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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS INSTITUTO DE ESTUDOS SOCIOAMBIENTAIS [Digite texto] 6.ANÁLISE DO DESENVOLVIMENTO URBANO NA REGIÃO METROPOLITANA DE GOIÂNIA

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6.ANÁLISE DO DESENVOLVIMENTO URBANO NA REGIÃO METROPOLITANA DE GOIÂNIA

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6. ANÁLISE DO DESENVOLVIMENTO URBANO NA RMG

Goiânia, outubro 2017

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SUMÁRIO

6. ANÁLISE DO DESENVOLVIMENTO URBANO NA REGIÃO METROPOLITANA DE

GOIÂNIA ................................................................................................................................... 4

INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 4

6.1 LOCALIZAÇÃO DAS ATIVIDADES E SERVIÇOS INSTITUCIONAIS .................. 5

6.2 EQUIPAMENTOS URBANOS REGIONAIS .................................................................. 17

6.3 DÉFICIT HABITACIONAL .............................................................................................. 31

6.4 USO DO SOLO .................................................................................................................. 33

6.4.1 AS CENTRALIDADES ............................................................................................. 33

6.4.1.1. APARECIDA DE GOIÂNIA ................................................................................ 37

6.4.1.2. TRINDADE ........................................................................................................... 38

6.4.1.3. SENADOR CANEDO ........................................................................................... 39

6.4.1.4. NERÓPOLIS .......................................................................................................... 39

6.4.1.5 BELA VISTA ........................................................................................................ 40

6.5 EXPANSÃO URBANA ..................................................................................................... 47

6.6 CONCLUSÃO .................................................................................................................... 54

6.7 REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 56

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6. ANÁLISE DO DESENVOLVIMENTO URBANO NA REGIÃO METROPOLITANA

DE GOIÂNIA

INTRODUÇÃO

Sob este título de desenvolvimento urbano buscamos focar para essa fase de

diagnóstico o estágio em que se encontram as cidades da Região Metropolitana de Goiânia no

que diz respeito ao uso do solo, equipamentos urbanos e regionais e expansão urbana. Nessa

perspectiva procurou-se responder às seguintes questões: que atividades se reproduzem no

espaço metropolitano? Os equipamentos urbanos atendem às necessidades dos habitantes?

Como funciona a ocupação do solo na área urbana?

Essas indagações são intrínsecas a planejamento e ordenamento territorial e sob estes

se encontram uso e ocupação do solo, a expansão urbana também. Este último, muitas vezes,

associa-se apenas à ideia de crescimento no sentido de progresso, quando podem agregar,

além do mais, algum prejuízo ou danos aos cofres públicos e até à qualidade de vida urbana.

De que modo isso afeta a Região Metropolitana é um dos pontos a serem discutidos ao longo

deste relatório.

Causa certa apreensão aos municípios e seus gestores o estudo territorial e

ordenamento em marcha por uma instituição à parte, como naturalmente talvez percebido, no

início dos trabalhos do Plano de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Goiânia.

Entretanto devemos chamar a atenção para o fato de que um território com raio de

abrangência de aproximadamente de 50 km com tantos municípios e mais de dois milhões de

habitantes necessita de algum planejamento, a fim de que se otimize o funcionamento da

infraestrutura e se reduzam possíveis incompatibilidades em função do uso e ocupação de

atividades, assim como incomodidades e até danos ambientais a vizinhanças limítrofes aos

municípios.

Demandas por recursos naturais, por exemplo, não se restringem a dado território, do

mesmo modo o tratamento de resíduos sólidos ou líquidos que pode seguir a jusante de um

curso d’água e, por outro lado, as condições para o crescimento econômico e social também

são favorecidas pela atuação e esforço conjunto, planejado. O sucesso das medidas pelo

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desenvolvimento depende de regras decididas e assumidas coletivamente. É com esse espírito

que estamos trabalhando o tema desenvolvimento urbano.

6.1 LOCALIZAÇÃO DAS ATIVIDADES E SERVIÇOS INSTITUCIONAIS

Mapa 1. RMG: Jurisdição do INSS

Fonte: Base digital: IBGE, DGC-DECAR – Projeto Infocar – Instituto de Seguridade Social

Organização: Miraci Kuramoto Nucada

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Mapa 2. Jurisdição do INCRA

Fonte: Base digital: IBGE, DGC-DECAR – Projeto Infocar – INCRA

Organização: Miraci Kuramoto Nucada.

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Mapa 3. Jurisdição do IBGE

Fonte: Base digital: IBGE, DGC-DECAR – Projeto Infocar – IBGE

Organização: Miraci Kuramoto Nucada.

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Mapa 4. Jurisdição da Receita Federal

Fonte: Base digital: IBGE, DGC-DECAR – Projeto Infocar – Ministério da Fazenda

Organização: Miraci Kuramoto Nucada.

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Mapa 5. RMG: Jurisdição da Receita Estadual

Fonte: Base digital: IBGE, DGC-DECAR – Projeto Infocar – Secretaria da Fazenda do Estado de

Goiás

Organização: Miraci Kuramoto Nucada.

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Mapa 6. RMG: Jurisdição da RMTC

Fonte: Base digital: IBGE, DGC-DECAR – Projeto Infocar – Rede Metropolitana de Transporte

Coletivo

Organização: Miraci Kuramoto Nucada.

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Mapa 7. RMG: Jurisdição Educacional do Estado

Fonte: Base digital: IBGE, DGC-DECAR – Projeto Infocar – Secretaria da Educação do Estado de

Goiás

Organização: Miraci Kuramoto Nucada.

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Mapa 8. RMG: Jurisdição das Comarcas

Fonte: Base digital: IBGE, DGC-DECAR – Projeto Infocar – Lei 13.644/2000

Organização: Miraci Kuramoto Nucada.

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Mapa 9. RMG: Jurisdição da Delegacia Regional de Polícia

Fonte: Base digital: IBGE, DGC-DECAR – Projeto Infocar – Secretaria de Segurança Pública do

Estado de Goiás

Organização: Miraci Kuramoto Nucada.

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Mapa 10. RMG: Jurisdição de Saúde

Fonte: Base digital: IBGE, DGC-DECAR – Projeto Infocar – Secretaria de Saúde do Estado de Goiás

Organização: Miraci Kuramoto Nucada.

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Mapa 11. RMG: Jurisdição de Bombeiros Militares

Fonte: Base digital: IBGE, DGC-DECAR – Projeto Infocar – Secretaria de Segurança Pública do

Estado de Goiás

Organização: Miraci Kuramoto Nucada.

Os mapas acima sobre as sedes administrativas de algumas significativas instituições

públicas que atendem à população da RMG apresentam divisões espaciais distintas, ou seja, a

regionalização não é sempre a mesma nem entre órgãos da união ou do governo estadual. As

regionais com a mesma jurisdição são as das Receitas Federal e Estadual, Mapas 4 e 5, e

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também a do INCRA e dos Bombeiros Militares, Mapas 2 e 11, respectivamente. As

jurisdições regionais de maior diferença são da Educação e dos Fóruns.

Observando-se os mapas acima notam-se duas polarizações. A primeira é que a cidade

de Inhumas abriga a sede administrativa de oito das instituições pesquisadas, como se pode

ver nos Mapas 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 11, o que mostra que a cidade naturalmente tem uma

centralidade e que os municípios do seu entorno têm facilidade para manter com Inhumas

relações de centro, mas perdeu a sede administrativa do IBGE e da Receita Federal

respectivamente para Anápolis e Goiânia. A cidade também já abrigou uma sede da antiga

Agência Rural.

Em segundo lugar que Anápolis ocupa esse papel em relação às seguintes cidades da

RMG: Terezópolis de Goiás e Goianápolis principalmente e ocasionalmente para Nerópolis e

outros municípios da região norte da RMG. No total Anápolis aparece como sede

administrativa em sete mapas, os de números: 1, 3, 4, 5, 7, 9 e 10. Os municípios localizados a

noroeste, norte e nordeste da RMG tendem a participar de regionais de Inhumas ou de

Anápolis.

Outras cidades sede administrativa de serviços institucionais são Aparecida de

Goiânia, segundo Mapas 1, 7 e 9; e Trindade, conforme Mapas 1 e 7.

As relações entre municípios para a realização dos serviços, aqui chamados de

institucionais, não são fáceis. As vias de acesso, bem como o transporte coletivo não possuem

ligações diretas. A exceção é para os municípios situados na parte norte da região que contam

com a rodovia GO-222. Na maioria das vezes os usuários de transporte coletivo necessitam se

deslocar até Goiânia para buscar a sede regional de serviço não jurisdicionado na capital do

estado. Os eixos rodoviários e por extensão as rotas do transporte coletivo intermunicipal são

radiocêntricos, a partir do centro da capital.

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6.2 EQUIPAMENTOS URBANOS REGIONAIS

No mapa abaixo evidencia-se a concentração dos equipamentos urbanos regionais na

cidade de Goiânia. O fenômeno reforça a condição metropolitana enquanto fortalece as

relações e sobretudo a economia urbana da cidade de Goiânia. Os habitantes das cidades do

entorno juntamente com os da região metropolitana contribuem com a manutenção dos

equipamentos, serviços, a riqueza e o status de metrópole da cidade de Goiânia.

Mapa 12. RMG: Equipamentos Regionais: Educacional e Saúde

Fonte: Base digital: IBGE, DGC-DECAR – Projeto Infocar

Organização: Miraci Kuramoto Nucada.

Como se pode observar no mapa acima, as cidades da RMG são destituídas de quase

tudo, apenas as cidades de Aparecida de Goiânia, Inhumas, Trindade e Senador Canedo se

especializam em alguma atividade de serviço e desenvolvem uma centralidade com maior

dinamismo e polarizam cidades mais próximas.

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Estas cidades se localizam em eixo que cruza a cidade de Goiânia noroeste-sul e leste-

oeste, ou Inhumas-Aparecida de Goiânia e Senador Canedo-Trindade, e coincidem por serem

as mais populosas da RMG depois de Goiânia, classificando-se, respectivamente, como: 5º,

Inhumas, com 45.103; 2º Aparecida de Goiânia, com 455.193; 4º Senador Canedo, com

84.111, e 3º Trindade, com 100.106 habitantes urbanos.

Os equipamentos urbanos ou comunitários podem ser dimensionados mediante

diferentes critérios e unidades. Entre os mais utilizados calcula-se a necessidade do serviço

por meio do raio de abrangência ou influência do equipamento, levando em consideração a

densidade demográfica do lugar. Outro método considera a quantidade de habitantes; e um

terceiro utiliza os dois processos.

O Plano Diretor de Goiânia de 2008 definiu os indicadores para a construção dos

equipamentos comunitários (encontra-se no Anexo 7). A cidade de Brasília também elaborou

os seus parâmetros para a prestação de serviço ao cidadão. Outros Manuais de planejamento

urbano também dedicam especial atenção ao tema. Entre os citados há pouca diferença entre

os indicadores, mas não contêm os mesmos equipamentos. Para o diagnóstico sobre os

equipamentos urbanos na região metropolitana foram utilizadas essas fontes e principalmente

foram empregados os manuais de planejamento urbano, entre os quais de Santos e Ferrari.

Os equipamentos para saúde alcançam uma diversidade de tipos, dimensão e

abrangência. Junta-se a esse fato a desigualdade entre as cidades da região metropolitana. Por

essa razão optou-se por averiguar a área, complexa pela existência de muitas especialidades,

tipos de atendimentos e tamanhos de unidades que prestam serviço de saúde. Para simplificar

decidiu-se por avaliar as quantidades de equipamentos do setor de saúde pela quantidade de

leitos hospitalares em relação ao total da população.

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Tabela 1. RMG: Leitos Hospitalares, 2015

Municípios Leito Hospitalar:

2015

População:

2015

Indicador

Urbano

Abadia de Goiás - 7.592 67

Aparecida de Goiânia 851 515.534 4.537

Aragoiânia 16 9.011 79

Bela Vista de Goiás 40 25.807 227

Bonfinópolis - 8.118 71

Brazabrantes - 3.363 30

Caldazinha - 3.460 30

Caturaí 18 4.876 43

Goianápolis 18 11.522 101

Goiânia 7.613 1.395.729 12.282

Goianira 44 38.536 339

Guapó - 14.544 128

Hidrolândia 22 18.743 165

Inhumas 239 51.975 457

Nerópolis 130 26.081 230

Nova Veneza 18 8.544 75

Santo Antônio de Goiás 19 5.321 47

Senador Canedo 98 95.540 841

Terezópolis de Goiás - 6.896 61

Trindade 519 118.219 1.040

Leitos Hospitalares 8,8/1.000 hab. 9.645 2.369.411 20.851

Fonte: SEGPLAN/IMB.

Organização e cálculo: Miraci Kuramoto Nucada.

O indicador utilizado foi 8,8/1.000 habitantes. Estão incluídos postos de saúde,

hospitais gerais e de especialidades como cardiologia, neurológico, UTI e outros. O dado mais

recente do Instituto Mauro Borges (IMB) era de 2015. Assim, foi estimada a população de

cada cidade e total da Região Metropolitana, para encontrar o déficit de 20.851 leitos

hospitalares na Região em 2015.

De acordo com boletim da Associação de Hospitais e Serviços de Saúde do Estado da

Bahia, em 7 de agosto de 2014, o Japão possuía uma média de leitos hospitalares de

13,7/1.000 habitantes e a Alemanha 8,2/1.000 habitantes.

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Tabela 2 - RMG: Total de Crianças por Faixa Etária e Total de Matriculas, 2015.

Municípios 0-3 anos

Matrículas

Total de

Crianças 0-3

4-5 anos

Matrículas

Total de

Crianças 4-5

Abadia de Goiás 96 450 414 232

Aparecida de Goiânia 1.969 31.809 4.569 16.302

Aragoiânia - 496 280 266

Bela Vista de Goiás 321 1386 751 736

Bonfinópolis 75 492 193 260

Brazabrantes 38 155 116 86

Caldazinha 53 164 100 86

Caturaí - 280 151 151

Goianápolis 85 605 333 315

Goiânia 17.480 69.188 28.417 36.952

Goianira 224 2460 1.353 1.275

Guapó 128 742 465 385

Hidrolândia 541 1098 603 580

Inhumas 642 2404 1.327 1.280

Nerópolis 254 1559 773 827

Nova Veneza 13 466 268 252

Santo Antônio de Goiás 141 324 203 171

Senador Canedo 1.683 6578 2.884 3.363

Terezópolis de Goiás - 445 255 233

Trindade 1.060 6464 2.758 3.392

RMG 24.803 127.564 46.213 67.144

Fonte: SEGPLAN/IMB. Organização e cálculo: Miraci Kuramoto Nucada.

A Tabela 2 trata do total de matrículas de crianças de 0 a 3 anos de idade em creche e

matrículas de crianças de 4 a 5 anos de idade em pré-escola em 2015. Os dados se referem a

instituições públicas e privadas. Para avaliar, foi comparado com estimativa para 2015 de

crianças nessa faixa etária. Constatou-se que 102.761 crianças de 0 a 3 anos de idade não

estão matriculadas em creche e 20.931 crianças de 4 a 5 anos de idade não estão matriculadas

na pré-escola, nem na escola pública ou privada.

Em relação aos parques para recreação e lazer, bem como as áreas verdes são itens à

parte das unidades de preservação, pois estas são de uso restrito e não comportam recreação e

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lazer. Entram nessa categoria o Parque Mutirama, o Zoológico, o Parque Flamboyant de

Goiânia.

Quadro 1 - RMG: Equipamentos Urbanos e Regionais, 2017

Especificação Indicador Ideal p RMG/pop. 2017

Centro de Saúde 1/30.000 83 Centros de Saúde

Hospital Regional 1/200.000 12 Hospitais Regionais

Hospital Especializado 1/300.000 8 Hospitais Especializados

Maternidade 1/300.000 8 Maternidades

Centro para Recuperação 1/300.000 8 Centros para Recuperação

Centro para Idosos (tratamento/

acolhimento)

1/300.000 8 Centros para Idosos

Hospital de Emergência 1/400.000 6 Hospitais de Emergência

Leitos Hospitalares 8,8/1.000 21.945 Leitos Hospitalares

Parque Urbano 1/50.000 50 Parques Urbanos

Área Verde 15m2 37.033.810 m2 de Área Verde

Ginásio Poliesportivo 1/50.000 50 Ginásios Poliesportivos

Centro de Distribuição Regional 1/400.000 6 Centros de Distribuição

Regional

Centro Sociocultural 1/50.000 50 Centros Socioculturais

Biblioteca Regional 1/50.000 50 Bibliotecas Regionais

Bombeiro/Defesa Civil 1/100.000 25 Postos de Bombeiros/Defesa

Civil

Considerando a população estimada pelo IBGE para 2017, a Região Metropolitana de

Goiânia teria 2.493.792 habitantes entre urbanos e rurais. Com base nessa projeção foram

calculados os indicadores acima para equipamentos urbanos regionais. Deve-se esclarecer que

os números encontrados ao aplicar o indicador se referem a situações gerais para determinado

efetivo ou corpo técnico, dimensionamento e densidade da área de abrangência do serviço.

Desse modo, a quantidade de equipamentos varia conforme os três fatores acima,

apesar de o indicador apontar outro resultado. Entretanto, a redução do atendimento por

habitantes aumenta o custo do serviço ou talvez a ociosidade. A Região Metropolitana de

Goiânia é composta de nove municípios com população total menor de 10 mil habitantes, dois

municípios de 10 a 20 mil habitantes e três de 20 a 30 mil habitantes (Mapa 13). Essa

desigualdade dificulta a implantação de equipamentos especializados e por isso de menor

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demanda, mas de alto custo, para atendimento da população dos municípios menores, ou

então fica prejudicada pela distância.

Mapa 13. RMG: Estimativa do Total da População, 2017

Fonte: IBGE, 2017.

A falta de densidade populacional ou o espraiamento na expansão urbana ou dos

bairros leva à não aplicação da metodologia dos raios de abrangência ou de influência dos

equipamentos quando da definição do local para construção destes. Além do mais, a escolha

do lugar é condicionado a fácil acesso por maior número de usuários, transporte coletivo e

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outras infraestruturas. Desse modo, desconsiderando o raio de abrangência, aumentando-se a

distância entre equipamentos, a qualidade fica comprometida e, do mesmo modo, o

ordenamento territorial.

Em relação aos equipamentos regionais para educação, Goiânia reúne 33,3% das

Instituições de Ensino Superior (IES) existentes no Estado, entre as quais duas universidades,

uma particular filantrópica, que é a Pontifícia Universidade Católica de Goiás, e outra pública

federal, a Universidade Federal de Goiás, o IFG, um Centro Universitário particular, e

diversas faculdades particulares. Em Goiás, ao contrário de Brasília, o maior percentual de

IES encontra-se instalado em cidades do interior. Quanto aos alunos do terceiro grau, em

Goiânia se encontram 50,8% dos matriculados em IES no estado.

Entre os equipamentos regionais para a área de saúde que se localizam em Goiânia

listam-se grandes hospitais de referência nacional, como é o caso do Hospital Materno

Infantil, que possui em seu quadro funcional médicos especialistas em cirurgia de separação

de crianças siamesas, reconstituição labiopalatal (lábio leporino), e o Centro Brasileiro de

Cirurgia de Olhos (CBCO). Há também hospitais para tratamento de queimaduras, tratamento

fitoterápico e homeopático, tratamento de doenças tropicais e tratamento do câncer. Dos

centros de saúde citados, dois são da iniciativa privada, o CBCO e o Hospital de

Queimaduras. Este último atende a uma cota do SUS, os demais são públicos.

Estes centros de tratamento atraem pacientes de todo estado e de outras unidades da

federação. Esses pacientes consideram os centros de tratamento de saúde da RMG mais

eficientes que o do próprio estado. Apesar do congestionamento e difícil atendimento,

argumentam que no estado de origem seria mais demorado. A capital ainda conta com o

Hospital Geral de Goiânia (HGG), dois Hospitais de Urgência de Goiânia, Hospital das

Clínicas da UFG, Santa Casa de Misericórdia e Centro de Reabilitação e Readaptação Dr.

Henrique Santillo (CRER).

Localizados fora de Goiânia encontram-se o Hospital São Bento Cottolengo e um

Hospital de Urgência em Trindade. O Hospital São Bento Cottolengo é dirigido por uma

instituição religiosa beneficente cujos serviços são considerados de referência em diversas

especialidades médicas e atende nos ambulatórios uma média de 2.400 pacientes por dia. Já

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os Hospitais de Urgência de Trindade e de Aparecida de Goiânia ainda não funcionam como

programado.

As cidades da Região Metropolitana de Goiânia são deficitárias em equipamentos

urbanos em geral, e em relação a equipamentos para cultura, esporte e lazer são ainda mais

carentes. A quase totalidade desses equipamentos encontra-se em Goiânia. As cidades mais

antigas são mais aparelhadas e mantêm grupos que movimentam a vida cultural e artística, ou

religiosa. Nota-se maior vigor nas cidades de Trindade e Inhumas. Os equipamentos para

manifestações culturais e esportivas quando existentes são precários e sem manutenção.

O patrimônio histórico e cultural das cidades da Região Metropolitana de Goiânia é

bastante rico, porém se encontra em processo de envelhecimento. Os edifícios são

testemunhos de um passado e mostram que houve uma efervescência cultural e artística e que

estes perderam a força ou se modificaram ou estão abandonados e em processo de

degradação. Por exemplo: o cinema de Trindade está fechado e o edifício da Academia de

Letras Ciência e Artes de Inhumas (ALCAI) encontra-se como apresentado na Foto 1 abaixo,

necessitando reforma e proteção. A foto mostra, na sequência da esquerda para a direita, a

ALCAI, o Centro Cultural de Nova Veneza, mantido pela Prefeitura, e o Museu Histórico de

Nova Veneza.

Mosaico de fotos 1 - RMG: ALCAI em Inhumas, Centro Cultural e Museu Histórico de Nova Veneza

Fonte: Miraci Kuramoto Nucada.

A Foto 2 mostra as casas antigas das cidades de Hidrolândia, Bela Vista de Goiás e

Aparecida de Goiânia. As edificações são simples mas de grande valor histórico-cultural para

a identidade das cidades, contudo não são valorizadas localmente. Os moradores geralmente

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se referem a elas como “casa velha”, sem maiores considerações ou reflexão sobre sua

importância para a história. Edificações como essas das fotografias são encontradas em todas

as cidades nascidas antes de 1970, como Guapó, Trindade, Goianira, Nova Veneza e

Nerópolis.

Mosaico de fotos 2 - RMG: casas antigas em Hidrolândia, Bela Vista de Goiás e Aparecida de Goiânia

Fonte: Miraci Kuramoto Nucada.

As fotos reunidas sob o título Foto 3 apresentam manifestações artísticas locais que

estão expostas nas ruas e praças principais das cidades da RMG. A primeira foto mostra um

mosaico de esculturas expostas nas cidades de Nova Veneza e Inhumas. A Foto 4 reúne

algumas intervenções artísticas como um mosaico de arte mural, presente nas cidades de

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Nova Veneza e Hidrolândia. Apesar dos poucos testemunhos, cabe ressaltar que as demais

localidades contam com variadas e importantes expressões artísticas.

Essas manifestações geralmente são expressões populares de variadas vertentes, entre

as quais arte espontânea, ingênua ou primitiva. Nas cidades da RMG percebe-se que os

artistas têm acesso a mais oportunidades, as manifestações são vistas com maior frequência.

No entanto, nota-se a ausência da atuação do órgão estadual responsável pela Cultura e Artes

nas cidades da Região Metropolitana de Goiânia.

Mosaico de fotos 3 - RMG: esculturas em Nova Veneza e Inhumas

Fonte: Miraci Kuramoto Nucada.

Em todas as cidades existem também equipamentos urbanos públicos para esporte e

lazer. Estes geralmente constituem-se de ginásios cobertos construídos nas praças da cidade.

Trindade conta com um parque urbano e em Abadia de Goiás foram construídas as instalações

que abrigam os rejeitos radioativos do Césio 137 de Goiânia. A área abriga o Centro Regional

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de Ciências Nucleares e prédios para visitação pública. Esse lugar foi transformado em

Parque Estadual Telma Ortegal. Em nenhuma outra cidade foram construídos parques urbanos

e áreas verdes, embora estejam em fase de projeto em Senador Canedo, Nerópolis e Nova

Veneza.

Foto 4 - RMG: arte mural em Hidrolândia e Nova Veneza

Fonte: Miraci Kuramoto Nucada.

Com exceção do parque de Abadia de Goiás, os demais equipamentos regionais para

cultura, lazer e esporte estão instalados em Goiânia. Entre os teatros existentes quatro são

considerados regionais: Cine Teatro Goiânia, 826 pessoas; Teatro Rio Vermelho, 2.007

pessoas; Teatro Inacabado, 300 pessoas, Centro de Convenções, com teatro da PUC Goiás,

3.500 pessoas. As cidades da RMG não possuem cinemas. Para assistir a um filme no cinema

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as pessoas necessitam deslocar-se até Goiânia, Aparecida de Goiânia (Shopping Buriti) ou

Anápolis.

Resta mencionar o Centro de Convenções de Goiânia, cuja instalação possui espaços

que comportam a realização de até seis eventos simultâneos para exposições, mostras, feiras,

congressos e convenções de entidades de classe e correlatos. O Teatro Rio Vermelho localiza-

se no interior do Centro de Convenções e sua capacidade total é para 3.722 pessoas. No

entorno é o único equipamento de tal porte e nele são realizados encontros nacionais e

regionais.

Entre os equipamentos para lazer localizados em Goiânia citam-se dois: o Parque

Mutirama e o Zoológico (Lago das Rosas). Esses dois equipamentos são populares, facilitam

o acesso com baixo custo de bilheteria e recebem muitas caravanas e excursões de moradores

de todas as cidades próximas e até distantes de Goiânia. Igualmente ocorre com o Parque

Mutirama. Além da atração principal, ambos possuem em seu interior instalações que atraem

excursões de alunos e professores da Capital e do interior: o Planetário, no Parque Mutirama,

e dois Museus, no Zoológico.

O meio de transporte utilizado para esse fim é tanto particular, em veículo próprio,

quanto em ônibus e micro-ônibus fretados, e também o transporte coletivo integrado. O

Zoológico está localizado junto ao eixo de transporte coletivo integrado. A estação do eixo

Anhanguera situa-se em frente a uma das entradas. O Parque Mutirama localiza-se pouco

distante do eixo de transporte integrado, mas o acesso é fácil.

Os equipamentos regionais para esporte e respectiva capacidade são: Estádio Serra

Dourada, 54 mil pessoas; Ginásio Rio Vermelho, 5 mil pessoas; Ginásio Goiânia Arena, 12

mil pessoas; e o Autódromo, 3 mil pessoas. Entre estes, o Estádio Serra Dourada é o

equipamento que provoca fluxo mais constante e regular de pessoas que residem nas cidades

do entorno. Os demais atraem um público restrito e dependem da temporada ou de datas.

Por último, entre os edifícios públicos, enumeram-se os equipamentos regionais

utilizados para gestão, administração e política: Centro Administrativo, Assembleia

Legislativa, Fórum, e demais órgãos estaduais e federais localizados em Goiânia. Entre estes

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os que provocam mais fluxo de pessoas e veículos, tanto da Capital quanto do interior, são o

Centro Administrativo, a Assembleia Legislativa, o Tribunal de Justiça, e o Fórum.

Em Goiânia se localizam equipamentos regionais para consumo: CEASA, atacadistas,

hipermercados, concessionárias de veículos, serviços especializados para veículos, peças,

distribuidoras de peças e insumos para confecção, artesanatos, bijuterias, limpeza,

alimentação, químicos, embalagens de vários tipos para diversos usos e outros artigos pré-

industrializados.

Os equipamentos regionais para consumo que mais atraem o fluxo de pessoas que

residem nos municípios da RMG são os shopping centers, ramo de atividade apontado como

lugar para compra e também para lazer. Os hipermercados também exercem forte atração,

por isso a estratégia desse tipo de negócio: localizam-se em vias de fluxo rápido, nas

proximidades da entrada de Goiânia, bem como de qualquer grande cidade.

Em Goiânia localizam-se próximos aos acessos os seguintes: a oeste, o Portal

Shopping, com o supermercado Bretas; ao norte, Atacadão da rede Carrefour; a leste na BR-

153 com GO-020 reúnem-se mais equipamentos regionais: os hipermercados Carrefour,

Walmart, Tend Tudo, que é uma hiperloja da construção civil, diversas concessionárias de

veículos e o Shopping Flamboyant.

As cidades de Goiânia, Senador Canedo e Aparecida de Goiânia são as únicas que

contam com shopping center. O shopping de Senador Canedo é muito pequeno e não possui

lojas-âncoras1 nem cinemas, o que é compensado pela reunião de diversas lojas populares e

setor de alimentação que atraem bastante movimento. O shopping de Aparecida de Goiânia,

Buriti Shopping, localizado junto à divisa com Goiânia, é popular e atrai mais frequentadores

que os shoppings de Goiânia, pois é bem aparelhado de comércio e serviços e atrai pessoas de

todas as cidades vizinhas, inclusive da Capital. Recentemente, 2017, foi inaugurado outro

shopping no centro da cidade de Aparecida de Goiânia. A cidade conta também com

hipermercados.

1 Lojas-âncoras ou âncoras de um empreendimento comercial são as grandes empresas que por si possuem forte

poder de atração de público, pessoas ou consumidores. Um estabelecimento de serviço também pode funcionar

como âncora do empreendimento.

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30

Ainda sobre consumo de caráter regional resta mencionar as grandes feiras realizadas

em Goiânia. As feiras são bastante conhecidas e recebem clientela e visitantes de outros

Estados. Existem seis feiras cadastradas na Prefeitura de Goiânia, entre as quais, de projeção

regional, podem-se citar duas: a maior delas é a Feira Hippie localizada na Praça do

Trabalhador, no centro da cidade, junto à Rodoviária de Goiânia. A feira é realizada nas

manhãs de domingo e segundo a Prefeitura o evento congrega 6 mil expositores que vendem

grande variedade de artigos, principalmente confecções de vestuário. A segunda em tamanho

é a Feira da Lua, que acontece nas noites de sábado ao redor da Praça Tamandaré, no Setor

Oeste, próximo ao centro da cidade. De acordo com a Prefeitura, ali são expostas mercadorias

de 950 expositores.

A Feira do Sol com atrações que a tornaram bastante conhecida consegue despertar o

interesse e a visita de turistas e viajantes em passagem pela cidade. A Feira é realizada nas

tardes de domingo na Praça do Sol, Setor Oeste, próximo à Praça Tamandaré. Estas Feiras

ganharam, com o tempo, grande projeção fora da RMG pela variedade de artigos, preços e

setor de alimentação que, por si, constituem forte atração de consumidores.

As feiras movimentam um conjunto de atividades econômicas cuja extensão ainda não

foi avaliada devidamente. A base de sustentação dos eventos é composta microempresários

formais e principalmente informais, que dependem exclusivamente da renda proveniente

desse tipo de negócio. Grande parte dos feirantes e dos profissionais que trabalham na

produção e confecção de roupas reside nas cidades da RMG, bem como em cidades mais

distantes.

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6.3 DÉFICIT HABITACIONAL

O assunto é estudado pela Fundação João Pinheiro (FJP), que de dois em dois anos

publica uma estimativa bem detalhada sobre a questão do déficit habitacional no Brasil e nas

capitais estaduais e regiões metropolitanas.

Tabela 3 - RMG: Déficit Habitacional Relativo a Domicílios Particulares Permanentes, 2000,

2010 e 2014

Déficit Habitacional Relativo (% em relação a domicílios particulares permanentes por situação)

Total Urbano Rural

2000 2010 2014 2000 2010 2014 2000 2010 2014

RM Goiânia 11,0 13,9 9,1 11,1 14,1 9,2 10,3 5,2 4,3

Goiás 9,9 12,1 9,1 9,4 12,5 9,7 12,9 8,7 3.3

Brasil 13,2 12,1 9,0 11,1 11,9 10,3 23,6 13,0 12,5

Fonte: FJP

A Tabela 3 apresenta a taxa percentual do déficit habitacional por situação do

domicílio, urbano e rural, calculada em relação aos domicílios particulares permanentes

levantados pelo IBGE no Censo 2000 e 2010; o do ano de 2014 é uma projeção. Notam-se

uma elevação do indicador entre 2000 e 2010 e uma queda entre este Censo e 2014 na

situação urbana, mas no rural verifica-se queda a cada período considerado. Isso é natural, já

que a população rural tem diminuído a cada Censo.

Tabela 4 - RMG: Déficit Habitacional Absoluto, 2010 e 2014

Total Urbano Rural

2010 2014 2010 2014 2010 2014

RM Goiânia 95.377 66.940 94.649 66.301 728 639

Goiás 229.488 202.720 213.200 196.034 16.288 6.686

Brasil 6.940.691 6.068.061 5.885.528 5.315.251 1.055.163 752.810

Fonte: FJP.

O déficit habitacional em números absolutos da Tabela 4 também tem como base os

domicílios particulares permanentes por situação urbana ou rural. Já na Tabela 5, para o

cálculo da taxa tomaram-se por base os domicílios particulares permanentes urbanos para se

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chegar ao déficit habitacional por componentes. Observa-se que o déficit habitacional urbano

na Região Metropolitana de Goiânia é de 66.301 unidades habitacionais, com a seguinte

característica: por precariedade, 3,381 unidades; por coabitação, 17.039 unidades; por

adensamento, 3.647 unidades ; e o maior, 63,7%, ou 42.234, por conta de altos aluguéis.

Tabela 5 - Déficit Habitacional por componente, 2014

Precário Coabitação

Ônus excessivo com

aluguel Adensamento

RM Goiânia (%) 5,1 25,7 63,7 5,5

RM Goiânia Absoluto Urbano 3.381 17.039 42.234 3.647

Fonte: FJP

Os mesmos percentuais da Região Metropolitana podem ser aplicados sobre os

domicílios particulares permanentes de cada município para se conhecer o déficit

habitacional.

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6.4 USO DO SOLO

6.4.1 AS CENTRALIDADES

Dos diversos municípios que compõem a Região Metropolitana de Goiânia, alguns se

se destacam quanto à atratividade de fluxos de pessoas e veículos. Excetuando-se a cidade

polo Goiânia, observaram-se centralidades de fluxos com destino a Aparecida de Goiânia,

Senador Canedo, Nerópolis e Trindade, tanto de deslocamentos da cidade-polo quanto de

municípios limítrofes. Estas centralidades se dão em decorrência da prestação de serviços

públicos de caráter estadual e federal, que atendem aos municípios vizinhos, além de geração

de emprego decorrente da instalação de indústrias e de serviços complementares ao comércio.

Mapa 14. RMG: Esquema de Localização dos Polos Industriais, 2016

Fonte.: Base Google Earth. Organização: Carlos Alberto Martins

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Mapa 15. RMG: Mapa do Arranjo Produtivo Local, 2016

Fonte: Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Científico e Tecnológico, Agricultura, Pecuária,

Irrigação

Organização e desenho: Miraci Kuramoto Nucada, 2016.

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Mapa 16. RMG: Mapa dos Polos Econômicos e Distritos Industriais, 2016

Fonte: Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Científico e Tecnológico, Agricultura, Pecuária,

Irrigação

Organização e desenho: Miraci Kuramoto Nucada, 2016.

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Mapa 17. RMG: Mapa de Direções da Expansão Urbana e Rodovias, 2016

Fonte: SEGPLAN, Instituto Mauro Borges (IMB)

Organização e desenho: Miraci Kuramoto Nucada, 2016.

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Mapa 18. RMG: Mapa das Principais Produções Agrícolas e de Grãos, 2016

Fonte: SEGPLAN, Instituto Mauro Borges (IMB)

Organização e desenho: Miraci Kuramoto Nucada, 2016.

6.4.1.1. APARECIDA DE GOIÂNIA

Em Aparecida de Goiânia se localizam polos de indústrias e de logística, além de

empresas prestadoras de serviços. A cidade conta com quatro polos industriais/empresariais.

São eles: Distrito Agroindustrial de Aparecida de Goiânia – DAIAG; Distrito Industrial

Municipal de Aparecida de Goiânia – DIMAG; Cidade Empresarial; Polo Empresarial, e

recentemente em abertura o novo Polo de Logística de Aparecida de Goiânia, localizado na

região Leste da cidade, nas proximidades do DAIAG e do futuro Anel Viário da Região

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Metropolitana, com previsão de instalação de uma aduana de interior (visando desembaraçar

mercadorias advindas do mercado externo).

Os fatores de atração para este município são:

custo da terra menor do que o município-polo;

legislação mais flexível e voltada para indústrias;

facilidades de conexões viárias (BR-153, BR-060 e outras);

tributos e incentivos compensatórios;

mão de obra mais barata;

polos dotados de infraestrutura instalada.

As facilidades das conexões viárias, além da proximidade com o maior mercado

consumidor do estado, colocam a cidade numa vocação de instalação de grandes empresas

dos setores industrial e de serviços.

6.4.1.2. TRINDADE

O município de Trindade se caracteriza e é conhecido nacionalmente pelo turismo

religioso, mas é também um polo de indústrias de confecção e de alimentos. A cidade destaca-

se como a terceira maior geradora de empregos. Segundo o Cadastro de Empresas 2010-

IBGE, o município situa-se atrás apenas de Goiânia e Aparecida de Goiânia no número de

empresas locais atuantes.

Os fatores de atração são:

proximidade com a cidade-polo;

custo da terra menor;

boa conectividade de transporte coletivo com a capital;

incentivos locais à instalação de empresas;

arranjo produtivo local de turismo religioso (Mapa 15);

é o segundo produtor de grãos, junto com Inhumas, da Região Metropolitana (Mapa

18);

é o segundo maior exportador, 20,9%, da RM (Mapa 20 e Gráfico 1).

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Entretanto o município ainda é carente de infraestrutura instalada. A ocupação das

empresas no território dá-se principalmente ao longo da GO-060, caracterizando-se pelas

atividades de indústrias do setor de bebidas e de confecções. Importante destacar a

importância do município em relação à atratividade de turistas em âmbito nacional

vocacionados ao turismo religioso.

6.4.1.3. SENADOR CANEDO

O município de Senador Canedo é um importante polo industrial (petroquímico e

fármaco). O município se destaca como forte agregador de empresas do setor industrial.

Tendo inicialmente vocação de polo de armazenamento e distribuição de produtos derivados

do petróleo, mais recentemente promoveu uma maior diversificação dos setores empresariais

de grande porte ligados ao setor industrial, implantando um novo polo de indústrias ligadas às

atividades de fármacos e indústrias de alimentos. Outro fator de importância no

fortalecimento de Senador Canedo como atrator de empresas é a proximidade com o

município-polo e por ter futuras conexões viárias estratégicas – tramo NE e L do anel

metropolitano de Goiânia.

Os fatores de atração são:

* proximidade com a cidade-polo;

* custo da terra menor;

* boa conectividade de transporte coletivo com a capital (Mapa 14);

* incentivos locais à instalação de empresas, Arranjo Produtivo de Móveis (Mapa 15);

* abriga dois distritos industriais com 44 indústrias (Mapa 16);

* é o segundo maior exportador, 20,9%, da RM (Mapa 20 e Gráfico 1).

6.4.1.4. NERÓPOLIS

O município de Nerópolis é um polo de indústria de alimentos e de logística. Graças à

sua localização estratégica junto às rodovias estaduais GO-080 e a GO-222, e além do mais

próximo ao município-polo Goiânia, conta com incentivos locais e estaduais para a instalação

de empresas. Também vale destacar a fácil conexão com Anápolis, que se destaca no estado

como centro de logística e de modais diversificados de transporte e Aduana de interior.

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A rodovia estadual GO-080 é um eixo de ligação com a rodovia federal BR-153 ao

norte após Anápolis. Grande parte dos transportadores de carga prefere essa rodovia para

evitar o intenso tráfego da rodovia BR-153 no trecho Goiânia-Anápolis. E a rodovia estadual

GO-222 liga a cidade de Goiás e Inhumas a Anápolis e Brasília sem passar por Goiânia

(Mapa 14). Como se vê, Nerópolis se localiza estrategicamente em importante eixo de ligação

Norte-Sul do país e Leste-Oeste do estado de Goiás. As margens da Rodovia GO-080 entre

Goiânia e Nerópolis tendem a atrair comércio e serviço de grande porte e logística.

Os fatores de atração são:

localização estratégica;

proximidade com a cidade-polo;

custo da terra menor;

boa conectividade de transporte coletivo com a capital (Mapa 14).

6.4.1.5 BELA VISTA

O município de Bela Vista se revelou importante polo de produção agroindustrial.

Possui um distrito industrial com 35 industrias (Mapa 16), e é disparado o maior produtor de

grãos da Região Metropolitana, com 50% da produção total – o segundo lugar produz menos

de 10%.

Os fatores de atração são:

custo da terra menor;

boa conectividade de transporte coletivo com a capital, pista dupla nova recente;

incentivos locais à instalação de empresas;

arranjo produtivo de mandioca e derivados (Mapa 15);

importante ligação com municípios próximos, centro comercial de vizinhança

consolidado.

A produção mineral na Região Metropolitana de Goiânia não é significativa, e se

caracteriza por destinar à construção civil, além de água mineral, principalmente areia, argila

e brita.

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41

Nos demais municípios observa-se um fluxo de maior pendularidade para o município

de Goiânia. Tanto no quesito de geração de emprego quanto pelos aspectos de consumo de

mercadorias e serviços diversos.

Um fator determinante para que ocorram estes deslocamentos de caráter permanente e

diário é a sistematização do transporte coletivo integrado da Região Metropolitana, que

permitiu aos usuários uma maior democratização na utilização desse tipo de transporte, dada a

distribuição equânime dos custos de deslocamento por passagem única e integrada, mesmo

que subsidiada pelo Governo estadual em boa parte.

Um fator que contribuiu para o desenvolvimento destes centros de indústrias foi, sem

dúvida, a conexão viária por rodovias federais e estaduais às demais regiões do país, além da

proximidade com o grande mercado consumidor de Goiânia e região, além da logística de

distribuição para as outras regiões do país.

É importante destacar que, além de a cidade-polo Goiânia ter um peso maior de

centralidade na região Metropolitana, ocorre uma certa gravitação no entorno de uma outra

grande cidade, que, embora não pertença à região Metropolitana, possui grande atratividade

de deslocamentos em função de sua característica de cidade industrial e polo de distribuição

de mercadorias. Estando localizada a 50 quilômetros da capital, Anápolis possui atratividade

de indústrias, por sua vocação e aptidão de investimentos nesta área, além de investimentos

do Governo do estado na instalação de equipamentos de logística e modais de transporte. Isto

favorece a um deslocamento especialmente dos municípios localizados na Região II que se

localizam na porção Norte da RMG.

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Mapa 19. RMG: Mapa dos Municípios que Exportam, 2016

Fonte: SEGPLAN, Instituto Mauro Borges (IMB)

Organização e desenho: Miraci Kuramoto Nucada, 2016.

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Mapa 20. RMG: Mapa dos Principais Produtos Exportados, 2016

Fonte: SEGPLAN, Instituto Mauro Borges (IMB)

Organização e desenho: Miraci Kuramoto Nucada, 2016.

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44

Gráfico 1. RMG: Principais Produtos Exportados, 2016

Fonte: SEGPLAN, Instituto Mauro Borges (IMB)

Organização e desenho: Miraci Kuramoto Nucada, 2016.

Sobre os Mapas 19 e 20 e Gráfico 1 nota-se que, embora o município de Goiânia não se

destaque na produção agropecuária ou na indústria, é a maior exportadora da região, ou

contrário de Aparecida de Goiânia, que se destaca na produção industrial, mas exporta menos

de 1% do total da região. As duas cidades exportam materiais especializados, peças e

máquinas, além de derivados da agropecuária e alimentos. Aparecida de Goiânia, além dos

citados, exporta produtos médicos.

Abadia de Goiás e Terezópolis de Goiás exportam menos de 1%. Os produtos

industrializados são peças e aparelhos de Abadia de Goiás e peças de vidro e de piscinas de

Terezópolis de Goiás. Os municípios restantes, Bela Vista de Goiás, Goianira, Hidrolândia,

Inhumas, Santo Antônio, Senador Canedo e Trindade, exportam predominantemente produtos

derivados da agropecuária.

O estudo do uso do solo, conforme Mapas 15 a 20, evidenciou maior número de

destaques das atividades em diversos assuntos no sentido Noroeste-Sudeste (Inhumas-Bela

Vista de Goiás) e Leste-Oeste (Trindade-Senador Canedo). A intensidade de usos em eixos

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viários, conforme Mapa 21, se verifica com maior vigor e também maior tráfego de veículos

em três vias nas proximidades da cidade de Goiânia, como descrito a seguir.

Inicia-se a leste de Goiânia, às margens bilaterais da rodovia BR-153, no trecho entre o

limite sul de Aparecida de Goiânia até o limite norte do município de Goiânia. O outro ao

norte da cidade de Goiânia, Av. Perimetral Norte, desde a rodovia BR-153 até encontrar a

GO-070 e seguindo até Trindade. Em terceiro, ao sul em dois eixos, um dos quais no limite

entre Aparecida de Goiânia e a capital do estado, Av. Rio Verde desde a rodovia BR-153 até

encontrar a GO-040, que vai para Aragoiânia, passando pelo Setor Garavelo e segue até a

rodovia BR-060, que vai para Rio Verde. O seguinte liga os polos industriais de Aparecida de

Goiânia e segue em direção oeste até o eixo descrito anteriormente nas proximidades do Setor

Garavelo. Essa formação de um arco ao sul de Goiânia tende a estender a intensidade de uso

também em direção a oeste até a GO-020 e chegar a Senador Canedo. O arco é parte do anel

viário projetado nos últimos anos do século passado.

Nota-se, ainda, intensidade de usos nas faixas bilaterais das vias de saída de Goiânia que

ligam esta às cidades de Goianira, Abadia de Goiás, Senador Canedo pelo sul e norte dessa

cidade. Na ligação para Nerópolis, pela GO-080, na saída de Goiânia, se inicia a instalação de

empresas, que deve se intensificar. Nos últimos anos já se instalou empresa de logística, o que

se verifica na rodovia BR-153 em direção a Hidrolândia.

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Mapa 21. RMG: Esquema de Vias com Intensidade de Uso, 2017

Fonte: Levantamento de dados locais e em Prefeituras – IBGE, 2016.

Organização: Miraci Kuramoto Nucada.

Em relação às centralidades identificadas, as principais atratoras de fluxos e de usos são:

1. Goiânia – cidade-polo metropolitana, maior exportadora da RM 62%;

2. Aparecida de Goiânia – polos industriais e de serviços;

3. Senador Canedo – polo de indústrias e de armazenamento petrolífero. Terceira maior

exportadora – 2,7% da RM;

4. Trindade – polo confeccionista e turismo religioso. Segunda maior exportadora –

20,9% da RM;

5. Nerópolis – indústria de alimentos;

6. Bela Vista de Goiás – indústria de alimentos.

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6.5 EXPANSÃO URBANA

A partir de meados da década de 1970, os municípios vizinhos a Goiânia

começaram a alterar seus perímetros urbanos para ampliar a área visando expansão urbana.

Extensas áreas, até então agrícolas, foram rapidamente parceladas. Os primeiros loteamentos

surgiram a partir da divisa com Goiânia, distante dos centros das cidades daqueles municípios.

E sem critérios e até mesmo proximidades entre os loteamentos.

Isso desorganizou os territórios municipais, na medida em que tal fato gerou

distintas e isoladas áreas urbanas em meio a áreas com atividades rurais e longe da cidade-

sede. As vias abertas, quase sempre, não tinham continuidade em outro bairro. Atualmente, o

fenômeno ocorre principalmente a leste, oeste e sul de Goiânia. Na prática, começa a

extrapolar para além dos municípios vizinhos a expansão urbana, avançando agora sobre os

municípios de Caldazinha, Bela Vista de Goiás, Aragoiânia e Guapó. Em Hidrolândia o

movimento foi estancado com a aprovação do último Plano Diretor, de 2008, que traçou o

perímetro urbano nos limites dos loteamentos então existentes, sem deixar área para expansão

urbana, já que havia lotes vazios suficientes para o crescimento populacional por várias

décadas.

A intensificação do processo de parcelamento se deu após a aprovação do Plano de

Desenvolvimento Integrado de Goiânia 1969-1971 – PDIG –, do qual fazia parte a Lei de

Parcelamento do Solo de Goiânia nº 4.526, de 31 de dezembro de 1971, que era mais

restritiva e impunha ao loteador a obrigação de elaborar projetos de infraestrutura como: “[...]

a) guias e sarjetas; b) rede de escoamento de águas pluviais; c) abastecimento de água; d)

energia elétrica; e) esgotos sanitários e, também, a obrigação de executar em prazo não

superior a dois anos a pavimentação asfáltica, mais os itens a, c e d [...]”, e ainda: as obras

seriam asseguradas mediante escritura pública de uma área de valor equivalente ao custo dos

mencionados serviços, a título de caução.

Ainda nessa lei, havia a exigência de destinação de 35% da gleba, no mínimo, para

o sistema de circulação, recreação e uso institucional, com a ressalva de que 15%, do total,

corresponderiam à recreação e aos equipamentos públicos e que suas localizações e áreas

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seriam indicadas pelo órgão de planejamento da prefeitura antes da elaboração do projeto de

loteamento, por meio das diretrizes para o traçado dos lotes e sistema viário requeridos pelo

interessado. O quesito visava corrigir distorções na destinação de áreas públicas que, na

maioria dos projetos, eram fragmentadas ou em local inadequado. Havia casos em que

simplesmente ignorava-se a exigência das áreas institucionais.

As restrições da lei de parcelamento, mais aquelas referentes à nova lei de uso do

solo, inibiram o parcelamento do solo em Goiânia e estimularam os empresários do ramo a

procurarem melhores e mais fáceis chances de empreendimento nos municípios vizinhos

limítrofes a Goiânia, iniciando-se por Aparecida de Goiânia, Trindade e Goianira e Senador

Canedo. Esses municípios foram surpreendidos quando não tinham, em seus quadros

funcionais, técnicos qualificados para tratarem do assunto e nem mesmo marco legal ou

planos de ordenamento territorial. O mesmo movimento agora ultrapassa o primeiro anel de

municípios limítrofes para os posteriores.

Em 1980, foi criado o Aglomerado Urbano de Goiânia pelo Estado – AGLUG –,

que buscava controlar a expansão que já se mostrava desordenada, mas as medidas, as

instituições e o esforço técnico não conseguiram sucesso na empreitada. Ao criar a Região

Metropolitana de Goiânia em substituição ao AGLUG, observa-se a mesma dificuldade, pois

carece de uma política regional e o amparo mediante acordos regionais para as políticas de

desenvolvimento urbano.

As áreas urbanas dentro dos perímetros urbanos da Região Metropolitana de

Goiânia já somam 1.745,279 km2 (Tabela 6 e Mapa 22). Tal área é suficiente para abrigar 9

milhões e setecentos mil habitantes. Entretanto a população estimada para 2030 é de 2

milhões e oitocentos habitantes no cenário baixo e no cenário alto 3 milhões e trezentos mil

habitantes.

As áreas para expansão urbana, segundo a Lei Federal nº 271/1967, seria para

atender ao crescimento populacional dos dez anos seguintes, e os parcelamentos devem ser

contíguos aos existentes. A falta de técnicos e de conhecimento sobre planejamento e gestão

do território nos municípios leva a ignorar as leis maiores e diretrizes nacionais,

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recomendando o ordenamento territorial com racionalidade em atenção à sustentabilidade

urbana como preconiza o Estatuto da Cidade.

Mapa 22. RMG: Perímetros Urbanos com Área Urbana, 2017

Fonte: Levantamento em municípios da RMG; Planos Diretores, 2016

Organização e desenho: Miraci Kuramoto Nucada.

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Mapa 23. RMG: Mapa de Direções da Expansão Urbana, 2017

Fontes: Levantamento em municípios da RMG; Planos Diretores, 2016

Organização e desenho: Miraci Kuramoto Nucada.

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51

Mapa 24. RMG: Mapa de Perímetro Urbano e Áreas com Uso e Ocupação Urbana, 2017

Fontes: Levantamento em municípios da RMG; Planos Diretores, 2016

Organização e desenho: Miraci Kuramoto Nucada.

Cidades com população de 3 a 10 mil habitantes que apresentam organização

territorial, infraestrutura urbana com qualidade passaram a aprovar extensas áreas para

expansão urbana sem necessidade (Mapas 22 e 24). Candidatam-se a ter, em breve futuro,

loteamentos isolados, em meio a vegetação esparsa degradada pelo abandono e descarte

irregular de lixo, portanto expostos ao desenvolvimento de pragas, animais peçonhentos,

marginalidade, por falta de controle e planejamento para o crescimento da cidade. Essa foi a

trajetória inicial dos problemas que hoje enfrenta Aparecida de Goiânia, uma cidade com uma

densidade populacional geral bruta de 27,2 habitantes por hectare, ou 8,8 domicílios por

hectare!

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Tabela 6. RMG: Ocupação de Lotes e Área Urbana, 2016

Municípios Fonte

Total

de

Lotes

Lotes

Ocupados

Lotes

Vazios

%

Lotes

Vazios

Área

Urbana

m2

% Área

Urbana do

Município

Abadia de Goiás Aluno Especializado 23.718 3.570 20.148 84,9 45,76 31,3 Aparecida de

Goiânia Aluno Especializado 305.703 126.395 179.308

58,7 213,12 76,6

Aragoiânia Prefeitura 10.026 2.236 7.790 77,7 56,80 26,0

Bela Vista Prefeitura 14.192 7.488 6.704 47,2 197,29 15,4

Bonfinópolis Aluno Especializado 4.228 2.627 1.601 37,9 5,97 5,0

Brazabrantes Plano Diretor 2010 2.150 850 1.300 60,5 10,04 8,1

Caldazinha Aluno Especializado 3.916 774 3.142 80,2 47,76 19,0

Caturaí Prefeitura 3.244 1.244 2.000 61,7 1,97 1,0

Goianápolis Prefeitura 6.309 s/d s/d s/d 6,62 4,3

Goiânia Aluno Especializado 383.000 265.000 118.000 30,8 440,96 60,5

Goianira Prefeitura 2012 52.962 23.660 29.302 55,3 49,45 23,0

Guapó Prefeitura s/d s/d s/d s/d 228,04 44,1

Hidrolândia Aluno Especializado 22.937 5.118 17.819 77,7 39,53 4,2

Inhumas Prefeitura s/d s/d s/d s/d 20,66 3,4

Nerópolis Prefeitura 2013 8.289 4.986 3.303 39,8 21,56 10,8

Nova Veneza Aluno Especializado 4.800 2.300 2.500 52,1 10,39 8,1

Sto. Antônio Aluno Especializado 2.837 1.300 1.537 54,2 3,65 2,4

Senador Canedo Aluno Especializado 62.702 29.902 32.800 52,3 185,99 75,0

Terezópolis Prefeitura 3.559 2.421 1.138 32,0 3,72 2,8

Trindade Aluno Especializado 78.783 32.467 46.316 58,8 156,01 21,9

TOTAIS 993.355 512.338 474.708 47,8 1.745,28 24,0

Fontes: Citadas na tabela.

Organização: Miraci Kuramoto Nucada, 2016.

Apenas os lotes vazios dos municípios da Região Metropolitana (Tabela 6) são

suficientes para abrigar uma população de 1.500.000. Na verdade, trata-se de mais de um

milhão e meio de habitantes, pois esse levantamento foi realizado em 2016 e no momento a

quantidade de lotes vazios já é muito superior. Algumas prefeituras não conseguem informar

a quantidade de lotes existentes, sob a alegação de que seus cadastros imobiliários estão

desatualizados. Outras afirmam não possuir nem mesmo os mapas aprovados no Plano

Diretor, e às vezes a descrição é oral.

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O custo dessas decisões é alto, pois para a prefeitura restarão a manutenção das

vias, da infraestrutura instalada e os serviços urbanos de limpeza. A despesa é maior que os

possíveis recursos com o parcelamento do solo. Além do mais, os maiores custos

corresponderiam ao desgaste social e à impossibilidade de proporcionar os serviços públicos e

os equipamentos urbanos para localidades com baixa densidade populacional.

Em relação às direções de expansão urbana (Mapa 23), na Região Metropolitana

de Goiânia seguem principalmente as vias de maior fluxo de veículos e cargas como

evidencia o Mapa 23, ou seja, as rodovias federais BR-153 e BR-060, mas o entorno das

rodovias estaduais – GO-010, GO-020, GO-060, GO-070 – também apresentam importante

estímulo à expansão urbana, e ultimamente o entorno da rodovia estadual GO-040 também

apresenta tendência para expansão a partir de Aragoiânia.

As expansões no sentido leste e oeste de Goiânia, ou seja, em direção a Trindade e

Goianira e Senador Canedo e sentido sul com Aparecida de Goiânia, são as áreas que

apresentam maior densidade com menores espaços vazios, quase que ao longo de toda a

divisa entre os municípios. As rodovias que ligam aos municípios circunvizinhos restantes

apresentam parcelamentos rarefeitos, baixíssima densidade populacional, e se caracterizam

por se localizarem geralmente lindeiros à rodovia, e as áreas urbanas propriamente ditas não

se encontram conturbadas com Goiânia, como são os casos de Aragoiânia, Abadia de Goiás,

Santo Antônio de Goiás, Guapó, Bela Vista de Goiás e Caldazinha. Os três últimos não fazem

divisa com Goiânia.

Como visto, as direções de expansão urbana não surpreendem, pois se dão ao

longo de vias de ligação importantes. Tal como afirma Villaça (2005), os eixos viários de

fluxo rápido estimulam a expansão urbana e valorizam os imóveis lindeiros.

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6.6 CONCLUSÃO

Em Goiânia encontram-se serviços especializados complementares à produção, tais

como: impressões em geral, imagens, laboratórios e pesquisa técnica e científica, manutenção

de máquinas, modelagens, informática, consultorias e projetos, assistência jurídica,

administrativa e financeira, marketing, enfim uma infinidade de serviços especializados que

estão no centro da geração dos processos econômicos, seja na produção da indústria de

qualquer porte, dos negócios da empresa, da distribuição ou da gestão da coisa pública ou

privada.

Apesar de Goiânia reunir serviços especializados ainda não é uma grande metrópole

conforme definição do estudo Região de Influência de Cidades do IBGE, mas existem

avanços como por exemplo na área da informática, em que o grau de especialização permite

projeção além das fronteiras estaduais.

A quantidade, a preferência e a diferença do tratamento dado na implantação de

equipamentos para cultura e lazer em Goiânia em relação a estes nas demais cidades

demonstram a desigualdade na distribuição dos investimentos do Estado nos municípios. As

cidades da Região Metropolitana de Goiânia carecem praticamente da totalidade de

equipamentos locais para cultura e lazer. As cidades contam tão somente com equipamentos

para esporte, que não funcionam efetivamente, pois, quando existem, o dimensionamento é

incompatível com o uso cotidiano.

A terceirização e a informalidade na indústria da confecção em Goiânia referem-se a

uma prática corrente e de extensa cadeia. Muitos desses serviços são realizados nas cidades da

RMG e visam abastecer as empresas formais e informais localizadas na Av. Bernardo Sayão,

Av. 44, as Feiras e outras localidades, atendendo a uma clientela tanto regional com de outros

estados e Distrito Federal.

Diante do exposto fica a certeza do caráter terciário no uso do solo predominante.

Além disso pesa na economia e no desenvolvimento social a informalidade. No entanto, a

estrutura e o funcionamento dos equipamentos urbanos e regional são comprometidos pela

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pouca envergadura dimensional e em consequência falta de abrangência espacial, dificultando

o atendimento de usuários.

Como visto a Região Metropolitana de Goiânia, uma das mais jovens entre as regiões

metropolitanas, já reúne muitos problemas. Entre as causas, o grande crescimento

populacional a partir de meados do século passado até o final desse. O rápido crescimento

urbano não pôde ser acompanhado de políticas públicas para adequar as cidades para tal

expansão. Por outro lado, os recursos minguados são defasados, até porque os indicadores

para os repasses dos tributos e para as políticas sociais têm como base os dados do IBGE para

o total da população. A cada dez anos, e intervalo de cinco anos, o Censo realiza uma

contagem da população. Se a taxa de crescimento populacional é muito alta, a receita não é

suficiente nem para remediar.

Agrava o problema o descontrole na organização e expansão territorial urbana, ainda

mais se for desconectado do real crescimento populacional. Como visto, o espraiamento que é

o alongamento da área urbana com baixa quantidade de moradores inviabiliza a implantação

de infraestrutura de redes de serviços, de equipamentos urbanos e a disponibilidade de

transporte coletivo.

Esses problemas podem ser mitigados com a adoção de racionalidade, critérios e

metas para a alcançar uma qualidade de vida urbana e regional compatível com uma Região

Metropolitana desenvolvida e com o século 21.

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6.7 REFERÊNCIAS

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Goiânia: Ed. UFG, 2000.

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IBGE, 1958.

______. IBGE. Censo 2000-2010. Rio de Janeiro: IBGE, 2010.

CAMPOS, Carlos Vaz de. Análise das redes de infraestrutura e vazios urbanos com uso de

geoprocessamento. Brasília: Ed. UnB, 2001.

CAMPOS FILHO, Cândido Malta. Cidades brasileiras: seu controle ou o caos: o que os

cidadãos devem fazer para a humanização das cidades no Brasil. São Paulo: Nobel, 2002.

CORRÊA, Roberto Lobato. O espaço urbano. São Paulo: Ática, 1995.

CUNHA, Sulamita de A. P. M. Planejamento governamental em Goiás: de Mauro Borges a

Marconi Perillo. In: ______. Economia e desenvolvimento. Goiânia: SEPLAN-GO, 2006. p.

89-93.

DAHER, Tânia. Goiânia, uma utopia européia no Brasil. Goiânia: Instituto Centro-Brasileiro

de Cultura (ICBC), 2003.

ESTEVAM, Luis. O tempo da transformação: estrutura e dinâmica da formação econômica

de Goiás. Goiânia: Edição do Autor, 1998.

GOIÁS (Estado). Secretaria de Planejamento e Administração – SEPLAN (GO). SEPIN:

Goiás em dados. Goiânia: Governo do Estado de Goiás, 2003.

GOMES, Horieste; TEIXEIRA NETO, Antônio. Geografia: Goiás-Tocantins. Goiânia: Ed.

UFG, 1993.

SANTOS, Milton. Manual de geografia urbana. São Paulo: Hucitec, 1981.

______. A urbanização brasileira. São Paulo: Edusp, 2005.

SILVA, Adailton Lopes Torres da. Estado, planejamento e gestão pública em Goiás: os

governos Mauro Borges e Marconi Perillo. Goiânia: UFG/PPG em Sociologia, 2003.

TEIXEIRA NETO, Antônio. Os caminhos de ontem e de hoje em direção a Goiás –

Tocantins. Boletim Goiano de Geografia, Goiânia: IESA/UFG, edição especial: 20 anos, v.

21, n. 1, jan.-jul. 2001.

VILLAÇA, Flávio. Espaço intra-urbano no Brasil. São Paulo: Nobel, 2005.

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Meio eletrônico

BRASIL. IBGE. Biblioteca. Acervo. Publicações. Censo demográfico 1872/1940. Disponível

em: <http://biblioteca.ibge.gov.br/> Acesso em: 27 jul. 2007.

______. Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República. IPEADATA:

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GOIÁS. Secretaria de Planejamento e Administração. SEPLAN (GO). SEPIN. Gerência de

estatísticas: Estatísticas. Disponível em : <http://www.seplan.go.gov.br/sepin/> Acesso em:

29 ago. 2007.

MATRIZ DE CAMPINAS. História de Campinas: história da paróquia. Boletim Pe. Pelágio.

Disponível em: <http://www.matrizdecampinas.org.br/> Acesso em: 26 jul. 2008.

PREFEITURA DE TRINDADE. História de Trindade. Disponível em:

<http://www.prefeitura trindade.go.gov.br> Acesso em: 22 jul. 2008.