68345085 atlas de micologia top

18
1 Sumário Imagens Micologia clinica ANDRÉIA MULLET PORTO PONTES Biomedicina Setembro 2011 Introdução 2 Piedrai hortae (Piedra negra) 3 Malassezia furfur 4 Hortaea werneckii (Tinea nigra) 5 Trichosporon beigelii (Piedra branca) 6 Epidermophyton foloccosum 7 Microsporum canis 8 Microsporum gypseum 9 Trichophyton 10 Trichophyton verrucosum 11 Trichophyton rubrum 12 Trichophyton tonsurans 13 Trycophyton schoenleinii 14 Cândida sp. 15 Candida albicans 16 17 Referências bibliográficas 18

Upload: carol-rizzi

Post on 09-Aug-2015

117 views

Category:

Documents


2 download

TRANSCRIPT

Page 1: 68345085 Atlas de Micologia Top

1

Sumário

Imagens

M

ico

log

ia c

lin

ica

AN

DR

ÉI

A

MU

LL

ET

P

OR

TO

P

ON

TE

S

Biomedicina

Setembro 2011

Introdução 2

Piedrai hortae (Piedra negra) 3

Malassezia furfur 4

Hortaea werneckii (Tinea nigra) 5

Trichosporon beigelii (Piedra branca) 6

Epidermophyton foloccosum 7

Microsporum canis 8

Microsporum gypseum 9

Trichophyton 10

Trichophyton verrucosum 11

Trichophyton rubrum 12

Trichophyton tonsurans 13

Trycophyton schoenleinii 14

Cândida sp. 15

Candida albicans 16

17

Referências bibliográficas 18

Page 2: 68345085 Atlas de Micologia Top

2

Introdução

Durante muitos anos a Micologia teve pouca expressão na área mé-dica, possivelmente pela falta de diagnósti-co adequado. Ultima-mente, o número de pacientes suscetíveis aos mais variados ti-pos de infecções tem aumentado significan-temente. Com esse crescimento, as infec-ções fúngica vêm se tornando mais fre-quentes.

Com o aparecimento da antibioticoterapia, utilização de métodos imunossupressores, surgimento da AIDS e melhora nos métodos

diagnósticos observa-mos aumento no nú-mero de casos de in-fecções fúngicas.

O diagnóstico de uma infecção fúngica tem por base a combina-ção de dados clínicos e laboratoriais. O pro-cesso laboratorial in-clui:

demonstração do fun-go no material exami-nado por microscopia e cultura, detecção de anticorpos específicos e detecção de antíge-nos e metabólitos libe-rados pelo fungo nos líquidos corpóreos ou tecidos.

Atlas de micologia I

As micoses estão divi-didas neste atlas em:

Superficiais:

· Pitiríase versicolor

· Piedra branca

· Piedra negra

Cutâneas:

· Dermatofitoses

Oportunistas :

Candida sp

Cândida albicans

Atlas de micologia I

Imagens

M

ico

log

ia c

lin

ica

AN

DR

ÉI

A

MU

LL

ET

P

OR

TO

P

ON

TE

S

Biomedicina

Setembro 2011

Page 3: 68345085 Atlas de Micologia Top

3

Aspecto Clínico

Nódulos negros (castanho a negro avermelhado) e firme-mente presos aos pê-los do couro cabeludo.

Epidemiologia

Benigna, recidivante, afeta ambos os sexos. Regiões tropicais e subtropicais de tem-peratura e umidade alta.

Fator Predisponente

Pessoas que moram nas zonas endêmicas e que usam loções oleo-

sas no cabelo.

Exame direto

Emaranhado de hifas e ascósporos.

Exame Cultural e Ma-croscópico

Colônia cônica, pe-quena. Coloração mar-rom-escura à negra.

Microscópico

Micélio aéreo curto. Reverso negro Hifas muito septadas. Pare-de espessa. Clami-doconídios.

Tratamento

Raspar o cabelo. Tra-tamento com loções especiais, ácido acetil- salicílico, formaldeído.

Piedrai hortae (Piedra negra)

Imagens

M

ico

log

ia c

lin

ica

AT

LA

S

DE

M

IC

OL

OG

IA

Biomedicina

Setembro 2011

Page 4: 68345085 Atlas de Micologia Top

4

Aspecto Clínico

Pitiríase versicolor: Infecção fúngica su-perficial, benigna fre-quentemente recidi-vante, lesões hipo ou hiperpigmentadas le-vemente descamati-vas, braços tronco e região da cintura, as-sintomática

Epidemiologia

Faz parte da flora da pele: quando levedura = saprofitismo quando micélio = parasitismo

A Pitiríase versicolor não é contagiosa e que hábitos de higiene precários não repre-

sentam fator desenca-deante dessa infecção.

Fator Predisponente

Altas temperaturas e alta umidade relativa do ar, pele gordurosa

elevada sudorese, fa-tores hereditários, uso de terapias imunossu-pressoras. “micose de praia”

Exame Direto

Escamas das lesões, mostra células levedu-riformes agrupadas, semelhantes

A cachos de uva e pseudo- hifas curtas e grossas o materi-al ,pode ser clarificado

com KHO, corado com tinta azul lavável ou pelo gram.

Exame Cultural e Ma-croscópico

As colônias desta espé-cie apresentam textura cremosa de aspecto branco-fosco.

Microscópico

Células de variados ta-manhos e formas, ovais cilíndricas e esféricas.

Tratamento

Com derivados azóicos, principalmente o ceto-conazol, o itraconazol, a clorexedina e o sulfeto de selênio.

Malassezia furfur

Imagens

M

ico

log

ia c

lin

ica

AT

LA

S

DE

M

IC

OL

OG

IA

Biomedicina

Setembro 2011

Page 5: 68345085 Atlas de Micologia Top

5

Aspecto Clínico

Infecção crônica da camada córnea da epi-derme, caracterizando o aparecimento de máculas castanho-enegrecidas, de limi-tes bem definidos e assintomáticos.

Epidemiologia

Doença de distribui-ção geográfica com predileção por climas tropicais de caráter assintomático, acome-te mais frequente-mente indivíduos jo-vens do sexo feminino e sua localização mais comum é a palmar.

Fator Predisponente

Pessoas que moram em zonas tropicais. Pode ser encontrado no solo, principalmen-te na areia da praia, e na vegetação.

Exame Direto

Escamas das lesões, após clarificação com KOH 10%, mostrou hifas demáceas, septa-das e ramificadas, fra-gmentos de hifas e células leveduriformes alongadas.

Exame Cultural

Macroscópico

Cultura em ágar Sa-bourand mostrou na macromorfologia colô-

nias escuras , úmidas e pálidas. Com o enve-lhecimento da colônia se percebe uma fase filamentosa de colora-ção variando entre oliva e negra.

Microscópico

Presença de blastoco-nideos bicelulares pig-mentados na fase le-veduriforme E grande quantidade de hifas demáceas septadas na fase filamentosa

Tratamento

Tratamento com deri-vados imidazólicos tópicos, havendo de-saparecimento das lesões em 30 dias.

Hortaea werneckii (Tinea nigra)

Imagens

M

ico

log

ia c

lin

ica

AT

LA

S

DE

M

IC

OL

OG

IA

Biomedicina

Setembro 2011

Page 6: 68345085 Atlas de Micologia Top

6

Aspecto Clínico

Nódulos fracamente aderidos aos cabelos ou pêlos de cor branca -amarelado.

Epidemiologia

Doença de distribui-ção geográfica com predileção por climas tropicais e tempera-dos, de caráter assin-tomático, benigno e de baixo contágio, que acomete indistinta-mente cabelos e pêlos das regiões axilares, pubianos, perianal, barba e bigode.

Fator Predisponente

Pessoas que moram nas zonas tropicais e temperados , ambos os sexos e pode com-prometer qualquer faixa etária.

Exame Direto

Nódulo amarela-do ao redor do fio de cabelo, formado por hifas e artrosporos.

Exame Cultural e Ma-croscópico

Crescimento de colô-nia branco amarelada, pregueada, leveduri-forme, aparência de cera.

Microscópico

Presença de pseudohi-fas, hifas septadas hia-linas que se transfor-mam em artroconí-deos ovais ou retangu-lares.

Tratamento

Cortar o pêlo área afetada e devido a recorrência frequente são indicados antifún-gicos tópicos, como imidazólicos, ciclopi-rox olamina, piritiona-to de zinco entre ou-tros.

Trichosporon beigelii (Piedra branca)

Imagens

M

ico

log

ia c

lin

ica

AT

LA

S

DE

M

IC

OL

OG

IA

Biomedicina

Setembro 2011

Page 7: 68345085 Atlas de Micologia Top

7

Aspecto Clínico

Manchas inflamató-rias na pele que varia de mancha escamosa a eczema tópico. Re-cebem o nome da lo-calização topográfica conjugado à palavra tinea ou tinha. Tineas: Corporis (corpo), Cru-ris (virilha), Manuum (mãos), Pedis (pé) e Onicomicose.

Epidemiologia

Doença de distribui-ção geográfica com predileção Umidade e temperatura do clima tropical (habitat ideal para sua dissemina-ção).

Fator Predisponente

Fatores cutâneos, umi-dade, abrasão, com-posição lipídica da pe-le, uso constante de sapato fechado, áreas de dobra do corpo, atrito de áreas.

Exame Direto

Hifas septadas hiali-nas, macroconídios multisseptados em forma de clava (microconídios ausen-tes).

Exame Cultural e Ma-croscópico

Colônias algodonosas. Bordas de cor amarelo-esverdeada. Reverso tende acompanhar a

cor do verso. Pigmen-to difusível no meio.

Microscópico

macroconídios de pa-redes finas, formato de clave e arredonda-dos, com 2 a 5 septos agrupados em cachos ou isolados.

Tratamento

Difícil tratamento. De-ve ser sistêmico e po-de durar até um ano e meio.

Tratamento oral, Ter-binafina, Itraconazol .

Epidermophyton foloccosum

Imagens

M

ico

log

ia c

lin

ica

AT

LA

S

DE

M

IC

OL

OG

IA

Biomedicina

Setembro 2011

Page 8: 68345085 Atlas de Micologia Top

8

Aspecto Clínico

Clinicamente é res-ponsável por lesões do couro cabeludo (grandes placas de alopecia) principal-mente em crianças.

Epidemiologia

Zoofílico, transmitido ao homem por diver-sos animais domésti-cos (felinos jovens principalmente).

Fator Predisponente

Gatos podem ser por-tadores e assintomáti-cos, são grandes fon-tes de infecção para outros animais e para o homem. Os esporos

originados de frag-mentos dse hifas são a forma infectante, re-sistentes e podem persistir no ambiente por anos , a presença de ectoparasitas nos animais facilitam a instalação das derma-tofitoses.

Exame Direto

Hifas septadas hiali-nas, macroconídios

Exame Cultural e Ma-croscópico

Textura algodonosa de tonalidade branca. Reverso de cor ama-relo limão.

Microscópico

Grande quantidade de macroconídios fusifor-mes verrucosos, pare-de grossa e com nu-merosas septações (6 - 15). Microconídios em quantidades variadas e sem valor de diag-nóstico.

Tratamento

Terapia tópica, sistê-mica e controle ambi-ental, Griseofulvina , Cetoconazol, Itracona-zol . Para o ambiente hipoclorito de sódio e glutaraldeido.

Microsporum canis

Imagens

M

ico

log

ia c

lin

ica

AT

LA

S

DE

M

IC

OL

OG

IA

Biomedicina

Setembro 2011

Page 9: 68345085 Atlas de Micologia Top

9

Aspecto Clínico

Clinicamente é res-ponsável por lesões do couro cabeludo (grandes placas de alopecia) principal-mente em crianças. Tinea capitis (tinha do couro cabeludo): ecto-trix parasitismo

fora do pelo.

Epidemiologia

Geofílica Infecta o ho-mem através do con-tato com solo conta-minado.

Exame Cultural e Ma-croscópico

Macroscopicamente apresenta textura pul-verulenta com pig-mentação amarelo-acastanhada Reverso com cores que vão do alaranjado ao marrom avermelhado.

Microscópico

Macroconídios simé-tricos 3 – 7 septos Pa-redes finas Extremida-de arredondada

Superfície levemente rugosa.

Tratamento

Terapia tópica, sistê-

mica, Griseofulvina , Cetoconazol, Itracona-zol .

Microsporum gypseum

Imagens

M

ico

log

ia c

lin

ica

AT

LA

S

DE

M

IC

OL

OG

IA

Biomedicina

Setembro 2011

Page 10: 68345085 Atlas de Micologia Top

10

T. mentagrophytes var. interdigitale

Aspecto Clínico

Clinicamente é res-ponsável por lesões do couro cabeludo (grandes placas de alopecia) Tinea capitis (tinha do couro cabe-ludo) Tinea pedis (pé-de-atleta), causa le-sões vesiculosas nos espaços interdigitais ou escamações na re-gião plantar.

Epidemiologia

zoofílica Infecta o ho-mem através do con-tato com animais por-tadores e entre indiví-

duos infectados.

Fatores predisponen-tes

Má –nutrição, higiene deficiente e aglomera-ção de animais num mesmo alojamento, animais com sistema imunológico compro-metido.

Exame Cultural e Ma-croscópico

Em agar Sabourad apresenta textura pul-verulenta de colora-ção que pode variar do branco-amarelado ao castanho-avermelhado –reverso avermelhado

Microscópico

Apresentam grande quantidade de micro-conídeos arredonda-dos e agrupados, o que lhes confere o aspecto emcacho. Os macroconídeos, quan-do presentes, mos-tram um aspecto se-melhante a um charu-to, com um a seis sep-tos transversais. Com freqüência observam-se estruturas de orna-mentação, tais com hifas em espiral.

Tratamento

Terapia tópica, sistê-mica, Griseofulvina , Cetoconazol, Itracona-zol .

Trichophyton

Imagens

M

ico

log

ia c

lin

ica

AT

LA

S

DE

M

IC

OL

OG

IA

Biomedicina

Setembro 2011

Page 11: 68345085 Atlas de Micologia Top

11

Aspecto Clínico

Trata-se de um fungo cosmopolita clinica-mente pode causar lesões bastante infla-matórias do couro ca-beludo, pele glaba, barba e bigode.

Epidemiologia

zoofílica que parasita principalmente bovi-nos, podendo espora-dicamente causar le-sões em humanos.

Exame Cultural e Ma-croscópico

Crescimento lento que varia de 13-25 dias. Macroscopicamente, a colônia caracteriza-se por uma textura velu-dosa, pigmentação do verso que varia do branco ao amarelo ocre.

O reverso apresenta-se em de amarelo com pigmento não difusível pelo meio.

Microscopia

A microscopia óptica, de material provenien-te de Agar Sabouraud não apresenta micro-conídeos nem macro-conídeos. O que cha-ma a atenção e a

quantidade de cadeias formadas por clami-doconideos grandes.

Tratamento

Terapia tópica, sistê-mica, Griseofulvina , Cetoconazol, Itracona-zol .

Trichophyton verrucosum

Imagens

M

ico

log

ia c

lin

ica

AT

LA

S

DE

M

IC

OL

OG

IA

Biomedicina

Setembro 2011

Page 12: 68345085 Atlas de Micologia Top

12

Aspecto Clínico

Clinicamente pode causar lesões bastante inflamatórias do couro cabeludo,

pele glaba, barba e bigode.

Epidemiologia

Espécie antropofílica cosmopolita. Sua transmissão é exclusi-vamente

inter-humana ou por fômites contamina-dos.

Exame Cultural e Ma-croscópico

Crescimento em 12-16 dias em agar Sabou-raud. Colônias com textura

algodonosa, apresen-tam tonalidade branca que, com o passar do tempo,

pode tornar-se aver-melhada e reverso avermelhado.

Microscopia

Apresenta grande quantidade de micro-conídeos, regulares e piriformess. Os macro-conideos,

quando presentes, podem apresentar-se como clavas alonga-das, quase com um aspecto cilíndrico e com duas a nove sep-tações

Tratamento

Terapia tópica, sistê-mica, Cetoconazol, Itraconazol .

Trichophyton rubrum

Imagens

M

ico

log

ia c

lin

ica

AT

LA

S

DE

M

IC

OL

OG

IA

Biomedicina

Setembro 2011

Page 13: 68345085 Atlas de Micologia Top

13

Aspecto Clínico

Tinea capitis (tinha do couro cabeludo): en-dotrix:

parasitismo no interior dos pelos.

Epidemiologia

Parasita antropofílico.

A transmissão se faz de pessoa a pessoa por meio de objetos de uso pessoal como pentes, escovas de cabelo e travesseiros.

Exame Cultural e Ma-croscópico

Apresentam cresci-mento intermediário, com maturação 12-16 dias após semeadura primária, colônias bas-tante variáveis que pode variar do algodo-noso ao veludoso. Ver-so com coloração branco e reverso apre-senta tons variados de castanho avermelha-do.

Microscopia

Apresenta

numerosos microconí-deos dispostos em acládio e de formas variadas. Clamidoconí-dios (colônias velhas)

Tratamento

Terapia tópica, sistê-mica, Cetoconazol, Itraconazol .

Trichophyton tonsurans

Imagens

M

ico

log

ia c

lin

ica

AT

LA

S

DE

M

IC

OL

OG

IA

Biomedicina

Setembro 2011

Page 14: 68345085 Atlas de Micologia Top

14

Aspecto clinico

Tinea favos apresenta lesões crostosas e atróficas do couro ca-beludo pode acometer a pele glabra e as unhas.

Epidemiologia

Fungo antropolfilico, seu contagio ocorre através de fômites e inter-humano.

Exame cultural e ma-croscópico

Crescimento lento que varia de 14 a 30 dias. Colônias com textura

veludosa e pigmenta-ção que varia do bege ao castanho escuro. O reverso

segue o mesmo tom do verso não se obser-va pigmento difusível no meio.

Microscopia

geralmente não são observados macroco-nídeos nem microconí-deos; entretanto, vê-em-se numerosas hi-fas septadas e em bi-furcação, associadas a hifas em forma de candelabro e a hifas em forma de cabeça de prego.

Tratamento

Oral, associado ou não a tópicos e cuidados de higiene.

griseofulvina, cetoco-nazol,fluconazol e itra-conazol.

Trycophyton schoenleinii

Imagens

M

ico

log

ia c

lin

ica

AT

LA

S

DE

M

IC

OL

OG

IA

Biomedicina

Setembro 2011

Page 15: 68345085 Atlas de Micologia Top

15

SINONÍMIA: Candido-se, Monilíase.

DEFINIÇÃO: cadidíase é uma infecção micóti-ca primária ou secun-dária causada por di-versos fungos do gê-nero Candida. As ma-nifestações clínicas podem ser agudas, subagudas, crônicas ou episódicas. A doen-ça apresenta certa dificuldade de diag-nóstico devido ao fato dos membros do gê-nero Cândida serem também comumente recuperados de indiví-duos saudáveis. FOR-MAS CLÍNICAS: alérgi-ca; cutânea; mucocu-tânea e sistêmica.

PROGNÓSTICO E TRA-TAMENTO: o prognós-tico depende quase que inteiramente do tipo e da severidade dos fatores predispo-nentes e da subse-quente forma clínica da candidíase. A nista-tina é efetiva no con-trole do “thrush”, da doença cutânea, peri-níquea, doença esofa-

giana crônica, vagini-tes e infecções gastroi-ntestinais. A anfoteri-cina B pode ser usada-topicamente e é a dro-ga de escolha no trata-mento da candidíase disseminada ou sistê-mica e candidíase mu-cocutânea crônica. PATOLOGIA: a reação tecidual é inicialmente uma inflamação supu-rativa aguda seguida-por uma reação infla-matória granulomato-sa. A formação de abs-cessos é bastante co-mum. Blastosporos e pseudohifas são am-bos vistos em secções teciduais. Essas for-mas são melhor visua-lizadas por colorações especiais, tais como PAS (periodic acid-Schiff) e GMS (Gomori menthenamine silver). Os blastosporos são ovóides e usualmente de 3 a 4mm de diâme-tro.

Algumas espécies de Cândida podem pro-duzir, sob certas con-dições, hifas verdadei-ras.

LABORATÓRIO: Exa-me Direto: células de levedura gemulantes, de forma ovóide; pseudohifas; hifas ver-dadeiras são usual-mente visualizadas nos espécimes clínicos montados em KOH a 10%. Tubos germina-tivos e clamidosporos são observados em C. albicans. Isolamento: incubar o material clí-nico em SDA com clo-ranfenicol. Muitas es-pécies de candida (C. krusei, C. parapsilosis e C. tropicalis) são sensíveis à ciclohexi-mida. Meios com ci-cloheximida devem ser usados com caute-la. Incubar a 30o C. O crescimento está pre-sente em 1 a 5 dias. Identificação: baseada na produção de tubo germinativo, pseu-dohifas, hifas verda-deiras, clamidósporos. HABITAT NATURAL: homem, animais, solo e vegetais

Cândida sp.

M

ico

log

ia c

lin

ica

AT

LA

S

DE

M

IC

OL

OG

IA

Biomedicina

Setembro 2011

Page 16: 68345085 Atlas de Micologia Top

16

Definição

A candidíase também conhecida por monolí-ase, candidas, sapi-nhos ou outros nomes é uma infecção fúngi-ca causada pelo fungo Cândida albicans Can-didíase é a prolifera-ção descontrolada do fungo que por varia-das causas ganha es-paço para reproduzir chegando a áreas co-mo a boca ou a vagina podendo atingir qual-quer área do organis-mo.

Aspecto clinico

Na vagina candidíase causa uma secreção que é espessa e bran-

ca e pode ser acompa-nhada de coceira e vermelhidão da parte exterior da vagina (a vulva) ou irritação à micção. Em homens, o fungo pode causar inchaço e vermelhidão no pênis e prepúcio. Se a boca está infeta-da, a mucosa bucal fica frequentemente vermelha e dolorida. Às vezes o fungo causa manchas brancas e placas na mucosa da língua e bochecha. Isto é chamado "tordo." O fungo pode causar feridas crescen-tes amarelo-cremosas, na boca. Na pele (inclusive pele com erupção cutânea de

fralda), a candidíase produz uma erupção cutânea vermelha e sarnenta. Epidemiologia

A Cândida albicans faz parte da flora intesti-nal e geralmente não é disseminada por re-lação sexual.

Fatores predisponen-tes

Desordens e mudan-ças de causas hormo-nais, tais como meno-pausa, gravidez, ou a ingestão de pílulas contraceptivas, po-dem também favore-cer o crescimento fún-gico.

Cândida albicans

Imagens

M

ico

log

ia c

lin

ica

AT

LA

S

DE

M

IC

OL

OG

IA

Biomedicina

Setembro 2011

Page 17: 68345085 Atlas de Micologia Top

17

Exame direto

Secreção vaginal- água destilada ou SF,

Raspado de pele, unha – KOH 20-40% (respectivamente) ve-rificar a presença de Blastoconídios, pseu-dohifas e hifas.

Exame cultural e ma-croscopio

– Colônias cremosas com aparência úmida

PROVAS DIFERENCI-AIS

• Obtenção de colô-nias puras (Técnica de esgotamento)

Tubo germinativo, Prova do clamidoconí-

dio, CHROMagar, Au-xanograma, Zimogra-ma, API20C.

Tratamento

Os medicamentos far-macológicos mais usa-dos no tratamento e cura da Candidíase são o clortrimazol, nistati-na, fluconazol, itraco-nazol, cetoconazol, isoconazol, tioconazol, miconazol, terconazol, anfotericina B., fluoci-tosina, flucitosina.

Cândida albicans

Imagens

M

ico

log

ia c

lin

ica

AT

LA

S

DE

M

IC

OL

OG

IA

Biomedicina

Setembro 2011

Page 18: 68345085 Atlas de Micologia Top

18

BELDA JUNI-OR,W;TAKAHASHI,MDF,;AOKI,V;CUC É,IC,;SALEBIAN,A.&SOTTO,M,N,-Tinha favo-sa. Relato de ocorrên-cia familiar em Itape-cerica da Serra (Município da Grande São Pau-lo).Rev.Inst.Med.trooop.S.paulo,32(1):58-62.1990.

FISHER, F. & COOK,N. B. FUNDAMENTALS OF DIAGNOSTIC MYCO-LOGY. 1ª ED.PHILADELPHIA. SAUNDERS, 1998.

KONEMAM, E.W.; RO-BERTS, G.D. - Micolo-gia. Practica de labora-torio. 3 ed. Buenos

Aires, Panamericana, 1992.

KONEMAN, E. W.; AL-LEN, S. D.; JANDA, W. M.; SCHRECKENBER-GER, & WINN Jr.,W. C. COLOR ATLAS AND TEXT BOOK OF DIAG-NOSTIC MICROBIO-LOGY.5a ED. PHILA-DELPHIA. LIPPINCOTT, 1997.

LACAZ, C. DA S. (ed.) - Candidiases. São Pau-lo, EPU/EDUSP, 1980.

LACAZ, C. DA S. (ed.) - Infecções por agentes oportunistas. São Pau-lo,EDUSP, 1977.

PROF.MURILLO NEU-FELD,P. Micologia cli-nica. Faculdade Far-

mácia UFRJ (LMC).2003.

PROF.NORONHA,

MELLO, R. Micoses cutaneas. Disc. Mico-logia Clinica. Faculda-de de Biomedicina. ULBRA,Canoas.2011.

Sites :

LILACS base de dados;

Scielo artigos científi-cos;

PubMed National Li-brary of Medicine;

Google;

Referencias bibliograficas

Imagens

M

ico

log

ia c

lin

ica

AT

LA

S

DE

M

IC

OL

OG

IA

Biomedicina

Setembro 2011