8 lua

30
CARATERÍSTICAS PARTICULARES DO PLANETA TERRA Um Planeta Com Vida Adaptado por Manuela Fonseca

Upload: manuelafonseca

Post on 26-Oct-2015

50 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: 8 Lua

CARATERÍSTICAS PARTICULARES DO PLANETA TERRA

Um Planeta Com Vida

Adaptado por Manuela Fonseca

Page 2: 8 Lua

As duas características principais da Terra, que determinam as diversas condições para a existência de vida, são:

a sua massa moderada e a

distância a que se encontra do Sol .

Page 3: 8 Lua

É a massa da Terra, nem muito grande nem muito pequena, que lhe permite: ter uma atmosfera, que ficou presa pela gravidade,

produzir no seu interior uma quantidade de energia que

lhe permite ser um planeta com uma grande dinâmica interna, a partir da qual se geram sismos e vulcões, se formam montanhas e se movem os continentes, entre outros fenómenos geológicos .

Page 4: 8 Lua

A distância de cerca de 150 milhões de quilómetros faz com que:

a maior parte da superfície da Terra seja nem muito quente nem muito fria.

a água pode existir no estado líquido.

Esta água líquida permitiu a origem e evolução da vida e ainda é, atualmente, o garante da vida na Terra, sendo o principal constituinte dos seres vivos.

Page 5: 8 Lua

A água no estado líquido ajuda a manter a temperatura média à superfície da Terra em valores moderados, pois retira dióxido de carbono da atmosfera para a formação de rochas

como o calcário .

Page 6: 8 Lua

O dióxido de carbono, em valores moderados, faz a atmosfera funcionar como um "cobertor" mantendo o planeta relativamente quente, quer de dia quer de noite.

Sem este efeito a Terra seria muito mais fria e, provavelmente, os oceanos congelariam.

Por outro lado, se existisse tanto dióxido de carbono na nossa atmosfera como em Vénus, provavelmente a temperatura da Terra seria de centenas de ºC.

Page 7: 8 Lua

Assim, a massa da Terra aliada à sua distância ao Sol permitem a existência de água no estado líquido e esta a manutenção de temperaturas compatíveis com a vida... a ligação entre vida e água é tão profunda que... "viemos" da água e a maior parte do nosso organismo é água.

Page 8: 8 Lua
Page 9: 8 Lua

CONTINENTES LUNARES

- Relevo acidentado

- Ocupam 2/3 da área total

- Têm tonalidades claras

- Reflectem mais luz (ap. 18%)

- São mais antigos

- Têm mais crateras

- São constituídos por anortositos

- Predominam na face oculta

MARES LUNARES

- Relevo plano

- Ocupam 1/3 da área total

- Têm tonalidades escuras

- Reflectem pouca luz (6 a 7 %)

- São mais recentes

- Têm menos crateras

- São constituídos por basalto

- Predominam na face visível

Page 10: 8 Lua

Outras formas de relevo Crateras de impacto – são estruturas deprimidas, relativamente

circulares, de várias dimensões.

Mascons – são regiões rochosas de massa muito concentrada,

existentes nos mares lunares e detectadas por anomalias gravimétricas. Têm origem em lavas basálticas de elevada densidade provenientes do manto lunar.

Rególitos – material pulvurento, desde um fino pó até blocos com

vários metros de diâmetro, solto, de cor acinzentada e que tem na sua constituição pequenas esferas vitrificadas (tiveram origem no arrefecimento rápido da lava, relacionada directamente com o impacto de meteoritos).

No passado, verificaram-se erupções vulcânicas na superfície da Lua,

pois existem nesta certas estruturas cuja formação está directamente relacionada com a emissão de lavas. As erupções vulcânicas estão associadas com os impactos dos meteoritos.

Page 11: 8 Lua

Estágios na formação de uma cratera lunar por impacto meteorítico

(a) Um meteorito colide na superfície lunar libertando grande quantidade de

energia;

(b) como resultado, o material é ejetado do impacto e envia ondas de choque

embaixo da superfície.

(c) Eventualmente forma-se uma cratera rodeada por uma mistura de

material ejetado

Page 12: 8 Lua

Representação esquemática das estruturas da Terra (painel à esquerda) e

da Lua (painel à direita)

Page 13: 8 Lua

A teoria sobre a formação da Lua mais aceita actualmente defende que o nosso satélite natural teria se originado a partir de impacto que a Terra sofreu há biliões de anos.

Por mais fantástica que pareça, essa hipótese consegue explicar tanto a semelhança entre as rochas lunares e terrestres quanto alguns aspectos do movimento orbital de ambos.

A colisão deve ter ocorrido no estágio final de formação do nosso planeta, com um dos muitos "concorrentes" da Terra, fragmentos de rocha incandescente que colectavam matéria para se agregar em corpos maiores.

Nosso planeta pode ter perdido parte do núcleo durante o impacto, formando uma nuvem de poeira quente ao redor. A alta temperatura desse material (que formaria a Lua) explicaria a ausência de compostos voláteis nas rochas lunares.

Page 14: 8 Lua

LUA

A sua principal finalidade é iluminar a noite.

Ela reflecte para nós a luz do sol, mesmo quando ele se encontra no outro lado da Terra.

A quantidade de luz reflectida está dependente da área da superfície da Lua, pelo que temos sorte (ou não se trata apenas de sorte?) de ter uma lua tão grande. Tão grande? Sim. A Lua é, proporcionalmente, o maior satélite natural do nosso Sistema Solar.

Page 15: 8 Lua

Outra coisa que a Lua faz é mostrar as estações do ano.

A sua órbita à volta da Terra dura quase um mês causando, assim,

fases regulares. Dessa forma, os calendários puderam ser feitos de acordo com diferentes estações, permitindo às pessoas saber qual a melhor altura do ano para plantarem determinado legume ou fruto.

Ela é a principal responsável pelos efeitos das marés que ocorrem na Terra. Enquanto a Lua completa a sua órbita à volta do nosso planeta, há um ciclo de duas marés altas e duas marés baixas que ocorrem a cada 25 horas, aproximadamente.

As marés são vitais para a vida na Terra.

Elas purificam a costa dos oceanos e ajudam a manter as suas

correntes sempre em circulação. Elas beneficiam o Homem ao abrir novos canais de navegação e

ao ajudar a diluir as descargas poluidoras de muitos barcos e fábricas.

Em alguns casos, as pessoas aproveitam a enorme energia das marés para gerar electricidade.

Page 16: 8 Lua

O efeito de equilíbrio da Lua

A presença da Lua confere estabilidade à inclinação da Terra, limitando o intervalo de variação a apenas 1"3'.

Sem o equilíbrio proporcionado por nosso satélite em

órbita, a inclinação da Terra seria outra, e estaria sujeita a grandes variações. As consequências seriam sérias — por exemplo, variações climáticas severas — e nossas noites e dias durariam seis meses cada. Em tais condições, as probabilidades de a Terra abrigar vida seria nula.

Page 17: 8 Lua

Se a LUA estivesse IMÓVEL iria CAIR

NA DIREÇÃO DO SOL e não da Terra

Conhecidas as massas e distâncias, é fácil calcular as atracções gravitacionais que o Sol e os planetas exercem. Fazendo isso descobrirás, para teu espanto, que no caso da Lua a atracção do Sol é 2,2 vezes maior que a exercida pela Terra. Isto significa que se a Lua estivesse imóvel, iria cair na direcção do Sol e não da Terra!

Se hoje ela gira em volta da Terra é porque já girava no passado – a Lua não é um corpo celeste capturado. Em termos de composição, origem e evolução, ela é semelhante a qualquer planeta terrestre.

Page 18: 8 Lua

SEM LUA

Sombra e dias curtos SEM A LUA NÃO HAVERIA ECLIPSES, embora isso não pareça ter implicações muito sérias; e além disso saberíamos do que se tratam, pois eclipses também ocorrem entre os satélites de Júpiter, por exemplo.

Porém, sem a Lua as noites teriam uma iluminação uniforme, já que excepto pelas luzes das cidades é a luz do luar que faz a noite clara. Isso já traria algumas implicações na evolução das espécies.

Basta lembrar que o nosso medo natural do escuro vem do facto de não conseguirmos enxergar bem com pouca luz, ao contrário de certos animais predadores, que sem o luar teriam vantagem em suas caçadas nocturnas.

Page 19: 8 Lua

Sem a Lua, o ciclo das marés também seria diferente. Ainda existiria a alternância entre marés alta e baixa (as marés também são provocadas pela ação gravitacional do Sol), só que em menor intensidade – 70% menor.

Com menores forças de maré, também seria menor a faixa de areia que é periodicamente coberta pela água do mar, durante a maré alta, e depois exposta ao Sol durante a maré baixa. Acontece que essa faixa de areia é habitada por uma grande diversidade de seres, importantes não somente para a vida marinha, mas também para diversas espécies de aves migratórias, que deles se alimentam.

Page 20: 8 Lua

Sem a Lua, os dias na Terra seriam mais curtos – estima-se algo em torno de 18 horas – pois as forças de maré reduzem a rotação do planeta, alongando o dia.

É fácil de entender: tais forças agem igualmente nas partes sólidas e fluidas do planeta, mas sua ação nos líquidos é mais evidente. Assim, ao "puxar" os oceanos friccionando-os contra a crosta sólida, duas vezes por dia e por biliões de anos, pouco a pouco diminuiu a velocidade de rotação da Terra – aumentando a duração do dia.

Page 21: 8 Lua

1.Por que a taxa de erosão na Terra é tão maior que na superfície lunar?

2. Como se explica a falta de atmosfera na Lua?

3. Identifique a face da Lua na qual é mais intenso o impacto meteorítico.

Justifique a sua resposta, tendo em conta as dimensões relativas da Terra e da Lua e o facto de este satélite apresentar períodos de translação e de rotação iguais.

Page 22: 8 Lua

4.Explique a diferença na abundância

relativa de crateras de impacto nas

regiões A e B, tendo em conta a evolução

da Lua.

5.A Lua é um planeta geologicamente

morto, tendo vivido apenas cerca de 3

Ma. Explique por que razão a Lua teve um período tão curto de vida geológica

Page 23: 8 Lua

As superfícies da Terra e da Lua apresentam muitas diferenças, devidas principalmente às características evolutivas. Por possuir um interior quente que induz geodinâmica interna (sismos e vulcões) e uma atmosfera que permite a existência de agentes erosivos, a Terra não foi preservada, como no caso da Lua, que tem um interior frio e não possui atmosfera. Logo sem agentes de geodinâmica externa ou interna, não havendo por isso erosão.

Page 24: 8 Lua

No caso da Terra, a atmosfera atual é o resultado de vulcanismo; de emanações gasosas diversas; e do fato de que a atração gravitacional é suficiente para reter a Atmosfera. Ao contrário da Terra, a Lua não tem atmosfera, pois não há manifestação de vulcões que poderiam expelir gás para formá-la, nem gravidade suficiente para retê-la.

Page 25: 8 Lua

identificação da face oculta da Lua como a face com impacto meteorítico mais intenso; • relação entre a maior dimensão da Terra e o efeito de escudo/efeito protetor da Terra relativamente à face visível da Lua; • relação entre a igualdade de períodos de ranslação e de rotação da Lua e o facto de a Lua apresentar sempre a mesma face voltada para a Terra.

Page 26: 8 Lua

As crateras de impacto são muito mais

abundantes nos continentes lunares do

que nos mares lunares, uma vez que

estes se formaram mais tarde do que

os continentes como resultado de um

intenso bombardeamento meteorítico a

que a Lua foi sujeita no decurso da sua evolução.

Page 27: 8 Lua

O impacto de meteoritos terá levado ao

aquecimento da superfície da Lua e à

ascensão e derrame de lavas

basálticas. A lava, espalhando-se à

superfície, terá preenchido as

depressões das crateras de impacto,

levando à formação de regiões planas

de natureza basáltica, os mares

lunares.

Page 28: 8 Lua

A Lua é um planeta com pouca massa,

pelo que reteve pouco calor interno que

rapidamente dissipou. A energia interna

acumulada pelas colisões, contracção

gravítica e desintegração radioactiva de

certos elementos é tanto menor quanto

menor a massa do planeta.

Page 29: 8 Lua

Por outro lado, as dimensões da Lua

fazem com que a sua superfície seja

grande em relação ao seu volume o

que facilita a dissipação do calor.

Assim, essa dissipação ocorreu num

período curto de tempo e a Lua

rapidamente se tornou num planeta geologicamente morto.

Page 30: 8 Lua

Pálida, a Lua permanece...

Pálida, a Lua permanece No céu que o Sol vai invadir. Ah, nada interessante esquece. Saber, pensar - tudo é existir. Mas pudesse o meu coração Saber à tona do que eu sou Que existe sempre a sensação Ainda quando ela acabou... Fernando Pessoa - 1934