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Língua Portuguesa 8 Ananda Teixeira do Amaral INTERPRETAÇÃO DE TEXTO Instrução: As questões de 1 a 3 referem-se ao texto abaixo, produzido pela agência de publicida- de Famiglia, expressa uma resposta à campanha realizada, em 2007, pela prefeitura de São Paulo para “limpar a cidade” da poluição visual causada pelos outdoors. Leia-o atentamente antes de responder às questões. BARROS, Kelly Jornal Propaganda e Marketing. 25 mar.2010. Disponível em <http://k-barros-olhospublicitarios. blogspot.com. br/>. Acesso em: 5 fev. de 2015.

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Língua Portuguesa8Ananda Teixeira do Amaral

INTERPRETAÇÃO DE TEXTO

Instrução: As questões de 1 a 3 referem-se ao texto abaixo, produzido pela agência de publicida-de Famiglia, expressa uma resposta à campanha realizada, em 2007, pela prefeitura de São Paulo para “limpar a cidade” da poluição visual causada pelos outdoors. Leia-o atentamente antes de responder às questões.

BARROS, Kelly Jornal Propaganda e Marketing. 25 mar.2010. Disponível em <http://k-barros-olhospublicitarios. blogspot.com.

br/>. Acesso em: 5 fev. de 2015.

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01. Questão

(UFMG – UFMG - 2015) Com base no texto, é cor-reto inferir que o produtor do texto:

I. lamenta que haja pessoas em situação de rua.

II. é preconceituoso em relação aos morado-res de rua.

III. está de acordo com a campanha da prefei-tura para “limpar a cidade”.

IV. abre uma discussão sobre o número de ou-tdoors espalhados em são paulo.

Estão corretas apenas as assertivas

Ⓐ I e III. Ⓑ III e IV. Ⓒ I e II. Ⓓ II e IV.

Grau de dificuldade: MEDIO

DICA DO AUTOR: O sentido da campanha pu-blicitária se constrói com a união do texto ver-bal ao texto não verbal, ou seja, com a união do texto do outdoor à imagem, logo abaixo dele, de pessoas morando na rua. A agência de publicidade Famiglia, no texto verbal, pri-meiro responde afirmativamente ao convite da prefeitura para participar da discussão sobre a quantidade de outdoors na cidade de São Paulo, mas, em seguida, questiona as priori-dades do governo municipal paulista quando pergunta “vamos?”, convocando a prefeitura e também os leitores do outdoor a repensarem suas prioridades em relação ao que deveria ser discutido. O autor da campanha, portanto, não nega que seja importante discutir o ex-cesso de outdoors em São Paulo, mas defende que seria mais urgente discutir a existência de pessoas em situação de rua. Logo, as asser-tivas I e III estão corretas; a alternativa a ser marcada é a letra A.A assertiva II está errada porque o autor não demonstra preconceito com relação aos mo-radores de rua; ao contrário, demonstra preo-cupação.

Grau de Dificuldade

A assertiva IV está errada porque o produ-tor do texto não abre uma discussão sobre a quantidade de outdoors na cidade; ele res-ponde a uma discussão aberta pela prefeitura de São Paulo.

02. Questão

(UFMG – UFMG - 2015) O efeito da frase de en-cerramento do texto evidencia a voz de um lo-cutor:

Ⓐ contestador, que é desfavorável ao início de uma discussão relativa ao problema da po-luição visual.

Ⓑ ingênuo, que desconhece a dimensão do problema social a ser enfrentado pelas auto-ridades.

Ⓒ polêmico, que despreza outdoors e valoriza a quantidade de pessoas em situação de rua.

Ⓓ provocador, que instiga as autoridades a pensar sobre um relevante problema social.

Grau de dificuldade: MEDIO

Alternativa A: INCORRETA. O locutor do texto é contestador, mas não é desfavorável ao início de uma discussão acerca do excesso de out-doors em São Paulo. Ao contrário, ele respon-de à pergunta da prefeitura afirmativamente: “vamos.”Alternativa B: INCORRETA. O locutor mostra-se crítico, e não ingênuo. Para ele, o problema prioritário a ser resolvido pelas autoridades é existirem pessoas em situação de rua na ci-dade.Alternativa C: INCORRETA. O autor do texto não despreza outdoors. Ele aceita discutir o assun-to, ainda que entenda haver problemas sociais anteriores à poluição visual. Alternativa D: CORRETA. O autor do texto, com a pergunta “vamos?” e a imagem associada a ela, convida as autoridades a repensarem sua prioridade e a discutirem a existência de mo-radores de rua em São Paulo.

Grau de Dificuldade

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03. Questão

(UFMG – UFMG - 2015) A função de linguagem predominante no texto é a:

Ⓐ apelativa. Ⓑ emotiva. Ⓒ metalinguística. Ⓓ referencial.

Grau de dificuldade: MEDIO

DICA DO AUTOR: Para responder a esta ques-tão, é necessário conhecer o assunto “funções da linguagem”. Para os estudiosos da comuni-cação, todos os textos têm uma função predo-minante de acordo com seu objetivo principal. São seis as funções da linguagem: referencial, emotiva, apelativa, fática, metalinguística e poética. Quando a mensagem tem como obje-tivo transmitir informações, dizemos que ela tem, predominantemente, função referencial ou denotativa. Quando o objetivo da mensa-gem é expressar os sentimentos, as emoções do emissor, dizemos que ela tem, predomi-nantemente, função emotiva ou expressiva. Quando o objetivo da mensagem é persuadir o destinatário, influenciando seu comportamen-to, a função da linguagem é a apelativa, tam-bém chamada de conativa. Quando o objetivo da mensagem é o de estabelecer ou manter o canal de comunicação aberto, dizemos que a função é fática. Quando o objetivo é falar so-bre a própria linguagem, dizemos que a função predominante é a metalinguística. Quando o foco da mensagem é a elaboração artística, a sonoridade, a construção metafórica, dizemos que o texto tem função poética.Alternativa A: CORRETA. A função de linguagem predominante é a apelativa pois se trata de um texto publicitário, cujo objetivo é persua-dir o leitor.Alternativa B: INCORRETA. A função predomi-nante não é a emotiva, pois o objetivo do texto não é expressar as emoções e os sentimentos daquele que escreve.Alternativa C: INCORRETA. A função predomi-nante não é a metalinguística porque o assun-to do texto não é a linguagem publicitária nem o fazer de um publicitário.

Grau de Dificuldade

Alternativa D: INCORRETA. A função predomi-nante não é a referencial porque o objetivo principal do texto não é transmitir informa-ções, embora, de alguma forma, informações estejam sendo transmitidas.

04. Questão

Folha de S.Paulo, 26 abr.2008 - Opinião.

O autor desse texto critica:

Ⓐ o avanço das vendas do setor de padaria. Ⓑ a nova forma de empreendedorismo das

padarias. Ⓒ o aumento dos preços dos pães nas pada-

rias. Ⓓ o crescimento dos consórcios nos serviços

das padarias.

Grau de dificuldade: MEDIO

Alternativa A: INCORRETA. A quantidade de pães à venda e o fato de haver um anúncio de consórcio na padaria são sinais de que está havendo retração nas vendas de pão.Alternativa B: INCORRETA. Não se fazem con-sórcios para a compra de produtos como pão. O autor do texto criou uma situação inusitada para criticar o alto preço do pão e não para criticar o que seria uma suposta nova forma de empreendedorismo das padarias. Alternativa C: CORRETA. Consórcio é uma as-sociação, uma união de um grupo de pessoas com a finalidade de autofinanciamento para o acesso a determinados bens de consumo. Participamos de consórcios para conseguir-

Grau de Dificuldade

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mos consumir determinados produtos que, por conta do preço, não teríamos condições de consumir de outra maneira. Ao informar ao cliente que, na padaria, há consórcio de pão, fica implícito que o produto está caro, pouco acessível aos consumidores.Alternativa D: INCORRETA. O autor do texto não está criticando o crescimento de consórcios em padarias já que, na realidade, as pessoas não fazem consórcios para a compra desse produto.

05. Questão

Exigências da vida moderna

Dizem que todos os dias você deve comer uma maçã por causa do ferro.

E uma banana pelo potássio. E também uma laranja pela vitamina C.

Uma xícara de chá verde sem açúcar para pre-venir a diabetes.

Todos os dias deve-se tomar ao menos dois litros de água. E uriná-los, o que consome o dobro do tempo.

Todos os dias deve-se tomar um Yakult pe-los lactobacilos (que ninguém sabe bem o que é, mas que aos bilhões, ajudam a digestão). Cada dia uma Aspirina, previne infarto. Uma taça de vinho tinto também. Uma de vinho branco estabiliza o sistema nervoso. Um copo de cerveja, para... não lembro bem para o que, mas faz bem. O benefício adicional é que se você tomar tudo isso ao mesmo tempo e tiver um derrame, nem vai perceber.

Todos os dias deve-se comer fibra. Muita, muitíssima fibra. Fibra suficiente para fazer um pulôver.

Você deve fazer entre quatro e seis refei-ções leves diariamente. E nunca se esqueça de mastigar pelo menos cem vezes cada garfada. Só para comer, serão cerca de cinco horas do dia...

E não esqueça de escovar os dentes depois de comer. Ou seja, você tem que escovar os dentes depois da maçã, da banana, da laran-ja, das seis refeições e enquanto tiver dentes, passar fio dental, massagear a gengiva, es-covar a língua e bochechar com Plax. Melhor,

inclusive, ampliar o banheiro e aproveitar para colocar um equipamento de som, porque entre a água, a fibra e os dentes, você vai passar ali várias horas por dia.

Há que se dormir oito horas por noite e trabalhar outras oito por dia, mais as cinco co-mendo são vinte e uma.

Sobram três, desde que você não pegue trânsito. As estatísticas comprovam que assis-timos três horas de TV por dia.

Menos você, porque todos os dias você vai caminhar ao menos meia hora (por experiên-cia própria, após quinze minutos dê meia volta e comece a voltar, ou a meia hora vira uma).

E você deve cuidar das amizades, porque são como uma planta: devem ser regadas dia-riamente, o que me faz pensar em quem vai cuidar delas quando eu estiver viajando.

Deve-se estar bem informado também, lendo dois ou três jornais por dia para compa-rar as informações.

Ah! E o sexo! Todos os dias, tomando o cui-dado de não se cair na rotina. Há que ser criati-vo, inovador para renovar a sedução. Isso leva tempo – e nem estou falando de sexo tântrico.

Também precisa sobrar tempo para varrer, passar, lavar roupa, pratos e espero que você não tenha um bichinho de estimação. Na mi-nha conta são 29 horas por dia.

A única solução que me ocorre é fazer vá-rias dessas coisas ao mesmo tempo! Por exem-plo, tomar banho frio com a boca aberta, assim você toma água e escova os dentes. Chame os amigos junto com os seus pais. Beba o vinho, coma a maçã e a banana junto com a sua mu-lher... na sua cama.

Ainda bem que somos crescidinhos, senão ainda teria um Danoninho e se sobrarem 5 mi-nutos, uma colherada de leite de magnésio.

Agora tenho que ir. É o meio do dia, e depois da cerveja, do vi-

nho e da maçã, tenho que ir ao banheiro. E já que vou, levo um jornal... Tchau! Viva a

vida com bom humor!!!

VERÍSSIMO, Luís Fernando. Exigências da vida moderna.

Disponível em http://pensador.uol.com.br/frase/MzI3NDUz/

Acesso em: 01/11/2015. Adaptado.

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(PREF. DE IBIRAÇU - CONSULPLAN - 2015) Con-siderando-se as características que definem o gênero textual crônica, quais podem ser en-contradas no texto de Luís Fernando Veríssi-mo?

Ⓐ Presença de reflexões de cunho pessoal e utilização do discurso indireto livre.

Ⓑ Interlocução constante com leitor e a abor-dagem de acontecimentos cotidianos.

Ⓒ Presença de argumentação objetiva e de coloquialismo na fala das personagens.

Ⓓ Gênero narrativo ficcional e linguagem pre-dominantemente formal e conotativa.

Grau de dificuldade: FÁCIL

DICA DO AUTOR: O conceito de “gênero textual” é relativamente recente e está cada dia mais presente nas provas de concursos. Segundo os linguistas, os gêneros textuais são formas textuais, escritas ou orais, por meio das quais realizamos todas as nossas interações verbais, ou seja, qualquer processo comunicativo só é possível por meio de algum gênero textual. Os gêneros têm características mais ou menos es-táveis de composição e têm funções ou obje-tivos enunciativos específicos. Ata de reunião, receita médica, bula de remédio, procuração, crônica, carta pessoal, bilhete, conversa tele-fônica são exemplos de gêneros que usamos em nossa vida diária.Alternativa A: INCORRETA. Para que os leito-res tenham acesso às vozes e aos pensamen-tos dos personagens, os escritores fazem uso dos discursos direto, indireto e indireto-livre. No discurso direto, a fala do personagem/testemunha é transcrita exatamente como foi enunciada. Para distingui-la da voz do narra-dor/autor, é comum o uso do travessão ou das aspas. No discurso indireto, o narrador/autor conta, ele próprio, aquilo que o personagem/a testemunha teria dito e, no discurso indireto--livre, a voz do narrador se mistura com o pen-samento da personagem – e são os leitores, no ato da leitura, que devem diferenciar as vozes do texto –. Na crônica “Exigências da vida mo-derna”, Luís Fernando Veríssimo não faz uso do

Grau de Dificuldade

discurso indireto-livre. Não há vozes de perso-nagens no texto.Alternativa B: CORRETA. No texto, o cronista conversa com o leitor (usa “você” em todo o texto e, no final, ainda se despede) acerca de todos os imperativos a que estamos submeti-dos em nossa vida cotidiana.Alternativa C: INCORRETA. A argumentação não é objetiva; ao contrário, o cronista insere-se no problema. Ele, assim como o leitor, também sofre com as infinitas exigências da vida mo-derna. Alternativa D: INCORRETA. O texto não é nar-rativo, não é ficcional e não tem linguagem formal.

06. Questão

(PREF. DE IBIRAÇU - CONSULPLAN - 2015) No texto, o cronista trata de um tema contempo-râneo que diz respeito, sobretudo, à(ao):

Ⓐ preocupação com dietas impossíveis de serem seguidas.

Ⓑ desperdício de tempo com complexos há-bitos de higiene.

Ⓒ excesso de tarefas que a vida moderna im-põe às pessoas.

Ⓓ falta de tempo para execução das habi-tuais tarefas domésticas.

Grau de dificuldade: FÁCIL

Alternativa A: INCORRETA. Não há, no texto, ne-nhum momento em que o cronista fale sobre dietas impossíveis.Alternativa B: INCORRETA. O autor cita, no tex-to, vários hábitos de higiene bucal que, segun-do se acredita, seriam necessários, mas não discute nem o desperdício de tempo nem se refere a tais hábitos como complexos. Alternativa C: CORRETA. O texto, de maneira bem-humorada e irônica, trata do excesso de tarefas a que estamos submetidos contempo-raneamente.Alternativa D: INCORRETA. O texto está ques-tionando o excesso de tarefas que nos leva à falta de tempo, mas não está discutindo a falta

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de tempo para as tarefas domésticas nem de-fendendo que devemos usar mais nosso tem-po para as tarefas domésticas.

07. Questão

Você sabe com quem está falando?

Não nos parece uma tarefa fácil conci-liar desejos (que geralmente são ilimitados e odeiam controles) e a questão fundamental de cumprir regras, seguir leis e construir es-paços públicos seguros e igualitários, válidos para todos, numa sociedade que também tem o seu lado claramente aristocrático e hierár-quico. Um sistema que ama a democracia, mas também gosta de usar o “Você sabe com quem está falando? ”. O nosso amor simultâneo pela igualdade e, a seu lado, o nosso afeto pelo fa-milismo e pelo partidarismo governados pela ética de condescendência tão nossa conhe-cida, que diz: nós somos diferentes e temos biografia; para os amigos tudo, aos inimigos (e estranhos, os que não conhecemos) a lei!

O resultado dessa tomada de posição, bá-sica numa democracia, é simples, mas muitas vezes ignorado entre nós: a minha liberdade teoricamente ilimitada tem de se ajustar à sua, e as duas acabam promovendo uma conformi-dade voluntária com limites, com fronteiras cí-vicas que não podem ser ultrapassadas, como a de furar a fila ou a de dar uma carteirada.

Na sua simplicidade, a fila é um dos me-lhores, se não for o melhor, exemplos de como operam os limites numa democracia. Seus princípios são simples e reveladores: quem chega primeiro é atendido em primeiro lugar. Numa fila, portanto, não vale o oculto. Ou te-mos uma clara linha de pessoas, umas atrás das outras, ou a vaca vai para o brejo. Quando eu era menino, lembro-me bem de como era impossível ter uma fila no Brasil. As velhas se-nhoras e as pessoas importantes (sobretudo os políticos) não se conformavam com suas regras e traziam como argumento para serem atendidos, passando na frente dos outros, ou a idade, ou o cargo, ou conhecimento com quem estava atendendo, ou algum laço de família. Hoje, sabemos que idosos e deficientes não

entram em fila. Mas estamos igualmente aler-tas para o fato de que um cargo ou um laço de amizade não faz de alguém um supercidadão com poderes ilimitados junto aos que estão penando numa fila por algumas horas.

Do mesmo modo e pela mesma lógica, nin-guém pode ser sempre o primeiro da fila (e nem o último), como ninguém pode ser cam-peão para sempre. Se isso acontece, ou seja, se um time campeão mudar as regras para ser campeão para sempre, então o futebol vai pros quintos dos infernos. Ele simplesmente acaba com o jogo como uma disputa. Na disputa, o adversário não é um inimigo; numa fila, quem está na frente não é um superior. O poder ilimitado e congelado ou fixo em pessoas ou partidos, como ocorre nas ditaduras, liquida a democracia justamente porque ele usurpa os limites nos quais se baseia a fila.

DA MATTA, Roberto

Adaptado de revistatrip.uol.com.br.

(CRF/RO – FUNCAB - 2015) Sobre o texto, é cor-reto afirmar que o autor aborda hábito recor-rente no Brasil, relacionado à pergunta feita no título que pode ser comprovado pelo se-guinte fragmento:

Ⓐ “a minha liberdade teoricamente ilimitada tem de se ajustar à sua”.

Ⓑ “nós somos diferentes e temos biografia”. Ⓒ “a questão fundamental de cumprir regras,

seguir leis e construir espaços públicos segu-ros e igualitários”.

Ⓓ “quem chega primeiro é atendido em pri-meiro lugar”.

Ⓔ “um laço de amizade não faz de alguém um supercidadão”.

Grau de dificuldade: MEDIO

Alternativa A: INCORRETA. O fragmento “a mi-nha liberdade teoricamente ilimitada tem de se ajustar à sua” é o trecho que ilustra o que seria, para o autor, a democracia: a conciliação entre o desejo individual e o cumprimento de regras e a construção de espaços públicos se-guros e igualitários.

Grau de Dificuldade

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Alternativa B: CORRETA. O fragmento “nós so-mos diferentes e temos biografia” é usado, no primeiro parágrafo, para ilustrar a consequên-cia, contrária à ideia de democracia, de uma sociedade aristocrática e hierárquica como a brasileira. A ideia de que “nós somos dife-rentes e temos biografia” explica a existência, num sistema democrático, da pergunta “você sabe com quem está falando?”, tão comum na vida brasileira.Alternativa C: INCORRETA. O fragmento destaca a ideia do que seria a democracia.Alternativa D: INCORRETA. O fragmento descre-ve os princípios da fila, usado, no texto, para justificar a fila como o exemplo de uma fron-teira cívica que não pode ser ultrapassada na democracia.Alternativa E: INCORRETA. O fragmento se opõe ao familismo e ao partidarismo que geram a pergunta “você sabe com quem está falando?”.

08. Questão

(CRF/RO – FUNCAB - 2015) Considerando o conjunto do texto, é correto afirmar que o autor:

Ⓐ faz uma reflexão sobre como usufruir da li-berdade e da igualdade sem ofender os outros e sem levar o sistema a uma anarquia.

Ⓑ defende a ideia de que, embora o cidadão seja livre, é fundamental manter a hierarquia, marca de “modernidade”.

Ⓒ estimula a hierarquia e o enriquecimento dos poderosos por meio daquilo que é o teste mais claro do limite e da igualdade.

Ⓓ impulsiona a transformação democrática que mantém o argumento dos laços superan-do a ordem.

Ⓔ difunde a ética de condescendência e do poder ilimitado.

Grau de dificuldade: FÁCIL

Alternativa A: CORRETA. O autor do texto de-fende que a democracia é o sistema que con-cilia liberdade individual com igualdade de direitos. Alternativa B: INCORRETA. Em nenhum mo-mento do texto, o autor defende a hierarquia

Grau de Dificuldade

como marca da modernidade; na verdade, ela a problematiza. Alternativa C: INCORRETA. O autor não estimu-la a hierarquia; ao contrário, ele defende uma sociedade democrática, igualitária, em que as regras sejam respeitadas por todos.Alternativa D: INCORRETA. O autor defende que uma sociedade em que laços de familiaridade desrespeitam as regras da coletividade tem di-ficuldade para a construção democrática.Alternativa E: INCORRETA. O autor se opõe à ética da condescendência e ao poder ilimita-do. No último parágrafo, ele afirma que o po-der ilimitado, típico das ditaduras, acaba com a democracia.

09. Questão

5 cuidados básicos com a saúde para ter uma vida plena

Manter-se saudável e ativo é uma das grandes alegrias da vida. É importante sentir--se bem sempre, porém para manter a saúde é preciso cuidar dela diariamente. Assim, reco-mendam-se pequenos cuidados para que seu corpo e mente permaneçam em equilíbrio por muito mais tempo. 1. Beba água: A água faz muito bem ao or-

ganismo, ela atua em todas as funções do corpo hidratando-o e permitindo que a temperatura seja mantida. Por isso, é fun-damental que adultos bebam pelo menos 2 litros da água por dia para garantir um bom funcionamento de seu organismo.

2. Alimentação: Comer é fundamental para manter a saúde do corpo, no entanto, a ingestão de bons alimentos faz toda a di-ferença. O consumo diário de legumes e verduras precisa ser incentivado desde a infância, eles atuam de forma importan-te para manter o bom funcionamento do organismo. Os grãos, as carnes e as frutas também devem fazer parte das refeições, pois fornecem nutrientes que o corpo pre-cisa para funcionar corretamente. É impor-tante também consumir os alimentos com moderação para se ter uma vida saudável.

242 Língua Portugesa

Exercícios físicos: Gostar de praticar exer-cícios físicos não é unanimidade, infelizmen-te. No entanto, é preciso incluí-lo nos hábitos diários de saúde. Afinal, "É melhor prevenir do que remediar". Sendo assim, mesmo que você não goste muito de praticá-los, faça isso pensando em sua saúde e bem-estar ao longo dos próximos anos. O importante é adquirir o hábito de praticar exercícios sempre.

Descanso: Ter momentos de relaxamento e um bom período de sono também auxiliam no bom andamento da saúde. Porém, com a vida corrida que muitas pessoas levam atualmen-te, esses momentos ficam cada vez mais es-cassos. Para começar você pode ter uma hora para dormir. Estipule com base no seu tempo de sono. Separe pelo menos algum momento na semana para momentos de lazer. Passeie, encontre amigos, faça uma caminhada, vá ao cinema, enfim, faça algo que goste. Dê esse presente para você mesmo.

Faça exames pelo menos uma vez por ano: Procure seu médico para exames de rotina, desta forma você poderá também prevenir o aparecimento de algumas doenças. Defina um mês em sua agenda e a cada ano, faça uma visita a seu especialista para um controle de sua saúde.

Cuide de sua saúde, ela é indispensável para uma vida feliz!

FINHOLDT, Renata. Disponível em: http://familia.com.br.

Acesso em: 30 set. 2015 (adaptado).

10. Questão (UNIFAP – UNIFAP - 2015) Sobre a compreensão global do texto depreende-se que:

Ⓐ apresenta regras comprovadas cientifica-mente que ajudam na preservação da saúde física e mental.

Ⓑ destaca a importância de ir ao médico pelo menos uma vez ao ano.

Ⓒ evidencia recomendações simples para uma relação equilibrada entre corpo e mente.

Ⓓ mostra ao leitor o quanto a saúde mental e a física estão interligadas.

Ⓔ enfatiza a necessidade de as pessoas cul-tivarem hábitos saudáveis para a garantia de longevidade.

Grau de dificuldade: FÁCIL

Alternativa A: INCORRETA. O texto não é com-posto por regras; ele é composto por recomen-dações.Alternativa B: INCORRETA. Apenas a última re-comendação feita destaca a importância de as pessoas irem ao médico e fazerem exames de rotina pelo menos uma vez ao ano. Não se tra-ta de uma ideia global do texto. Alternativa C: CORRETA.. O autor apresenta cinco recomendações, que ele chama de “cui-dados básicos”, para que as pessoas mante-nham-se saudáveis e ativas.Alternativa D: INCORRETA. Apenas a recomen-dação quatro diz respeito à saúde mental das pessoas; não se trata, portanto, de uma ideia global do texto. Alternativa E: INCORRETA. Embora saibamos que os cuidados com a saúde possibilitem uma vida mais longa, o autor do texto não en-fatiza essa questão.

11. Questão (UNIFAP – UNIFAP - 2015) Considerando as cin-co recomendações elencadas no texto é corre-to afirmar que:

Ⓐ a alimentação balanceada é colocada como a principal regra a ser seguida.

Ⓑ consultas e exames médicos devem fazer parte da rotina diária das pessoas.

Ⓒ Deve-se beber água sempre que o corpo julgar necessário.

Ⓓ A prática de exercícios físicos é um hábito facilmente adquirido por todos.

Ⓔ Momentos que ajudam a relaxar e a dormir não devem ser colocados em segundo plano na vida das pessoas.

Grau de dificuldade: FÁCIL

Grau de Dificuldade

Grau de Dificuldade