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COMPANHIA DOCAS DO ESTADO DE SÃO PAULO - CODESP AUTORIDADE PORTUÁRIA DE SANTOS CETRE - CENTRO DE TREINAMENTO TREINAMENTO DE SEGURANÇA EM ELETRICIDADE MÓDULO 1 SEGURANÇA GERAL EM ELETRICIDADE MARÇO DE 2.000

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Page 1: 6593044 Apostila de Seguranca Em Eletricidade 01

COMPANHIA DOCAS DO ESTADO DE SÃO PAULO - CODESPAUTORIDADE PORTUÁRIA DE SANTOS

CETRE - CENTRO DE TREINAMENTO

TREINAMENTO DE SEGURANÇA EM ELETRICIDADE

MÓDULO 1

SEGURANÇA GERAL EM ELETRICIDADE

MARÇO DE 2.000

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ÍNDICE

1) Conceito e importância da segurança em instalações e serviços com eletricidade

1.1) Introdução 3

1.2) Segurança em instalações e serviços com eletricidade 3

1.3) O Choque Elétrico 4

1.4) Os Efeitos do Choque Elétrico 5

1.5)Choque Elétrico em Baixa e Alta Tensão 6

2) Aspectos legais e normativos

2.1) Introdução 6

2.2) Legislação Brasileira para Serviços com Eletricidade - MTE 7

2.3) Normas Técnicas sobre Instalações Elétricas no Brasil 12

3) O acidente de origem elétrica - estatística de acidentes

3.1) Acidentes em instalações e serviços com eletricidade 13

4) Medidas preventivas

4.1) Postura prevencionista do Profissional 144.2) Aterramento elétrico 144.3) Dispositivos de proteção operados por corrente 154.4) Dispositivos de proteção operados por tensão 154.5) Duplo Isolamento 164.6) Sinalização e Bloqueio 164.7) Uso de EPI's e EPC's 18

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1) Conceito e importância da segurança em instalações e serviços com eletricidade

1.1) Introdução

A eletricidade é a forma de energia mais empregada no mundo para a execução de trabalho, em linhas de produção de fábricas, na movimentação e transporte de mercadorias, no comércio, no uso de máquinas, ferramentas, nas residências, etc.

Assim, as instalações e serviços com eletricidade fazem parte da rotina de milhões de pessoas e a CODESP não está fora desta realidade. A partir de uma divisão teórica, observa-se que há quatro diferentes campos de ação da eletricidade, tanto nas instalações elétricas, quanto nos serviços com eletricidade na CODESP:

Geração de energia elétrica; Transmissão de energia elétrica; Distribuição de energia elétrica; Consumo de energia elétrica.

Em todos os campos de ação acima vistos, há RISCOS inerentes às instalações e serviços com eletricidade. Não podemos nos esquecer que a eletricidade MATA, quando usada de forma indevida, mesmo em baixas tensões. Mesmo uma ínfima intensidade de corrente elétrica de 0,10 ampères, na freqüência de 60 Hertz, circulando em órgãos vitais, é capaz de provocar fibrilação ventricular com conseqüente lesão irreversível ou morte imediata.

O limite de segurança para o ser humano começa em torno de dez miliampères, ou 0,01 ampère, devido ao risco de fibrilação ventricular e parada cardíaca. Cinqüenta miliampères já está dentro da zona de perigo, se a resistência do corpo for baixa.

Face a tais características, o Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE) torna obrigatória a aplicação de norma específica de segurança do trabalho e o uso de mão-de-obra devidamente qualificada para tais serviços, sejam de instalação, manutenção, reparos, inspeção, entre outros. No item 2 da Apostila, a seguir, que trata de aspectos legais e normativos, veremos em detalhes estes aspectos.

1.2) Segurança em instalações e serviços com eletricidade

Nem todas as pessoas estão familiarizadas com os riscos inerentes ao trabalho que envolve instalações e serviços com eletricidade. Por desconhecimento dos riscos, estas pessoas não tomam os cuidados essenciais que deveriam, podendo vir a sofrer acidentes.

O primeiro passo para a realização de trabalhos seguros em instalações e serviços com eletricidade é a conscientização do trabalhador quanto aos riscos inerentes ao tipo de trabalho desenvolvido. Você já viu acima que a energia elétrica pode matar.

Assim, o TREINAMENTO é a ferramenta mais útil para esta conscientização, proporcionando familiarização do trabalhador quanto ao comportamento desta forma de energia, o que ela pode ocasionar e como se dá a sua ação no organismo humano. A NR-10, ou Norma Regulamentadora 10, do Ministério do Trabalho e do Emprego, torna obrigatório o treinamento de segurança para os trabalhadores que atuam em instalações e serviços com eletricidade.

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No treinamento, o trabalhador toma consciência da importância de utilizar em seu trabalho EPI's - Equipamentos de Proteção Individual e EPC's - Equipamentos de Proteção Coletiva., bem como Lacres e Etiquetas de Advertência.

Não é só, o treinamento também possibilita ao trabalhador prestar primeiros socorros, incluindo técnicas para reanimação cardiorespiratória, reconhecimento da fibrilação ventricular, atendimento nos casos de queimaduras e no transporte de vítimas. Também a prevenção e combate a incêndio de origem elétrica são abordados.

Assim, veremos a seguir os riscos inerentes ao trabalho com eletricidade, iniciando nosso estudo com o Choque Elétrico.

1.3) O Choque Elétrico

O choque elétrico é um estímulo acidental do sistema nervoso do corpo humano, pela passagem de uma corrente elétrica, que apresenta efeitos diversos (perturbações e sintomas). Esta corrente circula pelo corpo humano quando ele se torna parte de um circuito elétrico que possua uma diferença de potencial suficiente para vencer a resistência elétrica do nosso corpo.

Segundo a NBR-5460, da ABNT, em seu item 3.121, é o efeito patofisiológico que resulta da passagem de corrente elétrica através do corpo humano ou animal.

A gravidade do choque elétrico varia em função da intensidade da corrente elétrica que passa pelo corpo e também o caminho percorrido pela corrente no organismo.

O choque elétrico pode ser ESTÁTICO, DINÂMICO e por DESCARGAS ATMOSFÉRICAS.

CHOQUE ESTÁTICO

O choque estático é o produzido pela descarga de um capacitor, pelo escoamento das cargas elétricas nele acumuladas no corpo humano. Neste caso, o corpo humano atua como um condutor que faz a ligação entre os dois terminais das placas com polaridades diferentes. A corrente é rápida e decai exponencialmente de acordo com a constante de tempo do circuito.

CHOQUE DINÂMICO

O choque dinâmico é o choque tradicional, ou seja, produzido por se tocar em um elemento energizado da rede elétrica, que pode ser a parte viva de um condutor, um ponto onde exista falha de isolação, uma carcaça de motor não aterrada, uma queda de um condutor energizado da rede elétrica, contato de um equipamento ou veículo (guindaste, caminhão basculante) com a rede elétrica, etc. É um choque mais perigoso que o estático, pois há risco da pessoa ficar energizada (a corrente persiste de forma permanente no organismo).

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DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

São os raios, ou seja, gigantescas descargas elétricas de altíssima intensidade de corrente, com características de choque estático. Formam-se gradientes de tensão entre a parte inferior da nuvem e a superfície da terra que variam entre 10 e 1.000 MV (mega volts). Os raios podem incidir diretamente no corpo humano ou podem cair próximos, gerando tensões de toque (1) e de passo (2), que também oferecem risco.

(1) Tensão de toque - é a diferença de potencial existente entre os membros superiores e inferiores do indivíduo, derivada de um defeito (geralmente um curto) num equipamento no qual a pessoa está encostando.

(2) Tensão de passo - é a diferença de potencial existente entre os dois pés do indivíduo, derivada de um defeito (geralmente de curto monofásico à terra). A pessoa recebe a tensão nos dois pés e não passa pelo coração.

1.4) Os Efeitos do Choque Elétrico

Os efeitos do choque elétrico são basicamente os seguintes:

Inibição dos centros nervosos, inclusive dos que comandam a RESPIRAÇÃO, o que produz PARADA RESPIRATÓRIA;

Alteração do RITMO CARDÍACO, podendo produzir FIBRILAÇÃO VENTRICULAR, com conseqüente PARADA CARDÍACA;

QUEIMADURAS PROFUNDAS (de 2o e 3o Grau), com perda de massa muscular, devidas ao Efeito Joule. Esta é a manifestação mais comum;

ALTERAÇÕES NO SANGUE, provocadas por efeitos térmicos e eletrolíticos;

PERTURBAÇÕES DO SISTEMA NERVOSO (perda de coordenação motora, de movimentos, da fala, da visão, paralisia de membros, etc.).

GRAVIDADE DOS EFEITOS DE CHOQUE ELÉTRICO EM FUNÇÃODA INTENSIDADE DE CORRENTE ELÉTRICA NO CORPO HUMANO

TABELA 1

I (mA) Efeitos Conseqüências ResultadoC.A. C.C.

Até 25 Até 80 Contrações musculares, contrações violentas, impossibilidade de soltar o

condutor, problemas respiratórios

Pode haver asfixia. Morte aparente.

Restabelecimento provável

Até 80 Até 300 Sensação insuportável, contrações violentas, asfixia.

Morte aparente. Restabelecimento provável

> 80 > 300 Asfixia imediata, fibrilação ventricular, alterações musculares. Queimaduras

graves.

Morte aparente. Óbito

O atendimento deve ser imediato,

senão há óbito.

Ampères Ampères Queimaduras graves, necrose e destruição de tecidos, derretimento de tecidos dos

ossos, asfixia imediata, fibrilação ventricular, seqüelas neurológicas e no sangue. Perda

de memória, de sensibilidade, de coordenação motora.

Morte aparente. Seqüelas graves.

Óbito.

Recuperação difícil. O atendimento

deve ser imediato, senão há óbito.

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1.5) Choque Elétrico em Baixa e Alta Tensão

Os efeitos do choque elétrico em baixa e em alta tensão são os seguintes:

CHOQUE ELÉTRICO EM BAIXA TENSÃO

Sob condições normais do corpo humano, a corrente derivada da baixa tensão fica geralmente abaixo de 300 mA. Se a corrente for de longa duração (como nas situações nas quais a pessoa não consegue largar o condutor elétrico, com contração muscular), haverá parada respiratória, com asfixia e fibrilação ventricular.

Se a corrente for maior do que 300 mA, haverá também fortes queimaduras.

A tensão elétrica que mais causa mortes é a de baixa tensão.

CHOQUE ELÉTRICO EM ALTA TENSÃO

Choques elétricos em altas tensões são fulminantes, causando quase sempre a morte. Nestas condições, a corrente é da ordem de Ampères (veja a tabela 1, acima), sendo que o efeito mais devastador é representado pelas queimaduras de terceiro grau, que destroem tecidos, músculos e derretem até o tecido ósseo. O plasma e o sangue derretem. Há atrofia irreversível de membros.

Há de se observar que pessoas podem escapar da morte em choque elétrico de alta tensão, pois a contração dos músculos é tão violenta que o indivíduo acaba sendo lançado longe da fonte, fazendo com que o tempo de duração do choque seja mínimo (da ordem de s). Mesmo assim, neste curto espaço de tempo, as seqüelas são graves (veja a tabela 1).

2) Aspectos Legais e Normativos

2.1) Introdução

No Brasil, existem legislações específicas que abordam os trabalhos com instalações e serviços em eletricidade. Os Fundamentos Legais adotados em Segurança do Trabalho vem do Decreto no 93.412 do Ministério do Trabalho e do Emprego, de 14 de outubro de 1.986 e seu quadro anexo (Quadro de Atividades / Área de Risco), que regulamenta a Lei no

7.369 de 20 de setembro de 1.985, que instituiu o salário adicional para empregados do setor de energia elétrica em condições de periculosidade e da C.L.T. – Consolidação das Leis do Trabalho, que traz vários artigos relacionados ao assunto.

Também a Norma Regulamentadora no 10, ou NR-10, da Portaria 3.214, de 08 de junho de 1.978, com redação dada pela Portaria 12/83 do Ministério do Trabalho e do Emprego, trata de Instalações e serviços em eletricidade.

Nos Estados Unidos, a OSHA, entidade governamental do Setor de Segurança e Saúde Ocupacional, editou em 1.989 a Norma 1910.147, que determina que cada vez que uma pessoa for realizar um serviço de manutenção elétrica, só pode fazê-lo se sinalizar e bloquear o dispositivo de energia. Apesar de não ser uma norma brasileira, consideramos importante mencionar tal cuidado adotado pelo governo norte-americano, pois este treinamento abordará aspectos de sinalização e bloqueio, mais adiante.

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2.2) Legislação Brasileira para Serviços com Eletricidade - MTE

LEI Nº 7.369, DE 20 DE SETEMBRO DE 1985 (1)

Institui salário adicional para os empregados no setor de energia

elétrica, em condições de periculosidade.

O Presidente da República.

Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 2º No prazo de noventa dias, o Poder Executivo regulamentará a presente lei, especificando as atividades que se exercem em condições de periculosidade.

Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 4º Revogam-se as disposições em contrário.

Brasília, em 20 de setembro de 1985; 164º da Independência e 97º da Republica.

JOSE SARNEY

(1) DOU de 10-04-85.

DECRETO Nº 93.412, DE 14 DE OUTUBRO DE 1986 (2)

Revoga o Decreto nº 92.212, de 26-12-1985, regulamenta a Lei nº 7.369, de 20-09-1985, que institui salário adicional para empregados do setor de energia elétrica, em condições de periculosidade e dá outras providências.

O Presidente da República, usando da atribuição que lhe confere o artigo 81, item III, da Constituição.

DECRETA:

Art. 1º São atividades em condições de periculosidade de que trata a Lei nº 7.369, de 20 de setembro de 1985, aquelas relacionadas no Quadro de Atividades/Área de Risco, anexo a este Decreto.

Art. 1º O empregado que exerce atividade no setor de energia elétrica, em condições de periculosidade, tem direito a uma remuneração adicional de trinta por cento sobre o salário que perceber.

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Art. 2º É exclusivamente suscetível de gerar direito à percepção da remuneração adicional de que trata o artigo 1º da Lei nº 7.369, de 20 de Setembro de 1985, o exercício das atividades constantes do Quadro anexo, desde que o empregado, independentemente do cargo, categoria ou ramo da empresa:

I - permaneça habitualmente em área de risco, executando ou aguardando ordens, e em situação de exposição contínua, caso em que o pagamento do adicional incidirá sobre o salário da jornada de trabalho integral;

§ 1º O ingresso ou a permanência eventual em área de risco não geram direito ao adicional de periculosidade.

§ 2º São equipamentos ou instalações elétricas em situação de risco aquelas de cujo contato físico ou exposição aos efeitos da eletricidade possam resultar incapacitação, invalidez permanente ou morte.

§ 1º A caracterização do risco ou da sua eliminação far-se-á através de perícia, observado o disposto no artigo 195 e parágrafos da consolidação das Leis do trabalho.

Art. 5º Os empregados que exercem atividades em condições de periculosidade serão especialmente credenciados e portarão identificação adequada.

Art. 6º Este Decreto entra vigor na data de sua publicação, revogados o Decreto nº 92.212, de 26 de dezembro de 1985 e demais disposições em contrário.

Brasília, em 14 de outubro de 1986; 165º da independência e 98º da República.

JOSÉ SARNEY

(2) DOU de 15-10-1986.

II- Ingresse, de modo intermitente e habitual, em área de risco, caso em que o adicional incidirá sobre o salário do tempo despendido pelo empregado na execução de atividade em condições de periculosidade ou de tempo à disposição do empregador, na forma do inciso I deste artigo.

§ 3º O fornecimento pelo empregador dos equipamentos de proteção a que se refere o disposto no art. 166 da Consolidação das Leis do Trabalho ou a adoção de técnicas de proteção ao trabalhador, eximirão a empresa do pagamento do adicional, salvo quando não for eliminado o risco resultante da atividade do trabalhador em condições de periculosidade.

Art. 3º O pagamento do adicional de periculosidade não desobriga o empregador de promover as medidas de proteção ao trabalhador, destinadas à eliminação ou neutralização de periculosidade nem autoriza o empregado a desatendê-las.

Art. 4º Cessado o exercício da atividade ou eliminado o risco, o adicional de periculosidade poderá deixar de ser pago.

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(ANEXO DO DECRETO Nº 93.412, DE 14-10-86)QUADRO DE ATIVIDADES / ÁREAS DE RISCO

ATIVIDADES ÁREA DE RISCO

1. Atividades de construção, operação de redes de linhas aéreas de alta e baixa tensões integrantes de sistemas elétricos de potência, energizadas mas com possibilidade de energização, acidental ou por falha operacional, incluindo:

1.1 Montagem, instalação, substituição, conservação, reparos, ensaios e testes de: verificação, inspeção, levantamento, supervisão e fiscalização; fusíveis, condutores, pára-raios, postes, torres, chaves, muflas, isoladores, transformadores, capacitores, medidores, reguladores de tensão, religadores, seccionalizadores, carrier (onda portadora via linhas de transmissão), cruzetas, relê e braço de iluminação pública, aparelho de medição gráfica, bases de concreto ou alvenaria de torres, postes e estrutura de sustentação de redes e linhas aéreas e demais componentes das redes aéreas.

1.2 Corte e poda de árvores.

1.3 Ligações e cortes de consumidores.

1.4 Manobras aéreas e subterrâneas de redes e linhas.

1.5 Manobras em subestação.

1.6 Teste de curto em linhas de transmissão.

1.7 Manutenção de fontes de alimentação de sistemas de comunicação.

1.8 Leitura em consumidores de alta tensão.

1.9 Aferição em equipamentos de medição.

1.10 Medidas de resistências lançamento e instalação de cabo contra-peso.

1.11 Medidas de campo elétrico, rádio, interferência correntes induzidas.

1. Estruturas, condutores e equipamentos de linhas aéreas de transmissão, subtransmissão e distribuição, incluindo plataformas e cestos usados para execução dos trabalhos.

- Pátio e salas de operação de subestações.

- Cabines de distribuição.

- Estruturas, condutores e equipamentos de redes de tração elétrica, incluindo escadas, plataformas e cestos aéreos usados para execução dos trabalhos.

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ATIVIDADES ÁREA DE RISCO

1.12 Testes elétricos em instalações de terceiros em faixas de linhas de transmissão (oleodutos, gasodutos, etc.).

1.13 Pintura de estruturas e equipamentos.

1.14 Verificação, inspeção, inclusive aérea, fiscalização, levantamento de dados e supervisão de serviços técnicos.

2.Atividades de construção, operação e manutenção de redes e linhas subterrâneas de alta e baixa tensões, integrantes de sistemas elétricos, de potência, energizados ou desenergizados, mas com possibilidade de energização acidental ou por falha operacional, incluindo:

2.1 Montagem, instalação, substituição, manutenção e reparos de: barramentos, transformadores, disjuntores, chaves e seccionadoras, condensadores, chaves à óleo, transformadores para instrumentos, cabos subterrâneos e subaquáticos, painéis, circuitos elétricos, contatos, muflas e isoladores e demais componentes de redes subterrâneas.

2.2 Construção Civil, instalação, substituição e limpeza de: valas, bancos de dutos, dutos, condutos, canaletas, galerias, túneis, caixas ou poços de inspeção, câmaras.

2.3 Medição, verificação, ensaios, testes, inspeção, fiscalização, levantamento de dados e supervisão de serviços técnicos.

1. Estruturas, condutores e equipamentos de linhas aéreas de transmissão, subtransmissão e distribuição, incluindo plataformas e cestos usados para execução dos trabalhos.

- Pátio e salas de operação de subestações.

- Cabines de distribuição.

- Estruturas, condutores e equipamentos de redes de tração elétrica, incluindo escadas, plataformas e cestos aéreos usados para execução dos trabalhos.

2. Valas, bancos de dutos, caneletas, condutores, recintos internos de caixas, poços de inspeção, câmaras, galerias, túneis, estrutura, terminais e aéreas de superfície correspondentes.

Áreas submersas em rios, lagos e mares.

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ATIVIDADES ÁREA DE RISCO

3. Atividades de inspeção, testes, ensaios, calibração, medição e reparos em equipamentos e materiais elétricos, eletrônicos, eletro-mecânicos e de segurança individual e coletiva em sistemas elétricos de potência de alta e baixa tensão.

4. Atividades de construção e manutenção nas usinas, unidades geradoras, subestações e cabinas de distribuição em operações, integrantes de sistemas de potência, energizado ou desenergizado com possibilidade de voltar a funcionar ou energizar-se acidentalmente, ou por falha operacional, incluindo:

4.1 Montagem, desmontagem, operação e conservação de: medidores, relês, chaves, disjuntores e religadores, caixas de controle, cabos de força, cabos de controle, barramentos, baterias e carregadores, transformadores, sistemas antiincêndio e de resfriamento, bancos de capacitores, reatores, reguladores, equipamentos eletrônicos, painéis, pára-raios, áreas de circulação, estruturas-suporte e demais instalações e equipamentos elétricos.

3. Áreas das oficinas e laboratórios de testes e manutenção elétrica, eletrônica e eletro-mecânica, onde são executados testes, ensaios, calibração e reparos de equipamentos energizados ou passíveis de energização acidental.

- Sala de controle e casas de máquinas de usinas e unidades geradoras. - Pátios e salas de operação de subestações, inclusive consumidoras. - Salas de ensaios elétricos de alta tensão. - Salas de controle dos centros de operações.

4. Pontos de medição e cabinas de distribuição, inclusive de consumidores. - Salas de controles, casa de máquinas, barragens de usinas e unidades geradoras.

- Pátios e salas de operações de subestações, inclusive consumidoras.

4.2 Construção de: valas de dutos, canaletas bases de equipamentos, estruturas, condutos e demais instalações.

4.3 Serviços de limpeza, pintura e sinalização de instalações e equipamentos elétricos.

4.4 Ensaios, testes, medições, supervisão, fiscalizações e levantamentos de circuitos e equipamentos elétricos, eletrônicos de telecomunicação e telecontrole.

5. Atividades de treinamento em equipamentos ou instalações energizadas, ou desenergizadas, as com possibilidade de energização acidental ou por falha operacional.

5. Todas as áreas descritas nos itens anteriores.

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NR 10 - Instalações e serviços em eletricidade

Em termos gerais, a NR 10 trata principalmente dos seguintes aspectos:

Todas as instalações ou peças condutoras que não fazem parte de um circuito elétrico, mas que podem ficar sob tensão, deverão ser adequadamente protegidas, de acordo com as normas técnicas oficiais (1) vigentes no país;

Instalações elétricas sob tensão, quando em reparos ou quando for necessário à segurança, deverão possuir placas de aviso e inscrições de advertência;

O aterramento elétrico de instalações é obrigatório, a fim de proteger pessoas, as próprias instalações e evitar a ocorrência de incêndios e explosões;

Dispositivos de interrupção ou de comando deverão ser cobertos por placas indicando proibição, quando em reparos ou em manutenção, alertando para o nome da pessoa responsável pela recolocação do equipamento em operação normal;

Ao final de trabalhos de reforma, ampliação e execução das instalações elétricas, deverá ser feita uma inspeção nas instalações elétricas e elaborado laudo técnico por profissional devidamente qualificado;

Todo trabalhador que executa instalações e serviços com eletricidade deverá ser devidamente qualificado (2) para tanto, portar credencial que identifique esta condição e ser registrado em sua Carteira de Trabalho como tal;

Todo trabalhador que executa instalações e serviços com eletricidade deverá ser devidamente treinado para prestar primeiros socorros e utilizar adequadamente equipamentos de combate a incêndio.

(1) veja o item 2.3, a seguir.

(2) segundo a C.L.T. – Consolidação das Leis do Trabalho, em seu artigo 180, somente profissional qualificado poderá instalar, operar, inspecionar ou reparar instalações elétricas. Já a NR-10, da Portaria 3.214/78 do MTb, com redação dada pela Portaria 12/83, indica no item 10.4 e subitens seguintes, que são considerados profissionais qualificados aqueles que comprovem, perante o empregador, uma das seguintes condições: a) capacitação, através de curso específico do sistema de ensino; b) capacitação, através de curso de especialização ministrado por centros de treinamento e reconhecimento pelo sistema oficial de ensino ou c) capacitação, através de treinamento na empresa, conduzido por profissional autorizado.

2.3) Normas Técnicas sobre Instalações Elétricas no Brasil

NBR 14039/98 - Instalações elétricas de alta tensão (de 1,0 KV a 36,2 KV);

NBR 5410/97 - Instalações elétricas de baixa tensão;

NBR 5418/95 - Instalações elétricas em atmosferas explosivas;

NBR 13534/95 - Instalações elétricas em estabelecimentos assistenciais de saúde - requisitos para segurança;

NBR 13570/96 - Instalações elétricas em locais de afluência de público - requisitos específicos.

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3) O acidente de origem elétrica - estatística de acidentes

3.1) Acidentes em instalações e serviços com eletricidade

Os danos por exposição a instalações e serviços com eletricidade surpreendentemente não configuram o tipo de acidente que apresenta a maior incidência entre os eletricitários. De acordo com o levantamento mais recente do GRIDIS - Grupo de Intercâmbio e Difusão de Informações sobre Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho, do Ministério das Minas e Energia, que obtém dados de 54 empresas concessionárias de energia elétrica, de 54.452 eletricitários, foram registrados 2.043 acidentes em 1.997, sendo nove com óbito.

No entanto, é importante lembrar que, se o acidente com eletricidade não é o mais comum para os trabalhadores das concessionárias de energia elétrica (foi o sexto em 1.996, perdendo para colisões, quedas com diferença de nível, quedas em nível, ataque de animais peçonhentos, entre outros), a porcentagem de acidentes fatais é maior do que qualquer outro tipo de acidente.

De se observar também que, se nas empresas o número de acidentes vem caindo (num levantamento feito em 15 empresas concessionárias, em serviços de alta tensão, foram 2.410 acidentes em 1.996 e 1.719 em 1.997 - queda de 28,6%), nas empreiteiras (serviços terceirizados), o número vem crescendo.

Isto se deve ao despreparo da mão-de-obra, a falta de treinamento de segurança que capacite estes trabalhadores para os riscos que enfrentam em seu trabalho e a falta de condições seguras de trabalho, colocando-os sob risco acentuado. Os dados do GRIDIS encontram-se na Tabela 2, abaixo:

TABELA 2

Estatísticas de acidentes do trabalho com Eletricitários

Redes de Alta Tensão

EMPRESAS Total Geral Acidentes Fatais

AVALIADAS 1996 1997 1996 1997

Cia. Energética de Brasília 37 30 0 0

Cia. Energética do Rio Grande do Norte 23 37 0 0

Cia. Energética de Pernambuco 186 237 1 1

Cia. Energética do São Francisco 131 138 2 1

Light 345 183 6 0

Cia. Energética do Rio de Janeiro 19 20 0 0

Cia. Energética de São Paulo 158 24 3 0

Cia. Paranaense de Energia 148 138 3 3

Centrais Elétricas de Santa Catarina 66 3 1 2

Cia. Elétrica de Minas Gerais 602 331 4 0

Itaipu 49 42 0 0

Furnas 261 203 1 0

Eletrobras 50 33 0 0

Centro de Pesquisas em Energia Elétrica 8 131 0 0

Cia. Estadual de Energia Elétrica 327 169 3 1

TOTAL 2410 1719 24 8

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4) Medidas preventivas

As medidas preventivas constituem-se na aplicação de procedimentos de segurança antes e durante a realização de instalações e serviços em eletricidade.

Iniciam-se com o treinamento dos trabalhadores que têm este tipo de serviço, como já acima vimos, dando aos mesmos a devida conscientização quanto aos riscos inerentes de seu trabalho. Completam-se com a utilização de meios adequados de proteção, criando-se condições seguras de trabalho, tais como aterramento de circuitos, uso de dispositivos de proteção elétrica, isolamento, sinalização e bloqueio de dispositivos, bem como o uso de EPI's e EPC's.

4.1) Postura prevencionista do Profissional

O profissional de instalações e serviços em eletricidade deve manter uma permanente postura prevencionista em sua rotina de trabalho. A postura prevencionista envolve o profundo conhecimento de seu serviço, das instalações elétricas com as quais lidará, a obediência às orientações de Segurança do Trabalho de sua empresa, a obediência da sinalização quanto aos procedimentos de segurança a serem adotados nos locais de atuação (como o uso de manta de borracha, estrado e luva para alta tensão, quando em trabalhos numa cabine primária, por exemplo) e o desenvolvimento de trabalhos apenas após a análise da situação.

A rotina profissional e o tempo de experiência levam alguns trabalhadores a perderem o temor natural frente aos riscos da eletricidade, situação que não se observava quando o trabalhador era um iniciante e tudo era novo. Os anos de experiência podem levar o indivíduo a uma postura relapsa, omissa, derivada de pensamentos do tipo "...já sei como se faz isto, não preciso desligar a chave geral...". Há caso verídico de um eletricista que após quinze anos de experiência numa indústria de Cubatão, numa simples troca de fusível próximo a barramento energizado, perdeu a vida por não desligar a chave geral na porta do painel.

Perceba então que a POSTURA PREVENCIONISTA é FUNDAMENTAL para o trabalhador que lida com instalações e serviços em eletricidade. Não interessa se o trabalho a ser executado é simples e corriqueiro, se é rápido ("...só leva um minutinho...") ! Todas as etapas devem ser obedecidas, antes, durante e no encerramento do trabalho, para que a tarefa se desenvolva com segurança. Uma falha, apenas uma, e em menos de um segundo você poderá estar morto. Nunca se esqueça disto.

4.2) Aterramento elétrico

O aterramento elétrico cumpre as seguintes finalidades principais:

Aumentar a proteção de circuitos, equipamentos e instalações elétricas, dando-lhes eficiência e segurança;

Diminuir os potenciais de toque e de passo, de maneira que sejam inferiores aos limites que provocam fibrilação ventricular no coração;

Escoar cargas elétricas, equalizando os potenciais; Evitar o choque elétrico, por meio de um "caminho" que oferece menor

resistência à terra do que o corpo humano da vítima; Evitar incêndios e explosões.

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O aterramento se dá por meio de condutores, conectores e eletrodos de terra, geralmente constituídos de cobre, material que apresenta melhor condutividade e maior resistência à corrosão. O transporte da energia elétrica que iria para o corpo humano se dá pelo condutor, que deverá apresentar um correto dimensionamento para suportar a intensidade da corrente elétrica.

Em seguida, esta mesma corrente deverá ser descarregada na terra por meio de eletrodos, que podem ser hastes, chapas, tubos, fitas, cordoalhas e condutores metálicos que, enterrados no solo, conduzirão as correntes de fuga.

Para garantia de que o sistema de aterramento elétrico seja eficaz, torna-se necessário evitar a corrosão, que compromete a condução da corrente à terra, bem como devem ser inspecionadas as conexões, que deverão manter-se íntegras.

Também a resistividade do solo deve ser controlada, por meio de tratamento com substâncias químicas que a diminuem, entre elas, o Cloreto de Sódio, o Cloreto de Cálcio, o Sulfato de Magnésio ou o Sulfato de Cobre. Contudo, o Cloreto de Sódio é o mais corrosivo, enquanto que o Sulfato de Magnésio é o menos corrosivo, sendo recomendado. A substância química deve ser colocada num canal circular ao redor da haste, com raio de 0,50 metros, a fim de que a haste não seja atingida, o que poderia corroê-la.

4.3) Dispositivos de proteção operados por corrente

Há situações nas quais se encontra grande dificuldade em reduzir a resistividade elétrica do solo, de modo a se obter um bom sistema de aterramento. Nestas situações, pode-se empregar dispositivo de proteção operado por corrente (composto por um transformador de corrente, um disparador e um mecanismo liga-desliga), que têm por finalidade impedir a resistência de uma "tensão de contato" demasiado elevada em uma peça condutora que não faça parte do circuito elétrico ou da instalação elétrica.

Sua operação, no caso da ocorrência de uma corrente de defeito, deve se dar em 0,2 segundos, devendo desligar da rede elétrica o equipamento ou a instalação que está protegendo. Tanto o dispositivo de proteção, quanto a instalação ou o equipamento devem estar ligados a um sistema de aterramento. Sua aplicabilidade é recomendável em canteiros de obras de construção civil, em ligações elétricas provisórias. Não é aplicável em instalações elétricas sujeitas a ambientes úmidos ou molhados ou em aquecedores elétricos para torneiras e chuveiros, pois este tipo de equipamento apresenta correntes de fuga muito altas, acima da corrente de operação do dispositivo.

4.4) Dispositivos de proteção operados por tensão

Da mesma forma que visto no item 4.3 acima, pode-se empregar um dispositivo de proteção operado por tensão (composto por uma bobina de tensão que detecta o defeito e por um elemento que a testa), bem como um sistema de aterramento. A tensão não deve exceder o valor de 50 volts. Também não é aplicável em instalações elétricas sujeitas a ambientes úmidos ou molhados ou em aquecedores elétricos para torneiras e chuveiros, pois este tipo de equipamento apresenta tensões em suas partes condutoras, não pertencentes aos seus circuitos elétricos, muito altas, acima daquela na qual o dispositivo pode operar.

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4.5) Duplo Isolamento

É um tipo de proteção normalmente aplicado em ferramentas manuais elétricas (como furadeiras, por exemplo), permitindo uma confiabilidade maior do que aquela oferecida pelo aterramento elétrico.

A proteção por duplo isolamento é obtida por uma isolação suplementar à isolação comum, separando as partes vivas do aparelho de suas partes metálicas e de sua carcaça. Em alguns casos, a primeira isolação é separada da Segunda por uma placa metálica, mas há duplos isolamentos que atuam em conjunto, um encostado no outro (sobrepostos).

O símbolo utilizado para identificar o tipo de proteção obtida por duplo isolamento é composto por dois quadrados concêntricos, normalmente impresso na superfície externa do equipamento.

4.6) Sinalização e Bloqueio

A Sinalização ou Etiquetagem é um procedimento de segurança que visa evitar acidentes com instalações e serviços em eletricidade, principalmente quando da manutenção de circuitos elétricos.

Ela consiste numa advertência por escrito, geralmente com palavras que causam impacto em seu cabeçalho (ATENÇÃO, PERIGO, NÃO MEXA, NÃO REMOVA ESTA ETIQUETA, NÃO REMOVA ESTE LACRE, etc.), seguidas de uma mensagem orientativa, com nome do responsável pela manutenção do equipamento ou circuito e o setor ao qual pertence. A etiqueta deve receber uma proteção impermeável em sua superfície, de forma a ser utilizada em áreas a céu aberto, sujeitas às intempéries, sem que o conteúdo escrito da etiqueta seja afetado.

O Bloqueio ou Lacre é da mesma forma um procedimento de segurança com o mesmo objetivo, evitando que um circuito, uma instalação ou um equipamento seja energizado de forma acidental ou involuntária, colocando em risco o trabalhador (que muitas vezes não está no campo visual de outra pessoa), que poderia receber uma descarga elétrica durante seu trabalho. Geralmente é aplicado no fecho da porta de um painel, impedindo a sua abertura.

O lacre em geral é um cadeado ou um dispositivo de plástico com uma garra, vindo acompanhado da etiqueta acima mencionada, que adverte e orienta os demais trabalhadores para que não seja removido, o que deixaria exposto um determinado comando (interruptor, chave, etc.) que, liberado e acionado, poderia matar um trabalhador, por descarga elétrica.

Há etapas para que os procedimentos de Sinalização e Bloqueio sejam aplicados, a saber:

Preparativos para desligar o equipamento: verifique se há diferentes fontes de energia no equipamento, pois de nada adiantará desligar apenas uma, deixando os demais sistemas secundários em operação. Verifique se os dispositivos que desligam o circuito de seu interesse são apenas estes, conhecendo os riscos inerentes aos mesmos;

Desligar o equipamento: certo de que não há outras fontes e dispositivos, acione o comando de desligamento (colocando-o em OFF);

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Isolar o equipamento: ou seja, não apenas desligar o comando, mas também a chave geral de todo o circuito;

Sinalizar e Bloquear: instale os cadeados e etiquetas, de forma a impedir que qualquer trabalhador reenergize a chave geral e o dispositivo que você desligou. Se não houver cadeados, mas apenas etiquetas, utilize-as no local onde ficaria o cadeado, com mensagens bem claras, como PROIBIDO REMOVER !

Controlar a energia armazenada: lembre-se que há energia residual em determinados circuitos e equipamentos (como em bancos de capacitores, por exemplo), e que os procedimentos anteriores não eliminam esta forma de energia;

Revise seus passos: verifique se o equipamento está de fato desligado, se as etiquetas e cadeados estão posicionados corretamente, se nenhum lacre foi rompido, e se os trabalhadores da área estão avisados dos procedimentos que você adotou;

Remova as etiquetas, lacres e cadeados: antes de fazê-lo, avise aos trabalhadores da área que você vai reenergizar os circuitos, equipamentos e instalações que se encontravam bloqueados e que estes já estarão novamente disponíveis para uso. Assine a etiqueta e guarde-a no local apropriado.

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