Contabilidade – 2009)

O princípio da competência significa que os fatos devem ser

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reconhecidos no patrimônio, isto é, registrados contabilmente

independentemente do recebimento ou pagamento.

Comentários:

Certa! Essa questão cobrou a literalidade do art. 9º da Res. CFC nº 750/93.

Gabarito: CERTA.

26 - (CESPE – FUB – AUDITOR – 2009) De acordo com o princípio

da prudência, quando se apresentarem duas opções igualmente

aceitáveis, a escolha deverá recair sobre a opção de maior valor

para os componentes de ativo.

Comentários:

O princípio da prudência reza que deverá ser adotado o menor valor para

os componentes do ATIVO e o maior para os do PASSIVO, sempre que

se apresentem alternativas igualmente válidas. Ou seja, o foco é a

redução do patrimônio líquido. Por isso, a afirmativa está incorreta.

Gabarito: ERRADA.

27 - (CESPE – CONTADOR AGU – 2010) Um conglomerado

econômico-financeiro, constituído pela soma dos patrimônios dos

entes que o compõem, é um exemplo típico de entidade contábil.

Comentários:

Este enunciado diz respeito ao princípio da entidade, o qual é bastante

claro ao afirmar que a soma ou agregação contábil de patrimônios

autônomos não resulta numa nova entidade, mas numa unidade de

natureza econômico-contábil. A “soma ou agregação contábil” de

patrimônios representa a consolidação, numa mesma demonstração, de

informações contábeis de entidades diferentes que compõem um grupo

econômico. Um grupo econômico consiste na relação entre pessoas

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jurídicas, onde uma delas é controladora das demais. Apesar de o

patrimônio de cada uma dessas empresas ser autônomo, a demonstração

contábil delas pode vir a ser unificada (consolidada) com a finalidade de

demonstrar a situação patrimonial do grupo econômico. Essa consolidação

das informações numa única demonstração não constitui um novo

patrimônio, mas tão somente uma unidade de natureza econômico-contábil

para fins informativos.

Gabarito: ERRADA.

28 - (CESPE – TER/ES – ANALISTA JUD. CONTABILIDADE – 2010) A

observância do princípio da continuidade é indispensável à correta

aplicação do princípio da competência.

Comentários:

Também está certa. Os princípios de contabilidade não existem

isoladamente. Eles são interdependentes e integram um conjunto que

forma os alicerces da contabilidade. A correta aplicação do princípio da

competência depende da observância do princípio da continuidade, por isso

mesmo.

Contudo, uma resposta mais completa para a questão é a seguinte: a

observância do Princípio da CONTINUIDADE é indispensável à correta

aplicação do Princípio da COMPETÊNCIA, por efeito de se relacionar

diretamente à quantificação dos componentes patrimoniais e à formação

do resultado, e de constituir dado importante para aferir a capacidade

futura de geração de resultado.

Gabarito: CERTA.

(CESPE – Analista Técnico – Auditoria – SEBRAE 2007) O princípio

da oportunidade, que compreende os conceitos de integridade e

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oportunidade, não se confunde com o da competência, pois

apresentam conteúdos manifestamente diversos. Acerca desse

assunto, julgue os itens a seguir:

29 - Ao aplicar-se o critério da tempestividade, as variações devem

ser registradas mesmo na hipótese de incerteza de sua ocorrência

ou indefinição de seu valor.

Comentários:

Ainda não vimos os conceitos atinentes ao princípio da oportunidade. Este

é um bom momento para tanto.

A Resolução CFC 750/93 trata do presente princípio da seguinte maneira:

Art. 6º O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas. Parágrafo único. A falta de integridade e tempestividade na produção e na divulgação da informação contábil pode ocasionar a perda de sua relevância, por isso é necessário ponderar a relação entre a oportunidade e a confiabilidade da informação. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10)

O princípio da oportunidade relaciona-se ao processo de mensuração e

apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações

íntegras e tempestivas. A Integridade orienta o registro completo das

informações, sem omissões nem excessos. A tempestividade, por sua

vez, está relacionada ao registro das informações no momento em

que ocorrem. Esta dualidade entre Integridade e Tempestividade das

informações contábeis é fundamental para a aferição da relevância das

informações, e consequente confiabilidade das demonstrações contábeis.

Voltando à afirmativa, ela está correta. Como falamos, os princípios

contábeis constituem um sistema. Assim, pelo critério da tempestividade

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(momento em que ocorrem) do princípio da oportunidade, as variações no

patrimônio devem ser registradas mesmo na hipótese de incerteza ou

indefinição de seu valor, que é justamente o que rege o princípio da

prudência.

Gabarito: CERTA.

30 - Ao aplicar-se o critério da integridade, o reconhecimento das

variações se dá somente diante da certeza de sua ocorrência e da

definição precisa de seu valor.

Comentários:

O critério da integridade, do princípio da oportunidade, orienta o registro

completo das informações, sem omissões nem excessos. Isto, porém, não

impede que a entidade realize o registro de informações embasadas em

estimativas, derivadas de incertezas de grau variável, conforme rege o

princípio da prudência.

Gabarito: ERRADA.

31 - O objetivo do princípio da oportunidade é determinar a

natureza das variações que afetam o patrimônio líquido.

Comentários:

O objetivo do princípio da oportunidade é determinar que a mensuração e

apresentação dos componentes patrimoniais seja realizada no sentido de

produzir informações íntegras e tempestivas, não se relacionado à

natureza das variações que afetam o PL.

Gabarito: ERRADA.

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32 - O objetivo do princípio da competência é a vinculação

temporal das receitas e despesas com os respectivos recebimentos

e pagamentos.

Comentários:

O princípio da competência, de fato, estabelece a vinculação temporal

entre as receitas e despesas, conforme se extrai do parágrafo único do Art.

9, in verbis:

Art. 9º (...)

Parágrafo único. O Princípio da Competência pressupõe a simultaneidade da confrontação de receitas e de despesas correlatas. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10)

Contudo, esta vinculação temporal, ou simultaneidade, da confrontação

entre as receitas e despesas se dá em relação ao fato contábil que lhes

deu origem, independentemente de recebimentos e pagamentos

respectivos. Por isso, afirmativa está errada.

Gabarito: ERRADA.

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01 – (FGV – Fiscal de Rendas SEFAZ/RJ – 2010) No momento da

elaboração das demonstrações contábeis, o profissional de

contabilidade responsável deverá definir a estrutura do balanço

patrimonial, considerando a normatização contábil. Esse

procedimento tem como objetivo principal:

A) aprimorar a capacidade informativa para os usuários das

demonstrações contábeis.

B) atender às determinações das autoridades tributárias.

C) seguir as cláusulas previstas nos contratos de financiamento

com os bancos.

D)acompanhar as características aplicadas no setor econômico de

atuação da empresa.

E) manter a consistência com os exercícios anteriores.

02 – (ESAF – Fiscal de Rendas ISS/RJ – 2010) Assinale abaixo a

única opção que contém uma afirmativa falsa.

A) A finalidade da Contabilidade é assegurar o controle do

patrimônio administrado e fornecer informações sobre a

composição e as variações patrimoniais, bem como sobre o

resultado das atividades econômicas desenvolvidas pela entidade

para alcançar seus fins.

B) A Contabilidade pode ser conceituada como sendo “a ciência que

estuda, registra, controla e interpreta os fatos ocorridos no

patrimônio das entidades com fins lucrativos ou não”.

C) Pode-se dizer que o campo de aplicação da Contabilidade é a

entidade econômico-administrativa, seja ou não de fins lucrativos.

D) O objeto da Contabilidade é definido como o conjunto de bens,

direitos e obrigações vinculado a uma entidade econômico-

administrativa.

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LISTA DE EXERCÍCIOS COMENTADOS

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Teoria e Questões Comentadas

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E) Enquanto a entidade econômico-administrativa é o objeto da

Contabilidade, o patrimônio é o seu campo de aplicação.

03 – (FGV – Analista Legislativo (Contabilidade) Senado Federal –

2008) Em relação aos interesses dos principais usuários da

informação contábil, assinale a afirmativa incorreta.

A) Os acionistas atuais da empresa têm grande interesse na sua

rentabilidade atual.

B) Os investidores que podem se tornar acionistas futuros efetuam

um confronto da rentabilidade da empresa comparando com as

diversas opções existentes no mercado.

C) O governo foca na análise do fluxo de caixa da empresa para

determinar o imposto a ser pago.

D) Os financiadores concentram-se na capacidade de a empresa

pagar os valores dos financiamentos e dos juros.

E) Os empregados analisam a capacidade da empresa em efetuar o

pagamento dos salários e em sua capacidade de expansão.

04 – (ESAF – TTN (atual Analista Tributário da RFB) – 1994)

“... o patrimônio, que a Contabilidade estuda e controla,

registrando todas as ocorrências nele verificadas”.

“... estudar e controlar o patrimônio, para fornecer informações

sobre sua composição e variações, bem como sobre o resultado

econômico decorrente da gestão da riqueza patrimonial”.

As proposições indicam, respectivamente:

A) o objeto e a finalidade da Contabilidade;

B) a finalidade e o conceito da Contabilidade;

C) o campo de aplicação e o objeto da Contabilidade;

D) o campo de aplicação e o conceito de Contabilidade;

E) a finalidade e as técnicas contábeis da Contabilidade.

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05 – (Simulado) Azienda é comumente usada em Contabilidade

como sinônimo de fazenda, na acepção de:

A) conjunto de bens e direitos;

B) mercadorias;

C) finanças públicas;

D) grande propriedade rural;

E) patrimônio, considerado conjuntamente com a pessoa que tem

sobre ele poderes de administração e disponibilidade.

06 – (CESPE – SECGE / PE – AUDITOR EXTERNO – 2010) A

contabilidade é uma ciência exata.

07 - (CESPE - Embasa - Assist de Saneamento - Téc. Contábil -

2009) A principal finalidade da contabilidade é prover informações

para auxiliar a tomada de decisões.

08 - (CESPE – FUB – Auditor – 2009) As funções da contabilidade

incluem a orientação dos usuários, assim entendida a prestação de

informações úteis que possam evidenciar as mutações

patrimoniais, tanto qualitativas quanto quantitativas.

09 - (CESPE – MPU – CONTABILIDADE – 2010) O patrimônio não é

objeto de estudo exclusivo da contabilidade, haja vista que ciências

como a administração e a economia também se interessam pelo

patrimônio, mas é a única que restringe o estudo do patrimônio a

seus aspectos quantitativos.

10 - (CESPE – TRE/BA – 2009) Para os usuários da informação

contábil, é dispensável que as demonstrações contábeis

apresentem as Correspondentes informações de períodos

anteriores, pois seu interesse é em informações futuras.

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11 – (FCC – Auditor Fiscal ISS/SP – 2007) A Cia. Beta possui bens e

direitos no valor total de R$ 1.750.000,00 em 31/12/2005.

Sabendo-se que, nessa mesma data, inexistem resultados de

exercícios futuros e que o passivo exigível da companhia

representa 2/5 (dois quintos) do valor do Patrimônio Líquido, este

último corresponde a, em R$:

A) 1.373.000,00

B) 1.250.000,00

C) 1.050.000,00

D) 750.000,00

E) 500.000,00

12 – (ESAF – Técnico da Receita Federal - 2003) Com relação aos

Princípios Fundamentais de Contabilidade, assinale a opção

incorreta:

A) O princípio da Prudência determina a adoção do menor valor

para os componentes do ativo e do maior para os do passivo,

sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a

quantificação das mutações patrimoniais que alterem o Patrimônio

Líquido.

B) O princípio da Prudência impõe a escolha da hipótese que

resulte menor Patrimônio Líquido, quando se apresentarem opções

igualmente aceitáveis diante dos demais princípios da

contabilidade.

C) O Princípio da Prudência somente se aplica às mutações

posteriores, constituindo-se ordenamento indispensável á

aplicação correta do princípio da competência.

D) A aplicação do princípio da prudência ganha ênfase quando,

para definição dos valores relativos às variações patrimoniais,

devem ser feitas estimativas que envolvem incertezas de grau

variável.

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E) O princípio da prudência refere-se, simultaneamente, à

tempestividade e à integridade do registro do patrimônio e das

suas mutações, determinando que este seja feito de imediato e

com a extensão correta, independentemente das causas que

originaram o registro.

13 – (FGV – Auditor Fiscal Angra dos Reis/RJ - 2010) A afirmação

de que as demonstrações contábeis são normalmente preparadas

partindo da ideia de que a entidade se manterá em operação no

futuro previsível está vinculado com qual conceito da

contabilidade?

A) Postulado da Entidade

B) Convenção da Consistência

C) Pressuposto da Continuidade

D) Característica qualitativa da essência sobre a forma

E) Característica qualitativa da comparabilidade.

14 – (FGV – Cia das Docas - Contador - 2010) Assinale a alternativa

que apresente, na ordem, de cima para baixo, o relacionamento

entre o fato e as características qualitativas das Demonstrações

Contábeis conforme o Pronunciamento Conceitual Básico emitido

pelo CPC.

• não antecipação de lucros e antecipação de prejuízos;

• capacidade de analisar a demonstração contábil de uma

empresa de diversos exercícios;

• reconhecimento do ativo e passivo decorrente de um contrato

de arrendamento mercantil financeiro;

• não omissão de nenhuma transação econômica realizada pela

empresa nas Demonstrações Contábeis.

A) Prudência, Confiabilidade, Primazia da Essência sobre a Forma,

Integridade

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B) Integridade, Confiabilidade, Prudência, Primazia da Essência

sobre a Forma

C) Integridade, Comparabilidade, Prudência, Confiabilidade

D) Prudência, Confiabilidade, Primazia da Essência sobre a Forma,

comparabilidade

E) Prudência, Comparabilidade, Primazia da Essência sobre a

Forma, Integridade

15 – (ESAF – Fiscal de Rendas ISS/RJ - 2010) Assinale abaixo a

única opção que contém uma afirmativa verdadeira.

A) Pelo princípio da continuidade, a entidade deverá existir durante

o prazo estipulado no contrato social e terá seu Patrimônio

contabilizado a Custo Histórico.

F) Para obedecer ao princípio contábil da prudência, quando houver

duas ou mais hipóteses de realização possíveis de um item, deve

ser utilizada aquela que representar um maior ativo ou um menor

passivo.

G)Segundo o princípio da competência, as receitas e as despesas

devem ser incluídas na apuração do resultado do período em que,

efetivamente, ocorrerem os recebimentos ou pagamentos

respectivos.

H)O princípio da oportunidade determina que os registros

contábeis sejam feitos com tempestividade, no momento em que o

fato ocorra, e com integralidade, pelo seu valor completo.

I) Existe um princípio contábil chamado “Princípio da Atualização

Monetária” que reconhece que a atualização monetária busca

atualizar o valor de mercado e não o valor original, por isso, não se

trata de uma “correção”, mas apenas de uma “atualização” dos

seus valores.

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16 – (FCC – Auditor Fiscal ISS/SP – 2007) Em relação ao princípio

contábil da Competência, é correto afirmar que:

A) o reconhecimento de despesas deve ser efetuado quando houver

o efetivo desembolso financeiro por parte da pessoa jurídica que

efetuou o gasto.

B) uma despesa é considerada incorrida quando há um surgimento

de um ativo, sem o concomitante desaparecimento de um passivo.

C) as perdas involuntárias de ativos por razões fortuitas ou por

força maior não devem ser computadas na apuração do resultado

do exercício, porque não estão correlacionadas com a realização de

receitas.

D) as receitas são consideradas realizadas, nas transações com

terceiros, quando estes efetuarem o pagamento.

E) a extinção, mesmo que parcial, de um passivo, sem o

desaparecimento concomitante de um ativo, de valor igual ou

maior, é considerada realização de receita.

17 – (FCC – Auditor Fiscal ISS/SP – 2007) A tempestividade e a

integridade do registro do patrimônio e suas variações,

independentemente das causas que as originaram, constitui o

fulcro do Princípio Contábil da:

A) Oportunidade.

B) Competência.

C) Entidade.

D) Prudência.

E) Continuidade.

18 – (ESAF – Auditor Fiscal da RFB – 2009) O Conselho Federal de

Contabilidade, considerando que a evolução ocorrida na área da

Ciência Contábil reclamava a atualização substantiva e adjetiva de

seus princípios,

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editou, em 29 de dezembro de 1993, a Resolução 750, dispondo

sobre eles. Sobre o assunto, abaixo estão escritas cinco frases.

Assinale a opção que indica uma afirmativa falsa.

A) A observância dos Princípios Fundamentais de Contabilidade é

obrigatória no exercício da profissão e constitui condição de

legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC).

B) Os Princípios Fundamentais de Contabilidade, por

representarem a essência das doutrinas e teorias relativas à

Ciência da Contabilidade, a ela dizem respeito no seu sentido mais

amplo de ciência social, cujo objeto é o patrimônio das Entidades.

C) O Princípio da entidade reconhece o Patrimônio como objeto da

Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial e a desnecessidade

da diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos

patrimônios existentes.

D) O patrimônio pertence à entidade, mas a recíproca não é

verdadeira. A soma ou agregação contábil de patrimônios

autônomos não resulta em nova entidade, mas numa unidade de

natureza econômico-contábil.

F) São Princípios Fundamentais de Contabilidade: o da entidade; o

da continuidade; o da oportunidade; o do registro pelo valor

original; o da competência e o da prudência.

19 – (ESAF – TCE/PR – 2003) Abaixo estão cinco assertivas

relacionadas com os Princípios Fundamentais de Contabilidade.

Assinale a opção que expressa uma afirmação verdadeira.

A) A observância dos Princípios Fundamentais de Contabilidade é

obrigatória no exercício da profissão, mas não constitui condição

de legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade.

B) O Princípio da Entidade reconhece o Patrimônio como objeto da

Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, exceto no caso de

sociedade ou instituição, cujo patrimônio pode confundir-se com o

dos sócios ou proprietários.

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C) Da observância do Princípio da Oportunidade resulta que o

registro deve ensejar o reconhecimento universal das variações

ocorridas no patrimônio da Entidade, em um período de tempo

determinado.

D) A apropriação antecipada das prováveis perdas futuras, antes

conhecida como Convenção do Conservadorismo, hoje é

determinada pelo Princípio da Competência.

E) A observância do Princípio da Continuidade não influencia a

aplicação do Princípio da Competência, pois o valor econômico dos

ativos e dos passivos já contabilizados não se altera em função do

tempo.

20 – (ESAF – AFC/STN – 2005) Assinale a opção que contém a

afirmativa incorreta sobre princípios fundamentais de

contabilidade.

A) O princípio da competência estabelece diretrizes para

classificação das mutações patrimoniais resultantes da observância

do princípio da oportunidade.

B) Observando-se o princípio do registro pelo valor original, o

princípio da prudência somente se aplica às mutações posteriores,

constituindo-se ordenamento indispensável à correta aplicação do

princípio da competência.

C) A observância do princípio da continuidade é indispensável à

correta aplicação do princípio da competência, pois se relaciona à

quantificação dos componentes patrimoniais e à formação do

resultado, sendo importante para aferir a capacidade futura de

geração de resultado.

D) Segundo o princípio da entidade o patrimônio a ela pertence,

mas a recíproca não é verdadeira. A agregação contábil de

patrimônios resulta em nova entidade.

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E) A observância do princípio da continuidade influencia o valor

econômico dos ativos e, às vezes, o valor ou o vencimento dos

passivos.

21 – (CESPE – TCU - 2008) Os princípios fundamentais de

contabilidade representam a essência das doutrinas e das teorias

relativas à ciência da contabilidade, consoante o entendimento

predominante nos universos científico e profissional brasileiros.

Concernem, pois, à contabilidade no seu sentido mais amplo de

ciência social, cujo objeto é o patrimônio das entidades.

Relativamente a esse assunto, julgue os itens a seguir:

6) De acordo com o princípio da competência, considera-se

realidade uma despesa, quando da extinção, parcial ou total, de um

passivo, qualquer que seja o motivo, sem o desaparecimento

concomitante de um ativo de igual ou maior valor.

7) A aplicação do princípio da prudência ganha ênfase quando,

para definição dos valores relativos às variações patrimoniais,

devam ser feitas estimativas que envolvam incertezas de grau

variável.

8) Como resultado da observância do princípio da oportunidade, o

registro deve ensejar o reconhecimento universal das variações

ocorridas no patrimônio da entidade, em um período de tempo

determinado, base necessária para gerar informações úteis ao

processo decisório da gestão.

9) A receita de serviços deve sempre ser reconhecida de forma

proporcional ao recebimento das parcelas contratuais.

10) A suspensão das atividades de uma entidade pode provocar

efeitos na utilidade de determinados ativos, com a perda, até

mesmo integral, de seu valor.

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22 – (CESPE – Analista Jud. STF - 2008) (adaptada) Acerca dos

princípios fundamentais de contabilidade e divulgação das

demonstrações contábeis, julgue os seguintes itens.

Ocorrendo o registro dos ajustes a valor presente dos ativos

advindos de operações de longo prazo, o princípio do registro pelo

valor original não será obedecido.

23 – (CESPE – Analista BACEN) O princípio da prudência determina

a adoção do menor valor para os componentes do ativo e, do maior,

para os do passivo, sempre que se apresentem opções igualmente

válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que

alterem o patrimônio líquido. Com base nessa afirmação, julgue os

itens abaixo:

A) A contabilidade deve manter um comportamento prudente e

reconhecer as despesas mesmo antes que surja o fato gerador,

sempre que puder prever um acréscimo do passivo.

B) O princípio da prudência impõe a escolha da hipótese da qual

resulte em maior patrimônio líquido, quando se apresentarem

opções igualmente aceitáveis diante dos demais Princípios

Fundamentais de Contabilidade.

C) A aplicação do princípio da prudência ganha ênfase quando, para

a definição dos valores relativos às variações patrimoniais, devam

ser feitas estimativas que envolvam incertezas de grau variável.

D) O princípio da prudência é perfeitamente coerente com o

registro no ativo de depósitos judiciais, relativos a processos cuja

probabilidade de sucesso é remota, sem que haja lançamento de

provisão para contingência correspondente no passivo.

24 - (CESPE – CONTADOR AGU – 2010) Em contabilidade, define-se

patrimônio como um conjunto de bens, direitos e obrigações

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pertencentes a determinada entidade, sendo autônomo em relação

aos demais patrimônios existentes.

25 - (CESPE – EMBASA – Ana. Saneamento – Contabilidade – 2009)

O princípio da competência significa que os fatos devem ser

reconhecidos no patrimônio, isto é, registrados contabilmente

independentemente do recebimento ou pagamento.

26 - (CESPE – FUB – AUDITOR – 2009) De acordo com o princípio

da prudência, quando se apresentarem duas opções igualmente

aceitáveis, a escolha deverá recair sobre a opção de maior valor

para os componentes de ativo.

27 - (CESPE – CONTADOR AGU – 2010) Um conglomerado

econômico-financeiro, constituído pela soma dos patrimônios dos

entes que o compõem, é um exemplo típico de entidade contábil.

28 - (CESPE – TER/ES – ANALISTA JUD. CONTABILIDADE – 2010) A

observância do princípio da continuidade é indispensável à correta

aplicação do princípio da competência.

(CESPE – Analista Técnico – Auditoria – SEBRAE 2007) O princípio

da oportunidade, que compreende os conceitos de integridade e

oportunidade, não se confunde com o da competência, pois

apresentam conteúdos manifestamente diversos. Acerca desse

assunto, julgue os itens a seguir:

29 - Ao aplicar-se o critério da tempestividade, as variações devem

ser registradas mesmo na hipótese de incerteza de sua ocorrência

ou indefinição de seu valor.

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30 - Ao aplicar-se o critério da integridade, o reconhecimento das

variações se dá somente diante da certeza de sua ocorrência e da

definição precisa de seu valor.

31 - O objetivo do princípio da oportunidade é determinar a

natureza das variações que afetam o patrimônio líquido.

32 - O objetivo do princípio da competência é a vinculação

temporal das receitas e despesas com os respectivos recebimentos

e pagamentos.

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GABARITOS

QUESTÃO GABARITO1 A2 E3 C4 A5 E6 ERRADA7 CERTA8 CERTA9 ERRADA10 ERRADA11 A12 E13 C14 E15 D16 E17 A18 C19 C20 D21 E,C,C,E,C22 CERTA23 E,E,C,E24 CERTA25 CERTA26 ERRADA27 ERRADA28 CERTA29 CERTA30 ERRADA31 ERRADA32 ERRADA