7 ferramentas básicas ou clássicas
DESCRIPTION
1. Fluxogramas 2. Folhas de verificação 3. Diagrama de causa efeito/ espinha de peixe/ Ishikawa 4. Histogramas 5. Diagrama de dispersão 6. Gráfico de Pareto 7. Cartas de controlo Formador: Joaquim DiasTRANSCRIPT
Dorinda Da silva
7 Ferramentas básicas ou clássicas
1. Fluxogramas
2. Folhas de verificação
3. Diagrama de causa-efeito/espinha de peixe/Ishikawa
4. Histogramas
5. Diagrama de dispersão
6. Gráfico de Pareto
7. Cartas de controlo
Fluxogramas: permitem a descrição de funções e de comportamentos, representando
passo-a-passo a progressão utilizando linhas de ligação e um conjunto de símbolos. Os
fluxogramas também ajudam a simplificar e sintetizar os processos/métodos realizados
durante a execução do um trabalho. Descreve uma actividade. Estes diagramas são
constituídos por passos sequenciais de acção e decisão, cada um dos quais representado
por simbologia própria que ajuda a compreender a sua natureza: início, acção, decisão,
etc.
ElipseIndica o início ou o fim do processo
RectânguloIdentifica uma actividade ou tarefa
LosangoIndica as actividades ou tarefas com tomada de decisão
Segmento de rectaIndica a direcção do fluxo
Seta
Indica o sentido do fluxo
1
Dorinda Da silva
Gráfico de Pareto: Foi no século passado, ao analisar a sociedade, que o economista
italiano Alfredo Pareto concluiu que grande parte da riqueza se encontrava nas mãos de
um número reduzido de pessoas. A partir desta observação, e por tal conclusão poder ser
generalizada a muitas áreas da vida quotidiana, foi estabelecido o designado método de
análise de Pareto, também chamado método ABC ou dos 20-80%. De uma forma
sucinta, este método diz-nos que a grande maioria dos efeitos é devida a um número
reduzido de causas. A grande aplicabilidade deste princípio à resolução dos problemas
da qualidade reside precisamente no facto de ajudar a identificar o reduzido número de
causas que estão muitas vezes por trás de uma grande parte dos problemas e variações
que ocorrem. Uma vez identificadas dever-se-á proceder à sua análise, estudo e
implementação de processos que conduzam à sua redução ou eliminação.
- Definir o problema a analisar
- Determinar os tipos de dados
- Definir o período de tempo
para análise
- Efectuar a recolha de dados
durante o período determinado
- Organizar e quantificar os
dados
- Construir o gráfico
- Desenhar a linha de
acumulação
Exemplo de Diagrama de Pareto
2
Dorinda Da silva
Diagrama de causa efeito: Também conhecida como Diagrama de Ishikawa, esta técnica
permite identificar, discutir e analisar as causas de um problema, evidenciando ainda as
relações entre as diferentes causas. Para realizar este tipo de diagrama utiliza-se a
seguinte metodologia:
- Identificar o problema para pesquisar as causas.
- Estabelecer os conjuntos e causas, pela regra dos 5Ms: mão-de-obra, máquinas,
métodos, materiais, meio envolvente - Mapear as principais fontes de causas, com base
nos conjuntos anteriores
-Analisar cada um dos factores que possam estar a contribuir para o aparecimento do
problema em análise e estabelecer um grau de probabilidade para cada um deles
- Analisar cada um dos factores suspeitos, por ordem de probabilidade
- Identificar qual o factor ou factores que contribuem significativamente para o
problema.
A sua execução faz-se no sentido de melhorar a qualidade e produtividade de um
processo, podendo-se utilizar a técnica de Brainstorming na fase de análise dos factores
potenciadores do problema.
3
Dorinda Da silva
Histogramas: Consiste num gráfico de barras, representando a distribuição da
frequência de um conjunto de dados (cada barra tem uma área proporcional à frequência
correspondente). Este tipo de representação facilita a análise e as conclusões sobre os
dados.
Etapas para a construção de histogramas:
- Recolha e registo de dados
- Determinação da amplitude dos
dados (diferença entre o maior e o
menor valor)
Estabelecimento do número de
classes
- Determinação do intervalo de cada
classe (divisão da amplitude pelo
número de classes)
Construção de uma tabela de
distribuição de frequências
Construção do gráfico
Cartas de controlo: Um dos métodos mais utilizados para ficar a conhecer, a forma
como as causas comuns provocam variações nos processos e também de identificar a
existência de causas especiais, consiste na utilização de cartas de controlo e foi
desenvolvido nos anos 20 pelo Dr. Walter Shewhart dos laboratórios Bell.
As cartas de controlo consistem em métodos gráficos em que se marcam pontos
representativos de várias fases consecutivas de um processo, permitindo assim seguir a
sua evolução. O controlo estatístico do processo baseia-se na utilização das cartas de
controlo e é o modo de, seguindo essa evolução, conseguir interpretar as variações que
ocorrem de forma a se poder decidir se devem ou não ser feitas alterações. Esta
ferramenta assume diferentes tipos e envolve diversos conceitos e operações.
4
Dorinda Da silva
De uma forma geral, podemos dizer que a sua construção respeita a seguinte ordem de
procedimentos:
Escolha da característica ou parâmetro de controlo
Escolha do tipo de carta
Decisão acerca da linha central
Escolha do subgrupo racional
Estabelecimento do sistema de recolha de dados
Cálculo dos limites de controlo
Cartas de Controlo: Controle por variáveis - Controle por atributos
Análise das Cartas de Controlo
Segundo as regras da Norma ISO 8258 (1991), um processo encontra-se fora de
controlo estatístico quando se verifica uma das situações seguintes:
Regra 1 – Um qualquer ponto fora dos limites de controlo (limites).
Regra 2 – Nove pontos consecutivos de um mesmo lado da linha central.
Regra 3 – Seis pontos consecutivos em sentido ascendente ou descendente.
Regra 4 – Catorze pontos crescendo e decrescendo alternadamente.
Regra 5 – Dois de três pontos consecutivos na zona A, do mesmo lado da
linha central.
Regra 6 – Quatro de cinco pontos consecutivos na zona B ou A, do mesmo
lado da linha central.
Regra 7 – Quinze pontos consecutivos na zona C.
Regra 8 - Oito pontos de ambos os lados da linha central, sem nenhum na zonaC
Diagrama de dispersão ou correlação medida estatística que permite calcular o valor
numérico correspondente ao grau de dependência entre duas variáveis, o qual varia
entre -1 e 1: Os diagramas de dispersão são normalmente utilizados com o objectivo de
verificar se duas variáveis estão relacionadas e, caso positivo, qual o tipo de relação
entre elas. No caso de existir relação é normalmente do tipo causa-efeito não sendo
possível, através dos diagramas de dispersão, identificar qual das variáveis é a causa e
qual o efeito. Para construção destes diagramas é necessário recolher os pares de dados
(x;y) entre os quais se pretende verificar a relação, organiza-los numa tabela, encontrar
os valores máximos e mínimos para x e y, marcar as escalas respectivas para que sejam
mais ou menos iguais e marcar os pontos no gráfico.
5
Dorinda Da silva
0 20 40 60 805
105
205
305
405
505 f(x) = 5.19335226076799 x + 99.6155176042816R² = 0.99641891608518
Custos directos
Válvulas
Cu
stos
Folhas de verificação: As folhas de verificação são formulários/fichas onde estão
definidos com precisão quais os dados necessários a recolher para que qualquer
utilizador possa identificar correctamente quais os itens a medir/registar e em que altura
e sequência tal deverá ser feito de forma a evitar a avaliação de parâmetros ou leituras
que não interessam e apenas conduzem a perdas de tempo.
As folhas de verificação não só facilitam a recolha de dados como também a sua
organização. Com base nelas será mais fácil posteriormente encontrar dados que sejam
necessários, assim como fazer estudos retrospectivos. Não existe uma folha de
verificação standard uma vez que estas devem ser elaboradas em função do fim a que se
destinam.
EMPRESA UMA - Resultados dos ensaios às matérias-primas
Nome do produto: ______________________________________________________________
6
Dorinda Da silva
Fornecedor: __________________________________________________________________
Endereço: ___________________________________________________________________
________________________________________ Telefone: ___________________________
Data de recepção: _____ / _____ / _____
Resultados dos ensaios laboratoriais:
Características:
Observações:
O responsável do DQ: Data: ____ / ____ / ____
Resultados dos ensaios industriais:
Características:
Observações:
O responsável do DP: Data: ____ / ____ / ____Apreciação global:
Assinatura: Data: ____ / ____ / ____
Exemplo de Folha de verificação
7
Dorinda Da silva
Plano de monitorização e medição
Descreve o que é necessário para monitorizar e medir um processo estabelecido ou um
produto.
Um bom plano deve responder às seguintes questões:
O que vai realizar?
Como se vai realizar?
Quem vai realizar?
Quando vai realizar?
Alem disso um plano deve conter os seguintes elementos:
Critério de aceitação
Qual o registo associado
Acções correctivas/ correcções
Acção correctiva actua para eliminar o problema (diagrama de Ishikawa)
Correcção actua-se no momento, corrige-se só uma vez.
Destino do produto não conforme.
8